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O PRÍNCIPE (CAPÍTULOS XXIV, XXV E XXVI)

Seção 1. Razões da queda dos príncipes italianos (§§1-3)

§1. Comparações entre príncipes hereditários e príncipes novos

a. Estes têm suas ações analisadas com mais atenção


b. Os príncipes novos, quando suas ações são popularmente aprovadas, devido ao
imediatismo dos homens, fomentam mais lealdade do que à dispensada aos
príncipes hereditários, esta decorrente de laços sanguíneos.

§2. Motivos que levam um príncipe à perda de um Estado

a. Defasagens militares,
i. Caso do rei Nápoles e do duque de Milão
b. Hostilidade da população para com o príncipe
c. Ausência de neutralização dos grandes, ainda que com apoio popular

§3. O acaso não é responsável pela queda dos príncipes hereditários

a. A ausência de preparo prévio, nos tempos pacíficos, leva à fuga dos líderes em
tempos de adversidade
b. A defesa militar boa e duradoura depende da virtude do príncipe
c. A iniciativa popular defensiva autônoma e espontânea não ocorrerá, ou
ocorrerá de maneira vil

Seção 2. A influência do acaso nos Estados e como remediar seus efeitos (§§4-12)

§4. Considerações acerca da sorte e do preparo prévio

a. O autor reconhece e afirma ter se inclinado à teoria de que o acaso regula


inexoravelmente a vida
b. Pela manutenção do livre-arbítrio, o autor entende que a sorte influencia apenas
metade da vida
c. O preparo prévio, em épocas de calmaria, evitam ou amenizam desastres
futuros
§5. A Itália estava propensa a ser influenciada veementemente pela sorte

a. A Itália não possuía qualquer defesa contra as obras do acaso


b. Caso o Estado italiano gozasse da proteção militar de França, Alemanha ou
Espanha, a manifestação da fortuna não ocorreria ou seria menor

§6. O príncipe deve adequar seu comportamento às necessidades de seu tempo, pois
aquele que depende exclusivamente da sorte acabará se arruinando ao sabor do acaso

§§7-8. É possível que linhas comportamentais opostas guiem, adequada e corretamente,


diferentes indivíduos para um mesmo fim de glória e riquezas; porém, em se tratando de
dois príncipes com a mesma tendência idiossincrática, apenas um deles obterá êxito

a. Isso ocorre graças à adaptabilidade, ou não, da época aos comportamentos dos


príncipes

§9. A sorte acompanha aqueles que modificam o próprio comportamento conforme a


necessidade da época que vivem

a. A prudência e a paciência levam um príncipe a se tornar incapaz de se adaptar,


seja graças à sua inclinação natural a tais características, seja pelo sucesso
anterior que tais traços propiciaram

§§10-11. O sucesso do Papa Júlio II se deu graças ao seu ímpeto em épocas onde tal
comportamento era necessário

a. A iniciativa do Papa angariou apoio da França e da Espanha contra os


venezianos
i. O autor sustenta que, caso os tempos demandassem paciência e cautela,
Júlio II não teria obtido êxito em sua empreitada

§12. Conclusões do autor acerca da influência do acaso e do comportamento humano

a. Indivíduos comportamentalmente constantes obterão sucesso enquanto a sorte


mantiver o tempo em conformidade com seus comportamentos, caso contrário,
fracassarão
b. A sorte favorece aos impetuosos e aos jovens
i. Breve comparação entre a sorte e a figura feminina

Seção 3. Conselhos para a retomada da Itália em momento oportuno (§§13-18)

§§13-14. A Itália reúne as condições materiais para ser adequadamente governada por um
príncipe digno e valoroso

a. Autor considera que as mazelas fazem com que um povo dê valor aos bons
líderes
i. Moisés para os israelenses, Ciro para os persas e Teseu para os
atenienses
b. A Itália, devido aos óbices sofrido, seria capaz de reconhecer um líder digno
para livrá-la dos bárbaros
i. O autor frisa os saques na Lombardia e a violência em Nápoles e
Toscana

§15. A casa Médici é a adequada para comandar a Itália, de povo valoroso e líderes
fracos

a. Autor sustenta a adequação dos Médici e aconselha


i. Favorecida por Deus e pela Igreja
ii. Devem ser seguidos os exemplos de Moisés, Ciro e Teseu
iii. A guerra é justa, quando necessária, e as armas são piedosas, quando
são a única esperança
iv. A disposição do povo italiano, associada a um líder virtuoso, é
suficiente para enfrentar as dificuldades
v. Deus colaborou para o potencial de grandeza da Itália e, pelas glórias e
livre-arbítrio, o resto deve ser feito pelos Médici
b. Os antigos fracassos militares da Itália decorrem das instituições do Estado
italiano, consideradas falhas, e da incapacidade de se encontrar novas
c. A Itália agrega motivos para a realização de reformas
i. Leis virtuosas tornam o príncipe que as elaborou digno de admiração
ii. O povo italiano é valoroso, os líderes não são
iii. Os italianos, em combate individual, são superiores em força, destreza
e engenho
iv. Tais virtudes não são transmitidas para campos de guerra devido à
fraqueza dos líderes
v. Não houve líder virtuoso ou sortudo o suficiente para comandar os
demais
 Exércitos inteiramente italianos falham, como em Taro,
Alexandria, Cápua, Gênova, Vailá, Bolonha e Mestri

§16. Para redimir suas províncias e seguir Moisés, Ciro e Teseu, os Médici devem reunir
exércitos próprios

a. Tropas seguras e fiéis, compostas pelos melhores soldados

§17. Instruções para derrotar militarmente a Espanha e a Holanda

a. A fraquezas nas infantarias espanhola (i) e holandesa (ii)


i. Defesa contra cavalarias
 Campanha de Ravena
ii. Temor a infantarias que lhe apresentem resistência equivalente
b. Deve-se organizar um exército que não tema infantarias e resista às cavalarias
i. Aumenta a qualidade das tropas
ii. Impõe mudanças táticas
iii. Geram reputação e grandeza para um príncipe novo

§18. Clamor imediato por um príncipe Médici

a. Gozaria de aprovação popular


b. O povo não suporta o domínio bárbaro
c. É necessário para enobrecer e proteger a Itália
i. O autor manifesta o desejo de ver concretizados os versos de
Francisco Petrarca

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