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LEI Nº 603 - 26/03/76

DISPÕE SOBRE AS CONSTRUÇÕES E EDIFICAÇÕES NO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO SUL E DÁ


OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO DE SÃO FRANCISCO DO SUL, ESTADO DE SANTA CATARINA, FAÇO SABER QUE A
CÃMARA MUNICIPAL APROVOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

CAPITULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1 - Para efeito de aplicação das normas desta lei, ficam estabelecidas as
definições constantes do anexo I.

Art. 2 - Edificação é o conjunto de elementos construtivos, contínuo em suas três


dimensões, com um ou vários acessos às circulações, ao nível do pavimento de acesso.

Dentro do lote, a construção ou edificação é considerada isolada das divisas,


Art. 3 -
quando a área livre em torno do volume construído ou edificado é contínua, qualquer
que seja o nível do piso considerado.

Art. 4 -Dentro do lote, a construção é considerada contígua a uma ou mais divisas


quando a área livre deixar de contornar, continuamente, o volume construído ou
edificado no nível de qualquer piso.

Art. 5 - Conforme a utilização a que se destinam, as edificações classificam-se em:

I - residenciais;

II - não residenciais;

III - mistas.

CAPÍTULO II
Da Aprovação e Fiscalização do Projeto de Edificações

SEÇÃO I
Das Obras e Serviços Sujeitos a Licenciamento

Art. 6 -Qualquer edificação, construção ou assentamento de máquinas e equipamentos,


situados no território do Município de São Francisco do Sul, estarão sujeitos às
normas e condições da presente lei e só poderão ser iniciados se o interessado
possuir alvará de construção, fornecido pela Prefeitura Municipal.

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§ 1º - Este artigo abrange todas e quaisquer obras:

I - de construção, reconstrução e demolição total ou parcial;

II - de modificação, acréscimo e reformas, inclusive de muros de divisas;

III - de canalização de cursos d`água ou de modificação de margens de lagos, baías,


mar e correntes;

IV - de muralha, muro de arrimo, desmonte ou exploração de pedreiras, saibreiras ou


similares;

V - de assentamento de máquinas e motores com potência acima de 2HP;

§ 2º - São isentas de licença as seguintes obras e serviços:

I - de construção de passeio e gradil;

II - de reparos de fachada;

III - de pintura externa e interna;

IV - de demolições de muros de fechamento;

V - de telheiros, com área igual ou inferior a 12,00m² (doze metros quadrados).

§ 3º - As disposições deste artigo aplicam-se também às obras ou equipamentos de


propriedade de órgãos públicos e de outras entidades que gozem de isenções
tributárias.

Art. 7 - Considera-se ilegal a construção quando:

I - não estiver licenciada pela Prefeitura;

II - estiver em desacordo com as normas edilícias.

§ 1º - A regularização de construções ilegais será feita sem prejuízo das multas


estabelecidas em lei, para o caso.

§ 2º - Na impossibilidade de conseguir a regularização das construções no prazo e


condições estabelecidas, elas estão sujeitas a embargo e demolição.

Art. 8 - Os prédios com uma ou mais unidades residenciais só poderão ser demolidos
quando comprovadamente desocupados.

Parágrafo Único - A concessão de licença para demolição, parcial ou total, ficará


condicionada à comprovação, por parte do interessado, de providências que possam
garantir a não afetação da segurança dos prédios vizinhos e dos usuários das vias
públicas adjacentes.

Nenhum prédio novo ou em obras de reforma será habitado sem que primeiro seja
Art. 9 -
efetivada a vistoria administrativa para verificação técnica da obra.

SEÇÃO II
Da Habilitação de Profissionais e Instituições

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As atividades de projetar, construir, edificar, só poderão ser exercidas por


Art. 10 -
pessoas naturais ou juridicas habilitadas de acordo com o que estabelece a
legislação federal.

Parágrafo Único - A habilitação dos profissionais, firmas ou entidades a que se


refere o caput deste artigo será comprovada pelos seus registros no Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) da região.

Somente os profissionais registrados no CREA poderão assinar os projetos, os


Art. 11 -
cálculos e memoriais apresentados à Prefeitura ou assumir a responsabilidade pela
execução de obras ou assentamento de máquina, motores e equipamentos.

§ 1º - Os profissionais de que trata este artigo não poderão fazer parte de mais de
uma firma habilitada ao desempenho das atividades específicas de projetar,
construir, e edificar.

§ 2º - A Prefeitura punirá com esta lei aos que assumirem ficticiamente por outrem a
responsabilidade de execução de obras.

§ 3º - A Prefeitura se reserva o direito de exigir, quando lhe convier,


profissionais diferentes para autoria de projeto e responsabilidade técnica pela sua
execução.

Art. 12 -A Prefeitura poderá organizar e regulamentar o cadastro de profissionais e


firmas com o fim de facilitar a fiscalização de sua competência.

§ 1º - A habilitação de novo profissional ou firma no Município e a sua inscrição


far-se-ão pela apresentação da carteira do CREA, registrada na região, a prova de
quitação dos tributos relativos ao exercício da profissão e a anexação dos
documentos previstos em regulamento.

§ 2º - Cada firma ou entidade poderá ter mais de um profissional registrado no


Cadastro de Empresas e Profissionais das Atividades de Engenharia, mas, para cada
uma de suas obras, apenas um profissional responderá perante a Prefeitura.

§ 3º - O profissional autônomo em dívida para com o Imposto sobre Serviços de


qualquer natureza terá suspensa sua habilitação perante o Município.

Art. 13 - O profissional responsável pelo projeto e execução de obras de assentamento


e conservação de máquinas, motores e equipamentos, deverá pertencer a uma firma
instaladora ou conservadora, conforme o caso, devidamente licenciada para esse
objetivo.

Parágrafo Único - As firmas a que se refere o caput deste artigo darão conhecimento
à Prefeitura dos profissionais responsáveis pelos projetos submetidos à
fiscalização.

Art. 14 - Os profissionais habilitados que assinarem, como autores, os projetos


apresentados à Prefeitura, bem como os projetos complementares de obras, são os
responsáveis exclusivos por eles.

Art. 15 - Os profissionais habilitados que firmarem como executores os projetos


aprovados, assumirão a responsabilidade exclusiva pela execução deles.

Art. 16 - Os profissionais habilitados respondem, perante a Prefeitura,


solidariamente, com as firmas pelas quais estão inscritos.

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Art. 17 - O responsável técnico pela execução da obra esta sujeito a penalidade,


quando constatada qualquer irregularidade ou desobediência aos dispositivos desta
Lei, mesmo que o responsável não esteja mais vinculado a obra, mas não tiver dado
baixa da responsabilidade junto ao órgão da Prefeitura Municipal encarregado da
fiscalização.

SEÇÃO III
Do Projeto

Art. 18 -Os projetos de construção ou edificações no Município de São Francisco do


Sul deverão ser apresentados à Assessoria de Planejamento da Prefeitura Municipal.

Art. 19 - Para efeito de aprovação de projetos, as pranchas de todos os desenhos


deverão ter as dimensões mínimas do formato A-4 (NB-8 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas), podendo ser apresentado em cópias.

Art. 20 -Além de outros documentos exigidos pelo órgão responsável pela aprovação,
nos desenhos apresentados deverão ser observadas as seguintes escalas:

I - de 1 : 2.000 para plantas gerais esquemáticas de localização;

II - de 1 : 500 ou 1 : 1.000 para as plantas de situação e perfil do terreno, em


relação ao meio-fio;

III - de 1 : 100 ou 1 : 50 para plantas baixas;

IV - de 1 : 100 para fachadas e cortes, se o edifício se o edifício projetado tiver


uma das dimensões superior a 30,00m (trinta metros), e 1 : 50 nos demais casos;

V - de 1 : 20 para os detalhes.

§ 1º - Haverá sempre escala gráfica e indicação da escala do desenho e das cotas.

§ 2º - As cotas prevalecerão, no caso de divergências, com medidas tomadas no


desenho; no caso de divergência entre as somas das cotas parciais e a cota total,
prevalecerá a cota total.

Art. 21 - Os projetos devem atender, em cada caso, as indicações e convenções a


seguir:

I - partes existentes: traço cheio;

II - partes novas ou a renovar: traço interrompido;

III - partes a demolir ou a retirar: traços pontilhados.

Parágrafo Único - O projeto, quando de arquitetura, deve ser completado com as


indicações em cores, de acordo com a seguinte convenção:

I - preto, para as partes existentes;

II - vermelho, para as partes novas ou a renovar;

III - amarelo, para as partes a demolir ou retirar.

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Art. 22 - O projeto deverá ser necessariamente apresentado através dos seguintes


elementos:

I - planta da edificação, indicando sua locação em relação às divisas do lote,


alinhamento dos logradouros e vias mais próximas;

II - planta de todos os pavimentos, inclusive porões, com a indicação do destino de


todos os compartimentos, suas áreas e dimensões e medidas de vãos de portas e
janelas;

III - elevações de no mínimo 2(duas) fachadas da edificação, devendo


preferencialmente serem apresentadas as que dão vista para as vias públicas, nas
quais deve estar claramente indicada, quando for o caso, a existência de gradis ou
muros de fecho;

IV - corte transversal e longitudinal das edificações, interceptando todos os


pavimentos, indicando todos os elementos necessários à compreensão do projeto, tais
como banheiros, cozinhas, etc.

Art. 23 -Todas as folhas do projeto serão assinadas pelo requerente, indicada sua
qualidade, e pelos profissionais responsáveis, de acordo com suas atribuições.
Quando o projeto proceder de órgão público deverá ainda trazer o visto do servidor
responsável pela repartição onde se originou, indicando o respectivo cargo e função.

Parágrafo Único - Quando o projeto vier assinado apenas pelos seus autores, estes
serão considerados responsáveis pela sua execução.

Art. 24 -As exigências feitas pela Prefeitura relativas a erros ou insuficiências


constatados nos projetos serão feitas às partes interessadas, de uma só vez. As
partes atenderão também às exigências, de uma só vez.

Art. 25 - A Prefeitura poderá a qualquer momento, solicitar o exame dos projetos


complementares da obra.

Art. 26 Sem licença da Prefeitura Municipal, o profissional responsável


- pela
execução de uma obra não poderá modificar o projeto após sua aprovação.

Parágrafo Único - Os pedidos de modificações ao projeto no decorrer da execução das


obras, deverão ser requeridas pelo proprietário ou seu representante legal à
Assessoria de Planejamento para aprovação e providências de controle interno,
devidamente assinadas pelo profissional autor do projeto.

Art. 27 -É facultado ao interessado solicitar aprovação do projeto de arquitetura,


independentemente de solicitação de aprovação de projeto completo.

§ 1º - Após a análise e aceitação do projeto de arquitetura, a Prefeitura pode


conceder apenas ressalva permitindo o início dos trabalhos de preparação do terreno.

§ 2º - A validade da aprovação e concessão da ressalva estará condicionada à


apresentação do projeto completo num prazo de 30(trinta) dias.

SEÇÃO IV
Do Requerimento

Art. 28 - O requerimento de licença para a execução de obras ou serviços a que se


refere este Código será dirigido à Assessoria de Planejamento da Prefeitura

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Municipal.

§ 1º - O requerimento será firmado pelo proprietário da obra ou seu procurador,


indicando sua qualificação e endereço. Quando for firmado por procurador, dever-se-á
anexar o instrumento de procuração.

§ 2º - O requerimento mencionará:

a) a espécie da obra;
b) o endereço da obra;
c) o nome e o endereço dos profissionais que assinam o projeto, de acordo com as
suas respectivas categorias, quando for obrigatória sua apresentação;
d) o nome e o endereço do profissional e/ou empresa responsável pela execução da
obra;
e) o prazo para a execução da obra.

Art. 29 para efeito de licenciamento, os equipamentos instalados em caráter


-
provisório e destinados a execução de obras no Município, consideram-se como
localizados na sede ou escritório local de seus responsáveis.

Art. 30 - Devem instruir o requerimento:

I - o projeto;

II - o título de propriedade do imóvel transcrito no Registro de Imóveis.

Parágrafo Único - Quando se tratar de construção em propriedade de terceiros, o


requerente deve apresentar autorização do proprietário.

O pedido de licenciamento para obras, assentamento de motores e instalações


Art. 31 -
pertencentes a órgãos públicos, será feito por meio de ofício dirigido à Prefeitura
pelo órgão da administração direta ou indireta da União, ou do Estado, acompanhado
de 2 (duas) vias do projeto.

Parágrafo Único - O projeto procedente de órgão público deverá trazer o visto do


servidor responsável pela repartição onde se originou, nos termos do artigo 23.

Art. 33 - nenhum documento poderá ser devolvido ao requerente sem que dele fique
fotocópia no processo.

SEÇÃO V
Do Alvará de Licença, dos prazos de Validade e do Habite-se

Art. 34 - O alvará de licença para a execução de obras é o instrumento pelo qual a


Prefeitura expressa a sua aprovação ao projeto e lhe concede licença para execução.

A concessão do alvará de licença de obras de construção está condicionada à


Art. 35 -
aprovação do projeto completo, bem como à apresentação de soluções para instalações
especiais, quando necessárias, e do cálculo estrutural de todas as edificações
residenciais, não residenciais e mistas com área superior a 100,00m²(cem metros
quadrados).

Parágrafo Único - Entende-se por especiais as instalações de elevadores, escadas


rolantes, monta carga, solução mecânica de circulação e refrigeração.

Art. 36 - A concessão de Alvará dependerá da comprovação do recolhimento da taxa de

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licença prevista em lei.

§ 1º - Será automaticamente cancelado o visto ao projeto cujo responsável não pagar


a taxa de licença dentro do prazo de 90(noventa) dias a contar da data de sua
aprovação.

§ 2º - Constarão do Alvará de Licença as seguintes informações:

I - número do processo de licenciamento;

II - nome do requerente e sua qualificação;

III - endereço da obra;

IV - características da obra ou equipamento;

V - determinação do alinhamento e nivelamento, quando se tratar de edificação;

VI - prazo de execução;

VII - nome e endereço do profissional responsável pela obra;

VIII - discriminação da taxa correspondente à licença;

IX - quaisquer outros detalhes considerados necessários.

Ressalvadas as disposições específicas, a licença para a execução de obras e


Art. 37 -
outros projetos que não sofreram solução de continuidade, poderá ser prorrogada,
toda vez que se tornar necessária, até a sua conclusão.

Parágrafo Único - A licença se prorrogará automaticamente por 30 (trinta) dias após


o término do prazo fixado no último Alvará. Nova prorrogação deve ser requerida
dentro desse período, sob pena de multa e embargo das obras.

Art. 38 Findo o prazo fixado no Alvará para execução da obra, a licença e a


-
aprovação do projeto serão cancelados.

I - quando a obra não tiver sido iniciada;

II - Quando a obra iniciada estiver paralisada por prazo superior a 30 (trinta)


dias.

§ 1º - Ocorrendo a hipótese mencionada no inciso I deste artigo, a concessão de nova


licença obriga o pagamento das taxas correspondentes.

§ 2º - Ocorrendo a hipótese prevista no inciso II deste artigo, o reinicio da


execução do projeto obriga, além das taxas correspondentes à prorrogação, o
pagamento de uma taxa de l0 % (dez por cento) sobre aquela constante do ultimo
alvará, para cada 06 (seis) meses ou fração de paralisação.

§ 3º - Não se considera como inconclusa a obra que estiver em estágio de acabamento


e pintura.

O alvará e o projeto visado deverão ser conservados sempre no local da obra


Art. 39 -
para efeito de fiscalização.

Art. 40 - Após a conclusão das obras, será dada vistoria final, por parte da

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Assessoria de Planejamento da Prefeitura Municipal e dos órgãos envolvidos na


aprovação do projeto, no prazo de 05 (cinco) dias, a contar do recebimento da
comunicação a ser feita pelo proprietário ou construtor da obra.

Art. 41 Para que seja concedido `HABITE-SE` parcial ou total é necessário a


-
declaração do autor do projeto de que a construção está de acordo com o projeto
aprovado.

A Prefeitura Municipal poderá autorizar a utilização de partes concluídas da


Art. 42 -
obra em andamento, mediante prévia vistoria, desde que estejam em condições de serem
utilizadas e preencham os seguintes requisitos:

I - não ofereça a obra perigo para o público ou para os habitantes da parte


concluída;

II - tenham sido observadas todas as determinações fixadas nesta lei, não só quanto
às partes essenciais da construção como quanto ao número de peças.

Parágrafo Único - Esta licença não será concedida sem que o interessado assine um
terno obrigando-se a concluir a obra dentro do prazo que lhe for marcado.

Art. 43 -A utilização dos prédios que tenham, sido objeto de obras de reforma está
condicionado à vistoria da Prefeitura.

Art. 44 - Em nenhuma hipótese será concedida licença para construção nos seguintes
casos:

I - em terrenos de Marinha ou sujeitos ao seu interesse e cuja situação legal a esse


respeito não esteja comprovadamente regularizada;

II - em terrenos alagadiços, antes de terem sido realizados os necessários serviços


de drenagem, aterro e rebaixamento do lençol d`água;

III - em áreas loteadas ou arruadas, mas cujas obras ainda não estejam aprovadas nem
aceitas pela Prefeitura;

IV - em áreas de especial interesse cênico ou acima da cota 40 na ZR 1 e demais


áreas definidas como tal pela Lei de Zoneamento;

V - quando o projeto, por suas características, resulte numa instrução visual e


quebra da harmonia do conjunto edificado da ZR 1, a critério da Assessoria de
Planejamento;

VI - quando o projeto resulte no desmatamento de áreas de manancial ou faixas


ribeirinhas ou lacustres.

§ 1º - Não será concedida a licença para construções residenciais ou mistas situadas


em lotes em que não seja possível o abastecimento d`água, pela instituição
concessionária desse serviço ou por meio de poço, nas áreas não cobertas pela
concessionária.

§ 2º - Quando o poço não estiver localizado no lote, será obrigatória a existência


de rede de interligação cujo projeto deverá ser incorporado ao projeto.

Para instruir o processo de licenciamento poderá a Prefeitura baixar normas


Art. 45 -
regulamentando as disposições desta lei sobre instalações específicas, como as

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referentes a elevadores, escadas rolantes, monta-carga, solução mecânica de


circulação e refrigeração.

Parágrafo Único - Estas normas deverão sempre observar as exigências da Associação


Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

CAPITULO III
Das condições gerais relativas a todas as edificações

SECÃO I
Do Preparo do Terreno e das Edificações

Art. 46 -Na preparação do terreno e das escavações, para execução de obras serão
obrigatórias medidas no sentido de:

I - evitar que as terras alcancem o passeio e o leito dos logradouros;

II - garantir a destinação dos materiais escavados para locais adequados e


previamente determinados;

III - garantir a sustentação e segurança dos prédios limítrofes.

SEÇÃO II
Das Fundações

Art. 47 -O projeto e a execução das fundações, assim como as respectivas sondagens,


os exames de laboratório e as provas de carga, serão feitos de acordo com as normas
adotadas ou recomendadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

SEÇÃO III
Das Estruturas

O projeto e a execução da estrutura das edificações obedecerão às normas da


Art. 48 -
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN).

Parágrafo Único - Em qualquer fase de tramitação do pedido de licença poderá a


Prefeitura através do seu órgão competente, determinar a juntada das plantas
relativas ao calculo estrutural.

Art. 49 -As estruturas de madeira só serão permitidas para edificações de no máximo


02 (dois) pavimentos e em qualquer dos casos a altura máxima permitida será de 8,00
m (oito metros).

Art. 50 - A movimentação dos materiais e equipamentos necessários à execução da


estrutura será feita exclusivamente dentro do espaço aéreo delimitado pelas divisas
do lote.

