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PERSPECTIVAS FUTURAS SOBRE A POLÍTICA DO

CONTEÚDO LOCAL BRASILEIRO.

Camila Santos Bulcão¹, Estefânia Reyjane Sodré², Raul César Melo dos Santos³, Ana Carla
Salinas4

Centro Universitário Jorge Amado, Av. Luís Viana Filho, 6775, CEP.: 41.745-130, Paralela,
Salvador- Ba, Brasil

Resumo

O presente artigo visa contribuir para análise acerca da implantação da Política de Conteúdo
Local no Brasil, considerando aspectos como o que é o petróleo; discute o conceito, a
natureza e as regras existentes sobre Conteúdo Local no país; descreve a situação do mercado
internacional e os seus impactos no setor petrolífero brasileiro; analisa através de coletas de
dados com estudantes do Centro Universitário Jorge Amado a relação dos mesmos com o
tema; e as diferentes perspectivas para cada um dos agentes envolvidos, isto é,
Concessionário, Fornecedor e Governo em relação a tal política. O Conteúdo Local foi
implantado com o intuito de incentivo ao crescimento da indústria brasileira, a fim de
substituir as importações, fomentar o desenvolvimento tecnológico, capacitação de recursos
humanos e a geração de emprego e renda. No momento em que o país sinaliza a retomada das
rodadas de licitações e por toda a importância dessa política, a compreensão dos novos rumos
que a mesma vem tomando é o grande foco deste trabalho. Porque para o cumprimento do
Conteúdo Local é preciso haver boas políticas em relação ao ensino, e ao apoio ao
empresário.

Palavras-chave: Conteúdo Local. Brasil. Petróleo. Indústria. Rodadas de licitações.

1. Introdução

O Conteúdo Local é um conceito que tem vínculo com participações de operadoras com
infraestrutura no país (entre elas as do setor de petróleo) por meio da contratação de

Bacharelanda em Engenharia de Petróleo e Gás, Centro Universitário Jorge Amado, E-mail: camila_bulcao@hotmail.com
Bacharelanda em Engenharia de Petróleo e Gás, Centro Universitário Jorge Amado, E-mail:
estefaniareyjane@hotmail.com
Professor Orientador, Graduado em Engenharia Elétrica, pelo Centro Federal de Educação e Tecnologia Celso Suckow da
Fonseca do Rio de Janeiro, Mestre em planejamento estratégico pela Universidade de Salvador, Docente e Coordenador do
curso de Engenharia de Petróleo e Gás, Centro Universitário Jorge Amado.
Professora Coorientadora, Graduada em Geologia, pela Universidade Federal da Bahia, Mestre em Petrologia pela
Universidade Federal da Bahia, Docente do curso de Engenharia de Petróleo e Gás, Centro Universitário Jorge Amado.
equipamentos e serviços de origem nacional, assim como a participação de mão de obra local,
entre outros.

O Brasil, além de ser um dos quinze maiores países produtores de petróleo do mundo,
apresenta importantes avanços regulatórios na política de conteúdo local.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), acredita que o


regulamento do Conteúdo Local vem se tornando mais maduro, existindo assim um
entendimento sobre os tipos de bens e serviços que podem serem fornecidos no Brasil e os
quais ainda necessitam ser adquiridos no exterior, por esse motivo, o governo propôs novos
valores percentuais para tal política, todavia, há críticas sobre tais mudanças.

Alguns desafios podem ser enfrentados pela indústria e pelo governo, os quais podem
ter como exemplo a melhoria de infraestrutura, inovação, produtividade, responsabilidade
ambiental e segurança e ainda redução de custos.

O desenvolvimento de uma indústria local é fundamental para a geração de empregos e


maximização das vantagens que a indústria de petróleo pode oferecer ao país. No entanto, as
políticas pertinentes devem ser implementadas com cautela, sem criar requisitos que não
possam ser cumpridos ou que possam pôr em risco a segurança das operações especialmente o
segmento dedicado à indústria de petróleo e gás, leva tempo, e a confiabilidade dos
fornecedores locais é uma questão fundamental a ser considerada pelas concessionárias. Ao
mesmo tempo, se a ANP simplesmente renunciar ao cumprimento das percentagens mínimas
exigidas de conteúdo local, definidas nos contratos de concessão devido à falta de
fornecedores qualificados no país, a política de conteúdo local terá falhado.

2. Fundamentação Teórica

2.1. Aspectos físicos do petróleo e das suas reservas

O petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos, ou seja, de substâncias


orgânicas formadas por hidrogênio e carbono. Trata-se de uma substância oleosa, inflamável,
menos densa que a água, com cheiro característico e de cor variando entre o preto e castanho
escuro. O mesmo é encontrado entre os grãos de rochas sedimentares porosas e permeáveis,
como arenitos, por exemplo, ou em cavidades interconectadas de rochas como calcário. Para a
obtenção do óleo é preciso passar por diversas etapas, representadas, de forma geral pela
prospecção, exploração, produção, transporte e refino. (THOMAS,2004).

