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Os Materiais

 Classificação dos Materiais

 Termoplásticos e Termoendurecíveis Metais


(Polietileno (PE); Policloreto de vinilo (PVC);
Poliamidas (PA); Resinas, etc.)  Ferro; Ferro Fundido e Aços
Aplicações: embalagens; tubagens; perfis;  Alumínio, Cobre, Zinco, etc.
janelas/portas; isolamento, etc.  Ligas Metálicas
 Elastómeros (borrachas)
Aplicações: pneus; vedantes; Compósitos
isolamentos/revestimentos; etc.

Polímeros Cerâmicos

 Compósitos naturais (madeira; osso)  Cerâmicos Tradicionais (argila; sílica e feldspato)


 Compósitos Sintéticos Aplicações: telhas; tijolos; louças sanitárias
(Plástico reforçado com fibra de vidro (GFRP)  Cerâmicos Técnicos (Al2O3; SiC; Si3N4)
ou com fibra de carbono CFRP, etc.) Aplicações: ferramentas de corte; válvulas; vedantes; turbinas, etc.
 Classificação dos Materiais - Metais
 São substâncias inorgânicas que contêm um ou mais elementos metálicos (Fe, Al, Cu, Zn, etc.) e que podem
também conter alguns elementos não-metálicos (C, N e O)
 Estrutura cristalina - a maioria dos elementos metálicos (~ 90 %) apresenta, em condições ambientais, três
estruturas cristalinas: cúbica de corpo centrado (CCC); cúbica de faces centradas (CFC) e hexagonal compacta (HC)
 Apresentam elevada densidade, condutividade eléctrica e térmica
 Extensivamente usados na forma de ligas metálicas; comumente divididas em ligas ferrosas (aço e ferro fundido) e
não ferrosas
 As propriedades mecânicas que apresentam (rigidez, resistência à tracção; ductilidade, tenacidade, etc. ) fazem
deles os principais materiais de construção

Moedas de 50 Cêntimos
Emissão Portuguesa

Ouro Nórdico - Liga metálica de cobre


Composição:
89 % Cu, 5 % Al, 5 % Zn e 1% Sn
Aço – Liga de ferro-carbono
A principal liga metálica
 Classificação dos Materiais - Polímeros

 Materiais poliméricos (plásticos e borrachas) são compostos orgânicos, baseados, na sua maioria, em carbono,
hidrogénio e outros elementos não metálicos como o O, N e Si
 Possuem grandes estruturas moleculares (longas cadeias moleculares) e a grande maioria são sintéticos –
possuindo basicamente estruturas não-cristalinas, embora alguns sejam constituídos por uma mistura de regiões
cristalinas e não-cristalinas
 Apresentam densidades muito baixas e as suas propriedades mecânicas diferem bastante dos metais: são muito
menos rígidos e resistentes
 São muito dúcteis e podem ser por isso ser facilmente conformados
 São, em geral, quimicamente inertes em muitos ambientes agressivos; mas apresentam baixa resistência térmica
 As suas propriedades mecânicas sofrem grandes alterações com o aumento da temperatura sendo, em geral,
limitados a uma temperatura máxima de 150 °C
 Devido à natureza das ligações químicas/estrutura interna, a maioria é má condutora da corrente eléctrica (bons
isoladores)

Poliestireno Expandido
Isolamento térmico Tubagens em PVC
 Classificação dos Materiais - Cerâmicos

 São compostos de elementos metálicos e não-metálicos: óxidos de alumínio (ou alumina, Al2O3), o dióxido de silício
(ou sílica, SiO2), o carboneto de silício (SiC) e o nitreto de silício (Si3N4) são exemplos de cerâmicos
 Podem ter composições complexas, sobretudo os cerâmicos ditos tradicionais como a porcelana, o cimento ou o vidro
 Podem apresentar estruturas cristalinas (mais complexas do que as dos metais) e não-cristalinas (amorfos)
 Os cerâmicos são muito rígidos e duros - no entanto, são muito frágeis e fracturam com facilidade
 Possuem ligações iónicas ou covalentes que não permitem a condução da electricidade ou de calor
 São muito resistentes a temperaturas elevadas e a ambientes corrosivos por comparação com os metais ou polímeros
 Podem ser divididos em 2 grandes grupos: cerâmicos tradicionais e cerâmicos técnicos (de engenharia ou avançados)

Cerâmicos Tradicionais

Constituídos por 3 grandes componentes básicos:


argila, sílica e feldspato

Argila: silicatos de alumínio hidratados


(caulinite Al2O3.2SiO2.2H2O) com pequenas quantidades de outros óxidos
tais com: TiO2, Fe2O3, MgO, CaO, Na2O e K2O

Sílica (SiO2) – também designada por flint ou quartzo, tem um alto ponto de
fusão e é o componente refractário dos cerâmicos tradicionais

Feldspato de potássio (K2O.Al2O3.6SiO2), possui baixo ponto de fusão,


origina uma fase vítrea quando o cerâmico é cozido, ligando os
componentes refratários entre si
 Classificação dos Materiais - Compósitos

 Os materiais compósitos são misturas de dois ou mais materiais (não miscíveis, compatíveis quimicamente e que
tenham propriedades complementares)
 Os compósitos conjugam propriedades de materiais distintos, com a finalidade de se obter um material com
propriedades superiores
 De um modo geral, estes materiais resultam da combinação de um material de reforço ou de enchimento com um
outro material que serve de ligante ou matriz – podendo ser identificados pelas interfaces que os separam
 São habitualmente divididos em duas grandes classes: i) fibras no seio de uma matriz; ii) partículas no seio de uma
matriz

Fibras no seio de uma


matriz polimérica

Plástico reforçado com fibra de vidro


(Glass fibre reinforced plastic – GFRP)
Tecido de fibra de carbono
Plástico reforçado com fibra de carbono
(Carbon fibre reinforced plastic – CFRP)

Matriz
Plástico temoendurecível
Resina epoxídica, resina fenólica
ou resina de poliéster Composição da estrutura interna de
um caiaque
Matriz: Resina epoxídica
Tecido de fibra de vidro
 Os Metais
 Quase todos o metais ocorrem, na natureza, combinados com
outros elementos - minerais
 Mineral é uma substância que ocorre naturalmente e cuja
composição química varia entre limites definidos
 Minério é um depósito mineral suficientemente concentrado
para permitir a extracção economicamente viável do metal
desejado
Metais
Alguns Minerais e Ligas Metálicas
Carbonatos
CaCO3 (calcite ou calcário); CaCO3.MgCO3 (dolomite)
Halogenetos
CaF2 (fluorite); Na3AlF6 (criolite)
Óxidos
Fe2O3 (hematite); FeO.Fe2O3( magnetite); Cu2O (cuprite)
Al2O3.2H2O (bauxite); Al2O3 (corindo)
Silicatos
ZrSiO4 (zircão); NaAlSi3O8 (albite)
Sulfuretos
Cu2S (calcosite); FeS2 (pirite);
CuFeS2 (calcopirita); ZnS (blenda ou esfarelite)
Fosfatos
BaSO4 (barite); CaSO4 (anidrite)
 Metais
 A extracção de um metal a partir do seu minério envolve três etapas principais:
i) Preparação do metal (remoção de impurezas – normalmente argila e silicatos – globalmente designadas de ganga do
minério
ii) A extracção do metal - por redução química ou redução electrolítica
iii) A purificação do metal – por um processo de electrólise ou por destilação
 As reacções de oxidação-redução desempenham um papel crucial nos processos de extracção dos metais
 De um modo geral, pode dizer-se que os metais se extraem dos óxidos por redução e dos sulfuretos por oxidação
(1ª etapa), seguida de redução (2ª etapa)

𝑀𝑂 → 𝑀 𝑅𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑜 ó𝑥𝑖𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑡á𝑙𝑖𝑐𝑜

𝑀𝑆 → 𝑀𝑂 𝑂𝑥𝑖𝑑𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑢𝑙𝑓𝑢𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑚𝑒𝑡á𝑙𝑖𝑐𝑜 − 1ª 𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎

𝑀𝑂 → 𝑀 𝑅𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑜 ó𝑥𝑖𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑡á𝑙𝑖𝑐𝑜 − 2ª 𝐸𝑡𝑎𝑝𝑎

Metal Processo de Redução

Lítio, Sódio, Os metais mais redutores


Redução electrolítica dos respectivos cloretos (metais com maior tendência para
Magnésio, Cálcio
ceder electrões - sofrer oxidação)
Redução electrolítica do óxido na presença da criolite são extraídos por processos
Alumínio electrolíticos

Redução do óxido metálico por um metal mais redutor


Ferro, Zinco,
ou
Crómio, Titânio
Redução com coque (C) e monóxido de carbono
 Metais

 O cobre (Cu) é o terceiro metal mais consumido do mundo após o ferro e o alumínio
 Propriedades tais como: elevada ductilidade e maleabilidade, condutividade eléctrica e térmica, e resistência à corrosão,
justificam a sua ampla aplicação – na forma metálica ou em ligas
 A calcopirita (CuFeS2) é o mineral de cobre mais abundante - representa cerca de 70 % dos depósitos de cobre conhecidos do
mundo
2𝐶𝑢𝐹𝑒𝑆2 𝑠 + 3𝑂2 𝑔 → 2𝐶𝑢𝑆 𝑠 + 2𝐹𝑒𝑂(𝑠) + 2𝑆𝑂2 (𝑔)
𝐹𝑒𝑂 𝑠 + 𝑆𝑖𝑂2 𝑠 → 𝐹𝑒𝑆𝑖𝑂3 𝑙
4𝐶𝑢𝑆 𝑠 + 5𝑂2 𝑔 → 2𝐶𝑢2 𝑂(𝑠) + 4𝑆𝑂2 (𝑔)
2𝐶𝑢2 𝑂 𝑠 + 𝐶𝑢𝑆 𝑠 → 5𝐶𝑢(𝑠) + 𝑆𝑂2 (𝑔)
 Por electrorrefinação (electrólise) é possível obter Cu com um grau de pureza > 99,9 % Calcopirite

