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TEOTÓNIO
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DOS
SANTOS
ADMINISTRADOR DOS
TRANSPORTES URBANOS
DE BRAGA

O
s Transportes Urbanos de
Braga (TUB) estão a recupe-
rar passageiros, esperando-
-se que, em 2023, ultrapas-
sem novamente a barreira
dos 12 milhões de pessoas
transportadas. É um número que espelha
o investimento feito ao longo dos últimos
anos na renovação da frota, na melhoria da
oferta, na melhoria do acesso à informação
e na redução e simplificação dos tarifários.
Em breve, a frota receberá mais 30 unidades
totalmente elétricas, um número que vai per-
mitir à empresa melhorar o serviço, ser mais
eficiente energeticamente e apostar numa
mobilidade cada vez mais sustentável. Os
projetos não ficam por aqui: a criação de ser-
viços especiais demonstra como é possível
criar soluções de mobilidade mais racionais
e que vão responder a várias necessidades
identificadas, nomeadamente, nos setores
da hotelaria, restauração e indústria, algo
que, de resto, já está a acontecer. Também
em breve a cidade começará a mudar, com
a instalação do BRT na cidade, um proje-
to que não vai substituir oferta, mas antes
alargá-la e melhorá-la. Numa cidade com
milhares de lugares de estacionamento
para o transporte individual, muitos deles
gratuitos, como se consegue fazer a transi-
ção modal para formas mais sustentáveis de
mobilidade?

“Os Transportes
Urbanos de Braga
têm de indicar
o caminho para
a mobilidade
sustentável na
região”
Houve uma diminuição do uso do autocar-
ro até 2013, para números bastante baixos
[10.246.960 passageiros]. Depois registou-
-se uma recuperação para números a rondar
os 12,5 milhões, antes da pandemia. Que tra-
balho foi feito para recuperar esses passa-
geiros?
Até 2013, os TUB vinham a perder passageiros,
ano após ano. Desde 2013 até 2019, cresceram
quase 22%, a uma média de cerca de 3,6% ao
ano. Depois veio a pandemia e, como é óbvio, as
pessoas ficaram retidas em casa e o número de
passageiros caiu abruptamente para cerca de 7
milhões. Em 2021, foram 8,2 milhões os passa-
geiros transportados e, em 2022, transportamos
11,2 milhões. Portanto, cerca de 90% do que era
em 2019. E este mês de janeiro já foi muito bom,
inclusivamente superámos o mês de janeiro
de 2019 em cerca de 1%. Estamos novamen-
te a crescer apostando na melhoria do serviço,
no aumento da oferta, na redução do tarifário,
na melhoria da informação e na promoção do
serviço.
É provável que se chegue novamente à bar-
reira dos 12 milhões de passageiros?
Se tudo correr normalmente, em 2023 vamos
superar esse número. Vamos voltar a crescer e
a conquistar mais clientes. Queremos que mais
pessoas possam deixar o carro em casa ou nos
parques mais afastados e que utilizem os trans-
portes públicos. É por isso que estamos a melho-
rar a oferta. Já em Janeiro deste ano melhorá-
mos a linha que liga a estação da CP à Univer-
sidade do Minho. Passou a ter uma frequên-
cia de dez minutos. Quando chegarem os 30
novos veículos elétricos – a previsão é recebê-
-los ainda primeiro semestre, vamos melhorar
também as frequências dos circuitos urbanos,
vão passar a ser de 20 minutos, quer a linha 40,
quer a 41. E, depois, em Setembro, vamos lançar
uma nova linha que liga o Hospital Privado de
Nogueira à Universidade do Minho, pela Varian-
te da Encosta, evitando que as pessoas tenham
de vir ao centro da cidade para irem para a UM, o
mesmo acontecendo no sentido oposto, dando
resposta a outras zonas da cidade que se têm
desenvolvido muito demograficamente.
Como é que se definem a abertura e frequên-
cia das linhas? É pela solicitação do público
e das empresas ou é uma aposta dos TUB de
que ali vai haver muita procura?
Há várias formas. Nós temos uma equipa, que
trabalha diretamente com a administração, e
que está permanentemente a estudar a cidade
de forma proativa e vai identificando necessida-
des de novas linhas, de reforço de linhas ou de
melhoria de percursos. Depois, é preciso avaliar
as propostas que resultam dessa avaliação, a
renovação da frota e a entrada de mais frota para
o serviço para realmente avançarmos. Repare:
nós não estamos a substituir umas linhas por
outras, estamos a aumentar a oferta. Em 2013,
percorríamos cerca de 5,2 milhões de quilóme-
tros; em 2022 fizemos 6,3 milhões e, em 2023,
temos previstos quase 6,6 milhões de quilóme-
tros para dar resposta ao aumento da procura.
Ainda assim, e apesar de não haver um
estudo que o comprove, parece-me que há
mais carros no concelho.
Sim, sem dúvida. Há mais carros, mas também
há mais pessoas na cidade. A cidade cresceu
muito mais do que que tinha crescido nos anos
anteriores. Os últimos censos registam pelo
menos 12.000 pessoas a mais no concelho… há
muitos a utilizar o transporte coletivo, mas há
muitos mais ainda a usar o transporte individual,
temos de tentar captar, evitando que as pessoas
vão cada uma no seu carro de casa para o tra-
balho ou para as deslocações do dia-a-dia. Em
Braga, cada automóvel, em média, circula com
1,3 pessoas, portanto, é quase cada carro para
transportar uma pessoa, o que não faz qualquer
sentido.
Há muitas cidades que utilizam os parques
intermodais, um local onde se deixa o carro,
usando o transporte coletivo para entrar na
cidade, regressando à noite para ir para casa.
Acha que o passageiro do Minho, nomeada-
mente o passageiro de Braga, está prepara-
do para isso?
Nós já estamos a fazer isso em algumas linhas,
de forma informal. Temos parcerias com
grandes superfícies, nomeadamente, E.Le-
clerc, Nova Arcada, Av. Robert Smith, onde as
pessoas podem deixar o seu transporte indi-
vidual. Começamos a testar este formato em
2014 nos grandes eventos da cidade, com muita
procura nesses dias, e, então, decidimos lançar
linhas em 2015 e 2016 para dar resposta diária a
esse interesse. Há linhas que começam no E.Le-
clerc , de 20 minutos em 20 minutos, sete dias
por semana. Há linhas que começam no Minho
Center e Nova Arcada, e já notamos, com par-
ticular destaque no parque do E.Leclerc, que
há várias pessoas a deixarem o carro e depois a
fazerem o último ‘troço de deslocação dentro
do concelho’, chamemos-lhe assim, em trans-
porte público. É preciso fazer mais, muito mais,
os habitantes de Braga habituaram-se a utili-
zar o transporte individual, porque dispõem das
FEVEREIRO · 2023
M O B I L I DA D E
rodovias e parques de estacionamento que sur-
giram com o crescimento urbano - só no centro
da cidade há 39 parque de estacionamento …
39 parques é um número considerável.
Os parques que se foram construindo ao longo
de décadas no centro são um convite para a uti-
lização do transporte individual. Esses parques
raramente enchem durante o ano, apenas duas
ou três vezes, por exemplo, na Noite Branca. Há
sempre lugar para estacionar, é mais fácil levar
carro. Fazer com que as pessoas percam este
hábito leva tempo e é um processo demorado.
Se analisarmos o crescimento de outras cidades
na captação de pessoas para usarem os trans-
portes públicos, estamos com números muito
bons, mas ainda há muito trabalho a fazer, de
melhoria e promoção do transporte publico
coletivo.
Acha que o cidadão do concelho de Braga
já avalia a aquisição de viatura própria em
função da existência ou não de resposta em
termos de transporte público?
Já vemos pessoas a pensarem nesses termos.
Jovens que já não querem tirar a carta de con-
dução, famílias que antes tinham dois carros e
neste momento já só têm um. É uma transição
que demora tempo, mas temos de dar resposta
com transportes públicos de qualidade, eficien-
tes, amigos do ambiente e confortáveis. Eu tra-
balho nesta área há quase 22 anos e, quando, há
20 anos, dizia a pessoas amigas que era preciso
usar transportes públicos, diziam que eu era
‘maluco’ [risos]. Muitos ainda não querem utili-
zar, mas, pelo menos, já não dizem que eu sou
‘maluco’. Entretanto, passaram 20 anos de edu-
cação, de sensibilização. Há mais notícias sobre
alterações climáticas, acerca da necessidade
de escolhermos um caminho de sustentabili-
dade, mas ainda há muitas pessoas que acham
que toda esta problemática não é para eles, é
para o ‘vizinho’. Temos de continuar a investir na
sensibilização e a mostrar como é fácil, cómodo
e rápido usar os transportes públicos, porque
sabemos que vai dar frutos.
Os TUB fizeram cerca de 2 milhões de kms
em frota verde, desde Outubro de 2018, e
transportaram mais de 5 milhões de passa-
geiros em modo elétrico. Acha que as novas
gerações, os passageiros de amanhã, valori-
zam estes dados?
Interessa às pessoas, porque são cada vez mais
sensíveis às questões ambientais, às questões
energéticas e às questões das alterações climá-
ticas. Dentro de poucos meses, teremos aqui
mais 30 veículos elétricos para juntar aos 13
que já temos, num investimento de mais de 31
milhões €, dos quais 18 suportados pelos TUB.
Estas novas viaturas vão ajudar a melhorar a
qualidade da frota, a qualidade da oferta que
proporcionamos aos cidadãos e contribuir para
a descarbonização da cidade.
Em termos de frota total, estamos a falar de
cerca de 40% que vai passar a eletrificada?
No final de 2023 cerca de 38% da frota em ope-
ração será elétrica. Serão 68 autocarros limpos,
dos quais 43 elétricos e 25 a gás natural.
05
 M O B I L I DA D E

Ricardo Rio previu o BRT para 2025, um dos

projetos em que os TUB estão envolvidos –
como não poderia deixar de ser. É uma meta
aceitável? Como é que vai mudar a cidade,
sabendo que, atualmente, quase não temos
sequer linhas dedicadas (BUS) para os auto-
carros?
BRT, como o próprio nome indica, significa Bus
Rapid Transit. É um sistema de transporte em
autocarro (sobre pneus), em via própria e dedica-
da, com validação no exterior. Essa validação exte-
rior é realizada nas paragens, antes da chegada do
veículo, de modo a permitir aumentar a velocidade
comercial. Relativamente ao BRT de Braga conse-
guimos, em 2021, ter o apoio do então ministro do
Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e do pri-
meiro ministro, António Costa, que nos incitaram
a avançar, e que iria surgir uma “cal” direcionada
para Braga. Sugeriram-nos avançar com todos os
estudos necessários para prepararmos essa can-
didatura. Fizemos inicialmente um estudo preli-
minar e depois um estudo de procura mais apro-
fundado. Este estudo de procura teve como obje-
tivo definir uma rede com os destinos de desejo.
Para tal, utilizamos como base a procura que os
TUB têm no concelho, a procura dos operadores
interurbanos e a procura dos utilizadores da CP,
porque são estas pessoas que já utilizam atual-
mente os transportes coletivos. Depois, foi neces-
sário utilizar modelos matemáticos que avaliam o
crescimento da procura com a implementação de
um sistema deste tipo. Finalmente, e para com-
plementar toda a informação adquirimos os dados
de uma rede de telemóvel dos habitantes de todo
o distrito com desagregação à freguesia.
O que se pode fazer com os dados?
Com estes dados podemos perceber as movi-
mentações das pessoas, por freguesia, e conhe-
cer a cada momento como é que as pessoas se
deslocam – naturalmente, estes dados são anó-
nimos, apenas temos acesso aos dados de mobili-
dade. Por exemplo, sabemos que, na freguesia de
São Vicente, há ‘x’ percentagem de pessoas que
se deslocam para São Lázaro, em determinados
dias e a determinadas horas; ou de Maximinos que prometeu, e que prevemos acontecer durante o O estudo que está a ser preparado não indica
se deslocam para o centro e por aí adiante. É um ano de 2023. que todas as ruas tenham de manter a sua confi-
instrumento de trabalho muito importante, pois guração ou os sentidos atuais. Ou seja, estamos a
Incluído no PRR?
permite perceber os fluxos e comportamentos de preparar um estudo em que, para além do BRT, é
mobilidade das pessoas, para de seguida sermos Não. Segundo a informação do Governo de Por- necessário que o resto do trânsito continue a fluir
mais competentes na elaboração das linhas de tugal será para enquadrar no Portugal 2030. normalmente. Temos consciência de que apesar
BRT e nas linhas da rede regular. Atualmente, já do incremento de procura que pretendemos,
concluímos o estudo de procura e estamos, neste Numa Avenida com três vias, parece ser mais nem todos os cidadãos vão utilizar o BRT. Muitas
momento, a estudar a possibilidade de inserção fácil instalar a linha de BRT, mas como se vai pessoas vão continuar a utilizar o carro e também
urbanas de quatro linhas de BRT, para perceber fazer em Avenidas com apenas uma ou duas a rede regular dos TUB. Rede regular essa que vai
as complicações que existem e de que forma deve vias? sofrer algumas atualizações porque não vamos
ser feita a implementação deste sistema na cidade Nas ruas ou avenidas com mais de uma via, pode operar em concorrência com o BRT, com percur-
de Braga. ser instalado mais à direita ou ao centro, porque sos e horários sobrepostos.
Vai modificar o aspeto da cidade, que por si já há menos obstáculos, menos interseções e menos Tem noção de quantos autocarros se pode tirar
tem muitos constrangimentos. constrangimentos, como entradas de garagens, da cidade com a instalação do BRT ou vão ser
entroncamentos ou cruzamentos. Nos outros complementares com o BRT?
Nós queremos aliar a modernidade de um sistema casos estamos a fazer um estudo de inserção
que é similar a um metro de superfície a funcionar urbana rua a rua. Nós não vamos retirar a oferta, vamos aumentar
em via dedicada com uma cidade com 2000 anos. e melhorar a oferta. Algumas linhas serão altera-
Não vamos demolir edifícios históricos para fazer Vamos pensar num exemplo prático: no das, porque pode não fazer sentido ter duas pos-
passar o BRT… Estamos a trabalhar a toda a força e sentido ascendente, a Rua 31 de Janeiro sibilidades com os mesmos horários para a mesma
empenho para estudar todos os parâmetros, ouvir termina em duas ruas de uma via em cada zona, mas globalmente haverá mais e melhor
as pessoas e preparar um projeto exequível, adap- sentido e em duas vias (Avenida Central e Rua oferta em transporte publico no concelho de
tado às necessidades da cidade, para poder can- do Raio) no mesmo sentido. Braga, é esse o nosso foco.
didatá-lo quando surgir a ‘call’ que o Governo nos

06 FEVEREIRO · 2023
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 M O B I L I DA D E
Os autocarros podem circular nas vias do BRT?
Estamos a estudar esse assunto. Em determinados
pontos, sim, em outros não, porque também não
queremos que ambas as frotas sobrecarreguem a
via e degradem a velocidade comercial do BRT. Vai
depender dos locais e das frequências que vamos
implementar.
O que vai mudar na operação dos TUB com a
construção da linha de alta velocidade e as con-
sequentes novas ligações que vão ser feitas?
O que está previsto já há muitos anos, e que voltou a
ser discutido ultimamente, é a estação da alta veloci-
dade ser em Semelhe, mais concretamente no Lugar
de Cid, que está identificado no PDM e nos planos
nacionais como o local de paragem da alta velocida-
de em Braga. Aguardamos mais informações. Neste
momento, não está ainda previsto que a linha de BRT
faça essa ligação. Tendo em conta a oferta que pre-
vemos para o BRT e o crescimento da cidade, só se
justifica fazer essa linha depois de termos a certeza
que a alta velocidade vai avançar e que a estação
será mesmo naquela localização. Nos últimos
tempos, surgiram algumas novas ideias, que indicam
que a alta velocidade deveria terminar em Gondi-
zalves…. Qualquer que seja a escolha, terá sempre
uma linha de BRT a assegurar a ligação à cidade,
mas deverá ser desenhada propositadamente até
ao local escolhido e apenas quando as obras da alta
velocidade começarem. É uma situação que não
nos preocupa neste momento. Há outros problemas
maiores para resolver[risos].
Não acha que, em vez de se falar de mobilidade
de Braga, devia falar-se de mobilidade da região
Minho, com uma rede de transportes públicos a
ligar Braga, Guimarães, Barcelos e Famalicão?
Penso que sim, temos de ter uma visão mais integra-
da. Já existe uma massa critica considerável nesta
região que designamos por quadrilátero urbano.
Porém, hoje, temos um panorama de transportes
e mobilidade algo retalhado em termos de gestão,
com as CIM do Cávado e do Ave, depois Braga e
08
mesmo Barcelos, que querem ter um papel prepon-
derante nesta questão. Os TUB, fruto do seu grande
conhecimento, estão a apoiar a Câmara Municipal
de Barcelos na área da mobilidade e dos transpor-
tes públicos. Temos mais 40 anos de experiência na
gestão de redes e de transportes públicos. As CIM’s
não tinham qualquer experiência, estão a qualifi-
car-se, para gerirem transportes públicos… porém,
penso que o território e a população ganhariam se
houvesse uma entidade supramunicipal, com know-
-how, que pudesse gerir os transportes e as questões
da mobilidade de uma forma mais integrada, dando
dimensão e consistência a todo este território.
Estamos a falar de um território de mais de um
milhão de pessoas, mas há muitas barreiras ter-
ritoriais.
Neste momento, nós estamos limitados às fronteiras
do concelho, nem a Prado conseguimos ir. A linha
de autocarro termina antes da ponte [de Prado],
quando poderíamos ir um quilómetro mais à frente e
evitar que os nossos clientes atravessassem a ponte
ao frio, ao sol, a chuva, para apanharem o autocarro
do lado de cá [de Braga].
Falta enquadramento legal? Vontade política?
Há uma gestão local de cada de cada um dos
seus territórios e, eventualmente, falta uma visão
mais coletiva e mais integrada destes temas. Não
faz sentido haver uma ligação até à Morreira, por
exemplo, e depois não ter compatibilidade em
termos de horário para prosseguir para Guimarães;
ou vir nos transportes de Guimarães e depois não
ter continuidade para Braga, porque não há ligação
naquele horário. O utilizador não vai escolher aquela
opção se depois não tem continuidade, para circu-
lar entre concelhos! Nos TUB estamos a tentar fazer
esse trabalho dentro dos limites geográficos que nos
estão impostos, por exemplo, percebendo e compa-
tibilizando os horários com Comboios da CP ou na
Estação de Camionagem com os operadores das
outras redes de transporte que aí operam criando
uma intermodalidade funcional… mas não podemos
ir muito mais além.
FEVEREIRO · 2023
“O BRT não
vai substituir
oferta, mas
alargá-la e
melhorá-la”
Uma das críticas que se fazia aos TUB há uns
anos era a falta de informação disponível, horá-
rios nas paragens desatualizados ou errados,
ou seja, faltava qualidade na relação empresa/
cliente. Foi uma das intervenções que achou
prioritárias?
Foi um caminho óbvio que teve de ser feito, mas
não é possível fazer tudo ao mesmo tempo. Durante
anos, congelámos os tarifários, reduzindo-os quando
o aumento de clientes permitiu equilibrar as contas –
inclusive, em 2023, voltámos a baixar mesmo com o
aumento da inflação e do custo geral de vida. Bai-
xámos o passe de 30€ para 28€ s e, na coroa mais
urbana, passou de 18€ para 14€. Não pretendemos
aumentar as receitas cobrando mais a cada cliente.
Pretendemos, isso sim, alargar a nossa base de clien-
tes. Se o número de clientes aumentar porventu-
ra os tarifários até podem ser mais reduzidos. Apos-
támos na gratuitidade total para estudantes até ao
12.º ano e, em 2024, vamos alargar a medida aos
estudantes universitários, ou seja, queremos que os
mais jovens, os adultos de amanhã, tenham a pos-
sibilidade de usarem os transportes públicos e per-
ceberem os benefícios. Nesse sentido, a questão
da falta de informação era crítica e, por isso, apostá-
mos na renovação de todas as paragens, no sentido
de fornecer melhor informação aos nossos clientes.
Por exemplo, com QRCodes para descarregar para
o smartphone, com informação visual mais clara e
precisa, com material refletor nas próprias paragens
[e são quase duas mil], para se verem bem em alturas
de pouca luminosidade. No sentido de melhorar
o conforto, preparamos, também, com a Câmara
Municipal, um caderno de encargos para um novo
concurso de abrigos, porque chove muito em
Braga e temos de melhorar as condições de espera.
Estamos, também, na fase final de testes do Sistema
de Ajuda à Exploração, que nos permite monitorizar
em tempo real onde é que está cada veículo, se está
atrasado, se está adiantado. Depois de implementa-
do, essa informação estará disponível aos utilizado-
res, através dos painéis exteriores e numa app que
vamos apresentar em breve.
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 M O B I L I DA D E
“Estamos a investir
muito na informação
em tempo real
para melhorar a
experiência dos
utilizadores dos TUB”
A informação é um dos fatores fundamentais
para melhorar a mobilidade dos territórios.
Sem dúvida, mas também a confiança: o cliente
tem de ter a certeza que o veículo vai aparecer e no
horário previsto. Não podemos quebrar essa con-
fiança. O pior que pode acontecer é o utilizador
ir para a paragem e não saber se o autocarro vem
ou não vem, nem quanto tempo demora. Se essa
pessoa tiver um compromisso importante vai pensar
duas vezes da próxima vez que quiser usar os trans-
portes públicos. É imprescindível darmos essa con-
fiança ao cliente. Num mundo como o que vivemos,
já não faz sentido não haver informação em tempo
real.
Lisboa limitou a entrada de carros anteriores a
2000 em várias zonas. Acha que essa limitação
também se pode aplicar em Braga, não só aos
veículos ligeiros, mas também aos pesados de
passageiros?
A cidade de Braga é muito centrípeta, isto é, conver-
ge para o centro, pelo que vejo com muita dificulda-
de que isso possa acontecer. Temos é de fazer uma
transição modal mais forte e mais rápida para modos
de transporte mais sustentáveis, reduzindo deste
modo a utilização do transporte individual.
Mas há cuidado para enviar os autocarros mais
recentes e elétricos para a zona central da
cidade?
Sim, nós tentamos colocar não só os melhores auto-
carros nas linhas de maior procura, mas também
atender a outros condicionalismos do percurso,
consumos e outros indicadores. A nossa ideia, como
disse, é renovar toda a frota e colocar na estrada
apenas veículos amigos do ambiente. A cidade foi
crescendo, com rodovias urbanas de grande velo-
cidade a atravessá-la e muitos parques de estacio-
namento. Da forma como a cidade cresceu é difícil
criar medidas muito restritivas. Queremos continuar
a apostar na transferência modal, no entanto, não
totalmente imposta, porque a cidade tem as suas
particularidades – há hotéis, há espaços comerciais e
respetiva logística, há investimentos que se fizeram
e que precisamos respeitar. Que é preciso mais con-
forto e mais acessibilidade nos transportes públicos
no acesso à cidade, não tenho dúvida nenhuma.
De que forma é que a contratação de novos
talentos para aqui por TUB e valorização de
quem já cá estava, ajudou na sistematização e
valorização da informação para tomar decisões?
10
Já existiam muitas pessoas de grande valor aqui na
empresa, mas a estes, fomos acrescentando outros
com qualidade, que vieram trazer novos conheci-
mentos. Este mix de experiência permitiu criar uma
equipa com muito know-how, que está sempre
focada na melhoria contínua e orientada para os
clientes. Contratámos motoristas, operários para a
manutenção, revisores, engenheiros, técnicos de
planeamento, informáticos, financeiros, agentes
para os EUB, entre outros. Procuramos sempre os
melhores técnicos para dar resposta aos desafios
que identificamos. Temos, sem dúvida, uma equipa
de grande qualidade que tem conseguido resulta-
dos extraordinários e únicos.
Uma das preocupações dos empresários,
nomeadamente das áreas da hotelaria e res-
tauração, mas também da indústria, tem a ver
com as dificuldades de mobilidade dos colabo-
radores em horários fora da oferta dos TUB e,
também, ligação compatível aos concelhos vizi-
nhos. Foi anunciada a possibilidade de criação
de linha especiais ou serviços especiais pelos
TUB. Como funciona?
Já começámos a responder a necessidades con-
cretas de empresários de várias áreas. Neste
momento, já temos serviços dedicados para a Bosch
e para a APTIV. Temos, também, serviços dedica-
dos para o Centro Comercial Nova Arcada. Con-
seguimos, ainda, uma parceria muito interessan-
te com o Parque Industrial de Pitancinhos, através
de uma solução dinamizada pela DST, e que permi-
tiu juntar um conjunto de empresários e que possi-
bilitou encontrar uma solução para os trabalhadores
dessa zona industrial. Através da realização de um
inquérito conseguimos identificar necessidades de
mobilidade e depois lançar uma oferta que, dentro
do que era expectável, responde às necessidades.
Este tipo de serviço tem vindo a crescer, abrangendo
cada vez mais empresas. Estamos em vias de fechar
com mais uma empresa de grande dimensão um
serviço de transporte com especificidades próprias
e temos cada vez mais solicitações. Inclusivamen-
te, fazemos parte de um grupo de trabalho dinami-
zado pela Associação Empresarial Braga, no âmbito
da hotelaria, e que tem como objetivo para os Trans-
portes Urbanos de Braga conhecer melhor a reali-
dade neste setor, identificar necessidades e, dentro
das nossas possibilidades, dar respostas as situações
específicas.
As pessoas não podem pensar que vai haver
um autocarro à porta de cada casa e de cada
empresa.
Tem de haver dimensão e racionalidade. Tenta-
mos que as nossas linhas sirvam a maior parte
das pessoas, o utilizador comum, ao longo do dia,
todavia, determinados nichos têm de ter uma res-
posta mais cirúrgica com um transporte flexível a
pedido. Nesse sentido, começámos em Setembro
o transporte de alunos com necessidades específi-
cas, de vários municípios. Por via da delegação de
competências do Estado Central aos municípios,
a Câmara Municipal de Braga decidiu que seriam
os TUB a organizar e gerir este transporte. Assim,
as escolas de Braga, para além de alunos de Braga,
acolhem crianças e jovens provenientes de vários
concelhos do Minho. São cerca de 130 meninos pro-
venientes de vários municípios e que representam
um primeiro esforço dos TUB no lançamento de um
transporte flexível por agendamento prévio. O resul-
tado é muito satisfatório, dado que em anos anterio-
res, o Estado só assegurava o transporte no final de
FEVEREIRO · 2023
Outubro e nós, este ano letivo, no final de Setembro
já estávamos a transportar todas as crianças. Agora,
queremos generalizar esse serviço de transporte fle-
xível para o resto da população, complementando a
nossa oferta de transporte público regular com esta
solução.
Alargando-a, também, à restante população?
Sim. Nós queremos garantir que, por exemplo,
um cidadão de uma freguesia no limite do conce-
lho possa virar jantar a Braga, possa vir ao cinema,
possa vir com a família ao centro da cidade em qual-
quer dia, mediante um agendamento prévio com os
TUB. Pode ser um táxi com três lugares, pode ser um
minibus com nove ou dez lugares. Tudo depende
da procura. O que não podemos fazer é ter um
autocarro que gasta 50 litros aos 100km, a circu-
lar todos os dias do ano para uma determinada fre-
guesia, quando apenas duas ou três pessoas querem
essa solução e apenas três ou quatro vezes por mês.
Quando colocamos um autocarro que não tem
procura, estamos a desgastar o autocarro, temos de
disponibilizar um motorista e estamos a poluir des-
necessariamente. A nossa ideia é mudar o paradig-
ma e pensar em dar resposta às necessidades que
existem realmente. Querermos generalizar essa
oferta durante o ano de 2023, ao concelho de Braga.
Dessa forma podemos dar resposta, por exemplo, a
empresários que têm trabalhadores com horários
até mais tarde ou por turnos. Imagine: se hoje um
trabalhador sai às 2h da manhã e, na semana seguin-
te, sai às 8h, não podemos ter uma resposta de trans-
porte regular para esses horários, mas devemos criar
um transporte especial, que responda àquela neces-
sidade.
Como poderá ser feito a gestão deste serviço?
Estamos a testar plataformas para que os utilizado-
res possam interagir de forma fácil e rápida, mas que
não seja apenas num contexto online, porque ainda
há pessoas com alguma dificuldade de acesso a
novas tecnologias. Estamos a pensar numa platafor-
ma dedicada e, em alternativa, marcação por telefo-
ne, com pelo menos 24 horas de antecedência.
É uma solução interessante para a população
mais idosa.
Sem dúvida. Se alguém quer ir a uma consulta,
marca antecipadamente e nós organizamos o trans-
porte. Hoje em dia já não faz sentido termos linhas
a funcionar com um ou dois passageiros em alguns
horários. Devemos ter uma oferta para essas áreas
mais cirúrgica e nos horários em que a população
efetivamente necessita. Um transporte adaptado à
necessidade e à realidade.
Porquê que os TUB subscreveram o Pacto de
Mobilidade Empresarial?
O  Pacto de Mobilidade Empresarial de Braga
(PMEB) é uma iniciativa promovida pelo BCSD Por-
tugal e pela Câmara Municipal de Braga que visa
contribuir para uma mobilidade mais sustentável no
concelho de Braga e que teve o apoio do Sr. Presi-
dente da República. A assinatura deste pacto permi-
tiu às empresas signatárias reduzirem a sua pegada
de carbono, ter acesso e partilhar conhecimen-
to sobre mobilidade sustentável e melhorar as rela-
ções com outras empresas, organizações e institui-
ções locais. Os principais objetivos são o ambiente,
a inclusão, o bem-estar e a saúde e estão comple-
tamente alinhados com o trabalho que os Transpor-
tes Urbanos de Braga tem vindo a fazer nos últimos
anos.

RICARDO
COSTA
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DO
MINHO E CEO DO GRUPO BERNARDO DA COSTA
“A fusão da CIM do Cávado com a
CIM do Ave trará benefícios para
a mobilidade da região”
J
á há vários exemplos de serviços de
mobilidade para trabalhadores da in-
dústria, em Braga, algo que, para o res-
ponsável, pode ser replicado e alargado
a todo o concelho, mas é a mobilidade
intermunicipal que mais preocupa os
associados da AEMinho. Ricardo Costa
refere que a instituição pretende promover encon-
tros no sentido de aproximar e fundir as duas estru-
turas das Comunidades Intermunicipais do Cávado
e do Ave [CIM Cávado e CIM Ave], o que traria um
benefício óbvio para a mobilidade dos trabalhado-
res das empresas da Região do Minho.
Quais os principais os principais desafios para a re-
gião para os empresários da Região Minho, no que
diz respeito à mobilidade?
É um tema, de facto, complexo e sobre o qual na AE-
Minho nós nos temos debruçado imenso, até porque
há várias questões. Falando no concelho de Braga, tem
existido um esforço por parte dos TUB para adequar al-
gumas das rotas aos parques empresariais, por exemplo,
de Pitancinhos. Temos a informação de que as altera-
ções que se implementaram nas rotas estão a produzir
bons resultados e a mobilidade é muito melhor do que
aquilo que era no passado. Os empresários estão bas-
tante mais satisfeitos, porque as pessoas conseguem
chegar com maior facilidade. Temos, também, o exem-
plo de Sobreposta, que sofreu um reajuste dos horários,
que permite que as pessoas não tenham que trocar tan-
tas vezes de autocarro para chegar ao destino. O que
nós sentimos é que há uma pressão muito grande sobre
as artérias de Braga, que faz com que, neste momento, o
trânsito não seja o mesmo que era há dez anos. É funda-
mental encontrar alternativas de transporte público que
permita a menor utilização das viaturas próprias. Foi por
isso que vários dos associados da AEMinho assinaram o
Pacto de Mobilidade Empresarial, subscrito no passado
mês de Junho de 2022, com várias iniciativas que pre-
veem medidas como o car sharing, utilização de bicicle-
tas elétricas, um conjunto de medidas que as empresas
estão a começar a adotar para melhorar a mobilidade,
de forma sustentável.
O setor da restauração e hotelaria tem problemas
quando os colaboradores são de concelhos limítro-
fes. Isso também acontece com a indústria?
Nós sabemos da pressão que existe no setor imobiliá-
rio, que faz com que a grande maioria das pessoas não
consiga arrendar ou comprar casa nos grandes centros
urbanos, como Braga, Guimarães, Famalicão… e preci-
samos recrutar pessoas que morem em Amares, em Vila
Verde, Póvoa de Lanhoso, Fafe, Esposende, porque aí o
preço da habitação não é tão elevado. Faltam, por isso,
soluções de mobilidade intermunicipal. A região está di-
vidida em duas grandes áreas, a CIM do Cávado e a CIM
do Ave e isso, por si só, já é um problema, porque admi-
nistrativamente existe uma divisão. Nós defendemos,
numa primeira fase, que exista uma visão intermunicipal
no desenho das rotas dos transportes públicos, para que
seja possível circular em Braga, Guimarães, Famalicão e
Barcelos com um passe único, com conjugação de ho-
rários e depois, numa segunda fase, nos concelhos que
rodeiam este quadrilátero urbano.
Acha que se poderia pensar numa Área Metropo-
litana que assuma essa questão da mobilidade e
transportes públicos?
As CIM’s, neste momento, têm autoridade, no que diz
respeito aos transportes. Há um problema maior que
esse: quem dividiu as CIM’s separou uma região que
tinha tudo a ganhar se estivesse junta. O próprio Minis-
tro da Economia veio agora dizer que este Quadrilátero
é forte e um dos principais polos industriais do país…. A
AEMinho vai desenvolver várias iniciativas no sentido
de ultrapassarmos esta questão, a primeira já no dia 21
de Março, em que queremos juntar os presidentes dos
quatro concelhos, o próprio Ministro da Economia vai
estar connosco, para debatermos estes assuntos. Acre-
ditamos que deve haver uma fusão da CIM do Cávado
e da CIM do Ave. Não precisa de ter o nome da Área
Metropolitana do Minho, porque, como Entidade úni-
ca – pode ser apenas uma CIM, haverá mais condições
para criar soluções para a mobilidade em toda a região.
E nem sequer haveria limitação para candidatar-se aos
apoios estatais para subsidiação dos passes para trans-
portes públicos, porque as CIM’s também o podem fa-
zer, tal como nos informou o Governo. É um dos nossos
objetivos para 2023. O Minho pode ser muito mais forte
se estiver unido, que se cada concelho estiver a pensar
apenas para si.
FEVEREIRO · 2023
M O B I L I DA D E
De que forma os associados da AEMinho estão a
aderir aos fundos europeus para requalificar a sua
frota ou para desenvolver projetos de mobilidade
sustentável?
Há vontade enorme de seguir esse caminho, mas ainda
muitas incertezas. Foi aprovado um simplex ambiental,
que eu acho que vai facilitar algumas dessas transições
energéticas e alguns desses processos descarboniza-
ção. Nós temos desenvolvido o conceito de Comuni-
dades Energéticas e já temos na região alguns projetos,
como por exemplo no Parque de Pitancinhos, através da
dst. Em Famalicão, também sabemos que há outros pro-
jetos de comunidades energéticas, mas é preciso ir mais
longe nesta questão. É importante que se perceba que
as empresas podem ter painéis solares a 20 quilómetros
de distância da sua sede e que isso não é impeditivo de
beneficiarem dessa instalação, porque hoje a tecnologia
já o permite. É preciso que exista mais informação e mais
desburocratização dos processos ao nível das institui-
ções, para que os projetos que existem possam avançar.
A crise energética acabou por acelerar o processo de
alteração de máquinas a combustíveis fósseis para má-
quinas com maior eficiência energética e mais amigas
do ambiente. Temos cada vez mais empresas de bio-
massa, de painéis solares, temos produção de energia
eólica, temos mais empresas com veículos elétricos para
uso diário… estamos a dar passos seguros no sentido da
mobilidade sustentável, mas não podemos esbarrar em
processos extremamente demorados e burocráticos.
Relativamente ao Grupo Bernardo da Costa, que
assinou o Pacto Empresarial de Mobilidade, que
medidas foram adotadas para mitigar o efeito das
alterações climáticas?
Nós já começámos a fazer a transição dos veículos de
combustão interna para veículos elétricos. Nas renova-
ções dos nossos contratos de renting, vamos continuar
a renovar a frota para viaturas mais amigas do ambiente.
Estamos a estudar um projeto do car sharing, até porque
estamos num parque empresarial mal dimensionado
para a empresas, que provoca constrangimentos ao
nível do estacionamento. Acabou por ser uma necessi-
dade. Além disso, continuamos a apostar no teletraba-
lho, que permite que menos pessoas se desloquem de e
para a empresa, reduzindo assim, o número de veículos a
circular na cidade. Todos ficam a ganhar.
11
 M O B I L I DA D E

RUI MARQUES
DIRETOR GERAL DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DO MINHO

“Estamos
disponíveis para
juntar empresários
e operadores de
transportes para
criarmos melhores
soluções de
mobilidade para os
trabalhadores”

O
que fazer pa-
ra dar soluções
de mobilidade
a pessoas que
trabalham em
horários em que as carreiras diá-
rias não dão resposta? Essa é a
questão que se coloca aos em-
presários, nomeadamente, ho-
telaria, restauração e bar, quan-
do pretendem contratar novos
colaboradores. Numa área em
que já há falta de mão de obra
qualificada, não ter soluções de
mobilidade adequadas, princi-
palmente, quando o trabalhador
tem de cruzar concelhos dife-
rentes, é um entrave à contra-
tação. O que fazer para mudar o
cenário, numa altura em que re-
começa a época alta?

