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ISSN: 1011-484X
revgeo@una.cr
Universidad Nacional
Costa Rica
Resumo
Introdução
1
Bacharel em Urbanismo pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Brasil. E-mail:
jamile.87@gmail.com
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Bacharel em Urbanismo pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Brasil.
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Doutora em Geografia Humana pela Universidade de Barcelona (UB), professora da UNEB, Brasil.
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Revista Geográfica de América Central, Número Especial EGAL, Año 2011 ISSN-2115-2563
Os “cabulas” de Salvador: confrontando as delimitações de 1992 e 2010
Jamile de Brito Lima; João Soares Pena; Rosali Braga Fernandes
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Figura 1A: Espaço Absoluto, 1B: Espaço Relativo e 1C: Espaço Relacional
Fonte: Elaborado por FERNANDES, LIMA e PENA (2010)
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Jamile de Brito Lima; João Soares Pena; Rosali Braga Fernandes
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Jamile de Brito Lima; João Soares Pena; Rosali Braga Fernandes
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freguesias. Com base em alguns autores, Fernandes (1992, p. 110) afirma que:
“freguesias eram delimitações territoriais feitas pela igreja, que se caracterizavam como
as menores unidades eclesiásticas sendo sediadas pelas respectivas igrejas matrizes e
estavam sob a responsabilidade dos párocos correspondentes.”
A seguir uma figura que traz a configuração da cidade de Salvador dividida em
freguesias
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A B
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Os “Cabulas” de Salvador
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A delimitação de Fernandes (1992) pertence a sua dissertação de mestrado, porém em 2000 o IBGE
atualiza a divisão dos setores censitários da cidade e devido a isso a autora estende essa atualização para
suas pesquisas. Em 2000 (defesa da tese de doutorado), a qual é publicada como livro em 2003 e já
constam os mapas atualizados
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Caçadores (19º BC). Na figura a seguir é possível observar a poligonal traçada em 2000
(atualização baseada nos setores censitários de 2000) e a atual poligonal do bairro do
Cabula.
A área que não foi incorporada ao Cabula foi subdividida em 4 bairros. Estes
podem ser observados na figura a seguir que faz uma superposição do(s) Cabula(s),
espacializa também estes quatro bairros, além de adicionar o bairro de Pernambués, que
tem uma pequena parte de sua área inserida na poligonal do Cabula de 2000.
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Bulhões5, seriam áreas consolidadas e conhecidas que não atendiam aos critérios para
serem definidos como bairros.
Para ser considerada bairro, uma área deve atender a pelo menos 4 dos 5
critérios elencados para a definição de um bairro, sendo que o sentimento de
pertencimento é obrigatório dentro de uma comunidade. A seguir, um quadro
comparativo com os critérios utilizados nas delimitações de 1992 e de 2010:
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cautela, hoje, a citada avenida não corresponde a uma via expressa. Ela não possui
trânsito livre, é semaforizada (diminuindo a velocidade que se traduz numa menor
fluidez) e possui travessia de pedestres em nível (faixas de pedestre). Esses problemas
de classificação, provavelmente, se estendem a toda a cidade.
Outra questão intrigante no bojo dessa discussão é o que se chama de sentimento
de pertencimento. Por ser algo abstrato não é possível medir, é algo relativo. É inegável
que as pessoas se sentem “pertencentes” a um local, especialmente se o local de
moradia é agradável, é seguro, ou há relações de vizinhança estabelecidas ao longo dos
anos.
Por outro lado esse conceito é um tanto perigoso e trouxe problemas para a
definição dos limites dos bairros. Por exemplo, uma localidade com uma população de
alta renda, com padrão habitacional alto, que tem como vizinhança uma área de
ocupação precária, onde a população possui baixa renda e é vista muitas vezes como um
local perigoso (como é comum em Salvador), é uma situação geradora de futuros
conflitos, pois a vizinhança de uma localidade lhe confere um status, o que interfere no
valor.
Como contribuição, ao finalizar essa análise, destacam-se algumas propostas que
podem vir a ser subsídio para novos trabalhos desta natureza. De início salienta-se a
importância de seguir rigorosamente os critérios elencados na delimitação de um bairro,
avaliando-se, é claro, caso, a caso a depender das especificidades.
É fundamental que nenhum dos critérios seja descartado em todas as localidades,
já que, como dito anteriormente, tratam-se de serviços de vital importância para uma
comunidade.
Outro ponto importante é a subjetividade implícita nesta delimitação de bairros.
É indiscutível que o sentimento de pertencimento existe e deve ser levado em
consideração, pois as pessoas são peças fundamentais na construção da cidadania e da
participação.
Há que se tomar cuidado com a hierarquia, com a importância dada a essa
questão do pertencimento, pois as forças atuantes dentro da cidade seguem uma lógica
mais ampla, que é a capitalista, e por isso essas relações são desiguais. Dessa forma,
algumas comunidades possuem um “poder” de voto e barganha muito maior que outras.
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Conclusão
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Referências
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Jamile de Brito Lima; João Soares Pena; Rosali Braga Fernandes
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SANTOS, Elisabete; PINHO, José Antonio Gomes de; MORAES, Luiz Roberto Santos;
FISCHER, Tânia. O Caminho das Águas em Salvador: Bacias Hidrográficas,
Bairros e Fontes. Salvador: CIAGS/UFBA; SEMA, 2010.
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