1) O documento discute os desafios éticos e epistemológicos às cosmovisões modernas a partir de perspectivas descoloniais.
2) Ele aborda a necessidade de revisão das epistemologias modernas devido à desumanização causada pela negação de saberes do Sul.
3) Também trata da emergência de diálogos sem precedentes entre conhecimentos produzidos nas bordas da globalização que questionam a universalidade do conhecimento moderno.
1) O documento discute os desafios éticos e epistemológicos às cosmovisões modernas a partir de perspectivas descoloniais.
2) Ele aborda a necessidade de revisão das epistemologias modernas devido à desumanização causada pela negação de saberes do Sul.
3) Também trata da emergência de diálogos sem precedentes entre conhecimentos produzidos nas bordas da globalização que questionam a universalidade do conhecimento moderno.
1) O documento discute os desafios éticos e epistemológicos às cosmovisões modernas a partir de perspectivas descoloniais.
2) Ele aborda a necessidade de revisão das epistemologias modernas devido à desumanização causada pela negação de saberes do Sul.
3) Também trata da emergência de diálogos sem precedentes entre conhecimentos produzidos nas bordas da globalização que questionam a universalidade do conhecimento moderno.
Por uma razão decolonial Desafios ético-político-epistemológicos à
cosmovisão moderna
O Texto é uma combinação do texto “Paradigma prudente para uma
vida decente”, de Boaventura Sousa Santos com teses sobre a Modernidade- Colonialidade – Decolionialidade” latino –americana. Trata a revisão necessária das epistemologias modernas, como desafio ético e político a ser enfrentado pelas ciências sociais, em especial devido à desumanização causada, entre outros fatores, pela negação das epistemologias do Sul colonizado. A autora Júlia Almeida é citada no texto, quando “em Perspectivas pós-coloniais em diálogo, introduz a coletânea Crítica pós-colonial: panorama de leituras contemporâneas (Almeida; Miglievich-Ribeiro; Gomes,2013), enfatiza os estudos pós-coloniais, em seus distintos domínios linguísticos e culturais” e revisita a ideia de alteridade, “sobre a qual a modernidade ocidental se constituiu como práxis racional de violência (Dusse,2000,p.472)” (p.68). A autora chama atenção para a Colonialidade, no texto enfatizada como a face oculta da Modernidade.. Outro ponto abordado no texto são as conversas entre os conhecimentos produzidos “nas bordas da globalização”, algo inédito que a autora chama de “sem precentes”. Conversas essas que combatem qualquer crença fundamentalista na universalidade/totalitária “buscando assim visualizar alguns desafios postos á epistemologia moderna a partir de saberes do Sul” (p.68). O texto sugere substituir a cosmologia moderna, por uma cosmovisão moderna, visto que a primeira, longe de ser demonizada, necessita ser “traduzida” para novos contextos, que comportam novos repertórios culturais, étnicos, epistêmicos, que não coadunam mais com a prática da exclusão dentro da desumanização produzida pela diferença colonial que ela trouxe em seu bojo. A tais desigualdades isso Aníbal Quijano chama “ radicalização das relações de poder” onde a subalternização do colonizado aparece como algo natural, traduzindo-se em desigualdades, sujeição de saberes e exclusão do diferente. Neste sentido, o giro decolonial , movimento teórico, ético e político que questiona as “pretensões de objetividade do conhecimento dito científico dos últimos séculos e, que nos diz respeito diretamente das ciências sociais” (p.69), vem como alternativa teórica e práxis a ser considerada como proposta de releitura dos construtos discursivos que moldaram o pensamento ocidental, numa gramática da descolonialidade , citada por Mignolo, como forma de tomar para si a responsabilidade ética e científica do oficio do intelectual, que outrora, legitimou os discursos hegemônicos modernos. Para a autora do artigo, a razão moderna dualista ( norte-sul, ocidente-oriente,rico-pobre,etc. criou a racionalidade moderna, arrogante e indolente que por sua vez criou inexistências, diante de polos dominantes, subalternalizando relações e existências. A racionalidade contra-hegemônica, aqui defendida, revê vazios revelados na desumanização e assujeitação, que Boaventura chama de “sociologia das ausências”, que estuda o ainda não , as resistências, os recomeços e chama desafio epistemológico o não cair no niilismo, proporndo “uma nova semântica das expectativas que não se confunde com a utopia longínqua, mas com a esperança que se processa mediante atos cotidianos aqui e agora” (p.71), uma recusa à objetificação do outro. Sobre os obstáculos á essa causa, é citada no texto a barreira linguística e os “silêncios intraduzíveis” (p.72). Falando em justiça, é introduzida a justiça colonial nessa reflexão, sobre a qual se sustenta a razão decolonial, dentro da rica cosmologia latino-americana. Sobre a razão decolonial proposta, o texto traça uma retomada da história do surgimento desta como desafio epistemológico citando a formação dos grupos de Estudos Subalternos do Sul da Ásia, Latino – Americano de Estudos Subalternos e a reimpressão do clássico Colonialidad y modernidad-racionalidad, de Aníbal Quijano, publicado em 1993, e que deram um redirecionamento à crítica pós-colonial na América Latina. Cita nomes como Enrique Dussel, Rodolfo Kush, Pablo Gonzalez, Darcy Ribeiro, entre outros, quando cita a aproximação entre o Pensamento Crítico latino Americano, a Teologia e a Filosofia da Libertação, em busca de uma ciência social autônoma e anti-imperialista. A esses estudos se juntam , a partir dos anos 90, os chamados “Estudos Culturais”, a Antropologia e a Comunicação, dialogando com os Estudos Subalternos Asiáticos e com a Filosofia Africana. Ballestrim vem nos dizer, citando Escobar (2003), que a principal força orientadora desses estudos “é uma reflexão continuada sobre a realidade cultural latino-americana, incluindo o conhecimento subalternizado dos grupos explorados e oprimidos”(p.74). Discutindo a possibilidade de uma ciência social não-eurocêntrica, apoiada em Dussel, que traz o conceito “de Transmodernidade”, é possívek dizer que “ a modernidade-colonialidade-decolonialidade amplia e aprofunda a potente crítica pós-colonial, fazendo emergir, nas palavras de Mignolo, o pensamento liminar “ que revela uma reflexão sobre a origem da Teoria do Conhecimento, ou como cita o texto : “uma gnosiologia poderosa emergente” (p.75). Para mignolo “ uma sociologia