SEÇÃO IV
Das Paredes

Art. 5l -Quando forem empregadas paredes autoportantes serão obedecidas as normas da


Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para os diferentes tipos de
material.

Art. 52 - As paredes externas das edificações serão impermeáveis.

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Art. 53 -As paredes divisórias entre unidades independentes, mas contíguas, assim
como as adjacentes às divisas do lote, garantirão perfeito isolamento térmico a
acústico, devendo ter uma espessura mínima de 0l (um) tijolo, ou equivalente, quando
for outro material empregado.

As paredes adjacentes às divisas do lote terão fundações próprias, e deverão


Art. 54 -
impedir a ligação e continuidade dos elementos estruturais da cobertura com os de
outras já existentes ou a serem construídas.

Art. 55 -Quando a estrutura da cobertura for comum as unidades contíguas, deverá


haver parede corta-fogo.

Art. 56 - É permitida a construção de paredes em madeira, desde que estas fiquem


afastadas 2,00m (dois metros) no mínimo de qualquer ponto das divisas do lote.

§ 1º - Essas paredes repousarão sobre baldrame de alvenaria ou concreto com altura


mínima de 0,50cm (cinqüenta centímetro).

§ 2º - A espessura dos taboados ou pranchas utilizadas na construção de paredes de


madeira não poderá ser inferior a 0,025m (vinte e cinco milímetros).

SEÇÃO V
Dos Pisos e Tetos

Art. 57 -Os pisos e tetos serão construídos com material incombustível e, quando
assentados diretamente sobre o solo, serão impermeabilizados ou tratados para evitar
sua fácil combustão.

Art. 58 - Não é permitido o assentamento de pisos de madeira diretamente sobre o solo.

Art. 59 -Os pisos de madeira serão construídos de tábuas pregadas em caibros ou em


barrotes.

§ 1º - Quando sobre terrapleno, os caibros, revestidos de camada de piche ou outro


material equivalente, ficarão mergulhados em uma camada de concreto de 0,l0m (dez
centímetros) de espessura, perfeitamente alisada a face daqueles.

§ 2º - Quando sobre lajes de concreto armado, o vão entre a laje e as tábuas do


assoalho será completamente cheio de concreto ou material equivalente.

§ 3º - Quando fixado sobre barrotes, haverá, entre a face inferior destes e a


superfície de impermeabilização do solo, a distância mínima de 0,50m (cinqüenta
centímetros).

§ 4º - Os barrotes terão espaçamento máximo de 0,50m (cinqüenta centímetros), de


eixo a eixo e serão embutidos 0,15m (quinze centímetros), pelo menos, nas paredes,
devendo a parte embutida receber pintura de piche ou outro material equivalente.

Art. 60 -As vigas madres metálicas deverão ser embutidas nas paredes e apoiadas em
coxins; estes poderão ser metálicos, de concreto ou de cantaria, com a largura
mínima de 0,30m (trinta centímetros), no sentido do eixo da viga.

Art. 61 -Os pisos ao nível do solo, em porões ou pavimentos, serão assentes sobre
camada de concreto de 0,10m (dez centímetros) de espessura, convenientemente
impermeabilizada e com declive suficiente para o escoamento das águas.

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Art. 62 Os pisos de alvenaria, em pavimentos altos, não podem repousar sobre


-
material combustível ou sujeito à putrefação.

SEÇÃO VI
Das Coberturas

Art. 63 -As coberturas das edificações serão construídas com materiais que permitam
impermeabilização e isolamento térmico.

Art. 64 -As águas pluviais provenientes das coberturas serão esgotadas dentro dos
limites do lote, não sendo permitido o deságue sobre os lotes vizinhos e
logradouros.

Nas edificações destinadas a locais de reunião e de trabalho, as coberturas


Art. 65 -
serão construídas com material incombustível.

SEÇÃO VII
Das Fachadas

Art. 66 - É livre a composição das fachadas, exceto na ZR 1, onde devem ser projetadas
de forma a não quebrar a harmonia do conjunto urbano onde a zona está situada.

Será permitido, nas edificações, salvo determinação específica em contrário,


Art. 67 -
o balanço do pavimento de acesso, desde que não ultrapasse de 1/20 (um vinte avos)
da largura do logradouro, não podendo exceder o limite máximo de 1,20m(um metro e
vinte centímetros).

§ 1º - Para o cálculo do balanço poderão ser adicionados à largura do logradouro as


profundidades dos afastamentos obrigatórios, em ambos os lados.

§ 2º - Quando a edificação apresentar diversas fachadas voltadas para logradouros


públicos, a exigência fixada neste artigo é aplicável a cada uma delas
separadamente.

§ 3º - A concordância entre balanços nos prédios de esquina poderá ser feita em


aresta viva, com extensão máxima de 3,00m (três metros), não podendo sua projeção
ultrapassar o limite de distância de 1,00m (um metro) do meio fio.

§ 4º - Este artigo não se aplica a edificações situadas na ZE 1.

SEÇÃO VIII
Dos Reservatórios de Água

Art. 68 - Toda edificação deverá possuir pelo menos 1 (um) reservatório de água
própria, de acordo com a tabela 1, anexa desta lei.

Parágrafo Único - Sem prejuízo do que estabelece esta Lei, as caixas d`água
obedecerão também aos dispositivos regulamentares do órgão responsável pelo serviço
de abastecimento de água.

Art. 69 - Nas edificações com mais de uma unidade, independente, que tiverem um
reservatório de água comum, o acesso ao mesmo e ao sistema de controle de
distribuição se fará, obrigatoriamente, através de partes comuns.

Art. 70 Os reservatórios de água deverão ser dimensionados pela estimativa do


-
consumo mínimo de água por edificação e conforme sua utilização, obedecendo aos

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índices estabelecidos na tabela 1, anexa a esta Lei.

Parágrafo Único - O volume de água do reservatório deverá ser, no mínimo, igual ao


consumo de 2 (dois) dias.

SEÇÃO IX
Das Circulações

Art. 71 - As circulações classificam-se em:

I - horizontais - aquelas feitas em um mesmo nível;

II - verticais - aquelas que ligam níveis diferentes, tais como escadas, rampas e
elevadores.

Subseção I
Das Circulações Horizontais

Art. 72 -As circulações horizontais, sejam de utilização privativa ou coletiva terão


comprimento conforme os seguintes critérios:

I - construções em geral:

a) largura mínima de 1,00 m(um metro) para uma extensão máxima de 10,00m (dez
metros);
b) excedido esse comprimento, haverá um acréscimo de 0,02m (dois centímetros) na
largura para cada metro ou fração do excesso, em edificações residenciais, e de
0,05m (cinco centímetros) na largura para cada metro ou fração do excesso, em
edificações não residenciais ou mistas.

II - nas edificações residenciais serão toleradas circulações privadas para cada


unidade, com 0,80m (oitenta centímetros) de largura, desde que sua extensão não
exceda a 10,00m (dez metros); superado este limite, haverá um acréscimo conforme o
estipulado na letra "b" do item anterior;

III - construções de uso especifico:

a) acesso a locais de reunião:


- largura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) para locais cuja
área destinada a assentos seja igual ou inferior a 500,00m² (quinhentos metros
quadrados);
- excedida essa área, haverá um acréscimo de 0,05m (cinco centímetros) na largura
para cada 10,00m² (dez metros quadrados) de excesso;

b) hotéis, motéis e hospitais:


- largura mínima de 2,00m (dois metros) para corredores principais e 1,20m (um metro
e vinte centímetros) para os corredores secundários ou de serviço;

c) galerias e lojas comerciais:


- para cada 15,00m (quinze metros) de extensão, largura mínima de 3,00m (três
metros);
- para cada 5,00m (cinco metros) ou fração de excesso, essa largura será aumentada
em 10% (dez por cento).

d) para escolas:
- largura mínima de 2,00m (dois metros) para as circulações principais.

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Os saguões que fazem a conexão das circulações horizontais com as verticais,


Art. 73 -
não podem ter, em circunstância alguma, largura inferior a essas circulações.

Art. 74 -O saguão de um pavimento de acesso não poderá ter largura inferior a 1,50m
(um metro e cinqüenta centímetros).

Nos edifícios servidos apenas por escadas ou rampas poderão ser dispensados
Art. 75 -
a critério da Prefeitura, os saguões em cada pavimento.

Art. 76 As dimensões mínimas dos saguões e circulações, estabelecidas nesta


-
subseção, determinam espaços livres e obrigatórios nos quais não será permitida a
existência de qualquer obstáculo de caráter permanente ou transitório.

Art. 77 - Os saguões dos pavimentos de acesso que se conjuguem com elevadores deverão
subordinar-se às seguintes especificações:

I - largura mínima de 2,00m (dois metros) e área de 10,00m² (dez metros quadrados),
nas edificações residenciais;

II - largura mínima de 3,00m (tres metros) e área de 15,00m² (quinze metros


quadrados) nas edificações comerciais.

Art. 78 -Os saguões de cada pavimento, exceto o de acesso, que se conjuguem com
elevadores, deverão subordinar-se às seguintes especificações:

I - largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) e área de 3,00m²


(tres metros quadrados) nas edificações residenciais;

II - largura mínima de 3,00m (tres metros) e área de 9,00m² (nove metros quadrados)
nas edificações comerciais.

Art. 79 Nos edifícios de uso residencial ou de uso comercial haverá,


-
obrigatoriamente, interligação entre o saguão de cada pavimento e a circulação
vertical, seja por meio de escadas ou por meio de rampas.

Subseção II
Das Escadas

Art. 80 - As escadas obedecerão às seguintes dimensões e normas:

I - as escadas para uso coletivo terão largura mínima livre de 1,20m (um metro e
vinte centímetros) e deverão ser construídas com material incombustível;

II - nas edificações destinadas a locais de reunião, o dimensionamento das escadas


deverá atender ao fluxo de circulação de cada nível, somado ao do nível contíguo
(superior e inferior), de maneira que, ao nível da saída no logradouro, as dimensões
da escada atendam sempre a um somatório de fluxos correspondentes à lotação total;

III - as escadas de acesso à localidades elevadas, nas edificações que se destinam a


locais de reunião, deverão ter:

a) largura equivalente a 1,00m (um metro) para cada 100 pessoas, não sendo a largura
total inferior a 2,00m (dois metros);
b) lance externo, que se comunique com a saída, sempre orientado na direção desta;
c) corrimão intermediário a intervalos regulares de 1,20m (um metro e vinte
centímetros).

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IV - nos estádios, as escadas deverão ter largura de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) para cada mil pessoas, não sendo nunca inferior a 2,50m (dois metros e
cinqüenta centímetros), nem ultrapassado a 3,50m (três metros e cinqüenta
centímetros);

V - as escadas de uso privativo dentro de uma unidade familiar, bem como as de uso
nitidamente secundário e eventual, poderão ter sua largura reduzida para um mínimo
de 0,60m (sessenta centímetros);

VI - o dimensionamento dos degraus será feito de acordo com a fórmula 2a + b =


0,63m, onde "a" é a altura ou espelho do degrau e "b" é a profundidade do piso,
sendo a altura máxima igual a 0,18m (dezoito centímetros).

§ 1º - Nos estabelecimentos escolares o valor de "a" será igual a 0,15m (quinze


centímetros).

§ 2º - As escadas de uso privativo nitidamente secundário e eventual, como as de


acesso a adegas, pequenos depósitos, e casas de máquinas poderão ter uma largura de
0,60m (sessenta centímetros).

Art. 81 -Nas escadas de uso coletivo, sempre que o número de degraus consecutivos
exceder a 16 (dezesseis), será obrigatório intercalar um patamar com a extensão
mínima de 0,80m (oitenta centímetros) e com a mesma largura da escada.

Nas escadas circulares deverá ficar assegurada uma faixa mínima de 1,20m (um
Art. 82 -
metro e vinte centímetros) de largura, na qual os pisos dos degraus terão as
profundidades mínimas de 0,20m (vinte centímetros) e 0,40m (quarenta centímetros),
respectivamente, nos bordos internos e externos.

Art. 83 - Os degraus das escadas de uso coletivo não poderão ser balanceados em forma
de "leques".

Art. 84 -Asescadas do tipo "marinheiro", "caracol" ou "leque", só serão admitidas


para acessos a torres, adegas, jiraus, casas de máquinas ou entrepisos de uma mesma
unidade residencial.

Art. 85 -As escadas não poderão distar mais de 30,00m (trinta metros) do ponto mais
distante a que elas servem.

As escadas deverão ser divididas por meio de corrimão sempre que sua largura
Art. 86 -
ultrapassar 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de forma que nenhuma
subdivisão fique com largura superior a 1,25m (um metro e vinte e cinco
centímetros).

Subseção III
Das Rampas

Art. 87 - As rampas para uso coletivo deverão obedecer às seguintes condições:

I - largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros);

II - inclinação máxima de 8% (oito por cento);

III - distância máxima de 30,00m (trinta metros) do ponto mais distante a que elas
servem, nos casos em que sua construção é obrigatória;

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IV - divisão por meio de corrimão, sempre que sua largura ultrapassar a 2,50m (dois
metros e cinqüenta centímetros), de forma que nenhuma subdivisão fique com largura
superior a 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).

Art. 88 - O dimensionamento da largura das larguras das rampas, para cada tipo de
edificação, deve obedecer às normas estabelecidas para escadas, no artigo 80º e
seguintes.

Subseção IV
Dos Elevadores

Art. 89 - O assentamento de elevadores obedecerá às seguintes disposições:

I - nas edificações em geral a serem construídas, acrescidas ou reconstruídas, será


obedecido o mínimo disposto no seguinte quadro, de acordo com o número total de
pavimentos:

NUMERO DE PAVIMENTOS.......NUMERO DE ELEVADORES


Até 4.............................Isento
Até 5................................1
6 ou mais............................2

II - quando o número fixado for de 2 (dois) elevadores, toda unidade imobiliária do


edifício será servida pelo menos por 2 (dois) elevadores;

III - nos casos de obrigatoriedade de assentamento de 1 (um) elevador, cada unidade


imobiliária do edifício será servida pelo menos por 1 (um) elevador;

IV - nos edifícios hospitalares ou abrigos de mais de 2 (dois)pavimentos, será


obrigatória a instalação de elevadores.

V - nos edifícios destinados a hotéis e motéis, com 03 (três) ou mais pavimentos,


será obrigatória a existência de, pelo menos 01 (um) elevador.

Parágrafo Único - Os pisos abertos em pilotis e as sobrelojas são considerados, para


efeito deste artigo, como pavimentos, devendo portanto contar com uma parada de
elevador.

Art. 90 -A instalação dos equipamentos dos elevadores deverá obedecer às exigências


da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Art. 91 - Nos edifícios providos de elevadores, os "halls" dos pavimentos deverão


obedecer aos parâmetros estabelecidos na tabela 2, anexa a esta Lei.

Parágrafo Único - A dimensão linear mínima da tabela referida no parágrafo anterior


deverá ser medida, perpendicularmente às portas dos elevadores, até o vão de acesso
ao "hall".

SEÇAO X
Dos Jiraus

Art. 92 A construção de jiraus em galpões, grandes áreas cobertas


- ou lojas
comerciais, só será permitida se obedecidas as seguintes condições:

I - não prejudicar as condições de iluminação e ventilação do compartimento onde for

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construído, e contar com vãos próprios para iluminação e ventilação nos termos desta
Lei;

II - ocupar área equivalente a, no máximo 50% (cinqüenta por cento) da área do


compartimento onde for construído;

III - ter altura mínima de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), mantendo essa
mesma altura para o espaço que ficar sob sua proteção no piso de compartimento onde
for construído.

§ 1º - Quando os jiraus forem destinados a depósitos, poderão ter altura mínima de


1,90m (um metro e noventa centímetros) e escada de acesso móvel.

§ 2º - Não é permitido o fechamento de jiraus com paredes ou divisões de qualquer


espécie.

SEÇAO XI
Das Chaminés

A chaminé de qualquer natureza, em uma edificação, terá altura de no mínimo


Art. 93 -
5,00m (cinco metros) e será suficiente para que o fumo, a fuligem e outros resíduos
que possa expelir não incomodem a vizinhança.

§ 1º - A altura das chaminés não poderá ser inferior a 5,00m (cinco metros) do ponto
mais alto das coberturas existentes, num raio de 50,00m (cinqüenta metros).

§ 2º - Independentemente da exigência do parágrafo anterior, ou no caso da


impossibilidade de seu cumprimento, poderá ser obrigatória a instalação de aparelho
fumívoro conveniente.

SEÇÃOXII
Das Marquises

A construção de marquises na fachada das edificações será sempre em balanço


Art. 94 -
e obedecerá às seguintes condições:

I - terão a face extrema do balanço afastada no mínimo 0,50m (cinqüenta centímetros)


do meio-fio;

II - terão distancia mínima do solo de 3,00m (tres metros);

III - permitirão o escoamento das águas pluviais exclusivamente para dentro dos
limites do lote;

IV - não prejudicarão a arborização e iluminação pública, assim como não ocultarão


placas de nomenclatura ou numeração;

V - terão profundidade maior que 1,20m (um metro e vinte centímetros), e não
apresentarão dentes.

SEÇÃO XIII
Das Vitrines e Mostruários

A instalação de vitrines e mostruários só será permitida quando não advenha


Art. 95 -
prejuízo para a ventilação e a iluminação dos locais em que estejam integrados, e
quando não perturbe a circulação do público.

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§ 1º - A abertura de vãos para vitrines e mostruários em fachadas ou paredes de


circulações horizontais será permitida desde que o espaço livre dessas circulações,
em toda a sua altura atenda às dimensões mínimas estabelecidas nesta Lei.

§ 2º - Não será permitida a colocação de balcões ou vitrinas nos saguões de entrada


e de circulação das edificações.

§ 3º - A distância mínima entre a vitrine e o piso será de 0,40m (quarenta


centímetros) e o balanço de, no máximo 0,20m (vinte centímetros).

SEÇÃO XIV
Dos Elementos de Proteção Para Execução de Obras

Art. 96 -Será obrigatória a colocação de tapumes, durante a execução de obras, em


toda a testada do lote, garantindo a segurança dos pedestres.

§ 1º - Ficam dispensadas de colocação de tapume:

I - as edificações com até 2 (dois) pavimentos, situados em logradouros secundários;

II - as demolições de edificações com recuo de mais de 10,00m (dez metros) do


logradouro;

III - as obras de modificação e acréscimo que não exijam intervenção na fachada da


edificação;

IV - a construção, reparo ou demolição de muro no alinhamento, com até 2,50m (dois


metros e cinqüenta centímetros) de altura.

§ 2º - o tapume deverá ser mantido enquanto necessário à segurança dos pedestres.

Art. 97 - O tapume deverá atender às seguintes exigências:

I - altura não inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros);

II - bom acabamento, compatível com o logradouro;

III - ser arrematado na base e no topo;

IV - ser mantido em estado de boa conservação.

§ 1º - Quando o tapume for construído em esquinas de logradouro, as placas


indicadoras de tráfego de veículos e outras de interesse público deverão ser nele
afixadas, de forma a garantir perfeita visibilidade aos transeuntes.

§ 2º - Os tapumes não poderão afetar a segurança das árvores, aparelhos de


iluminação pública, postes e outros dispositivos existentes, nem prejudicar a
eficiência dos aparelhos e equipamentos.

§ 3º - Os tapumes devem ser executados em tabuado ou em compensado à prova d`água,


pintado ou envernizado na face voltada para o logradouro.

§ 4º - Os tapumes só poderão ocupar parte do passeio do logradouro quando a


edificação a ser executada for no alinhamento, ou em casos estritamente necessários,
devidamente justificados, obedecidas as seguintes condições:

I - a faixa compreendida entre o tapume e o alinhamento do logradouro não poderá ter

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largura superior à metade do passeio, nem ser superior a 2,00m (dois metros);

II - o tapume deverá ser recuado para o alinhamento do logradouro tão logo a


estrutura da obra esteja concluída.

