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Nota Proposta:______

Nota
Adquirida:______

Aluno (a):___________________________________________ 7º Ano


Professora: Luciane Modesto
Disciplina: Redação Data: ____de____________ de 2018
ACI de REDAÇÃO

Instruções:
 Preencha o cabeçalho corretamente;
 Leia a avaliação toda antes de começar responder e verifique se há falta de folhas ou questões
incompletas;
 Só será permitida a saída do aluno da sala de aula, com no mínimo 1 hora depois do início da
avaliação.
 Use somente caneta azul ou preta para responder as questões.
 O uso de corretivos e/ou questões rasuradas, ou feitas a lápis, não dará direito à revisão;
 Celulares e/ou outro meio eletrônico, devem permanecer desligados. O seu uso anulará a prova;
 Esta avaliação contém 11 questões. Confira!
 Releia a avaliação antes de entregar;
 A avaliação é individual e sem consulta; Não será permitido empréstimo ou troca de material durante
a avaliação.
 Concentre-se e bom trabalho.

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A
B
C
D
TEXTO I (VALOR 4,0) (_______)

TATUAGEM

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para


não proceder a manobras de ressuscitação em caso de parada cardíaca.
(Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78
anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa.
Foi procurar um  tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas
o que era para ser tatuado.
– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa
da inglesa.
Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.
– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” – ditou ela –, “favor não proceder à
ressuscitação”.
Uma pausa, e ela continuou:
– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está
cheio de ingratos.”
Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse,
mais ganharia.
Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado
como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.
– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de
mais três ou quatro mulheres.
Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma
coisa num bar ali perto.
Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem
especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela
vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se
tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)

1. O trecho da crônica que mostra que o cronista inspirou-se em um fato real é:


a) a notícia, retirada da internet, que introduz a crônica.
b) as manobras de ressuscitação praticadas pelos médicos.
c) a reprodução da conversa entre a secretária e o tatuador.
d) a história de amor entre a secretária e o tatuador.

2. O fato gerador do conflito que constrói a crônica é a secretária:


a) ser mais jovem que a enfermeira da notícia.          .
b) concluir que a vida não vale a pena.
c) achar romântica a história da enfermeira             
d) ter se envolvido com o tatuador.

3. Um trecho do texto que expressa uma opinião é:


a) “mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa.”
b) “o homem não comentou; perguntou apenas o que era para ser tatuado.”
c) “a vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”
d) “ela começou a chorar. ele consolou-a como pôde.”
4. O trecho do texto que retrata a consequência após o encontro da secretária com o tatuador é:
a) “Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia”.
b) “Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar”.
c) “E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la”.
D )” Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem”.

TEXTO 2 (VALOR 3,0) (_______)

ESPELHO NO COFRE
De volta de uma longa peregrinação, um homem carregava sua compra mais preciosa
adquirida na cidade grande: um espelho, objeto até então desconhecido para ele. Julgando
reconhecer ali o rosto do pai, encantado, ele levou o espelho para sua casa. Guardou-o num
cofre no primeiro andar, sem dizer nada a sua mulher. E assim, de vez em quando, quando se
sentia triste e solitário, abria o cofre para ficar contemplando “o rosto do pai”. Sua mulher
observou que ele tinha um aspecto diferente, um ar engraçado, toda vez que o via descer do
quarto de cima. Começou a espreitá-lo e descobriu que o marido abria o cofre e ficava longo
tempo olhando para dentro dele. Depois que o marido saiu, um dia ela abriu o cofre, e nele,
espantada, viu o rosto de uma mulher. Inflamada de ciúme, investiu contra o marido e deu-se
então uma grave briga de família. O marido sustentava até o fim que era o seu pai quem estava
escondido no cofre. Por sorte, passava pela casa deles uma monja.
Querendo esclarecer de vez a discussão, ela pediu que lhe mostrassem o cofre. Depois
de alguns minutos no primeiro andar, a monja comentou ainda lá de cima: — Ora, vocês estão
brigando em vão: no cofre não há homem nem mulher, mas tão somente uma monja como eu!
ESPELHO no cofre. In: Os cem melhores contos de humor da literatura universal. Seleção e tradução de Flávio
Moreira da Costa. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. p. 29-30.