 O zinco (Zn) é o vigésimo terceiro elemento mais abundante na crusta terrestre e ocupa a quarta posição na produção mundial
de metais
 É duro e frágil e tem pontos de fusão e de ebulição relativamente baixos. Liga facilmente com outros metais e por exposição ao
ar, desenvolve uma fina película de óxido (pátina), que inibe a oxidação mais profunda (corrosão) do metal
 A sua principal aplicação é em revestimentos - protecção do ferro e aço da corrosão (galvanização)
 O latão é uma das suas mais antigas ligas (Cu e Zn); quando ligado com pequenas quantidades de cobre e titânio permite
obter um material com boa resistência – utilizado na cobertura e revestimento de edifícios
 A esfalerite, ZnS , é o seu principal mineral

2𝑍𝑛𝑆 𝑠 + 3𝑂2 𝑔 → 2𝑍𝑛𝑂(𝑠) + 2𝑆𝑂2 (𝑔)

𝑍𝑛𝑂 𝑠 + 𝐶 𝑠 → 𝑍𝑛(𝑔) + 𝐶𝑂(𝑔)


 Por electrólise ou por destilação fraccionada é possível obter Zn com um grau de pureza > 99,9 % Esfarelite
 Metais
 O alumínio é o terceiro elemento na crusta terrestre e o metal mais abundante
 A elevada afinidade do alumínio com o oxigénio, origina a formação de um composto químico vulgarmente designado por alumina,
Al2O3 – óxido de alumínio
 A alumina ocorre na crusta terrestre incorporada num minério designado por bauxite (Al2O3.2H2O), que contém um elevado teor de
alumina, entre 35 e 45 %
 Uma excecional combinação de propriedades, faz do alumínio um dos mais versáteis materiais utilizados na engenharia, arquitectura
e indústria em geral
 Possui baixa densidade (2,7 g/cm3), elevada resistência à tracção (pode ser estirado ou trefilado), é maleável (pode ser laminado em
folhas muito finas) e é um excelente condutor eléctrico
 O metal puro é demasiado macio e fraco para aguentar grandes solicitações. As suas propriedades mecânicas são muito melhoradas
quando ligado com metais como o Cu, Mg, Mn e Si

 A bauxite encontra-se frequentemente contaminada com sílica, óxidos


de ferro e de titânio. Estas impurezas têm que ser removidas caso
contrário, no processo de fundição, irão ligar-se ao alumínio
 Após a remoção das impurezas obtém-se o Al2O3 que será
posteriormente reduzido a Al, num processo electrolítico
 O aspecto mais importante deste processo electrolítico consiste na
utilização da criolite, Na3AlF6 (ponto de fusão 1000 ◦C) como solvente
do Al2O3 (ponto de fusão 2045 ◦C)

𝟐𝑨𝒍𝟐 𝑶𝟑 𝒍 → 𝟒𝑨𝒍 𝒍 + 𝟑𝑶𝟐 𝒈 𝑹𝒆𝒂𝒄çã𝒐 𝑮𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍

 No ânodo ocorre a formação de O2 (oxidação do ião O2-)


 No cátodo ocorre a redução do Al3+ a Al
 O oxigénio gasoso reage com os ânodos de carbono formando CO2
Processo de Hall-Héroult  O alumínio líquido (ponto de fusão 660 ◦ C) é drenado durante o
(Electrólise ígnea) processo
 Metais
 O ferro ocorre na crusta terrestre em diversos minerais - a hematite (Fe2O3 ) e a magnetite (FeO.Fe2O3) são os minerais
mais usados na sua extracção
 É o quarto elemento mais abundante na crusta terrestre e o metal mais usado mundialmente
 O metal puro é maleável e pode ser facilmente moldado por martelamento, mas é, principalmente, utilizado ligado a
outros elementos por forma a melhorar as suas propriedades
 As ligas de ferro-carbono constituem a sua principal aplicação: i) Aços – que contêm entre 0,003 e 2 % de carbono
(a maioria contém 0,01 a 1,2 % de C; ii) Ferro fundido – com 2 a 4,5 % de carbono

 O calcário (CaCO3) é usado como fundente – isto é, é


adicionado para formar uma mistura fundida com as impurezas
do minério, facilitando a sua remoção

𝐶𝑎𝐶𝑂3 s → 𝐶𝑎𝑂 𝑠 + 𝐶𝑂2 (𝑔)

𝐶𝑎O s + 𝑆𝑖𝑂2 𝑠 → 𝐶𝑎𝑆𝑖𝑂3 𝑙


Escória
𝐶𝑎O s + 𝐴𝑙2 𝑂3 𝑠 → 𝐶𝑎 𝐴𝑙𝑂2 2 𝑙

 A temperatura na região inferior do forno é maior do que a


temperatura de fusão do ferro impuro – o que permite drenar o
ferro fundido
 O ferro obtido contém muitas impurezas – e é designado por
ferro gusa – podendo conter até 5 % de carbono
 O ferro de gusa é granuloso e quebradiço
Alto-forno para a produção de ferro
(Processo de redução)
 Metais
 O aço é a liga metálica de ferro mais conhecida e produzida
 Dependendo do tipo de aplicação, o aço irá apresentar propriedades mecânicas diversas
 A composição química e os tratamentos térmicos a que é submetido são os parâmetros com maior influência nas suas
caraterísticas
 A conversão do ferro em aço é um processo de oxidação, no qual o carbono e as impurezas indesejáveis são removidas por
reacção com o oxigénio – Processo de Oxigénio Básico

Produção de Aço
(Processo de Oxigénio Básico)

 As impurezas do ferro fundido, manganês, fósforo,


silício, assim como o carbono em excesso, reagem
com o oxigénio – formando os respectivos óxidos
 Os óxidos são transformados em escória por reacção
com fundentes apropriados (CaO ou SiO2)

𝐶𝑎O s + 𝑆𝑖𝑂2 𝑠 → 𝐶𝑎𝑆𝑖𝑂3 𝑙

𝐶𝑎O s + 𝑃4 𝑂10 𝑙 → 2𝐶𝑎3 𝑃𝑂4 2 𝑙 Escória

𝑀𝑛O s + 𝑆𝑖𝑂2 𝑠 → 𝑀𝑛𝑆𝑖𝑂3 𝑙

 Amostras de aço fundido são retiradas periodicamente - avaliando-se a composição do aço


 Quando se atingem os teores pretendidos de carbono (e de outras impurezas) o reservatório é
rodado para uma posição horizontal que permite a remoção do aço
 Metais
 As unidades industriais de produção de aço podem ser classificadas de acordo processo produtivo: integradas e
semi-integradas
 As Integradas operam as três fases básicas de produção: redução (produção do ferro-gusa), refinação (produção do
aço) e laminação
 As semi-integradas operam duas fases: refinação e laminação. Estas unidades partem do ferro gusa e/ou sucata
metálica, adquiridas a terceiros, para transformá-los em aço
 A produção do aço pode ser dividida em quatro
etapas: preparação da carga, redução, refinação e
laminação
 Preparação da carga – o minério de ferro é
aglomerado (sinterização) utilizando-se cal e finos
de coque
 Redução – produção do ferro-gusa (por redução)
 Refinação – produção do aço (por oxidação);
diminuição do teor de carbono e impurezas até aos
valores desejados para os diferentes tipos aços
 O aço é vazado para as lingoteiras, solidificando na
forma de lingotes – sendo posteriormente cortado
(produtos semi-acabados)
 Laminação – os produtos semi-acabados são
processados por laminadores e transformados numa
grande variedade de produtos siderúrgicos, cuja
nomenclatura depende de sua forma e/ou
Fonte: Instituto Aços Brasil
composição química
 Metais

 O aço é produzido em uma grande variedade de tipos e formas, cada qual atendendo eficientemente a uma ou mais
aplicações
 Existem mais de 3500 tipos diferentes de aços e cerca de 75% deles foram desenvolvidos nos últimos 20 anos
 Em 2013 a produção mundial de aço atingiu 1,6 biliões toneladas enquanto a produção de alumínio (ocupando o
2º lugar) atingiu 47 milhões de toneladas
 Os aços ao carbono representam cerca de 90 % da produção de aço

Classificação do Aços ao Carbono - Composição Química


 A quantidade de carbono presente
Aços ao Carbono (Aços não ligados)
no aço define sua classificação
Teor de carbono inferior a 2 %
 A presença do carbono contribui
Teor de outros elementos (Mn, Si, P, S, Cu, Al, etc.) inferiores a limites
para conferir maior resistência e
fixados por normas internacionais
dureza
Aço de baixo carbono (aço macio)
Até 0,25 % de Carbono
Usados na construção de edifícios, pontes, navios, etc.
Aço de médio carbono
Teor de carbono entre 0,25 e 0,6 %
Utilizados em engrenagens, bielas e outros componentes mecânicos
Aço de alto carbono
Teor de carbono superior a 0,6 % (máximo 1,4 %)
Utilizados em molas, engrenagens, ferramentas e componentes
sujeitos a desgaste
 Produção de Aço
 A produção mundial de aço é dominada pela China, mais de 800 milhões de toneladas produzidas em 2015
 Japão, o segundo maior produtor, registou uma produção acima das 100 milhões de toneladas, em 2015
 Os sectores da construção civil e automóvel são os principais consumidores de aço
 As actividades de construção civil são responsáveis por mais de 30 % do consumo de aço; o sector automóvel é
responsável por valores em torno de 20 %

2% 2%
2%
3%
Produção de Aço Bruto
5% 2015

5%

6%

7% 60%

8%

China Japão Índia Estados Unidos Rússia Coreia do Sul Alemanha Brasil Turquia Ucrânia
 Produção de Aço - Sustentabilidade

 O Brasil, o oitavo maior produtor, registou uma produção de aço acima das 33 milhões de toneladas, em 2015

 Matérias-primas (o minério de ferro,


carvão, ferro-gusa, sucatas; outros) –
cerca de 117 milhões de toneladas
 10 % do carvão teve origem vegetal;
sendo 86 % proveniente de plantação
própria
 95 % da água usada no processo é
continuamente recirculada (5,4 biliões m3)
 6 % do volume total da água necessária
para a produção do aço é captada em rios
 1,9 toneladas de CO2 emitido por tonelada
de aço produzida
 594 kg de subprodutos e resíduos por
tonelada de aço produzida
 88 % dos subprodutos (escórias) foram
reutilizadas - produção de cimento e
pavimentação de vias são as principais
aplicações destas escórias
 9,3 milhões de toneladas de sucata
reciclada

Fonte: Instituto Aços Brasil


 Produção de Aço - Sustentabilidade

 O aço é 100 % reciclável podendo, esgotada a vida útil, regressar aos fornos
sob forma de sucata
 O aço é infinitamente reciclável - pode ser reciclado sem perder nenhuma
de suas qualidades
 Devido a suas propriedades magnéticas, o aço é facilmente separado de
outros materiais, possibilitando elevados índices de reciclagem
 Por cada 1000 kg de sucata de aço reciclada são poupados, em média,
1400 kg de minério de ferro, 440 kg de carvão e 120 kg de calcário

 As escórias resultantes da extracção do ferro (nos altos fornos) podem ser


incorporadas no cimento
 “ A escória granulada de alto forno deve consistir de pelo menos dois terços em
massa da soma de óxido de cálcio (CaO), de óxido de magnésio (MgO) e de
dióxido de silício (SiO2)” - NP EN 197-1:2012
 “A relação em massa (CaO+MgO)/SiO2 deve exceder 1” - NP EN 197-1:2012
 Os cimentos podem conter teores entre 6 % a 95 % de escória de alto-forno
 Ligas metálicas

 Liga Metálica - solução sólida formada por dois ou mais metais


ou por um metal ou metais e um ou mais não-metais
 As ligas podem apresentar uma estrutura relativamente simples
como por exemplo, o latão – liga binária a 70 % Cu e 30 % Zn
 As superligas de níquel (ligas refractárias – especialmente
desenvolvidas para suportar temperaturas elevadas) podem ter
mais de 10 elementos na sua composição
Ligas Metálicas

Ligas Metálicas

Ligas Ferrosas Ligas Não Ferrosas

 Ligas ferrosas – Possuem elevadas percentagens de ferro


(Aços não ligados; Aços Ligados e Ferros Fundidos)
 As Ligas não ferrosas não apresentam ferro na sua composição ou
este elemento é minoritário (presente em pequenas quantidades)
– ligas de alumínio, ligas de cobre, etc.
 Ligas metálicas

 As ligas permitem "ajustar" as propriedades de um metal, para torná-las mais próximas das propriedades
desejadas para um propósito específico

 De um modo geral, os metais puros são “macios/moles” - deformam facilmente - o que decorre da possibilidade
das camadas de átomos, que compõem a suas estruturas, poderem deslizar umas sobre as outras

 Ligar ouro com cobre ou prata torna este metal mais “duro” – permitindo elaborar peças que não se deformem

 De modo igual, ligar ferro com carbono, e com uma seleção de outros metais, permite melhor as propriedades
mecânicas e minimizar a corrosão

 Os metais com pureza elevada são quase sempre mais macios e mais
fracos do que as ligas compostas pelo mesmo metal de base

 De um modo geral, há três processos, que permitem melhorar as


propriedades de um metal:
i) diminuição do tamanho do grão
ii) por encruamento – o metal é submetido a deformação plástica que o
endurece
iii) aumento de resistência por solução sólida – formação de uma liga
 As três abordagens são frequentemente usadas em combinação
Prémio Nobel - Medalha
Liga de Ouro, Prata e Cobre
 Ligas metálicas – Materiais Policristalinos
 Pode-se dividir a solidificação de um metal ou liga metálica nas seguintes etapas:
i) Formação, no líquido, de núcleos estáveis (nucleação)
ii) Crescimento dos núcleos originando cristais e formação de uma estrutura de grão aleatória.

 Depois da formação de núcleos


estáveis, os cristais crescem
 Em cada cristal os átomos estão
dispostos da mesma maneira, mas
a orientação varia de cristal para
cristal
 Quando a solidificação termina os
diferentes cristais juntam-se uns
aos outros formando fronteiras

 O número de locais de nucleação, disponíveis no metal a solidificar, afecta a estrutura de grão do sólido
 Número de locais de nucleação pequeno, origina uma estrutura grosseira ou de grão grosso
 Número de locais de nucleação elevado, origina um material com uma estrutura de grão fino
 A maior parte dos metais e ligas metálicas é vazada de modo a obter uma estrutura de grãos finos, porque, sob
o ponto de vista mecânico é mais favorável e há uma maior homogeneidade dos produtos acabados
 Ligas metálicas – Materiais Policristalinos
 A deformação plástica, de um material policristalino, ocorre dentro de cada grão ao longo dos sistemas de deslocamentos
(ou planos de deslocamento) que estão mais favoravelmente orientados em relação à tensão aplicada – os grãos mudam de
forma durante a deformação
 Durante a deformação, a integridade e a coesão são mantidas ao longo dos contornos dos grão – os contornos dos grãos
não se abrem ou separam (mudam de forma)
 Antes da deformação (A) os grãos são equiaxiais (possuem aproximadamente a mesma dimensão, em todas as direcções);
por deformação plástica (B) os grãos tornam-se alongados ao longo da direcção na qual a amostra foi tensionada
A B

 Os metais são utilizados em estruturas de engenharia porque, ao contrário de materiais como o vidro ou cerâmicos, podem
sofrer uma deformação plástica apreciável antes da ruptura
 Esta plasticidade decorre da disposição dos átomos nos cristais (da estrutura cristalina) e da natureza não-direcional da ligação
entre os átomos (ligação metálica)
 Ligas metálicas – Soluções Sólidas
 As ligas podem ser classificadas em função do arranjo dos seus átomos:
i) ligas de substituição; ii) ligas intersticiais

 Nas soluções sólidas substitucionais, os átomos de soluto podem substituir os


átomos do solvente na rede cristalina deste
 A estrutura cristalina do elemento base (ou solvente) mantém-se, mas a rede
cristalina pode ficar distorcida – especialmente se existir uma diferença
significativa entre o tamanho dos átomos
 A solubilidade, no estado sólido, de um elemento noutro é favorecida pelas
seguintes condições:
i) Os diâmetros dos átomos dos elementos da liga não devem diferir mais de 15 %
ii) Os dois elementos devem ter a mesma estrutura cristalina
iii) As electronegatividades dos elementos não devem ser consideravelmente
diferentes (para que não reajam entre si – formação de um composto)
iv) Os dois elementos devem ter a mesma valência

Ratómico Estrutura
Elemento Electronegatividade
(nm) Cristalina
∆Ratómico ∆Electronegatividade Solubilidade
Sistema
Cu 0,128 CFC 1,8 (%) Máxima* (%)
Zinco 0,133 HC 1,7 Cu-Ni - 2,3 0 100
Níquel 0,117 CFC 1,8 Cu-Zn + 3,9 0,1 38,6
Alumínio 0,143 CFC 1,5 Cu-Al + 11,7 0,3 19,6
CFC – Cúbica de Faces Centradas * Solubilidade máxima observada no estado sólido
HC – Hexagonal Compacta
 Ligas metálicas – Soluções Sólidas
 As ligas podem ser e classificadas em função do seus arranjo dos seus átomos:
i) ligas de substituição, ii) ligas intersticiais

 Nas soluções sólidas intersticiais os átomos de soluto ocupam os espaços


entre os átomos de solvente (interstícios – cavidades/espaços)
 Formam-se quando se misturam átomos de tamanhos muito distintos (átomos
pequenos: hidrogénio, oxigénio, carbono e boro)
 Um aço é uma liga intersticial – os átomos de carbono vão ocupar os interstícios
da rede cristalina; (raio atómico do carbono: 0,071 nm e raio atómico do ferro:
0,124 nm)

 Polimorfismo (alotropia) - Alguns metais (e não-metais) podem ter mais de uma estrutura cristalina dependendo
da temperatura e pressão. Esse fenómeno é conhecido como polimorfismo – o ferro e o titânio (entre outros) são
dois exemplos de metais que apresentam polimorfismo
 De um modo geral, as transformações polimórficas são acompanhadas de mudanças na densidade e mudanças de
outras propriedades físicas

 À temperatura ambiente, o ferro tem estrutura cúbica de corpo centrado (CCC) – ferro 
 A 912 ◦C sofre uma alteração na estrutura cristalina para cúbica de faces centradas (CFC) – ferro 
 A 1394 ◦C sofre nova alteração na estrutura cristalina revertendo para uma estrutura cúbica de corpo centrado
(CCC) - ferro  - que mantém até ao ponto de fusão (~ 1538 ◦C)
 Ligas metálicas – Ligas Ferrosas
 As transformações polimórficas do ferro vão determinar a solubilidade do carbono na solução sólida

 Na ferrite (ferro ), estrutura CCC, apenas quantidades pequenas de


carbono são solúveis – valor máximo de 0,022 % a 727 ◦C

 Esta baixa solubilidade é explicada pela forma e tamanho dos


interstícios nas estruturas CCC – que tornam difícil acomodar os
átomos de carbono

 Apesar do baixo teor de C este influencia de maneira significativa as


propriedades mecânicas da ferrite – esta fase ferro-carbono é
relativamente macia e apresenta uma densidade de 7,88 g/cm3
Ferrite - Ferro 
(ampliação 90 X)

 A austenite (ferro ) quando ligada somente com carbono não é


estável a uma temperatura inferior a 727 ◦C

 A solubilidade máxima do carbono na austenite é de 2,14 % e ocorre


a 1147 ◦ C

 Esta solubilidade é ~100 vezes maior do que o valor máximo para a


ferrite (estrutura CCC) uma vez que as posições intersticiais na
estrutura cristalina CFC são maiores

 As transformações de fase envolvendo a austenite são muito


Austenite - Ferro 
(ampliação 375 X) importantes nos tratamentos térmicos
 Ligas Metálicas – Ligas Ferrosas
 A propriedade metalúrgica mais importante do ferro é o seu polimorfismo cristalino
 O diagrama de fases do sistema binário ferro-carbono serve de referência ao estudo das ligas ferrosas
 O diagrama de fases permite determinar a natureza dos constituintes que se formam - mas não permite prever a
morfologia que define a microestrutura do material
 A microestrutura vai depender das condições de germinação e crescimento das diversas fases – e é essencialmente
fixada pelas condições de arrefecimento

Temperatura de fusão

Transformação polimórfica
Ferro  (CFC) → Ferro  (CCC)

Solubilidade
Transformação polimórfica do C no Ferro 
Ferro  (CCC) → Ferro  (CFC)

Solubilidade Cementite
do C no Ferro  Composto
intermetálico
0,022 % a 727 ◦C Muito duro e
quebradiço
 Ligas Metálicas – Ligas Ferrosas

Transformação Eutectóide (727 ◦C) Transformação Eutéctica (1147 ◦C)


Ferro  (0,76% C) → Ferro  (0,022% C) + Fe3C (6,70 % C) Líquido (4,30 % C) → Ferro  (2,14 % C) + Fe3C (6,70 % C)

Ponto
Eutéctico

Ponto
Eutectóide
 Ligas Metálicas – Ligas Ferrosas
 Microestruturas: Perlítica, Martensítica, Bainítica

Perlite Bainite
Estrutura lamelar (disposição em camadas) Estrutura em forma de tiras/agulhas
de ferrite  e cementite de ferrite  e cementite

Martensite
Estrutura em agulha
(ou lenticular)
Estrutura monofásica de
austenite
 Ligas Ferrosas
 As ligas ferrosas são, pela sua versatilidade, as ligas de maior produção
 São ligas cujo principal componente é o ferro e carbono o principal elemento de liga
 Aços são ligas que contêm teores de carbono inferiores a 2 % (compreendidos entre 0,03 e 1,4 ou 1,5 %)
 Ferros Fundidos possuem teores de carbono superiores a 2 %, na prática a maioria dos ferros fundidos contém
entre 3 a 4,5 % em carbono
 A principal desvantagem das ligas ferrosas é a sua susceptibilidade à corrosão

Ligas Ferrosas

Ferro Forjado
Ferro Fundido Aço
Ferro Pudelado
 Ligas Ferrosas

 As limitações dos aços ao carbono (aços não ligados) para certas aplicações específicas conduziu ao
desenvolvimento de aços ligados
 Aços ligados para utilizações em condições de temperaturas extremas (aços refractários, aços para usos criogénicos)
e aços ligados para usos em meios agressivos/corrosivos (aços inoxidáveis)
 Tal como os aços ao carbono, os aços ligados possuem sempre Si, Mn, S e P (elementos normais de elaboração)
 Um aço diz-se ligado quando o teor dos elementos ligados (que não o carbono) excedem os valores indicados na
tabela:

Percentagens % (m/m)

Cr Ni Mo V W Co Ti Cu Al P+S

0,25 0,50 0,10 0,05 0,30 0,30 0,05 0,35 0,10 0,12

 Aços ligados de baixa liga - o teor total dos elementos de liga é inferior a 5 %
 Aços ligados de alta liga - o teor total dos elementos de liga é superior a 5 %
 Aços inoxidáveis - teor de crómio superior a 12 %
 Aços refractários - a adição de, principalmente, Cr e Ni permite estender a aplicação para temperaturas elevadas
(> 500 ◦C)
 Aços criogénicos - teor de Ni entre 0,85 e 9 %; permitem aplicações para temperaturas desde – 45 até – 195 ◦C
 Aços criogénicos inoxidáveis - teor de Ni entre 4,5 e 1 8 % (e Cr > 12 %); temperatura máxima de – 270 ◦C
 Ligas Ferrosas – Aço ao Carbono

 Dependendo da aplicação, um aço pode apresentar propriedades mecânicas diversas, que resultam, essencialmente,
da composição química e dos tratamentos térmicos a que foi submetido

Ductitlidade
Designação Composição Tensão de Tensão de
Estado (Extensão após Aplicações
AISE-SAE Química (%) Ruptura (MPa) cedência (MPa)
ruptura %)

Laminado a quente 276 - 414 170 - 310 28-47 Chapas; arame;


0,10 C pregos, parafusos,
1010
barras de reforço em
0,40 Mn Laminado a frio 290 - 400 159 -262 30 - 45 betão

