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Fortaleza - Ce
Novembro/2013
1
Thyara Jahn Da Silva Oliveira1
Marcia Maria Machado Freitas2
RESUMO
Esta pesquisa teve como estudo o planejamento tributário na formação de
preço. Contendo aspectos da carga tributaria brasileira, demonstração dos
impostos incidentes na formação de preços, e uma abordagem sobre
precificação e a influencia dos tributos da margem de lucro das organizações.
Através de uma pesquisa bibliográfica teve como problema: Qual a importância
de um planejamento tributário na formação de preço, e em que isso reflete na
geração de lucro para as organizações? Como objetivo geral analisar o
planejamento tributário como estratégia na formação de preço, como uma
forma eficaz e satisfatória na obtenção de resultados futuros no final do
exercício. Deste o modo conclui-se que é evidente que as organizações que
querem se manter dentro da lei e pagar seus impostos em dia, tem que
procurar métodos menos onerosos para conseguir bons resultados no final do
exercício.
ABSTRACT
This research was to study the tax planning in pricing. Containing aspects of
Brazilian tax burden, demonstration of taxes on pricing, and an approach to
pricing and the influence of taxes margin of profitabilities organizations. Through
a bibliographic research was the problem: What is the importance of tax
planning in price formation, and this reflects in generating profit for
organizations? Aimed at analyzing tax planning as a strategy in pricing as an
effective and satisfactory in obtaining future results at the end of the year. In this
mode it is concluded that it is clear that organizations want to keep within the
law and pay their taxes on time, you have to look for less costly methods to get
good results at the end of the year.
1
Bacharelando em ciências contábeis, 6º semestre, pela Faculdade Cearense (FAC)
2
Doutora em Educação pela Universidade Del Mar, Chile . Professora da Faculdade Cearense.
2
SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Planejamento Tributário.
2.1. Carga Tributaria Brasileira. 2.1.1 Impostos e
Contribuições Federais. 2.1.2 Impostos Estaduais.
2.1.3 Impostos Municipais. 2.2. Precificação. 3.
Metodologia. 4. Planejamento tributário como estratégia
na formação de preço de venda. 5. Conclusão. 6.
Referencias.
1 INTRODUÇÃO
3
Serviço de Qualquer Natureza (ISS) são os únicos considerados “por fora”,
sendo que o ISS em algumas ocasiões determinadas em leis municipais.
O Brasil é um país com altíssima carga tributária sendo composta
por tributos municipais, estaduais e federais, onde destaca-se nesta mesma
sequencia o ISS(Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), ICMS(Imposto
Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), IPI(Imposto Sobre
Produtos Industrializados), COFINS(Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social), PIS(Programa de Integração Social), IRPJ(Imposto de
Renda Pessoa Jurídica), CSSL(Contribuição Social Sobre o Lucro Liquido).
Manter a competitividade em uma economia onde esses tributos
fazem parte predominante na vida dos gestores e por repasse na vida dos
consumidores finais e um desafio que assola todo o Brasil. Devido a estes
impasses é que as organizações estão focando na diminuição das suas
despesas e consequentemente aumentando suas margens de contribuição
sem prejudicar seu cliente com preços elevados e fora do mercado.
As organizações que tem como umas de suas atividades diárias a
formação de preços necessitam de estratégias que tenham resultados
satisfatórios levando em consideração nosso complexo sistema tributário.
A formação inadequada dos preços para mais ou para menos pode
deixar as organizações fora do mercado, por esse motivo escolher
corretamente a estratégia e o método adequado dentro de um planejamento
tributário correto seria um dos principais fatores a ajudarem as empresas na
geração de lucro.
Com base no exposto surge a seguinte questão: Qual a importância
de um planejamento tributário na formação de preço, e em que isso reflete na
geração de lucro para as organizações?
Diante da pergunta de partida, a presente investigação possui, como
objetivo geral, analisar o planejamento tributário como estratégia na formação
de preços de venda.