SEÇÃO XV
Dos Andaimes

Art. 98 -Os andaimes poderão ser apoiados no solo ou não, e obedecerão às seguintes
condições:

I - terão de garantir perfeitas condições de segurança para os operários e


transeuntes;

II - os passadiços e elementos de amarração não poderão se situar abaixo da cota de


2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) em relação ao nível do passeio do
logradouro;

III - quando apoiados no passeio público, não poderão ter passadiços com largura
inferior a 1,00m (um metro) nem superior a 2,00m (dois metros).

Art. 99 -Os andaimes externos fixos serão obrigatoriamente amarrados às paredes do


prédio e dotados de necessária estabilidade.

Parágrafo Único - Os andaimes quando colocados sobre o passeio público, para a


execução de consertos no alinhamento do logradouro, deverão ser isolados por tapume
e galeria, observando-se as determinações do artigo 97 desta Lei.

Os andaimes móveis do tipo "jaú" serão apoiados em perfis metálicos "duplos


Art. 100 -
I" com espaçamento máximo de 2,00m (dois metros) de eixo a eixo, devendo cada perfil
ficar suspenso por dois cabos de sustentação de aço devidamente dimensionados, sem
emendas, cada qual provido de um guincho.

§ 1º - Os andaimes terão um corrimão de ferro com seção mínima de 1/4" (um quarto de
polegada) distando 1,20m (um metro e vinte centímetros) do nível do estrado, e um
rodapé em todo o perímetro do estrado com 0,30m (trinta centímetros) de altura; todo
o andaime, entre rodapé e corrimão, ficará fechado lateralmente com um pano.

§ 2º - O estrado do andaime será em chapas metálicas ou em tábuas de madeira de


primeira qualidade, com 0,025m (vinte e cinco milímetros) de espessura mínima,
devidamente pregadas e com uma ultrapassagem mínima de 0,50m (cinqüenta centímetros)
sobre os apoios, nos perfis metálicos e nas emendas.

§ 3º - Os guinchos serão obrigatoriamente dotados de dispositivos de segurança


mantidos em perfeito estado de conservação.

§ 4º - As cabeceiras dos andaimes serão fechadas, na forma do ( 1º deste artigo.

Art. 101 - As torres utilizadas no transporte vertical de materiais serão:

I - de madeira de primeira qualidade; ou

II - em tubos ou em perfis metálicos fixados em todos os pavimentos.

Art. 102 - O transporte de pessoas se fará em pranchas especiais em torres com


estrutura metálica, providas de cobertura e fechamento lateral com material

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resistente, até a altura de 2,00m (dois metros).

Parágrafo Único - É vedado o transporte de pessoas em pranchas destinadas a


materiais.

Art. 103 - Todas as aberturas nos pisos, inclusive as dos poços de elevadores e as dos
poços de ventilação, serão fechadas e protegidas contra a queda de pessoas e
objetos.

Art. 104 - As áreas internas de iluminação e ventilação serão fechadas, ao nível do


teto do primeiro pavimento, para a proteção contra a queda de material.

Art. 105 -Nas obras paralisadas por mais de 120 (cento e vinte)dias, as torres,
andaimes e proteções deverão ser retirados.

SEÇAO XVI
Dos Passeios e Calçadas

Art. 106 -Será obrigatória a construção de calçadas ou passeios ao longo de toda a


divisa frontal do lote onde estiver localizada a edificação, sem ônus para a
Prefeitura, que apenas fornecerá as cotas de soleira e detalhes porventura
necessários à execução desses serviços.

§ 1º - A execução desses serviços inclui o fornecimento e colocação de guias de meio


-fio de pedra ou concreto.

§ 2º - A execução desses serviços condiciona a liberação do "habite-se".

SEÇAO XVII
Das Instalações Hidráulicas e Elétricas

Art. 107 - Todas as instalações de água e esgoto e de eletricidade, serão feitas de


acordo com as normas municipais e das instituições encarregadas da prestação desses
serviços no Município de São Francisco do Sul.

§ 1º - É obrigatória a ligação da rede domiciliar às redes gerais de água e esgoto,


quando tais redes existirem na via pública, em frente à edificação.

§ 2º - Caso não haja rede de distribuição de água, esta poderá ser obtida por meio
de poços perfurados a montante das fossas e destas afastadas 10,00m (dez metros) no
mínimo.

§ 3º - Quando não houver rede de esgoto no logradouro, será obrigatória a existência


de fossas sépticas afastadas no mínimo 5,00m (cinco metros) da divisa.

Art. 108 - Na instalação dos aparelhos sanitários observar-se-ão os seguintes


requisitos:

I - todos os aparelhos sanitários serão munidos de sifão hidráulico, com fecho


mínimo de 0,07m (sete centímetros);

II - todos os ramais e vasos sanitários serão convenientemente ventilados por tubos


metálicos, ou de fibro-cimento, de diâmetro mínimo de 0,075m (setenta e cinco
milímetros), com saída direta para o exterior, devendo tal tubo prolongar-se até
0,50m (cinqüenta centímetros) acima do telhado, no mínimo;

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III - em grupo de vasos sanitários, a ventilação poderá ser agrupada


convenientemente, antes de inserir-se no tubo direto da ventilação, sendo as
ligações feitas por meio de peças especiais.

Art. 109 - As instalações de tubos de queda devem obedecer às seguintes condições:

I - os tubos de queda deverão ser de material impermeável e resistente de superfície


interna polida e de diâmetro mínimo de 4" (quatro polegadas);

II - as ligações do tubo de queda com o ramal assente no terreno serão feitas por
uma curva de material idêntico ao do tubo, sendo as juntas dos tubos de ferro
tomadas com estopa e posteriormente chumbadas;

III - as ligações dos aparelhos sanitários com o tubo de queda serão feitas por meio
de peças especiais, de diâmetro conveniente, não sendo toleradas as ligações de
ângulo de 90º (noventa graus);

IV - nas ligações de aparelhos, com exceção do vaso sanitário em quartos de banho,


será permitido o emprego de uma caixa coletora geral, sinfonada, antes de sua
ligação à coluna de queda ou ao ramal.

Na construção dos ramais das instalações sanitárias devem ser observados os


Art. 110 -
seguintes requisitos:

I - declividade mínima de 3% (três por cento);

II - diâmetros mínimos de acordo com os casos a seguir:

a) nos ramais de banheiro, pia, lavatório e tanques: 0,050m (cinqüenta milímetros);


b) nos ramais do vaso sanitário: 0,100m (cem milímetros);
c) nos sub-ramais para outros aparelhos, que não sejam vasos sanitários: 0,075m
(setenta e cinco milímetros).

III - a mais curta extensão possível e as derivações em ângulo de 45º (quarenta e


cinco graus) quando possível;

IV - não permissão de ramais em chumbo, com mais de 1,00m (um metro) de comprimento;

V - todos os ramais, sub-ramais e colunas convenientemente munidos de inspeções


fáceis de serem utilizadas.

Art. 111 -Quando não for possível a entrada do ramal por uma área lateral, será
permitida a construção de ramais sob a parte construída, porém protegidos nas
transversais de paredes.

Cada casa terá ramal independente, com entrada pela frente, sendo em casos
Art. 112 -
especiais permitidas ligações pelos fundos, a critério da Prefeitura e com
autorização dos proprietários interessados, por meio de um título revestido das
formalidades prescritas na legislação civil.

Art. 113 -Será tolerada a utilização de ramais de manilha em barro desde que sejam
assentados sobre um leito compactado e revestido com um piso de concreto magro.

CAPITULO IV
Das Edificações Residenciais

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SEÇÃO I
Disposições Gerais

Art. 114 -As edificações residenciais, segundo o tipo de suas unidades, podem ser
privativas ou coletivas.

§ 1º - As edificações residenciais privativas são unifamiliares ou multifamiliares.

§ 2º - A edificação é considerada unifamiliar quando nela existe uma única unidade


residencial. Será multifamiliar quando nela existirem na mesma edificação 2 (duas)
ou mais unidades residenciais.

§ 3º - Considerar-se-á unidade residencial a constituída, no mínimo, de 4 (quatro)


compartimentos, sendo 2 (dois) de permanência prolongada, 1 (um) banheiro e 1 (uma)
cozinha).

§ 4º - As edificações residenciais coletivas são aquelas nas quais algumas ou todas


as funções e atividades residenciais se desenvolvem em compartimentos de utilização
coletiva (dormitórios, salões de refeições, instalações sanitárias comuns, etc),
como os internatos, pensionatos, asilos, hotéis e camping.

§ 5º - No caso de haver 2 (duas) ou mais edificações residenciais dentro de um lote,


formar-se-á o grupamento de edificações residenciais, que poderá ser unifamiliar ou
multifamiliar.

§ 6º - Edícula é a construção térrea destinada a atividades de serviços domésticos,


depósitos e lazer, caracterizada por usar a linha de fundo do terreno e sem uso
prolongado.
A edícula poderá usar as divisas laterais tendo no máximo a profundidade de 20%
(vinte por cento) de comprimento do lote, limitado a 90m² (noventa metros
quadrados), bem como uma distância do prédio principal de 2,50m (dois metros e
cinqüenta centímetros) no mínimo e de 3,00m (três metros) de altura máxima. (Redação
acrescida pela Lei nº 130/1994)
130

SEÇÃO II
Das Edificações Residenciais Privativas

Art. 115 - As edificações residenciais privativas unifamiliares contarão com uma área
livre de no mínimo 40,00m² (quarenta metros quadrados), distribuída de modo que seja
possível nela inscrever duas circunferências de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) de raio e um quadrado de 4,00m (quatro metros) de lado.

As edificações residenciais privativas contarão com um mínimo de uma árvore


Art. 116 -
plantada dentro dos limites do terreno.

Nas edificações residenciais privativas não será permitida a construção de


Art. 117 -
muros ou cercas de qualquer natureza separando o terreno do logradouro público.

§ 1º - Este dispositivo não se aplica às edificações situadas na ZE-1.

§ 2º - Para efeito de delimitação de canteiros e jardins é admitida a construção de


muretas com uma altura máxima de 0,30m (trinta centímetros).

Art. 118 -As edificações residenciais unifamiliares podem assumir a forma de


habitações de baixa renda, geminadas ou não.

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Parágrafo Único - Para efeito desta Lei, são consideradas habitações de baixa renda
aquelas construídas para ou pelos grupos familiares com renda inferior a 2 (duas)
vezes a maior unidade de referência vigente no país.

Art. 119 -Para a edificação de habitações de baixa renda é facultada a superposição


de 2 (duas) unidades numa solução de 2 (dois) andares ou a subdivisão dos lotes
desde que observadas as seguintes condições:

I - obedecer aos dispositivos de lei de parcelamento do solo;

II - não ocupar o conjunto das 2 (duas) edificações, área superior a 3/5 (três
quintos) da superfície total do lote;

III - dispor cada lote de fundo, de um corredor de acesso com largura não inferior a
3m (três metros) perfeitamente delimitado por muro, gradil ou cerca;

IV - ficarem as duas edificações a uma distância mínima de 6,00m (seis metros).

Sem prejuízo do que estabelecem as demais normas desta Lei, as edificações


Art. 120 -
residenciais unifamiliares de baixa renda que ficarem isoladas das divisas do lote,
serão dispensadas da exigência de pisos e tetos executados com material
incombustível.

Art. 121 As habitações


- da baixa renda deverão atender a pelo menos, uma das
seguintes condições:

I - obedecer a um dos projetos-padrão, cujas plantas serão fornecidas a preço de


custo pela Assessoria de Planejamento da Prefeitura;

II - incluir em seu projeto o módulo sanitário mínimo, composto de cozinha e


banheiro, cujas plantas e detalhes serão fornecidos a preço de custo, pela
Assessoria de Planejamento.

§ 1º - Poderá constituir exceção ao inciso II deste artigo, a construção de


conjuntos residenciais unifamiliares, com mais de 20 (vinte) unidades, a critério da
Prefeitura Municipal.

§ 2º - A habitação de baixa renda será isenta, ao ser licenciada, do pagamento das


respectivas taxas de licença para execução de obras.

§ 3º - Não será concedida a isenção da Taxa de Licença que trata o ( 2º a


proprietários de mais de um imóvel ou a pessoa com renda superior a 2 (duas) vezes a
maior unidade de referência (UR) vigente no país.

Art. 122 - As edificações residências multifamiliares possuirão sempre:

I - acesso centralizado, com área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados), pelo
qual as circulações de acesso a todas as unidades se comunicarão e onde se
localizará a portaria com caixa de distribuição de correspondência.

II - local centralizado para coleta de lixo ou dos resíduos de sua eliminação, com
terminal em recinto fechado, conforme estipulado no regulamento a ser estabelecido
pela Prefeitura: o terminal deve ter dimensões compatíveis com o seu funcionamento,
estar em local de fácil acesso para efeito de remoção de lixo e desvinculado de
áreas de circulação de público, para comodidade de usuários do edifício;

III - local centralizado para a administração da edificação, com área equivalente, a


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0,5% (meio por cento) do total da área construída, sendo aceitáveis os limites de
4,00m² (quatro metros quadrados) e máximo de 50,00m² (cinqüenta metros quadrados);

IV - equipamento para extinção de incendio, de acordo com as exigências da


Prefeitura;

V - área de recreação coberta ou não, proporcional ao número de compartimentos


habitáveis, possuindo:

a) proporção mínima de 1,00m² (um metro quadrado) por compartimento habitável, não
podendo, no entanto, ser inferior a 50,00m² (cinqüenta metros quadrados);
b) continuidade, não podendo o seu dimensionamento ser feito por adição de áreas
parciais isoladas;
c) formas que permitam, em qualquer ponto, inscrição de circunferência com raio
mínimo de 3,00m (três metros);
d) acesso através de partes comuns, afastado dos depósitos coletores de lixo,
isolado das passagens de veículos e não limitante com áreas de estacionamento;

VI - apartamento de zelador, de forma que possa ser caracterizado como uma unidade
residencial, incluindo banheiro e cozinha.

§ 1º - A área de recreação de que trata o item V não poderá ser localizada na


cobertura das edificações.

§ 2º - Nas edificações mistas, o acesso a que se refere o item I deverá ser


desvinculado da parte destinada ao uso não residencial.

SEÇÃO III
Das Edificações Coletivas

Art. 123 -Nas edificações destinadas a hotéis e motéis existirão como partes comuns
obrigatórias:

I - "hall" de recepção, com serviço de portaria e comunicações;

II - sala de estar;

III - copa e cozinha com área equivalente a 0,50m² (cinqüenta centímetros quadrados)
por dormitório, observado o mínimo de 15,00m² (quinze metros quadrados);

IV - compartimento para rouparia e guarda de utensílios de limpeza em cada


pavimento.

Parágrafo Único - Nas edificações de que trata este artigo é aplicável o disposto
nos itens II e IV do artigo 122.

Art. 124 -Cada


pavimento, deverá dispor de instalações sanitárias nas seguintes
proporções, por cada grupo de 8 (oito) ou fração menor que 8 (oito) dormitórios sem
instalações sanitárias privativas:

I - masculino: 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório, 1 (um) mictório e 2 (dois)


chuveiros;

II - feminino: 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório, 1 (um) bidê e 2 (dois)


chuveiros.

§ 1º - Os dormitórios que não disponham de instalações sanitárias deverão ser

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dotados de um lavatório.

§ 2º - São exceções a esta regra, hotéis de caráter familiar, com um máximo de 4


(quatro) quartos que deverão dispor das seguintes instalações destinadas aos
hóspedes:

I - masculino: 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório, 1 (um) chuveiro;

II - feminino: 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório, 1 (um) bidê,1 (um) chuveiro.

Art. 125 As instalações sanitárias destinadas aos empregados das edificações


-
coletivas serão separadas das dos hóspedes e dotados de aparelhos sanitários
calculados segundo a proporção estabelecida pela legislação trabalhista.

É obrigatória a existência de entrada de serviço independente da entrada de


Art. 126 -
hóspedes, nas edificações coletivas.

Art. 127 -A adaptação de qualquer edificação para utilização como hotel terá que
atender, integralmente, a todos os dispositivos desta Lei.

Art. 128 -Nas edificações de que trata o artigo 123 haverá instalações sanitárias
para o pessoal de serviço, independente das destinadas aos hóspedes.

Parágrafo Único - Complementando as instalações sanitárias, ou independentes destas,


haverá áreas destinadas a vestiários para funcionários.

Art. 129 - As áreas destinadas a "campings" deverão:

I - ser arborizadas com cercas vivas ao longo do perímetro do terreno;

II - ter demarcado as áreas de barracas por intermédio de cercas vivas;

III - ter uma área mínima de 36,00m² (trinta e seis metros quadrados), na qual possa
ser inscrita uma circunferência de 6,00m (seis metros) de raio, e na qual já esteja
incluída a área de estacionamento de veículos;

IV - ter áreas para o estacionamento de "trailers" e reboques separadas das áreas de


fixação de barracas. Essas áreas deverão contar com pontos de abastecimento de
energia elétrica, distribuída por redes subterrâneas;

V - ter áreas de fixação de barracas gramadas o arborizadas na proporção de 1 (uma)


árvore por cada vaga para fixação de barracas em estacionamento de "trailers";

VI - ter guarita de recepção, coberta, com serviços de portaria e comunicações com


uma área mínima de 9,00m² (nove metros quadrados);

VII - contar com instalações sanitárias, na seguinte proporção por grupo de 6 (seis)
áreas ou vagas para fixação de barracas ou estacionamento de "trailers" e reboques:

a) feminino: 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório, 1 (um) bidê, 2 (dois)


chuveiros.
b) masculino: 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório, 2 (dois) chuveiros, 1 (um)
mictório.
c) 1 (um) tanque para lavagem de roupa.

VIII - as pistas de acesso às barracas deverão ter uma largura mínima de 5,00m

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(cinco metros);

§ 1º - As paredes das instalações sanitárias deverão ser azulejadas ou revestidas de


material similar até uma altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros).

§ 2º - Será permitido o funcionamento de pequenas lojas com serviços de restaurante


e vendas de comestíveis e artigos de "camping" ou esportivos dentro da área do
estabelecimento.

§ 3º - O pessoal de serviço contará com instalações sanitárias separadas.

CAPÍTULO V
Das Edificações Não Residenciais

SEÇÃO I
Disposições Gerais

Art. 130 - As edificações não residenciais são aquelas destinadas a:

I - uso industrial;

II - locais de reunião;

III - comércio, serviços e atividades profissionais;

IV - estabelecimentos hospitalares e laboratórios;

V - estabelecimentos escolares;

VI - usos especiais diversos.

§ 1º - O nível de ruídos permitido para as diversas atividades, em qualquer


ambiente, não deve prejudicar o mínimo de conforto à maioria de seus ocupantes.

§ 2º - Os valores máximos de nível de som são os indicados pela norma NB-95/66 da


Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Art. 131 - As unidades não residenciais terão sempre:

I - instalação sanitária privativa;

II - equipamento para extinção de incêndio, de acordo com as exigências do


Ministério do Trabalho e Previdência Social;

III - local centralizado para a coleta de lixo ou dos resíduos de sua eliminação.

SEÇÃO II
Das Edificações para Uso Industrial

Art. 132 As edificações não residenciais destinadas ao uso industrial darão


-
tratamento especial aos efluentes lançados na rede coletora de uso comum, quando
apresentarem características físico-químicas, biológicas ou bacteriológicas
agressivas, ou que prejudiquem a depuração dos esgotos pelo sistema comum.

