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Catarina Pedro Gimo Nota Capassula

CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRACAO PUBLICA

Direito Administrativo I

Docente :
MSC:

ISTAC
DELEGAҪẬO DA BEIRA

Caia: /2020
Índice

1.INTRODUÇÃO............................................................................................................................1
2. CONTRATO ADMINISTRATIVO EM ESPÉCIE..............................................................................2
2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.......................................2
2.1.1 São Regidos por Normas de Direito Público................................................................3
2.1.2 Consensual..................................................................................................................3
2.1.3 Formal.........................................................................................................................3
2.1.4 Oneroso.......................................................................................................................3
2.1.5 Comutativo..................................................................................................................3
2.1.6 Intuitu Personae..........................................................................................................3
3. Precisa ser Licitado...................................................................................................................4
3.1 Presença de Cláusulas Exorbitantes...................................................................................4
3.2 Alteração e rescisão unilaterais..........................................................................................4
4. Equilíbrio financeiro.................................................................................................................5
4.1 Reajustes de preços e tarifas..............................................................................................5
4.2 Excepção de contrato não cumprido..................................................................................5
4.3 Controle do contrato..........................................................................................................5
4.4 Aplicação de penalidades contratuais................................................................................6
4.6 Exigência de garantia..........................................................................................................6
4.7 Finalidade Pública...............................................................................................................6
5. Natureza de Contrato de Adesão............................................................................................6
5. 1 Mutabilidade.....................................................................................................................6
5.2 Submissão ao Direito Administrativo.................................................................................6
5.3 Desigualdade entre as partes.............................................................................................7
5.4 Bilateralidade.....................................................................................................................7
6. DIREITO E OBRIGAÇÕES DAS PARTES......................................................................................7
6.1 FORMAS DE EXTINÇÃO.......................................................................................................7
6.2 Conclusão do Objecto.........................................................................................................7
6.3 Término do Prazo...............................................................................................................8
7 . Rescisão...................................................................................................................................8
7.1 Rescisão administrativa.....................................................................................................8
7.2 Rescisão amigável...............................................................................................................8
7.3 Rescisão judicial.................................................................................................................8
7.4 Rescisão de pleno direito...................................................................................................9
7.5 Anulação.............................................................................................................................9
8. CONTRATO DE OBRA PÚBLICA.................................................................................................9
8.1 NATUREZA JURÍDICA..........................................................................................................9
8.2 DIREITO E OBRIGAÇÕES DAS PARTES.................................................................................9
8.3 FORMAS DE EXTINÇÃO.......................................................................................................9
9. CONTRATO DE SERVIÇO.........................................................................................................10
9.1 NATUREZA JURÍDICA........................................................................................................10
9.2 DIREITO E OBRIGAÇÕES DAS PARTES...............................................................................10
9.3 FORMAS DE EXTINÇÃO.....................................................................................................10
10. CONTRATO DE FORNECIMENTO...........................................................................................10
10.1 NATUREZA JURÍDICA......................................................................................................10
10.2 DIREITO E OBRIGAÇÕES DAS PARTES.............................................................................10
11. CONTRATO DE CONCESSÃO.................................................................................................11
11.1 Natureza Jurídica............................................................................................................11
11.2 Direito e Obrigações das Partes......................................................................................11
11.3 Caducidade.....................................................................................................................11
11.4 Rescisão.........................................................................................................................11
11.5 Anulação.........................................................................................................................11
12. CONTRATO DE GERENCIAMENTO........................................................................................12
12.1 NATUREZA JURÍDICA......................................................................................................12
13 CONTRATO DE GESTÃO.........................................................................................................12
13.1 NATUREZA JURÍDICA......................................................................................................12
14. CONCLUSÃO ........................................................................................................................12
15. REFERÊNCIAS................................................................................................................13
1.INTRODUÇÃO

O objectivo deste trabalho é analisar alguns contratos administrativos em espécies, quanto sua
base legislativa, natureza jurídica, conceito, características, direito e obrigações das partes,
formas de extinção.

