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Atividade Complementar VII

Ana Laura Garcia Pádua - 621069

Resumo da Palestra

Jaime Lerner – O Uso do Carro na Cidade

De acordo com o palestrante Jaime Lerner, a cidade pode ser comparada a uma
tartaruga, com suas funções coexistindo em um só espaço, e a malha urbana se
assemelha ao casco, que não pode ser dividido, pois causaria a morte da tartaruga.
A divisão da cidade e das pessoas de acordo com seu poder aquisitivo, religião, ou
qualquer outra razão traz consigo consequências péssimas para a cidade e
sociedade, enfatizando cada vez mais a desigualdade e exclusivismo.

Outro ponto abordado foi o uso do automóvel, que ele compara como sendo o
cigarro do futuro, não sustentável por muito tempo em nossas cidades, sendo assim
o transporte público algo necessário e que deve ser de qualidade. Curitiba se tornou
um exemplo nessa questão, com a adoção do BRT, cuja frequência era de minuto a
minuto na sua implantação.

Ainda sobre a questão dos modais de transporte, Jaime destaca que devem ser
eficientes e rápidos, e ele possui diversos estudos sobre, inclusive o
desenvolvimento de um carro elétrico compacto, em que o usuário paga apenas o
gasto de energia para utilizá-lo. Além disso, no Rio por exemplo, ele propôs um
projeto de integração entre os principais modais, o metrô e o BRT para as
olimpíadas, mas que pode e deve ser pensado para o dia a dia dos cariocas,
evitando assim o alto trânsito de carros que ali existe. Propôs também, na década de
90, a incorporação de um vaporeto na barra da Tijuca, levando em conta a grande
massa líquida existente. Somente na época da palestra, a prefeitura havia dado
importância a questão, 30 anos depois.

Em São Paulo, propôs a integração entre a via e parques urbanos, onde a


população poderia a pé ou de bicicleta também transitar aos locais, além do uso de
carros elétricos e integração total entre os modais de transporte.

Ele fala ainda muito sabiamente sobre a sustentabilidade, sobre como muitas vezes
os governos prometem que irão reduzir a poluição com medidas mágicas, mas não o
fazem e como a cidade é o principal que pode ser mudado para isso. Ele usa
Curitiba novamente como exemplo, como as pedreiras, que eram feridas na
natureza foram recuperadas como áreas verdes, bosques em meio a cidade. Isso
tudo de forma rápida e eficiente.

Outro ponto importante abordado foi a preocupação dele em relação a identidade da


cidade, que acaba sendo a identidade de cada um. Para homenagear e tentar
transportar cada origem, foram criados vários bosques, como o bosque alemão e
japonês, além de portais com traços de diversos locais.

Foi também levantada a questão do carro nas cidades novamente, citando a cidade
de São Paulo e o grande espaço ocupado pelos carros, e como esse espaço poderia
ser convertido em mais residências e mais áreas de trabalho e como seria mais
facilitado ainda se residência e trabalho fossem um só.

Além disso, ele cita também a questão da moradia e como a obrigatoriedade de


estacionamentos é maléfica a cidade, assim como a não necessidade de ter em
casa espaços como sauna e “cantinho gourmet” rs, visto que a vida social das
pessoas deveria ocorrer fora de casa em sociedade e não dentro dela.

Por fim, ele cita como principal solução para o transporte público o uso dos ônibus,
que são mais baratos que os metrôs e tem mais eficiência.

Outro paralelo importante que consegui fazer foi como ele concluiu falando sobre a
tecnologia , o uso do celular conectado ao carro e smartwaches como algo futuro e
hoje vivemos essa realidade. O discurso é completamente atual e ainda hoje temos
a responsabilidade de colocar em prática tudo que estiver ao nosso alcance para
alcançar uma cidade sustentável é uma sociedade justa.

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