§ 1º - Obrigam-se as indústrias a isentarem os seus efluentes de sólidos grosseiros,


a serem separados, por gradeamento ou sedimentação, de substâncias tóxicas ou
venenosas, explosivas ou inflamáveis.

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§ 2º - Somente em seus trechos finais e após tratamento adequado os despejos


industriais poderão ser combinados com os esgotos sanitários, desde que apresentem
os seguintes valores máximos:

a) demanda bioquímica de oxigênio - DBO = 350 mg/l (trezentos e cinqüenta miligramas


por litro);
b) matéria em suspensão - MS = 300 mg/l (trezentos miligramas por litro).

§ 3º - Não será permitida a descarga de esgotos sanitários de qualquer procedência e


despejos industriais in-natura nas valas coletoras de águas pluviais, exceção feita
às águas de refrigeração.

§ 4º - Os despejos deverão ser emitidos em regime de vazão constante, principalmente


durante o período de funcionamento da indústria.

Os afastamentos mínimos obrigatórios para as edificações industriais são os


Art. 133 -
constantes do seguinte quadro:

______________________________________
| | AFASTAMENTOS |
| |---------+--------|
| |FRONTAL E|LATERAIS|
| |POSTERIOR| (SOMA) |
| |(metros) |(metros)|
|===================|=========|========|
|Pequenas Indústrias| 10| 5|
|-------------------|---------|--------|
|Médias Indústrias | 20| 10|
|-------------------|---------|--------|
|Grandes Indústrias | 40| 20|
|___________________|_________|________|

§ 1º - No caso de pequenas indústrias, uma das paredes laterais poderá ficar na


divisa, garantindo o perfeito isolamento entre as paredes contíguas de construções
vizinhas através de parede corta-fogo, não sendo permitida a meiação; quando a
parede lateral dispuser de vãos de iluminação ou ventilação, o afastamento mínimo
será de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).

§ 2º - É vedada a construção de habitações nos lotes industriais, ressalvadas as


destinadas a vigias e ao pessoal que, por imperativo da própria indústria, deva
residir nas proximidades, segundo memorial justificativo detalhado, submetido à
Prefeitura Municipal.

§ 3º - Os reservatórios de água para edificação industrial deverão conter, no


mínimo, o volume de água correspondente a 2 (dois) dias de consumo.

§ 4º - As indústrias terão paredes e pisos revestidos de material que permita a


manutenção das condições de limpeza e higiene, sendo de 2,00m (dois metros) a altura
mínima destes revestimentos nas paredes.

§ 5º - Será tolerada guarita para porteiro junto ao acesso principal, desde que não
exceda a 6,00m² (seis metros quadrados) de área construída.

§ 6º - Nas indústrias, a cobertura, quando houver, deverá ser de material


incombustível com características que permitam isolamento de calor e umidade.

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§ 7º - As instalações sanitárias deverão ser independentes, por sexo, e completadas


por vestiários, anexos ou isolados, com área e disposição interna com o seu
funcionamento.

§ 8º - Para efeito deste artigo as indústrias se classificam em pequenas, médias e


grandes de acordo com a área que ocupam:

a) pequena: até 1 (um)hectare;


b) média: de 1 (um) até 10 (dez) hectares;
c) grande: mais de 10 (dez) hectares.

As edificações não residenciais destinadas ao uso industrial obedecerão às


Art. 134 -
disposições da Legislação Trabalhista.

Art. 135 - O projeto de edificação destinada a fins industriais deverá estimar a


lotação máxima do estabelecimento.

Art. 136 As edificações


- destinadas a fins industriais deverão satisfazer às
seguintes condições:

I - pé-direito mínimo de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) para locais de


trabalho de operários;

II - abertura de iluminação e ventilação correspondente a 1/5 (um quinto) da área do


piso;

III - porta de acesso abrindo para fora do compartimento, nos locais de trabalho dos
operários;

IV - instalações que disciplinem a eliminação de gazes, vapores, fumaças, poeira e


outros resíduos nocivos eventualmente resultantes do processo industrial;

V - área privativa para carga e descarga de matéria prima e produtos


industrializados.

Parágrafo Único - As indústrias de gêneros alimentícios e produtos químicos deverão


ter piso e paredes revestidos de material resistente, liso e impermeável até a
altura de 2,00m (dois metros).

Art. 137 As edificações para indústrias e depósitos de munições e materiais


-
explosivos ou inflamáveis terão de obedecer às normas estabelecidas em
regulamentação federal própria e no Código de Posturas do Município.

Parágrafo Único - A construção de edificações de que trata o artigo 137 obedecerá ao


disposto nos artigos constantes da subseção II, da Seção VII do Capítulo V desta
Lei.

SEÇÃO III
Dos Locais de Reunião

Subseção I
Disposições Gerais

Art.138 - São considerados locais de reunião:

I - estádios;

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II - auditórios, ginásios esportivos, halls de convenção e salões de exposição;

III - cinemas e teatros;

IV - templos religiosos;

V - parques de diversão e circos.

Nos locais de reunião, as partes destinadas ao público terão de prever, nos


Art. 139 -
termos desta Seção e capítulo V e VI;

I - circulação de acesso;

II - condições de perfeita visibilidade;

III - espaçamento entre filas e séries de assentos;

IV - locais de espera;

V - instalações sanitárias;

VI - área adequada para a lotação máxima fixada.

Art. 140 As circulações de acesso em seus diferentes


- níveis obedecerão às
disposições constantes do Capítulo III, seção IX.

§ 1º - Quando a lotação de um local de reunião exceder a 5.000 (cinco mil) lugares,


serão sempre exigidas rampas nos diferentes níveis, para o escoamento do público.

§ 2º - Quando a saída do público de um local de reunião se fizer através de galeria,


esta manterá uma largura mínima constante, até o alinhamento do logradouro, igual à
soma das larguras das portas que para ela se abrem.

§ 3º - Se a galeria a que se refere o parágrafo anterior tiver comprimento superior


a 30,00m (trinta metros), sua largura será aumentada em 10% (dez por cento) para
cada 10,00m (dez metros) ou fração do excesso.

§ 4º - Quando o escoamento do público se fizer através de galerias de lojas


comerciais, as larguras previstas não poderão ser inferiores ao dobro da largura
mínima estabelecida nesta Lei para esse tipo de galeria.

§ 5º - As folhas de portas de saída dos locais de reunião abrirão na direção do


recinto para o exterior e jamais diretamente sobre o passeio dos logradouros.

§ 6º - As bilheterias, quando houver, terão seus guichês afastados, no mínimo, 3,00


(três metros) do alinhamento do logradouro.

§ 7º - Quando se tratar de sala de espetáculos será assegurada, de cada assento ou


lugar, perfeita visibilidade da apresentação, o que ficará demonstrado através de
curva de visibilidade.

§ 8º - Entre as filas de uma série de assentos existirá espaçamento de, no mínimo,


0,90m (noventa centímetros) de encosto a encosto.

§ 9º - O espaçamento mínimo entre as séries será de 1,20m (um metro e vinte


centímetros).

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§ 10º - Cada fila terá no máximo 15 (quinze) assentos.

§ 11º - Não serão permitidas séries de assentos que terminem junto às paredes.

Art. 141 - Os locais de reunião observarão às seguintes condições:

I - existência de locais de espera para o público, independentes das circulações,


com área equivalente, no mínimo, a 1,00m² (um metro quadrado) para cada20 (vinte)
espectadores, no caso de cinemas, e para cada 10 (dez) espectadores, no caso de
teatros;

II - existência de instalações sanitárias privativas para o público em cada setor e


nível, independentemente das destinadas aos empregados e separadas por sexo;

Parágrafo Único - Para os estabelecimentos das relações que têm como base o número
de espectadores, será sempre considerada a lotação completa do recinto.

Subseção II
Dos Estádios

Art 142 - Além das condições já estabelecidas nesta Lei, os estádios obedecerão aos
seguintes requisitos:

I - entradas e saídas através de rampas, cuja largura será calculada na base de


1,40m (um metro e quarenta centímetros) para cada 1.000 (mil) espectadores, não
podendo ser inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros);

II - cálculo da capacidade das arquibancadas e gerais na seguinte base: para cada


metro quadrado, 2 (duas) pessoas, sentadas ou 3 (três) em pé;

III - instalações sanitárias calculadas na proporção mínima de 01 (uma) para cada


500 (quinhentos) espectadores, sendo 40% (quarenta por cento) para uso masculino;
estas últimas serão calculadas na proporção de 60% (sessenta por cento) de mictórios
e 40% (quarenta por cento) de vasos sanitários;

IV - instalações sanitárias e vestiários para atletas.

Subseção III
Dos Auditórios, Ginásios e Salões de Exposições

Art. 143 Os auditórios, ginásios esportivos,


- halls de convenção e salões de
exposições obedecerão às seguintes condições:

I - quanto aos assentos:

a) atendimento a todas as condições estabelecidas nos parágrafos 7º, 8º e 10º do


Art. 140;
b) piso das localidades elevadas desenvolvido em degraus, com altura e profundidade
necessárias à obtenção da curva de visibilidade;

II - quanto às portas de saída:

a) existência de mais de uma porta de saída; cada uma delas não poderá ter largura
inferior a 2,00m (dois metros);
b) soma da largura de todas as portas de saída equivalente a uma largura total de
1,00m (um metro) para cada 100 (cem) espectadores, abrindo-se as folhas das portas

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na direção do recinto para o exterior;


c) dimensionamento das portas de saída independentemente daquele considerado para as
portas de entrada;
d) inscrição "saída", sempre luminosa;

III - quanto ao guarda-corpo das localidades elevadas: terá altura mínima de 0,75m
(setenta e cinco centímetros);

IV - quanto à renovação de ar: quando a capacidade ultrapassar a 300 (trezentas)


pessoas, haverá obrigatoriamente um sistema para renovação de ar, com capacidade
calculada pelo responsável técnico por sua instalação ou projeto e apresentado em
documento hábil, anexo a solicitação de aprovação de projeto arquitetônico.

Subseção IV
Dos Cinemas e Teatros

Os cinemas e teatros atenderão, no que couber, ao estabelecido nos artigos


Art. 144 -
140 e 143 desta Lei.

§ 1º - As cabinas onde se situam os equipamentos de projeção cinematográfica


atenderão ao que estabelece a Portaria nº 30, de 07 de fevereiro de 1958, do
Ministério do Trabalho e Previdência Social.

§ 2º - Os camarins dos teatros serão, providos de instalações sanitárias privativas.

Art. 145 -Os cinemas e teatros terão, ainda, pé-direito livre mínimo, na sala de
espetáculos, de 6,00 m (seis metros), admitida a redução para 2,20 (dois metros e
vinte centímetros) sobre a galeria, quando for este o caso.

Subseção V
Dos Templos Religiosos

Art. 146 -Os templos religiosos atenderão no que couber as exigências estabelecidas
na Seção I, deste capítulo.

Subseção VI
Dos Circos e Parques de Diversão

Art. 147 - A armação e montagem de parques de diversão atenderão às seguintes


condições:

I - o material do equipamento será incombustível;

II - os vãos de entrada e saída serão independentes;

III - a soma total das larguras dos vãos de entrada e saída será proporcional a
1,00m (um metro) para cada 500 (quinhentas) pessoas, não podendo, todavia, ser
inferior a 3,00m (três metros) cada um,

IV - a capacidade máxima de público permitida no interior dos parques será


proporcional a 1 (uma) pessoa para cada metro quadrado de área livre reservada à
circulação;

V - as instalações sanitárias serão independentes para os 2 (dois) sexos.

Art. 148 - A armação e montagem de circos, com cobertura ou não, atenderão às

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seguintes condições:

I - os vão de entrada e saída serão independentes;

II - a largura dos vãos de entrada e saída será proporcional a 1,00m (um metro) para
cada 50 (cinqüenta) pessoas, não podendo, todavia, ser inferior a 3,00m (tres
metros );

III - a largura de passagens de circulação será proporcional a 1,00m (um metro) para
cada 50 (cinqüenta) pessoas, não podendo, todavia, ser inferior a 2,00m (dois
metros);

IV - a capacidade máxima de espectadores permitida será proporcional a 2 (duas)


pessoas sentadas por quadrado;

V - as instalações sanitárias serão independentes para os 2 (dois) sexos.

SEÇÃO IV
Das Edificações Destinadas ao Comércio, Serviços e Atividades Profissionais

As unidades destinadas a comércio, serviços e atividades profissionais são


Art. 149 -
as lojas e salas comerciais, isoladas ou nas suas diversas formas de agrupamento,
sejam elas prédios de escritórios, centros comerciais, mercados, supermercados e
outras.

Parágrafo Único - As lojas terão instalações sanitárias privativas, e as salas


comerciais terão instalações sanitárias privativas ou coletivas, sendo estas últimas
no mesmo nível do respectivo pavimento.

Art. 150 - As edificações que, no todo ou em parte, abriguem unidades destinadas a


comércio, serviços e atividades profissionais, alem dos demais dispositivos desta
Lei, atenderão obrigatoriamente as condições previstas no Art. 122, referentes a
edifícios residencias multifamiliares, exceto o disposto no item V.

Parágrafo Único - As edificações incluídas neste artigo poderão possuir marquises ou


galerias cobertas, nas seguintes condições:

a) em toda a extensão da testada, quando a edificação for contígua as divisas


laterais do lote;
b) em toda a extensão das unidades situadas ao nível do pavimento de acesso, quando
a edificação estiver isolada de uma ou mais divisas.

Art. 151 - Nas lojas será permitido o uso transitório de estores protetores
localizados nas extremidades das marquises, desde que abaixo de sua extremidade
inferior haja espaço livre com altura mínima de 2,20m (dois metros e vinte
centímetros).

Nas edificações onde, no todo ou em parte se processar o manuseio, fabrico


Art. 152 -
ou venda de gêneros alimentícios, deverão ser satisfeitas todas as normas exigidas
pelas autoridades competentes; em caso de incinerador, a chaminé do mesmo deverá ser
separada do tubo de queda.

Parágrafo Único - A obrigatoriedade de atendimento destas normas é extensiva às


instalações comerciais para o fim de que trata este artigo.

Art. 153 - Os edifícios destinados a escritórios possuirão:

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I - saguão de entrada com área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados), provido de
caixa de distribuição de correspondência em local centralizado;

II - instalação sanitária para pessoal de serviço constando de 1 (um) chuveiro, 1


(um) lavatório e 1 (um ) vaso sanitário.

Art. 154 -As lojas que abram para galerias poderão ter dispensadas iluminação e
ventilação diretas, quando:

I - sua profundidade não exceder a largura da galeria; e

II - o ponto mais distante de sua frente, em relação ao acesso da própria galeria,


não exceder de 4 (quatro) vezes a largura desta.

Art. 155 - Nas lojas será permitido o uso transitório de estores localizados nas
proximidades das marquises, desde que abaixo de sua extremidade inferior seja
deixado espaço livre com altura mínima de 2,20m (dois metros e vinte centímetros).

As edificações destinadas a mercados e supermercados deverão satisfazer às


Art. 156 -
seguintes exigências:

I - pé-direito livre mínimo de 4,00m (quatro metros) para mercados, de 3,50m (três
metros e cinqüenta centímetros) para supermercados;

II - pisos revestidos de ladrilhos ou matéria similar, com número de ralos


suficiente para o rápido escoamento de águas;

III - aberturas de iluminação e ventilação com área total ou inferior a 1/5 (um
quinto) da área interna e disposta de modo a proporcionar iluminação homogênea a
todo o compartimento;

IV - instalações sanitárias nas seguintes proporções:

a) sanitários masculinos: 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório, 2 (dois)


mictórios para cada 200,00m²(duzentos metros quadrados);
b) sanitários femininos: 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório para cada 300,00m²
(trezentos metros quadrados);
c) no mínimo, 2 (dois) chuveiros, 1 (um) para cada sexo.

Art. 157 -O projeto de edificações para mercados, especificará a designação de cada


compartimento, segundo o ramo comercial.

Art. 158 - Nas edificações destinadas a mercados, observar-se-ão os seguintes


requisitos:

I - dimensões dos compartimentos:

a) área mínima de 8,00m² (oito metros quadrados);


b) largura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros);
c) paredes divisórias com altura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros).

II - ruas internas, cobertas ou não, destinadas exclusivamente a pedestres, com no


mínimo, 3,00m (três metros) de largura e as ruas destinadas a veículos com, no
mínimo, 5,00m (cinco metros) de largura;

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III - portas de acesso com largura de 1,40m (um metro e quarenta centímetros),
guardada a proporção obrigatória de uma porta para cada 200,00m² (duzentos metros
quadrados);

IV - pelo menos 2 (duas) saídas individuais de controle do estabelecimento,


guardando a proporção de que trata o inciso III;

V - instalações sanitárias na seguinte proporção mínima:

a) sanitários masculinos: 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) chuveiro para cada grupo de
20 (vinte) compartimentos e 1 (um) lavatório e 1 (um) mictório para cada grupo de 10
(dez) compartimentos;
b) sanitários femininos: 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) chuveiro para cada grupo de
20 (vinte) compartimentos.

VI - instalações de, no mínimo, 2 (dois) chuveiros, um para cada sexo.

Art. 159 Nas edificações onde se processar o manuseio


- ou venda de gêneros
alimentícios deverá ser satisfeitas as seguintes exigências:

I - aquelas constantes do Código de Posturas do Município;

II - instalações sanitárias, para uso público, contendo 1 (um) vaso sanitário, 2


(dois) mictórios e 2 (dois)lavatórios para cada 80,00m² (oitenta metros quadrados)
de edificação;

SEÇÃO V
Das Edificações Destinadas a Estabelecimentos Hospitalares e Laboratórios

As edificações destinadas a estabelecimentos hospitalares e laboratórios de


Art. 160 -
análise clínica e pesquisa obedecerão às normas estabelecidas pelos órgãos
competentes, e ao disposto nos itens II, III e IV do artigo 143 e às seguintes
condições:

I - sistema de tratamento adequado de esgoto, com esterilização de efluentes nos


hospitais de doenças transmissíveis e nos demais casos não servidos pela rede geral
de esgoto;

II - instalações de incineração de detritos;

III - grupo gerador próprio;

IV - quartos destinados a pacientes com as seguintes áreas mínimas úteis:

a) 9,00m² (nove metros quadrados), para os de 1 (um) leito; e


b) 12,00m² (doze metros quadrados), para os de 2 (dois) leitos.

V - quartos com paredes revestidas de material lavável e dotados de portas com


largura mínima de 1,00m (um metro);

VI - quartos destinados a pacientes e a enfermarias com formas geométricas que


permitam inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de, respectivamente, 2,80m
(dois metros e oitenta centímetros), no primeiro caso e 3,20m (três metros e vinte
centímetros), no segundo;

VII - máximo de 36 (trinta e seis) leitos em cada enfermaria, e máximo de 6 (seis)

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leitos em cada subdivisão;

VIII - quanto a área correspondente a cada leito:

a) 5,00m² (cinco metros quadrados), nas enfermarias para adultos; e


b) 3,00m² (três metros quadrados) para enfermarias destinadas a crianças até 12
(doze) anos;

IX - existência, em cada pavimento, de compartimento destinado a curativos com área


de 10,00m² (dez metros quadrados);

X - salas de cirurgia dotadas de instalações para ar condicionado e iluminação


artificial adequada;

XI - no que concerne as áreas de copa e cozinha:

a) instalação, nos pavimentos onde existam leitos, de compartimento destinado a


copa, com área correspondente a 0,30m² (trinta centímetros quadrados) por leito,
observado o mínimo de 6,00m² (seis metros quadrados);
b) copa e cozinha, com área equivalente a 0,50m² (cinqüenta centímetros quadrados)
por leito, observado o mínimo de 6,00m² (seis metros quadrados);
c) cozinha isolada dos outros compartimentos, ressalvada a copa;
d) nos hospitais de mais de 1 (um) pavimento, comunicação da copa central com as
copas secundárias situadas nos diversos pavimentos, mediante elevadores montacarga;

XII - instalações sanitárias atendendo aos seguintes requisitos:

a) para a clientela, na proporção de 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório, 1 (um)


chuveiro ou 1 (uma) banheira por grupo de 10 (dez) leitos. Para o atendimento ao
disposto neste inciso, não se computarão os leitos situados em quartos que disponham
de instalações sanitárias privativas;
b) para uso privativo de empregados com, no mínimo, 1 (um) vaso sanitário, 1 (um)
lavatório e 1 (um) chuveiro. Para efeito deste inciso, o total dos aparelhos
sanitários de toda a edificação deverá ser calculado de acordo com as proporções
estabelecidas pela legislação trabalhista.

