LEI DE HOOKE

1. Introdução experimentalmente a Lei de Hooke, determinar a

constante elástica de uma mola pelo método
estático, analisar a associação de molas em série e
O físico inglês Robert Hooke foi quem primeiro
em paralelo e calcular o trabalho realizado por uma
demonstrou que muitos materiais elásticos
força ao distender uma mola
apresentam deformação diretamente proporcional a
uma força elástica, podendo ser resistente ao
alongamento produzido ou adquirindo deformação
2. Procedimento Experimental
permanente. Quando forças externas atuam em um
corpo sólido, a deformação resultante do corpo
depende tanto da proporção do material, direção e 2.1. Materiais utilizados:
tipo de força aplicada, sendo que o material é
conhecido como elástico quando recupera a sua Figura 01 – Conjunto do Sistema de Medidas
forma original, após a força externa aplicada sobre
ele cessar. Como há uma vasta variedade de
material, cada mola poderá suportar até uma certa
intensidade de força, umas vez que quando
excedido este limite, a deformação será
permanente, não retornando ao seu formato inicial.
Quando a relação entre a força deformante e a
deformação de uma mola é linear, dizemos que a
mola segue a lei de Hooke.
Destarte, a Lei de Hooke é responsável por
verificar a deformação do corpo elástico ao se
expandir. O objeto de estudo mais usado para esse
evento é a mola espiral. Trata-se de um objeto
flexível capaz de armazenar energia mecânica,
sendo usado para esse fim, encontrada com Fonte: (Interfaces, 2015).
diferentes composições e formatos. As molas estão
presentes desde uma simples caneta, até em  Tripé;
mecanismos de complexidade muito mais elevada,  Molas helicoidais;
como num avião.  Conjunto de massas acopláveis;
A deformação elástica, que uma mola suspensa  Gancho lastro;
sofre quando lhe é exercida a força peso, pode ser  Perfil universal com escala milimetrada e
descrita a partir da lei de Hooke, sendo diretamente suporte para associações de molas.
proporcional a força aplicada.
A determinação da expressão matemática que
vincula as grandezas F e Δx, é dada por: 2.2 Procedimento Realizado

O suporte fixo foi colocado de modo que a parte

F = -k . Δx
Onde:
F= Força peso das massas (N).
k = constante elástica (N/m);
Δx = deformação da mola (m);
O objeto de estudo mais usado para esse evento
é uma mola helicoidal, por ser um objeto flexível
que se alonga facilmente. Sendo assim, buscamos
neste experimento compreender os conceitos
relacionados à elasticidade dos materiais, verificar
inferior do gancho lastro ficou assinalado com um
dado valor na escala, considerando a sua posição de
equilíbrio como zero e, a partir dele, foram
realizadas as medidas. A mola foi posicionada na
ponta da haste de modo que o “porta-massa”
continuasse em 0.
Em seguida, os pesos com 20 gramas cada,
foram adicionados um a um e a deformação
causada pelo peso na mola foi anotada em cinco
situações. Logo após, foram retirados e as medidas
foram conferidas em relação as anotações A relação matemática existente entre a força e a
anteriores. deformação sofrida pela mola equivale a:
Importante ressaltar que o gancho funcionou
como lastro e não foi considerado como carga, y = a + bx, onde,
também, em nenhum momento a mola foi esticada y= força;
além do seu limite, evitando assim uma deformação a= erro experimental;
permanente. b= k = constante elástica determinada pelo
Foram realizadas medidas em série, sendo que valor de 17,3.
as molas estão sujeitas a uma mesma força F e
sofrem deformações diferentes. E também em
paralelo onde a deformação sofrida por cada uma A mola é perfeitamente elástica para as massas
das molas é a mesma. empregadas, isto é, após serem retiradas uma a uma
ela retorna à posição inicial.
Estabelecido o gráfico 01 é possível a
3. Resultados e Análises observação dos resultados obtidos. Sabe-se que
quando o Δx=0, a reta média traçada passará pela
3.1 Lei de Hooke para uma mola
origem (0,0).
A partir dos gráficos com os dois conjuntos de
No experimento com molas individuais,
pontos, foi analisado que uma mesma curva se
observa-se o deslocamento com diferentes forças
ajusta para a colocação e retirada dos pesos.
peso.
Frisando que não houve uma deformação
Na tabela 01, foram anotadas as medidas
permanente da mola, pois a mesma voltou pelo
partindo da utilização de uma mola, onde:
mesmo caminho com valores iguais aos de origem.
É notável que a forma da curva gráfica indica
F (N): Força peso das massas;
que a mola segue a Lei de Hooke, sendo linear:
x (m): leitura da régua;
F = -k . Δx
Δx (m): deformação da mola.
A curva de colocação das massas coincide com
a curva de retirada das mesmas. Sendo uma
deformação permanente, F= 0, consequentemente o
Tabela 01 – Medidas para uma mola
Δx é a deformação da mola que não houve
alterações nas propriedades.
Nº de medições F (N) x (m) Δx (m) Como a mola não voltou a origem, devido a
ocorrência da deformação plástica, a curva de
1 0,196 0,010 0,010 retirada das massas não passa pela origem dos eixos
2 0,392 0,020 0,020 no gráfico. O limite elástico da mola não foi
3 0,588 0,033 0,033 excedido porquê não houve uma deformação
4 permanente.
0,784 0,043 0,043
5 0,980 0,055 0,055