O texto O espelho no cofre é um conto. Nele, a ação pode situar-se em qualquer época, mesmo
no futuro. No entanto, o espaço onde se passa a história costuma ser limitado. Pode existir mais
de um cenário, mas a ação principal geralmente transcorre num lugar só.
No conto, é o conflito que organiza a ação. É em torno dele, geralmente estabelecido nos
primeiros parágrafos, que a ação será desenvolvida e concluída.

5. A história ocorre:


a) num espaço aberto
b) num espaço fechado
c) dentro do cofre
d) no texto não há elementos para responder a pergunta

6. Em que consiste o humor do conto?


a) No homem reconhecer, no espelho, o rosto do pai.
b) Na mulher ver, no espelho, o rosto de uma mulher.
c) Na monja reconhecer, no espelho, outra monja, como ela.
d) No fato de que nenhuma das personagens conhece ou sabe para que serve um espelho.
7. Indique o clímax do texto.
a) O marido sustenta que era seu pai quem estava no cofre.
b) A mulher abre o cofre e vê sua própria imagem refletida no espelho.
c) A monja vê sua imagem no espelho.
d) Ocorre uma briga entre marido e mulher.

8. O importante, no conto, é:


a) A briga entre marido e mulher, ou seja, o conflito.
b) A intervenção da monja, isto é, o desfecho.
c) A mulher ter visto sua imagem no espelho.
d) O homem ter dito à mulher que era seu pai quem estava no cofre.

9. A palavra espreitar, no texto, tem como sinônimo:


a) Indagar.
b) Espremer.
c) Vigiar.
d) Olhar.

10. Em “Encantado, julgou reconhecer o rosto do pai”, percebe-se que:


a) O homem gostou de ter encontrado seu pai.
b) O homem havia comprado um espelho.
c) O homem parecia-se com o pai.
d) No espelho havia o retrato de seu pai.

PRODUÇÃO DE TEXTO.

11. Leia o conto abaixo e produza um final para ele. Lembre-se de que essa parte da narrativa
deve apresentar uma solução do conflito produzido pelas ações dos personagens.
(VALOR 3,0) (______)

O DEFUNTO VIVO

Em alguns arraiais do interior mineiro, quando morria alguém, costumavam buscar o


caixão na cidade vizinha, de caminhão. Certa feita, vinha pela estrada um caminhão com sua
lúgubre encomenda, quando alguém fez sinal, pedindo carona. O motorista parou.
- Se você não se incomodar de ir na carroceria, junto ao caixão, pode subir.
O homem disse que não tinha importância, que estava com pressa. Agradeceu e subiu. E
a viagem prosseguiu.
Nisto começa a chover. O homem, não tendo onde se esconder da chuva, vendo o caixão
vazio, achou melhor deitar-se dentro dele, fechando a tampa, para melhor abrigar-se. Com o
balanço da viagem, logo pegou no sono.
Mais na frente, outra pessoa pediu carona. O motorista falou:
- Se você não se importa de viajar com o outro que está lá em cima, pode subir.
O segundo homem subiu no caminhão. Embora achasse desagradável viajar com um
defunto num caixão, era melhor que ir a pé para o povoado.
De tempos em tempos, novos caronas subiam na carroceria, sentavam-se respeitosos em
silêncio, em volta do caixão, enquanto seguiam viagem.
Avizinhando-se o arraial, ao passar num buraco da estrada, um tremendo solavanco
sacode o caixão e desperta o dorminhoco que se escondera da chuva dentro dele.
[...]
       
(Weitzel, Antônio Henrique. Folclore literário e linguístico. Juiz de Fora, MG. EDUFJF, 1995)
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