XIII - instalação de lavanderia adequada à desinfecção e esterilização de roupas;

XIV - existência, em cada pavimento, de área útil mínima de 15,00m² (quinze metros
quadrados) destinada à permanência de visitantes;

XV - no que diz respeito às comunicações entre pavimentos:

a) comunicação por escada entre seus diversos pavimentos;


b) nos hospitais de até dois pavimentos, comunicação por meio de rampas cujas
características são estabelecidas no artigo 87;
c) os de mais de 2 (dois) pavimentos, elevadores social e de serviço;
d) elevadores com dimensões que permitam o transporte de macas.

Art. 161 - As edificações destinadas a atendimento de parturientes, bem como as


dependências dos hospitais com a mesma finalidade, deverão, ainda, subordinar-se aos
seguintes requisitos:

I - dispor de uma sala de parto para cada grupo de 25 (vinte e cinco) leitos;

II -dispor de berçário com capacidade equivalente ao número de leitos para


pacientes..

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SEÇAO VI
Dos Estabelecimentos Escolares

Art. 162 -As edificações destinadas a estabelecimentos escolares, sem prejuízo de


obediência às condições estabelecidas pelo órgão Estadual de Educação e Cultura,
deverão atender aos seguintes requisitos:

I - oferecer condições adequadas de iluminação artificial, comprovada por projeto


elaborado por técnico legalmente habilitado;

II - possuir iluminação natural de forma a permitir iluminação pela esquerda;

III - possuir correto sistema de ventilação, possibilitando circulação constante de


ar;

IV - ter pisos e paredes tratados de forma a garantir a limpeza e conservação;

V - possuir bebedouros de água filtrada, na proporção de, no mínimo, 1 (um) para


cada 50 (cinqüenta) alunos;

VI - ter instalações sanitárias em todos os andares da edificação, que atendam aos


seguintes requisitos:

a) perfeitas condições de iluminação e ventilação, devendo as aberturas


correspondentes distar de 2,00m (dois metros) do piso;
b) separação por sexo;
c) número de vasos não inferior a 2 (dois) por sala de aula;
d) mictórios individuais, se os possuir, em numero igual ao de vasos sanitários
femininos;
e) instalações sanitárias para professores independentes das dos alunos e com
separação por sexo;
f) lavatórios na proporção mínima de 2 (dois) para cada 70 (setenta) alunos;

VII - hall obedecendo à proporção de 0,50m² (meio metro quadrado) para cada aluno;

VIII - circulações horizontais com largura mínima de 2,00m (dois metros);

IX - previsão de área coberta para recreio e educação física correspondente a, no


mínimo, 20% (vinte por cento) da área construída.

SEÇAO VII
Das Edificações Destinadas a Usos Especiais Diversos

Subseção I
Dos Usos Diversos

Art. 163 - São considerados como edificações de usos especiais diversos:

I - os depósitos de explosivos, munições e inflamáveis;

II - os depósitos de armazenagem;

III - os locais para estacionamento ou guarda de veículos;

IV - os postos de serviço e de abastecimento de veículos.

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Subseção II
Dos Depósitos para Explosivos, munições e inflamáveis

Art. 164 - As edificações para depósito de explosivos, munições e inflamáveis


obedecerão às normas estabelecidas em regulamentação própria do Ministério do
Exército e dos demais órgãos competentes.

Art. 165 -Quando os depósitos se utilizarem de galpões, estes deverão satisfazer a


todas as condições estabelecidas nesta Lei.

§ 1º - Para os depósitos será obrigatória a construção, no alinhamento do


logradouro, de muro com altura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros);

§ 2º - A carga e descarga de quaisquer mercadorias deverão ser feitas no interior do


lote.

§ 3º - Os locais para armazenamento de inflamáveis ou explosivos deverão estar


protegidos com pára-raios de construção adequada, a juízo da autoridade competente.

Subseção III
Dos Depósitos de Armazenagem

Art. 166 -Os galpões para depósitos e armazenagem deverão satisfazer aos seguintes
requisitos:

I - construção de muro com altura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta


centímetros), no alinhamento do logradouro;

II - plataforma de operação de carga e descarga de mercadorias no interior do lote.

Subseção IV
Das Construções para Estacionamento e Guarda de Veículos

Os locais para estacionamento ou guarda de veículos poderão ser cobertos ou


Art. 167 -
descobertos e destinar-se, em ambos os casos, à utilização para fins privativos ou
comerciais, com áreas mínimas calculadas de acordo com normas estabelecidas na Lei
de Zoneamento.

§ 1º - Nos casos de acréscimo em edificações existentes, a obrigatoriedade da


reserva de estacionamento ou guarda de veículos só incidirá sobre as áreas ou
unidades acrescidas.

§ 2º - Deverá ficar caracterizado a que unidades residenciais ou comerciais estão


vinculadas as vagas obrigatórios.

Art. 168 -As áreas livres situadas ao nível do pavimento de acesso - excluídas as
destinadas ao afastamento mínimo frontal, à recreação infantil e à circulação
horizontal de veículos e pedestres - e os locais cobertos destinados a
estacionamento ou guarda de veículos, poderão ser considerados, no cômputo geral,
para fins de cálculo das áreas de estacionamento.

Parágrafo Único - No caso de vilas, as ruas internas na via de rolamento serão


igualmente consideradas para fins de cálculo das áreas de estacionamento ou guarda
de veículos, resguardando-se faixa de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) de
largura da caixa de rolamento e os passeios.

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Art. 169 - Quando, por força da topografia do terreno, não houver condições internas
ou externas de atendimento às exigências do artigo 168, a Assessoria de Planejamento
poderá dispensá-las.

Art. 170 - Os locais de estacionamento ou guarda de veículos deverão atender às


seguintes exigências:

I - os pisos serão impermeáveis e dotados de sistema que permita u, perfeito


escoamento de águas superficiais;

II - as paredes que os delimitarem serão incombustíveis, e os locais de lavagem de


veículos revestidos com material impermeável;

III - a passagem de pedestres, de existência obrigatória, terá largura mínima de


1,20m(um metro e vinte centímetros) e será separada das passagens destinadas aos
veículos;

IV - o travejamento da cobertura, quando houver, será incombustível, no caso de não


se ter laje de forro;

V - a interligação dos pavimentos, quando houver mais de um, será feita por escada,
para pedestres;

VI - a altura mínima dos pavimentos será de 2,50m (dois metros e cinqüenta


centímetros) e a área de ventilação equivalente a, no mínimo, 1/8 (um oitavo) da
área do piso, quando se comunicar diretamente com o exterior; no caso de garagem em
residência unifamiliar, a altura mínima permitida será de 2,20m (dois metros e vinte
centímetros);

VII - a renovação do ar ambiente deverá ser garantida por meio de dispositivos


mecânicos com seção equivalente a 1/6 (um sexto) da área de piso, quando não houver
possibilidade de ventilação direta;

VIII - a área de entrada poderá ser computada como área de ventilação, desde que
corresponda à área mínima de ventilação prevista e seja equipada com venezianas;

IX - a superfície de estacionamento por veículo será de 20,00m² (vinte metros


quadrados);

X - nas edificações de unidades unifamiliares, a garagem só poderá ter uma entrada;

XI - as rampas, quando houver, deverão obedecer às seguintes exigências:

a) ter inicio a partir da distancia mínima de 2,00m (dois metros) da linha de


testada da edificação;
b) ter largura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), quando
construída em linha reta; quando em curva, o raio não poderá ser menor que 6,00m
(seis metros);
c) ter inclinação máxima de 15% (quinze por cento), ressalvado o caso de acesso a
apenas um pavimento, com desnível máximo de 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros), quando será tolerada a inclinação de até 20% (vinte por cento);

XII - os elevadores para transporte de veículos, se existirem, deverão distar 7,00m


(sete metros) da linha da fachada de forma a permitir as manobras necessárias para
que o veículo saia sempre da frente.

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Art. 171 Os edifícios-garagem, além de outras


- normas estabelecidas nesta Lei,
deverão atender ainda às seguintes condições:

I - a entrada será localizada antes do serviço de controle e recepção, sendo


reservada área para acumulação de veículos correspondente a, no mínimo, 5% (cinco
por cento) da área total das vagas;

II - a entrada e saída deverão ser feitas por 2 (dois) vãos independentes, com
larguras mínimas de 3,00m (três metros) cada um, tolerando-se a existência de um
único vão com largura mínima de 6,00m (seis metros);

III - quando houver vãos de entrada e saída voltados para logradouros diferentes,
haverá no pavimento de acesso passagem para pedestres, nos termos do artigo 170,
inciso III, que permita a ligação entre estes logradouros;

IV - quando providos apenas de rampas ou de elevadores simples de veículos, havendo


circulação interna desses veículos, deverão ter, em todos os pavimentos, vãos para o
exterior na proporção mínima de 1/10 (um décimo) da área do piso; as pistas de
circulação, nesse caso, deverão ter largura mínima de 3,00m (três metros);

V - quando providos apenas de rampas e possuírem 5 (cinco) ou mais pavimentos,


deverão ter pelo menos um elevador com capacidade mínima para 5 (cinco) passageiros;

VI - devem dispor de salas de administração e de espera, e instalações sanitárias,


estas independentes para usuários e empregados;

VII - para segurança da visibilidade dos pedestres, a saída será feita por vão que
meça, no mínimo 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) de cada lado do eixo da
pista de saída, mantida esta largura no mínimo 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) para dentro do afastamento; estão dispensados desta exigência os
edifícios-garagem afastados de 5,00m (cinco metros) ou mais em relação ao
alinhamento do logradouro;

VIII - os projetos terão obrigatoriamente as indicações gráficas referentes às


localizações de cada vaga e aos esquemas de circulação dos veículos, não sendo
permitido considerar, para efeito de cálculo das áreas necessárias aos locais de
estacionamento, as rampas, passagens e circulação;

IX - a capacidade máxima de estacionamento terá de constar obrigatoriamente dos


projetos e alvarás de obras de localização; no caso de edifício-garagem providos de
rampas, as vagas serão demarcadas nos pisos e, em cada nível, será afixado um aviso
mencionando a lotação máxima.

Art. 172 -Os locais cobertos para estacionamento ou guarda de veículos, para fins
privativos e com capacidade de até 2 (dois) veículos, poderão ser construídos no
alinhamento, quando a linha de maior declive fizer com o nível do logradouro ângulo
igual ou superior a 45º (quarenta e cinco graus).

Art. 173 -Os locais descobertos para estacionamento ou guarda de veículos para fins
comerciais, além de atender às demais exigências, deverão possuir:

I - compartimento destinado à administração;

II - vestiário;

III - instalações sanitárias independentes para empregados e usuários.

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Art. 174 -As áreas mínimas obrigatórias para estacionamento ou guarda de veículos
serão calculadas de acordo com as normas estabelecidas pela Lei de Zoneamento.

Parágrafo Único - Nos casos de acréscimo em edificações existentes, só será


obrigatória reserva de locais para estacionamento ou guarda de veículos para as
áreas ou unidades acrescidas.

Subseção V
Dos Postos de Abastecimento e de Serviços

Nas edificações destinadas a postos de abastecimento de veículos, além das


Art. 175 -
normas que lhes forem aplicáveis por esta lei, serão observadas as concernentes à
legislação federal sobre inflamáveis, e no que couber, as disposições do Código de
Posturas sobre despejos industriais.

Parágrafo Único - Os tanques de combustíveis deverão guardar afastamentos mínimos


frontais e de divisas de 5,00m (cinco metros), e, as bombas, de 4,00m (quatro
metros).

A limpeza, a lavagem e a lubrificação de veículos devem ser feitas em boxes


Art. 176 -
isolados, de modo a impedir que a poeira e as águas sejam levadas para o logradouro
ou neste se acumulem; as águas superficiais serão conduzidas para caixas separadas
das galerias, antes de serem lançadas na rede geral.

Art. 177 - Os postos de serviço e de abastecimento de veículos deverão possuir


instalações sanitárias com chuveiros para uso dos empregados e, em separado,
instalações sanitárias para os usuários, além de local reservado para telefone
público.

Art. 178 - Fica proibida a construção de postos de abastecimento e serviços:

I - a menos de 100m (cem metros) de hospitais, escolas, clubes, igrejas e outros


estabelecimentos de grande concentração, para os quais a proximidade se mostre
inconveniente ou possa infrigir o conforto ambiental;

II - onde possam ser causa de congestionamento, no centro da cidade;

III - em esquinas consideradas cruzamentos importantes para o sistema viário;

A autorização para a construção de postos será concedida quando observadas


Art. 179 -
as seguintes condições:

I - quando situado em esquina, a menor dimensão do terreno não poderá ser inferior a
16,00m (dezesseis metros);

II - quando localizado no meio de quadra, a testada do terreno deverá ser de 25,00m


(vinte e cinco metros) no mínimo;

III - o terreno deve estar fora da área abrangida por um círculo com raio de 500,00m
(quinhentos metros) e, cujo centro seja o ponto eqüidistante das bombas de outro
posto já existente.

As edificações necessárias ao funcionamento dos postos obedecerão ao recuo


Art. 180 -
mínimo de 5,00m (cinco metros)e deverão estar dispostas de maneira a não impedir a
visibilidade, tanto de pedestres quanto de usuários.

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§ 1º - Os boxes para lavagem deverão estar recuados no mínimo, 10,00m (dez metros)
do alinhamento predial do logradouro para qual estejam abertos.

§ 2º - A abertura, quando perpendicular à via pública, deverá ser isolada da rua


pelo prolongamento da parede lateral do box, com o mesmo pé-direito, até uma
extensão mínima de 3,00m (três metros), obedecendo sempre ao recuo mínimo de 5,00m
(cinco metros) do alinhamento predial.

Art. 181 - O rebaixamento dos meios-fios para o acesso aos postos só poderá ser
executado mediante alvará de licença da Prefeitura, obedecidas as seguintes
condições:

I - em postos de meio de quadra, o rebaixamento será feito em dois trechos de, no


máximo, 6,00m (seis metros) cada, a partir das divisas laterais do terreno;

II - em postos situados nas esquinas, poderá haver mais de um trecho de 6,00m (seis
metros) de meio-fio rebaixado, desde que a uma distância de 5,00m (cinco metros) um
do outro, não podendo ser rebaixado o meio-fio no trecho correspondente à curva de
concordância das duas ruas;

III - para o trecho rebaixado deverá ser indicada solução construtiva, que garanta o
perfeito escoamento das águas pluviais, a ser apreciada pela Assessoria de
Planejamento.

Art. 182 -A área de posto de abastecimento e serviços deve ser rebaixada de 0,05m
(cinco centímetros) em relação ao nível da rua ou estar separada dessa por
intermédio de valeta coletora de modo a evitar o corrimento de águas e resíduos para
o logradouro.

Parágrafo Único - Adotada a solução de valeta, esta deve correr ao longo de toda a
linha de delimitação da área com o (s) logradouro (s) público (s).

CAPITULO VI
Das Edificações Mistas

Art. 183 -As edificações mistas são aquelas destinadas a abrigar as atividades de
diferentes usos.

Art. 184 Nas edificações mistas, onde houver uso residencial, além
- das
especificações pertinentes desta Lei, serão obedecidas as seguintes condições:

I - no compartimento de acesso a cada piso, os halls e as circulações horizontais e


verticais, relativas a cada uso, serão obrigatoriamente independentes entre si;

II - os pavimentos destinados a uso residencial serão agrupados de forma contígua.

Nas edificações mistas as partes correspondentes aos diversos usos deverão


Art. 185 -
obedecer às exigências desta lei para edificações residenciais e não-residenciais,
respectivamente.

Art. 186 - As edificações mistas, serão equipadas com:

I - local centralizado para coleta de lixo ou dos resíduos de sua eliminação;

II - instalações para extinção de incêndio de acordo com as exigências legais e


regulamentáveis;

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III - local para medidores, de acordo com os regulamentos dos respectivos


concessionários dos serviços públicos.

CAPITULO VII
Da Classificação dos Compartimentos

Art. 187 - Os compartimentos, em função de sua utilização, classificam-se em:


- de permanência prolongada; e
- de permanência transitória.

§ 1º - Os compartimentos de permanência prolongada são:

I - dormitórios;

II - salas;

III - lojas e sobrelojas;

IV - salas destinadas a comércio, negócios e atividades profissionais;

V - locais de reunião;

VI - copas e cozinhas.

§ 2º -Os compartimentos de permanência transitória são aqueles que não se enquadram


no ( 1º deste artigo ou que, por sua utilização lógica dentro da edificação, a eles
não se equiparem.

Os compartimentos obedecerão a limites mínimos para os seguintes elementos


Art. 188 -
de construção:

I - área de piso;

II - largura;

III - vãos de iluminação e ventilação;

IV - altura;

V -vãos de acesso.

Parágrafo Único - Os limites mínimos referidos neste artigo para cada tipo de
utilização, são estabelecidos na tabela 3, anexa a esta Lei.

A dimensão estabelecida como altura de um compartimento deverá ser mantida


Art. 189 -
em toda sua área, não sendo admitidos rebaixos ou saliências no teto que possam
alterar para menos o limite mínimo.

Art. 190 - As copas e cozinhas deverão obedecer as seguintes condições:

I - terão pisos e paredes revestidas até 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de
altura, no mínimo, com azulejos, ladrilhos cerâmicos ou com materiais que ofereçam
as mesmas características de impermeabilidade;

II - as lojas com área maior do que 80,00m² (oitenta metros quadrados) deverão ter
altura de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) e largura de 5,00m (cinco
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metros).

Art. 191 - Os banheiros e instalações sanitárias deverão obedecer às seguintes


condições:

a) não poderão ter comunicação direta com salas, cozinhas e copas;


b) deverão ser separados por sexo no caso de estarem situados em edificações não-
residenciais.

CAPITULO VIII
Da Iluminação e Ventilação das Edificações

Para efeito de iluminação e ventilação, é considerado como espaço exterior


Art. 192 -
a uma edificação, em toda a sua altura fora de lote, o espaço formado pelos
logradouros e servidões públicos.

Os prismas de iluminação e ventilação e os apenas de ventilação terão suas


Art. 193 -
faces verticais definidas:

I - pelas paredes externas da edificação;

II - pelas paredes externas das edificações e divisas, ou apenas pelas divisas do


lote;

III - pelas paredes externas da edificação, divisa ou divisas do lote e linha de


afastamento, quando existir.

Parágrafo Único - As seções horizontais mínimas dos prismas a que se refere este
capítulo serão proporcionais ao número de pavimentos da edificação, conforme a
tabela 4, anexa a esta Lei.

Art. 194 Todo a qualquer compartimento deverá ter comunicação com o exterior,
-
através de vãos ou dutos pelos quais se fará sua iluminação ou ventilação.

