O documento discute os principais problemas relacionados à mobilidade urbana no Brasil, como congestionamentos caros, alta violência no trânsito, transporte público precário e falta de infraestrutura para pedestres e ciclistas. Argumenta-se que é necessário investir em modais alternativos ao automóvel individual, como transporte público de massa e ciclovias, para tornar as cidades mais sustentáveis e seguras.
O documento discute os principais problemas relacionados à mobilidade urbana no Brasil, como congestionamentos caros, alta violência no trânsito, transporte público precário e falta de infraestrutura para pedestres e ciclistas. Argumenta-se que é necessário investir em modais alternativos ao automóvel individual, como transporte público de massa e ciclovias, para tornar as cidades mais sustentáveis e seguras.
O documento discute os principais problemas relacionados à mobilidade urbana no Brasil, como congestionamentos caros, alta violência no trânsito, transporte público precário e falta de infraestrutura para pedestres e ciclistas. Argumenta-se que é necessário investir em modais alternativos ao automóvel individual, como transporte público de massa e ciclovias, para tornar as cidades mais sustentáveis e seguras.
MOBILIDADE URBANA • Estima-se que apenas os congestionamentos de São Paulo e do Rio custem R$ 98 bilhões por ano, tanto pela perda de produção não concretizada, quanto pelos gastos adicionais com combustível. • Além dos impactos econômicos causados pelo desperdício de tempo, existe também uma faceta mais perversa do trânsito: a violência. • Os números de mortos e feridos em decorrência de acidentes de trânsito no Brasil se equiparam a alguns dos piores conflitos da atualidade. • Os dados demonstram que morrem anualmente no trânsito brasileiro cerca de 40 mil pessoas. • Toda essa carnificina, evidentemente, possui um custo enorme para o nosso já defasado Sistema Único de Saúde (SUS): são cerca de R$ 200 milhões gastos apenas nas internações de feridos em acidentes. O custo total dos acidentes de trânsito está estimado em cerca de R$ 40 bilhões anuais.
• As maiores vítimas são as partes mais vulneráveis:
pedestres, ciclistas e motociclistas. As causas para tantos acidentes? Excesso de velocidade, embriaguez ao volante, cansaço e outros hábitos imprudentes dos motoristas explicam 90% das fatalidades. Transporte coletivo precário • Para convencer as pessoas a deixar o carro em casa, é preciso demonstrar as vantagens das alternativas. • O transporte coletivo das cidades brasileiras, entretanto, ainda oferece poucas vantagens em relação ao automóvel. É uma opção de deslocamento mais barata, de uma forma geral. • Muita gente também não gosta de dirigir um carro, porque envolve muita atenção e gera stress. Mas também se perde mais tempo dentro de um ônibus, além de que ele oferece muito menos conforto que um carro. • Vias precárias • Como se não bastassem a imprudência de motoristas (e também de outros envolvidos no trânsito, como pedestres e ciclistas), ainda temos que lidar com a precariedade de grande parte das vias públicas urbanas. • Não raro as calçadas não garantem acessibilidade, são muito estreitas, e muitas vez sequer existem. • As ruas são esburacadas e mal sinalizadas. Esses são apenas alguns dos problemas mais comuns encontrados em qualquer grande cidade brasileira. Transporte de massa • A maioria das nossas cidades possui um sistema de transporte coletivo baseado em ônibus, que são invariavelmente mais lentos e desconfortáveis que os carros – além de estarem sujeitos aos mesmos congestionamentos dos automóveis. • Em um mundo ideal, teríamos mais ônibus à disposição, mais horários e veículos menos lotados, o que aumentaria a adesão ao transporte coletivo. • É o básico do que se espera de um bom sistema de transporte coletivo. • Para além do transporte coletivo rodoviário, ainda há outras opções que são pouco ou mal exploradas no nosso país: o modal ferroviário, por exemplo, é muito utilizado em grandes centros de países desenvolvidos. • O metrô, apesar de ser uma solução cara, é capaz de movimentar grandes volumes de pessoas e oferecer rapidez e relativa comodidade. • As malhas metroviárias de grandes cidades brasileiras têm se mostrado insuficientes para a demanda existente. Além dos metrôs subterrâneos, existem os chamados metrôs de superfície, mais baratos. • Mesmo tomando espaço da estrutura viária, ainda são mais eficientes que carros ou mesmo ônibus. Essa opção é praticamente inexplorada no Brasil. Bicicleta • É cada vez mais comum ver pessoas se deslocando de bicicleta nas grandes cidades. Infelizmente, esse é um meio de locomoção ainda pouco priorizado no trânsito brasileiro: a extensão de ciclofaixas e ciclovias nos grandes centros ainda é muito menor que a extensão de vias dedicadas para veículos motorizados (para cada 100 km de vias para carros, existe apenas 1 km para bicicletas). • Isso obriga muitos ciclistas a fazerem percursos por vias compartilhadas com carros, causando frequentes conflitos, quando não acidentes e mortes. • A eficiência do uso das bicicletas como meio de superar o problema da mobilidade no Brasil ainda é questionada por muitos. • Muitos não se convencem com exemplos de países desenvolvidos como Holanda e Dinamarca, já que estes seriam países em outro patamar de desenvolvimento e educação. • Amsterdam, referência no uso de bicicleta, é uma cidade muito menor e mais plana do que São Paulo, por exemplo. Deslocamentos a pé • Boa parte dos deslocamentos no Brasil são feitos dessa forma. Ainda assim, não é nada agradável ser um pedestre em uma grande cidade brasileira: faltam calçadas adequadas (com largura suficiente e sem obstruções) e também respeito por grande parte dos motoristas, muitos dos quais não param na faixa de pedestres e não demonstram se preocupar com a segurança deles. • O resultado é que os pedestres são geralmente as maiores vítimas do trânsito. • Aumentar o tráfego de pedestres também tem relação com uma forma desejável de organização das cidades, em que grande parte das pessoas moraria perto de seu local de trabalho, diminuindo assim a necessidade do uso do automóvel no dia a dia. • Quanto mais pedestres na rua, menos carros e mais segurança para os próprios pedestres. E de quebra, é sempre bom lembrar, caminhar faz muito bem à saúde. • O responsável primário pelo transporte público urbano é o poder público municipal. É isso que prevê o inciso V do artigo 30 da Constituição Federal: – “[Cabe ao município] organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial”. • Entretanto, como você pode observar, esse dispositivo da Constituição dá liberdade aos municípios quanto a como ofertar esse serviço. Primeiro, o município pode escolher cuidar do transporte coletivo por conta própria. A prefeitura se responsabiliza diretamente pela gestão do sistema e desembolsa 100% dos recursos para mantê-lo. A CONCESSÃO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE À EMPRESAS • A saída mais comum é contratar empresas para desempenhar essa função. Para fazer isso, é preciso realizar uma licitação, procedimento padrão para que uma empresa desempenhe um serviço público. • As empresas vencedoras da licitação atuam sob regime de concessão ou permissão. • A diferença entre os dois é sutil e pouco relevante; o que importa saber é que a empresa firma um contrato com a prefeitura por certo período de tempo, para administrar a maior parte do sistema de transporte coletivo municipal. E QUAIS SÃO AS FUNÇÕES DAS EMPRESAS? • As empresas são responsáveis pela administração geral do sistema. Portanto, cuida de questões como a conservação das frotas, a contratação e capacitação de motoristas e cobradores, o respeito às leis de segurança e a observância das ordens vindas da prefeitura. • As empresas precisam arcar com custos diversos, como a remuneração dos trabalhadores do transporte público, a compra e manutenção de veículos, combustíveis, despesas administrativas, entre outros. COMO O SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO É FINANCIADO? • Para que o sistema se financie e continue funcionando, são cobradas tarifas dos passageiros, que incluem os custos e também o lucro das empresas. São essas tarifas que cobrem praticamente toda a necessidade de financiamento do sistema. Por isso, são poucos os municípios que concedem subsídios para o transporte público (São Paulo é uma das principais exceções). Brasília tem subsídios. POR QUE AS TARIFAS ATUAIS SÃO TÃO CARAS? • É reclamação recorrente dos usuários que as tarifas do transporte coletivo urbano são altas. De fato, elas podem pesar bastante no bolso dos usuários, especialmente se considerarmos que a maior parte deles é de baixa renda. • Apontam-se como fatores para os altos valores das tarifas: o aumento dos preços dos combustíveis; e as gratuidades concedidas a uma parcela significativa dos usuários, como policiais militares, carteiros, estudantes e idosos. O custo dessas gratuidades precisa ser compensado pelos outros usuários, aumentando o valor final da tarifa. • O barateamento das tarifas passa por conseguir outras receitas. Os subsídios, por exemplo, são prática adotada por muitos países desenvolvidos e com sistemas de transporte de alta qualidade. que pode ser mais explorada. Esses recursos podem vir de fontes como a taxação da gasolina, pedágio urbano, entre outros. Links de Apoio 1. https://diariodotransporte.com.br/2022/07/20/santo-andre-convoca- audiencia-publica-para-plano-de-mobilidade-urbana/ 2. https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/geral/noticia/2022/07/prefeitur a-assina-ordem-de-inicio-para-plano-de-mobilidade-urbana-de-caxias- cl5snoh55007s016v7iay9gay.html 3. https://www.jornaldocomercio.com/jornal-cidades/2022/07/856071- caxias-do-sul-tera-um-plano-voltado-a-mobilidade-urbana.html 