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CONTABILIDADE NO BRASIL

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SIMPLES NACIONAL

🔴 Base Legal

❖ Lei Complementar 123/2006


❖ Resolução CGSN 140/2018
❖ Lei Kandir (Lei Complementar 87/96)
❖ Convênio 142/2018 (Substituição Tributária)

🔴 Características do Regime do Simples Nacional

▪ É Opcional;
▪ É irretratável para todo o ano;
▪ Engloba IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social
destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP);
▪ A Guia de arrecadação é o DAS;
▪ A emissão do DAS é feita diretamente no site da RFB;
▪ Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente ou o primeiro dia útil
caso final de semana ou feriado;

🔴 Regras dos Sócios no Simples Nacional

▪ Impedido Sócio Pessoa jurídica;


▪ Caso o sócio possua menos que 10% de quotas de outra Empresa não Optante pelo
Simples Nacional, o faturamento desta não será somado com a empresa do Simples
Nacional.
▪ Caso o sócio possua mais que 10% de quotas de outra Empresa não Optante pelo Simples
Nacional, o faturamento desta será somado com a empresa do Simples Nacional.
▪ Caso Sócio possua outras Empresas Optantes pelo Simples Nacional independentemente
da quantidade de quotas de cada empresa o Faturamento deverá ser somado.
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▪ O Faturamento das empresas administradas pelo mesmo Administrador também são


somados, e caso ultrapasse 4.8 Milhões a empresa deve ser desenquadrado do Simples
Nacional
▪ Não pode haver sócio com domicílio no exterior
▪ O Sócio pode abrir quantas empresas quiser no Regime do Simples Nacional, só não
poderá ultrapassar o Limite de 4.8 Milhões quando somado o faturamento de todas as
empresas.

🔴 Regra Início de Atividade

Quando a empresa está em início de atividade ou não possui 12 meses anteriores ao da apuração,
para determinar a alíquota o PGDAS-D deverá seguir os seguintes procedimentos

a) no primeiro mês de atividade: será utilizada como receita bruta total acumulada (RBT12), a
receita própria do mês de apuração multiplicada por 12;

b) nos 11 meses posteriores ao do início de atividade: será utilizada a média aritmética da receita
bruta total dos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicando por 12, que será
aplicado até alcançar o 13° mês, quando será adotada a soma das receitas dos 12 meses
anteriores à apuração, conforme previsto no artigo 18 da Lei Complementar n° 123/2006.

🔴 Diferença RBT x RBA

Receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração (RBT12). Não
se confunde com a Receita Bruta Acumulada (RBA) de Janeiro até o período de apuração, que
serve para identificar se a empresa ultrapassou o limite máximo de receita bruta anual para ser
uma EPP – e, consequentemente, permanecer no Simples Nacional.

🔴 Regra dos 20%

Caso a receita bruta acumulada no ano ultrapassar o limite de R$ 4.800.000,00 ou o limite


adicional para exportação de mercadorias, de igual valor, hipótese em que a exclusão deverá ser
comunicada:

❖ Até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem, em mais de 20%, de um dos
limites referidos, produzindo efeitos a partir do mês subsequente ao do excesso;
❖ Até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente, à ultrapassagem
em até 20%, de um dos limites referidos, produzindo efeitos a partir do ano-calendário
subsequente ao do excesso;

🔴 Tributos Devidos

O Simples Nacional deve ser recolhido de forma mensal, mediante documento único de
arrecadação (DAS), contemplando os seguintes impostos e contribuições (Lei Complementar n°
123/2006, artigo 13):
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❖ Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);


❖ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), exceto o incidente na importação;
❖ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
❖ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), exceto o incidente na
importação;
❖ Contribuição para o PIS, exceto o incidente na importação;
❖ Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo da pessoa
jurídica, de que trata o artigo 22 da Lei n° 8.212/91, exceto no caso da ME e da EPP que se
dediquem às seguintes atividades de prestação de serviços:

1 - Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de


Subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de
interiores;
2 - Serviço de vigilância, limpeza ou conservação; e
3 - Serviço advocatício.

❖ g) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
❖ h) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

🔴 Alíquota Simples Nacional

Com a publicação da Lei Complementar n° 155/2016, a partir de 2018, o valor devido


mensalmente pela empresa do Simples Nacional será determinado mediante aplicação das
alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I
a V (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 18, § 1°-A).

