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Aluna Regular do PPGSS em Educação da Universidade São Francisco – USF.
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Embora o autor considero melhor usar a expressão domínios foucaultianos, conforme justifica na página
42.
momento particular da história, e que essa suposta evidência
pode ser criticada e destruída.
Numa crítica cética e incômoda que nos leve a pensar “o que somos, a
possibilidade de não mais ser, fazer ou pensar o que somos, fazemos ou
pensamos” (VEIGA-NETO,2017, p.24), ou seja, reafirma o trabalho de Foucault
de provocar o estranhamento, a indefinição das respostas e o inacabamento
das mesmas, numa “verificação constante”, como diz o filósofo, algo
perfeitamente aplicável à educação, e às questões que a permeiam.
O texto traz uma explanação sobre as três fases dos escritos de
Foucault nominadas como: arqueologia, genealogia e ética, onde “se observa
claramente uma sucessiva incorporação de uma pela outra, num alargamento
de problematizações e respectivas maneiras de trabalhá-las”(VEIGA-
NETO,2017, p.38), e apresenta um quadro que evidencia os três Foucault,
segundo os critérios ontológico de Morey (1991): Ser-saber, pelo saber; Ser-
poder, pela ação de uns sobre os outros; e Ser-consigo, pela ação de cada
indivíduo consigo próprio fundamentando como nos tornamos o que somos,
como sujeitos de conhecimento e de ação constituídos pela moral sobre nós
mesmos.
No domínio Ser- saber, Foucault trata da nossa identidade explicando
que no tornamos, na modernidade um produto, dos saberes, tendo sido
produzidos no interior desses saberes que nos produziu.
Essa identidade, formada a partir de adaptações que nos são impostas,
numa espécie de controle e poder, traz uma relação intrínseca entre a
subjetivação moderna e a Pedagogia, posto que esta última: