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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...

VARA CIVIL
DA COMARCA DE MANAUS - AM

(espaço)

GANIMEDES RIBEIRO, nacionalidade, estado civil, união estável, profissão,


portadora da Carteira de Identidade (RG) de nº... e inscrito no CPF sob o nº ...,
endereço eletrônico (e-mail), residente e domiciliado no logradouro..., bairro...,
Manaus, Amazonas, comparece, perante a Vossa Excelência, por via de seu
Patrono que abaixo subscreve, com procuração anexa nos autos,(Doc. 1,
mandato em anexo), endereço eletrônico..., com escritório profissional situado
no logradouro, nº, bairro, cidade/UF, onde recebe as comunicações judiciais de
estilo, com o fim de, nos termos do artigo 319 do Código de processo civil, com
fundamento nos artigos 560, 562 do Código Processual Civil c/c artigos 186,
582 do Código Civil, propor:

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR c/c


INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS

Em face de EPIFÂNEO BEZERRA, nacionalidade, casado, sem união


estável, profissão, RG no. ..., inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob n o. ..., e
DALVINA BEZERRA nacionalidade, casada, sem união estável, profissão, RG
no. ..., inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob n o. ..., ambos residentes e
domiciliados na Rua..., nº, bairro Santa Etelvina, cidade de Manaus/AM, pelos
motivos a seguir aduzidos:

I - DOS FATOS

Ocorre que pai do AUTOR o Sr. Eustáquio Ribeiro, emprestou aos réus,
um imóvel urbano, situado no endereço..., nº, bairro de Santa Etelvina,
com matricula de imóvel de nº, o contrato escrito de comodato feito por
ambos estipulava a validade pelo período de 2 (dois) anos, (documento
02 em anexo).

Transcorrido um ano, Eustáquio Ribeiro faleceu, deixando como único


herdeiro o AUTOR, por tanto legitimado para pleitear tal direito,
(documento em anexo - doc. 03)

No dia... findou-se o prazo do contrato, o Autor notificou os réus para


que desculpasse o imóvel, pois o autor queria reaver o imóvel de volta,
todavia, os réus se recusaram a desocupar o imóvel e
consequentemente se negaram a devolve-lo, alegando que o Autor
nunca tivera a posse do imóvel, (documento anexo 04).

Os réus estão há três meses na posse do imóvel já citado de maneira


injusta, após no dia..., o contrato foi extinto naturalmente devido o seu
cumprimento.

II – DIREITO

DA LEGITIMIDADE

Inicialmente, cumpre destacar que, o autor é o único herdeiro legitimado


para reaver todos os bens que pertenciam à seu pai, sendo um deles, o imóvel
que é o objeto da referida ação, portanto tem legitimidade ativa para pleitear
tais direitos. Conforme artigo 17 do CPC, Para postular em juízo é necessário
ter interesse e legitimidade.

DO CABIMENTO

DA POSSE INJUSTA RESULTANTE DO ESBULHO

O Art. 561 do Código Processual Civil, imperiosamente ordena:

“Art. 561 – Incube ao autor provar:


I – a sua posse; II – a turbação ou esbulho praticado pelo réu; IV- [...], ou
a perda da posse, na ação de reintegração. ”

No caso em tela, a posse do Autor está consubstanciada pela certidão


de Registro do imóvel em nome do seu falecido pai e sendo o Autor seu único
herdeiro. Do mesmo modo, o esbulho praticado pelos denunciados se deu,
quando findou o contrato de comodato de dois anos, pelo que ficou o
comodatário obrigado a restituir o imóvel, quando notificado para tal. A
notificação foi feita e os denunciados permanecem na posse do bem. É notório,
que ao negar-se a restituir a posse, essa se torna injusta, em razão da
precariedade.

Segundo Tito Fulgêncio :

“Precária é a posse que se origina de abuso de confiança: alguém


recebe uma coisa por um título que o obriga à restituição, em prazo certo ou
incerto, como por empréstimo ou aluguel, e recusa injustamente a fazer a
entrega”(FULGÊNCIO, T Da Posse e das Ações Possessórias, 9ª ed. Ver. E
atual. Por José de Aguiar Dias. Rio de Janeiro: Forense, 1997. Vol. I.P. 39).

DA EXISTENCIA DE DANO MATERIAL- INDENIZAÇÃO

Deve os denunciados serem condenados pelo pagamento de aluguel


que venha a vencer a partir da data de encerramento do contrato de comodato,
data que deveria ter restituído a posse do imóvel, tendo em vista o último dia
da notificação extrajudicial, até a data em que esta retorne à mão do autor,
conforme estabelece o art. 582 do Código Civil:

“Art. 582 - ... o comodatário constituído em mora, além de por ela responder,
pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comandante”.

Da mesma forma, no diploma processual, no art. 55:

“Art. 555 – É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:

I – condenação em perdas e danos;”

DA LIMINAR
562 ART.

IV – DO PEDIDO

Em face do exposto, requer o autor:

a) Diante de todo o exposto, os reclamantes optam pela realização da


audiência de conciliação ou de mediação, para tanto, vem à presença de
Vossa Excelência requerer a citação dos Réus, e caso queiram, apresentem
contestação no prazo de 15 (quinze) dias, se ocorrer uma das hipóteses do
artigo 335 do Código de Processo Civil, sob pena de sofrer o efeito da revelia
previsto no artigo 344 do Código Processo Civil;

b) Seja expedido, sem ouvir os réus, mandado liminar de reintegração de


posse, nos termos do artigo 562 do Código de Processo Civil;

c) A condenação dos réus ao pagamento de aluguéis, a serem arbitrados por


V. Exa., desde da data final do contrato, até que seja reintegrado o Autor na
posse do bem;

d) A condenação dos Réus ao pagamento das custas, despesas processuais e


dos honorários de sucumbência, fixados na forma do artigo 85, § 2º, do Código
de Processo Civil.

e) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,


em especial, a oitiva de testemunhas e documentos.

Dá-se o valor da causa em R$ 1.000,00 (hum mil reais), para efeitos


meramente fiscais.

Termo em que,

Pede deferimento

Manaus, 17 de abril de 2020.


ADVOGADO

OAB Nº.../UF

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