4. https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/inscricao-no-premio- de-mobilidade-urbana-vai-ate-8-de-agosto 5. https://cbncuritiba.com.br/materias/sustentabilidade-mobilidade- urbana/ SUSTENTABILIDADE • Diante de fatores como desigualdade social, poluição, esgotamento de recursos naturais e aquecimento global, o mundo se encontra em um momento de desafios para a preservação da natureza. • Ouvimos constantemente que estes problemas podem ser solucionados com desenvolvimento sustentável O que é desenvolvimento sustentável? • Entende-se por desenvolvimento sustentável “a capacidade de utilizar os recursos e os bens da natureza sem comprometer a disponibilidade desses elementos para as gerações futuras”. • Para isso ser possível, padrões de consumo e de aproveitamento de matérias-primas extraídas da natureza devem ser estabelecidos para que não haja uma extinção delas no futuro. • Isto não significa que o desenvolvimento econômico deva ser freado, mas que precisa aliar-se à responsabilidade ambiental. • Conhecemos a importância dos recursos naturais para a nossa sobrevivência. • Infelizmente, alguns se utilizam destes recursos naturais como se eles fossem ilimitados, o que não é verdade. Muitos desses recursos, como o petróleo e os minérios, são recursos não renováveis, ou seja, podem esgotar e extinguir-se da natureza, já que o homem não é capaz de repô-los. Com exceção dos ventos e da luz solar, todos os outros recursos naturais são esgotáveis. Histórico do Desenvolvimento Sustentável no Brasil e no mundo • O conceito de desenvolvimento sustentável foi oficialmente declarado em 1972 na chamada Conferência de Estocolmo, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. Nessa época, o mundo ainda não enxergava a importância do desenvolvimento sustentável como hoje, além de não acreditar muito nessa possibilidade. • A elaboração de um conceito teve o intuito de unir as noções de crescimento econômico com a preservação da natureza. • Posteriormente, o Relatório “Nosso Futuro Comum” – também conhecido como Relatório Brundtland – elaborado em 1987, formalizou o termo desenvolvimento sustentável e tornou-o de conhecimento mundial. Alguns anos depois, em 1992, na conferência mundial ECO-92, o conceito de desenvolvimento sustentável tornou-se o assunto central e países de todo mundo concentraram seus esforços para atender essa premissa. • Consequentemente, foi elaborada a Agenda 21 com a finalidade de diminuir os impactos gerados pelo aumento de consumo e do crescimento da economia pelo mundo. • O Brasil desempenha um papel importante no tema de desenvolvimento sustentável. Afinal, o Brasil já sediou as duas conferências internacionais sobre sustentabilidade mais notáveis da história: a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) e a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). • A Rio 92 consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável como a promoção simultânea e equilibrada da proteção ambiental, da inclusão social e do crescimento econômico. Nessa conferência, o Brasil desempenhou papel fundamental, aprovando documentos cruciais como a Agenda 21, a Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento, a Declaração de Princípios sobre Florestas e as Convenções sobre Biodiversidade, sobre Mudança Climática e sobre Desertificação. • Na conferência Rio+20, o objetivo foi o da renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável por meio da avaliação do progresso e do tratamento de temas novos e emergentes. • Essa conferência também consolidou, de forma integrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: – econômica, – social – e ambiental. ODS e Agenda 2030 • Como já mencionado, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram criados na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em 2015, apesar do processo da sua criação ter sido iniciado em 2013, seguido da Conferência Rio+20. • Os ODS foram criados para orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional nos 15 anos seguintes com a Agenda 2030. • A Agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade dos seres humanos pelo período de 15 anos, e que vem sendo adotado desde o ano de 2015. A nova Agenda é guiada pelos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, incluindo o pleno respeito pelo direito internacional REFERÊNCIAS • https://www.pactoglobal.org.br/ods • Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS); Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty. • Rodolfo F. Alves Pena: Desenvolvimento sustentável; Brasil Escola • O Brasil e o desenvolvimento sustentável;Ministério das Relações Exteriores • Nações Unidas: Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. • Nações Unidas: Brasil avança no cumprimento das metas de desenvolvimento da ONU • Lu Sudré: Brasil se afasta das metas de desenvolvimento da ONU • ClimaInfo: Bolsonaro diz não à Agenda 2030” • Rodrigo Gomes: Após dois anos, Brasil nada fez por objetivos tratados na ONU