Para assegurar o objetivo primário, emergem dois objetivos
específicos, a citar: demonstrar a complexidade da carga tributaria no Brasil;
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verificar a possibilidade que as empresas têm de se manter dentro da lei sem
sonegação de impostos sem prejudicar seu percentual de lucratividade.
Contudo para que se tenha uma boa analise de todos os fatores que
norteiam as diretrizes de uma adequada forma de precificação, é necessário
verificar todos os pontos necessários para se obter um resultado satisfatório,
destaca-se um dos pontos que vem sendo discutido pela sociedade atual que é
o planejamento tributário como uma melhor forma de ajudar as empresas a se
manter no mercado com preços competitivos, boa qualidade de seus produtos
e por ultimo e não menos importante uma considerável margem de contribuição
que satisfaça necessidades da empresa.
A escolha do tema se deu pela necessidade que as empresas têm
de concentrarem seus esforços em se manterem dentro lei com a arrecadação
de todos esses impostos incidentes em suas atividades normais e como um
bom planejamento sobre isso pode refletir adiante na hora de contabilizar seus
lucros.
2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
5
Para Shingaki (2010, p.25) a elisão fiscal é definida como a
economia lícita, mediante toda e qualquer operação anterior à ocorrência do
fato gerador que, sem violar a lei, evita, reduz ou postergar o imposto.
Corroborando esta opinião Koch (2003, p.116) ressalta que a elisão
fiscal, hodiernamente tratava como planejamento tributário consiste em praticar
atos legais, sem dissimulação, sem fraude, visando minimizar o imposto a
recolher.
Destacam-se duas formas de elisão fiscal: a primeira é aquela dada
pela própria lei em forma de incentivos fiscais, e outra e aquela conseguida
analisando brechas que a lei nos oferece para que seja diminuído o imposto
utilizando-se de elementos que a lei não proíbe, mas que contempla com
menos ônus tributário possível.
Conforme Oliveira (2009), o planejamento tributário é importante não
somente nas operações cotidianas da empresa, mas também nas
reorganizações de sociedades, uma vez que pode representar uma economia
significativa frente ao capital das empresas. Afirma ainda que as companhias
brasileiras, buscando eficiência financeira para os seus negócios, utilizam o
planejamento tributário como importante ferramenta.
Segundo Fabretti e Fabretti (2009, p. 143) Planejamento tributário
define-se como a atividade preventiva que estuda a priori os atos e negócios
jurídicos que o agente econômico (empresa, instituição financeira, cooperativa,
associação etc.) pretende realizar.
O planejamento tributário é algo a se pensar antes mesmo das
atividades que determinam o inicio operações industriais e comerciais, como
por exemplo, a compra da matéria prima. A partir de um minucioso estudo de
seus fornecedores, o melhor enquadramento tributário, o perfil dos clientes, e
quanto de carga tributária irá se pagar com essa compra, é o que determina
mais na frente a capacidade de receita que determinados produtos irão gerar
em beneficio para a organização.
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2.1 CARGA TRIBUTARIA BRASILEIRA
Segundo um estudo sobre a Carga Tributaria/PIB X IDH: O Brasil
está entre as 30 nações com as maiores cargas tributaria do mundo. Pesquisa
realizada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
A carga tributaria é a relação entre os impostos arrecadados pelo
governo e o quanto desses impostos financia a produção interna de riquezas,
ou o chamado Produto Interno Bruto (PIB).
Dos impostos arrecadados pelo governo tem-se 61 tributos federais,
estaduais e municipais, mas serão destacados os que têm maior evidência na
formação do preço de venda da maioria dos produtos industrializados no Brasil,
que serão abordados a seguir.
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2.1.1.2 IMPOSTO SOBRE PRODUTO INDUSTRIALIZADO. COBRADO DAS
INDÚSTRIAS (IPI)
É um imposto cujo fato gerador do imposto é o desembaraço
aduaneiro de produtos importados, a saída do produto industrializado do
estabelecimento e a arrematação de produtos apreendidos ou roubados
colados pra leilão. O contribuinte do imposto podem ser o importador, o
industrial, o comerciante ou o arrematador.