Para o desenvolvimento do trabalho, foi utilizada a metodologia de revisão bibliográfica,


consubstanciada em livros de autores administrativistas e leis.

Como todos os contratos administrativos possuem características gerais, direitos e obrigações


gerais e as mesmas formas de extinção, no primeiro momento deste trabalho será analisado
cada um dos itens mencionados, e posteriormente as suas individualidades ao tratar do
contrato específico.

Quanto às características gerais dos contratos administrativos, as mesmas serão analisados


detalhadamente, sendo elas: São regidos por normas de Direito Público; Consensual; Formal;
Oneroso; Comutativo; Intuitu personae; Precisa ser licitado; Presença de cláusulas
exorbitantes; Presença da Administração Pública como Poder Público; Finalidade Pública;
Natureza de contrato de adesão; Mutabilidade; Submissão ao Direito Administrativo;
Desigualdades entre as partes; Bilateralidade.

Quanto as cláusulas exorbitantes, serão analisadas uma a uma, iniciando com a alteração e
rescisão unilaterais, equilíbrio financeiro, reajustes de preços e tarifas, exceção de contrato
não cumprido, controle do contrato, aplicação de penalidades contratuais e finalizando com as
exigências de garantia.

Quanto as formas de extinção dos contratos administrativos, serão analisados: conclusão do


objeto; término do prazo, rescisão; e anulação.
2. CONTRATO ADMINISTRATIVO EM ESPÉCIE

Primeiramente, antes de adentrar ao assunto referente aos contratos administrativos em


espécie, é importantíssimo diferenciar contratos da administração de contratos
administrativos.

Os contratos da administração são aqueles celebrados pela administração pública,


podendo ter o regime de direito privado ou de direito público.

A expressão contratos da Administração é utilizada, em sentido amplo, para abranger


todos os contratos celebrados pela Administração Pública, seja sob regime de direito
público, seja sob regime de direito privado. E a expressão contrato administrativo é
reservada para designar tão-somente os ajustes que a Administração, nessa qualidade,
celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para a consecução de fins
públicos, segundo regime jurídico de direito público.

A diferença fundamental existente entre os contratos celebrados sobre o regime de


direito privado e o de direito público é que naquele há igualdade entre os contratantes,
ou seja, a relação jurídica é horizontal, enquanto neste há desigualdade entre os
contratantes, ou seja, a relação jurídica é vertical, em virtude do princípio da supremacia
do interesse público em relação ao interesse privado.

Apesar de existirem diversas espécies de contratos administrativos serão abordados


neste trabalho apenas os contratos de obra pública, de serviços, de fornecimento, de
concessão, de gerenciamento e de gestão.

Porém, antes de adentrar nas especialidades de cada contrato administrativo, serão


abordados a seguir as características básicas dos contratos administrativos, os direitos e
obrigações das partes e por fim as formas de extinção.

2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Os contratos administrativos são regidos por normas e princípios próprios do direito


público, aos quais o direito privado age somente como complementar, jamais
derrogando ou substituindo regras privativas da Administração. O contrato
administrativo é sempre consensual, de modo geral formal, oneroso, comutativo e
intuitu personae. Além das características elencadas, para a celebração do contrato
administrativo é necessário que a Administração Pública realize a licitação, salvo se
houver dispensa ou inexigibilidade. Outra característica inerente do contrato
administrativo como já foi mencionado acima, e que difere do contrato privado é a
supremacia da Administração Pública, podendo este impor ao contratado as cláusulas
exorbitantes.

Diante das enumeras características dos contratos administrativos expostos pelos


autores, pode-se concluir que os contratos administrativos possuem as seguintes
características: a.) são regidos por normas de direito público; b.) consensual; c.) formal;
d.) oneroso; c.) comutativo; d.) intuitu personae; e.) precisa ser licitado, salvo nos casos
de dispensa ou inexigibilidade; f.) presença de cláusulas exorbitantes; g.) presença da
Administração Pública como Poder Público; h.) finalidade pública; i.) natureza de
contrato de adesão; j.) mutabilidade; k.) submissão ao direito administrativo; l.)
desigualdade entre as partes; m.) bilateralidade. A seguir será analisa cada uma das
características acima mencionadas.

