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Sandra Constâncio Meli

Resumo

Comunidade local

Em unanimidade CERUTI e DNTF (2010:45), interpretam o termo “comunidade” de


várias formas, seja no sentido geográfico, político, cultural, sociológico ou ecológico.
O conceito de comunidade envolve algumas características chaves: (1) organização
política e social, (2) sentido de lugar ou território, (3) um sentimento de casa e de
pertencer a algo, (4) um sentido de solidariedade e apoio mútuo.

Desenvolvimento Comunitário

O desenvolvimento comunitário é uma técnica pela qual os habitantes


de um país ou região unem os seus esforços aos dos poderes públicos
com o fim de melhorarem a situação económica, social e cultural das
suas colectividades, de associarem essas colectividades a vida da
Nação e de lhes permitir que contribuam sem reserva para os
progressos do País.

Dito isto, o desenvolvimento e desenvolvimento comunitário pressupõem sempre uma


mudança com vista à melhoria na qualidade de vida das populações.

Principais escolas da economia

No século XVIIII tem início a fase científica da Economia. As Escolas Fisiocrata e


Clássica foram as primeiras Escolas do Pensamento Económico a surgirem neste
período. A fisiocracia surgiu na França e a Escola Clássica na Inglaterra.

Escolas Fisiocratas

Parafraseando MIRABEAU (2007:331), o mais importante dos fisiocratas é, sem


dúvida, François Quesnay (1694-1774), médico de Luís XV, acerca do qual Schumpeter
escreveu que nele “todos os economistas vêem uma das maiores figuras da sua
ciência.” Entre os ‘discípulos’ salientam-se: Mercier de LaRivière (1720-1793),
Guillaume LeTrosne (1728-1780), o Marquês de Mirabeau (1720-1792), Nicolas
Baudeau (1730-1792), Dupont de Nemours (1739-1817) e Turgot (1727-1781),

Nesta ordem de ideias, prende-se que Quesnay era médico e foi um dos principais
representantes da Escola Fisiocrata. Quesnay e os demais fisiocratas acreditavam que
toda riqueza era extraída da natureza e desta forma, consideravam a agricultura a única
actividade geradora de um excedente distribuído entre as diferentes classes sociais.

Quesnay e os demais fisiocratas acreditavam que toda riqueza era extraída da natureza e
desta forma, consideravam a agricultura a única actividade geradora de um excedente
distribuído entre as diferentes classes sociais.

De acordo com MENDES (2009), os pensamentos dos Fisiocratas podem ser resumidos
nos seguintes aspectos mencionados abaixo:

 Pelo fato da agricultura ser a única actividade a gerar riqueza, apenas a classe
dos agricultores era considerada produtiva;
 Enquanto a indústria e o comércio, pelo fato de apenas transformarem e
transportarem o que era gerado na agricultura, eram consideradas actividades
estéreis;
 A terra, por ser fértil, produziria valor, seguindo uma ordem natural desejada por
Deus para o bem da humanidade;
 Os fisiocratas propunham a redução do controle da economia pelo Estado;
 As ideias dos fisiocratas baseavam-se no liberalismo e no individualismo.
Pensamento que traduzia-se na doutrina do laissez-faire, laissez-passer, que
significa deixai fazer, deixai passar. De acordo com o princípio do laissez-faire a
acção do Estado deveria garantir apenas a livre-concorrência entre as empresas e
o direito à propriedade privada.
 A participação do Estado ficaria limitada as funções da defesa, da justiça e da
manutenção de obras públicas;
 Só na produção agrícola pode obter-se um excedente em termos físicos (não em
termos de valor).