0,20 C Laminado 448 331 36 Chapas e secções


1020 estruturais, veios,
0,45 Mn Recozido 393 297 36 engrenagens

Laminado 621 414 25


0,40 C Veios, vigas, tubos de
1040 Recozido 517 352 30 elevada resistência,
0,45 Mn engrenagens
Revenido 800 593 20

 Designação AISE-SAE – numeração com 4 dígitos; os dois primeiros indicam o tipo de aço e os dois últimos o teor de carbono
 Para um aço ao carbono comum os dois primeiros algarismos são 1 e 0; os restantes indicam o teor de carbono (em % mássica
multiplicada por 100)
 Laminação é um tratamento mecânico (a peça passa entre dois rolos com consequente redução da espessura - deformação plástica)
 Recozido e Revenido são tratamentos térmicos realizados com o objetivo de melhorar as propriedades mecânicas (essencialmente por
alteração/formação das microestruturas)
 Num tratamento térmico um aço é sujeito a ciclos térmicos apropriados (aquecimento, estágio e arrefecimento)
 Ligas Ferrosas – Aços Inoxidáveis

 A denominação de aços inoxidáveis designa a um conjunto de ligas ferrosas capazes de resistir a um elevado
número de meios corrosivos, dentro de extensos limites de temperaturas
 O crómio é o elemento de liga indispensável para que um aço seja inoxidável (teor em Cr superior a 12 %)
 A presença de crómio permite a formação em superfície de um filme de passivação (filme de óxido de crómio - que
isola o metal do meio corrosivo), conferindo à liga o seu carácter inoxidável
 A resistência à corrosão pode ainda ser melhorada por adição de níquel e molibdénio
 Os aços inoxidáveis podem ser classificados com base na fase constituinte predominante na sua microestrutura:

Aços Inoxidáveis

Ferríticos Martensíticos Austeníticos

 Aços inoxidáveis ferríticos (estrutura CCC, ferro-) são essencialmente ligas binárias ferro-crómio, contendo cerca de
12 a 30 % de Cr
 Aços inoxidáveis martensíticos contêm entre 12 a 18 % de Cr (teor de C entre 0,15 a 1,2 %) - a resistência à corrosão
destes aços é relativamente baixa quando comparada com a dos aços do tipo ferrítico ou austenítico (possuem, em
contrapartida, elevada dureza e resistência)
 Aços inoxidáveis austeníticos (estrutura CFC; ferro-) são essencialmente ligas ternárias ferro-crómio-níquel, contendo
cerca de 17 a 25 % de Cr e 7 a 20 % de Ni – possuem, normalmente, melhor resistência à corrosão do que os ferríticos e
martensíticos
 Ligas Ferrosas – Ferros Fundidos
 Os ferros fundidos são excelentes ligas para fundição (tal como o nome indica); fundem facilmente e são muito
fluidos no estado líquido
 Usados em aplicações que exijam: i) resistência ao desgaste; ii) isolamento de vibrações;
iii) produção de componentes de grandes dimensões e/ou peças de geometria complicada; iv) peças onde a
deformação plástica não é desejada
 Consoante a distribuição de carbono na microestrutura, podem distinguir-se quatro tipos de ferros fundidos:

Ferros Fundidos

Branco Cinzento Maleável Dúctil

 Ferros Fundidos Brancos – formam-se quando parte do carbono (teores entre 2,5 a 3 %) da liga fundida forma carboneto de ferro
(Fe3C) em vez de grafite, durante a solidificação. São usados, essencialmente, pela excelente resistência à abrasão e desgaste
 Ferros Fundidos Cinzentos – o carbono (teores entre 2,5 e 4,0 %) solidifica em forma de grafite. Estes materiais aliam ao baixo
custo excelente dureza e excelente capacidade de amortecimento de vibrações
 Ferro Fundidos Maleáveis – são obtidos a partir de ferros fundidos brancos por tratamento térmico. Variando a taxa de
arrefecimento, podem apresentar uma grande diversidade de propriedades tais como: elevada resistência à corrosão; boa
maquinabilidade e vazabilidade; elevada tenacidade e ductilidade
 Ferros Fundidos Dúcteis – possuem teores de carbono entre 3,5 a 4,0 %. A presença de grafite na forma esferoidal é responsável
pelas excelentes propriedades destas ligas – elevada resistência mecânica, tenacidade, ductilidade, boa resistência ao desgaste e
deformabilidade
 Fontes consultadas na elaboração da apresentação:

1. R. Chang, Chemistry, 10th Edition, McGraw-Hill, 2010


2. W. F. Smith., Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais,
3ª Edição, McGraw-Hill, 1998
3. W. D. Callister Jr., D. G. Rethwisch, Materials Science and Engineering: An
Introduction, 7th Edition , John Wiley & Sons, 2007
4. A. Carvalho, Steel Market Developments Q4-2015, OCDE, 2015
5. Fact Sheet – Steel and raw materials, World Steel Association, 2016
6. P. Dias, Análise Estrutural de um Kayak de Competição, FEUP, 2011 Bibliografia
7. http://www.acobrasil.org.br/site2015/
8. https://www.britannica.com/
9. https://www.usgs.gov/science/

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