A alíquota efetiva é o resultado da seguinte fórmula:

RBT12 x Alíquota Nominal – Parcela a Deduzir


RBT12

A receita bruta acumulada dos 12 meses anteriores ao da apuração é aquela que definirá a
alíquota para efeitos de tributação, lembrando que serve somente para acumular a receita dos
últimos 12 meses anteriores ao período de apuração.

🔴 Percentual de repartição dos tributos

Para encontrar os percentuais efetivos de cada tributo, deverá multiplicar o percentual de


repartição constante dos Anexos I a V

a) o percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de 5%, transferindo-se eventual diferença,
de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual;
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b) eventual diferença centesimal entre o total dos percentuais e a alíquota efetiva será transferida
para o tributo com maior percentual de repartição na respectiva faixa de receita bruta.

🔴 FATOR “R”

A empresa optante pelo Simples Nacional que obter receitas decorrentes da prestação de serviços
previstas no inciso V deverá apurar o fator “R”, que é a relação entre

a) folha de salários, incluídos encargos, nos 12 meses anteriores ao período de apuração; e

b) receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração.

O valor da folha de salários nos últimos 12 meses inclui:

▪ Remunerações pagas a segurados empregados e trabalhadores avulsos;


▪ Pró-labore
▪ Autônomos
▪ 13° salário, agregado na competência da incidência da contribuição previdenciária.
▪ A CPP (Contribuição Patronal Previdenciária) (dentro do Simples Nacional); e
▪ FGTS

Fórmula para Determinação do fator “R”

FOLHA DE PAGAMENTOS ÚLTIMOS 12 MESES


RECEITA BRUTA TOTAL ÚLTIMOS 12 MESES

❖ Se o fator “R” for igual ou superior a 28%, a receita de prestação de serviço será tributada
na forma do Anexo III.
❖ Quando o fator “R” for inferior a 28%, a receita de prestação de serviço será tributada na
forma do Anexo V.

🔴 Fator “R” no mês de início de atividade e meses subsequentes

Para o cálculo do fator “R” referente ao período de apuração do mês de início de atividades:

Caso a Folha de Pagamentos e Receita Bruta do Mês forem maiores do que 0, determine o fator
“R” pela à divisão entre a FS12 e a RBT12.

Para o cálculo do fator “R” referente ao período de apuração posterior ao mês de início de
atividades

Proporcionalizar Folha de Pagamentos e Receita Bruta referente a quantidade de meses.

Exemplo:
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Empresa com 4 meses, soma a folha de pagamento divide por 4 e multiplica por 12, faça o mesmo
com a Receita Bruta. Divida Folha de Pagamento proporcional encontrada pela Receita Bruta
proporcional encontrada.

🔴 Anexo Simples Nacional

🔴 Anexo I - Comércio

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 4,00% -
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
De 720.000,01 a
4ª Faixa 10,70% 22.500,00
1.800.000,00
De 1.800.000,01 a
5ª Faixa 14,30% 87.300,00
3.600.000,00
De 3.600.000,01 a
6ª Faixa 19,00% 378.000,00
4.800.000,00

Percentual de Repartição dos Tributos


Faixas
IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ICMS
1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
6ª Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% -

🔴 Anexo II - Indústria

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 4,50% -
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00
De 720.000,01 a
4ª Faixa 11,20% 22.500,00
1.800.000,00
De 1.800.000,01 a
5ª Faixa 14,70% 85.500,00
3.600.000,00
De 3.600.000,01 a
6ª Faixa 30,00% 720.000,00
4.800.000,00

Percentual de Repartição dos Tributos


Faixas
IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP IPI ICMS
1ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
2ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
3ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
4ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
5ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
6ª Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% -
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🔴 Anexo III - Serviços

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 6,00% -
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% 17.640,00
De 720.000,01 a
4ª Faixa 16,00% 35.640,00
1.800.000,00
De 1.800.000,01 a
5ª Faixa 21,00% 125.640,00
3.600.000,00
De 3.600.000,01 a
6ª Faixa 33,00% 648.000,00
4.800.000,00

Percentual de Repartição dos Tributos


Faixas
IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ISS (*)
1ª Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50%
2ª Faixa 4,00% 3,50% 14,05% 3,05% 43,40% 32,00%
3ª Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50%
4ª Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50%
5ª Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50% (*)
6ª Faixa 35,00% 15,00% 16,03% 3,47% 30,50% -
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos
tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5ª faixa, quando a alíquota efetiva for superior a
14,92537%, a repartição será:
Faixa IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ISS
5ª Faixa, com
alíquota efetiva (Alíquota efetiva (Alíquota efetiva (Alíquota efetiva (Alíquota efetiva (Alíquota efetiva Percentual de
superior a - 5%) x6,02% - 5%) x5,26% - 5%) x19,28% - 5%) x4,18% - 5%) x 65,26% ISS fixo em 5 %
14,92537%

🔴 Anexo IV – Serviços (Advogados – Sessão de Mão de Obra)

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 4,50% –
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% 12.420,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% 39.780,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00% 183.780,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 828.000,00
Percentual de Repartição dos Tributos
Faixas
IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep ISS (*)
1ª Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,83% 44,50%
2ª Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00%
3ª Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00%
4ª Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00%
5ª Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00% (*)
6ª Faixa 53,50% 21,50% 20,55% 4,45% –
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos
tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5ª faixa, quando a alíquota efetiva for
superior a 12,5%, a repartição será:
Faixa IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep ISS
5ª Faixa,
com
alíquota (Alíquota efetiva - 5%) (Alíquota efetiva - (Alíquota efetiva - 5%) x (Alíquota efetiva - Percentual de ISS
efetiva x 31,33% 5%) x 32,00% 30,13% 5%) x 6,54% fixo em 5%
superior
a 12,5%
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🔴 Anexo V – Serviços (serviços relacionados no §5°-I do artigo 18 da Lei


Complementar n° 123/2006)
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 15,50% –
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% 4.500,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,00
De 720.000,01 a
4ª Faixa 20,50% 17.100,00
1.800.000,00
De 1.800.000,01 a
5ª Faixa 23,00% 62.100,00
3.600.000,00
De 3.600.000,01 a
6ª Faixa 30,50% 540.000,00
4.800.000,00

Percentual de Repartição dos Tributos


Faixas
IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ISS
1ª Faixa 25,00% 15,00% 14,10% 3,05% 28,85% 14,00%
2ª Faixa 23,00% 15,00% 14,10% 3,05% 27,85% 17,00%
3ª Faixa 24,00% 15,00% 14,92% 3,23% 23,85% 19,00%
4ª Faixa 21,00% 15,00% 15,74% 3,41% 23,85% 21,00%
5ª Faixa 23,00% 12,50% 14,10% 3,05% 23,85% 23,50%
6ª Faixa 35,00% 15,50% 16,44% 3,56% 29,50% –

🔴 Substituição Tributária
🔴 Substituto

É aquele que por força de Lei tem a responsabilidade de reter e recolher o ICMS próprio e de
todos os da cadeia do ICMS

Em regra geral o Contribuinte Substituo é o Industrial, o importador e a empresa que possui


Regime Especial de Tributação.

🔴 Substituído

É aquele cuja a Lei designou outro como responsável pelo recolhimento do Tributo.

Importante ressaltar que mesmo que todas as mercadorias da empresa sejam da Substituição
Tributária o Substituto permanece com todas as obrigações acessórias previstas na legislação.
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🔴 Fiscalização das Empresa Simples Nacional (Art. 55 Lei Complementar 123)

A fiscalização das empresas optantes pelo Simples Nacional, no que se refere aos aspectos
trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental, de segurança e de uso e ocupação do solo das
microempresas e empresas de pequeno porte deverá ter natureza orientativa, claro que sempre
que não houver risco a saúde ou segurança.

🔴 Benefício Fiscal no Simples Nacional

Empresa optante pelo Simples Nacional não pode aproveitar isenções/reduções e outros
Benefícios Tributários, como alíquota zero, concedidos a não optantes pelo Simples Nacional

As isenções/reduções de ICMS concedidas genericamente (sem que esteja a frase, “inclusive


empresas optantes do Simples Nacional) não se aplicam às empresas optantes pelo Simples
Nacional.

Empresa optante pelo Simples Nacional que revende mercadorias sujeitas à tributação
monofásica de PIS e COFINS, estando no PGDAS-D, não deve marcar "tributação monofásica de
PIS e COFINS” pois não se trata de benefício.

Da mesma forma, se revende mercadorias sujeitas à Substituição Tributária deve marcar


“Substituição Tributária”

🔴 Produtos Sujeitos a incidência MONOFÁSICA de PIS/COFINS no Simples Nacional

▪ Gás de Cozinha (GLP) (Lei n° 9.718/98, artigos 4°, incisos I a III, e 5°)
▪ Produtos Farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal; (Lei n°
10.147/2000, artigo 1°, inciso I, alíneas "a" e "b")
▪ Autopeças relacionadas nos Anexos I e II da Lei n° 10.485/2002,
▪ Pneus novos de borracha; câmaras-de-ar de borracha (Lei n° 10.485/2002, artigo 5°)
▪ Bebidas Frias (Cervejas, Refrigerantes, Energéticos, Isotônicos (Lei n° 13.097/2015, artigo
14)
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🔴 SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 225/2017 (BEBIDAS FRIAS SIMPLES NACIONAL)

ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL EMENTA: REVENDA DE MERCADORIA


SUJEITA À TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA (MONOFÁSICA). REDUÇÃO DA
ALÍQUOTA NO SIMPLES NACIONAL.

A empresa inscrita no Simples Nacional que proceda à


comercialização de produto sujeito à tributação concentrada, para
efeitos de incidência da Contribuição para o PIS e da COFINS deve
segregar a receita decorrente da venda desse produto indicando a
existência de tributação concentrada para as referidas contribuições,
de forma que serão desconsiderados, no cálculo do Simples Nacional,
os percentuais a elas correspondentes. Os valores relativos aos
demais tributos abrangidos pelo Simples Nacional serão calculados
tendo como base de cálculo a receita total decorrente da venda dos
referidos produtos sujeitos à tributação concentrada. DISPOSITIVOS
LEGAIS: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 4º-A, inciso I; Lei
nº 10.147, de 2000, arts. 1º, inciso I, e 2º; Lei nº 10.833, de 2003, arts.
58-A, 58-B; 58-I e 58-M; Resolução CGSN nº 94, de 2011, art. 25-A, §§
6º e 7º.

🔴 CONCEITO DE SERVIÇO NA LINGUAGEM JURÍDICA

É o exercício de qualquer atividade intelectual ou material com finalidade lucrativa ou produtiva.


É o exercício ou desempenho de quaisquer atividades, materiais ou intelectuais, com o fim
produtivo ou lucrativo; execução de determinado trabalho físico ou mental. Duração deste
trabalho. Assim, serviço significa bem econômico imaterial, fruto de esforço humano aplicado a
produção. É produto da atividade humana destinado a satisfação de uma necessidade, mas que
não se apresenta sob forma de bem material.

O ISS recai sobre circulação de bem imaterial (serviço). “Se aplica sobre a obrigação de fazer”.

O ICMS recai sobre circulação de bem material (mercadoria). “Se aplica sobre a obrigação de dar
algo. ”

🔴 LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

Conforme Art. 3º da Lei Complementar 116 o serviço considera-se prestado e o imposto devido
no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do
prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto será devido no
local.

Então de regra geral o ISS é devido para o município do Prestador de Serviço e somente como
exceção são as situações descritas nos incisos do Art. 3º da Lei Complementar 116.
CONTABILIDADE NO BRASIL

Sendo assim, quando houver serviços elencados nos incisos do Art. 3º o imposto retido na
operação intermunicipal é recolhido em definitivo, e exclusivamente, para a prefeitura da
localidade do serviço prestado, de acordo com as normas dessa municipalidade.

No caso de retenções por conta de serviços no mesmo munícipio do Prestador de Serviços faz-se
necessário analisar a legislação local do município, mas se houver ela está balizada no Art. 6º da
Lei Complementar 116.

🔴 EXCEÇÕES EM QUE O ISS É DEVIDO NO LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

I - Do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento,


onde ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o desta Lei Complementar;

II – Da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços
descritos no subitem 3.05 da lista anexa;

3.05 - Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário.

III – Da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa;

7.02 - Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil,


hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes,inclusive sondagem, perfuração de poços,
escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e
montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias
produzidas pelo prestador de serviços fora do local da

prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).

7.19 - Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e


urbanismo.

I – Da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;

7.04 - Demolição.

II – Das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos
no subitem 7.05 da lista anexa;
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7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portose congêneres


(exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da
prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).

III – Da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e


destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no
subitem 7.09 da lista anexa;

7.09 - Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final
de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer.

IV – Da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis,


chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10
da lista anexa;

7.10 - Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés,


piscinas, parques, jardins e congêneres.

V - Da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços


descritos no subitem 7.11 da lista anexa;

7.11 - Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores.

VI - Do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e


biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa;

7.12 - Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentesfísicos, químicos e


biológicos.

XII - Do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços


descritos no subitem 7.16 da lista anexa;

7.16 - Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres

XIII - Da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa;

7.17 - Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres.

XIV - Da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;
CONTABILIDADE NO BRASIL

7.18 - Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e
congêneres.

XV – Onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem
11.01 da lista anexa;

11.01 Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de


embarcações.

XVI – Dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos
serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa;

11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas.

XVII – Do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos
serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;

11.04 - Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer


espécie.

XVIII - Da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos
serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa;

12.01 Espetáculos teatrais.

12.02 Exibições cinematográficas.

12.03 Espetáculos circenses.

12.04 Programas de auditório

12.05 Parques de diversões, centros de lazer e congêneres.

12.06 Boates, taxi-dancing e congêneres

12.07 Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e
congêneres.

12.08 Feiras, exposições, congressos e congêneres

12.09 Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não

12.10 Corridas e competições de animais.

12.11 Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ousem a


participação do espectador.
CONTABILIDADE NO BRASIL

12.12 Execução de música.

12.14 Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão


por qualquer processo

12.15 Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios elétricos e congêneres.

12.16 Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows, concertos, desfiles,


óperas, competições esportivas, de destreza intelectual ou congêneres.

12.17 Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer natureza.

XIX Do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo
subitem 16.01 da lista anexa;

16.01 -Serviços de transporte de natureza municipal.

XX Do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele


estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;

17.05 - Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário,

inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador


de serviço.

XXI – Da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e


administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista anexa;

17.10 - Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e


congêneres.

XXII – Do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos
serviços descritos pelo item 20 da lista anexa.

20.01 - Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros,


reboque de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem,
capatazia, armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de
mercadorias, serviços de apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de armadores,
estiva, conferência, logística e congêneres.

20.02 - Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de passageiros,


armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de apoio
aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística e

congêneres.
CONTABILIDADE NO BRASIL

20.03 - Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários,

movimentação de passageiros, mercadorias, inclusive suas operações,logística e congêneres.

XXIII - Do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09

4.22 - Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação de assistência


médica, hospitalar, odontológica e congêneres.

4.23 -Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados,
credenciados, cooperados ou apenas pagos

pelo operador do plano mediante indicação do beneficiário.

5.09 -Planos de atendimento e assistência médico-veterinária.

XXIV - Do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços prestados pelas administradoras
de cartão de crédito ou débito e demais descritos no subitem 15.01;

15.01 - Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e


congêneres, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e congêneres.

No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa, considera- se ocorrido o fato
gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja extensão de ferrovia,
rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos de locação, sublocação,
arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não.

3.04 - Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso,


compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer
natureza.

No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, considera- se ocorrido o fato
gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja extensão de rodovia
explorada.

22.01 - Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de preço ou pedágio dos usuários,
envolvendo execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação
de capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros
serviços definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais.

Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no local do estabelecimento prestador nos


serviços executados em águas marítimas, excetuados os serviços descritos no subitem 20.01.

20.01 - Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros,


reboque de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem,
CONTABILIDADE NO BRASIL

capatazia, armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de


mercadorias, serviços de apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de armadores,
estiva, conferência, logística e congêneres.

🔴 ISS RETIDO NO SIMPLES NACIONAL

O fato da prestadora de serviço ser optante pelo Simples Nacional, não impede que haja à
retenção na fonte.

A empresa optante, porém, precisará informar essas receitas destacadamente, de modo que o
aplicativo PGDAS as desconsidere da base de cálculo do tributo objetode retenção na fonte.

No entanto, essas receitas continuam fazendo parte da base de cálculo dos demaistributos
abrangidos pelo Simples Nacional.

Resolução CGSN 140/2018

Art. 25. O valor devido mensalmente pela ME ou EPP optante pelo Simples Nacional será
determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas calculadas na forma prevista nos arts. 21,
22 e 24 sobre a base de cálculo de que tratam os arts. 16 a 19

§ 9° A ME ou EPP que tenha prestado serviços sujeitos ao ISS deverá informar: (Lei Complementar
n° 123, de 2006, art. 2°, inciso I e § 6°)

Art. 27. A retenção na fonte de ISS da ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, somente será
permitida nas hipóteses previstas no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, observado
cumulativamente o seguinte:

I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e


corresponderá ao percentual efetivo de ISS decorrente da aplicação das tabelas dos Anexos III, IV
ou V desta Resolução para a faixa de receita bruta a que a ME ou EPP estiver sujeita no mês
anterior ao da prestação

O imposto retido em operações intermunicipais é recolhido em definitivo, e exclusivamente, para


a prefeitura da localidade do serviço prestado, de acordo comas normas dessa municipalidade.