Escolas Clássicas

Segundo SANDRONI (2003:32), o pensamento económico da Escola Clássica domina a


primeira metade do século XIX em todos os países. Esta corrente foi fundada por Adam
Smith (1723-1790), com a sua celebre obra "A Riqueza das Nações". Os pensadores
clássicos de destaque foram: Adam Smith, David Ricardo, Thomas Robert Malthus,
John Stuart Mill e Jean Baptiste Say.
Para os Mercantilistas, a fonte originária da riqueza era o
comércio. Para os Fisiocratas, a agricultura. Adam Smith
defendera uma ideia diferente: a verdadeira fonte de riqueza
é o trabalho. O trabalho de todas as classes da nação. Se a
assistência e a cooperação de vários milhares de homens, o
mais humilde habitante de um país jamais poderia ser
abastecido. Quantas pessoas intervêm para que possamos
comprar um pão no supermercado? Este trabalho comum,
esta cooperação natural, é considerado por ele como o facto
económico e social fundamental, a divisão do trabalho
(SOUZA, 2000).

De acordo com MENDES (2009), os pensamentos do Adam Smith podem ser


resumidos nos seguintes aspectos mencionados abaixo:

 A verdadeira fonte de riqueza é o trabalho. O trabalho de todas as classes da


nação;
 O liberalismo e o individualismo beneficiariam a sociedade, pois os indivíduos
teriam como objectivo maximizar a sua satisfação pessoal;
 E na busca da própria satisfação os indivíduos estariam contribuindo com o
bem-estar da sociedade;
 A existência de um mercado livre, onde produtores movidos pelo desejo egoísta
de obter mais lucros, concorreriam entre si;
 Levaria a melhoria na qualidade dos produtos e a uma organização da produção
de forma mais eficiente e menos dispendiosa;
 O mercado funcionária de forma harmónica sem a interferência do Estado.
Como se houvesse uma mão-invisível controlando este mercado.

Thomas Malthus

Segundo SANDRONI (2003:32), Thomas Malthus (1776-1836), após as teorias da


época uma concepção pessimista. A sua teoria da população afirma que é
necessariamente limitada pelos meios de subsistência. No mundo social não há lugar
para um acréscimo constante de população. Um homem que nasce num mundo já
ocupado não tem o direito de reclamar uma parcela qualquer de mantimento.

Malthus representa o aumento da população por uma progressão


geométrica de razões: 2; 4; 8; 16; 32; 64; 128; 256. E crescimento dos
meios de subsistência por uma progressão aritmética também de
razão de dois: 2;4;6;8;10;12. Como os intervalos correspondem a 25
anos, é fatal o desencontro, de proporções assustadoras. Dos métodos
de limitar o crescimento, Malthus prefere o “constrangimento moral”.
Pensava que os pobres não se devem casar e criar família sem terem
assegurado os meios de a manter; caso contrario, deveriam optar pela
causticidade (SANDRONI, 2003).

Contudo, importa salientar que Ao elaborar a Teoria da População, Malthus não levou
em consideração as inovações tecnológicas que poderiam aumentar a produção de
alimentos e o controle da natalidade.

 D Jean Baptiste Say (1767-1832)

De acordo com SANDRONI (2003:523), D Jean Baptiste Say foi comerciante,


jornalista, industrial, alto funcionário e homem político. Jean Baptiste Say (1767-1832)
inspirou-se nas doutrinas de Adam Smith, precisou-as, melhorou-se e divulgou-as.

Não obstante, aindústria passa a constituir o centro dos fenómenos de produção e Say
faz o elogio do empresário industrial. O seu argumento de que produzir não é criar
objectos matérias, mas criar utilidade, transformando as coisas de modo a
corresponderem aos nossos desejos e necessidades, é decisivo para a derrota dos
Fisiocratas.

 David Ricardo (1817)

De acordo com SANDRONI (2003:523), em Princípios de Economia Política e


Tributação (1817) David Ricardo deu grande contribuição à teoria do valor e da
distribuição. Ao elaborar a teoria da renda da terra, Ricardo destaca que com o
crescimento da população, ocupam-se terras cada vez piores para produzir alimentos.Ao
mesmo tempo, verificar-se-iam aumentos nos preços dos alimentos, dos salários
nominais e da renda da terra dos proprietários.