14 FEVEREIRO · 2023

Os empresários de Braga, nomeadamen-
te, das áreas da restauração, bar e hotela-
ria, estão a sentir algumas dificuldades na
mobilidade dos seus colaboradores. Para
responder aos constrangimentos e ne-
cessidades do mercado, nomeadamente,
a empresas cujos horários são diferentes
dos horários das carreiras habituais, está a
ser lançado pelos Transportes Urbanos de
Braga [TUB] um serviço de transporte es-
pecial, adaptado às necessidades. De que
forma se está a olhar para este problema?
É, realmente, um problema, neste momento eu
diria que é um dos maiores constrangimentos
que nós temos ao desenvolvimento da ativida-
de empresarial, à expansão de negócio e até
a atração de novas empresas e novos investi-
mentos para a nossa região. Não estou a falar
exclusivamente de Braga, mas para esta região
mais alargada. Braga exerce aqui um efeito de
atracão brutal, porque temos muitas empresas
instaladas e, portanto, é natural que as pessoas
queiram estar a morar perto do local de tra-
balho. Durante muitos anos, nós tínhamos um
‘stock’ de casas muito grande e a habitação era
relativamente acessível. Com o crescimento da
cidade e sem nova oferta da habitação, criou
se aqui um desequilíbrio e os preços subiram.
É o mercado a funcionar. A verdade é que as
pessoas, sobretudo de rendimentos mais bai-
xos, são obrigadas a ir morar para a periferia
ou, eventualmente, até para os concelhos vi-
zinhos como Vila Verde, Amares ou Póvoa de
Lanhoso, por exemplo, mas depois deparam-
-se com esta circunstância que não há, de fac-
to, a mobilidade desejável entre concelhos. As
empresas estão muito preocupadas com isto,
nomeadamente nestes setores em particular,
a hotelaria e a restauração, mas é transversal a
todos os sectores de atividade. No município
de Braga, os TUB estão a trabalhar numa so-
lução de transporte flexível e a pedido. Vamos
dizer que é uma “espécie de Uber” propor-
cionado pelos TUB para estas necessidades
muito específicas. Parece-me uma excelente
solução, porque não podemos ter linhas diárias
a todas as horas se depois não há passageiros.
Eu compreendo o ponto de vista do operador
de transportes públicos, porque tem de haver
retorno económico quando se pensa em criar
uma nova oferta, por isso, o serviço especial
vai de encontro à especificidade das empresas
com horários mais prolongados.
A solução agrada-lhe?
Sem dúvida, os horários de trabalho são, na
maior parte dos casos, diferentes do habitual
e, como estas organizações não têm um volu-
me de trabalhadores muito significativo, criar
soluções adaptadas para estes trabalhadores
irem do ponto A para o ponto B é ainda mais
difícil. A solução de pedido especial flexível
que os TUB estão a implementar parece-nos
uma medida que vai mitigar estas dificuldades.
M O B I L I DA D E
Ainda assim, continuamos a ter um problema, Acha que os empresários estão disponíveis
nomeadamente na hotelaria, na restauração, para suportar alguns dos custos de opera-
porque ainda precisamos de soluções de mo- ção?
bilidade para fora do concelho de Braga – de
Nós acreditamos que sim, que os empresários
e para concelhos limítrofes – e aí os TUB já
estarão naturalmente disponíveis para supor-
não podem dar resposta, porque não podem
tar parte do custo deste serviço de transporte
operar nesse território. O que temos vindo a
flexível e a pedido, desde que haja benefício
fazer é sensibilizar a Comunidade Intermuni-
para todas as partes. Tem de ser um custo acei-
cipal do Cávado, que também é Autoridade
tável e suportável, naturalmente.
de Transportes e concessionou recentemente
a sua operação de transportes públicos, para Quantas pessoas faltam na restauração e
dar resposta a esta necessidade. A nossa ex- hotelaria no concelho de Braga?
pectativa é que esta experiência piloto que os
Estamos em período de época baixa, há menos
TUB vão promover em Braga possa eventual-
‘feedback’ desta necessidade que em época
mente depois ser imitada pelas comunidades
alta. Devemos estar a falar de duas, três cen-
intermunicipais, quer aqui do Cávado, quer na
tenas de profissionais qualificados que são
do Ave, para criarem soluções semelhantes de
necessários. Resolver estas questões de mo-
transportes especiais. Para este segmento, da
bilidade pode ser um ajuda a captar mais pro-
hotelaria e da restauração, não dá para se pen-
fissionais para estas áreas. Há muita resistência
sar em linhas regulares, as respostas devem ser
dos trabalhadores, sobretudo portugueses,
flexíveis e a pedido.
para trabalhar nestes setores. Tem sido possí-
De que forma se poderia agilizar estas ques- vel minimizar esta dificuldade de recrutamen-
tões em conjunto com os empresários? to com a mão de obra estrangeira, mas vamos
ter de repensar o modelo de organização da
Há aqui um trabalho que vai ter que ter de ser
jornada de trabalho. Em alguns casos, vai ter
feito e nós queremos fazer parte da solução. Na
de mudar. Claro que isto faz-se com o tempo,
Associação Empresarial Braga, neste mandato,
mas as empresas vão percebendo que já não
criámos os conselhos consultivos em algumas
se consegue trabalhar no regime que se tinha
áreas de atividade que são fundamentais, na
antigamente: a mesma pessoa que entrava de
nossa região. Temos um para a restauração e
manhã, fazia a preparação do almoço, ia para
outro para a Hotelaria. Já foram sinalizadas as
casa, depois regressava à tarde para fazer a
preocupações dos empresários relativamente
preparação do jantar. Fazia o serviço de jantar,
às questões da mobilidade. A associação já fez
o encerramento e voltava outra vez no outro
saber que vai tentar fazer um levantamento das
dia seguinte a fazer esta mesma jornada. Hoje
necessidades que existam junto dos empresá-
em dia temos muita dificuldade em encontrar
rios, para depois entregar essa informação às
pessoas que estejam disponíveis para fazer es-
autoridades de transportes, seja à CIM Cáva-
tas jornadas tão longas. A solução passará por
do, seja aos TUB, para tentarem trabalhar esta
aumentar equipas e, naturalmente, cada cola-
informação e criarem respostas. Nós temos
borador trabalhar menos horas e também terá
aqui um conjunto de operadores com dimen-
um rendimento inferior. Há empresas que es-
são, na região de Braga, ligados à restauração
tão a adotar este modelo, que é mais apelativo
e hotelaria, com os horários de fecho bastante
para os mais jovens. Tudo isto precisa de tempo
semelhantes, e poderá pensar-se numa solu-
e as empresas vão ter de encontrar rendimento
ção conjunta. Depois, temos de ter também
na operação para poder suportar mais pessoas
soluções adaptadas aos trabalhadores, por-
a seu encargo.
que um precisa de ir para Amares, outro para
Prado, outro para Póvoa de Lanhoso… Será um Uma alteração à legislação, que reduzisse
trabalho importante, que trará benefício dire- as contribuições devidas às empresas, nes-
to para as empresas e poderá ajudar a captar tes setores, seria uma ajuda a essa transi-
mais profissionais para estas áreas. Há sensi- ção?
velmente um ano, a CIM Cávado e a CIM Ave
Isso, garantidamente, era um sinal extraordi-
fizeram uma concessão a privados, penso que
nário que o país poderia dar ao setor, mas tam-
à Transdev, para gerir os transportes. Ou seja, o
bém às empresas em geral, que era diminuir as
operador, quer num lado quer no outro, a fazer
contribuições que existem sobre o trabalho,
o serviço intermunicipal dentro de ambas as
que são demasiado elevadas e é um fator inibi-
Comunidades Intermunicipais, é o mesmo, o
dor de aumentar equipas. Se me pergunta se é
que poderá contribuir para que se encontrem
crível que isto venha a acontecer no curto pra-
soluções que agradem a todos. Pode ser uma
zo? Infelizmente não, de facto. Se continuar-
solução simplificada, até do ponto de vista da
mos a ter o mesmo modelo que temos agora,
bilhética, criação de linhas novas, regulares ou
será cada vez mais difícil encontrar pessoas
especiais, para dar alguns exemplos. Ainda as-
para trabalhar nestas áreas, num setor que é
sim, temos de perceber que estas operações
dos que mais contribui para a riqueza do país.
têm de ter sustentabilidade financeira, alguém
tem de suportar este investimento.
FEVEREIRO · 2023 15
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 M O B I L I DA D E
O
diretor de uma das maiores
unidades hoteleiras da re-
gião, o Meliá Braga Hotel
& Spa, destaca a mudança
de paradigma no que diz
respeito às necessidades
dos jovens, que procuram
ter mais tempo e valorizam mais as soluções de
transportes públicos que há 20 anos, em que o
transporte individual era o meio de deslocação
preferencial. Ter disponível soluções adaptadas
às necessidades, como o transporte especial por
marcação que os Transportes Urbanos de Bra-
ga estão a promover, poderá ser uma solução de
implementação rápida que vai beneficiar o setor,
mas é importante que exista um serviço seme-
lhante para as deslocações entre concelhos.
Quais as principais dificuldades que as empresas
de hotelaria enfrentam ao nível da mobilidade dos
seus colaboradores?
Há uma questão importante que devo assinalar: a esco-
la profissional da área da hotelaria na região é em Vila
Verde e nós tentamos sempre aproveitar a mão de obra
da nossa região. Os jovens, ainda em fase de estágio,
não têm um transporte sempre disponível, a qualquer
hora, para virem trabalhar connosco. Na hotelaria, nós
começamos o pequeno almoço muito cedo, às 6h da
manhã, e os turnos podem ir até 01h00, para fechar um
bar. Estamos a falar de turnos diferentes nos horários
em relação à oferta regular de transportes públicos, é
certo, mas temos de ter solução para estes jovens. Hoje
as coisas são diferentes do meu tempo, eles já não que-
rem ter carro ou uma mota e muitos deles, aos 18 anos,
não têm carta de condução têm. Ou seja, temos de ter
um transporte público que esteja adequado à nova ge-
ração, que responda às suas necessidades para o dia-a-
-dia, mas também para virem trabalhar. A forma como
20
DELFIM
FILHO
DIRETOR DO HOTEL MELIÁ BRAGA
“Ter melhores soluções de
mobilidade pode ajudar
a hotelaria a captar mais
profissionais qualificados. Hoje,
os jovens não procuram o mesmo
que há 20 anos”
eles se deslocam mudou. Por exemplo, agora eles
usam muito as bicicletas e, por isso, vamos colocar um
ponto para bicicletas elétricas aqui no hotel, para clien-
tes, mas também para colaboradores. Temos de pensar
todos em conjunto a questão nestas duas vertentes:
melhor mobilidade para o concelho, mas também para
as ligações com os concelhos vizinhos.
Os Transportes Urbanos Braga lançaram um servi-
ço de especial, por marcação e a adaptado às ne-
cessidades, sem carreira regular, mas adaptado à
medida. É uma solução interessante para si?
Eu penso que sim. Se nós identificarmos na nossa equi-
pa quais os colaboradores que necessitam deste servi-
ço, onde moram e informá-los que existe essa possibi-
lidade de terem transporte nos horários que precisam,
penso que teremos todo o interesse nesse serviço. Eles
e nós, as empresas, porque procuramos soluções.
Há mais empresários nessas condições, na hotela-
ria e restauração.
Sem dúvida, penso que todos beneficiaríamos e pode-
ríamos trabalhar em conjunto numa solução dessas. Há
falta tremenda de pessoas – e agora não se fala muito
por ser época baixa, mas a partir de Abril, na Páscoa,
vai ficar mais evidente. Nós temos de cativar colabora-
dores para a cidade de Braga, pessoas que moram no
interior, que moram noutras cidades e vilas ou mesmo
no estrangeiro para responder às nossas necessidades
de operação. Se conseguirmos chagar a um entendi-
mento, com soluções de mobilidade que sirvam todos
os empresários e que permita às pessoas virem de ou-
tros locais para trabalharem aqui, todos ganharemos.
Os trabalhadores fazem contas ao salário, às taxas de
juros, o tempo livre que têm, avaliam onde podem mo-
rar e quais as alternativas que têm para chegar ao posto
de trabalho ou à área onde querem ter a sua atividade
profissional.
Já teve colaboradores que foram embora ou nem
FEVEREIRO · 2023
colocaram a possibilidade de vir para o Meliá, por
não terem soluções de transporte desde e para o
local onde moram?
Sim, nomeadamente estagiários. Jovens que concluí-
ram o estágio em Vila Verde, depois eu queria ficar com
eles, mas por causa do transporte optaram em ficar mais
perto da região onde vivem ou mesmo na casa dos pais.
Se tivessem de pagar um apartamento na cidade, não
iriam conseguir. Existindo transporte público, acredito
que viriam trabalhar connosco. Nós tivemos de alugar
apartamentos para alguns colaboradores, porque de
outra forma não conseguiria que eles ficassem cá. É um
custo mensal que suportamos para colaboradores es-
senciais, mas não o conseguimos fazer para todos. Ter
soluções de mobilidade é fundamental e nós estamos
totalmente disponíveis para tentar encontrar soluções
que beneficiem o setor. Se criarmos uma boa comuni-
cação e uma plataforma de entendimento entre todos
os operadores hoteleiros, provavelmente conseguimos
ter um autocarro que consiga passar pelos locais onde
moram os colaboradores das variadas unidades do
concelho e os deixem nos locais de trabalho. Pode nem
ser um autocarro, pode ser um minibus. A hotelaria está
a mudar. Para facilitar a mobilidade e para tornar esta
área mais atrativa para os jovens, já só temos horários
de turno seguido, ou seja, o colaborador entra e faz as 8
horas de trabalho, sem interrupções. Isso acontece até
no restaurante, onde é mais difícil gerir as equipas. Não
há quebras de horário no Meliá, nem sequer na cozinha
e sala.
As novas gerações estão mais recetivas esse mode-
lo e rejeitam os turnos com interrupção?
Sem dúvida, embora eu perceba que nem todos os
empresários consigam fazê-lo, penso ser o futuro. A
valorização do tempo é diferente hoje do que era há 20
anos. Esta geração procura um equilíbrio entre o que
ganham e o tempo para estar com a família, amigos,
para praticar um desporto. Os empresários devem ter
isso em conta.
 M O B I L I DA D E
RICARDO
RIO
PRESIDENTE DA CÂMARA
DE BRAGA E DA CIM
CÁVADO
“Estou convencido que
em 2025 teremos o BRT a
funcionar na cidade”
É
um dos projetos mais estru-
turantes para a cidade no
que diz respeito aos trans-
portes públicos da região
para os próximos anos. Pre-
vê-se que o BRT entre em
funcionamento em 2025, uma nova mo-
dalidade de transporte em linha dedicada
que vai alterar a configuração da cidade e
dar novas possibilidades de mobilidade.
Ricardo Rio não acredita que a criação de
uma linha de ferrovia pesada entre Braga
e Guimarães seja uma opção sequer viá-
vel e aponta para soluções com menos im-
pacto na paisagem, como o próprio BRT.
Em relação à linha de alta velocidade, o
autarca refere que é “o corrigir de um erro
histórico”.
O crescimento da cidade exige medidas para
criar soluções de mobilidade. Como antecipa
o futuro do concelho e da cidade nessa área?
Braga vai seguir a tendência mais ou menos ge-
neralizada nas cidades a nível internacional, nos
meios urbanos, que é uma clara aposta na descar-
bonização, na promoção de uma mobilidade mais
sustentável, e isso passa pela redução da utilização
do automóvel como meio principal de deslocação
22
em contexto urbano. Braga, de acordo com o Eu- Lisboa? A cidade é atravessada por autênticas
robarómetro 2020, era uma das cidades europeias autoestradas.
onde havia uma maior percentagem (mais de 60%)
Quando eu falo na redução do trânsito, não se pode
de utilização de viaturas próprias pelos cidadãos.
esquecer a necessidade de encontrar algumas so-
Com o crescimento da população, esse crescimen-
luções que melhorem o seu ordenamento. O caso
to vai provocando uma pressão acrescida sobre as
infraestruturas de trânsito. E como é que podemos
mais concreto e que maior curiosidade desperta,
uma vez que é uma manta de retalhos fruto de vá-
mudar? Desde logo, com maior a promoção da uti-
rias adaptações e alterações ao longo do tempo, é a
lização dos transportes públicos, em três níveis: pri-
zona de Infias. A chamada variante de Encosta ou a
meiro, a criação de novas soluções de transportes
Variante Sul, que eram alternativas à circulação no
públicos, à cabeça, o BRT, que nós esperamos que
centro da cidade, são hoje as avenidas que têm que
em 2025 esteja já em funcionamento. Em segun-
ser entendidas como tal. A estrada que liga do Mi-
do, reforçar a atratividade dos transportes públicos
nho Center ao Braga, por exemplo, é uma avenida
tradicionais e isso exige veículos que provoquem
central da cidade. A questão da circular externa vai
menor poluição – tem sido feita uma aposta muito
resolver-se a Norte, com a variante do Cávado, na
significativa nessa matéria, com a renovação da fro-
medida em que nós já temos neste momento con-
ta dos TUB com os autocarros elétricos; mais con-
forto, mais regularidade dos serviços, novas linhas
cluída a ligação total entre Nova Arcada e Frossos.
e mais frequência nas linhas com mais procura. Por
Essa obra já está disponível para utilização e que-
remos continuá-la até ao E. Leclerc. Já lançámos
último, em complemento, é importante o ordena-
o concurso que, aliás, já foi adjudicado e está em
mento do espaço urbano, de promoção e valoriza-
elaboração do projeto da variante. Temos manti-
ção do espaço pedonal, com projetos como o “Eu
do diálogo com a Infraestruturas de Portugal para
já passo aqui”; com a criação de novas ciclovias e a
que essa via possa ser concretizada com a maior
extensão de algumas das já existentes. A nível mais
brevidade possível. A sul, a situação não é tão fácil
‘macro’, são também relevantes as conexões no
por uma questão que tem a ver com a proteção do
território, com as cidades vizinhas, com a região, e a
Bom Jesus. Chegou a equacionar-se, em tempos, a
construção da ferrovia de alta velocidade.
criação de vias de atravessamento em túnel na en-
Fazia sentido pensar-se uma via circular ao re- costa do Bom Jesus, mas com a classificação como
dor da cidade que tirasse trânsito da zona mais Património da Humanidade tivemos de abandonar
central da cidade, como se fez no Porto e em completamente essa possibilidade.
FEVEREIRO · 2023
 M O B I L I DA D E
“Deve haver um
esforço das CIM’s
para criarem
um sistema de
transportes
públicos que facilite
a circulação de
pessoas no Minho.
Estou convencido
que esse trabalho vai
ser feito”
Braga tem, neste momento, poucos metros de
linha dedicada para os autocarros (linhas de
BUS). De que forma é que se vai requalificar a
cidade para o BRT (Bus Rapid Transit), saben-
do que nas linhas dedicadas vão passar os au-
tocarros, simultaneamente, em alguns troços.
A ausência dessas vias de BUS resultou do mode-
lo de organização e de crescimento da cidade que
se adotou durante várias décadas. As questões
das vias exclusivas para os transportes urbanos
nunca foram devidamente salvaguardadas, salvo
pouquíssimas exceções, de facto. E hoje em dia
não é fácil, no contexto estritamente urbano, de
as adaptar para a priorização necessária para os
autocarros. Em relação ao BRT, já não será tanto
assim, porque seja na variante, seja na nas zonas
de expansão, até à universidade, vai ocupar-se o
espaço existente nestas vias mais estruturantes,
que vão ser reconfiguradas. Será dada prioridade
precisamente ao BRT.
O que vai significar a alta velocidade para o
concelho?
Como já tenho dito, é a correção de um erro his-
tórico. Braga é a terceira cidade mais importante
do país, em termos de dinâmica demográfica e
desenvolvimento económico, e não ter uma liga-
ção ferroviária estruturante, não faz sentido. A que
temos é muito limitada: entra na cidade e sai da
cidade exatamente pelo mesmo ponto, não ten-
do continuidade. A nova estação vai ser uma via
estruturante em termos ferroviários, porque terá
ligação ao resto do país e aos nossos vizinhos espa-
nhóis, não sendo apenas uma linha de chegada. Vai
colocar-nos a uma hora de Vigo e a meia hora do
Aeroporto Francisco Sá Carneiro. As soluções que
existem hoje são muito arcaicas para aquilo que
são as necessidades das populações, acredito que
esse projeto vai mudar a cidade.
24
Acha que a ligação de ferrovia Braga-Guima-
rães é um projeto que faz sentido ou deveria
optar-se por soluções diferentes?
‘Ferroviária’ em sentido de uma ferrovia pesada,
como tem sido defendido pela CDU, não acho
que seja exequível, desde logo, por uma questão
de investimento. Estamos a falar de valores con-
sideráveis, praticamente impossíveis de rentabili-
zação. Nós temos defendido, até no Quadrilátero
Urbano, que existam outras soluções alternativas
à ligação rodoviária e que passariam mais por um
metro de superfície ou até por um BRT, de cone-
xão entre os vários concelhos.
Na reunião de 7 de Fevereiro, na CIM Cávado,
alertou-se “para a necessidade urgente de
aumentar e reforçar a conectividade e mobi-
lidade entre os quatro municípios do quadri-
látero urbano – Barcelos, Braga, Guimarães e
Vila Nova de Famalicão (Cávado/Ave)”. Qual
poderia ser a solução, sabendo que há duas
CIM’s envolvidas, cada uma com responsabi-
lidades e opções políticas diferentes, e mais
de um milhão de pessoas nesta área?
Recentemente, a Associação Empresarial do Mi-
nho defendeu a fusão das duas CIM’s. No passa-
do, também eu defendi a criação da Grande Área
Metropolitana do Minho, com a fusão das três
CIM’s, porque acho que do ponto de vista político
e estratégico seria importante. Neste momento,
do ponto de vista operacional e olhando para a
realidade de cada uma das CIM’s, julgo que a CIM
do Cávado tem feito um excelente trabalho de
coordenação entre os municípios que pertencem
a esta estrutura. Não tenho hoje a certeza e a con-
vicção de que um projeto mais alargado pudesse
ser tão bem-sucedido como o da CIM Cávado é
hoje. Ainda assim, não podemos por de parte pro-
FEVEREIRO · 2023
jetos em algumas áreas de intervenção que care-
cem de uma concertação com os concelhos vizi-
nhos e devemos encontrar plataformas de criação
de soluções para os cidadãos destas áreas. O caso
dos transportes é um excelente exemplo disso
mesmo. A questão não se coloca apenas ao nível
dos concelhos do quadrilátero, Braga, Guimarães,
Famalicão e Barcelos, mas deve responder, tam-
bém, às necessidades dos concelhos vizinhos. Ou
seja, deveremos pensar em soluções para todos,
porque esta é uma questão que afeta pessoas e
empresas de todo o Minho.
Concorda com a transferência de competên-
cias e funções do poder central ao nível dos
serviços de transporte para as CIM’s?
Parece-me que é uma boa decisão, porque esta
é uma matéria em que, melhor que ninguém, os
territórios conseguem avaliar as necessidades
das suas populações e ajustar a oferta àquilo que
é concessionado ou contratualizado. Parece-me
que foi uma boa medida e que veio acompanha-
da também por outras decisões positivas, por
parte do Governo, ao nível do financiamento dos
transportes públicos em todo o território nacional.
Lamentamos é que continue a haver níveis de
discriminação demasiado evidentes, face àquilo
que são os montantes investidos nas áreas metro-
politanas e o resto do território. O valor per capita
investido num cidadão de Lisboa em transportes
públicos pelo Estado Central não tem nada a ver
com o que é investido noutras regiões; há uma
discrepância absolutamente injustificável e que
resulta do centralismo que ainda existe no nosso
país.
Lisboa adotou um programa de restrições ao
acesso a algumas zonas da cidade por veícu-
los anteriores a 2000. Acha que isso poderia
acontecer em Braga?
Não é uma coisa que estejamos a equacionar para
o futuro próximo, mas sabemos que isso acabará
por acontecer nos próximos, por causa das restri-
ções que vão existir para estas viaturas com maio-
res emissões de carbono. As diretivas da União
Europeia vão nesse sentido.
Braga já tem um programa de Partilha de bi-
cicletas, tem o bicification, tem trotinetes. O
que falta fazer neste particular para tornar o
concelho mais apetecível para as duas rodas?
Faltam fundamentalmente duas dimensões: in-
fraestruturas e aculturação. No que diz respeito à
primeira, temos consciência que a rede tem vindo
a crescer, mas têm de ser feitos outros investi-
mentos, muitos deles já estão em projeto ou em
fase de execução, nomeadamente, o projeto da
variante do Fojo, a ligação ao Estádio Municipal 1º
de Maio, o prolongamento da Ecovia do Cávado…
São projetos em contexto mais urbano que vão,
obviamente, dar condições de maior segurança
aos próprios ciclistas. Por outro lado, há a dimen-
são da aculturação. Não é só a promover o uso da
bicicleta que vamos conseguir resultados, temos
de consciencializar também os condutores para
a necessidade de conviverem com a utilização da
bicicleta na cidade.
 E D I TO R I A L

OS DESAFIOS DA
MOBILIDADE RACIONAL

N
FICHA
TÉCNICA
este número da Revista Sim, decidimos questionar alguns responsáveis
pelo território sobre os desafios da mobilidade para Braga e para a região.
DIREÇÃO:
Em primeiro lugar, quisemos saber de que forma os Transportes Urbanos Carlos de Freitas Pereira
podem encontrar soluções para dar respostas a um concelho que cres- 961 791 966
geral@revistasim.pt
ceu 6,5% em 10 anos e tem mais 20 mil pessoas que no início do século.
REDAÇÃO:
O crescimento voltado para o transporte individual torna o desafio mais Manuel André Ribeiro da Costa
complexo, principalmente se tivermos em atenção dois números: 39 par- manuelrevistasim@gmail.com
961 791 968
ques de estacionamento na cidade e 5 mil lugares, entre pagos e gratui-
tos. É, de facto, um número surpreendente, que corresponde a um lugar FOTOGRAFIA:
Wapa - Wide Angle Photographic Agency
de estacionamento por cada 40 pessoas que residem no concelho.
DESIGN:
Não é só no acesso à cidade que está o desafio, mas também na oferta de TDS - Tosta Design Studio
Pedro Carvalho
transporte público para trabalhadores, nomeadamente, da indústria, da pedro.tosta@gmail.com
hotelaria e da restauração. Os serviços especiais que os Transportes Ur-
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS:
banos de Braga permitem encontrar uma solução adequada a cada caso, Aušra de Araújo
personalizando o transporte ao número de pessoas a transportar, à rota ausradearaujo@gmail.com
961 791 969
e ao horário. Este serviço também vai estar disponível para particulares
e permite, antes de mais, uma mobilidade mais racional: se uma empresa COMUNICAÇÃO & MARKETING:
tem 10 pessoas para transportar, com turnos que variam de semana para LC Design - Marketing Agency

semana, faz sentido ter um autocarro de 60 lugares com linha diária? Se GESTÃO JURÍDICA
alguém de Tadim quer ir à cidade e regressar a casa numa sexta à noite, vai Andreia F. Martins

criar-se uma linha de autocarro para Tadim a essa hora, para servir 4 ou 5 IMPRESSÃO:
pessoas? Ter um serviço especial, com uma aplicação ou um número de Viana & Dias
Veiga do Inso
telefone que permita fazer o agendamento do transporte, retira autocar- 4734-908 Vila de Prado
ros vazios da rua e permite uma solução adaptada às necessidades reais.
COLABORADORES:
Isto é mobilidade racional e é um caminho sem retorno. O crescimento Amélia Costa, Ana Raquel Veloso, Arnaldo Pires,
demográfico tem trazido mais automóveis à estrada e só com oferta de Cândida Pinto, Luísa Rodrigues, Maria Helena, Miguel
Marote Henriques, Mariana Briote, Paula Viana, Raquel
qualidade, com conforto e com frequência de linhas teremos mais pes- Martins, Sónia Vaz
soas nos autocarros e menos na estrada.
COLABORAÇÃO INSTITUCIONAL:
Casa das Artes (Famalicão), Centro Cultural Vila Flor
Nas linhas diárias, o caminho é encontrar melhores soluções de transpor- (Guimarães), Pavilhão Multiusos (Guimarães), Theatro
tes públicos. O conforto, a frequência das linhas, a fiabilidade do serviço Circo (Braga)
são alguns dos fatores que fazem com que se escolha esta opção, mas
PROPRIEDADE (SEDE) E SEDE DO EDITOR:
também a ligação à rede de transportes da região onde o utilizador vive Frases Soltas, Lda.
e trabalha. Há um problema de ligações de transportes públicos entre CEO: Carlos Pereira
Propriedade: Carlos Pereira (100%)
os concelhos do Minho, uma região com um milhão de habitantes, que Av. da Liberdade, nº 642,
está retalhada em soluções concelhias e dividida pelas CIM do Cávado sala 9, 4710-249 BRAGA
Nº do Registo na ERC – 125311
e CIM do Ave. O trabalho de conjugação de esforços parece ser a única Horário 8.30-13.00 14.30-17.30
resposta possível, porque tanto a nível de legislação (os transportes urba-
SEDE DE REDAÇÃO:
nos de um concelho não podem circular num metro de alcatrão que seja Av. da Liberdade, nº 642, sala 9
do concelho vizinho, criando situações absurdas como a que acontece 4710-249 BRAGA
na Ponte de Prado) como a nível político, deve ser feito mais. Os dados
estão lançados. DELEGAÇÃO LISBOA:
Rua do Sol ao Rato 27 R/C DT.
Manuel Costa No transporte particular, o paradigma mudou, na forma como olhamos 1250-261 Lisboa

para o transporte, porque, se antes todos queríamos ter um carro aos 18 DELEGAÇÃO GUIMARÃES:
anos, hoje querem ter um serviço de mobilidade, que respeite o meio am- Avenida Dom João IV, 36-6 L.
4814-501 Guimarães
biente e seja eficiente energeticamente. As notícias que nos chegam indi-
cam a direção: até 2035, vai ser proibida a comercialização de automóveis
TIRAGEM MÉDIA:
de combustão interna proveniente de combustíveis fósseis na Europa. 10.000 Exemplares

PERIODICIDADE:
Quinzenal

Estatuto Editorial disponível em www.revistasim.pt.

Todos os textos da
Revista SIM são
escritos ao abrigo
do novo Acordo
Ortográfico.
Alguns colaboradores
optam por escrever na
grafia antiga.
Todas as fotos não
assinadas têm
direitos reservados

26 FEVEREIRO · 2023
 2º ANIVERSÁRIO

PROFISSIONALISMO E
ACOMPANHAMENTO
PERSONALIZADO

N
a Hairvolution, não vendemos sonhos, vendemos rea-
lidade sustentada em conhecimento cientifico, ex-
periência e profissionalismo. “Este não é um espaço
exclusivo para homens, há cada vez mais mulheres a
recorrerem aos nossos serviços. Segundo alguns estu-
dos, até 2050, cerca de 50% da população irá ter algum
problema relacionado com alopecia”, explica o Diretor Clínico, Dr. Rui
Santos Freitas.
A Hairvolution surge da análise feita ao mercado, por profissionais da
área com vários anos de experiência, concentrando o conhecimento e
corrigindo aquilo que, no seu entender, estava desajustado. “Este pro-
jeto surgiu após analisar o que existia no mercado em termos de cirur-
gia capilar, melhorando os pontos positivos e eliminando os negativos,
aquilo que achávamos que funcionava menos bem nesta área. Acima de
tudo, queremos oferecer um tratamento personalizado, com segurança
e realismo na gestão das expectativas”, defende o clínico.
A aposta neste projeto implica um grande investimento pessoal de to-
dos os profissionais Hairvolution, principalmente, no que diz respeito ao
acompanhamento pós-operatório. “Nós temos um número de apoio 24
horas, seja ao Sábado, ao Domingo, seja a que hora for, porque sabemos
que algumas dúvidas podem surgir durante o processo. O paciente tem
de estar totalmente consciente dos passos que devem ser dados após
o micro transplante capilar, para que tudo corra da melhor forma e os
resultados sejam os esperados”, assegura o Dr. Rui Santos Freitas.
OS BENEFÍCIOS DO TRANSPLANTE CAPILAR
Mais que uma intervenção estética, o micro transplante capilar é uma
intervenção médica, sendo reconhecidos os seus benefícios para a saú-
de dos pacientes. “A Alopecia é uma doença reconhecida pela comuni-
dade médica, assim como os seus efeitos nefastos para a saúde psicoló-
gica. No que diz respeito à nossa intervenção, tentamos ir sempre o mais
longe possível, para que de acordo com a necessidade dos pacientes,
fazendo um estudo exaustivo do número de unidades foliculares que o
paciente necessita e aquelas que conseguimos extrair. Quem vai bene-
ficiar com esta filosofia é o paciente”, assegura o clínico.
Uma das razões que deixa alguns pacientes reticentes tem a ver com o
receio da intervenção e pós operatório. “Eu sou suspeito, mas aconselho
a quem tem dúvidas a vir aqui e falar com algumas das pessoas que já fi-
zeram transplante connosco. É necessário ter alguns cuidados, nos dias
seguintes à intervenção e praticamente não temos tido queixas no pós-
-operatório, apenas situações normais de desconforto, o que é normal”.
PACIENTES QUE JÁ FIZERAM TRANSPLANTE SÃO A MELHOR
PUBLICIDADE
O sucesso das intervenções já realizadas tem sido de tal ordem que os
próprios pacientes encaminham os amigos e conhecidos para a Hairvo-
lution. “Temos recebido cada vez mais pessoas conhecidas de quem já
fez a intervenção connosco, o que nos deixa muito satisfeitos, porque
significa que ficaram satisfeitos. Nós queremos que as pessoas venham,
que falem connosco e que coloquem todas as suas dúvidas, que tere-
mos todo o gosto em responder, porque sabemos que se esse paciente
ficar satisfeito, nos irá recomendar”, garante.
Para que tudo resulte, a formação contínua e especializada e o inves-
timento em equipamento tecnológico ultra avançado permite obter os
melhores resultados. “Acima de tudo, queremos continuar com a nossa
filosofia de honestidade, segurança, acompanhamento e profissionalis-
mo, os valores que muito prezamos, porque foram eles que nos trou-
xeram até aqui e que me permitem dizer que este projeto está a ser um
sucesso. Não queremos ser apenas mais uma clínica, mas a clínica onde
se faz bem e onde os resultados são reais”.
Para terminar, com o Dr. Rui Santos Freitas não há falsas promessas: “A
nossa postura é ser sempre realista e profissional com o paciente, por-
que sabemos o que está em causa e o que pode mudar com uma inter-
venção bem sucedida. Contem connosco para isso!”
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 N A M O RA R P O RT U GA L

O AMOR VOLTOU À
PASSERELLE DE VILA VERDE

O
Centro Empresarial de Gême voltou a receber o mo-
mento alto do Mês do Romance – Namorar Portugal,
com o desfile do sempre aguardado Concurso Interna-
cional de Criadores de Moda de Vila Verde, que vai na
sua 19ª edição.
Cinco formandas da Inovinter Braga, Mariana Morais,
Mónica Rodrigues, Lucinda Silva e Cristiana Pacheco, a ucraniana Valeri-
la Serdinkova e a brasileira Isabel Camara, foram as grandes vencedoras da
noite. Ao todo, foram 53 coordenados a concurso (14 individuais e 10 esco-
las presentes), numa noite que contou com a apresentação de Sílvia Alberto
e atuações da Orquestra Viv’arte, de Vila Verde, dirigida pelo maestro Idílio
Nunes, e as fenomenais vozes de Sofia Escobar e do tenor João Miguel Gon-
çalves.
Além dos coordenados a concurso, ainda passaram pela passerelle propos-
tas dos consagrados Anabela Baldaque, Luís Carvalho, Nuno Gama e Rafael
Freitas.
VENCEDORES
1º Prémio: Município de Vila Verde
Valerila Serdinkova, Isabel Camara, Mariana Morais, Mónica Rodrigues, Lu-
cinda Silva, Cristiana Pacheco – Inovinter, Centro de Formação e de Inovação
Tecnológica de Braga. 
2º Prémio, Caixa Crédito Agrícola
Escola Secundária de Vila Verde - turma de Artes Visuais 
3º Prémio, Associação Empresarial de Braga
Orlando Ventura (Vila Verde)
Prémio Jovem Revelação, IPDJ
Sara Francisco, Melissa Toledo, Ana Carvalho, Catarina Silva, Matilde Pinto e
Sara Almeida – Cenatex, Guimarães 
Prémio Público
IBG, Lara Silva, Beatriz Ferreira, Joana Pereira, Matilde Ribeiro, Vasco Maia e
Soraia Domingues – Cenatex, Guimarães 
Prémio Delta Café
Sérgio Silva e Sá (Vila Verde) 
Prémio Impacto Visual, Fotofelicidade
Maria Azevedo e Cristina Silva - EsproMinho 

32 FEVEREIRO · 2023
 N A M O RA R P O R T U GA L

FEVEREIRO · 2023 33
 N A M O RA R P O RT U GA L

DESFILE DE GUARDA-CHUVAS EM VILA

VERDE LANÇA JORNADA ESPECIAL DO
‘MÊS DO ROMANCE’

U
m desfile com 170 guarda-chuvas originais e criados por crian-
ças do pré-escolar e do primeiro ciclo, com inspiração no tradi-
cional Lenço dos Namorados, marcou o arranque de um dia de
eventos especiais em Vila Verde, no âmbito da programação
‘Fevereiro – Mês do Romance’. O complexo da APPCDM de
Vila Verde associou-se também ao evento com a apresentação
da ‘Senhorinha’ e da ‘Ursa Maior’, numa jornada em que a arte-
sã Mi-Linha lançou uma nova coleção de sacas de linho bordadas.
No Centro Escolar de Vila Verde, cerca de 380 crianças foram mobilizadas para
a produção de “um desfile de talento, criatividade e enorme beleza” – como sub-
linhou a presidente da Câmara, Júlia Rodrigues Fernandes. A Casa do Povo de
Vila Verde colaborou na produção dos guarda-chuvas decorados com inspira-
ção nos Lenços dos Namorados, num trabalho que envolveu professores, pes-
soal não docente e familiares dos alunos.
“Este foi um momento muito bonito do Mês do Romance e que foi vivido com
grande alegria e entusiamo”, partilhou Júlia Fernandes, dando os parabéns a to-
das e todos os que participaram, incluindo “também muitas avós que ajudaram
neste fantástico trabalho, a bordar e a decorar os guarda-chuvas, obtendo ver-
dadeiras obras de arte”. No restaurante McDonald’s fica exposta a “Ursa Maior”, acompanhada de um
quadro de fotografias com o desenvolvimento do trabalho. Esta peça, que resul-
Sob a orientação do coordenador do Centro Escolar, Joaquim Cerqueira, os
ta de um desafio lançado pela administração da empresa, vai ser doada à Fun-
guarda-chuvas foram apresentados pelos alunos, que desfilaram perante a co-
dação Ronald McDonald, um projeto social dirigido a crianças e com instalações
munidade escolar. Os trabalhos podem ser contemplados no átrio da escola,
junto ao Hospital de São João, no Porto.
onde vão manter-se expostos.
Sacas de linho com valorização ambiental
Bonecas dos utentes da APPACDM
Uma coleção de sacos utilitários, feitos em linho e com bordado, é a nova propos-
A jornada do ‘Mês do Romance’ incluiu dois momentos especiais com os utentes
ta da artesã Camila Silva. No seu atelier Mi-Linha, na Loureira, apresentou os no-
do complexo de Vila Verde da Associação Portuguesa de Pais e Amigos de Cida-
vos produtos inspirados nos Lenços dos Namorados, assinalando a preocupação
dãos com Deficiência Mental (APPACDM), que assumiram a produção de duas
ambiental nas linhas da marca Namorar Portugal.
figuras inspiradas na temática dos Lenços dos Namorados e que estão expostas
na Loja Interativa de Turismo e no espaço McDonald’s. As sacas para o pão, para o lanche das crianças e até para as compras do dia ou
para levar à praia e a ‘boleira’ – para os bolos –, fazem parte de uma coleção “vasta
A “Senhorinha...” e a “Ursa Maior” são duas “obras de arte inspiradas no amor” e
e diversificada, colorida, e sempre juntando amor e tradição”, como frisou a arte-
que resultam de trabalho desenvolvido pelos utentes da APPACDM, que quise-
sã, na sessão de apresentação dos novos produtos.
ram prestar “uma homenagem aos Lenços dos Namorados”.
A presidente da Câmara Municipal, Júlia Fernandes, destacou a componente
“É uma forma de dar a conhecer o nosso amor e também de reconhecer o amor
ecológica que está associada a mais esta inovação, com qualidade e grande cria-
que sentimos de Vila Verde, do Município e da comunidade local”, contextuali-
tividade, recorrendo ao linho para reforçar o combate ao uso do plástico.
zou o presidente da APPACDM, aproveitando para agradecer “a oportunidade
de levar, para lá das paredes do complexo da instituição, o trabalho e as capaci- “É importante sensibilização e a mobilização de todos no esforço para a valori-
dades dos seus utentes”. zação do ambiente e da natureza, como fator estrutural no desenvolvimento
sustentado e onde as nossas traições desempenham também um papel fulcral”,
Na Loja Interativa de Turismo está patente a ‘Senhorinha…’, uma boneca já “fami-
defendeu Júlia Fernandes, numa sessão em que o presidente da Junta de Fre-
liar” e que agora surge decorada com apontamentos associados aos bordados
guesia, Fernando Ferreira, aproveitou para destacar o trabalho da artesã Camila
coloridos dos Lenços dos Namorados.
Silva na promoção da Loureira.

34 FEVEREIRO · 2023
 N A M O RA R P O RT U GA L

“ARTES CHEIAS DE AMOR”

SURPREENDEM NO ‘MÊS DO ROMANCE’
DE VILA VERDE 

O
Num mês repleto de atividades diversas do programa
‘Fevereiro – Mês do Romance’ que está a decorrer em
Vila Verde, o artesão Fernando Rei voltou a surpreender
com a apresentação de uma série de novos modelos de
malas feitas em linho, no âmbito da parceria com a mar-
ca Namorar Portugal. 
Entre saraus de poesia e música e uma caminhada solidária, foram ainda lan-
çadas novas linhas de bonecas com produtos naturais de Aguinalda Conduto
e conjuntos de miniaturas fantásticas da ‘Home Sweet Miniaturas’. 
Em estaque estiveram igualmente os workshops do chocolate com pimenta,
de pintura em loiça e das bonecas de cabaça e biscuit, que mobilizaram mais
de 70 pessoas para aprender as “artes cheias de amor”, com que artesãos e
os parceiros  Namorar  Portugal  assumem a produção de peças únicas e de
excelência reconhecida por todos. 
Exemplo disso mesmo estão as novas malas lançadas pelo Fernando Rei, que
decidiu dedicar um dos modelos à jornalista Dina Aguiar, homenageando o
trabalho desenvolvido no programa televisivo ‘Portugal em Direto’, da RTP, a Do chocolate às bonecas e miniaturas 
favor do artesanato e das diferentes regiões do país. 
No Espaço Namorar Portugal foram apresentadas mais duas linhas de novos
Na sessão de apresentação que decorreu no Espaço Namorar Portugal, em produtos inspirados nos Lenços dos Namorados. 
Vila Verde, a jornalista confessou-se honrada pelo reconhecimento e assu-
miu-se “encantada” pelos corações e pelos motivos dos Lenços dos Namo- A Carla e a Anabela – da ‘Home Sweet Miniaturas’ – lançaram novos con-
rados que inspiram a decoração da “sua” mala – do chamado modelo ‘Tote’.  juntos de miniaturas fantásticas, inspiradas nos Lenços dos Namorados. Os
cenários de casamento, de pequeno-almoço, do tradicional bordado dos
´É um ótimo exemplo do país positivo que divulgamos, valorizando o que se lenços e do presépio constituem o grupo de peças deste maravilhoso ‘Portu-
faz de bem, como o nosso artesanato de excelência”, apontou Dina Aguiar, gal dos Pequeninos’. Tudo com peças pintadas à mão. 
acompanhada pela equipa de reportagem do ‘Portugal em Direto’. A jorna-
lista recebeu ainda um Lenço dos Namorados bordado na Aliança Artesanal, Aguinalda Conduto apresentou uma nova versão das suas bonecas construí-
elogiando “a excelência das artes cheias de amor que se faz em Vila Verde”.  das a partir de cabaça e biscuit. Este ano, surpreendeu com a coleção ‘Terra
Mãe’, recorrendo a produtos da natureza para decorar as suas obras de arte. 
A presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes,
sublinhou o sucesso da parceria da marca Namorar Portugal com Fernando “Tudo isto resulta da oportunidade de deixar sair a criatividade, sempre com
Rei, contribuindo para a valorização do território e para afirmação da apos- uma grande paixão, muito carinho e amor pelo que estamos a fazer. Neste
ta estratégica na aliança das tradições e da identidade cultural do concelho caso, também contribuímos para a sustentabilidade e para a valorização do
com a modernidade e a inovação.  ambiente e da natureza. É um ‘refresh’ poder estar aqui”, partilhou a artesã. 

Além da mala ‘Dina’, Fernando Rei lançou outros dois novos modelos, com
a bolsa de ombro ‘Giga’ e o saco de cintura ‘Mariana’ (em formato ‘banana’)
apresentados pelas irmãs do artesão, Alice e Ana Maria.  explicadas por Aguinalda Conduto no workshop deste domingo, que juntou
“As malas são feitas em tecido produzido com o fio de linho, em tear. Todos
os materiais foram bem aproveitados, sem desperdício. O produto final tem
a colaboração da Belcinto”, explicou o artesão de Aboim da Nóbrega e que
produziu já malas exclusivas para as marcas Louboutin e Ownever.  zidos por Pedro Sousa. O mestre chocolateiro atraiu a atenção de mais de 40
As cores foram conseguidas com produtos da natureza, como gengibre,
menta, colorau e diferentes tipos de terra. Estas novas formas de pintar foram
duas dezenas de aprendizes no Espaço Namorar Portugal, esgotando o limte
de inscrições. A artesã Rosa Araújo assumiu o workshop de pintura em loiça. 
Nas instalações da ‘Chocolate com Pimenta’, decorreram workshops condu-
pessoas, de diferentes idades, explicando os procedimentos para apurar os
diferentes sabores e formas dos bombons tradicionais. 
Espetáculos de música e poesia 
Do programa do ‘Mês do Romance’ fez ainda parte um sarau de poesia e mú-
sica, que decorreu no Centro de Artes e Cultura, organizado pela Academia
de Música e pelo Agrupamento de Escolas de Vila Verde, com os jovens alu-
nos a demonstrar as aptidões na declamação de trechos literários e na inter-
pretação de diversos instrumentos. 
A Escola de Música da Vila de Prado proporcionou o IX Concerto  Namo-
rar Portugal, num espetáculo que encheu de entusiasmo o sobrelotado au-
ditório da Junta de Freguesia, em mais “uma fantástica demonstração dos
talentos extraordinários que são formados no concelho” – como sublinhou a
presidente da Câmara, Júlia Rodrigues Fernandes. A terminar, e com a Feira
de Artesanato a ajudar à animação na sede do concelho, dezenas de pessoas
alinharam no desafio da associação ‘Vila Verde a Correr’ para a II Caminhada
Solidária dos Namorados, com percursos por espaços urbanos e de natureza,
como as margens do rio Homem. 

36 FEVEREIRO · 2023
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 R EG I ÃO

PROGRAMA ´SCALE TRAVELS´ É

DEMONSTRATIVO DA NOVA ESTRATÉGIA
DE DESENVOLVIMENTO DA CIDADE

D
ecorreu, no gnration, a inauguração da exposição ‘Análi-
se de um paraíso fugaz’, da autoria de Mariana Vilanova e
Marcelo Reis.
A exposição, que estará patente até dia 6 de Maio, integra
a iniciativa ‘Scale Travels’, um programa destinado à criação
artística que relaciona arte e nanotecnologia, desenvolvido
em parceria entre o gnration e o INL – Laboratório Ibérico Internacional de
Nanotecnologia.
Este trabalho resulta de uma residência dos artistas no INL, junto do grupo
NOA – Nanofabrication for Optoelectronic Applications, cuja investigação
de células fotovoltaicas procura tornar a produção de energia solar mais efi-
ciente e sustentável – estando também relacionado com o projeto Baterias
2030, que tem no gnration o seu ‘Laboratório Vivo’.
De acordo com Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, este
´casamento inusitado´ entre ciência, tecnologia, arte e criatividade tem obti-
do resultados bastantes positivos e é demonstrativo da nova estratégia de
desenvolvimento da Cidade. do a aproximação da comunidade à nanotecnologia e à arte. Permite, desta
forma, ligar a componente artística e cultural à inovação, juventude e criati-
“Esta aposta de Braga no cruzamento entre a dimensão cultural, a inovação, vidade. Esta é a última exposição da primeira fase do projeto, aguardando o
a tecnologia e a dinamização económica, que resultou na obtenção do título Teatro Circo e o Município e Braga a escolha da nova administração do INL
de Cidade Criativa da UNESCO no domínio das Media Arts, tem-se revela- para estabelecer contactos no sentido de renovar a parceria.
do um sucesso, introduzindo factores de inovação e diferenciação à cidade
e estimulando a oferta cultural e a descoberta da ciência pelos cidadãos”, Presente na inauguração da exposição estiveram também Carla Sepúlveda,
afirmou, sublinhando ainda que o tema desta exposição é da ´maior rele- vereadora do Município de Braga, Cláudia Leite, administradora da empre-
vância´ dada a vontade que Braga tem em aproveitar capacidade cientifica sa municipal Teatro Circo de Braga, Luís Fernandes, diretor artístico do gn-
existente para estar na vanguarda dos projetos na área das novas energias. ration, os Mariana Vilanova e Marcelo Reis, e Pedro Salomé, investigador do
INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia e líder do grupo
O ´Scale Travels´, iniciado em 2016, é um projeto que visa aproximar arte e de NOA, que colaborou no processo de construção da instalação.
a nanotecnologia, colocando artistas junto de investigadores e propagan-

38 FEVEREIRO · 2023
 UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL
No Tia Isabel, trabalhamos diariamente para proporcionar
aos nossos clientes experiências gastronómicas memorá-
veis, sempre com a máxima cordialidade e profissionalismo
num ambiente acolhedor e requintado.
Em pouco mais de 10 anos, Isabel Lopes, que assume a co-
zinha, criou uma carta que valoriza o receituário regional,
apostando nos produtos locais para desenvolver um menu
que tem conquistado quem por lá passa. Procuramos ser di-
ligentes, justos e honestos com os nossos clientes e demais
parceiros de negócio promovendo um relacionamento es-
tável e resiliente.
O desejo de evoluir de forma contínua, inovadora e susten-
tada para sermos reconhecidos como uma referência da
restauração regional orienta a nossa carta, com sugestões
como Cabrito Assado no Forno, a Vitela Assada no Forno,
o Bacalhau Recheado à Moda de Braga, os Filetes de Pol-
vo com Arroz de Grelos e o Camarão Tigre Grelhado com
Arroz Frito. Para acompanhar esta extraordinária oferta,
tem ao seu dispor uma excelente garrafeira, focada nas me-
lhores referências nacionais, que junta vinhos premiados e
reconhecidos do grande público, com produtores mais pe-
quenos, mas de qualidade excecional que será a companhia
perfeita ao nosso menu.
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4715-385 São Vítor - Braga
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 I N I C I AT I VA

COMO DIZER “NÃO”

À VIOLÊNCIA NO NAMORO?

N
o mês do amor, o IPCA vai promover uma campanha de
sensibilização para a prevenção da violência no namoro.
Os dados mais recentes são preocupantes. Um estudo
realizado pela Associação Plano i sobre a violência no
namoro no ensino superior em Portugal refere que qua-
se 10% dos estudantes já foram fisicamente magoados,
empurrados, pontapeados, esbofeteados ou alvo de murros ou cabe-
çadas.
Considerando estes e outros números igualmente inquietantes, o IPCA
reconhece a necessidade de combater a violência no namoro no ensino
superior e quer fazer parte desse combate, pelo que irá desenvolver um
conjunto de iniciativas a decorrer este mês de fevereiro.
Liberdade, consentimento, amor-próprio, necessidade de estabelecer
limites, são alguns dos conceitos-chave que vão ser apresentados ao
longo da campanha DIGITAL #NamoroSemViolencia. Durante 14 dias
serão lançados vários tópicos com o intuito de desconstruir crenças que
legitimam a violência e de reforçar a promoção de relações saudáveis.
o fenómeno da violência no namoro tem vindo a aumentar, pelo que,
sendo esta uma instituição frequentada maioritariamente por jovens
consideramos que faz todo o sentido abordar o assunto e sensibilizar
para o tema”, refere Carla Cruz, diretora dos Serviços de Ação Social do
IPCA (SASIPCA).
Outros dados estatísticos referentes ao estudo sobre a violência
no namoro no ensino superior em Portugal, desenvolvido pela
Associação Plano i:
• 23.2% dos/as estudantes afirmam já ter sido culpados/as, criticados/
as, insultados/as, difamados/as ou acusados/as sem razão, e 20.5% afir-
mam já ter sofrido e praticado estes mesmos atos;
• 19.3% relatam que já foram alvo de controlo na sua forma de vestir,
penteado ou imagem, locais frequentados ou amizades ou companhias;
• 16% afirmam que as suas coisas pessoais já foram mexidas sem auto-
rização (e.g., conta de e-mail, perfil das redes sociais, bolsos do casaco,
telemóvel, carteira, agenda);

Esta campanha termina com a tertúlia “Como dizer “não” à violência no • 15.7% afirmam já ter sido ameaçados/as verbalmente ou através de
namoro”, que vai ocorrer no dia 28 de fevereiro das 10h30 às 12h00. A comportamentos que causem medo (e.g., gritando, partindo objetos,
iniciativa, contará com a participação da Associação Plano i e terá como rasgando a roupa);
objetivo criar um espaço de reflexão, partilha e informação sobre os fa-
• 12.6% relatam que já foram impedidos/as de trabalhar, estudar ou sair
tores da violência no namoro e formas de quebrar o ciclo de violência e
sozinhos/as;
do silêncio.
• 9.4% reportam que já foram fisicamente magoados/as, empurrados/
“Esta não é, felizmente, uma realidade com que tenhamos de lidar no
as, pontapeados/as, esbofeteados/as ou alvo de murros ou cabeçadas;
IPCA, no entanto, não somos alheios aos estudos que nos indicam que

42 FEVEREIRO · 2023
253 611 100
(chamada p/ rede fixa nacional)
 Equipa de Excelência

ASSISTEBEM
A Assistebem, em parceria com a Interlimpe,
criou e desenvolveu um espaço inovador em
Lisboa afim de criar condições de crescimento
sustentado para o futuro.

E INTERLIMPE, Para a Assistebem, remodelar um espaço com

alma é como escrever um livro cuja história da

UMA
pessoa ou entidade a quem se destina, repre-
senta vários capítulos.

PARCERIA
O reconhecimento por parte do nosso parceiro
do excelente resultado final não podia aconte-
cer em melhor momento, como prémio da nossa

PARA A VIDA!
caminhada, inovando sempre ao longo dos 25
anos ao serviço de todos os nossos clientes e
parceiros.

O nosso muito obrigado!

 Espaço de Supervisão

Liderar com arte Inauguração

Espaço Serviços Administrativos Auditório / Sala de Formação

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As mudanças acontecem aqui e agora, na Viviere Medical Clinic. Os nos-
sos sonhos cresceram – e nem o céu foi o limite para nos impedir de os
alcançar. Depois de largos meses a preparar o segredo mais bem guar-
dado da nossa história, queremos recomeçar. Desta vez, num novo es-
paço, com uma nova energia, como um verdadeiro recomeço deve ser.
Contamos com mais de 10 anos de experiência e, por isso mesmo, os
pormenores moram aqui. Entrar no nosso espaço será certamente uma
viagem pela mestria dos nossos médicos.
A Viviere Medical Clinic apresenta uma forma especial no que se refere
ao atendimento dos seus pacientes e em realizar os seus tratamentos.
Aqui, oferecemos uma experiência única, onde valorizamos o conforto
enquanto aguarda pela sua consulta, a qualidade nos tratamentos e o
atendimento personalizado.
Consideramos que conhecer as características da nossa clinica é essen-
cial para nos escolher para cuidar da sua saúde.
SIMBIOSE ENTRE QUALIDADE E INOVAÇÃO
A utilização de equipamentos vanguardistas e de recursos digitais au-
menta a precisão e a eficiência e diminui o tempo necessário para certos
tratamentos. Estes são elementos que apenas são possíveis de encon-
trar nos ambientes de qualidade que encontra na Viviere Medical Clinic.
· Análises Clínicas | Enfermeiro Santos · Harmonização Orofacial | Dra. Armanda Araújo · Medicina Dentária | Dr. Rui Santos | Dra. Ana de Araújo e Silva | Dra. Armanda Araújo
• Medicina Interna | Dra. Ana Luísa Azevedo · Nutrição | Dra. Filipa Santos · Terapia da Fala | Dra. Carla Alves · Serviços de enfermagem | Enfermeiro Santos
• Laboratório de Prótese | Técnico Paulo Fernandes
Um dos equipamentos que tem grande destaque é a Spectrum Mask,
utilizado na Harmonização Facial, e que tem como objetivo a otimização
de resultados nos tratamentos médicos e estéticos da pele, podendo
ser utilizada como tratamento complementar em numerosas patologias
cutâneas. Já na Medicina Dentária, contamos com a utilização de scan-
ners intra-orais de alta tecnologia, que permite a realização de trata-
mentos médico-dentários com recurso a um planeamento 100% digital.
Oferecemos tratamentos totalmente personalizados para todos os nos-
sos pacientes, prezando uma relação de confiança e amizade e, por isso
mesmo, na área da Nutrição, todos os nossos pacientes têm acesso a
uma aplicação digital criada pela nossa nutricionista, através da qual po-
dem aceder através do telemóvel, permitindo assim estar em constante
contacto com a nossa equipa, tendo um acompanhamento extrema-
mente personalizado e motivador para conseguir os resultados preten-
didos. Os nossos pacientes podem ainda ter acesso a análises clínicas,
serviços de enfermagem, medicina interna e terapia da fala.
Uma das características da nossa equipa é a iniciativa pela criação de
serviços diferenciadores que irão ajudar e aproximar os pacientes cada
vez mais da resolução das suas necessidades, focando-nos sempre na
qualidade do atendimento dos pacientes. Com ambiente agradável e
profissionais especializados, garantimos uma ótima experiência.
 MEDICINA DENTÁRIA
• Implantes dentários
• Aparelhos ortodônticos fixos (Damon)
• Ortodontia Invisível
• Odontopediatria – consulta da criança
• Consulta vocacionada para grávidas
• Branqueamentos dentários com recurso a laser

HARMONIZAÇÃO OROFACIAL
• Botox
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Dispomos de estacionamento gratuito

7º ANIVERSÁRIO
“São 7 anos que o COR E CORTE celebra com muito trabalho
e com diversas experiências adquiridas. Acredito que é muito
importante sermos positivos e trabalharmos afincadamente
a pensar nos nossos clientes, com quem já temos uma rela-
ção de amizade. Continuamos a evoluir enquanto profissio-
nais para proporcionar uma experiência melhorada no nosso
espaço.

O espaço Cor e Corte Cabeleireiros, com serviços de saúde

e beleza, foi criado em 01/02/2016 e, desde o início, marcou
a diferença pelo rigor, exigência e qualidade, apostando forte
na formação para evoluir como profissionais.

Atualmente, a nossa equipa é liderada por Sandra Pereira, na

área de cabeleireiro, e Carlos Manuel, formado em barbea-
ria, uma nova área do nosso espaço. A mudança de visual e a
consultoria de imagem é um dos nossos pontos fortes, adap-
tando o corte e penteado ao gosto do cliente e à sua perso-
nalidade. Atreva-se a mudar, aqui nada é feito ao acaso! Pode
consultar alguns dos nossos trabalhos nas nossas redes so-
ciais.

A satisfação do cliente é a nossa principal preocupação e,

além das formações que realizamos, trabalhamos apenas
com produtos certificados, reconhecidos internacionalmen-
te, de empresas como L’oreal Professionel ou Kerástase, o
que atesta ainda mais a qualidade dos nossos serviços. Seja
jovem ou adulto, homem ou mulher, a nossa equipa está pre-
parada para aconselhar e tomar as melhores decisões para o
seu visual!

Com um ambiente vintage e acolhedor, disponibilizamos

todos os serviços de cabeleireiro e com um novo serviço de
barbearia! Atreva-se a mudar!”
 NOVO SERVIÇO DE BARBEARIA
CORTE E PENTEADO
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 R EG I ÃO

RRRCICLO CRIA MANTAS E CABIDES A

PARTIR DE MÁSCARAS E RESÍDUOS TÊXTEIS

O
município de Guimarães vai distribuir um total de 5.000
cabides, 2.000 suportes de telemóvel, 140 mantas e
800 sacos, sendo estes bens feitos a partir de resíduos
de máscaras cirúrgicas e de materiais têxteis pós-con-
sumo. A iniciativa é da responsabilidade do município
de Guimarães e do Laboratório da Paisagem – o centro
de investigação e educação ambiental, parceiro do mu-
nicípio – e surge integrada na estratégia de Economia Circular RRRCICLO.
A ação vai apoiar abrigos animais, diferentes associações de comerciantes lo-
cais, assim como instituições de ensino, em particular as escolas de Pevidém
e Taipas, onde vão ser distribuídos 2.000 suportes de telemóvel. O objetivo é
premiar os alunos que mais contribuíram para a separação seletiva de másca-
ras no projeto “Recolher e Valorizar”, que teve início em 2021.
Finalmente, serão ainda colocados quatro contentores para resíduos têxteis
nas Escolas Secundárias, de forma a promover a recolha seletiva destes resí-
duos, possibilitando a sua valorização. Recorde-se que o Município de Gui-
marães  tem também em curso, numa colaboração com o Laboratório da nosso lixo comum indiferenciado são resíduos têxteis, antes e pós consumo”.
Paisagem, um projeto de mapeamento dos resíduos têxteis no concelho, que “Estes projetos são mais um exemplo do ecossistema de governança que
venha a servir de base para o início de um processo de recolha seletiva. procura juntar os setores público e privado, o conhecimento da academia e
Guimarães dá o exemplo e recolhe mais de 25 mil máscaras cirúrgicas promover o envolvimento dos cidadãos. Projetos que demonstram a aposta
de Guimarães na transição para uma economia circular e que fazem de Gui-
Perante uma realidade imposta pela pandemia da Covid-19, o uso de másca- marães um concelho referência nesta área”, sublinhou.
ras descartáveis massificou-se, tornando-se um potencial perigo para o am-
biente. Neste contexto, e no âmbito da Semana Europeia de Prevenção de Integrando vários parceiros, como a To Be-Green e o CVR – Centro para a
Resíduos, surgiu, em 2021, um projeto em Guimarães cujo mote foi “Recolher Valorização de Resíduos e a Vitrus Ambiente, foi possível recolher entre 25
e Valorizar”, traduzido numa campanha de sensibilização recolha e valoriza- e 28 mil máscaras descartáveis, que permitiram o desenvolvimento dos cabi-
ção das máscaras descartáveis. des e dos suportes de telemóvel que vão ser, agora, entregues pelo município
de Guimarães e pelo Laboratório da Paisagem.
Na apresentação da iniciativa a vereadora do Ambiente da Câmara Municipal
de Guimarães e vice-presidente do Laboratório da Paisagem, Sofia Ferreira, Para a produção de cada um dos cabides, que será agora distribuído (com um
fez uma entrega simbólica dos materiais às diversas entidades, e lembrou a peso de 36 gramas cada), é incorporado polipropileno (PP) reciclado, sendo
importância desta iniciativa, “em linha com a estratégia de  Guimarães  no necessárias cinco a seis máscaras, o que representa cerca de 30 por cento do
caminho para a neutralidade climática até 2030”. “Esta questão é fulcral e peso do cabide. Os restantes 70 por cento resultam de sacos de ráfia. Cada
por isso o Laboratório da Paisagem está a desenvolver o mapeamento, dos máscara cirúrgica de 3,5 gramas resulta em duas gramas de PP, já que o res-
resíduos têxteis do concelho, que servirá de base para uma futura implemen- tante é arame e elástico. Já para os suportes de telemóvel, cujo peso é de 55
tação de recolha seletiva”, afirmou. gramas cada, é incorporado PP reciclado de sete a oito máscaras, sendo o
restante proveniente dos sacos de ráfia.
Já Dalila Sepúlveda, Chefe da Divisão de Serviços Urbanos e também Vice-
-Presidente do Laboratório da Paisagem, alertou que “5% dos resíduos do Relativamente aos resíduos têxteis, já foram processadas para reciclagem en-
tre 20 e 25 toneladas de vestuário pós-consumo.

50 FEVEREIRO · 2023
22 anos a apreciar esta vista!

COLINATRUM:
TRADIÇÃO COM
INOVAÇÃO!
Completam-se 22 anos em Abril desde que Al-
bino Fernandes inaugurou um dos espaços mais
emblemáticos da cidade de Braga, na Colina da
Cividade, e o desafio de inovar continua bem
presente. O Colinatrum continua a renovar-se,
criando mais comodidade para o cliente com
novo mobiliário, e a modernizar-se, apostando
numa decoração mais vanguardista.

A inovação está, também na oferta. “Queremos

continuar a oferecer aquilo a que as pessoas já
estão habituadas no Colinatrum, mas continuar
a oferecer novidades: novos sabores, novas con-
jugações, novos produtos e permitir a quem nos
visita ter uma experiência nova, mesmo que seja
cliente há 22 anos!”, explica Albino Fernandes.

As especialidades como os Panados de peru

com salada e fruta, um ex-líbris do Colinatrum, o
Chocolate Quente ou os Brunchs vão continuar
a ser apreciados, mas a ideia é continuar a inovar
com novas Tostas (que têm muita procura e são
uma refeição ligeira extremamente deliciosa e
saudável), novas Saladas e novos pratos.

UM ESPAÇO PARA USUFRUIR

TODO O DIA!
O Colinatrum tem uma oferta adaptada a todo
o dia, toda a semana. De manhã, o pequeno al-
moço sabe bem com um cappuccino delicio-
so! Ao almoço, tem sempre duas sugestões do
chef, peixe e carne, pode escolher algo mais
leve, com uma salada, uma sandes ou uma tosta
e ainda pode optar pelos pratos da carta. Pode
continuar a apreciar a vista maravilhosa e, com
o tempo quente, apetece mesmo um gelado,
Nestlé ou Häagen-Dazs é só escolher. A tarde
continua com um fantástico gin (temos mais de
10 referências diferentes para experimentar) ou
um Aperol Spritz, e pode petiscar as nossas ta-
pas (sugerimos os calamares, as gambas pana-
das, os bolinhos de bacalhau, o presunto ou as
asinhas de frango!).

E pode terminar com um jantar diferente: a nos-

sa francesinha é já uma referência, mas também
temos os bifes, o bacalhau ou as nossas massas
são excelentes escolhas, acompanhados por
uma das nossas sugestões de vinho (pode pedir
vinho a copo) ou uma sangria deliciosa!
PENSADO PARA O CLIENTE
No Colinatrum, adaptamos a nossa oferta às dinâmicas dos clientes. Por isso, todos
os dias preparamos para si um delicioso Brunch, para poder usufruir e relaxar – uma
proposta incrível para toda a família, principalmente ao fim de semana! Pode trazer Rua Damião de Gois nº 11,
as crianças, porque mesmo em frente tem um parque para eles se divertirem e passa- 4700 - 028 Braga
rem excelentes momentos em família. Todos os menus do Colinatrum são prepara- 253 215 630
dos com os melhores ingredientes e são pensados para serem o mais saudáveis pos- www.colinatrum.com
sível (por exemplo, damos a opção de escolher entre batata doce em vez da batata
normal). colinatrumcafe
Vai resistir?
colinatrum
 R EG I ÃO

HISTÓRICA SAMPAIO FERREIRA

RENASCE DAS CINZAS PARA RECEBER
MUSEU DA INDÚSTRIA TÊXTIL

A
Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai adquirir
e reabilitar parte do desativado parque industrial Sampaio
Ferreira, em Riba de Ave, para onde será transferido o Mu-
seu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave (MIT), entre outros
serviços.
A proposta de aquisição de uma fração com uma área de
implantação de quase 4 mil metros quadrados e um logradouro de 1235 m²
daquela que foi uma das primeiras unidades fabris do Vale do Ave, pelo valor
de 354 mil euros, foi aprovada esta quinta-feira, 9 de fevereiro, na reunião do
executivo municipal. O avanço da reconversão da unidade industrial Sam-
paio Ferreira deixa o presidente da autarquia famalicense muito satisfeito.
Mário Passos fala num “ato de justiça que honra a história da vila de Riba de
Ave”, acrescentando que a Câmara Municipal “não pode deixar que imó-
veis como este, cuja identidade e história se fundem com a identidade do
próprio concelho, sejam abandonados e remetidos para segundo plano”.
Recorde-se que a fábrica Sampaio Ferreira, em Riba de Ave, foi uma das pri-
meiras unidades fabris do Vale do Ave construída pelo empresário Narciso
Ferreira e implantada numa área de cerca de 35 mil metros quadrados.
Sobre a decisão de transferir as atuais instalações do MIT, em Calendário,
alugadas mensalmente pelo valor de 7 500 euros, para a histórica fábrica
de Riba de Ave, Mário Passos lembra “a relação umbilical” que une a vila ao
setor Têxtil.
“Riba de Ave é o berço da indústria têxtil e esta transferência honra também
o MIT e o trabalho valiosíssimo que tem feito na valorização e preservação
do nosso património”.
Recorde-se que a autarquia está determinada e empenhada em fazer re-
nascer das cinzas o legado industrial devoluto de Riba de Ave devolvendo
à vila o fulgor, a prosperidade e a qualidade de vida que se vivia no início do
século XX, quando o dinamismo económico era tal que a freguesia se des-
tacava a nível nacional.
A reabilitação do Teatro Narciso Ferreira é exemplo disso mesmo. Recorde-
-se que o imponente Teatro Narciso Ferreira, recebeu obras de renovação,
77 anos após a sua inauguração, realizada em maio de 1944. A reabilitação
do emblemático edifício, que estava fechado há 20 anos, permitiu dotar o
espaço de qualidade excelente, não só do ponto de vista da arquitetura, da
autoria do Arq.º Noé Diniz, mas dos equipamentos, da funcionalidade, dos
meios técnicos e da potencialidade.
O projeto de recuperação contou com um investimento de 3,5 milhões de
euros, resultante de verbas aprovadas no âmbito do Plano Estratégico de
Desenvolvimento Urbano (PEDU), assinado entre a autarquia e o Programa
Operacional NORTE 2020, com o município a garantir um cofinanciamento
do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no valor de 2,9
milhões de euros.

54 FEVEREIRO · 2023
 AT U A L I DA D E

MUNICÍPIOS INICIAM PROCESSO DE

CERTIFICAÇÃO DO CAMINHO DA GEIRA

O
s municípios de Amares, Braga e de Terras de Bouro, em par-
ceria com três comunidades intermunicipais da região Norte,
vão iniciar o processo de certificação do Caminho da Geira e
dos Arrieiros (CGA), comprometendo-se, nesse contexto, a
criar as infraestruturas de apoio necessárias aos peregrinos.
A certificação do CGA, que foi percorrido por cerca de mil
pessoas no ano passado, “é importante enquanto itinerário de fé e para o desen-
volvimento económico e cultural, constituindo também mais uma resposta à pro-
cura deste género de percursos que tem crescido nas duas últimas décadas”, re-
feriu o presidente da Câmara de Terras de Bouro, Manuel Tibo, numa reunião com
a comissão instaladora da Associação Transfronteiriça do Caminho da Geira e dos
Arrieiros (ATCGA).
O “CGA é importantíssimo” para o município de Terras de Bouro “e certamente
também para Amares, Braga e Melgaço”, reforçou Manuel Tibo durante o en-
contro, em que participaram ainda o adjunto do presidente da Câmara de Braga,
António Barroso, e o presidente da União das Freguesias de Caldelas, Sequeiros e
taurantes, ou seja, tudo aquilo que são os serviços importantes para os peregrinos”.
Paranhos (Amares), José Manuel Almeida.
No decorrer da reunião da ATCGA foram debatidos outros temas, nomeadamen-
Na prática, as câmaras de Terras de Bouro, Amares e de Braga já tem um percurso
te “a forma como a associação poderá contribuir para a certificação do caminho,
comum em matéria de certificação, em parceria com a Universidade do Minho, no
colocando-se ao dispor e estabelecendo no imediato contactos com as entidades
caso da candidatura da Via Nova a Património da UNESCO, que é Monumento
que conduzem o processo”, adiantou o porta-voz da comissão instaladora, Carlos
Nacional desde 2012. Agora, os três municípios” têm uma equipa que vai iniciar
Ferreira.
o processo para a certificação do GGA”, em conjunto com três comunidades in-
termunicipais (CIM) da Região Norte, adiantou Manuel Tibo. As CIM do Ave, Alto “Em simultâneo, estão a ser dados os passos finais para a formalização legal da as-
Minho e do Cávado estão envolvidas no Programa de Valorização Económica dos sociação, que já tem definidos os seus estatutos e regulamento. Em breve o pro-
Recursos Endógenos (PROVERE), que prevê a atribuição de fundos comunitários cesso estará concluído, encontrando-se a associação, de direito português, aberta
e em que “o projeto de certificação do CGA encaixa na perfeição”. Segundo o au- a participação de pessoas individuais e coletivas, portuguesas ou estrangeiras, em-
tarca, “existe uma âncora entre Braga e Santiago de Compostela, que são as duas penhadas na defesa do Caminho da Geira e dos Arrieiros, e do Caminho de Santia-
referências maiores” do CGA, “sem retirar qualquer mérito aos outros municípios”, go de uma forma mais ampla”, explicou Carlos Ferreira.
a que acresce o facto de “atravessar um dos patrimónios naturais mais relevantes
da Península Ibérica e da Europa, e percorrer a Via Nova”. O Caminho da Geira e dos Arrieiros começa na Sé de Braga e passa pelos muni-
cípios de Amares, Terras de Bouro, Castro Laboreiro e Melgaço, entrando na Ga-
O Município de Terras de Bouro tem previsto a instalação de um albergue na liza pela Portela Homem. Nos últimos seis anos foi percorrido por mais de três mil
Casa de Latim, em Covide. O processo “está adiantado”, mas como Manuel Tibo peregrinos, um terço dos quais em 2022;  sobretudo de Portugal e Espanha, mas
considera com “sentido fazer coisas, mas articuladas entre as diversas entidades também de Itália, Inglaterra, Alemanha, Croácia, Ucrânia, Rússia, Polónia, Brasil,
envolvidas”, entrará em funcionamento quando estiverem reunidas as condições EUA, Austrália ou Países Baixos.
necessárias.
Este itinerário foi apresentado em 2017 em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconheci-
Para o adjunto do presidente da Câmara de Braga, a reunião da comissão instala- do pela Igreja em 2019 e em publicações da associação de municípios transfron-
dora da ATCGA, em que participaram ainda peregrinos e associações suas repre- teiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021), e
sentantes, incluindo as galegas Codeseda Viva e Plataforma Beran no Caminho/ foi um itinerário oficial da Peregrinação Europeia de Jovens do Ano Santo Jacobeu
ACJMR, bem como o irmão maior da Arquiconfraria Universal do Apóstolo Santia- 2021/22.
go, Manuel Rocha, “mostra que estamos empenhados e queremos levar o proces-
so de certificação do CGA para a frente”. O percurso tem 240 quilómetros e destaca-se por incluir patrimónios únicos no
mundo: a Geira Romana, a via do género mais bem conservada do mundo, e a Re-
“Para Braga e a região é importante tudo aquilo que possa ser feito para criar atra- serva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos
tividade no território”, disse António Barroso, adiantando que “os municípios estão escassos cinco que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.
empenhados na manutenção, criação de albergues, ajustes de menus com os res-

56 FEVEREIRO · 2023
 UM

HÓQUEI CLUBE DE BRAGA E G.D.R.

DE SANTA TECLA PÕEM BRAGA A
PRATICAR DESPORTO

M
ais de 100 crianças e jovens, assim como as suas
famílias, estiveram presentes no Polidesportivo
de Santa Tecla, para praticar Patinagem Artísti-
ca, uma iniciativa da organização conjunta entre
o Hóquei Clube de Braga e o Grupo Desportivo
e Recreativo de Santa Tecla. Nesta iniciativa, e
com as bancadas repletas de famílias e curiosos,
marcaram presença os dirigentes desportivos de ambos os clubes, assim
como a Junta de Freguesia de S. Victor e o Município de Braga, com o
intuito de sensibilizar a população local para a prática desportiva e dar a
conhecer a modalidade da Patinagem Artística. Nesse sentido, o Hóquei
Clube de Braga compareceu com cerca de 50 atletas e respetivo corpo
técnico da sua formação e realizou várias demonstrações desta modali-
dade.

O Presidente do Hóquei Clube de Braga, Luís Botelho, assim como as

delegadas da secção de Patinagem Artística, Mónica Ribeiro e Susana
Oliveira, mostram-se “satisfeitos com a adesão a este evento que, para
organizações locais, que aumentam o potencial do investimento já feito
além de promover a prática do desporto em geral, permitiu realizar um
e que é preciso continuar a fazer neste espaço tão privilegiado, como é o
treino em condições diferentes e igualmente saudáveis, num espaço
Polidesportivo de Santa Tecla: sendo dois grupos desportivos de S. Victor
particularmente agradável como é o Rinque Polidesportivo de Santa Te-
faz todo o sentido organizarmos estas atividades conjuntas mais vezes”.
cla, assim como dar a conhecer aos cidadãos em geral a modalidade da
Patinagem Artística”. Referem ainda ter ficado “igualmente surpreendi-
Já o Presidente da Junta de freguesia de S. Victor, Ricardo Silva, assim
dos pela grande adesão de crianças, jovens e até adultos que quiseram
como o representante da vice-presidente do Município de Braga, Sa-
calçar patins e experimentar a modalidade, contámos mais de cem par-
meiro Araújo, mostraram-se “agradavelmente surpreendidos pela ade-
ticipantes, cerca de metade sendo já nossos atletas do clube, em Patina-
são a esta aula aberta de Patinagem Artística, organizada por dois grupos
gem Artística ou Hóquei em Patins”.
históricos da nossa cidade e que muito acarinhamos”.
A direção do Grupo Desportivo e Recreativo de Santa Tecla, através do
Os intervenientes garantem que mais iniciativas conjuntas estão a ser
seu Presidente Joca Marques, refere “a importância das parcerias com
preparadas para breve.

58 FEVEREIRO · 2023
A TRADIÇÃO
AINDA É O
QUE ERA!
Com mais de 60 anos de existência, o Caffè Cave D’Ouro é um dos espaços
mais emblemáticos de Braga e há muitas razões que justificam este epíteto.
É um espaço de gerações, onde os mais velhos se juntam com os mais no- CHAVEDOURO1961
vos, numa simbiose perfeita de partilha de experiências e conhecimento. É
um lugar de descontração, de ver o futebol com os amigos, mas também de
Rua da Restauração, 147
conversas profundas e intermináveis. É um local onde se discute a cidade e
Braga
onde se faz cidade. 253 264 227
(CHAMADA P/ REDE FIXA NACIONAL)
A gerência é de António Veloso desde 1995, que tem vindo a modernizar o
Horário:
espaço, criando mais conforto e diversificação da oferta, mas que mantem Todos os dias: 08:00 – 02:00
intacto o espírito citadino e vanguardista do Chave D’Ouro. Encerra ao Domingo

Com uma oferta extraordinária, seja nas cervejas e ou nas bebidas espirituo-
sas, ou nas comidas, onde se destacam o Hamburger Tradicional, que con-
juga carne de alta qualidade, ovo, alface e tomate; o cachorro, que tem um
molho delicioso; a sandes americana ou ainda o prego, que apresenta uma
carne suculenta, ovo e alface, com um molho fantástico, o Chave D’Ouro já
é mais que um espaço de restauração em Braga para o seu pequeno-almo-
ço, almoço, lanche ou jantar. O Chave D’Ouro é de Braga, faz parte da sua
história.
 UM
UMINHO E AEROCLUBE DO ALTO
MINHO ASSINAM PROTOCOLO DE
COLABORAÇÃO
A
Universidade  do  Minho  e o Aeroclube  do  Alto  Mi-
nho (AAM) assinaram um protocolo de colaboração
que visa o desenvolvimento de projetos na área da
aeronáutica, como programas de formação, adap-
tação ao meio aéreo, conferências e workshops. O
acordo foi formalizado pelo reitor Rui Vieira de Cas-
tro e pelo presidente do AAM, Carlos Alberto da Silva, numa sessão
no salão nobre da Reitoria da UMinho, em Braga, com algumas de-
zenas de participantes.
 
O diretor da nova licenciatura em Engenharia Aeroespacial da UMi-
nho  considerou o momento “especial” e “fundado numa visão de
médio prazo”. ”Permitirá a partir de fevereiro aos alunos  do  curso
experiências de voo em aeronaves ligeiras, além de lidarem desde
cedo com questões operacionais e meteorológicas, entre outras”,
disse Gustavo Dias. O professor da Escola de Engenharia da  UMi-
nho  elogiou as características  do  aeródromo de Cerval, situado na
raia entre Cerveira e Valença, e numa segunda fase pode até pro-
piciar-se uma extensão da atividade aeroespacial da UMinho, além
de outros projetos de investigação e oportunidades para ambas as
partes.
 
Da parte do AAM, Carlos Alberto da Silva mostrou “orgulho” e “felici-
dade” pelo acordo. “Temos aqui alunos de Engenharia Aeroespacial
e espero que aproveitem esta parceria e que descubram nas estrelas
muitas oportunidades para a nossa sociedade”, referiu.
60 FEVEREIRO · 2023
O curso de Engenharia Aeroespacial estreou-se este ano com a
nota de entrada mais alta da UMinho e, também, do top 10 nacional.
“Temos uma procura continuada por novas áreas de formação rele-
vantes para a região e o país, por isso há razão para estarmos satis-
feitos com esta aposta ganha, soubemo-nos antecipar e responder
às necessidades”, sublinhou o reitor da UMinho. “Cada novo projeto
de ensino é alicerçado em parcerias e esta com o AAM é de grande
relevância”, acrescentou Rui Vieira de Castro.
 
A sessão contou com a presença da vice-reitora para a Educação e
Mobilidade Académica, Filomena Soares,  do  presidente da Escola
de Engenharia, Pedro Arezes, do representante da Ordem dos En-
genheiros, Hugo da Cal Barbosa, e de representantes dos municí-
pios de Cerveira e Valença, entre outros.
 
O aeródromo de Cerval é considerado um dos mais importantes da
Península Ibérica, com cerca de sessenta aeronaves inscritas. Está
fora dos corredores principais de operação aeroportuária comercial,
tem gestão operacional em contínuo e a possibilidade de reserva de
espaço aéreo. Possui também interesse histórico, pois o pioneiro da
aviação estado-unidense Charles Lindbergh reabasteceu ali perto
em 1933, aquando da sua ligação Grenoble-Lisboa. Devido ao tem-
po adverso na passagem sobre os Pirenéus, que ditou um maior con-
sumo de combustível, Lindbergh amarou então o seu hidroavião no
rio Minho, junto à Ínsua de Castro, em Friestas, Valença. Em 1995, foi
erigido um monumento alusivo no local.
 AT U A L I DA D E

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DE
BRAGA RECEBEU 89 PROPOSTAS

O
Orçamento Participativo (OP) de Braga recebeu cada vez mais os cidadãos e a comunidade”, afirmou.
89 propostas apresentadas pelos Bracarenses. O
As propostas apresentadas são oriundas de diversos pontos do Con-
prazo para submissão das mesmas terminou, se-
celho e abrangem as várias áreas de intervenção do OP. As propos-
guindo-se agora uma fase de apreciação das re-
tas estão divididas da seguinte forma: 13 - Ação Social, Coesão e
feridas propostas pelos serviços municipais (que
Solidariedade; 7 - Ambiente, Alterações Climáticas, Energia e Bem-
verificarão se as mesmas são ou não elegíveis), de
-Estar Animal; 12 - Cultura, Artes e Património; 3 - Desenvolvimento
reclamações e de análise e decisão sobre as reclamações apresen-
Económico, Emprego, Comércio e Turismo; 12 - Desporto, Saúde e
tadas. A divulgação da lista final de projetos a votação está prevista
Bem-Estar; 9 - Educação, Ensino e Formação; 11 - Equipamentos,
para dia 23 de Março, sendo que a fase de votação irá decorrer entre
Espaço Público e Espaços Verdes; 3 - Igualdade, Integração e Inter-
os dias 24 de Março e 28 de Abril. A última edição do OP reportou-se
culturalidade; 10 - Infraestruturas, Mobilidade, Trânsito, Segurança
ao ano de 2020, tendo o projeto sido interrompido devido à pande-
e Proteção Civil; 4 - Juventude, Cidadania e Participação; 5 - Ur-
mia de Covid-19. Comparativamente aos números dessa edição, a
banismo e Regeneração Urbana. Os cidadãos podem obter toda a
deste ano conta com um acréscimo de 42 propostas, tendo também
informação sobre projeto no Portal do Orçamento Participativo, em
superado a adesão registada nas edições de 2019, 2018 e 2016.
https://participe.cm-braga.pt/opg. É também neste portal que os
De acordo com Sameiro Araújo, Vice-Presidente da Câmara Muni- Bracarenses se devem registar, até dia 25 de Abril, para votar no seu
cipal de Braga, a elevada participação verificada nesta edição, em projeto favorito (só poderão votar num projeto).
termos de propostas apresentadas, é demonstrativa do valor do pro-
Podem votar no OP todos os cidadãos inscritos no Portal, com idade
jeto e da vontade dos Bracarenses em contribuir ativamente para
igual ou superior a 16 anos, que estejam recenseados no Concelho
a construção de uma cidade melhor. “Após a interrupção devido à
de Braga, ou que comprovadamente residam, estudem ou traba-
pandemia, é com enorme orgulho que verificamos que os Bracaren-
lhem em Braga. A Câmara Municipal de Braga alocou ao OP o valor
ses continuam interessados em participar na vida da cidade. Estes
global de 650 mil euros, destinados a apoiar e financiar projetos de
números são também demonstrativos do potencial do Orçamento
montante igual ou inferior a 85 mil euros.
Participativo, que queremos que continue a crescer e a envolver

62 FEVEREIRO · 2023
 C U LT U R A

BRACARENSE RÓMULO SOARES

SONHA COM A CARREIRA DE
BAILARINO NOS EUA

A
Gala Solidária “Sonhei que dançava na América” teve lu-
gar no auditório da Junta de Freguesia de Sequeira. Esta
iniciativa nasceu para ajudar o jovem bailarino bracaren-
se Rómulo Soares, que ruma a Tampa no estado da Flóri-
da nos EUA, em Abril próximo.
O Jovem Bailarino Rómulo Soares participou em no-
vembro de 2022 numa semifinal de um dos concursos mais importantes
na modalidade de Dança Youth America Grand Prix, em Paris, onde se
apurou para a final do mesmo concurso, na modalidade de Clássico e
Contemporâneo, sendo mesmo convidado pela organização do evento
a estar presente na Grande Final, que se realiza no próximo mês de abril,
entre os dias 2 e 10, em Tampa, no estado da Flórida dos EUA. Reconhe-
cendo que este tipo de evento requer um grande investimento, que para
a família se torna incomportável suportar e, tratando-se de uma modali-
dade muito pouco reconhecida e apoiada pelas estâncias governamen-
tais e de responsabilidade social esta foi uma das formas de angariação
de fundos.
Ent’artes – Escola de Dança, Bragadança – Academia de Dança e Fitness
Uma vez que este jovem Bailarino irá representar o país e a cidade de
de Braga, através da participação brilhante dos seus alunos, e que se
Braga, a família e amigos, bem como a escola Ent`Artes têm feito várias
tornou uma noite cheia de emoções. Foram pedidos alguns patrocínios
iniciativas para angariar a verba necessária para as despesas como a ins-
para angariar mais verba e foi também criado um fundo que ainda está
crição, viagem, alojamento e alimentação. Esta Gala contou com o apoio
ativo para a população em geral que abraça e valoriza a arte e a cultura.
do Município de Braga, a escola de dança onde o jovem bailarino é aluno,

A ARTE SAIU À RUA

C
om o objetivo de incluir socialmente e dinamizar cul-
turalmente o Bairro Social de Santa Tecla, a Juventude
Cruz Vermelha, em parceria com a BragaHabit, convi-
daram o artista de arte urbana The Caver (Nuno Bar-
bedo) para dar mais cor à Calçada de Santa Tecla. Com
um grande mural cheio de detalhes o artista procurou
responder ao mote “Braga uma cidade autêntica”.
A Arte Urbana é a forma escolhida para potencializar a expressão e iden-
tidade cultural do bairro, resultando num impacto positivo para a cidade
e para a própria comunidade. A Juventude Cruz Vermelha através dos
seus Projetos ‘Crescer Comum - Bairros Saudáveis’ e do ‘Geração Tecla’,
e da parceria com a BragaHabit, convidou o artista de arte urbana a dar
mais cor a esta rua de Santa Tecla.
O projeto contou com o apoio da Secretaria de Estado da Igualdade e
Migrações, do Alto Comissariado para as Migrações e foi cofinancia-
do pelo Programa Operacional – Inclusão Social e Emprego e Portugal
2020.

64 FEVEREIRO · 2023
O NOME DA REABILITAÇÃO
MÉDICA E DESPORTIVA
É um dos especialistas mais requisitados a nível na-
cional para recuperar lesões e maximizar a capacida-
de física e atlética, tendo em vista a obtenção de re-
sultados desportivo.
A história, conta-nos, começa com os livros da RTP (“O Médico em Casa”),
que a mãe colecionava e que despertou o fascínio pela área da saúde. O pai
era apaixonado pelo futebol, levando-o aos jogos do Sporting Clube de Bra-
ga. E foi assim que cresceu, entre os livros ligados à área da saúde e a impor-
tância da atividade física para o desenvolvimento – inclusivamente, praticou
vários desportos. Completou o bacharelato de Educação Física, mas decidiu
que era a reabilitação física a área que mais o seduzia. Ingressou na Facul-
dade de Medicina da Universidade do Porto (Hospital de São João), e, após
completar a licenciatura em Medicina, dedicou-se à área da Fisiatria, a única
especialidade médica com conhecimentos para enquadrar as componentes
física e médica, tal como procurava.

Mais tarde, quando surgiu a especialidade de Medicina Desportiva pela Or-

dem dos Médicos (que frequentou e completou no Porto) e o Mestrado em
Medicina Desportiva (que também frequentou e complementou na Facul-
dade de Medicina da Universidade de Coimbra), o dr. Carlos Rio conseguiu
obter a formação que achava importante para evoluir na profissão que sem-
pre o fascinou. trabalhou no serviço de Medicina Física e de Reabilitação do
ex-Hospital de São Marcos, em Braga, e tendo como tutor o Exmo. Senhor Dr.
Pedro Herculano Fernandes, na altura Diretor do Departamento Médico do
Sporting Clube de Braga, cargo que assumiu mais tarde.

UMA ABORDAGEM DIFERENCIADA NA REABILITAÇÃO E

RECUPERAÇÃO DE LESÕES

A procura pela excelência é uma das suas obsessões, investindo continua-

mente em tecnologia e equipamentos que permitam oferecer o melhor que
existe para a área da reabilitação física, a nível mundial. “Quando pensei
apresentar esta área de reabilitação médico-desportiva ao público em geral
(vêm cá pessoas e atletas de várias cidades, próximas e longínquas) neces-
sitando destes cuidados, pairava na minha mente organizar departamentos
com acompanhamento logístico do mais avançado e sofisticado existentes
no sentido de participar em elaborados programas de reabilitação deixando
bem claro que o trabalho foi bem orientado, credível, honesto e alicerçado
em suporte científico. Ao longo destes anos as nossas clínicas estão sempre a
investir em sistemas de avaliação e tratamentos que vão surgindo nos merca-
dos internacionais. Para mim, não pode existir um paciente, perante a minha
responsabilidade com determinada patologia ou sequela de cirurgia, sobre
o qual possa pensar: “eu sei o que era necessário para esta reabilitação, mas
nós cá não temos”. Isto não faz parte da minha ideologia: se não temos, há que
comprar!”, garante o clínico.
A CLÍNICA CARLOS RIO
A clínica dispõe de uma área cerca 500m2, com 22 gabinetes para tratamen-
tos de eletroterapia, ou outros compatíveis e exigíveis para pacientes deita-
dos. “Pensamos que a Medicina Física e Reabilitação poderá ser entendida e
considerada como o desenvolvimento de uma pessoa até o mais completo
potencial físico, psicológico, social, profissional, não profissional e educacio-
nal compatível com o seu comprometimento fisiológico ou anatómico e limi-
tações ambientais. É um conceito que deve ser privilegiado num sistema de
prestação de saúde”, finaliza.

Fotos: Pedro Lobo

REABILITAÇÃO MÉDICA E DESPORTIVA 253 252 000

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4710-244 Braga
 E U R O PA
NOVAS REGRAS DA UE PARA A PROPAGANDA
P
POLÍTICA NA ESFERA DIGITAL
ara ajudar a construir uma esfera digital mais segura e
justa, o Parlamento Europeu adotou  a Lei dos Serviços
Digitais e a Lei dos Mercados Digitais  em 2022 visando
sobretudo impedir uma utilização abusiva, falsa e mani-
puladora dos cidadãos.
Embora as tecnologias digitais tenham o potencial de
permitir que mais vozes sejam ouvidas, várias vezes as no-
vas tecnologias foram mal utilizadas para espalhar infor-
mações falsas, fragmentar o debate político e manipular
os eleitores por não existir legislação a nível da União Eu-
ropeia (UE) neste domínio, pelo que a Comissão europeia
apresentou uma proposta visando novas regras da UE
para a propaganda política.
As regras tradicionais podem ser ineficazes, quando apli-
cadas em linha, onde as novas tecnologias e ferramen-
tas criam oportunidades para influenciar e direcionar os
eleitores. As tecnologias digitais modificaram bastante e
amplificaram a capacidade de propaganda política em li-
nha que, a manter-se desregulada, poderia prejudicar os
direitos democráticos das pessoas.
Em fevereiro de 2023, o Parlamento apoiou a proposta
da Comissão Europeia de regras complementares des-
tinadas a evitar a propaganda política abusiva, em linha
e fora de linha que visa:
• Mais informações disponíveis para cidadãos, autorida-
Luísa Rodrigues des e jornalistas
Licenciada em Relações
• Plataformas em linha proibidas de fazer microdireciona-
Internacionais
mento
• Sanções adicionais por infrações e prazos mais curtos
para a investigação de alegadas infrações
• Banir entidades com sede em países terceiros de finan-
ciar propaganda política na UE.
No debate em plenário antes da votação, o eurodeputa-
do Sandro Gozi, encarregado da proposta no Parlamento,
disse: “Queremos mais transparência, queremos melhor
proteção contra a desinformação e a interferência estran-
geira, queremos um verdadeiro e genuíno mercado único
de propaganda política.”
De acordo com as alterações introduzidas pelos eurode-
putados à proposta da Comissão Europeia, apenas os da-
dos pessoais explicitamente previstos para a propaganda
66 FEVEREIRO · 2023
política em linha podem ser utilizados pelos fornecedo-
res de anúncios. O microdirecionamento, uma estratégia
que utiliza dados de consumo e dados demográficos para
identificar os interesses de indivíduos específicos, não
será, portanto, possível.
A tecnologia e os dados permitem que os agentes mal-in-
tencionados usem o microdirecionamento para alcançar
diferentes grupos, adaptando a mensagem especifica-
mente a eles - em muitos casos, visando os seus medos
e as frustrações - geralmente através do uso de desinfor-
mação.
O microdirecionamento também pode contribuir para a
criação de câmaras de ressonância em linha onde as pes-
soas são expostas a apenas um tipo de informação, distor-
cendo sua perceção do discurso público.
O Parlamento introduziu outras disposições para regula-
mentar ainda mais a atividade de segmentação, como a
proibição generalizada de utilização de dados de meno-
res.
Para combater a interferência externa os eurodeputados
propõem que entidades com sede em países fora da UE
sejam proibidos de financiar propaganda política nos Es-
tados-Membros.
Para garantir maior transparência os eurodeputados tam-
bém introduziram alterações significativas para garantir
que os cidadãos, as autoridades e os jornalistas tenham
fácil acesso à informação sobre propaganda política. Os
eurodeputados pretendem conferir aos jornalistas um di-
reito específico de obter essas informações. Entre outras
propostas, defendem a criação de um arquivo para todos
os anúncios políticos em linha e dados relacionados.
Deveria ser mais fácil obter informações sobre quem fi-
nancia um anúncio, sobre o seu custo e sobre a origem do
dinheiro.
O texto adotado reforça igualmente os poderes das au-
toridades nacionais e permite ao Comité Europeu para a
Proteção de Dados assumir uma investigação sobre uma
infração e aplicar as regras.
Durante o debate no Parlamento Europeu, o relator San-
dro Gozi (Renew, FR) declarou: «Existe muita interferência
indevida nos nossos processos democráticos. Enquanto
legisladores, temos a responsabilidade de combater isto,
mas também garantir que o debate continua aberto e li-
vre. Esta lei não vai matar a propaganda política, apesar
dos rumores espalhados por grandes plataformas em
linha. Nem irá empatar a nossa liberdade de expressão.
Apenas vai limitar propaganda política abusiva».
Com 433 votos a favor, 61 votos contra e 110 abstenções,
o Parlamento manifestou o seu apoio à posição negocial
proposta pela Comissão do Mercado Interno e da Prote-
ção dos Consumidores. As negociações terão início em
breve entre os dois co-legisladores, o Parlamento Euro-
peu e a Presidência do Conselho que representa os Es-
tados-com o objetivo de chegar a acordo final sobre um
texto a tempo das eleições europeias de 2024.
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mudar a pensar nos seus clientes. Após 17 anos sempre na mesma dos anos, as clientes lhe foram pedindo.
localização, chegou a hora de ter mais espaço, melhorar o conceito de
Por último, e não menos importante, é a equipa liderada por Raquel
beleza que desenvolveu e criar novos serviços.
Loureiro que dá forma a todo o conceito desenvolvido, baseando a
Começamos a nossa viagem ao interior do RL Studio Concept no sua atividade no conhecimento, experiência e muita formação, para
espaço de cabelos, com mais postos de trabalhos e mais comodidade, os melhores resultados!
uma zona mais ampla de lavagem, melhorando e experiência e
Visite-nos e conheça um novo conceito de cuidado, beleza e
mantendo sempre o foco na qualidade de serviço ao cliente. Como
profissionalismo!
o espaço é cerca de três vezes maior, Raquel Loureiro conseguiu
transportar para a realidade tudo aquilo que sempre quis num espaço
de beleza. Antes de continuarmos a nossa viagem, vamos parar para
tomar um café, por a conversa em dia, ler uma revista e fazer um
lanche, tudo isto num espaço lounge criado especialmente para o
efeito, que é um must have dos espaços mais modernos de beleza.
As colaboradoras do RL Studio Concept estão à sua espera para
um momento de puro relaxamento, com as fabulosas massagens de
relaxamento, antes de passar aos gabinetes de estética para cuidar
das unhas e depilação, com as tecnologias e técnicas mais avançadas
que existem no mercado.
A experiência no RL Studio Concept ainda não terminou. Lembra-se
de lhe termos dito que todo o conceito de beleza sofreu um upgrade?
Pois bem, Raquel Loureiro apresenta no seu novo espaço uma área de
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 Dia 4 de fevereiro vai ficar na memória de muitas pessoas nos próximos tempos. A festa “La Movida
de Braga 90’s” prometia muito e não desiludiu! A pista do Sardinha Biba transbordou de alegria e boa
disposição, numa noite que foi verdadeiramente memorável!
E, depois do sucesso desta, outras festas se seguirão. Sempre com a assinatura ATÉ ÀS DEZ!

Organizadores:
Artur Ferreira, Chiquinho,
Motinha e Barrica
 O P I N I ÃO
ENEALOVE
O ENEAGRAMA NOS RELACIONAMENTOS AMOROSOS
“O encontro de duas
personalidades
assemelha-se ao
contato de duas
substâncias químicas:
se alguma reação
ocorre, ambos sofrem
uma transformação.”
A
Carl Jung
s relações amorosas são um dos
maiores desafios que o ser hu-
mano tem na vida, pois quase
sempre esquecemos que a for-
ma como nos relacionamos com
nós próprios diz muito da forma
como nos relacionamos com os
outros. Na verdade, as relações que estabelece-
mos com os outros e o modo como conduzimos
a vida são o reflexo do nosso mundo interior e da
relação que mantemos com o Eu que nos define.
Quando nascemos, sabemos no mais fundo de
nós o que viemos cá fazer e transmutar. Por isso
escolhemos os nossos pais, porque são eles os pais
certos para nos permitirem viver as experiências
necessárias à realização do propósito da nossa
alma, sendo os principais garantes de que teremos
oportunidades bastantes na vida para sentir e agir,
fazendo diferente quando doer, curando-nos.
Na amizade e no amor não é diferente. É na relação
com o outro que as nossas feridas emocionais são
expostas e nos conhecemos melhor, sendo o cres-
cimento a dois o melhor caminho para curarmos e/
ou transmutarmos as dores que carregamos. Por
isso, ao longo da vida, atraímos e somos atraídos
pelas pessoas certas que refletem em nós o amor
e respeito que temos por nós próprios, sendo nes-
te encontro com o outro que poderemos viver o
grande encontro connosco próprios.
É no amor que sentimos as maiores alegrias e
exaltações, mas também é onde se manifestam
as grandes angústias e aflições de quem ama. Nas
relações amorosas, ser capaz de reconhecer, des-
crever e analisar o que sentimos é o que nos per-
mite fazer as escolhas certas e compreender, se e
quando, estamos errados. E é exatamente aqui que
poderemos perceber também quando determina-
da ferida foi ativada em nós.
Por desconhecimento e desligamento de nós, de
quem somos e da nossa essência, muitas vezes
tendemos a culpar o outro pelo nosso desconfor-
to, colocando nele a responsabilidade de nos fazer
76
samente porque analisa o indivíduo numa espiral
evolutiva em que a expansão da consciência do eu,
tem como base o conhecimento da nossa essência,
do que nos move e liberta, e o que nos prende e
aprisiona.
Somos parte ativa na forma como nos relaciona-
mos e a nossa essência também nos mostra o que
cada um procura num relacionamento, o que move
cada um para um gesto carinhoso, bem como o ga-
tilho para o conflito em cada eneatipo.
Sentir a magia do amor no encontro de duas almas
que se escolhem todos os dias e decidem viver lado
a lado, com toda a luz e sombra, num processo al-
químico de crescimento pessoal a quatro mãos, é a
nossa missão de Affectum com o Enealove.
felizes, quando, na verdade, nem sequer nós sabe- Chegar longe no amor não é fácil, mas é possível. E
mos o que realmente nos faz feliz. extraordinário! A decisão é tua!
Na relação a dois, é importante que os valores de
ambos se alinhem, que os compromissos se hon-
rem e que a comunicação seja autêntica e verda-
deira. E é exatamente aqui que o Eneagrama (ou
EneaLove, quando aplicado ao casal) pode ser
uma ajuda preciosa na construção diária de uma
relação saudável, na medida em que aumenta a
autoconsciência, tornando visível os nossos pro-
gramas internos e as crenças limitantes instaladas
em nós, vindas de arquétipos vividos pelos nossos
antepassados.
Conhecendo o nosso eneatipo e o do parceiro/a,
adquirimos uma maior consciência e compreensão
de nós e da pessoa com quem nos relacionamos.
Reconhecendo os padrões e crenças um do outro
e dos seus sistemas de origem, abrimos caminhos
para o crescimento a dois. Por exemplo, duas pes-
soas de tipo 9 e tipo 7, têm em comum algo muito
forte que poderá potenciar a relação: ambas têm
uma grande visão do mundo, são sonhadoras e
criativas. Por outro lado, como fragilidade, a do tipo
7 apresenta a velocidade voraz e o foco no exterior
como seu grande desafio, e a do tipo 9 a passivida-
de e auto-referência.
O Eneagrama, é um mapa utilizado desde a anti-
guidade, que apresenta 9 tipos de personalidade.
Trata-se de um mapa dinâmico que, para além de
revelar a nossa essência, indica também os distin-
tos caminhos de evolução que podemos percorrer.
Fazer este caminho a par e passo com a nossa cara-
-metade, traz significado à relação e faz-nos che-
gar mais longe.
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Separei-me do meu companheiro, com quem

tive um filho que hoje tem 9 anos. Queremos
regular as responsabilidades parentais do nosso
filho por acordo, pois, apesar de nos darmos
bem, nem sempre nos conseguimos entender.
Gostaria de saber como o poderemos fazer
de modo a termos uma base de entendimento
definida, uma espécie de guião, e como
devemos proceder?

C
ONDE ESTÁ O AMOR?
ara leitora, A questão que se coloca numa separação em que há filhos
deverá ser sempre: Onde está o amor? E a resposta é só uma.
Por norma, as responsabilidades parentais devem ser exerci-
O amor está nos filhos, e será em nome deles, no seu supe-
das de forma igualitária por ambos os pais de forma a garantir o
rior interesse que deverão ser tomadas todas as decisões que
melhor e maior interesse das crianças. Interesse esse que pre-
importem a sua vida. E quanto mais pai e mãe essas decisões
valecerá sobre quaisquer outros, designando-se como o con-
tiverem, melhor será para os filhos.
junto de poderes e deveres que estão destinados a assegurar
o bem-estar emocional, psíquico, físico e material dos filhos. A criança tem o direito de conviver com ambos os pais num re-
gime de residência alternada, sendo possível. Não sendo este
Pela natureza dos interesses em causa, percebe-se a obriga-
o regime que melhor de adequa à realidade do sistema fami-
toriedade da sua regulação, quer quando os pais tenham sido
liar, impõe-se fixar um regime de visitas para que o progenitor
unidos pelo casamento, quer por união de facto, ou mesmo
com quem a criança não reside habitualmente possa estar
quando nunca tenham vivido juntos. Será a base para a nova
com o filho o máximo de tempo possível, de modo a permitir
relação entre pais e filhos que necessariamente se constrói
o fortalecimento do vínculo parental. Este regime considera,
após uma separação.
para além dos fins de semana, feriados, pausas escolares e
Hoje encontra-se já reconhecida à mãe e ao pai igualdade no férias.
que toca ao exercício das responsabilidades parentais, que,
Outra questão importante é a da fixação da pensão de alimen-
em regra, cabe aos dois, designadamente no que diz respei-
tos. Ao contrário do que se pensa, a pensão de alimentos não
to às questões de maior importância para a vida da criança.
se limita, apenas, a garantir à criança o seu sustento básico.
Apesar de a lei não definir quais são as questões de particular
Quer isto dizer que abrange tudo aquilo que diz respeito ao
importância, tem-se entendido que respeitam, essencialmen-
sustento e educação dos filhos, bem como a sua alimentação,
te, a questões de saúde, de desenvolvimento e bem-estar da
o material escolar, as despesas de saúde, entre outras.
criança, como, por exemplo, a mudança de residência, inter-
venções cirúrgicas, a escolha de uma religião a professar, via- A prestação de alimentos é obrigatória para os filhos menores
gens para o estrangeiro, a escolha de uma escola, entre outras. de idade, devendo a contribuição de cada um ser propor-
Para resolver estas questões, o ideal será os pais serem capa- cional à capacidade económica de cada um dos pais e à real
zes de chegar a um acordo e a uma decisão em conjunto, pois necessidade dos filhos. Trata-se de uma prestação atualizável
ninguém melhor do que eles conhece a realidade das suas anualmente.
vidas e ninguém mais do que eles gosta do filho sobre quem
Estando pai e mãe de acordo quanto ao exercício das respon-
importa decidir.
sabilidades parentais, designadamente no que toca à resi-
O mesmo se diga quanto às decisões que respeitam as cir- dência do filho, ao regime de visitas e à prestação de alimen-
cunstâncias da vida corrente do filho, que apesar de caberem tos, esse acordo poderá ser apresentado por escrito junto da
ao progenitor com quem a criança se encontra no momento Conservatória do Registo Civil ou no Tribunal do local onde a
em que surja a necessidade da tomada de decisão, devem criança reside para ser homologado.
integrar e respeitar, quando possível, a posição do outro que
A partir daqui, este “guião” como refere a leitora servirá como
não é ouvido. Bem sabemos que só num mundo ideal os pais,
fio condutor de uma relação parental que se constrói dia a dia.
juntos ou separados, convergem em todas as questões rela-
E quando o acordo surgir como um lugar difícil de alcançar pe-
cionadas com os filhos, mas tomar legitimamente decisões a
los pais da criança, permitam-se questionar: onde fica o amor?
solo colocando-nos no lugar do outro resultará seguramente
Da resposta resultará seguramente uma solução de coração
Paula Viana num benefício extraordinário para o filho.
entre pai e mãe. Em nome do filho.
VS Advogados
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78 FEVEREIRO · 2023
 T RA I L R U N N I N G

DESCOBRIR A EUROPA
A CORRER
Sugestões de provas para a primeira metade do ano
Por: Trail-Running.pt Fotos: Cyrille Quintard; roastmediaWMTRC2023; Diego Winitzky

Depois das sugestões de provas em Portugal, a Trail-Running.pt apresenta agora sugestões de eventos
europeus, nos quais se inclui o anfitrião dos Campeonatos Mundiais de Mountain e Trail Running de 2023.

INNSBRUCK ALPINE TRAIL RUN FESTIVAL (ÁUSTRIA)

www.innsbruckalpine.at
1-4 junho

Provas: Várias modalidades de 7 a 108 km

A 8.ª edição do Innsbruck Alpine Trail Run Festival é a edição dos Campeonatos
Mundiais de Mountain e Trail Running de 2023. Após os eventos do festival,
que terão lugar entre os dias 6 e 10 de junho, decorrerão os campeonatos do
mundo. Esta representa uma excelente oportunidade para correr e aplaudir a
nossa seleção.
Poder-se-á contar com alguns dos trilhos mais bonitos no coração dos Alpes
e uma organização de elevado nível. Os percursos variam entre 7 e 108 quiló-
metros e apresentam até 4.690 metros de desnível positivo a ser enfrentado.
São esperados mais de 4.000 participantes vindos de 60 países diferentes de
todo o mundo. Além da competição individual, haverá provas por equipas para
amigos, associações ou empresas. Realizada como prólogo, a Innsbruck Night
Trail é uma corrida de 7 km e 280 metros de desnível positivo que terá início às
20h30 do dia 1 de junho de 2023. As restantes provas disputam-se no dia 3.

MAXI-RACE ANNECY (FRANÇA)

maxi-race.org
26-28 maio

Provas: 7 modalidades (de 16 a 93 km) + orientação + corrida de montanha +

mini races

O Lago Annecy, localizado 446 metros acima do nível do mar, é o segundo

maior lago de origem glaciar de França. Mais do que uma corrida, a MaXi-Race
é um pretexto para viajar, viver uma aventura e descobrir um paraíso natural re-
pleto de paisagens ímpares.
O evento “projetado por corredores, para corredores” apresenta várias provas
competitivas destinadas não só à elite, mas também ao público em geral, exis-
tindo distâncias para todo o tipo de corredores.
Nesta edição, a distância maratona integra as Golden Trail National Series
França, e a MaXiRace 87 km faz parte do Spartan Trail World Championship.
Independentemente da modalidade escolhida, o percurso decorre em redor
do lago, atravessando os cumes alpinos. Uma sucessão de trilhos técnicos, zo-
nas rolantes, pastagens, caminhos de montanha e porções de estrada.

RIAÑO TRAIL RUN (ESPANHA)

www.rianotrail.run
23-25 junho

Provas: Riaño 3xTrail Run (3 Etapas), Riaño 2xTrail Run (2 etapas) e Riaño
1xTrail Run (1 etapa)

O Riaño Trail Run apresenta um percurso que combina lugares de grande valor
natural, donos de uma fauna e flora sem igual, das províncias de León e Palen-
cia: o Parque Natural de Fuentes Carrionas e Fuente Cobre - Montaña Palen-
tina, o Parque Nacional dos Picos da Europa e o futuro Parque Regional das
Montanhas Riaño e Mampodre.
Em Riaño ficarão localizadas a meta, o centro logístico e o acampamento base
(Riaño Camp), ao qual todos os participantes regressam no final de cada etapa.
Esta é a primeira prova em 3 etapas (38 km e 3.081 m D+; 21,5 km e 1.824 m D+;
22,7 km e 1.391 m D+) disputada no coração dos Picos da Europa.
Os participantes podem realizar as 3 etapas, as 2 últimas ou apenas a última. A
prova de 3 etapas pode ser feita individualmente ou em equipas de dois atletas.
Uma experiência exigente e inigualável, que os portugueses Luís Duarte, Jerô-
me Rodrigues, Tiago Romão e a Ester Alves já vivenciaram.

80 FEVEREIRO · 2023
 ESPERAMOS POR SI
RUA CIDADE DO PORTO, 139 BRAGA

Que comece a festa!

Com uma atmosfera carnavalesca, o nosso restaurante é a escolha perfeita,
para ser um carnaval inesquecível.

Horário de funcionamento: Segunda - encerrado

Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado - 12:00 às 23:30 | Domingo - 12:00 às 15:00 e das 18:30 ás 23:30
Faça já a sua reserva! Telefone: +351 253 692 657 E-mail: reservas@francesinhaportuguesa.pt
 O R GA N I Z AÇÃO

A IMPORTÂNCIA DE UMA CASA

A
ORGANIZADA NA NOSSA VIDA
nossa casa deveria ser o nosso templo e depois de um
dia de trabalho o que queremos é descansar, relaxar e
descomprimir. Por isso é importante que se crie um am-
biente de conforto e bem-estar, mas, para isso, precisa-
mos de um “sistema” de organização.
A casa reflete a nossa mente, organizada significa tran-
quilidade, desorganizada significa confusão, irritação e
stress.
A energia que a nossa casa nos transmite influencia-
-nos e devemos procurar ter a nossa casa funcional,
confortável e organizada para sermos invadidos por
boas energias.
Mas como podemos trazer essa organização para a
nossa casa?
E consequentemente para a nossa vida?
Com pequenas alterações no seu dia e criação de
novos hábitos vai obter grandes vantagens para a
sua casa e para si.
No início não será fácil porque ainda não temos as fer-
ramentas certas, mas vamos ter:
• Evite deixar as coisas espalhadas pela casa e não dei-
xe para depois aquilo que rapidamente consegue arru-
mar ou organizar. Por exemplo, se leu um livro no fim
arrume-o no lugar dele. Assim não ficará “perdido” em
qualquer canto.
• Ao chegar a casa não deixe as chaves/carteira em
qualquer lugar, crie um espaço no hall de entrada para
esses objetos. Assim saberá sempre onde eles estão.
• Em tudo o que mexe, no fim de utilizar, deve de vol-
tar para o seu lugar. Como costumo dizer cada objeto
deve ter a sua “casinha”, o seu sítio para regressar. Não
caia no erro de deixar para arrumar depois porque vai
acumular tarefas desnecessariamente e vai criar caos à
sua volta.
Liliana Ferreira
lilianaferreiraorganizer@gmail.com
• Liberte-se daquilo que já não usa, de peças ou objetos
https://lilianaferreiraorganizer.wordpress.com
Instagram: @lilianaferreiraorganizer
Facebook:lilianaferreirapersonalorganizer
que já cumpriram o seu propósito consigo ou com a sua
casa e que por qualquer motivo já não são utilizados.
Quer perder tempo a organizar tralha? A acumulação
de itens dificulta a organização, porque não se con-
segue armazenar tudo de forma adequada. Além de
que o excesso de coisas traz a sensação de desordem,
à medida que vê algo que já não usa questione-se se
vale a pena manter esse item, se não o usa por um cer-
to período de tempo o mais certo é este item já não ser
necessário ou útil e não deve guardar.
• Com a falta de tempo que hoje em dia existe, é muito
difícil dedicarmos o tempo necessário à nossa casa por
isso temos de simplificar e ter casas funcionais e fáceis
de se manter e lá por termos adquirido um item não
quer dizer que ele fique connosco a vida toda. Também
não quer dizer que vamos passar a comprar e a deitar
fora. Os itens que já não fazem sentido para nós podem
e devem ter segundas oportunidades noutro lado, hoje
em dia podemos vender os artigos nos mercados de se-
gunda mão, reciclar ou reutilizar, mas sobre este aspeto
falaremos noutra oportunidade.
• Para se manter uma casa organizada é importante fa-
zer um planeamento de tarefas, ter uma rotina que aju-
de na gestão da casa. Colocar tarefas em papel, anotar
ideias, fazer lista de compras, escreva tudo para não se
esquecer vão ajudar.
Com isto não quero dizer que a nossa casa tenha que
ser um museu, deve ser vivida e desarrumada, mas
deve ser criado um sistema de organização que no fim
de desarrumar, os objetos voltem para os seus lugares.
É possível ter soluções inteligentes de armazenamento
para cada área da casa e que vão ajudar na organização.
Pensar em como aproveitar melhor os espaços e criar a
melhor disposição para os objetos vai facilitar a vida de
quem usa esses espaços proporcionando um ambiente
harmonioso e organizado à sua casa.
Agora é só começar a por a mão na massa.

82 FEVEREIRO · 2023
 O P I N I ÃO

O IMPACTO QUE A DIABETES

A
MELLITUS TEM NA MORTALIDADE
Diabetes Mellitus constitui um grave problema de saúde
pública, quer a nível nacional, quer mundial, comparada a
uma pandemia, e como refere a Organização Mundial de
Saúde (OMS), (2020) sendo uma patologia metabólica,
crónica, hereditária ou adquirida, que se caracteriza por um
estado crónico de hiperglicemia, afetando diversos siste-
mas orgânicos, particularmente os vasos sanguíneos e os
nervos, provoca consequências graves a longo prazo, com
significativas implicações na qualidade de vida da pessoa
afetada. Tendo que realizar mudanças no seu estilo de vida
e a inclusão de rotinas diárias de autogestão complexas e de
longo prazo. 
Ao longo das últimas décadas, em Portugal, à semelhança
de outros países a nível mundial, tem sido alvo de uma ex-
pressiva transformação demográfica que se caracteriza, en-
tre outros fatores, pelo aumento da longevidade, da popu-
lação idosa e da diminuição da natalidade e da população mar o objeto e transformar-se os enfermeiros a si próprios, o
jovem (PORDATA, 2022). que implica ter o desejo de conhecer (Nunes, 2018).
Em conformidade com a Federação Internacional da Dia- Logo, a enfermagem impõe uma constante atualização de
betes Mellitus, este é um dos maiores desafios de saúde do saberes e cabe ao enfermeiro procurar mais e melhor for-
século XXI. Portugal ocupa um lugar de destaque no espa- mação que promovam o desenvolvimento e aplicação das
ço europeu com maior prevalência de Diabetes em adultos, suas competências. O enfermeiro deve atualizar os seus co-
o que se assume como um problema de saúde prioritário. nhecimentos de modo a fundamentar a sua ação de forma
Segundo a OMS (2022), no ano de 2019, a Diabetes Melli- científica, para que a sua prática seja considerada de exce-
tus foi a causa direta de 1,5 milhão de mortes e, de todas as lência e, assim, se traduzir na melhoria da qualidade dos cui-
mortes por esta doença, 48% ocorreram antes dos 70 anos.  dados de saúde á pessoa com Diabetes Mellitus.

Ana Cristina Almeida
Santos Oliveira
Enfermeira Doutoranda do
Doutoramento em Enfermagem
da Escola Superior de
Enfermagem de Lisboa (ESEL)
Sócia da www.girohc.pt/
Portugal é o quinto país da Cooperação e Desenvolvimen-
to Económico (OCDE) com maior prevalência de Diabetes
Mellitus, uma análise resultante do relatório publicado pela
mesma organização em 2019, que continua a registar que o
país continua a ocupar os lugares cimeiros, com as estima-
tivas a apontarem para 9,8% da população com Diabetes,
sendo esta percentagem suplantada pelo México (13,5%),
Turquia (11,1%), Estados Unidos (10,8%) e Alemanha (10,4%).
Antes do Relatório Health at Glance de 2019, a prevalência
da Diabetes na população portuguesa com idades entre os
20 e os 79 anos foi estimada em 13,6%, sendo que ao certo
somente 800 mil doentes com diagnóstico de Diabetes es-
tão registados nos Cuidados de Saúde Primários.
Em 2019, Portugal tinha 9,8% de adultos, na faixa etária dos
20 aos 79 anos, com Diabetes Mellitus dos tipos 1 e 2, sur-
gindo atrás da Alemanha (10,4%), o pior país da União Euro-
peia em termos de epidemiologia desta patologia. A média
da União Europeia dos 27 foi 6,2%, com a Irlanda (3,2%), a
Lituânia (3,8%) e a Estónia (4,2%) a registarem as taxas mais
baixas de prevalência de Diabetes Mellitus na população
adulta. Estima-se que, para além dos casos de pessoas com
diagnóstico de Diabetes, a Pré-diabetes, que pode ser re-
vertida com a terapêutica não farmacológica (alimentação
e prática regular de atividade física moderada) na maioria
dos países, afeta cerca de 2 milhões de portugueses (OMS,
2020).
A Diabetes Mellitus com o passar dos anos pode provocar
várias complicações em diferentes órgãos na pessoa, como
nefropatia, retinopatia, doença cardiovascular e doença
dos membros inferiores. Sendo por isso considerada uma
das mais frequentes causas de morbilidade e mortalidade a
nível global, tendo representado em 2019, a nona causa de
morte (Veiga, 2020). No entanto, é possível tratar a Diabetes
Mellitus e evitar ou retardar as suas consequências através
da atividade física e de uma alimentação saudável, aliada a
medicamentos e exames regulares.
Assim, sendo e tendo-se em consideração que a profissão
de Enfermagem deve ser desenvolvida numa espiral, é im-
portante partir-se do pressuposto que conhecer é transfor-
Neste contexto, cabe aos profissionais de saúde prestar cui-
dados com qualidade á pessoa com Diabetes Mellitus, que
pode iniciar-se nos cuidados de saúde primários através da
intervenção nos fatores de risco; na prevenção secundária,
através de um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz,
até à prevenção terciária, através da reabilitação.
Em suma, travar a crescente incidência e os seus respetivos
custos humanos, sociais e económicos representa um desa-
fio, que passa por programas de prevenção integrados e na
literacia em saúde sobre a temática da Diabetes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nunes, L. (2018). Para uma Epistemologia de Enfermagem
2ª edição. Loures: Lusodidacta.
PORDATA (2022). Estatísticas Sobre Portugal e Europa.
Disponível em https://www.pordata.pt/Home
Sistema Nacional de Saúde, Portal Transparência (2022).
Morbilidade e Mortalidade Hospitalar para Diabetes. Dispo-
nível em https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/
morbilidade-e-mortalidade-hospitalar/table/?flg=pt
Veiga, A. (2020). A teoria da resolução dos problemas apli-
cada a idosos na prevenção da diabetes mellitus tipo 2 para
promover a literacia em saúde. Associação Portuguesa de
Documentação e Informação de Saúde. Disponível em URI:
http://hdl.handle.net/10400.26/34435
World Health Organization (2018). Diabetes. Disponível em
https://www.who.int/health-topics/diabetes#tab=tab_1
World Health Organization (2020). Noncommunicab-
le diseases progress monitor. ISBN 978-92-4-000140-4.
Disponível em file:///C:/Users/Utilizador/Downloads/
9789240000490- eng.pdf
World Health Organization (2022). Diabetes. Disponível em
https://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/
diabetes

84 FEVEREIRO · 2023
 E V E N TO

MESA NA PRAÇA CELEBRA A FOLIA DE

CARNAVAL COM 3 DIAS DE PROGRAMAÇÃO
MUSICAL: VAI HAVER CONCERTOS, DJS E
UM BLOCO DE CARNAVAL

C
elebrar o Carnaval com um programa musical de de complementar a oferta do histórico Mercado Tradicional e de for-
qualidade, pensado para envolver toda a comuni- ma a atrair diversos públicos, nos vários horários e dias da semana,
dade bracarense, é a proposta da Mesa na Praça, contribuindo para valorizar a importância e a imagem do Mercado
que tem previstas várias atividades para os dias 17, Municipal e dos seus comerciantes.
18 e 19 de fevereiro.
Mais do que um ponto de consumo alimentar este é um espaço de
Concertos, um bloco de Carnaval e animação com socialização com grande relação com a comunidade local contri-
DJs são as propostas de curadoria da promotora cultural bracarense buindo para uma nova centralidade na zona do centro histórico onde
Bazuuca, que tem por missão a divulgação da música portuguesa, se insere. A ‘Mesa na Praça’ conta com dez quiosques permanentes e
e do coletivo de origem brasileira Minho de Janeiro, que pretende disponibiliza ainda espaços temporários para os comerciantes locais.
trazer para Braga a alegria contagiante do Carnaval de rua do Brasil.
Este conceito distingue-se também pelo forte compromisso para
A Mesa na Praça, reforça assim, mais uma vez, o seu compromisso com a comunidade, as entidades e tradições bracarenses, assu-
com a comunidade local, através de um programa musical diferen- mindo-se como um espaço que se pretende dedicado a ser palco e
ciador que vai animar as celebrações de Carnaval da cidade. Após montra de artistas e iniciativas locais.
o sucesso da edição anterior, o evento começa já a ganhar impacto
no calendário de Braga e vai, certamente, levar muitos apaixonados
pela alegria do Carnaval e dos ritmos do samba e da dança à Mesa
na Praça.
A animação arranca na sexta-feira, dia 17 pelas 20h30, com “Tanto
Bate Até Que... Samba”. Este projeto musical é formado por um nú-
cleo feminino cujo objetivo é enaltecer a arte, beleza e talento das
mulheres e promete um concerto contagiante, marcado por ritmos
alegres e energéticos.
No sábado, a Mesa na Praça será energizada pelos sons do samba e
das batidas que dão vontade de mexer o pé. Às 17 horas, a DJ Verinha
Pinheiro dá o mote para um final de dia repleto de música. Brasileira
e apaixonada por música é DJ profissional há mais de 20 anos, está
em Braga há quatro e é já um nome reconhecido nas festas da cida-
de. O Bloco de Carnaval Minho de Janeiro dá continuidade à festa a
partir das 20 horas e até ao final da noite, prometendo contagiar os
bracarenses com a alegria do tradicional Carnaval brasileiro.
Para encerrar com chave de ouro, domingo dia 19, a partir das 16 ho-
ras, chegam à Mesa os bons sons do DJ Set Bazuuca SoundSystem
com um programa perfeito para animar a tarde e aquecer o ambien-
te para os Samba do B. Trio, que sobem ao palco pelas 18 horas com
um repertório repleto de clássicos dos maiores Mestres do Samba.
Além dos momentos dedicados aos festejos carnavalescos, os quios-
ques da Mesa na Praça estão preparados para quem quiser também
PROGRAMA
celebrar o Carnaval à mesa, com os menus e petiscos habituais e ou-
Sexta-feira, 17
tras sugestões especiais para a marcar a festividade.
Tanto Bate até que Samba: 20h30
Este Carnaval, os bracarenses têm encontro marcado, na Mesa na Sábado, 18
Praça, para ouvir e dançar boa música na companhia das melhores DJ Verinha Pinheiro: 17h00
sugestões gastronómicas. Bloco de Carnaval Minho de Janeiro: 20h00
A MESA NA PRAÇA E O MERCADO MUNICIPAL DE BRAGA Domingo, 19
DJ Set Bazuuca SS: 16h00
O conceito ‘Mesa na Praça’, na Praça – Mercado Municipal de Bra- Samba do B. Trio: 18h00
ga, foi inaugurado a 5 de agosto de 2021 e nasceu com o objetivo

86 FEVEREIRO · 2023
 JÁ ABRIU!

SERVIÇOS

• Medicina Dentária
• Implantes Dentários
20%
• Branqueamentos DESCONTO
• Aparelhos Fixos
• Alinhadores Invisíveis EM ALINHADORES
• Facetas Dentárias INVISÍVEIS
• Coroas Sobre Dentes
• Harmonização Facial
• Botox
• Ácido Hialurónico
• Terapia da Fala
• Psicologia
• Nutrição
• Osteopatia
• Fisioterapia

PROTOCOLOS:
Rua Comendador Santos da Cunha
n.º 570 Maximinos
4700-026 Braga
253 619 209
962 014 991
(chamadas p/ rede fixa e móvel nacional)
 CARNEIRO
Carta Dominante: O Eremita,
que significa Procura.
Amor: Desabafe com as pes-
soas que realmente são suas
amigas e não com aquelas que
são apenas suas conhecidas.
Descubra a estrada que deve
percorrer na vida, só você
pode saber qual é.
Saúde: Cuidado com a sua
alimentação.
Dinheiro: Na sua vida finan-
ceira está a reencontrar o
equilíbrio necessário.
Números da Sorte: 5, 25, 36,
44, 47, 49
Pensamento positivo: O Amor
alegra o meu coração.
Horóscopo Diário Ligue já!
761 101 801
BALANÇA
Carta Dominante: Cavaleiros
de Ouros, que significa Pessoa
Útil.
Amor: deixe que o amor inva-
da o seu coração, aproveite
o romantismo. A Realização
vem do balanço entre o dar e
o receber.
Saúde: Momento muito
favorável.
Dinheiro: Seja prudente, a
altura não é boa para gastos.
Números da Sorte: 7, 22, 29,
33, 45, 48
Pensamento positivo: Agrade-
ço a Deus a graça da Vida que
se renova a cada dia.
Horóscopo Diário Ligue já!
761 101 807
TOURO
Carta Dominante: 10 de Copas,
que significa Felicidade.
Amor: Não deixe que os assun-
tos domésticos interfiram na
sua vida amorosa. Dê asas à
sua imaginação e revolucione
a sua vida afetiva.
Saúde: Cuidado com as
emoções e com a sua saúde
mental.
Dinheiro: Poderão surgir algu-
mas dificuldades económicas.
Números da Sorte: 1, 3, 24,
29, 33, 36
Pensamento positivo: Acredito
que tenho força para vencer
todos os desafios.
Horóscopo Diário Ligue já!
761 101 802
ESCORPIÃO
Carta Dominante: O Louco,
que significa Excentricidade.
Amor: Tire maior proveito de
todos os momentos que tem
para estar com a pessoa que
ama. Saúde: Sistema emocio-
nal instável.
Dinheiro: Não é um momento
propício para grandes inves-
timentos.
Números da Sorte: 6, 14, 36,
41, 45, 48
Pensamento positivo: eu
sei que o momento mais
importante da minha vida é o
“agora”.
Horóscopo Diário Ligue já!
761 101 808
GÉMEOS
Carta Dominante: Rei de
Copas, que significa Poder de
Concretização.
Amor: Não confunda os seus
sentimentos e pense muito
bem antes de assumir uma
relação.
Saúde: Poderá sofrer de
algumas dores de rins.
Dinheiro: Momento propício a
investimentos um pouco mais
alargados.
Números da Sorte: 4, 6, 7, 18,
19, 33
Pensamento positivo: procuro
ser tolerante para com todas
as pessoas que me rodeiam.
Horóscopo Diário Ligue já!
761 101 803
SAGITÁRIO
Carta Dominante: 7 de
Espadas, que significa Novos
Planos.
Amor: Lute sempre por aquilo
que quer e não se arrependerá.
Esteja aberto aos desafios que
a vida lhe coloca, aceite-os e
enfrente-os com coragem.
Saúde: Cuidado com o seu
sistema urinário, poderá sofrer
de uma pequena infeção.
Dinheiro: Nada de preocupan-
te acontecerá nesta área da
sua vida.
Números da Sorte: 1, 8, 42,
46, 47, 49
Pensamento positivo: sei usar
a minha inteligência para
alcançar os meus objetivos.
Horóscopo Diário Ligue já!
761 101 809
CARANGUEJO
Carta Dominante: Rainha de
Ouros, que significa Ambição.
Amor: Não se dedique somen-
te à carreira profissional, pois
a sua família também precisa
de si.
Saúde: Se não descansar
as horas necessárias não
conseguirá a boa forma física
e psíquica.
Dinheiro: Tudo estará dentro
da normalidade.
Números da Sorte: 7, 11, 18,
25, 47, 48
Pensamento positivo: Eu sei
que todos os dias são bons
dias, por isso esforço-me
diariamente para melhorar.
Horóscopo Diário Ligue já!
761 101 804
CAPRICÓRNIO
Carta Dominante: 6 de Copas,
que significa Nostalgia.
Amor: Não deixe que a
razão fale mais alto do que o
coração e siga o que ele lhe
diz. Seja humilde e aprenda a
conhecer-se a si próprio. Então
conhecerá o mundo!
Saúde: Poderá sofrer de algum
distúrbio emocional.
Dinheiro: A sua prudência irá
beneficiar o seu orçamento.
Números da Sorte: 7, 13, 17,
29, 34, 36
Pensamento positivo: Procuro
criar harmonia na minha vida
todos os dias.
Horóscopo Diário Ligue já!
761 101 810
LEÃO
Carta Dominante: 3 de Paus,
que significa Iniciativa.
Amor: A sua relação afetiva
anda um pouco desequilibra-
da, seja mais atencioso com
a pessoa que ama. Agora é
tempo para ter paciência e
vontade de partilhar.
Saúde: Deve tentar dormir pelo
menos oito horas por dia.
Dinheiro: O rendimento poderá
crescer.
Números da Sorte: 3, 7, 11,
18, 22, 25
Pensamento positivo: Tenho
o poder de corrigir os meus
erros, porque sei que tudo tem
solução.
Horóscopo Diário Ligue já!
761 101 805
AQUÁRIO
Carta Dominante: 3 de Espa-
das, que significa Amizade,
Equilíbrio.
Amor: O seu poder atrativo vai
deixar muitos corações a sus-
pirar. A vida é uma surpresa,
divirta-se!
Saúde: Tudo correrá dentro da
normalidade.
Dinheiro: Cuidado com os
gastos excessivos.
Números da Sorte: 8, 17, 22,
24, 39, 42
Pensamento positivo: Agrade-
cer é sempre a melhor maneira
de merecer!
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VIRGEM
Carta Dominante: Cavaleiro
de Espadas, que significa
Guerreiro.
Amor: Um dos seus amigos
mais chegados poderá desi-
ludi-lo, o que o deixará muito
magoado.
Saúde: Tente fazer uma ali-
mentação mais equilibrada.
Dinheiro: Este não é o mo-
mento ideal para contrair um
empréstimo.
Números da Sorte: 1, 8, 17,
21, 39, 48
Pensamento positivo: Eu venço
as dificuldades com determi-
nação e coragem, eu sei que
sou capaz!
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PEIXES
Carta Dominante: 8 de Paus,
que significa Rapidez.
Amor: A sua relação afetiva
poderá ter de enfrentar um
período menos positivo. Viva
alegre e otimista, não se irrite!
Saúde: Estará em plena forma.
Dinheiro: Está a adotar uma
ótima estratégia de retenção
de custos.
Números da Sorte: 1, 18, 22,
40, 44, 49
Pensamento positivo: Não de-
sanimo perante as dificuldades
nem desisto dos meus sonhos!
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Interiorismo – Elias Pacheco, é um atelier de decoração de interiores, caracterizado por um estilo único e intemporal aliado ao
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