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Modulo VI Novo Material - CPA 20 PDF
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Série – 20
Módulo VI
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6. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL
Apesar de empregarem uma palavra em comum, as duas expressões guardam suas diferenças.
Previdência Social é aquela referente ao benefício pago pelo INSS aos trabalhadores. Ela
funciona como um seguro controlado pelo governo, garantindo que o trabalhador continue a
receber uma renda quando se aposentar, mas que também não fique desamparado em caso
de gravidez, acidente ou doença.
Já a Previdência Privada, como o próprio nome sugere, é uma opção do indivíduo. Também
chamada de Previdência Complementar, ela estabelece a formação de uma reserva a ser usada
tanto para complementar a renda recebida pelo INSS, quanto para realizar um projeto de
vida, como o pagamento da faculdade dos filhos ou investir em um negócio próprio.
Os planos de Previdência Privada cobram dois tipos de taxa que devem ser observados na
hora da contratação: a taxa de administração financeira e a taxa de carregamento.
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6.2.2 Taxas de Carregamento
A taxa de carregamento, incide sobre cada depósito que é feito no plano. Ela serve para cobrir
despesas de corretagem e administração. Na maioria dos casos, a cobrança dessa taxa não
ultrapassa 5% sobre o valor de cada contribuição que você fizer. No mercado há três formas de
taxa de carregamento, dependendo do plano contratado. São elas:
Antecipada: incide no momento do aporte. Esta taxa é decrescente em função do valor
do aporte e do montante acumulado. Ou seja, quanto maior o valor do aporte ou quanto
maior o montante acumulado, menor será a taxa de carregamento antecipada.
Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada (no ingresso de aportes ao plano), quanto na
saída (na ocorrência de resgates ou portabilidades). Como você pode ver, existem
produtos que extinguem a cobrança dessa taxa após certo tempo de aplicação. Outros
atrelam esse percentual ao saldo investido: quanto maior o volume aplicado, menor a
taxa. Nos dois casos, não deixe de pesquisar antes de escolher seu plano de previdência.
6.2.3 Portabilidade
Se você não estiver satisfeito com seu plano de previdência privada, você pode pedir a
portabilidade para outro plano. Para isso, não é preciso resgatar seus recursos ou pagar
imposto de renda. A migração é isenta de custos.
Você pode utilizar a portabilidade para trocar seu plano atual por um com taxas menores ou
uma estratégia de investimentos melhor, por exemplo.
A portabilidade pode ser interna (entre planos de uma mesma instituição financeira) ou
externa (de uma instituição para outra).
Seja como for, o investidor tem a chance de melhorar o desempenho das suas reservas para a
aposentadoria de forma a atingir seus objetivos.
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O pedido de migração deve ser feito à instituição financeira que oferece o plano de destino.
Isto é, o plano para o qual você deseja migrar. Será ela a responsável por entrar em contato
com a instituição responsável pelo seu plano atual e concretizar o processo.
A portabilidade pode ser feita entre planos abertos, entre planos fechados, de um plano
aberto para um fechado ou vice-versa.
Planos de previdência abertos são aqueles oferecidos pelas instituições financeiras. Qualquer
pessoa pode aderir. Podem ser do tipo Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador
de Benefício Livre (VGBL).
Já os planos de previdência fechados são aqueles oferecidos por empresas a seus funcionários
(fundos de pensão) ou entidades de classe aos profissionais da categoria.
Para quem optou pela tabela regressiva, a migração preserva o prazo de aplicação já decorrido
desde o investimento inicial. A portabilidade não é considerada um resgate com posterior
reaplicação.
A tabela regressiva tem alíquotas de IR que diminuem conforme aumenta o prazo de aplicação
dos recursos. Após dez anos de investimento, a alíquota de IR é de apenas 10%.
Se você estava no plano há cinco anos antes de migrar, após a portabilidade você mantém a
contagem desses cinco anos de aplicação. É como se você tivesse permanecido no mesmo
plano.
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Se você tem um plano de previdência aberto e vai migrar para outro plano aberto, a
portabilidade deve ser feita entre planos da mesma modalidade. Isto é, você só pode migrar
de um PGBL para outro PGBL; ou de um VGBL para outro VGBL.
Para pedir portabilidade de plano de previdência aberta para outro plano existe uma carência
mínima de 60 dias. O prazo pode ser maior, dependendo do regulamento do plano original.
Em outras palavras, você deve permanecer no plano por pelo menos dois meses antes de
solicitar uma migração.
No caso dos fundos de pensão, a portabilidade só pode ser pedida se o beneficiário não tiver
mais vínculo empregatício com a empresa que ofereceu o plano de previdência como
benefício.
6.2.5 Resgates
Quando você resolve pagar uma previdência privada, uma das decisões que precisa tomar é de
que forma você receberá esse dinheiro no futuro. Existem dois caminhos principais: sacar o
dinheiro de uma vez só ou receber o valor em parcelas mensais. E tudo depende do que você
quer fazer com esse investimento. Quem pensa na previdência privada como uma
aposentadoria costuma escolher o pagamento como uma renda mensal. Mas se o objetivo é
ter uma quantia grande para comprar um imóvel, vale à pena sacar o valor.