Escola Socialista

Parafraseando CORAZZA (1986:61), as várias correntes socialistas representam, no seu


conjunto, uma reacção anti-individualista. Surgem críticas a livre-concorrência, a não
intervenção do Estado na vida económica, ao salariato e a propriedade privada. Esta
corrente doutrinaria propõe-se estabelecer uma fundamentação doutrinal da intervenção
do Estado na vida económica e uma estrutura igualitária de produção e repartição.
Combatem também a propriedade privada ou pretendem restringi-la.
Karl Marx, o principal nome dessa escola, era um crítico da linha de pensamento
neoclássica. Ele defendia a intervenção do Estado na economia para diminuir as
desigualdades sociais e combater a instabilidade do capitalismo. Para ele, era preciso
deter todos os meios de produção e acabar com a propriedade privada para distribuir de
forma mais uniforme os recursos entre população

Desenvolvimento e subdesenvolvimento (Miséria e Pobreza)

Parafraseando NAVARRO(2011:77), o Desenvolvimento refere-se as alterações de


composição do produto e alocação dos recursos pelos diferentes sectores da economia
de forma a melhorar os indicadores de bem-estar económico e social.

Desenvolvimento no sentido que se dá mais comummente a esta expressão, é um processo de


transformação qualitativa das estruturas económicas de um país. Algumas das medidas de
desenvolvimento económico é o IDH o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH - foi concebido pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para medir o bem-estar das sociedades e a
qualidade de vida das populações.

O subdesenvolvimento é a condição de pobreza e dependência social e económica vivenciada por um


determinado pais ou Estado nacional. Países subdesenvolvidos caracterizam-se por um passado de
dominação colonial ou imperialista; por apresentarem ruis desempenhos em áreas como educação, saúde,
entre outros. E por sofrerem uma grande dependência económica e tecnológica. As peculiaridades
marcantes dessas nações são dividas externas elevadas; papel desvantajoso na DIT, desigualdade social,

etc.(NAVARRO, 2011).

 Miséria é uma pobreza tão extrema que suas vitimas não dispõem de dinheiro
sequer para adquirir uma quantidade minimia de alimentos e outras coisas
essências a mera sobrevivência. Os miseráveis em geral não têm moradia fixa e
por isso estão fora do alcance dos programas de assistência que presumem a
existência de endereços;
 Pobreza é a condição de quem é pobre, ou seja, que não tem condições básicas
para garantir a sua sobrevivência com qualidade de vida e dignidade. A pobreza
também costuma se referir a classe social e económica das pessoas pobres.

Conceito de crescimento económico versus desenvolvimento económico

Parafraseando FURTADO (1998:11), o Crescimento económico difere em alguns


aspectos com o Desenvolvimento económico pois, enquanto o crescimento económico
se preocupa apenas com questões quantitativas, como por exemplo, o produto interno
bruto, o desenvolvimento económico aborda questões de carácter qualitativos, como o
carácter social, como o bem-estar da população através do IDH.

No entanto, entende-se por Crescimento económico: crescimento contínuo do PIB (a


soma de todas as riquezas produzidas pelo país a ao longo do tempo. O crescimento
económico não capta as condições concretas de vida da população em termos, por
exemplo, de longevidade, condições sanitárias, saúde e nível educacional.

Por conseguinte, o Desenvolvimento económico refere-se as alterações de composição


do produto e alocação dos recursos pelos diferentes sectores da economia de forma a
melhorar os indicadores de bem-estar económico e social.

