Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I- IDENTIFICAÇÃO
Nome da Disciplina: Epistemologias das Ciências Humanas
Código da Disciplina: TC122 Carga Horária: 60 h/a Créditos: 04
Tipo da Disciplina: ( X ) Obrigatória ( ) Optativa
Área de
Sujeitos, saberes e práticas cotidianas
Concentração:
Linguagens, memória e produção de saberes; Cotidiano, identidades e
Linha de Pesquisa:
subjetividades.
Docente Raoni Borges Barbosa
Responsável: Maria Cristina Rocha Barreto
IES de Vínculo: UERN
Categoria do
( ) Permanente ( X ) Colaborador ( ) Convidado
Docente:
E-mail: raoniborges@uern.com Telefone: 82 988321493
Semestre Letivo: 2020.1 Dia da Semana: Quinta-feira Horário: 14:00 às 18:00
II – EMENTA
Epistemologia das ciências humanas. Modernidade e pós-modernidade. Pensamento complexo. Teorias
contemporâneas das ciências humanas.
III – OBJETIVOS
Esta disciplina discute, - no contexto de emergência e consolidação da modernidade ocidental
(BOTTOMOORE & NISBET, 1980; GIDDENS, 1991, 2002 e 2009; BECK, 2002; ARENDT, 2010), e
desde abordagens filosóficas, sociológicas e antropológicas clássicas e contemporâneas (GIDDENS &
TURNER, 1999; HABERMAS, 2012; PIRES, 2010; ARON, 1993), - os modos de produção e reprodução
de repertórios simbólicos e de posturas cognitivo-comportamentais classificados como científicos
(MERTON, 2013). Repertórios simbólicos e posturas cognitivo-comportamentais aqui entendidos como
corpos de conhecimentos e de saberes, mas também como conjuntos de definições e enquadramentos
políticos, morais e estéticos do real. Nesse modo de apreensão das ciências, - e das ciências humanas
especificamente, - enquanto expressão e código cultural e social destacado na construção do discurso
público (GUSFIELD, 1986) e da administração técnico-burocrática da sociedade complexa (WEBER,
1973, 1974, 2002, 2015; HABERMAS, 1968 e 2012; LUHNMAN, 1985), a questão epistemológica (dos
momentos estruturantes e determinantes do conhecimento científico) será posta em análise sincrônica, de
modo a contemplar o devir histórico de correntes e escolas de pensamento (Positivismo, Funcionalismo,
Social-Estruturalismo, Estruturalismo, Sociologia Formal, Sociologia Compreensiva, Sociologia
Figuracional, Teoria de Sistemas, Teoria Crítica, Culturalismo, Interpretativismo, Acionalismo,
Interacionismo, Interacionismo Simbólico, Etnometodologia, entre outras) e diacrônica, privilegiando o
postulado geertziano (GEERTZ, 2012, 2012a e 2015) de que os modos de ação e de realidade inerentes à
ciência enquanto sistema social e simbólico são apreendidos na observação de como os seus operadores
2
cotidianamente constroem a realidade social (BERGER & LUCKMAN, 2003; FABIAN, 2013).
Esta disciplina pretende colaborar com as discussões epistemológicas no âmbito das Ciências Humanas,
enfatizando a análise histórica e teórico-metodológica do fazer científico enquanto exercício social,
político, cultural, moral, emocional e estético.
IV - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Modernidade.
Epistemologias das Ciências Humanas.
Conceitos centrais das Epistemologias Modernas.
Correntes Teóricas.
Escolas de Pensamento.
Positivismo.
Funcionalismo.
Social-Estruturalismo.
Estruturalismo.
Sociologia Formal.
Sociologia Compreensiva.
Sociologia Figuracional.
Teoria de Sistemas.
Teoria Crítica.
Culturalismo.
Interpretativismo.
Acionalismo.
Interacionismo.
Interacionismo Simbólico.
Etnometodologia.
Estudos Culturais e de Gênero.
Nova História.
História Social Inglesa.
Pós-Modernidade.
VI - AVALIAÇÃO (Informar como procederá a avaliação da disciplina, com ênfase na avaliação e na auto-avaliação discente e docente, destacando o
trabalho final da disciplina: monografias, resenhas, ensaios, artigos, seminários e/ou outros.) 1
Apresentação de resenhas dos textos, comentários críticos e seminários: 50%.