No caso de retenções por conta de serviços realizados no município onde se encontra o prestador,
faz-se necessário analisar a legislação local.

A responsabilidade será por transferência quando a lei atribuir o dever de pagar tributo à a outra
empresa e se encontra no Art. 6º da Lei Complementar 116, sendo a transferência em decorrência
de fato posterior à incidência da obrigação tributária. A responsabilidade tributária por
transferência, pode ser por solidariedade, por responsabilidade dos sucessores e por
responsabilidade de terceiros.

Já que os municípios podem atribuir a responsabilidade ao contratante do serviço, é importante


você estar ciente de que nesse caso a retenção pode variar de município para município devendo
assim consultar a legislação local.
CONTABILIDADE NO BRASIL

Mas para deixar tudo de forma mais prática podemos elencar as retenções estabelecidas pelos
próprios municípios, dentro dos limites de suas competências, e as retenções compulsórias, pois
o artigo 6° da LC 116/2003 já determina que são responsáveis:

1) o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação


tenha se iniciado no exterior do País;
2) a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos seguintes
serviços:
a. cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário;
b. execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de
construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive
sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem,
pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador
de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS)
c. Demolição;
d. Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e
congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS);

🔴 TRANSFERÊNCIA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

A responsabilidade será por transferência quando a lei atribuir o dever de pagar tributo à pessoa
não vinculada ao fato gerador, tendo o mesmo sido anteriormente atribuído à outra, sendo a
transferência em decorrência de fato posterior à incidência da obrigação tributária. A
responsabilidade tributária por transferência, pode ser por solidariedade, por responsabilidade
dos sucessores e por responsabilidade de terceiros.

🔴 TRATAMENTO DO IMPOSTO RETIDO

O imposto retido em operações intermunicipais é recolhido em definitivo, e exclusivamente, para


a prefeitura da localidade do serviço prestado, de acordo com as normas dessa municipalidade.

No caso de retenções por conta de serviços realizados no município onde se encontra o prestador,
faz-se necessário analisar a legislação local.

No caso da construção civil, cuja haja retenção, a título de antecipação, de 1% (um por cento) do
valor bruto do serviço, o contribuinte fará a dedução posteriormente do imposto devido na
apuração mensal da pessoa jurídica.

🔴 BASE DE CÁLCULO DO ISS

A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. Porém, nada impede que as normas municipais
adotem procedimentos que sejam mais favoráveis ao contribuinte, dentro é claro, dos limites
CONTABILIDADE NO BRASIL

impostos pela Lei Complementar 157, que alterou a Lei Complementar 116 trouxe a
obrigatoriedade de ajustar a carga tributária a cada situação em particular.

É necessário esclarecer que do total do serviço não se pode excluir, para fins de base de cálculo
do ISS, parcelas relativamente a outros impostos retidos (IRF, PIS, Cofins e INSS).

🔴 SERVIÇOS SUJEITOS À RETENÇÃO

Haja visto que os municípios podem atribuir a responsabilidade a terceira pessoa, é importante o
contribuinte consultar a legislação local para confirmar as disposições de cada ente tributário.

Por este motivo, em termos práticos, temos as retenções estabelecidas pelos próprios municípios,
dentro dos limites de suas competências, e as retenções compulsórias, pois o artigo 6° da LC
116/2003 já determina que são responsáveis:

1. o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja


prestação tenha se iniciado no exterior do País;
2. a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos
seguintes serviços:
a. cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário;
b. execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de
construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive
sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem,
pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador
de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS)
c. Demolição;
d. Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e
congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS);

🔴 RECOLHIMENTO DO ISS RETIDO

Nos casos de substituição da responsabilidade o contratante do serviço deve efetuar a retenção


na fonte e o recolhimento do ISS. Para isso, em regra geral, o recolhimento do ISS deve ser feito
em nome do contratante do serviço, em conformidade com a legislação local. O contratante deve
preencher o documento de arrecadação em seu nome.

Isto ocorre porque, geralmente, as prefeituras estabelecem a obrigatoriedade da retenção apenas


para os prestadores de serviços de fora do município e, assim sendo, por vezes estes não têm
inscrição municipal naquela localidade.

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