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SLI M G U ID E | A UL A 0 3

Pilares das Políticas


de Compliance III

Roadmap de aplicação de
Políticas de Compliance

GISLENE CABRAL

ALINHAMENTO DE COMPLIANCE
COM AS DEMAIS ÁREAS DA
INSTITUIÇÃO

Assim como é necessário o apoio da alta adminis-


tração para o sucesso do programa de Compliance,
ter o envolvimento das demais áreas da instituição
é primordial.

Em primeiro lugar pelo fato de cada área ser a res-


ponsável direta pelas atividades e sem o devido en-
gajamento é difícil acreditar que haverá a correta
disseminação de Compliance.

Assim como na área de Controles Internos, a área de


Compliance precisa identificar, entender e avaliar os
riscos e por muitas vezes estas áreas que executam
papéis distintos, mas complementares, são interpre-
tadas indevidamente como se tivessem os mesmos
papéis.

Importante ressaltar que Compliance tem o viés de


avaliar a aderência as leis e normas, além de ser o
guardião da integridade no ambiente corporativo,
por exemplo, promovendo a disseminação do tema
e mecanismos para avaliar por exemplo, a interação
com agentes públicos. Em outras palavras, a área de
Controles Internos visa mitigar os riscos encontrados
nos processos críticos, por meio da implantação de
controles internos. Os controles internos devem ser
efetivos e consistentes com a natureza, complexida-
de e risco das operações.

Há diversas áreas dentro de uma organização, que


assim como a área de controles internos, também
existem intersecções e a Auditoria Interna é um ou-
tro exemplo.

A Auditoria ganhou relevância no período da quebra


da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. Neste
período ficou claro como as demonstrações financei-
ras eram frágeis.

Em 1934, nos EUA, após a criação da Securities and


Exchange Commission (SEC), foi reforçado o papel do
auditor tornando-o imprescindível e um pilar rele-
vante para a boa governança corporativa.

Já no Brasil, foi o Banco Central o responsável por


reforçar a relevância da Auditoria, quando em 1972
tornou pública a Resolução nº 220 do Conselho
Monetário Nacional.

ROAMAP DE IMPLANTAÇÃO DE
PROGRAMAS DE COMPLIANCE

O termo roadmap é emprestado do setor de tecno-


logia e informática, caracterizado como uma espécie
de “mapa” que organizar as metas de desenvolvi-
mento de um  software, registros das etapas e ver-
sões, prazos e pode incluir tarefas do cliente.

Transpondo este conceito para a implantação de


Programas de Compliance, “roadmap” é um roteiro
que busca apresentar os caminhos que uma empre-
sa pode percorrer para alcançar os objetivos e metas
traçadas, levando em consideração os riscos internos
e também externos como influências que o mercado
pode exercer no negócio.

É uma ferramenta que ajuda a controlar as ações,


permitindo uma visão geral dos processos e de todas
as áreas envolvidas. Possibilita o alinhamento entre
diretoria com as demais equipes e facilita a materia-
lização do que está sendo desenvolvido. Ao mesmo
tempo, também é capaz de capturar todo pensa-
mento estratégico da organização para que seja in-
corporado nas ações.

EXEMPLO DE ROADMAP

Fonte: https://roadmunk.com/guides/business-roadmap-examples/

INTEGRAÇÃO ENTRE AS ÁREAS

O plano anual de Compliance deve ser elaborado em


parceria com a área da Auditoria Interna, Controles
Internos e Risco Operacional.

Abaixo destaco algumas outras áreas que possuem


grande sinergia com a área de Compliance, a saber:

JURÍDICO SEGURANÇA DA
INFORMAÇÃO

RISCO ÁREA
OPERACIONAL COMERCIAL

ALTA ÁREA DE
ADMINISTRAÇÃO PRODUTOS

RECURSOS
HUMANOS

O papel do Compliance Officer é transitar por essas


áreas e avaliar como poderá reforçar o seu Programa
de Compliance fazendo parcerias e otimizando suas
avaliações por meio dos trabalhos já realizados por
essas áreas.

Convido você a ler o livro Compliance 360º,


Riscos, Estratégias, Conflitos e Vaidades
no Mundo Corporativo de Ana Paula P.
Candeloro, Maria Balbina Martins de Rizzo e
Vinícius Pinho, para ampliar o seu conheci-
mento sobre os pontos de intersecção e dis-
tinção de Compliance com algumas outras
áreas existentes nas empresas.

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