Será tolerada a comunicação com o exterior através de dutos horizontais ou


Art. 195 -
chaminés de ventilação nos seguintes compartimentos:

I - auditórios e halls de convenção;

II - cinemas;

III - teatros;

IV - salões de exposição;

V - circulações;

VI - banheiros, lavatórios e instalações sanitárias;

VII - salas de espera;

VIII - subsolos.

§ 1º - Os locais de reunião e as salas de espera deverão prever equipamentos


mecânicos de renovação de ar, independentemente de sua lotação máxima.

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§ 2º - Nas unidades residenciais e nas destinadas a comércio, negócios e atividades


profissionais, os dutos dos compartimentos mencionados nos itens V e VIII do caput
deste artigo, serão sempre horizontais e não poderão ter comprimento superior a
6,00m (seis metros).

Os vãos de iluminação e ventilação, quando vedados, deverão ser providos de


Art. 196 -
dispositivos que permitam a ventilação permanente dos compartimentos.

§ 1º - Nos dormitórios, a vedação do vão de iluminação e ventilação será feita de


maneira a permitir o escurecimento e a ventilação simultaneamente.

§ 2º - Não se considerará que um vão ilumina e ventila todos os pontos do


compartimento se distar de qualquer desses pontos o equivalente a duas vezes e meia
a altura do compartimento, qualquer que sejam as características dos prismas de
iluminação e de ventilação, ou somente de ventilação.

Art. 197 -Quando a iluminação do compartimento se verificar por uma de suas faces,
não deverá existir nesta face pano cego de parede que tenha largura maior que uma
vez a largura de abertura ou do que a soma das aberturas.

Art. 198 -Considerando a forma do prisma e o tipo de compartimento, deverão ser


observadas as condições mínimas de ventilação e iluminação, tanto para locais de
permanência prolongada como de permanência transitória, estabelecida na tabela 3,
anexa a esta Lei.

Art. 199 -Os compartimentos das edificações obedecerão às dimensões mínimas fixadas
na tabela 3, anexa a esta Lei.

Parágrafo Único - A soma total das áreas dos vãos de iluminação e ventilação do
compartimento, assim como a seção dos dutos de ventilação, terão seus valores
mínimos expressos em fração de área do compartimento.

CAPITULO IX
Da Prevenção Contra Incêndio

Art. 200 -Não será concedido alvará para a construção de edifícios com mais de 4
(quatro) pavimentos sem que o projeto atenda às exigências de prevenção contra
incêndio e permita à população abandoná-la devidamente protegida em casos de
incêndio.

Art. 201 -Para obtenção do alvará, as edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos
deverão atender aos seguintes requisitos:

I - possuir saídas de emergência, dutos de ventilação, área de refugio, portas de


emergência, sinalização de alarme e elevadores de segurança, de acordo com a NB-208,
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

II - possuir instalação hidráulica para combate a incêndio, sob comando, de acordo


com a P-NB-24, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

III - empregar nos revestimentos de pisos, tetos, paredes das circulações e áreas
comuns dos edifícios, material incombustível e tintas retardantes de incêndio;

IV - possuir instalação elétrica para os elevadores de segurança independente do


sistema do prédio, com chave de controle na saída de emergência mais próxima da via
pública;

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V - apresentar, juntamente com os projetos arquitetônicos e de instalações, parecer


técnico da autoridade competente da companhia de seguros, contendo a classificação
do prédio quanto à natureza e ao risco de incêndio.

Todas as edificações sujeitas às exigências deste capítulo, inclusive as já


Art. 202 -
existentes ou em construção, deverão possuir seguro contra incêndio.

Art. 203 - As edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos já existentes deverão,


dentro do prazo a ser determinado pelo órgão fiscalizador, cumprir os itens II, III
e IV do artigo 201, sob pena de multa progressiva a ser estabelecida pela Prefeitura
Municipal.

CAPITULO X
Da Fiscalização

Seção I
Dispositivos Gerais

Art. 204 -À Prefeitura assiste o direito de, em qualquer tempo, exercer sua função
fiscalizadora, no sentido de verificar da obediência a esta lei e, em geral, à
legislação urbanística municipal.

§ 1º - Os funcionários investidos em função fiscalizadora poderão, observadas as


formalidades legais, inspecionar bens, equipamentos e documentos técnicos de
qualquer espécie, indispensáveis a fiscalização do cumprimento de dispositivos desta
lei.

Seção II
Das Infrações e das Penalidades

Constitui infração, toda ação ou omissão contrária às disposições das leis,


Art. 205 -
decretos, resoluções ou atos baixados pelo Governo Municipal no exercício de seu
poder de polícia sobre construções.

Art. 206 -Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constranger ou
auxiliar alguém a praticar infração e, ainda, os encarregados da execução das leis
que, tendo conhecimento da infração, deixarem de autuar o infrator.

Art. 207 -As infrações serão apuradas em processo administrativo, que poderá ser
iniciado de acordo com o caso, com a palavra da Notificação Preliminar ou Auto de
Infração. As penalidades por infrações previstas nesta lei, são as seguintes:

I - advertência;

II - multa;

III - interdição e embargo;

IV - demolição;

V - denegação, cassação ou cancelamento de licenciamento;

VI - denegação, cassação ou cancelamento de registro no Cadastro de Profissionais e


Firmas.

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As penas previstas nesta lei serão aplicadas pelas autoridades municipais a


Art. 208 -
quem o Regimento Interno da Prefeitura atribuir essa competência.

Art. 209 - A pena, além de impor a obrigação de fazer ou desfazer, poderá ser
pecuniária e consistir em multa.

Art. 210 -A penalidade pecuniária será judicialmente executada se, imposta de forma
regular e pelos meios hábeis, o infrator se recusar a satisfazê-la no prazo legal.

§ 1º - A multa não paga no prazo regulamentar será inscrita em dívida ativa;

§ 2º - Os infratores que estiverem em débito de multa não poderão participar de


licitações, celebrar contratos ou termos de qualquer natureza, ou transacionar a
qualquer título com a administração municipal.

As multas variarão de 1 (uma) a 100 (cem) vezes a Unidade Fiscal vigente na


Art. 211 -
data em que for cometida a infração.

§ 1º - Na imposição da multa, e para gradua-la ter-se-á em vista:

a) a maior ou menor gravidade da infração;


b) as suas circunstâncias atenuantes ou agravantes;
c) os antecedentes do infrator, com relação ao cumprimento da legislação sobre o uso
do solo e obras municipais.

§ 2º - O Prefeito Municipal baixará, no prazo de 10 (dez) dias a partir da


publicação desta lei, decreto estabelecendo a tabela de multas correspondentes às
infrações.

Art. 212 - Nas reincidências, as multas serão cominadas em dobro.

Parágrafo Único - Reincidente é todo aquele que violar preceito desta lei, por cuja
infração já tiver sido autuado e punido.

A aplicação da multa poderá ter lugar em qualquer época, durante ou depois


Art. 213 -
de constatada a infração.

As multas a que se refere o artigo 211 desta lei não isentam o infrator da
Art. 214 -
obrigação de reparar o dano resultante da infração, na forma do artigo 159 do Código
Civil.

Parágrafo Único - Aplicada a multa, não fica o infrator ou infratores desobrigados


do cumprimento da exigência que a houver determinado.

Os débitos decorrentes de multas não pagas nos prazos regulamentares serão


Art. 215 -
atualizados, nos seus valores monetários, com base nos coeficientes de correção
monetária baixados pela Secretaria de Planejamento da Presidência da República, que
estiverem em vigor na data de liquidação das importâncias devidas.

Art. 216 - As despesas decorrentes de trabalhos de demolição ou desmonte bem como da


execução de obras que por motivo de infração ou penalidade, nos termos da presente
lei, forem realizados pela Prefeitura, diretamente ou por empreitada ou contrato,
correrão por conta do proprietário ou responsável pela propriedade, acrescida de
correção monetária e taxa de administração de 20% (vinte por cento), sem prejuízo
das multas cabíveis em cada caso.

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Parágrafo Único - As despesas a que se refere este artigo serão apresentadas, em


demonstrativos detalhados, ao proprietário da obra ou imóvel ou ao responsável pela
execução ou administração destas, para pagamento no prazo de 10 (dez) dias, findo o
qual, se não forem pagas, serão encaminhadas à Procuradoria Municipal para que se
procede à cobrança executiva.

Seção III
Da Notificação Preliminar

Art. 217 - As advertências para cumprimento de disposições desta lei serão objeto de
Notificação Preliminar que será expedida por agentes da fiscalização, da Assessoria
de Planejamento.

§ 1º - A notificação Preliminar será feita em formulário destacado de talonário


próprio, no qual ficará cópia a carbono, com o "ciente" do notificado e conterá os
seguintes elementos:

a) nome do responsável técnico ou do proprietário;


b) endereço;
c) tipo de obra;
d) endereço da obra;
e) dia, mês e ano da lavratura da Notificação;
f) descrição dos dispositivos legais infringidos e das penas correspondentes;
g) prazo para regularizar a situação;
h) descrição do fato motivador da notificação;
i) assinatura do notificante.

§ 2º - Recusando-se o notificado a dar o "ciente" será tal recusa declarada na


Notificação Preliminar pela autoridade que a lavrar.

§ 3º - Ao infrator dar-se-á cópia da Notificação Preliminar.

§ 4º - A recusa do recebimento, que será declarada pelo fiscal, não favorece ao


infrator nem o prejudica.

Decorrido o prazo fixado, pela Notificação Preliminar sem que o notificando


Art. 218 -
tenha tomado as providências no sentido de sanar as irregularidades apontadas,
lavrar-se-á Auto de Infração.

Parágrafo Único - Mediante requerimento apresentado pelo notificado, a Assessoria de


Planejamento poderá prorrogar o prazo fixado na Notificação.

Seção IV
Do Auto de Infração

Art. 219 -Quando agentes da fiscalização da Prefeitura constatarem transgressão à


legislação municipal, não sanada por meio de Notificação Preliminar, será lavrado
Auto de Infração.

Parágrafo Único - O Auto de Infração será lavrado de acordo com modelo próprio em
que deverá figurar:

a) nome do responsável técnico ou do proprietário;


b) endereço do responsável técnico ou do proprietário;
c) tipo da obra;
d) endereço da obra;
e) dia, mês e ano da lavratura do Auto de Infração;

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f) descrição do fato motivador do Auto de Infração


g) indicação dos dispositivos legais infringidos e das penalidades correspondentes;
h) valor da multa;
i) prazo de pagamento;
j) assinatura do autuante.

O Auto de Infração será lavrado em 3 (três) vias, manuscritas ou à máquina,


Art. 220 -
permitido o emprego de papel carbono.

§ 1º - A 1ª via será entregue no local da infração, na residência ou sede do


infrator, mediante recibo; a 2ª via do Auto de Infração aguardará na Assessoria de
Planejamento, pelo prazo de 10 (dez) dias, o pagamento da multa ou a apresentação de
defesa; a 3ª via permanecerá no talão.

§ 2º - Havendo recusa do infrator em receber o Auto de Infração, o autuante


certificará essa ocorrência no verso das 2ª e 3ª vias.

§ 3º - Não sendo conhecido o paradeiro do infrator, o teor do Auto deverá ser


publicado em Diário Oficial, ou no órgão de imprensa mais próximo ao Município, ou
ainda, pelos meios usuais de divulgação dos atos oficiais do Governo Municipal.

Se no prazo de 10 (dez) dias a multa imposta não for paga, nem tiver sido
Art. 221 -
apresentada defesa, o processo será encaminhado à Procuradoria Jurídica do Município
para cobrança judicial.

Art. 222 O fiscal que lavrar o Auto de Infração assume por este inteira
-
responsabilidade, sendo passível de punição, por falta grave, no caso de omissão,
erro ou excesso.

Art. 223 -Os autos relativos a infrações de dispositivos legais de ordem técnica,
inclusive a negação do "habite-se", serão lavrados, pelo Assessor de Planejamento ou
por profissional regularmente autorizado pelo Prefeito.

SEÇÃO V
Da Vistoria Administrativa

Art. 224 - A Assessoria de Planejamento determinará a efetivação de vistoria:

I - em qualquer obra ou equipamento, sempre que o justifique o interesse coletivo e,


preventivamente, quando houver indício de ameaça à integridade física de pessoas ou
bens de terceiros;

II - quando tenha de tomar decisões, que exijam apoio em juízo especializado, sobre
fatos relacionados com a construção ou situação de obras, edificações ou
equipamentos.

A comissão de vistoria administrativa será composta de 3 (três) engenheiros


Art. 225 -
ou arquitetos ou profissionais credenciados pelo Prefeito. Os honorários e outras
despesas decorrentes da vistoria correrão por conta do proprietário ou responsável
pela obra e serão cobrados na forma do que dispõe o parágrafo único do artigo 216,
desta lei.

Art. 226 - Salvo nos casos em que se considere de iminente perigo, a que se refere o
artigo 227, a Comissão designada pelo Assessor de Planejamento intimará, na presença
de quem deve ser realizada a vistoria, o proprietário ou representante legal da obra
ou assentamento a serem vistoriados.

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§ 1º - Não sendo conhecido ou encontrado o proprietário ou seu representante legal,


a intimação será feita por meio de edital do qual será fixada cópia no local onde de
realizará a vistoria.

§ 2º - Na hipótese de, na hora marcada, a propriedade a ser vistoriada se encontrar


fechada ou não contar com a presença do seu proprietário ou representante legal,
poderá o Assessor de Planejamento determinar nova data para a vistoria.

§ 3º - A segunda intimação ou edital, marcando nova data para a vistoria, deve


mencionar que esta será realizada com o comparecimento ou não do intimado.

Art. 227 -No caso de ruína iminente que exija demolição ou desmonte sem demora, a
vistoria será realizada independentemente de qualquer formalidade, sendo as
condições do laudo levadas imediatamente ao conhecimento do Assessor de Planejamento
que autorizará a adoção dos procedimentos cabíveis para que a demolição ou desmonte
seja executado no prazo necessário.

Art. 228 -As decisões fundamentadas em conclusões de laudo resultante de vistoria


administrativa podem, a critério do Assessor de Planejamento, ser implementadas por
via judicial ou nos casos de urgência, através do processo administrativo sumário
visando a uma das seguintes medidas de acordo com o caso:

I - despejo, embargo ou interdição da obra ou imóvel;

II - execução de trabalhos, como consolidação, escoramento, corte de terreno e


outras obras consideradas, a juízo da administração municipal, urgentes para
salvaguardar o interesse público;

III - demolição, nos termos da Seção VII deste Capítulo, executada por pessoal da
Prefeitura, seja para salvaguarda da segurança pública seja para observância da lei.

SEÇÃO VI
Do Embargo e Interdição

A obra em andamento, seja de construção, reconstrução ou reforma, bem como


Art. 229 -
o assentamento de equipamento mecânico para fins industriais, comerciais ou
particulares, poderá ser embargada administrativamente, sem prejuízo das multas que
couberem, quando:

I - estiver sendo executada sem alvará de licença, nos casos em que for necessário;

II - for desrespeitado o projeto em algum de seus elementos essenciais;

III - não forem, no caso de obra, respeitadas as prescrições do alvará de licença


sobre alinhamento e nivelamento;

IV - no caso de assentamento, não forem observadas as especificações técnicas


essenciais à regularidade do projeto;

V - estiver em risco a estabilidade da obra ou assentamento, com perigo para o


público ou para o empregados;

VI - estiverem sendo empregados em sua execução materiais inadequados ou sem as


condições de resistência convenientes.

Parágrafo Único - O embargo e a interdição são aplicáveis, também, no caso em que

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edificações ou assentamentos estejam em ruína ou ofereçam perigo a pessoas ou


propriedades.

Art. 230 - A critério do Assessor de Planejamento, o embargo e a interdição poderão


ser precedidos somente de Notificação Preliminar ou Auto de Infração.

Parágrafo Único - O embargo será precedido das constatações necessárias, ou


vistoria, com o fim de instruir possível comprovação judicial.

Art. 231 -Esgotados os prazos fixados pela autoridade fiscalizadora para sanar uma
das situações mencionadas no artigo 229, o Assessor de Planejamento procederá
conforme o caso ao embargo ou interdição da edificação ou obra. Deverão constar do
Auto de Embargo as providências exigidas para que a obra possa prosseguir e a
indicação das multas cabíveis.

Parágrafo Único - O prazo para cumprimento do Auto de Embargo ou para a legalização


da obra não excederá a 30 (trinta) dias, podendo ser este prazo reduzido, caso venha
a se configurar a situação de perigo iminente.

O levantamento de embargo ou interdição só poderá ser autorizado depois de


Art. 232 -
cumpridas todas as exigências constantes do respectivo Auto.

Parágrafo Único - A Prefeitura poderá solicitar o auxílio da força pública quando


necessário, para fazer executar o embargo ou interdição.

Seção VII
Da Demolição

A demolição total ou parcial de prédios, obras e construções, ou o desmonte


Art. 233 -
de equipamentos, serão impostos nos seguintes casos:

I - quando não se der a legalização da obra não licenciada, não obstante os prazos
fixados pelo respectivo Auto de Infração ou Embargo;

II - quando se verificar, por vistoria, a impossibilidade de sanar quaisquer dos


casos citados nos incisos II a VI do artigo 229;

III - quando a obra apresentar, segundo a vistoria realizada, risco iminente de


perigo;

IV - quando a obra, em execução ou já executada, ameaçar ruir e o proprietário não


se dispuser ou não puder repará-la com a urgência requerida.

Parágrafo Único - A demolição não será executada nos casos previstos nos incisos II
e IV do artigo 229, quando o proprietário provar que a obra pode sofrer modificações
e se dispuser a fazê-las de forma a garantir a sua estabilidade e as exigências
desta lei.

Quando se constatar a situação do perigo iminentemente, prevista no artigo


Art. 234 -
227, a demolição poderá ser executada, observadas as seguintes cautelas:

I - interdição do prédio, com remoção dos seus moradores ou ocupantes, recolhendo-se


a depósito público o material proveniente da demolição e os objetos encontrados, e
não retiradas pelo proprietário ou ocupantes do imóvel;

II - lavratura de Termo de Demolição, com assinatura de 2 (duas) testemunhas e, se

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possível, do proprietário ou ocupante do imóvel, do qual constem todos os incidentes


ocorridos, bem como a relação do material resultante da demolição e dos objetos
encontrados e o destino que lhes foi dado;

III - solicitação à Procuradoria Jurídica do Município do encaminhamento das


providências jurídicas necessárias.

Art. 235 - Inexistindo os motivos mencionados no caput do artigo anterior, a


Assessoria de Planejamento encaminhará o processo à Procuradoria Jurídica do
Município, para a propositura da ação judicial cabível.

Parágrafo Único - Obtido o mandato judicial de demolição, a Procuradoria Jurídica do


Município, fará comunicação ao Assessor de Planejamento, solicitando a fixação de
data para a demolição.

Não possuindo a Assessoria de Planejamento os meios necessários à execução


Art. 236 -
da demolição, comunicará o fato no prazo máximo de 10 (dez) dias, à Procuradoria
Jurídica do Município, que requererá em juízo autorização para proceder na forma do
artigo 1.000 do Código de Processo Civil.

Art. 237 - As despesas decorrentes de obras de demolição de imóveis ou desmonte de


equipamentos, realizados pela Prefeitura nos termos da presente seção, serão
cobrados do proprietário da obra ou imóvel, sem prejuízo das multas cabíveis.

CAPITULO XI
Do Recurso

SEÇÃO I
Da Defesa

Art. 238 -A pessoa física ou jurídica que infringir dispositivos desta lei terá o
prazo de 5 (cinco) dias, contados da lavratura de Auto de Infração para apresentar
defesa contra os atos dos agentes da fiscalização de obras.

Art. 239 - A defesa far-se-á por petição, facultada a juntada de documentos.

Art. 240 - A defesa contra os atos do agente da fiscalização de obras terá efeito
suspensivo da cobrança de multas ou de aplicação de penalidades, exceto quanto aos
atos que decorram da constatação de perigo iminente à segurança física ou à saúde de
terceiros.

SEÇÃO II
Da Decisão em Primeira Instância

Art. 241 -A defesa contra atos praticados por agentes da fiscalização de obras será
decidida no prazo de 10 (dez) dias, pela autoridade indicada no Regimento Interno.

§ 1º - Se entender necessário, a autoridade poderá, no prazo deste artigo, a


requerimento da parte ou de ofício, dar vista, sucessivamente, ao autuado e ao
autuante, ou ao reclamante e ao impugnante, por 5 (cinco) dias a cada um, para
alegação final;

§ 2º - Verificada a hipótese do parágrafo anterior, a autoridade terá novo prazo de


(10) dez dias para proferir a decisão.

§ 3º - A autoridade não fica adstrita às alegações das partes, devendo julgar de

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acordo com sua convicção, face às provas produzidas.

A decisão, redigida com simplicidade e clareza, concluirá pela procedência


Art. 242 -
ou improcedência do Auto de Infração ou de reclamação, definindo expressamente os
seus efeitos, num e noutro caso.

Art. 243 Não sendo proferida a decisão no prazo legal, presumir-se-á que a
-
autoridade mencionada no artigo 241 ratificou os termos do auto de infração, podendo
a parte interpor recurso.

Parágrafo Único - Cessará com esse recurso, a jurisdição da autoridade de Primeira


Instância.

SEÇÃO III
Da Decisão em Segunda Instância

Art. 244 - Da decisão de primeira instância caberá recurso ao Prefeito.

Parágrafo Único - O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto no prazo
de 5 (cinco) dias, contados da data de ciência da decisão em primeira instância,
pelo autuado, reclamante ou autuante.

Art. 245 - O autuado será notificado da decisão de primeira instância:

I - sempre que possível, pessoalmente, mediante entrega, contra recibo, de cópia da


decisão proferida;

II - por edital, se desconhecido o domicílio do infrator;

III - por carta, acompanhada de cópia da decisão com aviso de recebimento, datado e
firmado pelo destinatário ou alguém de seu domicílio.

Art. 246 - O recurso far-se-á por petição, facultada juntada de documentos.

Parágrafo Único - É vedado, numa só petição, recursos referentes a mais de uma


decisão, ainda que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo autuado ou
reclamante, salvo quando proferidas em um único processo.

Art. 247 -Nenhum recurso voluntário interposto pelo autuado será encaminhado sem o
prévio depósito de metade da quantia exigida como pagamento de multa, extinguindo-se
o direito do recorrente que não efetuar o depósito no prazo de 5 (cinco) dias
contados da data de ciência da decisão em primeira instância.

SEÇÃO IV
Da Execução das Decisões

Art. 248 - As decisões definitivas serão executadas:

I - pela notificação ao infrator para, no prazo de 5 (cinco) dias, satisfazer ao


pagamento do valor da multa e, em conseqüência, receber a quantia depositada em
garantia;

II - pela notificação ao autuado para vir receber a importância recolhida


indevidamente como multa;

III - pela notificação ao infrator para vir pagar, no prazo de 10 (dez) dias, as

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despesas realizadas pela Prefeitura com execução de obras de construção ou


demolição, nos termos do artigo 216.

IV - pela suspensão do embargo ou interdição feita a obra ou propriedade;

V - pela imediata inscrição, como dívida ativa, e remessa de certidão à cobrança


executiva, dos débitos a que se referem os incisos I e III deste artigo.

CAPITULO XII
Disposições Finais

Art. 249 - Ficam transferidos ao Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto - SAMAE-
todos os direitos atribuídos à Prefeitura para exigir, por meios administrativos ou
judiciais, o cumprimento das obrigações assumidas pelos interessados no que se
refere ao provimento dos serviços públicos de abastecimento de água em loteamentos e
arruamentos.

Os casos omissos e as dúvidas na aplicação desta lei, serão resolvidos pelo


Art. 250 -
Prefeito Municipal, ouvidos o Assessor de Planejamento, o Diretor de Obras e
Serviços Urbanos e o Procurador Jurídico do Município.

Art. 251 -Essa lei entrará em vigor 90 (noventa) dias a partir da sua publicação,
revogada a lei 470 de 1º de Outubro de 1970 e as disposições em contrário.

São Francisco do Sul, 26/04/76


TABELA 1
DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA A QUE SE
REFERE OS ARTIGOS 68 E 70.

_______________________________________________________
| UTILIZAÇÃO DA EDIFICAÇÃO | CAPACIDADE MÍNIMA |
| | (litros/dia) |
|============================|==========================|
|Unidades Residências |300 por compartimento |
|----------------------------|--------------------------|
|Unidades Não Residenciais |6 por m² de área útil |
|----------------------------|--------------------------|
|Hotéis (sem cozinha e sem |120 por número de hospedes|
|lavanderia) | |
|----------------------------|--------------------------|
|Hospitais |250 por número de leitos |
|----------------------------|--------------------------|
|Cinemas, Teatros, Auditórios|2 por número de lugares |
|----------------------------|--------------------------|
|Garagens |50 por número de veículos |
|____________________________|__________________________|

TABELA 2
HALL DOS EDIFÍCIOS PROVIDOS DE ELEVADORES
A QUE SE REFERE O ARTIGO 91.

_________________________________
|Nº DE| HALL DO EDIFÍCIO |
|ELE- | |
|VADO-| |

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|RES | |
| |---------+-----------------|
| |ÁREA (M²)| DIMENSÃO |
| | |LINEAR MINIMA (m)|
|=====|=========|=================|
|1 | 4,00| 1,50|
|-----|---------|-----------------|
|2 | 5,00| 1,50|
|-----|---------|-----------------|
|3 | 9,00| 1,80|
|_____|_________|_________________|

OBS.:
1) Nos edifícios não residenciais, as áreas dos halls de acesso correspondem ao
dobro dos índices estabelecidos neste quadro.

2) Para cada elevador acima de 3 (três) haverá um acréscimo de 10% (dez por cento)
sobre os índices estabelecidos para 3 (três) elevadores.

3) No caso de as portas dos elevadores serem fronteiriças uma das outras, as


dimensões lineares serão acrescidas de 50% (cinqüenta por cento).

4) A dimensão linear mínima deverá ser medida das portas dos elevadores até o vão de
acesso ao hall. (artigo 91, parágrafo único).
TABELA 3
DIMENSÕES MÍNIMAS DOS COMPARTIMENTOS
A QUE SE REFEREM OS ARTIGOS 188, 198 E 199.

__________________________________________________________________
|Compartimentos| Área |Largu-|Altu-|Largura| Vãos de Iluminação e |
| | (m²) |ra (m)|ra(m)| dos | Ventilação |
| | | | |vãos de|-----------+-----------|
| | | | |acesso |Comunicação|Comunicação|
| | | | | (m) | Direta c/ | por Dutos |
| | | | | | Exter. | |
|==============|======|======|=====|=======|===========|===========|
| | |1 dormitó-| 12,00| 3,00| 2,60| 0,70| 1/6 | |
| | |rio | | | | | | |
| | |----------|------|------|-----|-------|-----------| |
| | |+ de 1 | 9,00| 2,50| 2,60| 0,70| 1/6 | |
| | |dormitório| | | | | | |
| | |----------|------|------|-----|-------|-----------|Variável, |
| | |Salas | 12,00| 3,00| 2,60| 0,80| 1/6 |compatível |
|P|P|----------|------|------|-----|-------|-----------|com o volu-|
|E|R|Lojas, so-|25,00 | 3,00| 2,60| 0,80| 1/6 |me de ar a |
|R|O|brelojas, |(ins- | | | | |renovar ou |
|M|L|salas de |tal. | | | | |a condicio-|
|A|O|comércio e|sanit)| | | | |nar. |
|N|N|escritó- | | | | | | |
|Ê|G|rios | | | | | | |
|N|A|----------|------+------+-----+-------+-----------| |
|C|D|Locais de |Áreas, alturas e larguras de acesso de-| |
|I|A|reunião |verão ser compatíveis com a lotação,| |
|A| | |calculadas segundo as normas desta Lei.| |
| | |----------|------+------+-----+-------+-----------|-----------|
| | |Copas e | 4,00| 2,00| 2,60| 0,70| 1/8 | 1/6 |
| | |cozinhas | | | | | | |

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|=|=|==========|======|======|=====|=======|===========|===========|
| | |Banheiro, | 1,50| 0,80| 2,30| 0,60| 1/8 | 1/6 |
| | |lavatório,| | | | | | |
| | |instala- | | | | | | |
| | |ções sani-| | | | | | |
| | |tárias | | | | | | |
| | |----------|------|------|-----|-------|-----------|-----------|
| | |Áreas de | - | - | 2,60| 0,70| 1/8 | 1/6 |
| | |serviço | | | | | | |
| | |cobertas | | | | | | |
| | |----------|------|------|-----|-------|-----------|-----------|
| | |Quartos de| 6,00| 2,00| 2,60| 0,70| 1/8 | 1/6 |
| | |empregada | | | | | | |
|P|T|----------|------|------|-----|-------|-----------|-----------|
|E|R|Circula- | - | - | 2,60| 1,00| 1/8 | 1/6 |
|R|A|ções | | | | | | |
|M|N|comuns | | | | | | |
|A|S|----------|------|------|-----|-------|-----------|-----------|
|N|I|Garagens |20,00/| - | (*)| 2,50| 1/8 | 1/6 |
|Ê|T| |veícu-| | 2,50| | | |
|N|Ó| |lo | | | | | |
|C|R|----------|------|------|-----|-------|-----------|-----------|
|I|I|Salas de |Com- | - | 2,60|Compat.| 1/8 | 1/6 |
|A|A|espera pa-|pat. | | |c/ lot | | |
| | |ra público|c/ lot| | | | | |
| | |----------|------|------|-----|-------|-----------|-----------|
| | |Vestiário |Com- | - | 2,60| 0,80| 1/8 | 1/6 |
| | |de utili- |pat. | | | | | |
| | |zação co- |c/ nº | | | | | |
| | |letiva |usuá- | | | | | |
| | | |rios | | | | | |
| | |----------|------|------|-----|-------|-----------|-----------|
| | |Casas de | - | - | 2,00| -| 1/8 | 1/6 |
| | |máquinas | | | | | | |
| | |----------|------|------|-----|-------|-----------|-----------|
| | |Locais de | - | - | 2,80| -| 1/8 | 1/6 |
| | |despejo de| | | | | | |
| | |lixo | | | | | | |
|_|_|__________|______|______|_____|_______|___________|___________|

(*) No caso de garagem em residência unifamiliar, a altura mínima


permitida será de 2,20m (dois metros e vinte centímetros).

TABELA 4
DIMENSÕES MINIMAS DO PRISMA DE SEÇÃO QUADRADA A
QUE SE REFERE O ART. 193, PARÁGRAFO ÚNICO.

_______________________________________________
|NÚMERO | PRISMA FECHADO |
|DE PA- |-----------------------+---------------|
|VIMETOS|VENTILAÇÃO + ILUMINAÇÃO|VENTILAÇÃO (m²)|
| |-------------+---------| |
| |DIMENSÕES (m)|ÁREA (m²)| |
|=======|=============|=========|===============|
|Até 2 |3,00 x 3,00 | 9,00|2,45 x 2,45 |
|-------|-------------|---------|---------------|

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|Até 3 |3,20 x 3,20 | 10,24|2,50 x 2,50 |


|-------|-------------|---------|---------------|
|Até 4 |3,80 x 3,80 | 14,44|2,54 x 2,54 |
|-------|-------------|---------|---------------|
|Até 5 |5,60 x 4,60 | 21,16|2,60 x 2,60 |
|-------|-------------|---------|---------------|
|Até 6 |5,40 x 5,40 | 29,16|3,00 x 3,00 |
|_______|_____________|_________|_______________|

NOTAS À TABELA 4 :

1) Os prismas com projeção diferente do quadrado deverão ser construídos obedecendo,


simultaneamente, aos seguintes critérios para o seu dimensionamento mínimo:

a) em qualquer caso, deverá ser possível inscrever um círculo de diâmetro igual a


dimensão mínima do lado do prisma quadrado relativo ao número de pavimentos da
edificação;
b) em qualquer caso, a área mínima da projeção do prisma deverá corresponder à área
do prisma quadrado relativo ao número de pavimentos da edificação.

2) Para as seções horizontais dos prismas de iluminação e ventilação acima do 6º


(sexto) pavimento serão acrescidos, por pavimento, 0,70m (setenta centímetros) às
dimensões mínimas; para os prismas de ventilação, esses acréscimos serão de 0,30m
(trinta centímetros).

3) As dimensões mínimas estabelecidas nesta tabela são válidas para compartimentos


de até 3,00m (três metros) de altura; quando esta for superior, para cada metro ou
fração de acréscimo na altura do compartimento, as dimensões mínimas aqui
estabelecidas serão aumentadas de 10% (dez por cento).

4) A seção horizontal mínima de um prisma de iluminação, ou só de ventilação, poderá


ter forma retangular desde que:

a) o lado menor tenha pelo menos 70% (setenta por cento) das dimensões estabelecidas
na tabela;
b) o lado maior tenha dimensão necessária para manter a mesma área resultante das
dimensões estabelecidas na tabela;
c) as aberturas dos vãos de iluminação e ventilação, ou só de ventilação, de um
compartimento, sejam localizadas no lado menor do retângulo;
d) no caso de prisma de ventilação, a dimensão mínima resultante seja de 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros).

ANEXO I
GLOSSÁRIO DA LEI Nº 603 DE 26/04/76

ACRÉSCIMO - é o aumento da construção ou edificação em área ou em altura.

AFASTAMENTO - é a menor distância entre 2 (duas) edificações ou entre uma edificação


e as linhas divisórias do lote onde ela se situa. O afastamento é frontal, lateral
ou de fundos quando essas divisórias forem, respectivamente, a testada, os lados ou
os fundos do lote.

ALINHAMENTO DE GRADIL - linha determinada pelo município como limite do lote ou


terreno, com logradouros públicos existentes ou projetados.

ALINHAMENTO DE RECUO - linha fixada pelo Município dentro do lote, paralela ao

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alinhamento de gradil, a partir da qual se permite a edificação; o mesmo que


afastamento frontal.

ALPENDRE - área coberta e saliente em relação ao parâmetro esterno de uma


edificação, com sustentação de colunas ou consolos para sua cobertura.

ALTURA DE UM COMPARTIMENTO OU DE UM PAVIMENTO -é a distância vertical entre o piso e


o teto desse compartimento ou desse pavimento.

ALTURA DE UMA FACHADA - é o segmento de uma vertical, medido ao meio e no plano de


uma fachada e compreendido entre o nível do meio-fio e um plano horizontal que passe
pela parte mais alta da mesma fachada, quando se tratar de edificação do alinhamento
de logradouro. No caso de edificação afastada do alinhamento, a altura da fachada é
medida entre o nível do terreno circundante e o plano horizontal acima referido.

ALVARÁ - é a licença administrativa para realização de qualquer obra particular ou


exercício de uma atividade, caracterizando-se pela guia quitada referente ao
recolhimento das taxas relativas ao tipo de obra ou atividade licenciada.

ANDAIME - uma estrutura provisória necessária para a execução de edificações,


destinada a sustentar os operários e os materiais.

ANDAR - o mesmo que pavimento.

ANTEPROJETO - é o esboço, a etapa anterior ao projeto definitivo da edificação;


constitui a fase inicial do projeto e compõe-se de desenhos sumários, perspectivos e
gráficos elucidativos, em escala suficiente para a compreensão da obra planejada.

ANÚNCIO - qualquer letreiro destinado a propaganda e que não se relacione ao uso ou


atividade pertinente em um lote ou edificação.

APARTAMENTO - é a unidade autônoma da edificação destinada a uso residencial


permanente, com acesso independente, através de área de utilização comum.

ÁREA BRUTA - é a área resultante da soma de áreas úteis com as áreas das seções
horizontais das paredes.

ÁREA CONSTRUÍDA OU DE CONSTRUÇÃO - área total de todos os pavimentos de um edifício,


inclusive o espaço ocupado pelas paredes.

ÁREA DE CONDOMÍNIO - é toda área comum de propriedade dos condôminos de um imóvel.

ÁREA DE ESTACIONAMENTO - espaço reservado para o estacionamento de um ou mais


veículos, com acesso (s) a logradouros públicos; tal espaço pode ser aberto ou
fechado, coberto ou descoberto.

ÁREA DE EXPANSÃO URBANA - área do Município que envolve a atual área urbana, e para
qual se deseja orientar a ampliação desta área. (ver também ÁREA URBANA).

ÁREA LIVRE - é o espaço descoberto, livre de edificações ou construções, dentro de


um lote.

ÁREA LIVRE PRINCIPAL - é a superfície destinada à iluminação e à ventilação de


compartimento de utilização prolongada, com exceção das copas, cozinhas e
dormitórios de empregado.

ÁREA LIVRE SECUNDÁRIA - a superfície destinada à iluminação e a ventilação de

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compartimentos de utilização eventual.

ÁREA "NON AEDIFICANDI" - é a área na qual a legislação em vigor não permite


construir ou edificar.

ÁREAS URBANAS - parcelas das áreas do território do Município cujos limites são
determinados por lei. No entendimento da presente lei, corresponde a área ocupada de
forma mais intensa.(ver também Área De Expansão Urbana).

ÁREA TOTAL DA EDIFICAÇÃO - é a soma das áreas brutas dos pavimentos.

ÁREA ÚTIL - área de construção de uso especifico, excluída a área ocupada pelas
paredes e pelas circulações comuns, se existirem.

ÁREA VERDE - é a parte do loteamento ou terreno incorporado ao patrimônio municipal,


interditada de modo geral á edificação, sendo permitido, todavia, de acordo com o
planejamento da zona que pertença, edificações para escolas, para fins sociais,
recreativos e esportivos ou aquelas necessárias à exploração da floricultura.

BAIRRO - divisão da área urbana correspondendo a áreas homogêneas em uso e ocupação,


com continuidade geográfica. Geralmente seus limites são estabelecimentos pela
tradição local. São agrupados em setores urbanos.

BALANÇO - avanço da construção sobre o alinhamento do pavimento do pavimento térreo.

BANHEIRO - é o compartimento de uma edificação destinado a instalação sanitária com,


no mínimo, lavado, chuveiro ou banheira e vaso.

CAIXA-DE-RUA - a parte dos logradouros destinados ao rolamento de veículos.

CALÇADA - a parte dos logradouros destinada à circulação de pedestres; o mesmo que


passeio.

CIRCULAÇÕES - é a designação genérica dos espaços necessários à movimentação de


pessoas de um compartimento para outro, ou de um pavimento para outro.

COBERTURA - é o ultimo teto de uma edificação.

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO DE TERRENOS - número pelo qual se deve multiplicar a


área do lote. Na área de construção não serão computadas:

a) as áreas construídas destinadas a estacionamento de veículos, exceto se o


edifício é exclusivamente destinado a este fim;
b) a área do pavimento térreo, quando este for deixado inteiramente livre e
ajardinado, sendo ocupado apenas pelas caixas de escada e elevadores;
c) a área de galerias comerciais cobertas, de largura não inferior a 4,00m (quatro
metros) e ligado dois ou mais logradouros públicos.

COMPARTIMENTO - cada uma das divisões dos pavimentos da edificação.