Quanto à classificação, podem-se fazer diversas a partir de diferentes critérios. Uma


delas considera o petróleo pelos hidrocarbonetos presentes na mistura, separando-o em:
petróleo parafínico, petróleo naftênico e petróleo aromático. Outra qualificação muito
utilizada se baseia na propriedade física da densidade do petróleo, o grau API, criado pelo
American Petroleum Institute (API). Essas características influenciam diretamente nos
processos, que são ajustados de forma a obter o perfil de produção necessário para o
atendimento do mercado. Assim, as classificações auxiliam não apenas na melhor
caracterização do petróleo, como também ajudam a traçar o perfil que será direcionado para o
processo de refino nas refinarias. (ANP, 2015).

Sinônimo de riqueza e poder para um país, as reservas de petróleo são comuns em


várias potências mundiais. As maiores e mais baratas reservas estão situadas nos países
produtores da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), organização criada
em 1960 na Conferência de Badgá que tem como objetivo coordenar de maneira centralizada
a política petrolífera dos países-membros, de modo a restringir a oferta de petróleo no
mercado internacional. (Pêssoa, 2016)

O Brasil como uma das fortes potências no mercado de petróleo e gás vem evoluindo
nas suas descobertas e também nas regulamentações para essa esfera, pois a criação de um
marco regulatório claro e bem concebido é fundamental para estimular a confiança de
investidores e consumidores e para o bom andamento do setor. (Quintans, 2015).

2.2. Estrutura Institucional do Setor de Petróleo no Brasil vinculada a Política de


Conteúdo Local

A política petroleira de exploração e produção no Brasil, ligada à Política de Conteúdo


Local (PCL) é diretamente exercida no poder executivo através do Ministério de Minas e
Energia (MME), conforme o quadro abaixo:

Quadro 1: Estrutura institucional da política de conteúdo local no Brasil


Fonte: Martínez, 2014.

O MME é auxiliado por ministérios, agências e autoridades de supervisão e regulação,


como a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a qual segundo
a Lei 9. 478 de 6 de agosto de 1997, Art 8º tem como finalidade promover a regulação, a
contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do
gás natural e dos biocombustíveis, entre outras atribuições está a de articular-se com os outros
órgãos reguladores do setor energético sobre matérias de interesse comum, inclusive para
efeito de apoio técnico ao CNPE; O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) é
assessorado pelo Ministério de Minas e Energia e está vinculado as secretarias como
Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis e à Secretaria de
Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE). O incremento dos índices mínimos de
Conteúdo Local de equipamentos e serviços que são dispostos nas licitações e contratos de
concessão é proposto pelo CNPE.

No Brasil ainda vinculado a sua estrutura institucional ligada à PCL estão as


operadoras estatais Petrobras e Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) e a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a qual tem o propósito, promover
no mercado internacional os setores de equipamentos dos fornecedores locais, e ainda atrair
investimentos de capital exterior para a indústria de petróleo brasileira. (Martínez, 2014).

Por fim, nessa política há participação representativa do Instituto Brasileiro de


Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e da Organização Nacional da Indústria de Petróleo
(ONIP) que atuam respectivamente, em defesa da indústria por meio de articulação e
cooperação junto às agências reguladoras, governo, empresas fornecedoras de bens e serviços,
companhias de exploração do petróleo, entre outros.

2.3. Sistemas Regulatórios de E&P

Para ter deferido o direito de Exploração e Produção (E&P) de petróleo no Brasil,


coexistem três sistemas regulatórios: cessão, partilha de produção e concessão onerosa. As
atividades de E&P de petróleo se desenvolvem onshore (em terra) e offshore (no mar).
(Quintans,2010).
A União é proprietária do petróleo, mas a extração pode ser feita por empresas ou
consórcios mediante diversas formas de pagamento, como os royalties (compensações
financeiras pagas ao Estado, incluindo suas regiões produtoras, por conta dos danos causados
pela sua exploração, incluindo os riscos ambientais e os impactos socioeconômicos gerados),
que dependem do sistema vigente. O sistema de concessão regeu exclusivamente as atividades
de exploração e produção de petróleo e gás natural até 2010, quando foram promulgadas as
leis 12.276/10 e 12.351/10, que instituíram, respectivamente, os sistemas de cessão onerosa e
partilha de produção e criaram um marco para exploração do pré-sal. (Quintans, 2015)
O modelo de concessão é normalmente utilizado para áreas de risco exploratório médio
e alto, o qual o concessionário assume todos os riscos da exploração e produção, ou seja, o
concessionário é dono de todo o petróleo produzido, todavia em troca deve compensar a união
com bônus de assinatura, royalties, participação nos lucros extraordinários, por exemplo.
Este regime está sendo aplicado a todas as bacias sedimentares brasileiras, com exceção
da área do pré-sal. Entre as áreas reguladas por esse modelo estão: Marlim, Roncador, Lula e
Jubarte. (Petrobras, 2017).
No caso do modelo de partilha, a propriedade do petróleo extraído é exclusiva do
Estado, que remunera os custos de produção e divide, com o contratado, o excedente em óleo.
O mesmo é normalmente aplicado no caso de áreas com baixo risco exploratório, e nas
licitações de partilha, o vencedor é o que oferece o maior excedente em óleo para a União.
(Petrobras, 2017).

No Brasil, o mesmo é adotado para as atividades de exploração e produção em áreas do


pré-sal que não se encontravam sob o modelo de concessão antes da Lei 12.351/10 e em áreas
estratégicas. De acordo com a Lei supracitada, a Petrobras teria participação mínima de 30%
em todos os consórcios de exploração do pré-sal e status de operadora única. Todavia,
ocorreram mudanças na lei do pré-sal e atualmente a Petrobras terá apenas preferência para
operar blocos sob esse tipo de modelo, permitindo que outras empresas possam comandar a
exploração em poço dessa região. (Neto, 2013).

O projeto de Lei 4.567/16 aprovado pela Câmara de Deputados prevê que a ANP
definirá quais os blocos a serem leiloados e o Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE) será o responsável por decidir quem vai explorar as áreas. O bloco de Libra, no pré-
sal da Bacia de Santos, foi à primeira área a ser licitada sob o regime de partilha de produção.
A Petrobras tem 40% de participação nesse bloco. (Câmara dos Deputados, 2016).

Na concessão onerosa, foi determinada pela União, após autorização legal expressa, o
direito de exercer para a Petrobras, por meio de contratação direta, atividades de exploração e
produção em áreas do Pré-Sal que não estão sob o modelo de concessão, limitadas ao volume
máximo de 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Sendo assim a Petrobras arca com
todos os custos e assume os riscos de produção nessas áreas. A duração do contrato é de 40
anos, podendo ser prorrogado por mais cinco anos. Atualmente, os blocos que possuem esse
modelo são: Franco, Florim, Nordeste de Tupi, Sul de Tupi, Sul de Guará, Entorno de Iara e
Peroba. (Petrobras, 2017). Para esse modelo no ano de 2016, o governo previa terminar o
processo de revisão do valor de contrato ao final da fase exploratória, após a declaração de
comercialidade dos blocos. Tendo uma revisão fundamentada em laudos elaborados por
entidades certificadoras independentes, de volumes e outras variáveis. (Infoglobo
Comunicação e Participações S.A,2016).
2.4. Histórico da Política de Conteúdo Local no Brasil

Desde as primeiras quatro rodadas de licitação que ocorreu no período de 1999 a 2002,
foi inserido um compromisso de aquisição de bens e serviços locais, não existindo uma
exigência sobre o valor mínimo de Conteúdo Local (CL), por se tratar da fase inicial de
implantação.
Essa política exige que grandes operadoras tenham como parte dos seus fornecedores
empresas brasileiras, ou seja, trata-se de uma política de incentivo para que fornecedores,
concessionários de petróleo possam produzir no Brasil bens, serviços e mão de obra.
Para Quintans (2010, p.8) “Conteúdo Local é um processo de substituição de
importações na tentativa de transformar um mercado inexplorado em um mercado pulsante.
Depois que o mercado se torna maduro ou, ao menos, se mantém, Conteúdo Local pode ser
tido como uma ferramenta política de proteção ao mercado local”.
De acordo com a Lei 12.351 de 22 de Dezembro de 2010, Art 2º, VIII, “O Conteúdo
Local (CL) é a proporção entre o valor dos bens produzidos e dos serviços prestados no País
para execução do contrato e o valor total de bens utilizados e dos serviços prestados para essa
finalidade”.
A Política de Conteúdo Local (PCL), foi evoluindo e na 5ª e 6ª rodada, ocorreu uma
exigência mínima para as fases de exploração e desenvolvimento da produção através do
Programa Exploratório Mínimo (PEM), onde os percentuais mínimos de CL – dependendo da
qualificação operacional requerida pelo operador – variavam de 30% a 70% .
É válido ressaltar que em 2003, o Governo Federal instituiu através do Decreto nº
4.925, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural
(PROMINP). A criação do programa coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e pela
Petrobras, com o objetivo de maximizar a participação da indústria nacional fornecedora de
bens e serviços, em bases competitivas e sustentáveis na implantação de projetos de
investimentos no setor de petróleo e gás no Brasil e no Exterior.
Com o passar do tempo à exigência de conteúdo local mínimo nos contratos de
concessão dos blocos exploratórios da ANP acarretou na indispensabilidade da criação de
uma forma única de medição que assegurasse uniformidade, transparência e credibilidade aos
diversos agentes atuantes no setor de petróleo e gás do Brasil. Diante desse cenário, no ano de
2004, foi criada, a Cartilha de Conteúdo Local do PROMINP, a qual apresenta uma
metodologia de cálculo do CL de bens, sistemas, subsistemas e serviços relacionados ao setor
e busca identificar a origem de fabricação dos componentes que compõem cada equipamento,
pondera o valor dos insumos importados em comparação ao valor do bem e os consolidam no
Índice de CL, tendo aprovação de entidades como: ABIMAQ, FIRJAN, BNDES, IBP, ONIP,
MME, Petrobras, Sinaval, Info Globo, Exxo Mobil, Shell Brasil Ltda., Revista Brasil Energia,
entre outros. (Quintans,2010).
A partir da sétima a décima rodada ficaram definidos os limites mínimos e máximos de
CL, conforme a localização do bloco (águas profundas, águas rasas e terra), como mostra a
tabela abaixo:
Tabela 1: Percentuais de Exigência de Conteúdo Local nas Rodadas de Licitações
Rodadas Fase de Exploração Fase de Desenvolvimento
Mínimo (%) Máximo (%) Mínimo (%) Máximo (%)
7ª a 10ª 37 55 55 85
Médio Médio
11ª 62 76
12ª 73 84
13ª 62 76

Fonte: Elaboração própria.

Os critérios para o conteúdo local seguiram as diretrizes das rodadas entre 7ª e 10ª,
mesmo tendo a 8ª rodada suspensa devido às restrições que se encontravam no edital.
Com a evolução da política de Conteúdo Local, a partir da sétima rodada ficou
estabelecida a exigência de comprovação do CL por meio de certificados emitidos por
entidades credenciadas pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Combustíveis), o que fez com que surgisse a necessidade de fiscalização, onde a ANP exige
dos concessionários o envio trimestral do relatório de certificação, nele deverá ser indicado os
valores com a aquisição locais certificadas e os gastos com bens e serviços estrangeiros,
podendo assim ficar passíveis de multas as empresas que não respeitarem os limites mínimos
de CL.
ANP (2016) há quatro resoluções que compreendem o Sistema de Certificação de
Conteúdo Local, são elas:
 Resolução ANP nº 19, de 14.11.2013, que define os critérios e procedimentos para a
execução das atividades de Certificação de Conteúdo Local; (Resolução substituta a de
nº 36, a partir da revisão feita no ano de 2013).
 Resolução ANP nº 37, de 13.11.2007, que define os critérios e procedimentos para
cadastramento e credenciamento de entidades para exercer a atividade de Certificação
de Conteúdo Local;
 Resolução ANP nº 38, de 13.11.2007, que define os critérios e procedimentos de
auditoria nas empresas de autorizadas ao exercício da atividade de Certificação;
 Resolução ANP nº 39, de 13.11.2007, que define os relatórios de investimentos locais
em exploração e desenvolvimento da produção em Contratos de Concessão a partir da
Sétima Rodada de Licitações.

Os fornecedores diretos das grandes operadoras precisam comprovar, mediante os


certificados, que seus bens e serviços contêm a porcentagem de conteúdo local exigida. A
certificação atinge também os subfornecedores da cadeia, os quais atendem os principais
fornecedores do setor. As operadoras, que também serão certificadas, por sua vez, apresentam
os relatórios de investimento que comprovam a adequação ao CL, os quais são auditados pela
ANP. Os critérios e procedimentos certificação estão dispostos na Resolução ANP nº 19 de 14
de Junho de 2013.
Em uma iniciativa conjunta da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o apoio técnico da
Petrobras, foi criado o Programa Inova Petro, com o objetivo de fomentar projetos que
contemplem pesquisa, desenvolvimento, engenharia, absorção tecnológica, produção e
comercialização de produtos, processos e/ou serviços inovadores, principalmente para
empresas fornecedoras brasileiras e/ou grupos econômicos brasileiros com Receita
Operacional Bruta (ROB) superior a R$ 16 milhões, individualmente ou em associação, que
tenham interesse de empreender atividades de produção e comercialização dos equipamentos
ou serviços decorrentes das tecnologias relacionadas aos temas indicados anteriormente
(Finep, 2014). Contribuindo para política de aumento de conteúdo local e para a
competitividade e sustentabilidade da cadeia de fornecedores nacional. O mesmo tem duração
prevista até agosto de 2017. (BNDES, 2017).
2.4.1 Vantagens e Desvantagens da Política de Conteúdo Local

A política de conteúdo local apresenta vantagens como: a diversificação da economia


local, o aumento da atratividade para investidores, o crescimento sustentável da economia, a
geração de empregos e incremento da receita proveniente de tributos, a redução de custos de
operações de petróleo e gás, proximidade entre fornecedores e operadores, redução da
dependência de mão de obra estrangeira, aumento da capacidade de inovação dos
fornecedores e redução nos custos logísticos e disponibilidade de assistência técnica local.
(Quintans, 2010)

Se ocorrer a retirada da atratividade das bacias brasileiras em relação ao seu potencial


de produção de petróleo e gás natural, e ainda a transformação da PCL em reserva de
mercado, tem-se uma desvantagem. Além disso, a falta de compreensão e do detalhamento
das planilhas de Conteúdo Local (CL), podem vir a ocasionar que fornecedores e
concessionárias estabeleçam acordos que julguem necessários, sem contar que a utilização do
CL como critério de julgamento das ofertas de licitação, pode vir a acarretar um
descumprimento do licitante, que ficará sujeito às penalidades do contrato de concessão e da
Portaria ANP nº 234/03. (Nunes, 2013).

