Todo desenvolvimento e tecnologia que surgiram na Europa, ficaram
restrito ao seu continente. Tiveram pouquíssima repercussão na África que viu
toda sua economia, indústria de artesanatos, serem destruídas pelo monopólio, mesmo antes das conquistas coloniais do século XVIII que definiram toda a geografia política africana.
AS NOVAS ESTRUTURAS POLIÍTICAS
A África mediterrânea do século XVI era um subsistema do império
Árabe Otomano. Marrocos e a tripolitania faziam parte do subsistema. O Egito era um sistema a parte. A região do Nilo formado pela Núbia e Etiópia, se ligavam ao sul aos Estados do grande lago. Na África central havia dois importantes reinos: o do Congo e Tio, já os habitantes das florestas não estavam organizados em estados, viviam como nômades da caça e pesca O Sudão Ocidental e a Niger-chede faziam fronteiras, que mudavam constantemente devido aos conflitos Os dois estados estavam ligados à Núbia e a Etiópia.As guerras internas eram constantes e dominavam a cena política. As fronteiras se alteravam. Novos estados apareceram. Eram sempre os mais bem armados ou com mais áreas costeiras. Grandes áreas que eram habitadas por agricultores, caçadores, pescadores e povos nômades que viviam sem soberanias ou chefes, foram dominadas e transformadas pela força em Estados com estruturas centralizadas, em uma elite dominadora. O poder político foi ficando cada vez mais nas mãos da aristocracia negra, chefes de clãs, ou da elite fundiária. Outra parte ficou com os sultanatos magrebinos dos Emirados, a moda europeia com príncipes, condes e servos. A partir do século XVI devido a economia das feitorias, a vida política se concentrou nas áreas costeiras, tentando implementar impostos e arrecadar sobre o comércio marítimo. Diversos acordos e tratados de amizade eram firmados e quebrados com os países europeus, principalmente na região do Mediterrâneo. Em 1780, os americanos participaram de um tratado que pôs fim a guerra entre Espanha e Marrocos. Definiram novas fronteiras e acordos comerciais. Houve diversos acordo e pagamento de resgates à piratas, à Argélia e ao Marrocos para libertarem seus extraditados. Essas guerras e conflitos tentavam acabar com a economia das feitorias e fazer as potências Europeias pagarem os impostos que arrasaram a aristocracia negra e as classes dominantes e cheia de clãs no continente. As lutas tentavam restaurar as poucas unidades polícias que conseguiram se equilibrar e se desenvolver nessa situação interna, mantendo sua forma inicial até a colonização.