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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL

Capitulo 3

CIMENTOS CEM
NP EN 197-1:2012

Eng. 1
º
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As características dos cimentos distinguem-se principalmente no que
respeita:
Às resistências mecânicas;
À “resistência química” ou a ataques químicos.
As características dos cimentos dependem:
1. Das características do clinquer e da sua composição
2. Do tipo e quantidade de adições
3. Da moagem

Quanto ao clinquer e sua composição


A relação entre silicatos bicálcicos e silicatos tricálcicos, principais
responsáveis pela resistência mecânica, influencia a curva de resistência.
Quanto à moagem
Quanto maior “finura” do cimento maior resistência final.
Quanto às adições
Podem influenciar as resistências mecânicas, mas também alteram o
comportamento do cimento aos ataques químicos.
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CIMENTOS CORRENTES
Segundo a norma europeia EN 197-1

CEM I Cimento Portland


CEM II Cimento Portland composto
CEM III Cimento de alto forno
CEM IV Cimento pozolânico
CEM V Cimento composto
A notação normalizada dos produtos refletem principalmente o tipo e
percentagem de adições.

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Tipos Principais Notação dos 27 produtos


(Tipos de Cimentos Correntes)

CEM I Cimento Portland CEM I

Cimento Portland de Escória CEM II/A-S CEM II/B-S


Cimento Portland de Silica de Fumo CEM II/A-D
Cimento Portland de Pozolana CEM II/A-P CEM II/B-P CEM II/A-Q CEM II/B-Q
CEM II Cimento Portland de Cinza Volante CEM II/A-V CEM II/B-V CEM II/A-W CEM II/B-W
Cimento Portland de Xisto Cozido CEM II/A-T CEM II/B-T
Cimento Portland de Calcário CEM II/A-L CEM II/B-L CEM II/A-LL CEM II/B-LL
Cimento Portland Composto CEM II/A-M CEM II/B-M

CEM III Cimento de Alto Forno CEM III/A CEM III/B CEM III/C

CEM IV Cimento Pozolânico CEM IV/A CEM IV/B

CEM V Cimento Composto CEM V/A CEM V/B

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Requisitos mecânicos e físicos

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CIMENTOS CORRENTES RESISTENTES AOS SULFATOS

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COMPOSIÇÃO E NOTAÇÃO DOS 7 CIMENTOS COMUNS RESISTENTES AOS SULFATO DE
(SR CIMENTOS)

1. CEM I-SR 0 Sulfato de resistir cimento Portland (C3A conteúdo do clínquer = 0%),

2. CEM I-SR 3 Sulfato de resistir cimento Portland (C3A conteúdo do clínquer 3%),

3. CEM I-SR 5 Sulfato de resistir cimento Portland (C3A conteúdo do clínquer 5%),

4. CEM III / B-SR Cimento de alto-forno resistentes aos Sulfato (sem exigência de conteúdo C3A do
clínquer),

5. CEM III/C-SR Cimento de alto-forno resistentes aos Sulfato (sem exigência de conteúdo C3A do
clínquer),

6. CEM IV / A-SR Cimento pozolânico resistentes aos Sulfato (C3A conteúdo do clínquer 9%),

7. CEM IV / B-SR Cimento pozolânico resistentes aos Sulfato (C3A conteúdo do clínquer 9%).
Formula Bogue

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Lista de cimentos correntes considerados resistentes aos sulfatos em


Portugal e Espanha

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Cimentos de baixo calor de hidratação
• Os cimentos comuns de baixo calor hidratação não devem exceder o valor
característico de 270 J / g em menos 7 dias, determinado de acordo com EN 196-8, ou
a 41 h de acordo com a norma EN 196-9.

• Cimentos comuns de baixo calor hidratação devem ser identificados pela notação
"LH". Este tipo de cimento continuam a ser enquadrados pela EN14216

NOTA 1: Investigação pré-normativa tem demonstrado a equivalência dos resultados de teste


para PT 196-8 menos 7 dias e EN 196-9 em 41 h. No entanto, em caso de litigio entre os
laboratórios, o método a ser aplicado deve ser acordado.

NOTA 2: O cimento com um valor mais elevado calor de hidratação e apropriado para algumas
aplicações. E necessário que este valor deve ser acordado entre o fabricante e o consumidor, e
que este cimento não deve ser identificado como cimento baixo calor (LH).