Estágios de desenvolvimento

Rostow (1956-1960) foi um dos mais notáveis economistas do século XX. Considerou
viável decompor a história do desenvolvimento de cada economia de acordo com um
determinado conjunto de etapas ou estágios. Rostow em seu livro Estágios do
desenvolvimento económicos “TheStages of EconomicGrowth”. Ele traz uma estratégia
de desenvolvimento a ser perseguida por países em desenvolvimento, baseada em cinco
estágios:

 1ª Fase) Fase da sociedade tradicional:caracterizada pela agricultura de


subsistência ou de caça e colecta, basicamente a presença da economia do sector
primário. A tecnologia é bastante limitada, nesta sociedade o nível de produção
de capita e limitado. Essa limitação ocorre graças a baixa produtividade
ocasionada principalmente pela falta de tecnologia. Dedica-se normalmente a
maior parte de seus esforços na produção agrícola;
 2ª Fase) das precondições para decolagem ou arranco (take-off): inicia-se
pela expansão do comércio internacional com a presença da demanda externa
por bens manufacturados e por matérias-primas, com o uso de tecnologia na
agricultura comercial e de cultivo para exportação, exemplos do uso da
irrigação, de canais e de portos. Isso favorece a mudança social com a presença
da mobilidade social do indivíduo e com o desenvolvimento da identidade
nacional;
 3ª Fase) Fase da decolagem (ou arranco): nesta fase as precondições já estão
formadas na sociedade, como a atracção do nível de investimento privado na
geração de lucros para reinvestimento na produção; a criação de um ou mais
sectormanufactureiros básicos e, por fim;desenvolvimento de uma estrutura
política, social e institucional com o aproveitamento dosimpulsos
expansionistas do sector moderno e os efeitos externos;
 4ª Fase) Fase da condução para maturidade: nesta fase há forte diversificação
da base da indústria, bens de capital, bens de consumo durável e não durável;
com a expansão rápida da infra-estrutura de transporte e infra-estrutura social,
como escolas, universidades e hospitais, além de vários sectores em relação ao
incremento demográfico;
 5ª Fase) Fase da era do consumo em massa:é o clímax dos cinco estágios de
desenvolvimento. Os sectores líderes passam a ser os de produção de bens de
consumo duráveis e de serviços. A elevação da renda per capita permite que um
grande número de pessoas possa consumir acima de suas necessidades mínimas
de alimentação e vestuário, elevando-se o bem-estar. O Estado passa a priorizar
a redistribuição de renda com a políticatributária de impostos progressivos,
reduzindo a exclusão social.

Portanto, para Rostow, os países passariam por cada uma das fases, alegando que uma
série de condições ocorreria em relação ao investimento, consumo e questões sociais em
cada estágio.

Concepções e acepções de desenvolvimento

Questões relacionadas às mudanças demográficas, ao colapso urbano, à preservação


ambiental, à participação social e ao fortalecimento das instituições democráticas
impulsionaram teorias alternativas do desenvolvimento. Ao mesmo tempo, os
tradicionais indicadores económicos (Produto Interno Bruto, Renda per Capita)
começaram a ceder espaço a novas métricas - cuja equação incorporava aspectos
relacionados à expectativa de vida, à sustentabilidade, à saúde e à educação, até que a
própria ONU assumisse um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como
parâmetro de avaliação.

Teoria das Etapas do Desenvolvimento Económico


De acordo com ROSTOW (1978:67), conceito de desenvolvimento é vinculado ao
crescimento económico, o qual se daria com a industrialização, significando, portanto,
modernização.

Nesse sentido, sua perspectiva vai ao encontro da de outros autores


clássicos que, como Ragnar Nurse e GunnarMyrdal, construíram, no
mesmo período, teorias sobre o subdesenvolvimento nitidamente
marcadas pelas lentes políticas dos países capitalistas centrais.
Inserido nas discussões de sua época, e reproduzindo um referencial
amplamente aceito entre os economistas mais ortodoxos, Rostow
acreditava que o desenvolvimento económico teria suas bases
consolidadas através da intervenção sectorial na economia, de modo
que o crescimento industrial se traduziria em modernização
(ROSTOW,1978).

