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Postes de Concreto Armado para

Rede de Distribuição

ENERGISA/C-GTCD-NRM/Nº174/2018

Especificação Técnica Unificada


ETU – 114
1ª Edição – Dezembro / 2018
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ETU-114 Versão 1.0 Dezembro/2018

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Apresentação

Esta Norma Técnica apresenta os requisitos mínimos e as diretrizes necessárias para


a padronização das características e requisitos mínimos mecânicos exigidos para
fornecimento de postes de concreto armado para linhas aéreas de distribuição aérea
de média e baixa tensão, nas concessionárias do Grupo Energisa S.A.

As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são
controladas.

A presente revisão desta norma técnica é a versão 1.0, datada de dezembro de 2018.

Cataguases - MG, Dezembro de 2018.


GTD – Gerência Técnica de Distribuição

Esta norma técnica, bem como as alterações,


poderá ser acessada através do código abaixo:

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ETU-114 Versão 1.0 Dezembro/2018

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Equipe Técnica de Redação de ETU 114 (Versão 1.0)

Gustavo Machado Goulart Ricardo Campos Rios


Grupo Energisa Grupo Energisa

Leonardo Chahim Pereira Ricardo Machado de Moraes


Grupo Energisa Grupo Energisa

Aprovação Técnica

Ademálio de Assis Cordeiro Jairo Kennedy Soares Perez


Grupo Energisa Energisa Borborema / Energisa Paraíba

Alessandro Brum Jose Adriano Mendes Silva


Energisa Tocantins Energisa Sul-Sudeste

Amaury Antonio Damiance Juliano Ferraz de Paula


Energisa Mato Grosso Energisa Sergipe

Fernando Lima Costalonga Paulo Roberto dos Santos


Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Mato Grosso do Sul

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Sumário

1. OBJETIVO ............................................................... 7
2. CAMPO DE APLICAÇÃO ............................................... 7
3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ......................................... 7
3.1. Legislação Federal .................................................... 7
3.2. Normas Técnicas Brasileiras ........................................ 8
3.3. Normas Técnicas Internacionais ................................... 9
4. TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES ...................................... 9
5. CONDIÇÕES GERAIS .................................................. 15
5.1. Condições do Serviço................................................ 15
5.2. Elementos Característicos.......................................... 16
5.3. Identificação .......................................................... 16
5.3.1. Identificação Feita Diretamente no Concreto .................. 16
5.3.2. Identificação Complementar na Base do Poste ................ 18
5.4. Acabamento ........................................................... 18
5.5. Furação ................................................................ 18
5.5.1. Aterramento .......................................................... 18
5.6. Tolerâncias ............................................................ 19
5.7. Comprimento do Engastamento ................................... 19
5.8. Agressividade do ambiente ........................................ 20
5.9. Dimensionamento das Seções do Poste.......................... 20
5.10. Garantia................................................................ 20
5.11. Meio Ambiente ....................................................... 21
5.12. Armazenagem ........................................................ 22
5.13. Transporte ............................................................ 22
5.14. Desenhos .............................................................. 23
5.15. Aceitação para Incorporação ao Patrimônio da Energisa .... 23
6. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................ 23
6.1. Fabricação ............................................................. 24
6.1.1. Controle de Qualidade do Produto ............................... 24
6.2. Durabilidade .......................................................... 24
6.3. Absorção de Água .................................................... 25
6.4. Elasticidade ........................................................... 25
6.4.1. Flechas ................................................................. 25
6.4.2. Flecha Residual....................................................... 26
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6.4.3. Fissuras ................................................................ 26
6.5. Retilineidade do Poste .............................................. 27
6.6. Carga de Ruptura (Cr) ............................................... 27
6.7. Armadura .............................................................. 27
6.7.1. Cobrimento............................................................ 27
6.7.2. Afastamento, Espaçamento e Emendas.......................... 28
6.8. Cura..................................................................... 28
6.8.1. Cura com Água........................................................ 29
6.8.2. Cura Térmica ......................................................... 29
6.8.3. Cura Química ......................................................... 30
6.8.4. Liberação para Manuseio e Transporte .......................... 30
7. INSPEÇÃO E ENSAIOS ................................................ 31
7.1. Generalidades ........................................................ 31
7.2. Verificação do controle da qualidade ............................ 31
7.3. Inspeção geral ........................................................ 31
7.4. Ensaios ................................................................. 32
7.4.1. Generalidades ........................................................ 32
7.4.2. Ensaios do Momento Fletor (MA) no Plano de Aplicação da
Carga Nominal e Ensaio da Carga Vertical ...................... 32
7.4.3. Elasticidade ........................................................... 32
7.4.4. Carga de Ruptura .................................................... 33
7.4.5. Cobrimento, Espaçamento e Afastamento da Armadura ..... 33
7.4.6. Absorção de Água .................................................... 33
7.5. Condições de Inspeção .............................................. 33
7.6. Planos de Amostragem Para a Inspeção Geral e Para o
Ensaio de Elasticidade .............................................. 34
7.6.1. Tamanho da Amostra ................................................ 34
7.6.2. Especificação do Nível de Qualidade Aceitável (NQA) ........ 34
7.7. Planos De Amostragem para os Ensaios de Carga de
Ruptura, Cobrimento e Afastamento da Armadura,
Absorção de Água e Momento Fletor (MA) ...................... 36
7.8. Inspeção por Atributos .............................................. 37
8. ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ............................................. 37
8.1. Relatórios dos Ensaios .............................................. 37
9. NOTAS COMPLEMENTARES.......................................... 38
10. HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO ................... 38
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11. VIGÊNCIA ............................................................... 38
12. TABELAS ............................................................... 39
13. DESENHOS ............................................................. 52
14. ANEXO I - Ensaios Mecânicos, Cobrimento da Armadura e
Inspeção Geral ........................................................ 63
14.1. Objetivo................................................................ 63
14.2. Dispositivos e Aparelhagem de Ensaio ........................... 63
14.3. Execução dos Ensaios ............................................... 63
14.3.1. Inspeção Geral ........................................................ 63
14.3.2. Ensaio de Flexão e Ruptura ........................................ 64
14.4. Sequência dos Ensaios .............................................. 64
14.5. Procedimento Geral ................................................. 64
14.5.1. Ensaios ................................................................. 64
14.5.2. Posição de Apoio do Carrinho para Sustentação do Poste ... 65
14.6. Procedimentos específicos ......................................... 65
14.6.1. Procedimentos Específicos para Verificação de Fissuras .... 65
14.7. Ensaios ................................................................. 66
14.7.1. Ensaio para Verificação do Momento Fletor (MA) ............. 66
14.7.2. Ensaio para Verificação da Elasticidade do Poste com Carga
Nominal ................................................................ 67
14.7.3. Ensaio para Verificação da Elasticidade do Poste com 140%
da Carga Nominal .................................................... 68
14.7.4. Ensaio para Verificação da Carga de Ruptura do Poste ...... 68
14.7.5. Ensaio de Carga Vertical ............................................ 68
14.7.6. Verificação do Cobrimento......................................... 69
14.7.7. Cobrimento da Armadura nas Extremidades ................... 69
14.7.8. Processo Instrumental .............................................. 69

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1. OBJETIVO

Esta especificação tem por objetivo especificar, padronizar, assim como estabelecer
os critérios e as exigências técnicas mínimas relativas à fabricação, recebimento e
ensaios de postes e contra-postes de concreto armado e protendido, em seção
circular e duplo T, destinados ao suporte de linhas aéreas urbanas e rurais de
distribuição de energia elétrica.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

Os materiais previstos nesta padronização se aplicam às montagens das estruturas


para Linha de Distribuição de Média e Baixa Tensão urbanas e rurais de distribuição
de energia elétrica, previstas nas normas técnicas em vigência nas Empresas do
Grupo Energisa.

3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste


documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para
referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido
documento.

 Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -


Capítulo VI: Do Meio Ambiente;
 Lei nº 7.347, de 24.07.85 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por
danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e das outras providências;
 Lei nº 9.605, de 12.02.98 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências;

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 Decreto nº 6.514, de 22.07.08 - Dispõe sobre as infrações e sanções
administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal
para apuração destas infrações, e dá outras providências;
 Resolução CONAMA1 nº 1, de 23.01.86 - Dispõe sobre os critérios básicos e
diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA;
 Resolução CONAMA nº 237, de 19.12.97 - Regulamenta os aspectos de
licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente;

 ABNT NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por


atributos - Procedimento.
 ABNT NBR 5427 - Guia de utilização da norma NBR 5426 - Planos de amostragem
e procedimento na inspeção por atributos - Procedimento.
 ABNT NBR 5738 - Concreto - Procedimentos para moldagem e cura de corpos-de-
prova.
 ABNT NBR 5739 - Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos.
 ABNT NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.
 ABNT NBR 7211 - Agregado para concreto - Especificação.
 ABNT NBR 7480 - Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado
- Especificação.
 ABNT NBR 7481 - Tela de aço soldada - Armadura para concreto - Especificação.
 ABNT NBR 7482 - Fios de aço para estruturas de concreto protendido -
Especificação.
 ABNT NBR 7483 - Cordoalhas de aço para concreto protendido - Especificação.
 ABNT NBR 8451-1 - Postes de concreto armado e protendido para redes de
distribuição e de transmissão de energia elétrica - Parte 1: Requisito.
 ABNT NBR 8451-2 - Postes de concreto armado e protendido para redes de
distribuição e de transmissão de energia elétrica - Parte 2: Padronização de
postes para redes de distribuição de energia elétrica.
 ABNT NBR 8451-3 - Postes de concreto armado e protendido para redes de
distribuição e de transmissão de energia elétrica - Parte 3: Ensaios mecânicos,
cobrimento da armadura e inspeção geral.
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 ABNT NBR 8451-4 - Postes de concreto armado e protendido para redes de
distribuição e de transmissão de energia elétrica - Parte 4: Determinação da
absorção de água.
 ABNT NBR 8451-5 - Postes de concreto armado e protendido para redes de
distribuição e de transmissão de energia elétrica - Parte 5: Postes de concreto
para entrada de serviço até 1 kV.
 ABNT NBR 9062 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado.
 ABNT NBR 12655 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e
recebimento - Procedimento.
 ABNT NBR 15900-1 - Água para amassamento do concreto - Parte 1: Requisitos.
 ABNT NBR 16697 - Cimento Portland – Requisitos

 ASTM5 A82 - Standard specification for steel wire, plain, for concrete
reinforcement
 ASTM A496 - Standard specification for steel wire, deformed, for concrete
reinforcement
 ASTM A996 - Standard specification for rail-steel and axle-steel deformed bars
for concrete reinforcement
 ASTM C136 - Standard test method for sieve analysis of fine and coarse
aggregates
 ASTM C150 - Standard specification for Portland cement

NOTA:

1. Todas as normas ABNT mencionadas acima devem estar à disposição do


inspetor da Energisa no local da inspeção.

4. TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

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Processo pelo qual a água tende a ocupar os poros permeáveis de um corpo sólido
poroso. Para os efeitos desta norma é também o incremento de massa de um
corpo sólido poroso devido à penetração de água em seus poros permeáveis, em
relação à massa em estado seco.

Comprimento nominal (L) menos o comprimento do engastamento (e), ou seja,


H = L - e.

Altura do poste menos a distância (d) do topo ao plano de aplicação da carga


nominal, ou seja, h = H – d.

Distância entre barras longitudinais.

Conjunto de barras de aço, fios e cordoalhas dispostos longitudinalmente e


estribos de aço compondo a parte transversal ao eixo, sendo solidarizados por
solda ou amarração.

Qualquer armadura que não seja usada para produzir forças de protensão, isto
é, que não seja previamente alongada.

Armadura constituída de barra, fios isolados ou cordoalhas, destinadas à


produção de forças de protensão, isto é, na qual se aplica um pré-alongamento
inicial.

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Acoplamento permanente de partes metálicas ao solo com o propósito de formar
um caminho condutor de eletricidade, assegurando continuidade elétrica e
capacidade de possibilitar uma condução segura a qualquer que seja o tipo de
corrente.

Seção transversal extrema da parte inferior do poste.

Valor da carga que o poste suporta continuamente, na direção e sentido


indicados, sem apresentar fissuras acima dos limites admissíveis estabelecidos
nesta norma, ou flecha superior à especificada.

Carga que provoca o colapso do poste seja por ter ultrapassado o limite plástico
da armadura ou por esmagamento do concreto. A carga de ruptura é definida
pela carga máxima registrada no aparelho de medida dos esforços.

Carga máxima de eventual utilização do elemento estrutural, correspondente a


uma sobrecarga sobre a carga nominal. Nestas condições de carga, o limite
elástico da armadura não é ultrapassado, garantindo-se após a retirada do
esforço, o fechamento das fissuras, exceto as capilares e a flecha residual menor
ou igual à máxima admitida.

Espessura da camada de concreto entre a superfície da armadura e a superfície


externa mais próxima do concreto.

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Classificação geral, para efeito de projeto, do tipo de ambiente no qual o poste
será instalado.

Comprimento calculado e indicado para realizar o engastamento do poste ao


solo.

Distância entre o topo e a base do poste.

Concreto com armadura ativa pré-tracionada (protensão com aderência inicial).

Concreto com armadura ativa pós-tracionada sem aderência (protensão sem


aderência).

Falta de conformidade a qualquer dos requisitos especificados nesta norma.

Defeito que não reduz substancialmente a utilidade da unidade de produto para


o fim a que se destina ou não influi substancialmente no uso efetivo ou operação.

Defeito considerado não crítico, que pode resultar em falha ou reduzir


substancialmente a utilidade da unidade de produto, para o fim a que se destina.

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Defeito que pode produzir condições perigosas ou inseguras para quem usa ou
mantém o produto. É também o defeito que pode impedir o funcionamento ou
desempenho de uma função importante do produto.

Direção na seção transversal na qual o poste apresenta a maior ou menor


momento de inércia.

Distância entre estribos.

Ato de fixar o poste ao solo/fundação para transferência dos esforços solicitantes


(cargas horizontais, verticais e momentos).

O poste duplo T é caracterizado pelas faces A e B, posicionadas de acordo o


esquema abaixo:

Desagregamento do concreto e/ou corrosão do aço em um poste de concreto.

Abertura na superfície do poste, na qual se pode distinguir a separação entre as


bordas.

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Abertura na superfície do poste menor do que 0,10 mm, com medição através de
fissurômetro de lâminas de penetração, conforme ABNT NBR 8451-3.

Medida do descolamento de um ponto em um determinado ponto provocado pela


ação de uma carga.

Flecha que permanece após a remoção da carga aplicada.

Conjunto de postes com os mesmos elementos característicos, apresentado de


uma só vez para o seu recebimento.

Poste que apresenta, em um mesmo plano transversal, momentos resistentes


variáveis com as direções e sentidos considerados.

Poste que apresenta, em um mesmo plano transversal, momentos resistentes


variáveis ou não com as direções consideradas, porém iguais para sentidos
opostos.

Recomposição da seção do poste.

Desvio máximo permitido do poste relativo a uma linha ao longo do seu


comprimento total. Este desvio corresponde à distância máxima medida entre a

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face externa do poste e uma linha estendida da base ao topo, na face
considerada.

Plano normal ao eixo longitudinal do poste.

Seção transversal extrema da parte superior do poste.

Fissura na superfície do poste, na qual se pode distinguir as duas bordas a olho


nu.

Fissura na superfície do poste, na qual não se podem distinguir as duas bordas a


olho nu.

5. CONDIÇÕES GERAIS

Os postes de concreto tratados nesta Norma devem ser adequados para operar nas
seguintes condições:

a) Altitude limitada a 1.000 m;

b) Temperatura: máxima do ar ambiente 40 °C e média, em um período de 24 horas,


30 °C;

c) Temperatura mínima do ar ambiente: 0 °C;

d) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²);

e) Umidade relativa do ar até 100%;


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f) Exposição direta a chuva e poeira;

g) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;

Elementos que definem um poste de concreto:

a) Formato

 Circular
 Duplo T

b) Comprimento nominal, em metros


c) Carga nominal, em daN

Os postes devem apresentar a identificação deve ser gravada de forma legível e


indelével, diretamente no concreto.

A identificação feita diretamente no concreto deve atender aos seguintes requisitos:

a) As dimensões dos caracteres devem ser de 40 mm a 50 mm e eles devem ser


gravados em baixo relevo, com profundidade entre 3 mm e 5 mm, de forma
legível e indelével, antes do endurecimento do concreto, no sentido da base para
o topo, conforme a Desenho 01, na seguinte sequência:

 Traço demarcatório do engastamento: a distância a considerar para a


gravação deve ser estabelecida conforme item 5.7;

 Traço de referência a uma distância de (3.000 ± 50) mm da base;


 Para os casos de classe de agressividade IV, conforme item 6.1, “e”, a
nomenclatura deve seguir a seguinte orientação;

o CAA IV: para classe de agressividade ambiental IV;


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 A letra “P” caso o poste seja de concreto protendido;

b) A identificação deve conter ainda:

 Comprimento nominal em metros (m);


 Carga nominal em decanewtons (daN) (da face B, se o poste for duplo T);
 Nome ou marca comercial do fabricante;
 Data (dia, mês e ano) de fabricação: dd/mm/AA;
 Número de série sequencial por tipo de poste, reiniciando a cada ano;
 Sinal demarcatório indicando a posição do centro de gravidade. O sinal
demarcatório deve ser composto de dois traços de no mínimo 30 mm de
comprimento cada, marcados das bordas do poste para o centro ou composto
de um “X” inscrito em um círculo com 40 mm de diâmetro, conforme a
Desenho 01.

NOTA:

1. Na identificação dos postes não é necessária a indicação das unidades de


medida.

c) A identificação da classe de agressividade, quando exigida, deve iniciar após o


traço de referência. As demais identificações devem se iniciar a (4.000 ± 50) mm
e ter no máximo 2.000 mm de comprimento, todas alinhadas paralelamente ao
eixo do poste, exceto para postes com comprimento igual ou menor que 8 m, nos
quais, as marcações devem iniciar após o traço de referência (3.000 mm);
d) A identificação deve ficar defasada 90° em relação aos furos para saída do cabo
de aterramento, conforme a Desenho 01. No caso de o poste ser duplo T, a
identificação deve ficar na face lisa mais próxima dos furos para passagem do
cabo de aterramento. Para o poste de seção circular, a identificação pode ficar
alinhada com a furação de saída do cabo de aterramento, conforme a Desenho
01;
e) Caso o poste seja assimétrico, deve ser gravado um triângulo indelével no
concreto, abaixo do traço de referência. A identificação deve ser feita
obrigatoriamente na face submetida à compressão.

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Devem ser identificadas com tinta, na seção da base do poste no mínimo as seguintes
informações:

 Comprimento;
 Carga nominal;
 Data de fabricação.

Os postes devem apresentar superfícies externas lisas e ser isentos de ninhos de


concretagem, trincas, rugosidades ou quaisquer defeitos prejudiciais. São permitidas
pequenas fissuras capilares, não orientadas segundo o comprimento do poste e
inerentes ao próprio material. A armadura não deve ficar exposta. Não é permitido
qualquer tipo de arremate (pintura, nata, argamassa, etc.), com exceção aos
considerados na identificação. A marca deixada pela junta da forma deve ser
uniforme e lisa.

Para os postes protendidos podem ser aceitas extremidades aparentes do aço de


protensão, no topo e na base do poste, conforme item 6.7.1.

Os furos destinados à fixação de equipamentos e passagem de cabos devem ser


cilíndricos ou ligeiramente tronco-cônicos, permitindo-se o arremate na sua saída
para garantir a obtenção de uma superfície tal que não dificulte a colocação do
equipamento ou cabo.

Os furos devem atender às seguintes exigências:

a) Ter eixo perpendicular ao eixo longitudinal do poste;


b) Ser totalmente desobstruídos e não deixar exposta nenhuma parte da armadura;
c) Os furos para passagem de cabos devem estar de acordo com os Desenhos 04.