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Uma das formas de sair do plano, ou seja, de utilizar a reserva acumulada, pode ser o resgate
total, caso o cliente não queira passar a receber uma renda mensal. Para essa opção, há duas
formas disponíveis de resgate:
Resgate programado: são definidas datas certas para a retirada do dinheiro. Os recursos que
continuarem no plano permanecerão rendendo.
Resgate total: é a alternativa mais barata para o usuário, mas não é indicada para quem não
tem experiência em gerir seu patrimônio. Afinal, se o dinheiro ficar parado, deixará de render.
Importante: No caso de resgate total ou de parte dos recursos antes da data de saída
estipulada, é preciso ficar atento às regras de carência para resgate, que é de 60 dias entre os
resgates.
A forma de tributação é a maior diferença entre os dois planos. No PGBL os impostos incidem
sobre o valor total do investimento, no VGBL apenas os rendimentos são tributados.
Contudo, na modalidade PGBL o valor aplicado pode ser diferido do Imposto de Renda,
respeitando o limite de 12% da renda bruta. Portanto, uma pessoa com renda de R$ 15 mil,
que investiu R$ 3 mil no PGBL, terá cálculo do IR feito sobre R$ 12 mil, sendo assim o imposto
deduzido será postergado para o momento do resgate dos investimentos. Essa seria a
modalidade mais vantajosa para os que possuem renda tributável e a declaração de IR é feita
pelo modelo completo e não simplificado.
Antes de optar pelos modelos do plano de previdência, é essencial analisar e definir o perfil
tributário do investimento. Com esse perfil, é possível determinar qual o modelo de imposto
investidor vai pagar no momento da retirada do benefício: o regime progressivo
compensável ou regressivo definitivo. Na prática chamamos de tabela progressiva ou
regressiva, somente. Consultores explicam que no modelo compensável, é possível recuperar
parte do imposto pago na hora do resgate. Isso vale para as duas modalidades, e é mais
vantajoso para quem faz declaração simplificada e tem expectativa de um rendimento menor
no futuro.
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Já no regressivo definitivo, a possibilidade de abatimento não existe. O imposto começa em
35% e vai regredindo até 10%. Como a base de cálculo do imposto é a data inicial do
investimento, não é recomendado para quem quer retirar o valor antes do prazo de 10 anos.
Isso, devido ao fato de que até o segundo ano, a taxa permanece em 35%. Depois, regride 5%
a cada dois anos.
Tabela regressiva
É vinculada ao tempo da aplicação. Quanto maior for o prazo de acumulação ou quanto mais
tempo você permanecer no plano, menor será a alíquota de imposto de renda na hora do
resgate ou recebimento da renda. Veja abaixo:
Tabela progressiva
É a mesma que determina a alíquota do Imposto de Renda sobre o seu salário. Na prática, o
que determina a alíquota sobre o plano de previdência é o valor a ser resgatado ou
transformado em renda.
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Como o que está em jogo é o quanto irá para o seu bolso, a opção pela tabela progressiva é
mais indicada em duas situações:
Exemplo: Considerando valores de hoje, se você planejar ganhar 2.000 reais de renda mensal,
por exemplo, você pagará 7,5% de IR – menos que a alíquota mais baixa da tabela regressiva
(10%).
• No PGBL, os aportes podem ser deduzidos da base de cálculo do Imposto de Renda até o
limite de 12% da renda bruta anual tributável, conforme a Lei 9.532/97.
• Plano próprio: o titular do plano deve contribuir para o regime geral (INSS) ou o regime
próprio dos servidores públicos.
• No resgate ou recebimento de renda incidirá IR sobre o valor total (montante principal +
rendimentos).
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c) RENDA MENSAL VITALÍCIA COM PRAZO MÍNIMO GARANTIDO: consiste em uma
renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data da concessão do benefício,
sendo garantida aos beneficiários da seguinte forma:
No caso de um dos beneficiários falecer antes de ter sido completado o prazo mínimo
de garantia, o valor da renda será rateado entre os beneficiários remanescentes até o
vencimento do prazo mínimo garantido.
Não havendo qualquer beneficiário remanescente, a renda será paga aos sucessores
legítimos do participante, pelo prazo restante da garantia.
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e) RENDA MENSAL VITALÍCIA REVERSÍVEL AO CÔNJUGE COM CONTINUIDADE AOS
MENORES: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data
de concessão do benefício escolhida. Ocorrendo o falecimento do participante,
durante a percepção desta renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta
de inscrição será revertido vitaliciamente ao cônjuge e na falta deste, reversível
temporariamente ao(s) menor(es) até que complete(m) a idade para maioridade (18,
21 ou 24) estabelecida no regulamento e conforme o percentual de reversão
estabelecido.
f) PAGAMENTO ÚNICO: No primeiro dia útil seguinte à data prevista para o término do
período de diferimento, será concedido ao participante benefício sob a forma de
pagamento único, calculado com base no saldo de provisão matemática de benefícios
a conceder verificado ao término daquele período.
g) RENDA MENSAL POR PRAZO CERTO: consiste em uma renda mensal a ser paga por um
prazo pré-estabelecido ao participante/assistido.
Plano do Tipo Soberano – Títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do BACEN e créditos
securitizados do Tesouro Nacional.
Plano do Tipo de Renda Fixa – A mesma aplicação do plano soberano mais investimentos de
renda fixa.
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