Teoria do Desenvolvimento na Escala Humana

De acordo com SCHUMACHER(1987), Max Neff, com contribuições de António


Elizalde e Martin Hopenhayn, em 1983, escreve a Teoria do Desenvolvimento na Escala
Humana, ditando a célebre frase “desenvolvimento refere-se às pessoas e não aos
objectos”. Trabalha com a tese de que há necessidade da criação de indicadores
qualitativos do desenvolvimento, de modo que possam auferir a qualidade de vida das
pessoas. Demonstra que as necessidades humanas são as mesmas entre as pessoas e o
que difere é a maneira como se satisfazem, é isso que varia de cultura para cultura.

A Teoria da Dependência

Parafraseando MACHADO (1999:94), a Teoria da Dependência tem origem, em 1950,


com RaúlPrebisch referindo-se à Argentina. No contexto latino- americano, destacam os
anos 1960 e 70, ao explicar a relação de dependência, de força e de poder no
capitalismo.

A produção centrada na acumulação cria e amplia diferenças em termos espaciais,


económicos, políticos e sociais, nos países, acentua problemas na periferia do
capitalismo mundial. As metrópoles colonizadoras impõem novo modelo económico às
ex-colónias. A política de substituição de importações resulta na superação das
condições do subdesenvolvimento relativo aos países ricos, e na alteração estrutural da
inserção na divisão internacional do trabalho com a entrada de países pobres na
industrialização.
Capitalismo mundializado passa a aplicar novos mecanismos de
apropriação do excedente periférico pela via das empresas
transnacionais e do sistema financeiro especulativo, aliando-se às
burguesias emergentes locais. Desenvolvimento e
subdesenvolvimento são posições funcionais e estratégicas frente à
economia mundial, resultam das relações económicas entre países
periféricos e centrais ou hegemónicos, política e economicamente. Os
países periféricos têm, portanto, desenvolvimento subordinado e
limitado pela exploração das grandes potências, e ficam dependentes
(MACHADO1999:94).

Deste modo, polémicas giram em torno da ajuda externa que, para alguns, não é ajuda,
mas desajuda, por levar à dependência externa. Por isso, podemos dizer que o
Subdesenvolvimento é uma situação de perfeita ou dependência no mercado mundial,
que foi construído pela expansão mundial do capitalismo na Europa.Tal dependência se
manifesta das seguintes maneiras:

 Deficiência Tecnológica: os países pobres pouco investem nessa pesquisa e


utilizam tecnologias oriundas dos países desenvolvidos;
 Endividamento externo: Quase todos os países subdesenvolvidos possuem
vultosas dívidas para com grandes empresas financeiras internacionais,
localizadas nos países desenvolvidos;
 Relações comerciais desfavoráveis: Geralmente os países subdesenvolvidos
exportam para as nações ricas produtos não-industrializados, como géneros
(café, cacau, algodão, soja, etc.), e mineiros (ferro, cobre, manganês, etc.);
 Forte dependência de empresas estrangeiras: Nos países Subdesenvolvidos boa
parte das empresas industriais, comerciais, mineradoras, e as vezes até agrícolas
é de propriedade estrangeira.

4. Dimensões do desenvolvimento sustentável

Parafraseando MAIMON (1996:10), desenvolvimento sustentável pode ser definido da


seguinte maneira:“O desenvolvimento sustentável busca simultaneamente a eficiência
económica, a justiça social e a harmonia ambiental. Mais do que um novo conceito, é
um processo de mudança onde a exploração de recursos, a orientação dos
investimentos, os rumos do desenvolvimento ecológico e a mudança institucional devem
levar em conta as necessidades das gerações futuras”.

Nesta ordem de ideias, depreende-se que o desenvolvimento sustentável é o mais


recente conceito que relaciona as colectivas aspirações de paz, liberdade, melhoria das
condições de vida e de um meio ambiente saudável. Seu mérito reside na tentativa de
reconciliar os reais conflitos entre economia e meio ambiente e entre o presente e o
futuro.

HERCULANO (1992) afirma que o desenvolvimento sustentável representa um


primeiro passo no sentido de se escapar do “insustentável ou insuportável”.

O desenvolvimento sustentável fornece uma estrutura através da qual as comunidades


podem usar recursos mais eficientemente, criar infra-estruturas eficientes, proteger e
melhorar a qualidade de vida, e criar novos negócios para fortalecer suas economias.
Isto pode nos auxiliar a criar comunidades saudáveis que possam sustentar nossa
geração tão bem quanto as que vierem.

A partir disto, o conceito de sustentabilidade é apresentado a partir de três perspectivas,


3 dimensões primordiais, sendo elas: sustentabilidade social; sustentabilidade
económica e sustentabilidade ecológica ou ambiental.

 A sustentabilidade social: é a adopção de um crescimento estável, distribuindo


melhor, as riquezas, com menos desigualdades. Ela visa diminuir as diferenças
sociais;
 A sustentabilidade económica: “tornada possível graças ao fluxo constante de
inversões públicas e privadas, além da alocação e do manejo eficientes dos
recursos naturais”;
 As bases da sustentabilidade ecológicas ou ambientais: estão na utilização
massificada do potencial de recursos nos diferentes ecossistemas, produzindo o
mínimo de deterioração. Prevê ainda a diminuição do uso de combustíveis
fósseis e a redução do volume de substâncias poluentes.
Desenvolvimento Humano

De acordo com CAPRA(2011:71), Desenvolvimento humano é o processo de


ampliação das liberdades das pessoas.

Logo, o desenvolvimento humano é aquele que deve ser centrado nas pessoas e na
melhoria do seu bem-estar. Esse processo inclui dinâmicas sociais, económicas,
políticas e ambientais necessárias para garantir uma variedade de oportunidades para
todos.

Por outro lado, somente o crescimento económico de uma sociedade não se reflecte,
automaticamente, na sua melhor qualidade de vida. Muitas vezes, o que se observa é o
oposto disso: o reforço das desigualdades.

Em unanimidade nas ideias DELGADO&LEONARDI (2009:38) afirmam que:

Com o objectivo de trazer maior materialidade à medição do


desenvolvimento humano, foi criado um indicador. Apresentado em
1990 junto com o conceito de desenvolvimento humano, no primeiro
Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), o IDH foi idealizado pelo economista paquistanês Mahbub
ul Haq. O medidor reúne três dos requisitos mais importantes para a
expansão das liberdades das pessoas: saúde, educação e renda.

Apesar de amplificar a maneira de aferir o desenvolvimento humano, vale um alerta: o


IDH não mede a representação da felicidade das pessoas, como seria de se supor.
Tampouco indica o melhor lugar no mundo para se viver. Democracia, participação,
equidade e sustentabilidade são alguns dos muitos aspectos que não são contemplados
na mensuração do índice.

 Saúde
Ter uma vida longa e saudável é peça chave para que seja plena. A promoção do
desenvolvimento humano requer que sejam ampliadas as oportunidades que as pessoas
têm de evitar a morte prematura, elevando a expectativa de vida. Mas mais do que isso,
é preciso que seja garantido um ambiente saudável, com acesso à saúde de qualidade,
tanto física quanto mental.

 Educação

Um dos pontos fundamentais desse item é manter taxas baixas de analfabetismo. Um


dos pontos fundamentais desse item é manter taxas baixas de analfabetismo. Educação
constrói confiança, confere dignidade, amplia os horizontes e as perspectivas de vida.

 Renda

A renda é essencial para que as pessoas tenham acesso a necessidades básicas, tais
como água, comida e moradia. Mas também para que possam ir além, rumo a uma vida
de escolhas genuínas e exercício de liberdades.

Quanto mais perto de 1 estiver o valor do país, maior será o seu índice de
desenvolvimento humano. No último relatório, divulgado em 2017, a Noruega (0,949)
foi a primeira colocada do indicador.

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