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Os postes circulares devem dispor de furos para passagem de cabos de aterramento
no topo e na base com posições e dimensões definidas no Desenho 02.

Os postes duplo T devem dispor de furo para passagem de cabos de aterramento


protegido por cano de PVC preto de ½” na gaveta cheia, furos nos gomos dos dois
lados do poste e um rasgo oblongo na base com posições e dimensões definidas nos
Desenhos 03 e 04.

Estabelecidos o formato e as dimensões do poste, de acordo com:

 Poste de concreto armado seção circular, Casse II, Tabela 01 e Desenho 02;
 Poste de concreto armado seção circular, Classe IV, Tabela 02 e Desenho 02;
 Poste de concreto armado seção duplo T, Classe II, Tabela 03 e Desenho 03;
 Poste de concreto armado seção duplo T, Classe IV, Tabela 04 e Desenho 03;

As tolerâncias admissíveis serão:

a) ± 50 mm para comprimento nominal, para o traço de referência e sinal


demarcatório;
b) ± 5 mm para as dimensões transversais;
c) +2 e –1 mm para o diâmetro dos furos, quando não indicado na padronização.

NOTA:

1. As tolerâncias não são acumulativas.

Adota-se o seguinte comprimento de engastamento, em metros:

e = (L/10) + 0,60m

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Onde:
e - Comprimento de engastamento, expresso em metros (m);
L - Comprimento do poste, em metros; e: comprimento do engastamento, em
metros.

A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que


atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas,
das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras
previstas no dimensionamento das estruturas.

A agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado na


Tabela 11 e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condições de
exposição da estrutura ou de suas partes.

Todo poste deve ser dimensionado de modo a atender ao diagrama de momento


fletor resultante em cada direção considerada, visando resistir às cargas
excepcionais de instalação de componentes da estrutura no topo do poste.

Para as seções próximas ao topo, o momento fletor nominal (MA) ou de carga vertical
que o poste deve resistir no plano de aplicação da carga nominal deve estar de acordo
com as Tabelas 05 a 09.

Para os postes de concreto protendido deve ser previsto o uso de uma armadura
passiva, com seção mínima de 0,45 % da seção do concreto no nível do engastamento.
Esta armadura deve ter 5 m de comprimento, começando a 1 m abaixo da parte
superior do engastamento.

Os postes devem ter vida média mínima de 35 anos a partir da data de fabricação.
Não se admitem falhas de fabricação nos primeiros cinco anos, neste período, os

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postes que apresentarem falhas devem ser repostos pelo fornecedor sem ônus para
a Energisa.

Admite-se um percentual de falhas de 0,5% a cada 5 (cinco) anos subsequentes,


totalizando 6% no final do período de 35 anos, tendo como parâmetro o lote
adquirido.

Entende-se por falha do poste de concreto, o desagregamento do concreto e/ou a


deterioração do aço.

A aceitação do pedido de compra pelo fabricante implica na aceitação incondicional


de todos os requisitos desta norma.

No caso de fornecimento nacional, os fabricantes e fornecedores devem cumprir


rigorosamente, em todas as etapas da fabricação, do transporte e do recebimento
dos postes, a legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais,
estaduais e municipais aplicáveis.

No caso de fornecimento internacional, os fabricantes e fornecedores estrangeiros


devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas
internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte dos postes, até
a entrega no local indicado pela Energisa. Ocorrendo transporte em território
brasileiro, os fabricantes e fornecedores estrangeiros devem cumprir a legislação
ambiental brasileira, especialmente os instrumentos legais listados no Capítulo 2, e
as demais legislações federais, estaduais e municipais aplicáveis.

O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam


incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando
derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.

A Energisa poderá verificar, nos órgãos oficiais de controle ambiental, a validade das
licenças de operação das unidades industriais e de transporte dos fornecedores e dos
subfornecedores.

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A armazenagem dos postes circulares deve ser em pilhas trapezoidais de no máximo
57 unidades, sendo a base com 12 postes, conforme Desenho 09. No caso do poste
duplo T deverão ser colocados no máximo 15 postes na base por 10 de altura,
conforme Desenho 10.

A armazenagem deve ser, obrigatoriamente, em piso nivelado e com uma camada


uniforme de areia.

O fabricante deve colocar entre as superfícies dos postes e na base da pilha calços e
travas, conforme Desenhos 05 e 06.

O fabricante será responsável pela entrega do material no local indicado pela


Energisa.

No transporte dos postes devem ser observadas, no mínimo, as seguintes


recomendações:

a) Sempre que possível devem ser utilizados veículos maiores que os postes a serem
transportados;
b) O veículo deve possuir travas de aço laterais e catracas para fixação e
tracionamento do cabo ao redor dos postes;
c) Os postes da base devem ser firmemente calçados;
d) O veículo deve ser carregado e descarregado através de guincho ou ponte
rolante, que devem ser fixados no centro de gravidade dos postes;
e) Os postes não devem sofrer esforços bruscos, quando suspensos, para evitar
trincas, muitas vezes imperceptíveis; a subida e a descida devem ser suaves;
f) Durante o transporte deve-se evitar altas velocidades, freadas bruscas e
movimentos laterais repentinos;
g) Não deve ser utilizada rampa para o rolamento dos postes durante o
descarregamento;

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ETU-114 Versão 1.0 Dezembro/2018

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h) Devem ser observadas as normas estaduais e federais que regem esse tipo de
transporte.

O fabricante deve fornecer à Energisa desenhos da armadura, por tipo de poste.


Nesses deve constar no mínimo:

a) Número de barras;
b) Tipo de aço empregado;
c) Diâmetro e comprimento das barras;
d) Afastamento da base e do topo;
e) Trespasses.

Devem ser indicados também os detalhes, bem como o número de espaçadores,


utilizados ao longo da armadura e espessura da camada de concreto.

Somente serão aceitos postes de obras particulares, para incorporação ao patrimônio


da Energisa que atendam as seguintes condições:

a) Os postes deverão ser novos (período máximo de 24 meses da data de


fabricação), não se admitindo em hipótese nenhuma, postes usado ou
recuperado;
b) Deverá acompanhar os postes, a nota fiscal de origem do fabricante bem como
os relatórios de ensaios em fábrica comprovando sua aprovação nos ensaios de
rotina previstos nesta norma;
c) Somente serão aceitos postes provenientes de fabricantes
cadastrados/homologados pela Energisa;
d) O poste deverá, a critério da Energisa, ser aprovado nos ensaios realizados no
laboratório próprio ou em laboratório por ela designado, para comprovação dos
resultados dos ensaios de acordo com os valores exigidos nesta norma.

6. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
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ETU-114 Versão 1.0 Dezembro/2018

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Na fabricação dos postes os componentes devem ser verificados segundo as seguintes
normas:

a) Cimento - conforme a norma ABNT NBR 16697;


b) Agregado - conforme ABNT NBR 7211;
c) Água - destinada ao amassamento do concreto, deve ser isenta de teores
prejudiciais, de substâncias estranhas, conforme ABNT NBR 15900-1;
d) Barras, fios e cordoalhas de aço utilizado para a armadura devem obedecer às
normas ABNT: NBR 7480, NBR 7481, NBR 7482 ou NBR 7483, com exceção da
característica de dobramento que é dispensada para as barras longitudinais;
e) Concreto - dosagem e controle tecnológico do concreto conforme a ABNT NBR
12655. A resistência à compressão do concreto não deve ser inferior a 25 Mpa
para Classe II e 40 Mpa para Classe IV, no período de 28 dias.

Todo o processo produtivo deve ser controlado a fim de garantir a qualidade final do
produto.

O produto final deve atender aos requisitos apresentados na Seção 6 desta Norma,
evidenciados em documentos específicos.

No caso de poste de concreto protendido, os fios e cordoalhas para protensão devem


estar livres de óleo, fissuras e corrosão aparente, aceitando-se oxidação superficial
(ABNT NBR 7482 e ABNT NBR 7483) e não sendo admitido qualquer tipo de solda.

A durabilidade do poste de concreto é a sua capacidade de resistir à ação das


intempéries, ataques de fungos, abrasão ou qualquer outro processo de
deterioração, isto é, o poste de concreto durável deve conservar a sua forma original,
qualidade e capacidade de utilização quando exposto ao meio ambiente pelo período
de vida útil estabelecido nesta norma.

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ETU-114 Versão 1.0 Dezembro/2018

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A qualidade do concreto deve atender aos ensaios comprobatórios do desempenho
da durabilidade da estrutura frente ao tipo e ao nível de agressividade previsto em
projeto devem estabelecer os parâmetros mínimos a serem atendidos.

A qualidade do concreto deve atender ao prescrito em 5.3.2.1 da ABNT NBR


12655:2006, que trata da correspondência entre classe de agressividade e qualidade
do concreto.

Para condições especiais de exposição, atender ao apresentado em 5.3.2.2 da ABNT


NBR 12655:2006.

De forma a proteger as armaduras do concreto, o valor máximo da concentração de


íons de cloreto no concreto endurecido, considerando a contribuição de todos os
componentes do concreto no aporte de cloretos, não pode exceder os limites
estabelecidos em 5.3.2.4 da ABNT NBR 12655:2006, o índice de absorção de água
e o cobrimento da armadura também devem atender ao prescrito na referida norma.

O teor de absorção de água pelo concreto do poste, segundo as classes de


agressividade ambiental, observados nos ensaios das amostras conforme ABNT NBR
8451-4, não pode exceder os valores constantes da Tabela 10.

Os postes submetidos a uma tração de valor igual à sua carga nominal não devem
apresentar no plano de aplicação dos esforços reais, flechas superiores a:

 5% do comprimento nominal, quando a tração for aplicada na direção de menor


inércia (face A - cavada) do poste de seção duplo T; para postes de concreto
protendido este valor é reduzido para 3,5%.
 3,5% do comprimento nominal, quando a tração for aplicada na direção de maior
inércia do poste de seção duplo T (face B) e circular; para postes de concreto
protendido este valor é reduzido para 2,5%.
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A flecha residual medida depois que se anula a aplicação de um esforço
correspondente à carga de limite elástico (140% da carga nominal para concreto
armado e 150% para concreto protendido) no plano de aplicação da carga nominal
dos esforços reais, não deve ser superior a:

 0,5% do comprimento nominal, quando a tração for aplicada na direção de menor


inércia (face A - cavada) no poste de seção duplo T; para poste de concreto
protendido este valor é reduzido para 0,35%;
 0,35% do comprimento nominal quando a tração for aplicada na direção de maior
inércia do poste de seção duplo T (face B) e circular; para postes de concreto
protendido este valor é reduzido para 0,25%.

Todos os postes submetidos à carga nominal não podem apresentar fissuras


superiores a 0,3 mm para CAA II e a 0,2 mm para CAA IV, com medições através de
fissurômetro de lâminas. Para postes de concreto protendido este valor é reduzido
para 0,1 mm.

As fissuras que aparecem durante a aplicação do esforço correspondente a 140%


(concreto armado) e 150% (concreto protendido) da carga nominal, após a retirada
destes esforços, devem fechar-se ou tornarem-se capilares.

As fissuras que aparecem quando da aplicação das cargas definidas para os ensaios
de momento fletor (MA) e de carga vertical nominal não podem ser superiores a 0,3
mm para CAA II e a 0,2 mm para CAA IV, medidas através de fissurômetro de lâminas;
após a retirada deste esforço devem fechar-se ou tornarem-se capilares; para postes
protendidos este valor é reduzido para 0,1 mm para todas as classes.
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Os postes devem apresentar, em qualquer trecho, tolerância de retilineidade de até
0,25% de seu comprimento nominal.

A carga de ruptura não pode ser inferior a duas vezes a carga nominal. Os postes de
seção duplo T deve ter, na direção de menor inércia, resistência igual a 50 % e 70 %,
respectivamente, da indicada para a direção de maior inércia. Para postes de
concreto protendido, a carga de ruptura não pode ser inferior a 2,2 vezes a carga
nominal.

Qualquer parte das armaduras longitudinal e transversal deve ter cobrimento de


concreto com espessura mínima de 15 mm, com exceção dos furos, que não podem
ter armadura exposta.

As extremidades da armadura longitudinal devem estar localizadas a 20 mm da base


e do topo do poste, admitindo-se uma tolerância de + 10 mm e – 5 mm.

Para postes de concreto protendido (pré-tensionado), os fios ou cordoalhas podem


facear as superfícies do concreto das seções do topo e da base, desde que com uma
proteção anticorrosiva nas suas extremidades.

Para postes destinados ao uso em classes de agressividade ambiental IV, o


cobrimento da armadura deve ser de no mínimo 25 mm e deve ser prevista proteção
dos furos com cobrimento mínimo de 5 mm.

NOTA:

1. Os postes de seção de duplo T, tipo D, não se aplicam para as classes de


agressividade IV.

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O afastamento entre as barras longitudinais pode ter disposição especial, cuja
eficiência deve ser comprovada pelos ensaios previstos na ABNT NBR 8451-3.

Os estribos devem ser distribuídos ao longo de todo o poste, necessariamente até as


extremidades da armadura longitudinal.

Recomenda-se espaçamento máximo entre os estribos de 300 mm. No caso de postes


protendidos, os estribos podem ser dispensados, desde que os esforços cortantes
sejam adequadamente compensados pelo estado duplo de tensões, exceto na parte
onde existir armadura passiva e no topo (fixação da cruzeta).

As emendas das barras longitudinais devem atender às exigências da ABNT NBR


6118.

As armaduras longitudinais e transversais (estribos) devem ser dimensionadas para


carga nominal, cargas de manuseio e montagem.

Após a pega do cimento, o concreto continua a ganhar resistência desde que não
falte água necessária para a continuidade das reações de hidratação. Por esse
motivo, nos serviços de execução de estruturas em concreto, a cura é uma das etapas
mais importantes, pela influência que exerce não só no desenvolvimento da
resistência como também na durabilidade do concreto.

Cura é o processo usado para manter um adequado teor de umidade a uma


temperatura favorável no interior do concreto, durante a hidratação dos materiais
aglomerantes, de modo a propiciar o adequado desenvolvimento de suas
propriedades.

A cura deve ser iniciada logo após a concretagem do poste, podendo ser realizada
com o auxílio de coberturas (lonas plásticas, exceto as de cor preta) colocadas sobre
as fôrmas ou outros processos equivalentes, até o momento da desforma, quando
deve ser iniciada a cura definitiva, conforme orientações a seguir.
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Recomenda-se a cura com água por ser o processo mais indicado para aplicação, por
sua facilidade de execução e grande eficiência, além de favorecer a dissipação
superficial da temperatura, que se desenvolve na massa do concreto devido à
hidratação do cimento.

O estabelecimento do período de duração da cura está intimamente ligado ao tipo


de cimento utilizado na fabricação do concreto, devendo ter duração mínima de 3
dias.

Pode ser iniciada antes da desforma.

É recomendado nas situações em que a cura pode ser acelerada por meio de
tratamento térmico adequado e devidamente controlado, devendo ser observadas as
medidas de proteção previstas no item 6.8.

O tratamento térmico deve ser cuidadosamente controlado levando-se em


consideração as seguintes fases:

 Tempo de espera entre o fim da concretagem e o início de aplicação de calor;


 Velocidade máxima da elevação de temperatura;
 Temperatura máxima;
 Tempo de aplicação de calor;
 Esfriamento.

As condições de cada uma destas fases devem ser criteriosamente estabelecidas


através de ensaios experimentais, que devem levar em consideração os tipos de
aglomerantes, agregados e aditivos utilizados, o fator água/cimento, assim como as
resistências mecânicas que devem ser atingidas pelo concreto por ocasião da
aplicação da protensão, da desmoldagem, do manuseio e transporte, da montagem
e do uso final.

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ETU-114 Versão 1.0 Dezembro/2018

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Na cura a vapor sob pressão atmosférica devem ser tomados cuidados especiais para
que os postes de concreto sejam aquecidos uniformemente.

A cura térmica deve ser efetuada em ambiente vedado por material isolante (lonas,
lençóis plásticos ou outro material adequado) de maneira a garantir a saturação de
vapor e impedir perda de calor e umidade. A vedação deve impedir, também, a
formação de correntes de ar frio do exterior.

As saídas dos pontos de alimentação de vapor devem ser posicionadas de forma a


evitar a descarga direta sobre a superfície do concreto e das fôrmas ou sobre os
corpos de prova.

As temperaturas da câmara de vapor e do poste de concreto devem ser


convenientemente controladas. Ao se utilizar a cura a vapor deve-se obedecer a
curva de temperatura em função do tempo mais conveniente para o processo de
produção.

Processo de cobrimento com produto químico, aplicado após a desforma da peça,


capaz de formar película plástica (barreira física) que impede a saída da água do
interior da massa de concreto.

O prazo entre as datas de fabricação e de recebimento deve ser de 28 dias. É


permitida a liberação prévia do elemento estrutural desde que sua resistência,
medida em ensaio, atenda ao requisito previsto para fck em função da classe de
agressividade ambiental conforme 6.2, respeitando o tempo mínimo de 7 dias.

Os postes devem ser içados em pontos adequados definidos em projeto pelo


fabricante, por intermédio de máquinas, equipamentos e acessórios apropriados, de
maneira a não provocar fissuras, exceto as capilares, evitando-se choques e
movimentos abruptos. As máquinas para içamento, balancins, cabos de aço, ganchos
e outros dispositivos devem ser compatíveis com o peso próprio do poste e seus
esforços solicitantes.
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Recomenda-se que o tempo para retirada do poste recém-fabricado do leito seja
condicionado à comprovação da resistência à compressão na data requerida para
atender às condições de projeto. Para postes de concreto protendido deverá ser
obedecido o estabelecido em 9.2.5.4.1 da ABNT NBR 9062:2006.

NOTA:

1. O manuseio, armazenagem e transporte de postes de concreto armado e


protendido devem seguir as orientações do Anexo B da norma ABNT NBR 8451-
1.

7. INSPEÇÃO E ENSAIOS

Para o recebimento de um lote de postes, deve-se proceder à:

a) Verificação do controle da qualidade;


b) Inspeção geral;
c) Ensaios.

Devem ser apresentados ao cliente, quando solicitados, os relatórios dos ensaios de


controle da qualidade dos materiais, conforme as normas e requisitos relacionados
em 6.1. Mediante acordo entre as partes, o comprador pode presenciar a realização
dos ensaios de controle da qualidade e acompanhar todas as fases de fabricação.

Antes de iniciar os ensaios, o comprador deve fazer uma inspeção geral para
comprovar se os postes estão em conformidade com os elementos característicos
requeridos, verificando:

a) Acabamento;
b) Dimensões;

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ETU-114 Versão 1.0 Dezembro/2018

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c) Retilineidade;
d) Furação (posição, diâmetro e desobstrução);
e) Identificação.

Os postes duplo T devem ser ensaiados mecanicamente tanto na direção de maior


como na de menor inércia, observando o estabelecido no item 6.4.

O poste deve ser ensaiado mecanicamente apenas na direção e sentido de maior


inércia.

Os ensaios são destinados à verificação dos requisitos estabelecidos nos itens 7.4.2
a 7.4.6.

O poste deve satisfazer os requisitos do momento fletor (MA) no plano de aplicação


da carga nominal e o da carga vertical previstos no item 5.8.2, utilizando-se os
dispositivos apropriados, conforme descritos na ABNT NBR 8451-3.

O poste deve satisfazer os requisitos de flechas e fissuras previstos no item 6.4,


quando ensaiado conforme a ABNT NBR 8451-3.

NOTA:

1. O fabricante deverá disponibilizar à Energisa, memorial de cálculo, registrado


em órgão competente (ART/TRT) que ateste que o sistema necessário à
realização do Ensaio de Elasticidade (Cabos, parafusos, ferragens, fundação
da base de fixação do poste, sistema de fixação do mecanismo de aplicação
da força) está dimensionado para suportar X¹ daN.

