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Direito Penal
Introdução ao Direito Penal.
Princípios
Aula 01
Atualizado em 09/03/2018
Sumário
1. CONCEITO, CARACTERES E FUNÇÕES DO DIREITO PENAL. ................................................................................... 1
2. RELAÇÕES COM OUTROS RAMOS DO DIREITO ..................................................................................................... 2
3. DIREITO PENAL E POLÍTICA CRIMINAL .................................................................................................................. 3
4. CRIMINOLOGIA ..................................................................................................................................................... 3
5. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO PENAL ............................................................................................................. 4
5.1. Princípio da alteridade: ............................................................................................................................... 4
5.2. Princípio da lesividade: ............................................................................................................................... 4
5.3. Princípio da intervenção mínima: ............................................................................................................... 4
5.4. Princípio da fragmentariedade: .................................................................................................................. 4
5.5. Princípio da adequação social:.................................................................................................................... 5
5.6. Princípio da insignificância ou da bagatela ................................................................................................. 5
5.7. Princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI, CFRB/88): .................................................................. 9
5.8. Princípio da proporcionalidade: .................................................................................................................. 9
5.9. Princípio da culpabilidade: .......................................................................................................................... 9
5.10. Princípio da confiança: ......................................................................................................................... 10
5.11. Princípio da humanidade: .................................................................................................................... 10
5.12. Princípio da legalidade (art. 5º, XXXIX, CFRB/88): ................................................................................ 10
5.13. Princípio da limitação das penas: ......................................................................................................... 12
5.14. Princípio da responsabilidade pessoal: ................................................................................................ 12
5.15. Princípio da presunção de inocência: .................................................................................................. 12
5.16. Princípio da Responsabilidade Subjetiva: ............................................................................................ 13
5.17. Princípio da humanidade: .................................................................................................................... 13
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Relação com o Direito Processual Civil: este ramo fornece normas ao processo penal,
de maneira subsidiária.
Relação com o D. Internacional Público: denomina-se direito internacional penal. Tem
por objetivo a luta contra as infrações internacionais. Entrariam nessa categoria de ilícitos os
crimes de guerra, contra a paz, contra a humanidade etc. Tem-se procurado estabelecer uma
jurisdição Penal Internacional e o grande avanço foi a criação do TPI, instituído pelo Tratado de
Roma, ratificado pelo Brasil (Decreto 4.388/2002). São importantes nesse ponto, inclusive, a
menção aos institutos da extradição e cooperação internacional em matéria penal.
Relação com o D. Internacional Privado: denomina-se direito penal internacional. Há a
necessidade de normas jurídicas para resolver eventual aplicação simultânea de leis penais
(nacional e estrangeira).
Relação com o direito civil: um mesmo fato pode caracterizar um ilícito penal e obrigar
a uma reparação civil; a diferença entre ambos é de grau, não de essência. Tutela ainda o Direito
Penal o patrimônio, ao descrever delitos como furto, roubo, estelionato etc. Ademais, muitas
noções constantes das definições de crimes são fornecidas pelo Direito Civil, como as de
"casamento", "erro", "ascendente", "descendente", "cônjuge" etc., indispensáveis para a
interpretação e aplicação da lei penal.
Relação com o Direito Comercial: tutela a lei penal institutos como o cheque, a
duplicata, o conhecimento de depósito ou warrant, etc. Determina ainda a incriminação da
fraude no comércio e tipifica, em lei especial, os crimes falimentares.
3 Relação com o Direito do Trabalho: principalmente no que tange aos crimes contra a
Organização do Trabalho (arts. 197 a 207 do CP) e aos efeitos trabalhistas da sentença penal
(arts. 482, d, e parágrafo único, e 483, e e f da CLT).
Relação com o Direito Tributário: quando contém a repressão aos crimes de sonegação
fiscal (Lei n° 8.137/90).
4. CRIMINOLOGIA
A criminologia é a disciplina que estuda a questão criminal do ponto de vista
biopsicossocial, ou seja, integra-se com as ciências da conduta aplicadas às condutas criminais
(Zaffaroni).
