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2 Vigilância da hanseníase entre


contatos
A vigilância de contatos é um conjunto de medidas que objetivam a intervenção na cadeia
de transmissão, no espaço mais provável de sua ocorrência. Contato intradomiciliar de
hanseníase é toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido, nos últimos cinco
anos, com a pessoa que tem hanseníase.

O exame dermatoneurológico dos contatos deve ser realizado com os mesmos preceitos


do sintomático dermatológico. Todos que não tiverem cicatriz ou tiver uma única cicatriz
da vacina BCG precisam tomar uma dose. Quem tiver duas cicatrizes não precisará
receber outra dose.

Contatos intradomiciliares de hanseníase com menos de 1 ano de idade, já vacinados, não


necessitam da aplicação de outra dose de BCG. Na incerteza de cicatriz vacinal ao exame
dos contatos intradomiciliares, recomenda-se aplicar uma dose, independentemente da
idade. A vacina BCG não é específica para hanseníase, mas promove proteção para a
manifestação da hanseníase multibacilar.

O período de incubação da hanseníase é de 2 a 7 anos, por isso a doença pode aparecer


mesmo após a consulta. Caso apareça algum sinal ou sintoma da doença a pessoa deve
retornar a Unidade de Saúde.

Todo caso novo de hanseníase precisa ser informado por meio da ficha de notificação


do Sinan com informações relativas à identificação e às características da doença no
momento do diagnóstico.

O profissional de saúde deve encorajar o paciente a chamar à unidade os contatos que


ainda não foram examinados ou realizar a busca ativa no domicílio. Em locais onde o
Formulário de Vigilância de Contatos ainda não está disponível, as informações essenciais
podem ser registradas no prontuário do caso índice.

É preciso informar mensalmente o número de contatos de hanseníase examinados por


meio do Boletim de Acompanhamento de Casos de Hanseníase. Este instrumento serve
também para informar o número de casos que recebeu alta e aqueles que continuam em
tratamento.

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Recursos complementares
Atividades Comunitárias (Dramatização) Tipo: MP4 (720p)
Ficha de Notificação Tipo: PDF
Formulário de Vigilância de Contatos Intradomiciliares de Hanseníase Tipo:
PDF
Boletim de Acompanhamento Tipo: PDF
Portaria nº 3.125, de 7 de outubro de 2010 Tipo: PDF
Guia de Vigilância Epidemiológica, SVS/MS, 2010 Tipo: PDF
Caderno de Atenção Básica nº21, SAS/MS, 2008 Tipo: PDF 
Links externos
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deste curso.

Sociedade Brasileira de Hansenologia

Organização Mundial da Saúde - Eliminação da Hanseníase

Hanseníase do Portal da Saúde

SAGE - Sala de Apoio à Gestão Estratégica

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 3.125 de 7 de outubro de 2010. Aprova as
diretrizes para vigilância, atenção e controle da Hanseníase. Diário Oficial da União 7 out
2010; Seção 1.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7ª ed. Brasília: Ministério da
Saúde; 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância em Doenças Transmissíveis. Plano integrado de ações estratégicas de
eliminação da hanseníase, filariose, esquistossomose e oncocercose como problema de
saúde pública, tracoma como causa de cegueira e controle das geo-helmintíases. Brasília:
Ministério da Saúde; 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico:


Situação da hanseníase no Brasil – análise de indicadores selecionados na última década
e desafios para eliminação. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em
Saúde, CGHDE, Volume 44, n. 11, 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Roteiro para Uso do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação – Sinan NET HANSENÍASE. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.
Hanseníase: capacitação para profissionais da APS. Ministério da Saúde, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Dicionário de dados – Sinan-NET, versão 4.0. Brasília:
Ministério da Saúde; 2010.

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