O gráfico 01 é linear e representa o

comprimento da força peso, aplicada pelas massas
versus a deformação da mola.
Gráfico 01 – Força deformante F versus Δx (uma
mola)
3.2 Molas em série
Para determinar a constante de elasticidade para
um sistema formado por duas molas em série, foi
realizado o experimento análogo ao desenvolvido
anteriormente. Na tabela 02, são demonstrados os
valores medidos, sabendo-se que o valor do gancho
inicial é de 0,0106m.

Tabela 02 – Medidas para mola em série

Nº de medições F (N) x (m) Δx (m)

1 0,196 0,128 0,022
2 0,392 0,151 0,045
3 0,588 0,171 0,065
4 0,784 0,192 0,086
 5 0,980 0,214 0,108
Gráfico 02 – Força deformante F versus Δx
(mola em série)
No gráfico a cima a deformação sofrida pela
mola equivale a 9,20 (constante elástica).
Como a associação em série se comporta como
se tivéssemos uma única mola com uma constante
elástica, supondo que as constantes de cada mola
sejam k1 e k2, a equação para calcular a constante
de elasticidade equivalente para a associação em
série é:
= Soma das constantes elásticas da mola
(N/m);
= constante da mola 1 (N/m);
= constante da mola 2 (N/m).
A constante elástica equivalente para o sistema
formado por duas molas em série é de: 8,66 N/m.
Foi constatado através da comparação entre os
cálculos realizados (8,66 N/m) e a constante k
fornecida pelo gráfico (9,20 N/m) que a diferença
ocorrida deve-se a especificidade do material da
mola, ao seu tamanho e a capacidade própria da
resistência à força externa aplicada.
3.3 Molas em paralelo
Para determinar a constante de elasticidade para
um sistema formado por duas molas em paralelo,
foi realizado o experimento análogo ao
desenvolvido dos anteriores. Na tabela 03, são
demonstrados os valores medidos, sabendo-se que o
valor do gancho inicial é de 0,0105m.
Tabela 03 – Medidas para molas em paralelo
Erro! Vínculo não válido.
Gráfico 03 – Força deformante F versus Δx
(molas em paralelo)
A deformação sofrida pela mola no gráfico a
cima, onde k = constante elástica, é determinada
pelo valor de 34,95 N/m.
Com a observação do gráfico podemos notar
que a relação matemática existente entre a força e a
elongação da mola é o coeficiente angular que
representa a constante de elasticidade da mesma. A
constante elástica da mola pode ser obtida pela Lei
de Hooke já enunciada anteriormente.
A associação em paralelo se comporta como se
tivéssemos uma única mola com uma constante
elástica, obtidos pelo procedimento abaixo:
A constante elástica equivalente para o sistema
formado por duas molas em paralelo é de 34,64
N/m, comparado com a constante fornecida pelo
gráfico (34,95 N/m), a variação ocorrida deve-se a
especificidade do material da mola, a sua extensão
e capacidade própria da resistência à força externa
aplicada.
4. Conclusão
A Lei de Hooke estuda a força elástica exercida
pela mola durante o seu deslocamento através da
ação de um agente externo. Na posição de
equilíbrio, o peso do corpo pendurado
verticalmente em uma mola equivale à força
elástica da mola. Por conseguinte, exibe-se a
relevância dessa Lei, uma vez que a mesma explica
o comportamento da mola. Com isso, foi possível
constatar através da mesma experimental e
matematicamente, por meio do cálculo da constante
elástica.
Estuda-se tal Lei em praticamente todas as
Engenharias, entretanto, a mais beneficiada é a
Engenharia Civil, uma vez que é aplica à resistência
dos materiais, onde é estudo o comportamento dos
sólidos sujeitos a diferentes carregamentos, como
por exemplo as vigas e colunas.
 5. Referências Bibliográficas

ANJOS, Talita. Lei de Hooke. Disponível em:

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/lei-
hooke.htm. Acesso em: 21/05/2018.

BOCAFOLI, Francisco. Associação de Molas.

Disponível em:
http://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/dina
mica/mhs/associacao-de-molas/. 2018. Acesso em:
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CAVALCANTI, Eduardo. Lei de Hooke.

Disponível em: https://blogdaengenharia.com/lei-
de-hooke/. 2011. Acesso em: 21/05/2018.

INTERFACES. Lei de Hooke. Disponível em:

http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?
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Acesso em: 21/05/2018.

TIPLER, Paul Allen. MOSCA, Gema. Física para

Cientistas e Engenheiros. 6ª Edição. Editora LTC,
1993.