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EXEMPLO 1
Cimento Portland, conforme a EN 197-1, da classe
de resistência 42,5 de alta resistência inicial:
Cimento Portland EN 197-1 – CEM I 42,5 R

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CEM I 52,5R e •Advertências especificas


CEM I 42,5R é muito sensível ao processo de
cura;
devem evitar-se betonagens em
tempo muito quente;
•Núcleo Cimento (%):
recomendando-se o estudo prévio
– 95 a 100 Clínquer Portland
das composições para obter a
– 0 a 5 Outros constituintes melhor performance;
•Características A utilização deste cimento é
– Elevado calor de hidratação. compatível com a introdução de
– Resistências iniciais muito adições de hidraulicidade latente e
elevadas. é usual a utilização de adjuvantes
– Resistências finais dentro da para melhoria da trabalhabilidade
classe indicada. com eventual redução da relação
água/cimento
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CEM I 52,5R e
CEM I 42,5R
Aplicações
Betão fabricado e aplicado em tempo frio.
Betão de elevado desempenho mecânico
Betão colocado em serviço a idades jovens
Aplicação de pré-esforço a idades jovens
Betão de muito elevadas resistências finais
Pré-fabricação pesada com grande
rotatividade de moldes
Cimentos cola de elevada resistência

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Advertências especificas

É sensível ao processo de cura.


CEM II/A-L 42,5R Devem evitar-se betonagens em
tempo muito quente ou muito frio;
•Núcleo Cimento (%): Recomenda-se o estudo de
composição;
–80 a 94 Clínquer Portland Possibilita a redução da dosagem de
–6 a 20 Filler calcário água de amassadura, garantindo uma
–0 a 5 Outros constituintes relação água/cimento compatível
•Características com as condições de aplicação;
É possível a adição de cinzas volantes,
–Calor de hidratação em condições específicas e desde que
inferior ao tipo I, da mesma sejam cumpridas exigências de
classe. controlo de qualidade e de estudos
–Resistências iniciais prévios de composição.
elevadas.

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CEM II/A-L 42,5R


Aplicações:
Betão armado e pré-esforçado
com resistências finais e iniciais
elevadas
Betões leves estruturais
Betão projetado
Pré-fabricação ligeira com e sem
pré-esforço
Vigotas, pré-lajes, vigas de
cobertura.
Manilhas, tubos.

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Advertências especificas
CEM II/B-L 32,5 N
Melhora a trabalhabilidade
de betões e argamassas
•Núcleo Cimento (%): Permite redução da dosagem
–65 a 79 Clínquer Portland de água de amassadura.
–21 a 35 Filler calcário desenvolvimento de
–0 a 5 Outros constituintes resistências é sensível ao
•Características processo de cura
–Baixo calor de hidratação; Não se recomenda a
–Menores resistências iniciais utilização deste cimento em
–Resistências finais dentro da tempo muito frio, sem que se
classe indicada.
tomem medidas adequadas.

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CEM II/B-L 32,5 N
Aplicações
Betão armado corrente
Fundações directas e
indirectas (sapatas e estacas)
Elementos estruturais (lajes,
vigas e pilares)
Argamassas de assentamento
e reboco
Argamassas pré-preparadas
Betonilhas de regularização e
enchimento
Pré-fabricação ligeira
Blocos de alvenaria,
abobadilhas
Lancis, pavês, separadores
“NewJersey”
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CEM IV/A 32,5R Advertências especificas

CEM V/A 32,5R A sua grande resistência a ambientes


agressivos;
Grande resistência a ataques químicos:
• Núcleo Cimento (%):
–65 a 89 Clínquer Portland Uma durabilidade muito grande:
–11 a 35 Cinzas Volantes O correto desenvolvimento de
resistências é sensível ao processo de
–0 a 5 Outros constituintes
cura:
• Características:
Maior período de escoramento das
–Baixo calor de hidratação;
cofragens;
–Resistências iniciais
moderadas; Não aplicar este cimento em tempo
–Resistências finais dentro da muito frio:
classe indicada; Este produto incorpora adições
–Elevada resistência química pozolânicas, pelo que se desaconselha
a adição de cinzas volantes ou outras
adições pozolânicas.
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Eng.º Maria da Luz do
2009/2010
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CEM IV/A 32,5R


CEM V/A 32,5R
Aplicações
Betão em meios quimicamente
agressivos
Fundações indiretas (estacas)
Reservatórios e outros depósitos
Betonagem de grandes massas
Barragens, pavimentos
rodoviários...
Obras marítimas e hidráulicas
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CEM II/A-L 42,5R E CEM V/A

Cimentos resistentes aos sulfatos moderados e cimentos de alta resistência aos


sulfatos: melhoram a resistência dos elementos de betão aos sulfato, tais como
(esquerda para direita) lajes no chão, tubos e postes de betão expostos a solos com
teor alto de sulfatos.
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BIBLIOGRAFIA:
1. Bauer, L.A. Falcão, Materiais de Construção I, LTC – Livros Técnicos e
Científicos, 1987;
2. Coutinho, Joana Sousa, Sebenta de Materiais de Construção, 2006;
3. Petrucci, Eladio G. R., Concreto de Cimento Portland, Globo, 1993;
4. http://www.secil.pt/default.asp?pag=proc_fabrico
5. http://www.cimpor.pt
6. http://www.holcim.com/gc/CORP/flash/EN/cement_01.html
7. http://www.corpnor.es/CemPF1.php
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