Estuda os fenômenos e as causas da criminalidade, a personalidade do delinquente e
sua conduta delituosa e a maneira de ressocializá-lo. Nesse sentido, há uma distinção precisa
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entre essa ciência e o Direito Penal. Enquanto neste a preocupação básica é a dogmática, ou
seja, o estudo das normas enquanto normas, da Criminologia se exige um conhecimento
profundo do conjunto de estudos que compõem a enciclopédia das ciências penais.
Criminologia crítica: a Criminologia não deve ter por objeto apenas o crime e o
criminoso como institucionalizados pelo direito positivo, mas deve questionar também os fatos
mais relevantes, adotando uma postura filosófica. Assim, cabe questionar os fatos "tais como a
violação dos direitos fundamentais do homem, a infligência de castigos físicos e de torturas em
países não democráticos; a prática de terrorismo e de guerrilhas; a corrupção política,
econômica e administrativa".
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que, na maioria dos casos, o STF e o STJ negam a aplicação do princípio da insignificância caso
o réu seja reincidente ou já responda a outros inquéritos ou ações penais. De igual modo, nega
o benefício em situações de furto qualificado
Na hipótese de o juiz da causa considerar penal ou socialmente indesejável a aplicação
do princípio da insignificância por furto, em situações em que tal enquadramento seja cogitável,
eventual sanção privativa de liberdade deverá ser fixada, como regra geral, em regime inicial
aberto, paralisando-se a incidência do art. 33, § 2º, "c", do CP no caso concreto, com base no
princípio da proporcionalidade.
É possível a aplicação do princípio da insignificância para atos infracionais (STF e STJ).
O princípio da insignificância pode ser reconhecido mesmo após o trânsito em julgado da
sentença condenatória (STF).
Princípio da insignificância e prisão em flagrante: A autoridade policial pode deixar de lavrar a
prisão em flagrante sob o argumento de que a conduta praticada é formalmente típica, mas se
revela penalmente insignificante (atipicidade material)? A) 1ª corrente: SIM. O princípio da
insignificância, como vimos, afasta a tipicidade material. Logo, se o fato é atípico, a autoridade
policial pode deixar de lavrar o flagrante. Nesse sentido: Cleber Masson (Direito Penal
esquematizado. Vol. 1. São Paulo: Método, 2014, p. 37); B) 2ª corrente: NÃO. A avaliação sobre
a presença ou não do princípio da insignificância, no caso concreto, deve ser feita pelo Poder
Judiciário (e não pela autoridade policial). É a posição da doutrina tradicional e DO STF.
Infração bagatelar própria (princípio da insignificância) X Infração bagatelar imprópria
7 (princípio da irrelevância penal do fato):
No primeiro caso, a situação já nasce atípica (material); o agente não deveria nem
mesmo ser processado já que o fato é atípico. Não tem previsão legal no direito brasileiro. Causa
supralegal de extinção da tipicidade material.
No segundo, por sua vez, a situação nasce penalmente relevante, porém, em virtude de
circunstâncias envolvendo o fato e o seu autor, consta-se que a pena se tornou desnecessária;
o agente tem que ser processado e somente após a análise das peculiaridades do caso concreto,
o juiz poderia reconhecer a desnecessidade da pena. Está previsto no art. 59 do CP, parte final
“estabelecimento de pena conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção
do crime”. Causa supralegal de extinção da punibilidade, não atuando no tipo/ilicitude. É uma
escusa absolutória.
Crimes nos quais a jurisprudência reconhece a aplicação do princípio da
insignificância:a) furto simples ou qualificado (tudo a depender das circunstâncias do caso
concreto); b) crimes ambientais (deve ser feita uma análise rigorosa, considerando que o bem
jurídico protegido é de natureza difusa e protegido constitucionalmente); c). crimes contra a
ordem tributária previstos na Lei n. 8.137/90; d) descaminho, ressalvada a reiteração delitiva –
criminoso habitual, podendo haver análise do juiz (art. 334 do CP);
O STJ, vendo que as suas decisões estavam sendo reformadas pelo STF, decidiu alinhar-
se à posição do Supremo e passou a também entender que o limite para a aplicação do princípio
da insignificância nos crimes tributários e no descaminho subiu realmente para R$ 20 mil.
O tema foi decidido sob a sistemática do recurso repetitivo e fixou-se a seguinte tese:
Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho
quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais),
a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas
Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda. STJ. 3ª Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel.
Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo).
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No aspecto teórico, o ente pode ser punido quando atua fora dos limites
permitidos pelo Estado. O único texto legal que prevê essa responsabilidade é a lei 9605 (crimes
ambientais). Para que a PJ seja punida o primeiro pressuposto é a infração, ou seja, o resultado
lesivo ao meio ambiente deve ser cometido por decisão de seu representante legal ou
contratual ou do órgão colegiado. Se não for vontade desses órgãos, não pode haver punição
penal à PJ. É o vínculo psicológico da PJ, sob pena de responsabilidade penal objetiva. O segundo
pressuposto é que o DANO, além de ter sido ocasionado por decisão de pessoas representantes
da PJ, deve advir de uma conduta adotada para atender os interesses ou benefícios do próprio
ente jurídico, e não das pessoas físicas que a compõem. A soma desses requisitos é denominado
de responsabilidade penal em cascata, pois não tem como construir uma conduta própria da
PJ, surgindo a responsabilidade criminal desta como consequência da ação de uma pessoa física.
Isto posto, o STJ entendia ser obrigatória dupla imputação (pessoa física + jurídica). Porém, o
STF decidiu o caso, fixando o a tese de que a CF não fez essa obrigação, entendendo pela
possibilidade de condenação da pessoa jurídica dissociada da pessoa física.
Aqui, se fala em culpabilidade social, conceito moderno entendido como
descumprimento do papel social que se espera de todo e qualquer ente coletivo que atua nas
mesmas condições. O STF entende que, conforme BULLOS, há uma espécie de autonomia
punitiva entre os cometimentos ilícitos praticados pelo homem, enquanto cidadão comum, e os
delitos exercidos por empresas. Ambos não se imiscuem, pois estão sujeitos a regimes jurídicos
diversos.
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11 Argumento que impossibilita a utilização de MP: relevância e urgência. O STF diz que não cabe
em direito incriminador, ou seja, para criar pena. Mas no direito não incriminador é possível.
O STF, no RE 254.818/PR, discutindo os efeitos benéficos trazidos pela MP 1571/97 (permitiu
o parcelamento de débitos tributários e previdenciários com efeitos extintivos da
punibilidade) proclamou a sua admissibilidade em favor do réu.
Reserva legal: somente a LEI pode criar tipos penais. E tratados e convenções
que prevejam crimes? Há divergência, entendendo a maioria doutrinária que estas previsões
são mandados de incriminação, ou seja, uma ordem externa de que internamente seja
produzida uma Lei que torne crime a conduta prevista.
Aqui está o fundamento da analogia, de modo que não cabe analogia, sob pena
de violar o princípio da legalidade, em desfavor do réu. Entretanto, permite-se a analogia em
favor do réu.
ATENÇÃO: medidas de segurança são abrangidas pela reserva legal? O STF diz
que sim, bem como a maioria da doutrina.
Anterioridade: somente pode ser punido o fato ocorrido após a entrada em
vigor de uma lei. Artigo 1 do CP.
Taxatividade: princípio da certeza ou da determinação, atuando no âmbito
material do princípio da legalidade, preconiza que a Lei deve definir o crime claramente a ponto
de permitir ao cidadão ter uma ideia daquilo que é proibido por ela. Não pode haver tipos penais
vagos e imprecisos.
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Nos chamados tipos penais abertos, tanto o STJ quanto o STF não possuem
decisão em que declare inconstitucionalidade de tipos penais abertos.
ATENÇÃO: A jurisprudência dos tribunais superiores não admite a combinação
de leis ou lei terciária, situação em que se extrai o que há de mais vantajoso em cada uma das
diversas leis para se formar uma lei ideal ao réu. Evidenciando essa vedação da lei terciária, vale
destacar o disposto no enunciado 501 da Súmula do STJ: "É cabível a aplicação retroativa da Lei
11.343/06, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais
favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei 6.368/76, sendo vedada a combinação de
leis." Tema aprofundado na apostila 02.
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