CONDOMÍNIO - segundo o Código Civil, significa o direito simultâneo de várias


pessoas sobre o mesmo objeto, incidindo este direito sobre um quinhão ideal. O
condomínio indica, portanto, uma propriedade comum, em estado de indivisibilidade.

CONJUNTO RESIDENCIAL - agrupamento de edificações uni ou multifamiliares obedecendo


a um planejamento global.

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CONSTRUÇÃO - é o conjunto de elementos construtivos, contínuo em suas três


dimensões, com um ou vários acessos às circulações ao nível do pavimento de acesso.

COTA - a medida da distância, em linha reta, entre dois pontos dados.

DENSIDADE DEMOGRÁFICA - índice que se obtém dividindo a população pela superfície da


área em que ela vive.

DENSIDADE DE SATURAÇÃO - é a densidade demográfica máxima prevista.

DEPENDÊNCIA - a parte isolada, ou não, de uma habitação com utilização prolongada ou


eventual, sem constituir unidade habitacional independente.

DESMEMBRAMENTO - é um aspecto particular do parcelamento da terra que se caracteriza


pela divisão de uma área de terreno sem abertura de novos logradouros e
prolongamento ou modificação dos existentes.

DIVISA - a linha limítrofe de um terreno. A divisa direita é a que fica à direita de


uma pessoa postada dentro do terreno e voltada para sua testada principal.

EDIFICAÇÃO - é o conjunto de elementos construtivos, continuo em suas três


dimensões, com um ou vários acessos às circulações, ao nível do pavimento de acesso.

EDIFICAÇÃO CONTÍGUA A UMA OU MAIS DIVISAS - é aquela que não apresenta área livre
contornando, continuamente, o volume edificado ao nível de qualquer piso.

EDIFICAÇÃO ISOLADA DAS DIVISAS - é aquela que apresenta área livre, em torno do
volume edificado, contínua em qualquer que seja o nível do piso considerado.

EDIFICAÇÃO DE USO EXCLUSIVO - é a destinada a abrigar somente uma atividade


comercial ou industrial de uma empresa, apresentando uma única numeração.

EDIFÍCIO DE APARTAMENTOS - o mesmo que edificação residencial multifamiliar.

EDIFÍCIO COMERCIAL - é o destinado a lojas ou a salas comerciais, ou a ambas, e no


qual apenas as dependências do porteiro ou zelador são utilizadas para uso
residencial.

EDIFÍCIO MISTO - é a edificação que abriga usos diferentes. Quando um destes for
residencial, o acesso às unidades residenciais faz-se sempre através de circulações
independentes dos demais usos.

EDIFÍCIO PÚBLICO - aquele no qual se exercem atividades de governo, administração,


prestação de serviços públicos, etc.

EDIFÍCIO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR - o destinado ao uso residencial multifamiliar:


conjunto de 2 (duas) ou mais unidades residenciais em uma só edificação.

EDIFÍCIO UNIFAMILIAR - é o que abriga apenas uma unidade residencial.

ESTRUTURAÇÃO URBANA - relacionamento entre localização e dispersão populacional,


localização das diversas áreas de uso e disposição da estrutura viária.

ESTRUTURA VIÁRIA - conjunto da vias que possibilitam as interligações, constituindo


um sistema de canalização de tráfego.

EMBARGO - é o processo administrativo pelo qual a Prefeitura pode, sustar o

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prosseguimento da obra ou instalação cuja execução ou funcionamento esteja em


desacordo com as prescrições da legislação.

ESTACIONAMENTO DE VEÍCULO - local coberto ou descoberto de um lote destinado a


estacionamento de veículos.

FACHADA - o parâmetro vertical externo do edifício.

FRENTE OU TESTADA - o segmento de alinhamento do gradil limitado pelas divisas


laterais.

GABARITO - o parâmetro preestabelecido para as edificações.

GALPÃO - é a edificação destinada geralmente a fim industrial ou comercial,


constituída por cobertura apoiada em paredes ou coluna, cuja área é fechada parcial
ou totalmente em seu perímetro.

GARAGEM - a área coberta ou fechada para guarda individual ou coletiva de veículos.

GLEBA - a área de terreno não loteada e superior a um lote.

GRUPAMENTO DE EDIFICAÇÕES - é o conjunto de 2 (duas) ou mais edificações em um lote.

HABITAÇÃO - construção destinada a moradia de uma única família, seus empregados e


agregados.

HABITAÇÕES DE BAIXA RENDA - são edificações de baixo custo cujos projetos são
fornecidos pela Prefeitura.

HABITAÇÕES GEMINADAS - são edificações que, tendo paredes comuns, constituem uma
unidade arquitetônica para abrigo de duas unidades familiares.

HABITE-SE - documento exigido por órgão competente, autorizando o uso ou ocupação de


edificação à vista de sua conclusão.

HOTEL - é a edificação de uso residencial multifamiliar coletivo e transitório,


servindo a pessoas ou famílias diversas, cujo acesso é controlado por serviço de
portaria e dispondo de peças de utilização comum, podendo ou não servir refeições.

INSTALAÇÕES DE OBRAS - são os serviços preliminares que antecedem qualquer obra e


incluem, normalmente, limpeza de terreno, exame de construções ou edificações
vizinhas, demolições, colocação de tapumes e tabuletas, ligações provisórias de
água, forca e luz, assentamento de equipamentos diversos e a construção de abrigos
para ferramentas e escritório para o pessoal necessário à administração da obra.

INSTALAÇÃO SANITÁRIA - conjunto de peças e vasos sanitários destinados ao despejo de


águas servidas e dejetos provenientes da higiene dos usuários de uma edificação.

INTERDIÇÃO - impedimento, por ato da autoridade municipal competente, de ingresso em


obra ou ocupação de edificação concluída.

INVESTIDURA - é a incorporação, a uma propriedade particular, de área de terreno do


patrimônio municipal adjacente à referida propriedade e que não possa ter utilização
de alinhamento ou de modificação de alinhamento aprovado pela Prefeitura.

JIRAU - é o piso elevado no interior de um compartimento, com altura reduzida, sem


fechamento ou divisões, cobrindo apenas parcialmente a área do mesmo e satisfazendo

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as alturas mínimas exigidas pela legislação.

LETREIRO - a composição de letras, siglas ou palavras para identificação de uso ou


atividade de um lote ou edificação.

LEVANTAMENTO DO TERRENO - a determinação das dimensões e todas as outras


características de um terreno em estudo, tais como sua posição, orientação, relação
com os terrenos vizinhos e logradouros, etc.

LICENÇA - é a autorização dada pela autoridade competente para execução de obra,


instalação e localização de atividades permitidas.

LOCAL PARA DESPEJO DE LIXO - em uma edificação, é o compartimento fechado onde se


situam os tubos coletores de lixo ao nível de cada pavimento, com as folhas de vão
de acesso abrindo para seu interior.

LOGRADOURO PÚBLICO - a parte da superfície do Município destinada ao transito


público, oficialmente reconhecida por determinação própria.

LOJA - edificação ou parte desta, destinada ao exercício de atividade comercial,


industrial ou armazenagem, geralmente abrindo para o exterior (lote ou logradouro)
ou para uma galeria de lojas.

LOTAÇÃO - a capacidade, em número de pessoas, de qualquer local de reunião.

LOTE - a parcela autônoma de um loteamento ou desmembramento, cuja testada é


adjacente a logradouro público reconhecido.

LOTEAMENTO - é um aspecto particular do parcelamento da terra, caracterizando-se


pela divisão de uma gleba em lotes envolvendo, obrigatoriamente, a abertura de
logradouros públicos ou modificação dos existentes.

MARQUISE - a estrutura em balanço destinada, exclusivamente, à cobertura e proteção


de pedestres.

MEIO-FIO - o arremate entre o plano do passeio e o da pista de rolamento de um


logradouro.

MEMÓRIA DESCRITIVA - documento escrito que acompanha os desenhos de um projeto de


urbanização, de arquitetura, de assentamento de máquina ou de uma instalação, no
qual são explicados e justificados os critérios adotados, as soluções, os detalhes
esclarecedores, a interpretação geral dos planos, seu funcionamento ou a operação de
uma máquina ou equipamento.

MERCADO - a edificação destinada ao uso, por pequena ou média empresa, para venda de
gêneros alimentícios e, subsidiariamente, de objetos de uso doméstico.

MODIFICAÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO - é o conjunto de obras que, substituindo parcial ou


totalmente os elementos construtivos essenciais de uma edificação (tais como: pisos,
paredes, coberturas, esquadrias, escadas, elevadores, etc), modifica a forma, a área
ou a altura dos compartimentos.

MOTEL - hotel onde o abrigo de veículos, além de corresponder ao número de


compartimentos para hóspedes, é contígua a cada um deles.

OBRAS DE AMPLIAÇÃO - aumento da área construída de uma edificação existente,


mediante obras de engenharia civil.

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OBRAS DE CONSERVAÇÃO - obras de engenharia civil em edificação existente, visando


apenas a preservar a construção e o seu valor ao longo do tempo e a garantir a
segurança de seus usuários, não importando em aumento de área.

OCUPAÇÃO DO LOTE - área de terreno em porções autônomas, sob a forma de loteamento


ou desmembramento.

PÁTIO - área confinada e descoberta, adjacente à edificação ou circunscrita pela


mesma.

PAVIMENTO - é o conjunto de áreas cobertas ou descobertas de uma edificação,


situadas ente o plano de um piso e o teto imediatamente superior.

PÉ DIREITO - distancia vertical entre o piso e o teto de um compartimento.

PISO - é a designação genérica dos planos horizontais de uma edificação, onde de


desenvolvem as diferentes atividades humanas.

POLUIDOR - agente de alteração das propriedades do meio-ambiente, tornando-as


inadequadas ou danosas à população.

QUADRA - a área urbana circunscrita por um logradouro público.

RECUO - o afastamento que dá para a via pública; o mesmo que afastamento frontal.

REFORMA DE UMA EDIFICAÇÃO - é o conjunto de obras que substitui, parcialmente, os


elementos construtivos essenciais de uma edificação (tais como pisos, paredes,
coberturas, esquadrias, escadas, elevadores, etc), sem modificar, entretanto, sua
forma, área ou altura, visando a adaptação para novo uso ou aumento de seu valor
venal.

REMEMBRAMENTO - é o reagrupamento de lotes contíguos para constituição de unidades


maiores.

RENOVAÇÃO DA LICENÇA - a concessão de nova licença ou prorrogação dos prazos da


licença original.

REPARO - obras de engenharia civil em construção existente, visando a reparar ou


consertar as instalações deterioradas em conseqüência da ação do tempo ou do uso
prolongado.

RESTAURANTE - estabelecimento comercial onde se servem refeições completas, em mesas


ou balcões com assentos, servindo ou não bebidas alcoólicas.

SALA COMERCIAL - a unidade de uma edificação destinada às atividades de comércio,


negócios ou profissões liberais, geralmente abrindo para circulações internas dessa
edificação.

SOBRELOJA - é o pavimento situado entre a loja e o primeiro andar, sem numeração


independente.

SUB-SOLO - o pavimento situado abaixo do pavimento térreo.

TAPUME - a parede de vedação em madeira ou material similar, erguida em torno de uma


obra, com implantação no logradouro, destinada a isola-la e a proteger os
transeuntes.

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TAXA DE OCUPAÇÃO - relação entre a área ocupada pela projeção de uma edificação e a
área do lote em que localizada. Nas tabelas anexas às Leis sobre Zoneamento e
Parcelamento da Terra, em São Francisco do Sul, a taxa de ocupação acha-se expressa
em frações decimais.

TESTADA - linha limítrofe entre terreno e logradouro público.

TETO - a superfície interior e superior dos compartimentos de uma edificação.

TOLDO - dispositivo instalado em fachada de edificação, servindo de abrigo contra o


sol ou as intempéries.

UNIDADE AUTÔNOMA - é a parte da edificação vinculada a uma fração ideal de terreno,


sujeita às limitações da Lei, constituída de dependências e instalações de uso
privativo, destinada a fins residenciais ou não, assinalada por designação especial
numérica ou alfabética, para efeitos de identificação e discriminação.

UNIDADE RESIDENCIAL - é aquela constituída de, no mínimo 2 (dois) compartimentos


habitáveis, além de banheiro e cozinha. No caso de casas populares, pode haver menos
de 2 (dois) compartimentos.

USO - atividade ou finalidade para a qual um lote ou uma construção foi projetado,
destinado, ocupado ou conservado.

USO DO SOLO - aproveitamento de uma área de acordo com a atividade pré-fixada para
sua utilização.

USO INCONVENIENTE DO SOLO - utilização de um lote ou construção em desacordo com as


normas legais e, especificamente, com a Lei sobre Zoneamento.

USO TOLERADO DO SOLO - utilização de um lote ou construção que não se enquadra no


uso predominante pré-fixado, aceito sob condições especificas de ocupação.

USO PREDOMINANTE - uso que caracteriza basicamente a utilização de uma zona urbana.

VISTORIA ADMINISTRATIVA - é a diligencia efetuada por engenheiros, arquitetos ou


técnicos credenciados pela Prefeitura, com a finalidade de verificar as condições de
uma construção, de uma edificação, de um equipamento ou de uma obra em andamento ou
paralisada, e ainda de terrenos, não só quanto à estabilidade como quanto à
regularidade.

ZONA - área com limites indicados por Lei, onde predomina um ou mais usos e
compreendendo lotes cujas dimensões e utilizações estão sujeitas a normas
especificas, visando a sua adequação a um uso predominante.

ZONEAMENTO - divisão do território em zonas de uso predominante para as quais se


determina tipos e intensidades de uso do solo.
ANEXO II
TABELA DE MULTAS

________________________________________________________________
|INFRATOR| DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO |ALÍQUOTA |
| | |% SOBRE A|
| | |U.F. (*) |
| | | LOCAL |
|========|=============================================|=========|

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|I - PRO-|a)por ocupar ou permitir a ocupação de unida-| % a %|


|PRIETA- |de habitacional sem o necessário "Habite-se" | |
|RIO |---------------------------------------------|---------|
| |b)Por ocupar ou permitir a ocupação de prédio| % a %|
| |ou instalação sem o necessário "Habite-se" ou| |
| |"aceitação" de obras. | |
|--------|---------------------------------------------|---------|
| |c) Por não conservar as fachadas, paredes ex-| % a %|
| |ternas ou muros de frente das edificações. | |
|--------|---------------------------------------------|---------|
| |d)Por fazer funcionar instalações e aparelhos| % a %|
| |de transporte, sem firme conservadora habili-| |
| |tada. | |
|--------|---------------------------------------------|---------|
| |e) Por não autorizar a firma conservadora a| % a %|
| |executar os consertos necessários ao perfeito| |
| |funcionamento dos aparelhos de transporte | |
|--------|---------------------------------------------|---------|
| |f) Por paralisar o funcionamento de parelhos| % a %|
| |de transporte,sem a devida justificativa téc-| |
| |nica. | |
|--------|---------------------------------------------|---------|
| |g) Por atribuir numeração ao imóvel em desa-| % a %|
| |cordo com o estabelecido pela Prefeitura. | |
|--------|---------------------------------------------|---------|
| |h) Por outras infrações de responsabilidade| % a %|
| |do proprietário. | |
|________|_____________________________________________|_________|

| | | |
|II- PRO-|a)Por apresentar projeto falseando medidas ou| % a %|
|FISSIO- |cotas e demais indicações. | |
|NAL OU |---------------------------------------------|---------|
|FIRMA |b) Por omitir nos projetos a existência de| % a %|
|RESPON- |cursos de água ou topografia acidentada que| |
|SÁVEL |exija obras de contenção do terreno. | |
|PELA |---------------------------------------------|---------|
|ELABORA-|c) Por outras infrações de responsabilidade| % a %|
|ÇÃO DO |do profissional responsável pelo projeto, de| |
|PROJETO |acordo com a gravidade da falta. | |
|________|_____________________________________________|_________|
| | | |
|II- PRO-|a)Por falta de conservação dos tapumes e ins-| |
|FISSIO- |talações provisórias. | |
|NAL OU |---------------------------------------------|---------|
|FIRMA |b) Por falta de sinalização em obra do logra-| |
|RESPON- |douro público. | |
|SÁVEL |---------------------------------------------|---------|
|PELA |c) Por outras infrações de responsabilidade| |
|EXECUÇÃO|do profissional ou firma responsável pela| |
|DA OBRA |execução, conforme a gravidade da falta. | |
|OU AS- | | |
|SENTA- | | |
|MENTO | | |
|________|_____________________________________________|_________|
(*) U.F. - Unidade Fiscal fixada em Decreto do Prefeito para o
exercício.

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Continuação da Tabela de Multas

________________________________________________________________
|INFRATOR| DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO |ALÍQUOTA |
| | |% SOBRE A|
| | |U.F. (*) |
| | | LOCAL |
|========|=============================================|=========|
|IV- |a) Por executar obra, instalação ou assenta-| % a %|
|RESPON- |mento de motores ou equipamentos em desacordo| |
|SÁVEL |com o projeto ou a licença. | |
|PELA |---------------------------------------------|---------|
|EXECU- |b) Por imperícia devidamente apurada, na exe-| % a %|
|ÇÃO,CON-|cução de qualquer obra ou instalação. | |
|FORME O |---------------------------------------------|---------|
|CASO: |c) Por não executar, em obra, instalação, as-| % a %|
| |sentamento ou exploração, as proteções neces-| |
| |sárias para a segurança dos operários , vizi-| |
|- PRO- |nhos e transeuntes. | |
|PRIETÁ- |---------------------------------------------|---------|
|RIO; |d) Por obstruir,dificultar a vazão ou desviar| % a %|
| |cursos de água ou valas. | |
|-PROFIS-|---------------------------------------------|---------|
|SIONAL; |e) Por desrespeitar o embargo ou a interdição| % a %|
| |de obra de construção ou assentamento, deter-| |
|- FIRMA.|minados pela autoridade. | |
| |---------------------------------------------|---------|
| |f) Por não cumprir intimação para desmonte,| % a %|
| |demolição ou qualquer providencia prevista na| |
| |legislação. | |
| |---------------------------------------------|---------|
| |g) Por não cumprir intimação decorrente de| % a %|
| |laudo de vistoria. | |
| |---------------------------------------------|---------|
| |i) Por outras infrações de responsabilidade| % a %|
| |do proprietário ou do responsável pela execu-| |
| |ção, de acordo com a gravidade da falta. | |
|________|_____________________________________________|_________|
| | | |
|V-SIMUL-|a) Por executar obras, instalação ou assenta-| % a %|
|TÂNEA- |mento de maquinas,motores ou equipamentos sem| |
|MENTE: |a devida licença. | |
| |---------------------------------------------|---------|
|- O PRO-|b) Por assumir, ficticiamente,a responsabili-| % a %|
|PRIETÁ- |dade da execução de obra ou instalação,assen-| |
|RIO (OU |tamento e conservação de equipamentos. | |
|PROMI- |---------------------------------------------|---------|
|NENTE |c) Por fazer funcionar equipamentos ou apare-| % a %|
|COMPRA- |lhos sem o certificado de funcionamento e ga-| |
|DOR OU |rantia, quando exigível. | |
|CESSIO- |---------------------------------------------|---------|
|NÁRIO |d) Por outras infrações de responsabilidade| % a %|
|IMITIDO |simultânea do proprietário e do profissional| |
|NA POS- |acima mencionado,de acordo com a gravidade da| |
|SE) |falta. | |

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|- e o | | |
|PROFIS- | | |
|SIONAL | | |
|OU FIRMA| | |
|RESPON- | | |
|SÁVEL | | |
|PELA | | |
|EXECUÇÃO| | |
|________|_____________________________________________|_________|
(*) U.F. - Unidade Fiscal fixada em Decreto do Prefeito para o
exercício.

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