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Durante a ocupação dos europeus na África, a divisão territorial do continente teve como
critério apenas os interesses dos colonizadores, não levando em conta as diferenças
étnicas e culturais da população local. Diversas comunidades, muitas vezes rivais, e que,
historicamente viviam em conflito, foram colocadas em um mesmo território, enquanto que
grupos de uma mesma etnia foram separados.
Além da rivalidade étnica, outros fatores intensificaram os conflitos, entre eles estão: o
baixíssimo nível socioeconômico de muitos países e a instalação de governos ditatoriais.
Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas contribuíram para os
confrontos entre as diferentes etnias. As duas potências, visando ao aumento de sua
influência política, econômica e ideológica no continente africano, forneceram armas e
apoio financeiro aos grupos rivais dentro de um mesmo país.
Entre os principais conflitos na África estão os que acontecem em Ruanda, Mali, Senegal,
Burundi, Libéria, Congo e Somália (conflitos étnicos). Outros, por disputas territoriais,
como, Serra Leoa, Somália e Etiópia, e também por questões religiosas, como o que
acontece na Argélia e no Sudão. Entre tantas políticas ditatoriais instaladas, a que teve
maior repercussão foi o Apartheid, na África do Sul - política de segregação racial que foi
oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder.