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14/04/2021 Engenheiro contratado em regime PJ: o que você precisa saber

Engenheiro contratado em regime PJ: o que você precisa saber


Publicado em 20 de setembro de 2018

Para cortar custos com pro ssionais contratados sobre o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), muitas empresas preferem
contar com engenheiros em regime PJ, que possuem CNPJ e atuam como prestadores de serviços. Dessa maneira, os contratantes evitam
alguns custos e responsabilidades, como Fundo de Garantia (FGTS).

Para os pro ssionais contratados é uma oportunidade de empreender, podendo prestar serviços também para outras empresas, e contratar
auxiliares posteriormente — o que aumenta a capacidade de atendimento e propicia o aproveitamento de oportunidades e mais fontes de
renda.

Então, se você identi cou-se com o cenário acima, leia nosso texto até o m e saiba o que precisa para atuar como pessoa jurídica.

Formalização empresarial
Obviamente, é preciso ter uma empresa constituída para prestar serviços fora do regime CLT. Mas não basta que você tenha um CNPJ.

Além do registro na Receita Federal, é necessário obter alvará de funcionamento e inscrição municipal, ambos junto à prefeitura. Apenas
depois de os dois serem obtidos, com o CNPJ, a empresa está apta a emitir notas scais pelos seus serviços prestados e enquadrar-se em um
regime tributário.

O negócio também precisa ser habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de seu estado para ser uma pessoa
jurídica autorizada à prestação dos serviços de engenharia.

Pagamento de impostos
Para empresas de engenharia, o anexo do Simples Nacional é o III ou o V.

Alíquotas do Anexo III:

6% de impostos para faturamento de até R$ 180 mil em 12 meses, sem dedução;


11,2% de impostos para faturamento entre R$ 180 mil e R$ 360 mil em 12 meses, com dedução de R$ 9.360;
13,5% de impostos para faturamento entre R$ 360 mil e R$ 720 mil em 12 meses, com dedução de R$ 17.640;
16% de impostos para faturamento entre R$ 720 mil e R$ 1,8 milhão em 12 meses, com dedução de R$ 35.640;
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21% de impostos para faturamento entre R$ 1,8 milhão e R$ 3,6 milhões em 12 meses, com dedução de R$ 125.640;
33% de impostos para faturamento entre R$ 3,6 milhões e R$ 4,8 milhões em 12 meses, com dedução de R$ 648 mil;

Alíquotas do Anexo V:

15,5% de impostos para faturamento de até R$ 180 mil em 12 meses, sem dedução;
18% de impostos para faturamento entre R$ 180 mil e R$ 360 mil em 12 meses, com dedução de R$ 4.500;
19,5% de impostos para faturamento entre R$ 360 mil e R$ 720 mil em 12 meses, com dedução de R$ 9.900;
20,5% de impostos para faturamento entre R$ 720 mil e R$ 1,8 milhão em 12 meses, com dedução de R$ 17.100;
23% de impostos para faturamento entre R$ 1,8 milhão e R$ 3,6 milhões em 12 meses, com dedução de R$ 62.100;
30,5% de impostos para faturamento entre R$ 3,6 milhões e R$ 4,8 milhões em 12 meses, com dedução de R$ 540 mil.

Mensalmente, o que de ne qual anexo tributará a empresa é o Fator R, uma equação da proporção entre o seu faturamento e a sua folha de
pagamentos.

Por esse sistema, se a folha dos últimos 12 meses equivaler a 28% ou mais do faturamento do mesmo período, a tributação se dá pelo Anexo
III. Não havendo folha de pagamentos ou ela não chegando a 28% da receita do período, a tributação ocorre pelo Anexo V.

Agora vamos a um exemplo utilizando o Anexo V, o que condiz mais com a realidade de engenheiros em regime PJ, que normalmente não
precisam de funcionários:

faturamento dos últimos 12 meses: R$ 216 mil;


faturamento do mês: R$ 18 mil;
alíquota: 18%;
dedução: R$ 4.500.

Como esses números, realizamos o seguinte cálculo:

multiplicação do faturamento pela alíquota: R$ 216 mil x 18% = R$ 38.880;


aplicação da dedução sobre o primeiro resultado: R$ 38.880 mil – R$ 4.500 = R$ 34.380;
divisão do segundo resultado pela receita dos últimos 12 meses: R$ 34.380 ÷ R$ 216 mil = 0,1592;
multiplicação do resultado da divisão por 100 para obtenção da alíquota efetiva: 0,1592 x 100 = 15,92%;
aplicação da alíquota efetiva no faturamento do mês: R$ 18 mil x 15,92% = R$ 2.865,60 é o imposto total do mês.

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Caso a receita dos últimos 12 meses pertença à primeira faixa de faturamento, de até R$ 180 mil, basta que a alíquota seja aplicada sobre a
receita do mês, já que não existe valor de dedução.

Escolha do regime tributário


Você já viu como funcionam os impostos do Simples. Porém, existe ainda alternativa ao regime simpli cado: o Lucro Presumido.

Apesar de o Simples Nacional ser a tributação direcionada a micro e pequenas empresas e a menos burocrática, pode não ser a mais
econômica se o engenheiro não tiver funcionários e pagar os valores gerado pelas alíquotas do Anexo V.

No Lucro Presumido, a alíquota de presunção para serviços de engenharia é de 32% sobre a receita trimestral. Ou seja, em um trimestre com
faturamento de R$ 54 mil (R$ 18 mil por mês), o lucro que serviria de base de cálculo para o imposto de renda (IRPJ) e a Contribuição Social
(CSLL) seria R$ 17.280.

R$ 17.280 x 15% (IRPJ) = R$ 2.592;


R$ 17.280 x 32% (CSLL) = R$ 5.529,60;
total trimestral: R$ 8.121,60

Mensalmente, IRPJ e CSLL equivaleriam a R$ 2.707,20 para o período.

Além desses tributos, ainda temos Pis e Co ns, pagos mensalmente sobre a receita bruta com as alíquotas de 0,65% e 3% respectivamente:

R$ 18 mil x 0,65% = R$ 117;


R$ 18 mil x 3% = R$ 540;
total mensal: R$ 657.

Por m, a média mensal de impostos para a empresa do exemplo pelo Lucro Presumido caria em cerca de R$ 3.300. Logo, neste caso a opção
pelo Simples seria a melhor, até porque o enquadramento também exige menos declarações. Porém, conforme a receita da empresa aumenta
pode ser melhor optar pelo formato de presunção de lucro.

Entendimento de direitos e deveres

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Como prestador de serviços pessoa jurídica, o engenheiro não preserva nenhum dos direitos que a CLT assegura a contratados que compõem
a folha de pagamentos da contratante. Logo, a qualquer momento a relação pode ser encerrada. Por isso, é preciso que o pro ssional rme
contratos de prestação de serviços que assegurem valores e alguns direitos e prazos, visando ter previsibilidade em sua atuação.

Para ns de direitos sociais, também são tiradas obrigações da contratante. Portanto, o pro ssional precisa mensalmente emitir pró-labore e
sobre ele pagar a contribuição previdenciária, garantindo proteção em caso de afastamento por doença ou acidente e direito a uma
aposentadoria no futuro.

Quanto às suas obrigações legais, passam a ser a de todo empreendedor, como apurar e pagar impostos, escriturar a contabilidade e manter
documentos empresariais em dia.

Tem mais alguma dúvida sobre o trabalho de engenheiro em regime PJ? Deixe nos comentários para que possamos responder.

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