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Índice
História
Técnica Litografia de Kunstformen der Natur
Limpeza (obra de Ernst Haeckel)
Desenho
Entintagem
Impressão
Cromolitografia
Litografia no Brasil
A primeira Oficina de Litografia de Minas Gerais
Referências
Ver também
Referências
História
Essa técnica foi inventada por Alois Senefelder — um jovem ator e escritor de teatro alemão — por volta de
1796, quando buscava um meio de impressão para seus textos e partituras e se deparava com o desinteresse
dos editores. Acabou inventando um processo químico novo, mais econômico e menos demorado que todos
os outros meios conhecidos na época. A acção de desenhar/escrever sobre pedra já era conhecida, o crédito
de Senefelder é ter equacionado os princípios básicos da impressão a partir da mesma. Apoiou-se em textos
encontrados em Nuremberg, sobre as experiências de Simon Schmidt, sacerdote e professor bávaro, sendo
este o primeiro a pensar a pedra como matriz reprodutora.
A Litografia foi usada extensivamente nos primórdios da imprensa moderna no século XIX para impressão
de toda sorte de documentos, rótulos, cartazes, mapas, jornais, dentre outros, além de possibilitar uma nova
técnica expressiva para os artistas. Pode ser impressa em plástico, madeira, tecido e papel.
Sabe-se que o primeiro pintor que se utilizou com sucesso da técnica de litografia foi Goya, em sua série
Touradas, de 1825.
Este expediente artístico atingiu seu apogeu nas últimas décadas do século XIX, quando diversos autores
franceses como Gustave Doré, Renoir, Cézanne, Toulouse-Lautrec, Bonnard, dentre outros, promoveram
uma renovação da litografia a cores.
Técnica
A técnica da litografia pode ser dividida em quatro etapas básicas:
Limpeza
Desenho
Entintagem
Depois de o desenho estar pronto e seco, caso tenha sido utilizada uma tinta aquosa, partimos para a
acidulação e entintagem ou viragem, processos que fixam a gordura na superfície da pedra, evitando que
esta se espalhe pelas áreas brancas, descaracterizando o desenho. Pulveriza-se o breu sobre a imagem,
espalhando-o com um chumaço de estopa,
depois a pedra recebe um banho de uma solução
de goma arábica, acido tânico, nítrico e
fosfórico, que fixa a gordura apenas na
superfície. A matriz então fica dividida em duas
áreas: a branca que retém água e repele gordura
e a desenhada que agrega gordura e repele água.
Limpa-se a superfície com removedor (aguarrás
ou querosene) para eliminar o pigmento usado
no desenho preservando apenas a gordura, em
seguida, a superfície da pedra é umedecida com
água. Nessa etapa, não podemos deixar a
superfície da pedra secar.
Uma litografia de Abraham Salm (1801-1876)
A entintagem é feita com um rolo de couro ou
de borracha. A tinta litográfica é oleosa e, ao
passarmos, ela adere somente nas partes engorduradas, muito embora devamos limpar as margens e a
superfície da pedra com uma esponja úmida para evitar qualquer acúmulo de tinta que possa aparecer na
hora da impressão.
Impressão
A última etapa é a impressão. As primeiras tentativas são consideradas testes. A espessura da pedra deve ser
de pelo menos 5 centímetros, para evitar rachaduras. O papel (ou outro material) é colocado sobre a pedra,
de maneira alinhada. Usa-se uma prensa manual própria para a litografia, a pedra é colocada sobre a
superfície plana da prensa que desliza sob a pressão de uma trave chamada ratora. Gira-se a manivela com
cuidado para que a ratora não ultrapasse o limite da pedra, causando um acidente, devido a forte pressão. O
desenho será impresso de maneira espelhada no papel, assim como nas outras modalidades da gravura. A
litografia permite tirar muitas cópias da mesma matriz.
Depois de tiradas as cópias desejadas, a pedra está pronta para ser limpa e reutilizada.
Cromolitografia
Litografia no Brasil
O trabalho desenvolvido repercutiu de tal forma nos meios artísticos de Belo Horizonte, que a Escola
Guignard organizou um curso para Quaglia ministrar a seus alunos, sob sugestão da aluna Lotus Lobo, que
conhecera as atividades do Centro Artístico e Cultural durante a Semana Santa de 1963, em São João del-
Rei.
O curso ministrado por Quaglia acaba por estimular a criação do Grupo Oficina, formado por jovens artistas
- Lotus Lobo, Roberto Vieira, Klara Kaiser, Nívea Bracher, Paulo Laender, Frei David, entre outros -, que
passam a utilizar a litografia como meio expressivo para suas atividades artísticas. Trabalhando em
conjunto, experimentam as possibilidades técnicas da litografia, entre as quais se destacam a fidelidade ao
desenho original e o caráter de reprodutividade em série.
Referências
1. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova
Fronteira. 1986. p. 1 041.
Ver também
Gravura
Xilografia
Fotolitografia
Acabamento
Gráfica
Flexografia
Impressão offset
Indústria gráfica
Parque gráfico
Pré-impressão
Rotogravura
Serigrafia
Referências
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