A alíquota varia conforme o produto, a principal função do imposto é
extrafiscal proibitiva.
Segundo Oliveira et al. (2009, p.92), “O IPI é de competência da
União e incide sobre os produtos industrializados nacionais e estrangeiros, e
não está sujeito ao principio constitucional da anterioridade, razão pela qual
suas alíquotas podem ser alteradas durante o exercício financeiro”.
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Existindo dois regimes de incidência o cumulativo e não cumulativo.
Regime cumulativo: base de calculo é o faturamento mensal, com a alíquota de
0,65% para o PIS e 3% para o COFINS, sendo destinada para financiar a
seguridade social, efetuando-se o pagamento mensalmente até o dia 20 do
mês seguinte a apuração.
Regime não cumulativo: a base de calculo é o valor do faturamento
mensal, as alíquotas da contribuição são 1,65% para o PIS e 7,6% para o
COFINS, sendo destinada para financiar a seguridade social, efetuando-se o
pagamento mensalmente até o dia 20 do mês seguinte a apuração.
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2.1.2.1 IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS. INCIDE
TAMBÉM SOBRE O TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL
E TELEFONIA (ICMS).
O ICMS é tributo de função predominantemente fiscal. É fonte de
receita bastante expressiva para os Estados e para o Distrito Federal. Tem
sido, todavia, utilizado também com função extrafiscal, mas essa prática é
desaconselhável, em virtude das praticas fraudulentas que tratamento
diferenciado pode estimular. (MACHADO, 2006 p.373)
O principal fato gerador para incidência do ICMS é a circulação de
mercadoria, a sua alíquota varia de acordo com o regulamento de cada estado.
Quanto ao contribuinte é estabelecido em Lei pelo regulamento do ICMS do
estado do ceara no Art. 17, seção I do capitulo III:
Contribuinte é qualquer pessoa física ou jurídica que realize, com
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial,
operações de circulação de mercadorias ou prestações de serviços
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
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Tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista
anexa a lei complementar 116/2003. O contribuinte é o prestador de serviços e
a alíquota mínima estipulada é de 2% podendo chegar até a alíquota máxima
estipulada em 5%. A função do ISS é predominantemente fiscal.
Esses impostos são os que na grande maioria compõe o preço de
venda dos produtos, sendo cada um com as suas particularidades, porem
juntos formando o que se tem de maior impacto na precificação das
mercadorias.
2.2. PRECIFICAÇÃO
A formação do preço de venda é muito mais complexa do que um
simples acumulo de custos e colocar uma margem de contribuição. Para se
fazer a precificação dos produtos se faz necessário grande esforço , pois
diversos fatores influenciam a sua determinação.
Para que o preço de venda seja determinado o administrador deve
transferir o ônus da incidência dos tributos ao consumidor final, sem prejudicar
a empresa no ponto de vista econômico, financeiro e comercial, devendo
descobrir o quanto o seu cliente estar disposto a pagar por seu produto sem
tira-lo da competição do mercado.
Destaca-se que os principais tributos incidentes na formação de
preço são aqueles já citados anteriormente.
Para Martins (2000, p.236) existem alguns modelos utilizados para a
formação de preço, como por exemplo, o Reichskuratorium fur
Wirtischaflichtkeit (RKW), o custeio variável e o custeio Activity Based Costing
(ABC).
O método RKW é basicamente aquele que rateia tanto as despesas
diretas de produção como também as despesas indiretas da administração e
outros setores. Já no método de custeio variável podemos destacar que são
considerados apenas os custos de produção variáveis incorridos no período,
todos os outros são considerados como despesas.
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O custeio ABC que é mais usado como uma ferramenta gerencial,
pois é um método baseado na atividade e produção da empresa, visando uma
melhor mensuração dos custos indiretos.
Para Kotler (1998) O único elemento do composto de marketing que
gera receita; os outros elementos geram custos. O preço é também um dos
elementos mais sensíveis do composto de marketing porque pode ser
rapidamente modificado.
Para Lawson (2003, p.128) “é importante administrar a capacidade
produtiva por causa de seu efeito tanto sobre o volume como sobre o custo dos
bens produzidos”.
Assim dois fatores importantes podem ser destacados, a gestão de
custos e os métodos utilizados para a formação do preço de venda que
influencia diretamente, mesmo que seja em longo prazo, na formação do lucro.
Assef (2005) apresenta como principais objetivos das políticas de
preços para as empresas: proporcionar a longo prazo, o maior lucro possível;
permitir a maximização “lucrativa” da participação de mercado; maximizar o
capital empregado para perpetuar os negócios de modo autossustentado.
A nova época em que se está apresenta a necessidade de um
planejamento tributário bastante especifico de acordo com atividade de cada
empresa pois os tributos incidentes nos preços de vendas nos mostra a grande
carga tributaria que compõe esse preços, prejudicando a lucratividade da
empresa, que é um dos principais objetivos a serem alcançados, e se isso não
é elaborado com ideias e estratégias de negócios adequadas para esse fator,
pode prejudicar de maneira crucial o desenvolvimento natural das atividades da
empresa.
Segundo Torres (2002) “A decisão de preços exige o envolvimento
de vários departamentos da empresa com diferentes bases de informações,
mas, se tal processo de envolvimento não for bem administrado, podem surgir
problemas”.
Diversos departamentos tem sua responsabilidade na formação de
preço de um produto, porem o setor que queremos destacar é o contábil/fiscal
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que atua na área de analise dos impactos representativos nas margens de
contribuição e modificação dos custos.
A margem de contribuição é o valor que a empresa consegue gerar
capaz de suprir todas as despesas e ainda sim obter lucro. É através dela que
os administradores podem tomar decisões estratégicas em relação a
determinados produtos, pois quando não é bem analisada corre-se o risco de
prejuízo financeiro.
A margem de contribuição segundo Cogan (2002, p. 25), “é a
diferença, para mais entre o preço de venda e as despesas variáveis referentes
as unidades vendidas”. O conceito de margem de contribuição, segundo
Martins (2006), é o ganho bruto sobre o que é vendido. É o quanto uma
determinada organização consegue obter de recursos para pagar despesas
fixas e obter lucro. Margem de contribuição é o resultado da subtração das
despesas e custos variáveis do preço de venda. É o ganho bruto sobre as
vendas.
A margem de contribuição é representada da seguinte forma:
MC = PV – ( CV + DV )
Onde:
MC = Margem de contribuição
PV = Preço de venda
CV = Custo variável
DV = Despesa variável
A sonegação de impostos se tornou algo comum em muitos países e
principalmente no Brasil, devido a uma alta carga tributaria que vem tirando o
sossego de muitos empreendedores, onde muitas vezes resolve de maneira
ilícita fugir desses tributos por questões de sobrevivência e não simplesmente
por não querer pagar.
Porem se manter na lei é possível e mais viável, se considerar que a
evasão fiscal é um crime com pena de detenção e multa que pode chegar de
duas a cinco vezes o valor sonegado.
Segundo Torres (2003, p.178), por evasão fiscal deve-se entender o
fenômeno que decorre de uma conduta voluntária e dolosa, omissiva ou
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comissiva, dos sujeitos passivos de eximirem-se ao cumprimento, total ou
parcial, das obrigações tributárias de cunho patrimonial.
Uma empresa que possui bom planejamento tributário consegue
cumprir suas obrigações com o fisco sem prejudicar seus negócios e seu
percentual de lucratividade.
Esse planejamento entre outras coisas deve ser algo cotidiano e
inclui um acompanhamento das atividades financeiras e também a forma de
como o empreendedor define a sua margem de lucro. ”Como o tributo incide
sobre o preço final, se a margem de ganho não for corretamente calculada, o
tributo pode ser mais oneroso” alerta Júlio César, consultor contábil do Sebrae-
SP.