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ETU-114 Versão 1.0 Dezembro/2018

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¹ - Fornecedor deve informar qual a capacidade do sistema de Ensaio de Elasticidade que o
mesmo dispõe em fábrica

O poste deve satisfazer os requisitos de carga de ruptura previstos no item 6.6,


quando ensaiado conforme a ABNT NBR 8451-3.

O poste deve satisfazer os requisitos de cobrimento, espaçamento e afastamento da


armadura previstos nos itens 6.7.1 e 6.7.2, quando ensaiado conforme a ABNT NBR
8451-3.

O poste deve satisfazer os requisitos de absorção de água previstos no item 6.3,


quando ensaiado conforme a ABNT NBR 8451-4.

O ensaio de absorção de água deve ser realizado em amostra de poste, conforme


ABNT NBR 8451-4.

O plano de amostragem deve obedecer ao estabelecido no item 7.6.

NOTA:

1. Convém que os espaçadores, quando de argamassa ou concreto, atendam o


mesmo requisito de absorção estabelecido para o poste.

O fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem necessários para a realização dos


ensaios ou contratar, às suas expensas, laboratório reconhecido. A aparelhagem deve
estar devidamente calibrada por laboratório acreditado.

Os ensaios são realizados às expensas do fabricante. As repetições, quando


solicitadas pelo comprador, são realizadas às expensas deste, se os postes tiverem
sido aprovados. Caso contrário, os custos dos ensaios são assumidos pelo fabricante.
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O tamanho da amostra ou séries de tamanho de amostra, bem como o critério de
aceitação do lote, para a inspeção geral e para o ensaio de elasticidade devem estar
de acordo com as Tabelas 12 a 15.

Por meio de acordo entre o comprador e o fabricante pode haver mudança do regime
de inspeção, adotando-se o sistema de comutação definido na ABNT NBR 5426.

O NQA a ser usado deve ser determinado em contrato de fornecimento ou pelo


responsável.

Podem ser designados diferentes NQA para grupos de defeitos considerados em


conjunto ou para defeitos considerados individualmente. Pode ser determinado um
NQA para um grupo de defeitos, além dos NQA para defeitos considerados
individualmente ou para subgrupos dentro do grupo.

O NQA a ser usado deve ser definido no início dos ensaios, ou seja, escolhido um nível
de NQA, este deve ser seguido até o final dos ensaios das amostras escolhidas
conforme Tabelas 12 e 13 desta Especificação.

As Tabelas 12 e 13 apresentam os critérios de amostragem e de aceitação e rejeição


baseados na ABNT NBR 5426. Os valores de NQA dados nessas tabelas são
considerados NQA preferenciais pela ABNT NBR 5426. Se para qualquer produto for
designado um NQA diferente dos preferenciais, as Tabelas 12 e 13 desta Norma
deixam de ser aplicáveis e a inspeção deve ser realizada conforme estabelecido no
item 7.8. Se o número de unidades que compõem o lote for menor que o tamanho
da amostra, a inspeção deve ser realizada em 100 % do lote. Para entendimento da
montagem dos planos de amostragem estabelecidos nas Tabelas 12 e 13 deve ser
consultada a ABNT NBR 5427.

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34
A análise técnica das unidades de postes retiradas do lote conforme previsto nos
planos de amostragem para a inspeção geral e para ensaio de elasticidade deve
obedecer ao mesmo procedimento.

Deve-se tomar o cuidado de amostrar sempre o número maior de peças previsto para
o lote.

Para analisar a aceitação ou rejeição de um lote, os postes devem ser inspecionados


segundo as categorias de inspeção estabelecidas nesta especificação.

Detectado um defeito, este deve ter uma graduação (crítico, grave ou tolerável). A
seguir, o poste é classificado como em conformidade ou defeituoso (crítico, grave ou
tolerável), conforme a seguir:

 Poste em conformidade: poste isento de qualquer defeito;


 Poste defeituoso crítico: poste que contém um ou mais defeitos críticos, podendo
conter defeitos toleráveis e graves;
 Poste defeituoso grave: poste que contém um ou mais defeitos graves, podendo
conter defeitos toleráveis, mas não críticos;
 Poste defeituoso tolerável: poste que contém um ou mais defeitos toleráveis,
não contendo defeitos graves nem críticos.
 Consultando-se o critério de aceitação e rejeição das Tabelas 12 e 13, o lote
deve ser aceito ou rejeitado.

NOTA:

1. Como exemplo de aplicação das Tabelas 12 e 13, para os defeitos constantes


das Tabelas 12 e 13 e para um lote de 60 peças, selecionam-se
aleatoriamente oito amostras para avaliação técnica por atributos.

2. Com o propósito de otimização do processo, estas amostras são numeradas de


1 a 8. De posse de uma planilha é registrada a presença de defeitos (toleráveis,
graves e críticos) nas primeiras três amostras selecionadas. Para defeitos
toleráveis, a amostra é dupla (no caso do lote previsto neste exemplo); se
houver apenas uma amostra com defeito tolerável na primeira sequência

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ETU-114 Versão 1.0 Dezembro/2018

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(resultado que está entre o Ac e o Re da tabela), passa-se para a avaliação de
outras três amostras; se o resultado permanecer, ou seja, apenas um defeito
tolerável, o lote é aceito. Defeitos graves podem ser verificados nas primeiras
três amostras, e o lote não será aceito neste caso se houver alguma amostra
defeituosa. Apenas para defeitos críticos são avaliadas as oito amostras
retiradas do lote e este também não será aceito se houver alguma amostra
defeituosa.

3. A aceitação definitiva do lote depende do número de defeitos permitido para


aceitar o lote, conforme o estabelecido nas Tabelas 12 e 13.

O tamanho da amostra para efetuar os ensaios de carga de ruptura, carga vertical,


cobrimento da armadura, absorção de água e momento fletor (MA) deve ser de um
poste em cada 200 unidades de um mesmo lote, convenientemente agrupadas em
sublotes de 200 unidades. Para poste duplo T, a amostra deve ter no mínimo duas
peças para verificar a ruptura nas direções de maior e no caso de o lote não ser
múltiplo exato de 200, deve aparecer um sublote inferior a 200 unidades. Este
sublote, ou qualquer lote inferior a 200 unidades, pode ser dispensado dos ensaios
referidos em 6.7, em função de acordo entre o fabricante e o comprador.

Os ensaios são considerados satisfatórios se não houver nenhuma falha. Caso um dos
ensaios realizados não seja satisfatório, o fabricante deve repetir este ensaio em
uma amostra equivalente ao dobro da primeira, sem qualquer ônus para o comprador
e, no caso de qualquer falha ocorrer, todo o lote sob inspeção deve ser rejeitado.

Para a verificação do teor médio de absorção de água, retiram-se quatro corpos de


prova de cada poste que foi submetido ao ensaio de ruptura.

Quando a verificação do cobrimento da armadura for feita por processo não


destrutivo, deve-se adotar a Tabela 13, NQA 1,5 %.

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Para qualquer consideração adicional sobre determinação de planos de amostragem
devem ser consultadas as ABNT NBR 5426 e ABNT NBR 5427.

8. ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

O lote será aprovado se as amostras satisfizerem os requisitos desta especificação.

Para o ensaio de elasticidade e para a inspeção geral, o critério de aceitação e


rejeição deve estar de acordo com as Tabelas 12 e 13.

Se os ensaios de ruptura, cobrimento e afastamento da armadura, absorção de água


e momento fletor não forem considerados satisfatórios, o fabricante deve repetir o
ensaio em uma amostra equivalente ao dobro da primeira, sem qualquer ônus para
a Energisa. No caso de ocorrer uma segunda falha, todo o lote sob inspeção deve ser
rejeitado.

No caso de rejeição de um lote é permitido ao fabricante reagrupar os postes na


presença do inspetor da Energisa e submetê-los a nova inspeção nas mesmas
condições da realizada anteriormente.

Caso ocorra uma nova rejeição o lote será rejeitado definitivamente.

Nos relatórios de ensaios devem constar todas as indicações necessárias à sua


perfeita compreensão e interpretação, além dos requisitos mínimos abaixo:

a) Nome e/ou marca comercial do fabricante;


b) Número do OCM;
c) Tipo, comprimento e carga nominal do poste;
d) Dia, mês e ano de fabricação;
e) Formato e dimensões das peças ensaiadas;
f) Descrição sucinta dos ensaios;
g) Indicação de normas técnicas aplicáveis;
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ETU-114 Versão 1.0 Dezembro/2018

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h) Instrumentos/equipamentos utilizados nos ensaios;
i) Memórias de cálculo, com resultados e eventuais observações;
j) Condições ambientes do local dos ensaios;
k) Tamanho do lote, número e identificação das unidades amostradas e ensaiadas;
l) Datas de início e término dos ensaios;
m) Nome do laboratório onde os ensaios foram executados;
n) Nomes legíveis e assinatura do inspetor da Energisa e do responsável pelos
ensaios.

Os postes somente serão liberados pelo inspetor após ser entregue a ele uma via dos
relatórios de ensaios.

9. NOTAS COMPLEMENTARES

Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, esta Norma poderá sofrer
alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica e/ou devido às
modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados deverão,
periodicamente, consultar a Concessionária.

10. HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO

Data Versão Descrição das Alterações Realizadas

Esta 1ª edição cancela e substitui na Norma de Distribuição


01/09/2018 1.0 Unificada (NDU) 010, Classe 54, Desenhos 003 e 004, a qual
foi tecnicamente revisada.

11. VIGÊNCIA

Esta Norma entra em vigor na data de 01/12/2018 e revoga as versões anteriores em


30/04/2019.