Produção bibliográfica individual: 50%
1
Conforme o regimento do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Sociais e Humanas – PPGCISH: “Art. 17. O rendimento acadêmico será averiguado pela frequência nas
aulas e pela mensuração de aproveitamento nas disciplinas. I - Caberá ao professor/a estabelecer a forma e o número de atividades para a mensuração do aproveitamento do discente. II - O
rendimento acadêmico é expresso por uma única nota, sendo atribuído conceito A para notas entre 9,0 e 10,0, conceito B para notas entre 8,0 e 8,9, conceito C para notas entre 7,0 e 7,9, e
conceito D para notas menores que 7,0. III - O discente que obtiver conceito A, B ou C será aprovado na disciplina. IV - Caso obtenha conceito D, o discente será reprovado na disciplina”.
3
COULON, Alain. Etnometodologia. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. [Introdução, Caps. I, II, III].
GARFINKEL, Harold. Estudos de etnometodologia. Petrópolis, RJ, Vozes: 2018. [Cap. 1].
GOFFMAN, Erving. Comportamento em lugares públicos: Notas sobre a organização social dos
ajuntamentos. Petrópolis: Vozes, 2010. [Introdução].
GOFFMAN, Erving. Os quadros da experiência social: Uma perspectiva de análise. Petrópolis:
Vozes, 2012. [Prefácio e Introdução].
GOFFMAN, Erving. Ritual de interação: ensaios sobre o comportamento face a face. Petrópolis:
Vozes, 2012a.
MEAD, George H. Espíritu, persona y sociedad: Desde el punto de vista del conductivismo social.
Buenos Aires: Paidós, 1973. [Parte III].
PARK, Robert E. A cidade: sugestões para a investigação do comportamento humano no meio
urbano. In: O. VELHO, Otávio. O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
SCHÜTZ, Alfred. Sobre múltiplas realidades. RBSE Revista Brasileira de Sociologia da Emoção,
v. 18, n. 52, p. 13-47, 2019.
JOAS, Hans. Interacionismo simbólico. In: Anthony Giddens e Jonathan Turner (Org.). Teoria
Social Hoje. São Paulo: EdUNESP, p. 127-174, 1999.
JOSEPH, Isaac. Erving Goffman e a Microssociologia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.
07º Encontro: 00/00 – Funcionalismos e Estruturalismos.
AUZIAS, Jean-Marie. Chaves do estruturalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
[Caps. I, II, III, IV, V, VII].
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Martins fontes, 1995.
[Introdução, caps. I e II].
DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
[Introdução, cap. I];
FOUCAULT, Michael. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009. [Parte
IV, cap. 6].
KUPER, Adam. Antropólogos e Antropologia. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1997. [Cap. 3]
MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Editora Abril, 1976.
[Prefácio, Introdução].
CARDOSO, Fernando Henrique e IANNI, Octávio (Orgs.). Homem e Sociedade: Leituras básicas
de sociologia geral. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1970. [Capítulos sobre PARSONS].
08º Encontro: 00/00 – Culturalismo e Interpretativismo. [AULA em colaboração com a Profa. Dra. Eliane
A. Silva].
BENEDICT, Ruth. O crisântemo e a espada: Padrões da Cultura Japonesa. São Paulo: Editora
Perspectiva, 1972.
BOAS, Franz. Antropologia cultural. Org. Celso Castro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
MEAD. Margareth. Sexo e temperamento. São Paulo: Editora Perspectiva, 2000.
GEERTZ, Clifford. O saber local. Petrópolis. RJ: Editora Vozes, 2007. [Caps. 1 e 3].
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2012. [Caps. 1 e 2].
09º Encontro: 00/00 – Teoria de Sistemas e Teoria do Agir Comunicativo. [AULA em colaboração com o
5
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Editora Perspectiva, 1997.
ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
BOTTOMORE, T. B. Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1971.
BECK, Ulrich. La sociedade del riesgo. Hacia uma nueva modernidade. Barcelona, Buenos Aires,
México: Paidós, 2002.
BENEDICT, Ruth. O crisântemo e a espada: Padrões da Cultura Japonesa. São Paulo: Editora Perspectiva,
1972.
BERGER, Peter L. & LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, 1985.
BOAS, Franz. Antropologia cultural. Org. Celso Castro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
BOUDON, Raymond. A ideologia. São Paulo: Editora Ática, 1989.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2013.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Editora
Civilização Brasileira, 2010.
CARDOSO, Fernando Henrique e IANNI, Octávio (Orgs.). Homem e Sociedade: Leituras básicas de
sociologia geral. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1970.
COULON, Alain. Etnometodologia. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. Investigações de Antropologia Política. Porto:
Afrontamento, 1979.
7
DESCOLA, Phillipe. Societies of nature and the nature of society. In: Adam Kuper, Conceptualizing
Society. London & New York: Routledge, 1992, p. 107-126.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Martins fontes, 1995.
DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
ELIAS, Norbert. A sociedade de corte. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: Uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: Uma formação do Estado e Civilização. Rio de Janeiro: Zahar,
2011a.