3 METODOLOGIA
A metodologia utilizada apresenta um estudo da importância do
planejamento tributário e o quanto isso reflete na formação de preços, o que
pode trazer benefícios para as organizações.
Esta pesquisa respalda-se na utilização de pesquisa bibliográfica e
tem cunho qualitativo, permitindo descrever a complexidade dos tributos
incidentes nos preços e diagnosticar o efeito que um bom planejamento trás
para as empresas, de modo a compreender seus processos dinâmicos.
Segundo Gil (2007, p.43) uma pesquisa explicativa pode ser a
continuação de outra descritiva, posto que a identificação de fatores que
determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e
detalhado.
De acordo com Richardson (1999, p.80) “Os estudos que empregam
uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado
problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar
processos dinâmicos vividos por grupos sociais...”.
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4 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COMO ESTRATÉGIA NA FORMAÇÃO DE
PREÇOS DE VENDA.
Existem diversas variáveis que podem influenciar na formação do
preço de venda, os tributos são a maior parte delas, porem a estratégia
utilizada na realização desse processo é o resultado de um planejamento
tributário bem elaborado e focado na preocupação da diminuição desses
tributos.
Diante da realidade brasileira e dos impostos, os gestores acabam
tendo que reduzir a margem de contribuição e otimizar os custos para que
possam ter preços mais competitivos.
Desses impostos uns são calculados embutidos no preço de venda e
outros são cobrados sobre o preço de venda, são os chamados impostos “por
dentro” e “por fora”, conforme demonstra o exemplo 1:
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Se considerado o preço de venda do produto (PVP), sem o valor dos
tributos, seria: PVP = R$ 137,50 + 100%, logo o PVP seria de R% 275,00.
Nesse caso tem-se uma margem de lucro de 100%, levando em
consideração apenas os tributos como despesas.
Se a empresa fixar o preço de venda repassando todos os seus
tributos para o consumidor, tem-se: PV = PVP + ICMS + PIS + COFINS + IPI +
CSLL + IRPJ.
Em uma melhor visualização pode-se ver que o percentual
acumulado dos tributos e contribuições incidentes sobre a receita bruta é de
4% (2,5%+ 1,5%), para o IRPJ e CSLL e 27,25% (18% + 7,6% + 1,65%), para
o ICMS, PIS e COFINS o chamado calculo por dentro, e 20%, para o IPI o
chamado calculo por fora.
Posto isso, o preço de venda corresponderá:
Calculando os tributos IRPJ, CSLL< ICMS< PIS e COFINS o percetual
total de 31,25% = (4% + 27,25%).
Calculando o valor por dentro o percentual total será de 68,75% (100% -
31,25%). Assim, o valor do preço de venda antes do calculo do IPI será
de R$ 400,00 (R$ 275,00: 68,75%).
O preço de venda após o calculo do IPI
R$ 480,0 = R$ 400,00 + 20%
Se incluir os percentuais demonstrados acima em um caso pratico
pode-se demonstrar a composição do preço de venda com a inclusão dos
percentuais dos tributos demonstrados a cima, tem-se:
Custo unitário total..........................................................R$ 137,50
Margem de lucro da empresa 100%...............................R$ 137,50
Tributos constantes no preço de venda:
ICMS (18% x R$ 400,00).............R$ 72,00
PIS (1,65% x R$ 400,00).............R$ 6,60
COFINS (7,6% x R$ 400,00).......R$ 30,40
IRPJ e CSLL (4% x R$ 400,00)..R$ 16,00
IPI (20% x R$ 400,00).................R$ 80,00.........R$ 205,00
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Valor total da venda (incluindo o IPI).............................R$ 480,00
A Tabela 1 demonstra o resumo dos impostos por dentro e por fora
de acordo com o exemplo citado anteriormente:
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FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
Comércio em geral não contribuinte do ipi
Produto
Entrada Lucro Lucro
de dados Simples Presumido Real
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Irpj s/ o lucro presumido 1,20% 0,0000 0,0120 0,0000
Csll s/ o lucro presumido 1,08% 0,0000 0,0108 0,0000
Simples 9,00% 0,0900 0,0000 0,0000
Outros 0,38% 0,0038 0,0038 0,0038
Custo Operacional (anual) 0,1745 0,1911 0,1883
MLL (Margem de Lucro Líquido s/
vendas 10,00% 0,1000 0,1000 0,1316
Total de incidências s/ PV 0,3983 0,5642 0,6262
MK Divisor 0,6017 0,4358 0,3738
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Com esta tabela pode-se perceber detalhadamente a variação de
preços de acordo com a escolha de regime escolhido por seus administradores
e o grau de rentabilidade em cada situação. Demonstrando que o foco no
planejamento tributário é uma grande estratégia na formação de preço e
geração de lucro para as organizações.
Estes impostos serão calculados atendendo a legislação da elisão
fiscal, que é uma maneira segura de se obter resultados satisfatórios quanto ao
calculo dos impostos incidentes nos preços dos produtos.
A importância da apuração corretas dos tributos e o aproveitamento
das condições que a lei nos oferece em pagar menos tributo com um
planejamento tributário eficaz é o que torna a formação de preços menos
onerosa, e capaz de se chegar ao um resultado satisfatório tanto para as
organizações que não precisa diminuir sua margem de contribuição, quanto
para o consumidor final que recebe os preços com uma maior realidade de
mercado atual.
5 CONCLUSÃO
Como exposto a carga tributaria brasileira é um tópico que possui
bastante influencia na formação de preços e pode-se ver que de varias formas
os impostos são presentes na vida das organizações.
O planejamento tributário quando focado na formação de preços
pode trazer um baixo custo para produção ou comercialização de seus
produtos, já que a grande maioria dos gastos refere-se aos tributos incidentes
nos preços dos produtos.
Pode-se observar que a margem de contribuição dos produtos
comercializados nas organizações esta ligada diretamente ao planejamento
feito quanto à tentativa de diminuir os gastos realizados com pagamento de
tributos, pois se houver a possibilidade de se pagar menos imposto a margem
de contribuição desse mesmo produto pode aumentar consideravelmente,
ocasionando um maior lucro.
Em resposta ao problema exposto com a pergunta: “Qual a
importância de um planejamento tributário na formação de preço, e em que
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isso reflete na geração de lucro para as organizações?”, pode-se perceber que
o planejamento tributário tem uma grande e importante influencia na hora da
formação de preço como uma estratégia na geração de lucro, pois a carga
tributaria brasileira é o que agrega um maior percentual na precificação,
influenciando significativamente na margem de contribuição dos produtos.
Destaca-se que o objetivo geral em analisar o planejamento
tributário como estratégia na formação de preço foi alcançado. Foram
apresentados de forma sucinta os impostos incidentes nos preços de vendas, a
influência da carga tributaria na precificação e o quanto um planejamento
tributário é uma boa estratégia na formação de preço e geração de lucro.
Por fim conclui-se que é evidente que as organizações que querem
se manter dentro da lei e pagar seus impostos em dias, tem que procurar
métodos menos onerosos para se conseguir bons resultados no final do
exercício, e uma maneira exposta neste artigo foi o planejamento tributário
como uma forma eficaz e bastante influenciável já que a carga tributaria é o
que compõe a maior parte dos preços de vendas, conclui-se então que de fato
o planejamento tributário é uma ótima estratégia na formação do preço e
geração de lucro.
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22
THYARA JAHN DA SILVA OLIVEIRA
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Professora Dra. Marcia Maria Machado Freitas
Orientadora
_________________________________________________
Professora Ms. Liana Marcia Costa Vieira marinho.
Membro 1
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Membro 2
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