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12. TABELAS

Tabela 01 - Características dos postes de concreto seção circular – Classe II

Tabela 02 - Características dos postes de concreto seção circular – Classe IV

Tabela 03 - Características dos postes de concreto seção duplo T – Classe II

Tabela 04 - Características dos postes de concreto seção duplo T – Classe IV

Tabela 05 – Poste de seção duplo T, tipo B, na direção de maior inércia

Tabela 06 – Poste de seção duplo T, tipo D, na direção de maior inércia

Tabela 07 – Poste de seção duplo T, tipo B, na direção de menor inércia

Tabela 08 – Poste de seção duplo T, tipo D, na direção de menor inércia

Tabela 09 – Poste de seção circular

Tabela 10 - Teores de absorção de água

Tabela 11 - Classe de agressividade ambiental

Tabela 12 - Plano de amostragem para o ensaio de elasticidade

Tabela 13 - Plano de amostragem para inspeção geral

Tabela 14 - Grau de defeito para inspeção geral

Tabela 15 - Grau de defeito para elasticidade

Tabela 16 - Relação dos Ensaios

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TABELA 01 - Características dos Postes de Concreto Seção Circular – Classe II

Comprimento Momento Força Dimensões


Carga Fletor no Adicional no Massa
Código Classe de Plano de Plano de
L± Nominal Aplicação da Aplicação da Aproximada
Energisa Agressividade Cn Cn A±5 B±5 F ± 20 J ± 20 e ± 15
0,05 Tipo
(m) (daN) (daN.m) (daN) (kg) (mm)
90183 10 C-19 600 900 312 1.090 190 390 975 1.100 1.600
90186 C-19 600 322 1.260 190 410
90184 11 C-23 1.000 900 602 1.600 230 450 1.875 1.200 1.700
90185 C-29 1.500 952 2.100 290 510
90189 C-19 600 331 1.440 190 430
II
90187 12 C-23 1.000 900 611 1.770 230 470 2.775 1.300 1.800
90188 C-29 1.500 960 2.450 290 530
90192 C-19 600 330 1.680 190 450
90190 13 C-23 1.000 900 610 1.920 230 490 2.775 1.400 1.900
90191 C-29 1.500 968 2.700 290 550

NOTAS:
I. As massas são aproximadas para conicidade 20 mm/m e não possuem sentido normativo, não devendo ser exigida sua observância,
inclusive na inspeção.
II. Valores mínimos para a distância do plano de aplicação Cn no topo do poste igual a 100 mm.
III. Os valores da coluna MA foram obtidos experimentalmente.
IV. Os valores de FA foram calculados pela expressão FA = (0,7 ME – MA)/h, onde ME é o momento de engastamento (ME = Cn . hu).
V. As cotas F e J referem-se aos furos para entrada e saída do cabo de aterramento, podendo ainda ser utilizado sistema de duto
embutido.

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TABELA 02 - Características dos Postes de Concreto Seção Circular – Classe IV

Comprimento Momento Força Dimensões


Carga Fletor no Adicional no Massa
Código Classe de Plano de Plano de
L± Nominal aplicação da Aplicação da Aproximada
Energisa Agressividade Cn Cn A±5 B±5 F ± 20 J ± 20 e ± 15
0,05 Tipo
(m) (daN) (daN.m) (daN) (kg) (mm)
90674 C-19 600 322 1.260 190 410
90675 11 C-23 1.000 900 602 1.600 230 450 1.875 1.200 1.700
90676 C-29 1.500 952 2.100 290 510
90677 C-19 600 331 1.440 190 430
90678 12 C-23 IV 1.000 900 611 1.770 230 470 2.775 1.300 1.800
90679 C-29 1.500 960 2.450 290 530
90680 C-19 600 330 1.680 190 450
90681 13 C-23 1.000 900 610 1.920 230 490 2.775 1.400 1.900
90682 C-29 1.500 968 2.700 290 550

NOTAS:
I. As massas são aproximadas para conicidade 20 mm/m e não possuem sentido normativo, não devendo ser exigida sua observância,
inclusive na inspeção.
II. Valores mínimos para a distância do plano de aplicação Cn no topo do poste igual a 100 mm.
III. Os valores da coluna MA foram obtidos experimentalmente.
IV. Os valores de FA foram calculados pela expressão FA = (0,7 ME – MA)/h, onde ME é o momento de engastamento (ME = Cn . hu).
V. As cotas F e J referem-se aos furos para entrada e saída do cabo de aterramento, podendo ainda ser utilizado sistema de duto
embutido.

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TABELA 03 - Características dos Postes de Concreto Seção Duplo T – Classe II
Momento Fletor no Força Adicional no
Comprimento Carga Nominal Plano de aplic aç ão da Plano de Aplicação da Dimensões
Cn Cn Massa
Código Classe de Face A Face B
Aproximada
Energisa L ± 0,05 Agressividade Face A Face B Face A Face B Face A Face B Topo Base Topo Base F ± 20 J ± 20 e ± 15 T ± 20 M ± 15
tipo
a±5 A±5 b±5 B±5
(m) (daN) (daN.m) (daN) (kg) (mm)
90663 9 B 300 600 400 600 156 339 750 140 392 110 290 75 1.000 1.500 3.025 3.000
90193 D 75 150 150 225 34 78 550 120 280 100 200
90194 10 150 300 300 400 69 162 975 1.100 1.600 3.025 3.000
B 900 140 420 110 310
90195 300 600 400 600 162 348
90198 150 300 300 400 72 167
B 1.050 140 448 110 330
90199 11 300 600 400 600 167 355 1.875 1.200 1.700 4.525 4.500
II
90196 B-1,5 500 1.000 600 900 285 602 1.450 182 490 140 360
90202 150 300 300 400 78 170
B 1.210 140 476 110 350
90203 12 300 600 400 600 170 361 2.775 1.300 1.800 4.525 4.500
90200 B-1,5 500 1.000 600 900 291 611 1.900 182 518 140 380
90206 B 300 600 400 600 174 365 1.400 140 504 110 370
13 2.775 1.400 1.900 4.525 4.500
90200 B-1,5 500 1.000 600 900 291 611 1.900 196 560 150 410

Notas:
I. As massas são aproximadas para conicidade 20 mm/m e não possuem sentido normativo, não devendo ser exigida a sua observância,
inclusive na inspeção.
II. Valores para distância do plano de aplicação de MA ao topo do poste:
 Face "A" – menor inércia (cavada) = 150 mm
 Face "B" – maior inércia (lisa) = 100 mm

III. Os valores de MA foram obtidos experimentalmente.


IV. Os valores de FA foram calculados pela expressão FA = (0,7 ME – MA)/h, onde ME é o momento de engastamento (ME = Cn . hu).
V. As cotas F e J referem-se aos furos para entrada e saída do cabo de aterramento, podendo ainda ser utilizado sistema de duto
embutido.

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TABELA 04 - Características dos Postes de Concreto Seção Duplo T – Classe IV
Momento Fletor no Força Adicional no
Comprimento Carga Nominal Plano de aplic aç ão da Plano de Aplicação da Dimensões
Cn Cn Massa
Código Classe de Face A Face B
Aproximada
Energisa L ± 0,05 Agressividade Face A Face B Face A Face B Face A Face B Topo Base Topo Base F ± 20 J ± 20 e ± 15 T ± 20 M ± 15
tipo
a±5 A±5 b±5 B±5
(m) (daN) (daN.m) (daN) (kg) (mm)
90664 9 B 300 600 400 600 156 339 750 140 392 110 290 75 1.000 1.500 3.025 3.000
90665 150 300 300 400 72 167
B 1.050 140 448 110 330
90667 11 300 600 400 600 167 355 1.875 1.200 1.700 4.525 4.500
90668 B-1,5 500 1.000 600 900 285 602 1.450 182 490 140 360
90669 IV 150 300 300 400 78 170
B 1.210 140 476 110 350
90670 12 300 600 400 600 170 361 2.775 1.300 1.800 4.525 4.500
90671 B-1,5 500 1.000 600 900 291 611 1.900 182 518 140 380
90672 B 300 600 400 600 174 365 1.400 140 504 110 370
13 2.775 1.400 1.900 4.525 4.500
90673 B-1,5 500 1.000 600 900 291 611 1.900 196 560 150 410

Notas:
I. As massas são aproximadas para conicidade 20 mm/m e não possuem sentido normativo, não devendo ser exigida a sua observância,
inclusive na inspeção.
II. Valores para distância do plano de aplicação de MA ao topo do poste:
 Face "A" – menor inércia (cavada) = 150 mm
 Face "B" – maior inércia (lisa) = 100 mm

III. Os valores de MA foram obtidos experimentalmente.


IV. Os valores de FA foram calculados pela expressão FA = (0,7 ME – MA)/h, onde ME é o momento de engastamento (ME = Cn . hu).
V. As cotas F e J referem-se aos furos para entrada e saída do cabo de aterramento, podendo ainda ser utilizado sistema de duto
embutido.

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TABELA 05 – Poste de Seção Duplo T, Tipo B, na Direção de Maior
Inércia

Identificação Ensaio de Carga Vertical


Ensaio de
Momento (M)
Carga Nominal Flexão (MA) Força (F) para
para Carga
Tipo (Cn) Carga Nominal
Nominal
(daN) (daN.m) (daN) (daN.m)
300 400 875 394
B
600 600 1.375 619
B-1,5 1.000 900 1.625 731

TABELA 06 – Poste de Seção Duplo T, Tipo D, na Direção de Maior


Inércia

Identificação Ensaio de carga vertical


Ensaio de
Momento (M)
Carga Nominal Flexão (MA) Força (F) para
para Carga
Tipo (Cn) Carga Nominal
Nominal
(daN) (daN.m) (daN) (daN.m)
D 150 225 500 225

TABELA 07 – Poste de Seção Duplo T, Tipo B, na Direção de Menor


Inércia

Identificação Ensaio de carga vertical


Ensaio de
Momento (M)
Carga Nominal flexão (MA) Força (F) para
para carga
Tipo (Cn) carga nominal
nominal
(daN) (daN.m) (daN) (daN.m)
300 300
B
600 400 N/A N/A
B-1,5 1.000 900

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44
TABELA 08 – Poste de Seção Duplo T, Tipo D, na Direção de Menor
Inércia

Identificação Ensaio de Carga Vertical


Ensaio de
Momento (M)
Carga Nominal Flexão (MA) Força (F) para
para Carga
Tipo (Cn) Carga Nominal
Nominal
(daN) (daN.m) (daN) (daN.m)
D 150 225 N/A N/A

TABELA 09 – Poste de Seção Circular

Identificação Ensaio de carga vertical


Ensaio de
Momento (M)
Carga Nominal Flexão (MA) Força (F) para
para Carga
Tipo (Cn) Carga Nominal
Nominal
(daN) (daN.m) (daN) (daN.m)
C-19 600 450
C-23 1.000 N/A N/A
900
C-29 1.500

TABELA 10 - Teores de Absorção de Agua

Resultados dos Corpos de Prova que


Classe de
Compõem a Amostra
Agressividade
Média Individual
Ambiental
(%)
II ≤ 5,5 ≤ 7,0
IV ≤ 4,0 ≤ 5,5
NOTA:

1. Para postes de concreto protendido o índice de absorção de água deve ser


reduzido em 0,5% sobre os valores da tabela.