Ao terminar a fase de exploração ou ao final de qualquer etapa de desenvolvimento, a


constatação desse descumprimento pode gerar multas de bilhões de dólares para os cofres
públicos, o que gera certa crítica do setor industrial, pois não é vinculado as multas medidas
de para o estímulo, desenvolvimento de tecnologias para exploração de petróleo e gás no
Brasil. (Moreno, 2013). Além disso, pode acarretar em um pedido de “waiver” junto a ANP
mais para frente, ou seja, uma exoneração da obrigação do cumprimento. (ANP, 2015).

2.5. Breve Relato Sobre as Descobertas de Petróleo no Brasil e a Promoção para a


Política de Conteúdo Local
Com as descobertas do petróleo em áreas offshore em 1968 em Guaricema Sergipe-
Alagoas, mesmo havendo um grande esforço para que os equipamentos fossem fabricados em
território nacional, o governo de Juscelino Kubitscheck optou por contratar empresas
estrangeiras, devido à sua decisão de manter a Instrução nº113 da Superintendência da Moeda
e do Crédito (SUMOC) que conferia a estas empresas a isenção de taxas de importação de
máquinas e equipamentos, mesmo se houvesse materiais similares de fabricação nacional,
todavia é válido salientar que naquela época já existiam organizações como a Associação
Brasileira da Indústria de Maquinas e Equipamentos (ABIMAQ, 1937) e a Associação
Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal (ABITAM, 1957).

Vale ressaltar que já havia ocorrido a primeira descoberta de petróleo em terra no ano
de 1939, no bairro do Lobato na cidade de Salvador, Bahia. E que houve necessidade de
promoção para a política de conteúdo local e que desde a década de 80 vem sendo criados
programas para amparar as evoluções do setor petrolífero e de tal política. (BARRETO,
2001).

2.6. As influências do setor financeiro e de produção do Mercado Internacional de


Petróleo

Nos últimos 10 anos, o preço do petróleo Brent (comercializado na bolsa de Londres,


tendo como referência tanto o petróleo extraído do mar do norte quanto do Oriente Médio)
passou por períodos de alta, situado entre US$ 100,00 e U$$130,00 por influência da
demanda nos EUA e na Europa, até períodos de baixa, atingindo mínimas de US$ 50,00 logo
após a crise financeira desencadeada no ano de 2007 a partir da queda do Índice Dow Jones
(indicador do mercado norte-americano, que corresponde ao valor avaliado de trinta grandes
ações industriais), motivada pela concessão de empréstimos hipotecários de alto risco, prática
que arrastou vários bancos para uma situação de insolvência, repercutindo fortemente sobre as
bolsas de valores de todo mundo. (Mártil, 2016)

Com a instabilidade econômica que o Brasil vem enfrentando, incluindo quedas nos
preços dos barris de petróleo no mercado internacional aliado a outros fatores, houve um
prejuízo financeiro da Petrobras, proporcionando assim uma diminuição na rentabilidade dos
projetos de exploração no pré-sal e despertado uma avaliação mais rígida dos prazos para
recuperação do mercado e melhoria da situação atual. (Nunes, 2017)

2.7. Perspectivas na política de conteúdo local

Visando a situação supracitada, o governo afirma trabalhar para atrair investimentos


privados para o país, em um momento em que a Petrobras reduz sua participação no setor,
propondo inclusive uma mudança profunda nas regras de conteúdo local, pois a mesma vem
sendo considerada com exigência muito elevada tanto no sentido dos custos, quanto na
dificuldade de cumprir o contrato e na diminuição da competitividade. (MME,2017).

Em fevereiro de 2017, o Governo Federal fez o anúncio de uma nova política que visa
aprimorar e incentivar os investimentos para área de petróleo e gás, segundo o Ministério de
Minas e Energia, o objetivo é aumentar a competitividade da indústria, tendo assim novos
percentuais exigidos em projetos no Brasil, ocorrendo uma mudança na obrigação da
contratação de conteúdo local, que, em média será reduzida pela metade, segundo o mesmo a
redução desses percentuais e apuração de forma global ou macrosegmentos, e não mais a cada
item ajudará a dinamizar os investimentos no país, melhorando o ambiente de negócios nesse
setor. Esses novos percentuais começarão a valer a partir dos leilões previstos para setembro
deste ano, os quais correspondem a 14ª (décima quarta) rodada de licitações e 3ª (terceira)
rodada do pré-sal. A 2ª Rodada de Partilha de Produção e a 4ª Rodada de Campos Marginais
já tinham suas regras definidas pelo Programa de Estímulo à Competitividade da Cadeia
Produtiva, ao Desenvolvimento e ao Aprimoramento de Fornecedores do Setor de Petróleo e
Gás Natural (Pedefor), pois isso não terá alterações quanto às novas regras. (MME,2017).

O ministro Fernando Coelho Filho, anunciou, após reunião com representantes do


Ministério da Fazenda, da Casa Civil, do Planejamento, e de Indústria, Comércio Exterior e
Serviços, que os novos percentuais de Conteúdo Local são os seguintes (MME,2017):

 Mínimo de 50% para exploração e produção em terra;

 Mínimo de 18% para exploração em áreas marinhas com mais de 100m de


profundidade;
 Mínimo de 25% para construção de poço;

 Mínimo de 40% para sistema de coleta e escoamento;

 Mínimo de 25% para UEP (Unidade Estacionária de Produção).

Os novos percentuais foram definidos em consenso pelos ministérios e submetidos ao


comitê gestor do Pedefor.

A resolução do Programa de Estímulo à Competitividade da Cadeia Produtiva do setor


de óleo e gás (Pedefor) determinou em abril deste ano que os percentuais de conteúdo local
definidos nas cláusulas do contrato sejam adotados, mas que este fator não seja um critério de
apuração das ofertas na licitação. O Pedefor também recomendou que as empresas fizessem
investimentos em pesquisa e inovação; e que a aplicação de multa pelo não cumprimento do
conteúdo local seja em cima do valor monetário descumprido. (Petronoticias, 2017).

As novas regras foram apreciadas pelo Conselho Nacional de Política Energética


(CNPE) e teve sua aprovação em abril do mesmo ano. A redução dos percentuais e sua
apuração de forma global e macrosegmentos devem ajudar a evitar a discussão sobre o
cumprimento do CL, que em alguns casos acaba por gerar judicialização, criando incerteza
aos investidores e deixando de ser arrecadado. Segundo Fernando Coelho Filho, os novos
percentuais, mais realistas, também significa que não se aplicam os pedidos de “waiver”, ou
perdões de punições por descumprimento do CL mínimo por parte das petroleiras. (MME,
2017).

Por fim, a desobrigação da Petrobras na exploração do pré-sal despertou o interesse de


muitas empresas privadas estrangeiras que começaram a se instalar no país, principalmente no
Rio de Janeiro, região com maiores reservas, o que de certa forma provoca uma
movimentação positiva para as pequenas empresas, proporcionando assim novas
possibilidades de negócio na área. Além, do acordo firmado entre a Rússia e a Opep, o que
pode vir a resultar no aumento do preço do barril do petróleo entre 2017 e 2018, estimulando
assim a exploração em campos offshore. (Sebrae Relatório de Inteligência: Petróleo e Gás,
2017)
2.8. Críticas quanto à nova mudança do CL

Nas diversas reuniões que ocorreram na Câmara dos Deputados para a apresentação das
novas regras houve resistência por parte de alguns deputados e também pelos representantes
dos fornecedores e dos serviços de mão de obra da indústria brasileira da área de petróleo e
gás. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
(ABIMAQ), José Velloso Dias Cardoso, fez críticas à redução de conteúdo local no próximo
leilão do pré-sal e que a nova política não faz distinção entre bens e serviços. Além disso, a
Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) fez um alerta quanto ao risco de desemprego por
conta da quebra do conteúdo local. (Câmara Notícias, 2017)

A indústria concorda que a política de conteúdo local deve ser revista, da melhor
maneira, a qual para eles seria a não definição de índices globais, e sim de índices específicos
para o setor de serviços e para a aquisição de bens. Todavia, na listagem do governo há
valores globais para todos os setores na PCL. (Sinaval, 2017)

Há críticas positivas em relação às mudanças proposta pelo governo, as empresas


estrangeiras acreditam que as mesmas são importantes em termos regulatórios, e que deixa o
ambiente mais propicio para investimentos nas próximas rodadas de licitação. (Petronoticias,
2017).

3. Discussão dos Resultados

A aplicação do questionário que consta em anexo com os alunos do curso de


Bacharelado em Engenharia de Petróleo de Gás do Centro Universitário Jorge Amado,
pertencentes nas turmas do 8º ao 10º semestre, por já terem cursado disciplinas que podem vir
a abordar sobre o assunto, gerou resultados que são apresentadas abaixo, obtidos com a
utilização da ferramenta Google Forms:
Gráfico 1: Nível de conhecimento do termo conteúdo local

Fonte: Elaboração própria.

O Conteúdo Local tem sido um assunto abordado em algumas disciplinas na


graduação, mas de forma sucinta, sem muitos detalhes, o que fez com que alguns discentes
buscassem fontes de pesquisas para compreender mais sobre o que é o mesmo, todavia há
ainda no meio acadêmico a necessidade de uma abordagem com mais riquezas de detalhes,
pois nem todos conhecem ou já ouviram falar sobre o assunto.

Gráfico 2: Importância da implantação da política de conteúdo local no Brasil


Fonte: Elaboração própria.

Tomando a implantação da Política de Conteúdo Local como incentivo de produção


de petróleo para que fornecedores e concessionárias invistam no Brasil, a mesma tem uma
grande importância no mercado brasileiro, pois a viabilidade de investimentos no setor de
petróleo não depende apenas de recursos hidro carboníferos, mas também do regime
regulatório do país.

Gráfico 3: Mudanças na política de conteúdo local

Fonte: Elaboração própria.

Diante do cenário em que o mercado de petróleo e gás se encontra, o qual o valor do


barril de petróleo tem baixo índice e a situação de desinvestimento da Petrobras, as mudanças
propostas pelo governo pode ser uma nova oportunidade para atrair maior diversificação de
investidores no mercado através de novas rodadas de licitações.

Gráfico 4: Revisão da política de conteúdo local


Fonte: Elaboração própria.

A forma como a Política de Conteúdo Local foi implantada e que vem tomando rumo,
faz com que exista a necessidade de uma revisão mais aprofundada, pois não se tem muito
conhecimento sobre a mesma de forma clara, e também deve haver maior disseminação dá
informação, afinal sempre haverá brechas que necessitarão serem cobertas.

Gráfico 5: Nova maneira de pensar na política de conteúdo local

Fonte: Elaboração própria.


Há sempre uma nova maneira de reflexão sobre os marcos regulatórios,
principalmente em relação à Política de Conteúdo Local, a qual possui implantação em outros
países como Noruega, Nigéria e México mesmo que sendo distinta ao modelo brasileiro.
Todavia, a compreensão sobre o termo “Local Content” no mundo, pode ser bastante
interessante para aquisição de novos conhecimentos, além disso, como o Brasil já possui certa
experiência nessa política há a necessidade de levar em conta todas as vantagens e
desvantagens da sua implantação, pois não tem como ser descartado tudo que já ocorreu no
país vinculado ao tema.

4. Considerações Finais

O acompanhamento das mudanças do setor regulatório de petróleo e gás é


extremamente importante, pois as mesmas impactam diretamente nos próximos passos a
serem dados no mercado, principalmente no momento em que o Brasil sinaliza a retomada no
ritmo de rodadas de licitações.
Os alunos enxergam o Conteúdo Local como uma política de incentivo ao
crescimento da indústria brasileira na área de petróleo e gás, além de ser uma forma de
controle para que não exista um grupo privilegiado, todavia concordam que tal política deve
ser revisada, pois há sempre brechas que necessitam ser cobertas, e que há ainda a
necessidade de disseminação do assunto.
Para as empresas fornecedoras o acompanhamento das mudanças do setor
regulatório será primordial para tomada de decisões, pois será preciso identificar um novo
modelo de atuação, as novas tecnologias possíveis de desenvolver no país, as estratégias dos
concorrentes globais, buscando assim um diferencial. Entretanto, os mesmos não se
mostraram tão satisfeitos, pois embora concordem com a necessidade de revisão na política de
conteúdo local, esses novos valores dado pelo governo, acabam por desconsiderar todo o
investimento e sucesso que já foi obtido desde a implantação do percentual obrigatório.
Já para as concessionárias, tais mudanças feitas pelo governo, significam novas
oportunidades de investimento, principalmente na área do pré-sal. De tal modo, ao comparar o
que o Governo Federal afirma que ao mudar as regras, está ocorrendo um amadurecimento na
política, podendo assim dar retomada nas rodas de licitações de blocos exploratórios,
concessão e partilha, e de campos terrestres maduros, com previsões de calendário até 2019,
faz com que as concessionárias passem a olhar novamente para o Brasil, de modo a enxergar
certa confiança ao investir.
O Conteúdo Local só vai poder ser cumprido se houver boas políticas públicas em
relação ao ensino acadêmico e em qualificação dos empresários, tendo sua inserção de forma
flexível, podendo assim desempenhar um papel real de incentivo ao desenvolvimento
industrial do país, gerando mais empregos e renda, e tendo uma ampliação no quadro de
acompanhamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
em todo o processo, principalmente no que compete a certificações e fiscalização. Todavia, a
implantação de políticas pertinentes necessita de cautela, pois será preciso criar requisitos que
possam ser cumpridos, os quais não coloque em risco a segurança das operações do segmento
de petróleo e gás, tais procedimentos levam tempo, e demanda confiança das concessionárias
nos fornecedores locais. Por isso, existe a necessidade de uma revisão na Política de Conteúdo
Local, pois caso a ANP venha a renunciar ao cumprimento dos percentuais mínimos exigidos
de conteúdo local nas licitações, devido à falta de fornecedores qualificados no país ou por
total abertura no direito de exploração e produção de petróleo sem que aja um incentivo ao
desenvolvimento de inovação e novas tecnologias para que a indústria possa atender as
demandas do setor petrolífero, tal política terá falhado.
5. Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS


(ANP). c.2015. Disponível em: <http://www.anp.gov.br/wwwanp/producao-de-derivados-de-
petroleo-e-processamento-de-gas-natutal/petroleo>. Acesso em: 30 mar. 2017.

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES). c.


2017. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/plano-
inova-empresa/programa-inova-petro> Acesso em: 30 mar. 2017.

