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E o 616, cpc, enumera outras situações de pessoas que tem legitimidade concorrente, ou
seja, também podem propor a abertura do inventário.
Então o legitimado vai propor uma petição, comunicar o óbito do falecido, instruir a
petição com a certidão de óbito, pois é documento indispensável para propositura do
inventário, está no código civil, tem que provar o falecimento do “de cujus”; outro
documento indispensável é a prova de que a pessoa que está requerendo o procedimento
é a mesma pessoa que está na posse ou na administração dos bens do falecido, é o
cônjuge, ou herdeiro, etc., ou seja, tem que demonstrar que é legitimado. Pedi a
nomeação do inventariante, e atribui o valor da causa. O juiz vai nomear o inventariante
no rol do 617 CC, (que será abordado na próxima aula).
O art. 620 é uma receita de bolo. Então o que deve ser feito na peça: vai qualificar
pormenorizadamente o “de cujus”, vai qualificar pormenorizadamente o cônjuge ou
companheiro que o falecido deixou, qualificar todos os herdeiros (os que você
representa como advogado e os que não representa também), se não tiver a qualificação
dos que você não representa como advogado, coloque pelo menos o nome e o endereço
para que sejam citados/chamados para que entre no procedimento; depois vai relacionar
todos os bens deixado pelo de cujus, por exemplo: bens imóveis, empresas, dinheiro,
cotas em sociedades, etc.; vai relacionar as dívidas passivas (que o espólio tem para
receber; e as dívidas ativas ( que tem para pagar); expor toda a realidade do espólio,
essa é a função das primeiras declarações, mostrar o espelho pormenorizado de toda a
situação do espólio, para mostrar para o juiz, do Ministério Público, para todo os
interessados qual a realidade do espólio.
O inventariante tem que agir com transparência, pois pode sofrer consequências caso
não seja fiel com as informações, caso não seja transparente, ele pode ser: destituído
dessa função de inventariante; pode sofrer uma penalidade cível, tendo que indenizar o
espólio por algum prejuízo cometido; pode sofrer uma penalidade na esfera do direito
penal por ter cometido um delito, envolvendo a administração de bens. Ou seja, o
inventariante tem que ser transparente, tem que deixar claro todos os bens e obrigações
do espólio.
Nessa peça também, pede para citar os herdeiros que não representa também, para que
contrate os respectivos advogados, e que venha a fazer parte do procedimento, até
porque um dos deveres do inventariante é contribuir para o andamento do inventário.