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Bovina
Introdução
Caracterização geral
Aspectos históricos
Desde 1996 – cerca de 4,5 milhões de animais foram sacrificados para prevenir que a
BSE se espalhasse. O governo britânico já gastou com indenizações cerca de 1,4 bilhões
de libras e quase 600 milhões para descartar as carcaças. Estima-se que haja 1 milhão de
bovinos infectados.
Situação atual
Etiologia
A doença é causada por uma proteína conhecida como príon. Os prions são agentes
menores que os vírus e não possuem material genético (DNA ou RNA). A
infecciosidade dos príons foi descrita em 1982 por Stanley Prusiner, da Universidade da
Califórnia (EUA), trabalho que lhe valeu o prêmio Nobel em 1997.
ovinos: scrapie
humanos: creutzfeldt-jakob (CJD), kuru, gerstmann-sträussler
felinos: encefalopatia espongiforme felina
Epidemiologia
As encefalopatias causadas por príons ainda são objeto de profundo estudo pela
comunidade científica e muitas questões ainda estão pendentes. A origem da epidemia
ainda não está provada, existindo diversas teorias. Todavia, com base nos
conhecimentos atuais, pode-se descrever a seguinte história natural da doença:
Via de eliminação: os príons não são eliminados. Eles permanecem nos tecidos
infectados.
Patogenia
O mecanismo de ação do príon se dá através de sua interação com uma proteína
semelhante, chamada PrPc (príon "normal"), que existe normalmente nos tecidos
nervosos e linfóides. Não há diferença na seqüência de aminoácidos do príon "normal"
(PrPc) e do príon "infeccioso" (PrPsc). A diferença está na organização espacial destes
aminoácidos. Esta nova estrutura permite que o PrPsc resista à ação de certas enzimas,
como as proteases, e o PrPc não.
O PrPsc, após penetrar no organismo, forma um dímero com o PrPc e essa junção
resulta em duas moléculas PrPsc. Essa multiplicação do PrPsc faz com ele passe a se
acumular em vacúolos no tecido nervoso, causando sua degeneração. É do aspecto
vacuolizado do tecido nervoso ao exame histopatológico que resulta o termo
"espongiforme" (= semelhante a uma esponja).
Todo o processo, porém, é extremamente lento. O período de incubação pode levar até
10 anos, ou mais.
Sintomas
Em humanos
Em bovinos
Diagnóstico
Exame clínico: sinais neurológicos
Exame histopatológico: aspecto espongiforme
Técnicas especiais: microscopia eletrônica, imunohistoquímica
Tratamento
Não há.
Controle
Não usar sub-produtos do processamento industrial de ruminantes na
alimentação dos mesmos. A Inglaterra baniu tal uso em 1988 e o Brasil em
1996.
Controle de trânsito de animais: o Brasil não importa ovinos da Inglaterra desde
1985 e bovinos desde 1990.
Exames laboratoriais em animais abatidos. A Europa está introduzindo esse
exame de rotina em todos animais abatidos. Em outros países, esse exame ocorre
por amostragem ou em casos de suspeita clínica.
Veja também
http://www.agricultura.gov.br/sda/dda/bse01.htm