BARRETO, C. E. P. A Saga do Petróleo Brasileiro: “a farra do boi”. São Paulo: Nobel


Editora,2001.

BRASIL. CÂMARA DOS DEPUTADOS. O Projeto de Lei nº 4567, de 2016; Altera a Lei nº
12.351, de 22 de dezembro de 2010, para facultar à Petrobras o direito de preferência para
atuar como operador e possuir participação mínima de 30% (trinta por cento) nos consórcios
formados para exploração de blocos licitados no regime de partilha de produção; convertido
na Lei nº 13.365. Brasília.DF. Dez.2016.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA ENERGÉTICA. Estabelece diretrizes


para definição de Conteúdo Local em áreas unitizáveis e aprova as exigências de Conteúdo
Local para Rodadas de Licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás
natural a serem conduzidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis- ANP. Resolução nº 7 de 11 de Abril de 2017. Diário Oficial da União
Seção 1, nº 87, 9 de maio de 2017.

BRASIL. Lei Nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010. Dispõe sobre a exploração e a produção


de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, sob o regime de partilha de
produção, em áreas do pré-sal e em áreas estratégicas; cria o Fundo Social- FS e dispõe sobre
sua estrutura e fontes de recursos; altera o dispositivo da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997;
e dá outras providências. Brasília. DF, dez. 2010.

BRASIL. ANP. Nota Técnica CCL nº19 de 17 de Setembro de 2015. Apresenta a apuração
dos compromissos de conteúdo local por rodada. Disponível em:
<http://www.anp.gov.br/wwwanp/notas-tecnicas>. Acesso em: 30 mar. 2017.

CÂMARA DOS DEPUTADOS. Discussões sobre exigência de conteúdo local na


exploração de gás e petróleo marcam comissão geral. 2017. 2 min e 37 seg. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=kp3PNrp90Mo>. Acesso em: 30 abr. 2017.

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crescimento-do-mercado-offshore-e-as-expectativas-com-a-otc-
2017/58e2611337a6ad1800ab523a>. Acesso em: 20 abr. 2017.

SEBRAE. Rodadas de Licitações de P&G: Panorama até 2019. Relatório de Inteligência


Petróleo e Gás. Rio de Janeiro. Abr. 2017. Disponível em:
<https://www.sebraeinteligenciasetorial.com.br/produtos/relatorios-de-inteligencia/rodadas-
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mai. 2017.

SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO


NAVAL E OFFSHORE (SINAVAL). Disponível em: <http://sinaval.org.br/2017/05/politica-
industrial-x-conteudo-local/> Acesso em: 03 mai. 2017.

THOMAS J. E et al. Fundamentos de engenharia de petróleo. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora


Interciência: 2004.
ANEXO I

QUESTIONÁRIO PESQUISA

CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO E GÁS.

Pesquisa acadêmica realizada por Camila Bulcão e Estefânia Sodré, do curso de Engenharia
de Petróleo e Gás entre os dias 16/05/2017 à 26/05/2017, com o objetivo de investigar
aspectos relevantes da Política de Conteúdo Local (PCL)*

Questionário:

1. Você conhece ou já ouviu falar em Conteúdo Local?

( ) Sim; ( ) Não; ( ) Não sei opinar; ( ) Pra mim é novidade.; ( ) Outros.

Justificativa (Opcional): _______________________________________

__________________________________________________________

2. Você acha que a implantação da Política de Conteúdo Local tem importância para o
mercado de Petróleo e Gás no Brasil?

( ) Sim; ( ) Não; ( ) Tanto faz; ( ) Essencial; ( ) Não sei opinar; ( ) Outros.

Justificativa (Opcional): _______________________________________


__________________________________________________________

3. Como você imagina que as mudanças propostas pelo governo vão incentivar a
competitividade do mercado de petróleo e gás ?

( ) Boa; ( ) Tanto faz; ( ) Necessária; ( ) Não sei opinar; ( ) Outros.

Justificativa (Opcional): _______________________________________

__________________________________________________________

4. Você acha que a Política de Conteúdo Local deve ser revisada?

( ) Sim; ( ) Não; ( ) Tanto faz; ( ) Outros.

Justificativa (Opcional): _______________________________________

__________________________________________________________

5. Você acredita que teria uma nova maneira de pensar sobre essa política de modo a
atender a todos os envolvidos?

( ) Sim; ( ) Não; ( ) Indeciso; ( ) Não sei responder; ( ) Outros.

Justificativa (Opcional): __________________________________________

_______________________________________________________________
TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO

Declaro que estou informado de que este questionário se refere à pesquisa elaborada pelas
acadêmicas Camila Bulcão e Estefânia Sodré, para preparo do artigo de conclusão de curso
junto ao Centro Universitário Jorge Amado, UNIJORGE, pelo que estou datando e assinando
este Termo de autorização, inclusive para a publicação dos resultados deste seu trabalho.

Data ..... / ..... / ..... .......................................................

Assinatura

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