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45
TABELA 11 - Classe de Agressividade Ambiental
Classe de Classific aç ão Geral do
Risco de Deterioração
Agressividade Agressividade Tipo de Ambiente para
da Estrutura
Ambiental Efeito de Projeto

Rural
I Fraca Insignificante
Submersa

II Moderada Urbana Pequeno

Marinha
III Forte Grande
Industrial
Industrial
IV Muito Forte Elevado
Respingo de Maré

NOTAS:

1. A classe de agressividade ambiental I (ABNT NBR 6118) não se aplica a postes


de concreto.

2. Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda


(um nível acima) em obras em regiões de clima seco, com unidade relativa do
ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em
ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.

3. Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia,


branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes
e indústrias químicas.

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46
TABELA 12 - Plano de Amostragem para o Ensaio de Elasticidade
Ensaios
(Amostragem Normal e Simples)

Nível Geral de Inspeção - S3

Tamanho do
NQA 1,5% Crítico NQA 4,0% Grave
Lote
Tamanho

Tamanho
Ac Re Ac Re

2 a 15 0 1
16 a 50 3
1 2
51 a 150 8 0 1
151 a 500
13 1 2
501 a 3.200
3.201 a 10.000 32 1 2 20 2 3

NOTAS:

1. Esta tabela deve ser utilizada conforme item 6.3.

2. Ac - Número de peças defeituosas que ainda permite aceitar o lote.

3. Re - Número de peças defeituosas que implica na rejeição do lote.

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47
TABELA 13 - Plano de Amostragem para Inspeção Geral
Inspeção Geral
(Amostragem Dupla Normal)
Nível Geral de Inspeção I

Tamanho do NQA 1,5% Crítico NQA 4,0% Grave NQA 10,0% Tolerável
Lote
Amostra Amostra Amostra
Sequencia

Sequencia

Sequencia
Tamanho

Tamanho

Tamanho
Ac Re Ac Re Ac Re

1ª 0
2 a 25 Única 8 0 1 Única 3 0 1 3 2
2ª 1
1ª 0
26 a 90 Única 8 0 1 Única 3 0 1 3 2
2ª 1
1ª 0 1ª 0 3
91 a 150 Única 8 0 1 8 2 5
2ª 1 2ª 3 4
1ª 0 1ª 1 4
151 a 280 Única 8 0 1 8 2 8
2ª 1 2ª 4 5
1ª 0 1ª 0 3 1ª 2 5
281 a 500 20 2 13 13
2ª 1 2ª 3 4 2ª 6 7
1ª 0 1ª 1 4 1ª 3 7
500 a 1.200 20 2 20 20
2ª 1 2ª 4 5 2ª 8 9
1ª 0 3 1ª 2 5 1ª 5 9
1.201 a 3.200 32 32 20
2ª 3 4 2ª 6 7 2ª 12 13
1ª 1 4 1ª 3 7 1ª 7 11
3.200 a 10.000 50 50 50
2ª 4 5 2ª 8 9 2ª 18 19

NOTAS:

1. O crítico de classificação de defeitos, para a inspeção geral, deve estar de


acordo com o item 6.3.

2. Ac – número de unidades defeituosas que ainda permite aceitar o lote.

3. Re – número de unidades defeituosas que implica na rejeição do lote.

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48
TABELA 14 - Grau de Defeito para Inspeção Geral

Crítico Grave Tolerável

Presença de: * Presença de ninho de * Presença de reparos


Acabamento

* fissura não capilar concretagem


* fratura
* pintura
* armadura aparente
Não atendimento aos Não atendimento aos Não atendimentos aos
Dimensões (Anexos
A e B da ABNT NBR

requisitos de: requisitos de: requisitos de:


8451-2)

* distância entre furos * topo * identificação fora de posição


* simetria das seções * base * comprimento da
* cotas da geometria da peça identificação fora do
* retilineidade ≤ 0,25%
* diâmetro dos furos Osctrução de furos -
Furação

* falta de furos
* alinhamento dos furos em
relação à geometria da peça
Falta das informações mínimas -
Identificação

* características gerais das


indicadas em 4.1 da ABNT NBR
informações mínimas fora do
8451-1:2011
estabelecido no Anexo A da
ABNT NBR 8451-1:2011

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49
TABELA 15 - Grau de Defeito para Elasticidade

Crítico Grave

Valor acima do especificado em


Flecha sob carga nominal -
6.4.1
Valor acima do especificado em
Flecha residual Presença de fissura não capilar
6.4.2

NOTAS:

1. Para analisar a aceitação ou rejeição de um lote, os postes devem ser


inspecionados segundo as categorias de inspeção estabelecidas nesta norma.

2. Detectado um defeito este deve ter uma graduação (crítico, grave ou


tolerável). A seguir o poste é classificado como em conformidade ou
defeituoso, conforme a seguir:

a) Poste em conformidade; bom: poste isento de qualquer defeito;

b) Poste defeituoso crítico: é o poste que contém um ou mais defeitos


críticos, podendo conter defeitos toleráveis e graves;

c) Poste defeituoso grave: é o poste que contém um ou mais defeitos graves,


podendo conter defeitos toleráveis, mas não críticos;

d) Poste defeituoso tolerável: é o poste que contém um ou mais defeitos


toleráveis, não contendo defeitos graves nem críticos.

3. Consultando-se o critério de aceitação e rejeição das Tabelas 12 e 13, o lote


deve ser aceito ou rejeitado.

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50
TABELA 16 - Relação dos Ensaios
Descrição dos Ensaios Tipo Recebimento Complementar

Determinação da Abrasão “Los Angeles”, conforme ABNT NBR NM


X
51:2011
Determinação da Massa Específica e Massa Específica Aparente,
X
conforme ABNT NBR NM 52 e 53:2009
Determinação da Massa Unitária no Estado Solto e Compacto,
X
conforme ABNT NBR NM 45:2006
Determinação do Teor de Argila em Torrões e Materiais Friáveis,
X
conforme ABNT NBR 7218:2010
Momento Fletor (MA) X
Dimensional X
Elasticidade (nominal, limite elástico e ruptura) X
Furação X
Identificação X
Retilineidade X
Verificação do acabamento X
Absorção de Água, conforme ABNT NBR 8451-4:2011 X
Determinação da Absorção de Água no Agregado Miúdo, conforme
X
ABNT NBR NM 30:2001
Determinação da Composição Granulométrica, conforme ABNT NBR
X
NM 248
Resistencia à Compressão conforme ABNT NBR 12655:1996 X
Slump Test, conforme ABNT NBR NM 67:1998 X
Teor de Materiais Pulverulentos, conforme ABNT NBR NM 46 X

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51
13. DESENHOS

Desenho 01 - Identificação para postes

Desenho 02 - Poste de seção circular – Geral

Desenho 03 - Poste de seção duplo T

Desenho 04 - Poste de seção duplo T - Detalhe do topo

Desenho 05 – Coeficiente para redução de resistência nominal em postes duplo T

Desenho 06 – Gráfico de momentos fletores

Desenho 07 – Diagramas dos momentos fletores.

Desenho 08 - Ensaio de carga vertical

Desenho 09 – Armazenagem de postes de concreto seção circular

Desenho 10 - Armazenagem de postes de concreto seção duplo T

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52
DESENHO 01 - Identificação para Postes

Energisa
Energisa

NOTAS:

1. A palavra Energisa deverá ser inscrita antes do traço de referência do


engastamento;

2. Manter o traço horizontal entre os dados exemplo: CA II – Nº 9.999;

3. Manter a sequência de dados do desenho 01.

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53
DESENHO 02 - Poste de Seção Circular – Geral

______________________________________________________________________________________
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54
DESENHO 03 - Poste de Seção Duplo T

______________________________________________________________________________________
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55
DESENHO 04 - Poste de Seção Duplo T - Detalhe do Topo

______________________________________________________________________________________
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56
DESENHO 05 – Coeficiente para Redução de Resistência Nominal em
Postes Duplo T

NOTA:

1. Os coeficientes para redução da resistência nominal são baseados na seguinte


formula empírica:

φ = 1,0329e-0,00722α

Onde:
φ é o coeficiente para redução da resistência nominal;
e é a base do logaritmo neperiano;
α é o ângulo formado entre a direção de aplicação do esforço e o eixo da alma do poste, em
graus.

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57
DESENHO 06 – Gráfico de Momentos Fletores

NOTA:

1. Gráfico de momento fletor resultante nominal que os postes de concreto


devem satisfazer em qualquer direção e sentido considerados.

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58
DESENHO 07 – Diagramas dos Momentos Fletores.

NOTA:

0,7∗𝑀𝐸 −𝑀𝐴
1. 𝐹𝐴 = ℎ

2. Para B = 1,0 m adotar |F| = |MA|

3. Braço rígido com B = 1,0 m

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59
DESENHO 08 - Ensaio de Carga Vertical

Lista de material necessário para a realização do ensaio

Quantidade Descrição Quantidade Descrição


8 Arruelas quadradas 2 Seção de cruzeta
2 Mão-francesa perfilada 1 Poste de seção duplo T
2 Parafuso de cabeça quadrada 1 Parafuso de rosca dupla

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60
DESENHO 09 – Armazenagem de Postes de Concreto Seção Circular

NOTA:

1. O piso deverá ser compactado e nivelado com uma camada uniforme de areia.

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61
DESENHO 10 - Armazenagem de Postes de Concreto Seção Duplo T

NOTA:

1. O piso deverá ser compactado e nivelado com uma camada uniforme de areia.

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62
14. ANEXO I - ENSAIOS MECÂNICOS, COBRIMENTO DA
ARMADURA E INSPEÇÃO GERAL

Este anexo visa apresentar os métodos de inspeção e os ensaios para determinação


da elasticidade, do momento fletor, da carga vertical, da carga de ruptura e do
cobrimento da armadura de postes de concreto armado e protendido, com base na
ABNT NBR 8451-3.

Os dispositivos e equipamentos utilizados na realização dos ensaios estão descritos


na ABNT NBR 8451-3 e deverão ser utilizados quando dos ensaios mecânicos dos
postes. O Inspetor da Energisa poderá verificar a conformidade das instalações fabris
e as condições destes equipamentos para proceder às inspeções.

A inspeção geral consistirá na verificação das seguintes características construtivas:

a) Acabamento: verificar visualmente contemplando as tolerâncias previstas nesta


norma e na ABNT NBR 8451-1;

b) Realizar a inspeção dimensional verificando dimensões, furações e traços de


referência de acordo com as características especificas para cada tipo de poste;

c) Verificar a retilinidade com o auxílio de uma linha de náilon em toda a extensão


do poste em ensaio, no sentido base/topo medindo em cinco pontos o desvio
correspondente à distância entre o poste e a linha estendida;

d) Proceder à verificação da desobstrução do furo de aterramento;

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e) Realizar a inspeção visual contemplando os quesitos desta norma e da ABNT NBR
8451-1.

Os ensaios de flexão e ruptura servem para verificação:

 Do momento fletor (MA);

 Da elasticidade do poste com carga nominal;

 Da elasticidade do poste com carga no limite elástico (1,4 Cn);

 Da carga real de ruptura do poste; que não deve ser inferior a 200% da carga
nominal;

 Da carga vertical.

Sempre que dois ou mais ensaios acima referidos forem feitos em um mesmo poste
é necessário obedecer à sequência dada, para evitar que um ensaio afete o resultado
do outro. No caso dos postes duplo T, os ensaios de elasticidade previstos devem ser
realizados somente em uma face de cada amostra escolhida.

Para a realização de qualquer um dos ensaios acima o poste deve estar rigidamente
engastado à distância "e" da base, onde:

e=L/10+0,6

Onde:
L = comprimento nominal do poste, em metros;
e = comprimento do engastamento, em metros.

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Com a medida do engastamento assim obtida, fixar rigidamente o poste à bancada
através de sistema mecânico, hidráulico ou outro tipo que produza a mesma
condição.

Para o ensaio de postes com momentos fletores nominais superiores a 20.000 daN.m,
podem ser utilizados deflectômetros que registrem a eventual rotação
(poste/bancada e bancada/solo), por deformação da bancada ou outros, com a
finalidade de corrigir a flecha medida.

NOTA:

1. Sugere-se que o poste, ao ser engastado na bancada, fique com sua


identificação voltada para o sentido oposto ao do esforço solicitado. No caso
de poste duplo T, quando o ensaio for realizado na face B, convém que a
identificação fique voltada para cima.

Além disso, antes da realização de qualquer ensaio que envolva medição de flecha
residual o engastamento deve ser previamente acomodado.

A aplicação e retirada dos esforços deve ser sempre lenta e gradativa, devendo ser
evitadas variações bruscas do carregamento durante os ensaios.

A distância do plano de aplicação dos esforços reais ao topo do poste, a ser utilizada
nos ensaios deve ser de 100 mm.

Posicionar o carrinho de apoio sobre a chapa metálica a uma distância de


aproximadamente (70 ± 10) % do comprimento do poste no sentido base/topo.

A verificação de fissuras no concreto deve ser realizada introduzindo as lâminas do


fissurômetro aproximadamente 3 mm na fissura a ser analisada, sempre da menor
para a maior escala das lâminas, no sentido perpendicular à face do poste que a
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contém. As lâminas devem ser substituídas gradativamente, acompanhando a
espessura e a disposição das fissuras. O final do ensaio será obtido quando uma
lâmina subsequente não consegue penetrar na fissura. A espessura da última lâmina
que penetrou na fissura será o valor desta última. O resultado deve ser o maior valor
encontrado, considerando duas casas decimais.

a) Os valores de FA e MA, bem como os F' e M'A (valores para direção da menor
inércia) são aqueles estabelecidos nas Tabelas 01 e 02.

b) O dinamômetro ou célula de carga deve ser instalado entre o braço rígido e a


máquina de tração.

c) Com o poste engastado conforme item 5.2, deste anexo, e com o auxílio do
dispositivo para ensaio, braço rígido, aplicar à distância d = 100 mm do topo
(plano de aplicação das cargas) lentamente e sem trancos, simultaneamente, as
cargas FA no plano de aplicação da carga nominal e a carga F, paralela ao eixo
do poste, que deve ser aplicada à distância B = 1,0 m deste, conforme Desenho
02.

No caso de ensaio em postes duplo T, a distância d deve ser igual a 150 mm para a
face A.

Mantidas as duas cargas por aproximadamente 3 minutos, verificar a existência de


fissuras com auxílio do fissurômetro de lâminas, anotando os resultados, em seguida
a carga aplicada deve ser lentamente retirada.

Verificar a existência de fissuras permanentes na região tracionada do poste.

O poste deve ser mantido engastado na bancada para os demais ensaios.

a) Decorridos 5 minutos ou mais, desde o início da aplicação de F' o poste não deve
apresentar trincas, exceto as capilares. A verificação deve ser feita com F'

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aplicado. No ensaio adotado |F'| = |MA| para B' = 1 m, conforme Desenho 02.
Para os postes previstos, os MA nominais já calculados podem ser obtidos
diretamente das Tabelas 01 e 02. Para execução correta do ensaio deve ser
utilizado no topo do poste, dispositivo igual ou equivalente ao sugerido na ABNT
NBR 8451-3.

b) Terminado o ensaio o poste pode continuar engastado na base e ser retirado


apenas o dispositivo, já mencionado, do topo, para possibilitar a execução dos
ensaios seguintes da série, se for o caso.

a) Com o poste engastado conforme item 5.2 deste anexo, aplicar à distância d do
topo (plano de aplicação das cargas) o esforço Rn correspondente à sua
resistência nominal durante 1 minuto, no mínimo, e permitir a acomodação do
engastamento.

b) Com o engastamento já acomodado aplicar novamente o esforço Rn durante 5


minutos, no mínimo.

c) Após 5 minutos ou mais, desde o início da aplicação de Rn, com Rn ainda


aplicado:

 O poste não deve apresentar trincas exceto as capilares, conforme item


6.4.3;

 A flecha lida no plano de aplicação dos esforços reais não deve se superior ao
estabelecido no item 6.4.

d) O esforço Rn deve ser aplicado através de cinta de aço presa no poste, à distância
d do topo, conforme item 7.1, item C, deste anexo.

e) Terminado o ensaio manter o poste engastado e a cinta de aço presa para


permitir a execução dos ensaios seguintes da série, se for o caso.

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a) Mantendo a condição anterior de engastamento aplicar um esforço igual 1,4 Rn,
correspondente ao carregamento máximo excepcional, durante, no mínimo, 5 e
no máximo 10 minutos.

b) Após 5 minutos desde o início da aplicação do limite de carregamento


excepcional, com 1,4 Rn ainda aplicado, o poste pode apresentar trincas
capilares e não capilares conforme item 6.4. Retirando o esforço, após, no
mínimo, 5 e no máximo 10 minutos:

 O poste deve apresentar apenas trincas capilares conforme item 6.4;

 A flecha residual máxima no plano de aplicação dos esforços reais não deve
ser superior ao estabelecido no item 6.4.

Depois de concluído o ensaio de elasticidade e mantendo a condição anterior de


engastamento, aplicar esforços cada vez maiores e de forma contínua até atingir a
carga de ruptura do poste (Cr):

a) O valor máximo lido no dinamômetro ou célula de carga é igual à carga de ruptura


do poste;

b) Este valor deve ser, no mínimo, 200% da carga nominal, conforme item 5.7.

Este ensaio deve ser executado somente em postes duplo T, na face B, como
alternativa ao ensaio de ruptura.

A montagem do dispositivo deve estar rigorosamente de acordo com as condições


estabelecidas no item 7.1, deste anexo, inclusive nas distâncias do ponto de

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aplicação da carga ao centro do geométrico do poste (Desenho 09), bem como a
instalação a 50 mm do topo do poste, sendo a face B a ser ensaiada.

A aplicação das cargas deve ser lenta e gradativa, devendo ser evitadas variações
bruscas do carregamento durante o ensaio.

Durante a aplicação dos esforços, analisar o comportamento do topo do poste com a


carga vertical F no limite elástico (1,4xF) e na aplicação da carga de ruptura (2xF)
especificadas nas Tabelas 01 e 02.

Na aplicação da carga vertical nominal e na carga de limite elástico, deve ser


aguardado o tempo de 1 min. para continuidade dos ensaios, sendo verificada na
carga nominal a existência de fissuras na região tracionada do poste.

Com auxílio de martelo ou marreta descobrir em cinco pontos ao longo do


comprimento do poste, fora da zona de ruptura, as barras de aço da armadura.

Medir com paquímetro e régua, em cada ponto, a espessura do concreto.

Anotar o valor obtido em cada ponto. O resultado final deve ser os valores das cinco
medições.

Com auxílio de martelo ou marreta descobrir as barras da armadura no topo e na


base, em quatro pontos, e medir em cada ponto a espessura do concreto.

Anotar o valor obtido em cada ponto. O resultado final deve considerar as quatro
medições.

Com auxílio de equipamento eletrônico detector de armaduras e medidor de camada


de concreto, medir em cinco pontos, ao longo do comprimento do poste, as barras
de aço da armadura.

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Caso seja utilizado poste que foi levado à ruptura, as verificações devem ocorrer
fora da zona de ruptura.

A espessura do concreto deve ser registrada conforme indicado pelo equipamento


utilizado.

Anotar o valor obtido em cada ponto. O resultado final deve considerar os valores
das cinco medições.

NOTA:

1. Não realizar medições nas extremidades das armaduras localizadas na seção


da base e topo do poste.

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