FABIAN, Johannes. O tempo e o outro. Como a antropologia estabelece seu objeto. Rio de Janeiro:
Editora Vozes, 2013.
FOUCAULT, Michael. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
GARFINKEL, Harold. Estudos de etnometodologia. Petrópolis, RJ, Vozes: 2018.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
GEERTZ, Clifford. O saber local. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2007.
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Editora Unesp, 1991.
GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
GOFFMAN, Erving. Comportamento em lugares públicos: Notas sobre a organização social dos
ajuntamentos. Petrópolis: Vozes, 2010.
GOFFMAN, Erving. Os quadros da experiência social: Uma perspectiva de análise. Petrópolis: Vozes,
2012.
GOFFMAN, Erving. Ritual de interação: ensaios sobre o comportamento face a face. Petrópolis: Vozes,
2012a.
HABERMAS, Jürgen. Consciências Moral e Agir Comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.
HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo. v. 1 e 2. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HEINICH, Nathalie. A sociologia de Norbert Elias. Bauru: EDUSC, 2001.
IANNI, Octavio e FERNANDES, Florestan (Orgs). Marx: Sociologia. São Paulo: Editora Ática, 1996.
JOAS, Hans. Interacionismo simbólico. In: Anthony Giddens e Jonathan Turner (Org.). Teoria Social
Hoje. São Paulo: EdUNESP, p. 127-174, 1999.
JOSEPH, Isaac. Erving Goffman e a Microssociologia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.
KUPER, Adam. Antropólogos e Antropologia. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1997.
LEVINE, Donald. Visões da tradição sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
MAUSS, Marcel. Sociología y Antropología. Madrid: Editorial Tecnos, 1971.
MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Editora Abril, 1976.
MEAD. Margareth. Sexo e temperamento. São Paulo: Editora Perspectiva, 2000.
LUHNMAN, Nilkas. Introdução à teoria dos sistemas. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2013.
8
MEAD, George H. Espíritu, persona y sociedad: Desde el punto de vista del conductivismo social. Buenos
Aires: Paidós, 1973.
MERTON, Robert K. Ensaios de sociologia da ciência. São Paulo: Associação Filosófica Scientiae Studia;
Editora 34, 2013.
OLIVEIRA, Roberto Cardoso (Org.). Maus: Antropologia. São Paulo: Editora Ática, 1979.
PARK, Robert E. A cidade: sugestões para a investigação do comportamento humano no meio urbano. In:
O. VELHO, Otávio. O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
PIRES, Álvaro P. Sobre algumas questões epistemológicas de uma metodologia geral para as ciências
sociais. In: Jean Poupart et al, A Pesquisa qualitativa. Enfoques epistemológicos e metodológicos. Rio de
Janeiro: Editora Vozes, 2010.
SCHÜTZ, Alfred. Sobre múltiplas realidades. RBSE Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 18, n.
52, p. 13-47, 2019.
THOMPSON, E. P.
TURNER, Victor W. O Processo Ritual: Estrutura e Antiestrutura. Petrópolis: Vozes, 2013.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana, v.
2, n. 2, p. 115-144, 1986.
WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2012. [
WEBER, Max. Sobre a teoria das ciências sociais. Lisboa: Editorial Presença, 1974.
WEBER, Max. Economia e Sociedade. Brasília: EdUNB, 2015.
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
BOTTOMOORE, Tom & NISBET, Robert. História da análise sociológica. Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 1980.
GIDDENS, Anthony & TURNER, Jonathan. Teoria social hoje. São Paulo: Editora Unesp, 1999.
GIDDENS, Anthony. A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
GEERTZ, Clifford. A vida entre os antros e outros ensaios. Rio de Janeiro: Editora Vozes: 2012a.
GEERTZ, Clifford. Atrás dos fatos. Dois países, quatro décadas, um antropólogo. Rio de Janeiro: Editora
Vozes, 2015.
GUSFIELD, Joseph R. Symbolic Crusade: Status Politics and the American Temperance Movement.
Illinois: University of Illinois Press, 1986.
HABERMAS, Jürgen. Técnica e Ciência como Ideologia. Lisboa: Edições 70, 1968.
LEVI-STRAUSS, Claude. As estruturas elementares do parentesco. Rio de Janeiro: Editora Vozes; São
Paulo: EDUSP, 1976.
LEVI-STRAUSS, Claude. Mito e significado. Portugal: Edições 70, 1978.
SENNETT, Richard. A corrosão do caráter. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record, 2008.
WEBER, Max. O Político e o Cientista. Lisboa: Editoral Presença,1973.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret, 2002.
9
_________________________________________
Assinatura do Professor Responsável
____________________________________________
Coordenador do PPGCISH/UERN