2.1.1 São Regidos por Normas de Direito Público

os contratos administrativos são regidos por normas de Direito Público, utilizando


apenas as normas de direito privado como suplementar, não podendo a norma privada
sobrepor à pública.

2.1.2 Consensual

os contratos administrativos são sempre consensuais, pois há um acordo de vontade


entre as partes e não um ato unilateral e impositivo pela Administração.

2.1.3 Formal

Os contratos administrativos também são formais, ou seja, são escritos com requisitos
especiais, sendo raras as exceções em que os contratos administrativos são verbais.

2.1.4 Oneroso

Os contratos administrativos são onerosos porque são remunerados na forma


convencionada. Porém haverá contratos administrativos, aos quais a remuneração
poderá ser devida pela Administração Pública (contrato de obra pública) ou pelos
beneficiários (contrato de concessão).

2.1.5 Comutativo

Os contratos administrativos são comutativos porque uma parte se obriga a uma


prestação e a outra a uma contraprestação, ou seja, há obrigações recíprocas e
equivalentes para as partes.                         

2.1.6 Intuitu Personae

Os contratos administrativos são intuitu personae porque deve ser executado pelo
próprio contratado.

3. Precisa ser Licitado

Regra geral, a Administração Pública antes de contratar com terceiros precisa licitar,
porém haverá situações em que haverá dispensa ou inexigibilidade da licitação.             

3.1 Presença de Cláusulas Exorbitantes

A participação da Administração Pública com supremacia de poder acarreta algumas


peculiaridades aos contratos administrativos, as quais são denominadas de cláusulas
exorbitantes.
As cláusulas exorbitantes podem estar explícitas ou implícitas nos contratos
administrativos, com o intuito de proteger o interesse público em detrimento do
interesse privado, e as suas prerrogativas excedem ao direito comum com o intuito de
atribuir vantagens à Administração Pública.

3.2 Alteração e rescisão unilaterais

A Administração tem o poder de alterar e rescindir os contratos administrativos de


forma unilateral. Este poder advém do preceito de ordem pública, a qual o interesse
público deve prevalecer ao interesse privado. No entanto, a alteração unilateral do
contrato administrativo por parte da Administração Pública, deverá ser motivada,
alterando tão somente as cláusulas regulamentares ou de serviço, “sem modificar o
núcleo do objeto originalmente pactuado, sob pena de nulidade, e o modo de sua
execução”.

Com relação à alteração unilateral do contrato, pode-se citar como exemplo, o contrato
de fornecimento, o qual o contratado deverá fornecer cem carteiras para uma escola
pública. Suponha-se, que após as realizações das matriculas escolares, o diretor da
escola informa ao município que foram realizadas cento e vinte e cinco matrículas, ou
seja, vinte e cinco matrículas a mais das carteiras fornecidas pelo contratado. Desta
forma, poderá a Administração Pública alterar unilateralmente o contrato administrativo
para que o contratado forneça cento e vinte e cinco ou invés de cem carteiras.
Entretanto, como houve um aumento quantitativo, desta forma, deverá ser reajustado o
preço total do contrato, ou seja, deve ser multiplicado o valor unitário por cento e vinte
e cinco.Desta forma, conclui-se que a Administração Pública não pode ao bel prazer
alterar da forma que bem querer o contrato administrativo, e sim, somente poderá alterá-
lo em caso de modificação do projeto ou de especificações, para melhor adequação
técnica aos seus objetivos, como também diminuir ou aumentar a quantidade do objeto,
nos limites permitidos por lei.

4. Equilíbrio financeiro

Ao celebrar o contrato com a Administração, o contratado já sabe de cara, qual será seu
lucro obtido durante todo o contrato, entretanto, havendo alteração contratual, deverá o
mesmo ser reajustado para ocorrer o equilíbrio financeiro para não lesar as partes, tendo
em vista, que a alteração poderá ser para mais ou para menos.

4.1 Reajustes de preços e tarifas

O reajustamento contratual de preços e de tarifas é a medida convencionada entre as


partes contratantes para evitar que, em razão das elevações do mercado, da
desvalorização da moeda ou do aumento geral de salários no período de execução do
contrato administrativo, venha a romper-se o equilíbrio financeiro do ajuste.

É importante ressaltar, que o reajuste deve ser pré-fixado pelas partes no contrato
administrativo, inclusive o tipo de indexação que será utilizado para o reajuste.

Este reajustamento de preços e tarifas devem ser realizados para corrigir efeitos da
infração, evitando assim ruínas financeiras para o contratado, em decorrência do lapso
temporal longo para a execução de contratos complexos, como por exemplo, a
construção de uma obra.

4.2 Excepção de contrato não cumprido

A exceção de contrato não cumprido, ou seja, exceptio non adimpleti contractus, muito
utilizada nos contratos de direito privado, não poderá ser utilizada pelo contratado em
relação a Administração Pública, exceto no caso de inadimplemento por mais de 90
dias.

Em caso de inadimplemento da Administração Pública com o contratado, este não


poderá invocar a exceção de contrato não cumprido e paralisar a execução do contrato,
em virtude do princípio da continuidade do serviço público.

Entretanto, o contrário é possível, ou seja, em caso de inadimplência do contratado a


Administração Pública poderá invocar a exceção de contrato não cumprido, aplicar
penalidades e rescindir o controlle

4.3 Controle do contrato

SO controle do contrato exercido pela Administração Pública está consubstanciado em


prerrogativas de “adequá-los às exigências do momento, supervisionando,
acompanhando e fiscalizando a sua execução ou nela intervindo”.]

Ocorrendo a intervenção poderá a Administração Pública provisoriamente ou


definitivamente assumir a execução do contrato, utilizando toda a estrutura do
contratado, o indenizando posteriormente.

4.4 Aplicação de penalidades contratuais

A aplicação de penalidades contratuais, decorre da autoexecutoriedade dos atos


administrativos, ou seja, a Administração Pública não precisa de prévia autorização do
Poder Judiciário para aplicar as penalidades de advertência, multa, rescisão unilateral do
contrato, suspensão provisória, declaração de idoneidade para licitar e contratar com a
Administração.  Seria também incoerente a Administração Pública, poder fiscalizar sem
ter o instrumento necessário para impor ao contratado as suas prerrogativas.

4.6 Exigência de garantia

As exigências de garantia encontram-se capituladas no artigo 56, §1º, da Lei 8.666/93,


abrangendo as seguintes modalidades: caução em dinheiro ou títulos da dívida pública,
seguro-garantia e fiança bancária. A escolha do tipo de garantia fica a cargo do
contratado, e não poderá ultrapassar a 5% do valor do contrato, exceto no caso de
reajuste que importam a entrega de bens pela Administração. 

4.7 Finalidade Pública

A finalidade pública é o objetivo de todo ato ou contrato realizado pela Administração


Pública, mesmo aqueles contratos regidos pelo direito privado celebrados pela
Administração Pública. A Administração Pública deve ter sempre em vista o interesse
público, sob pena de desvio de poder.

5. Natureza de Contrato de Adesão

A autonomia da vontade cabe ao contratado aceitar ou não contratar com a


Administração Pública, uma vez aceito, não poderá alterar e nem suprimir cláusulas
contratuais.

O contrato administrativo tem natureza de contrato de adesão, tendo em vista, todas as


cláusulas do contrato vir expresso no instrumento convocatório da licitação, cabendo ao
contratado concorrer ou não para a licitação. Mesmo quando o contrato não é precedido
de licitação, é a Administração Pública quem impõe as cláusulas contratuais, fazendo
leis entre as partes, visando sempre o princípio da indisponibilidade do interesse
público.

5. 1 Mutabilidade

A mutabilidade é característica dos contratos administrativos, sendo que muitos


doutrinadores atribuem essa mutabilidade em decorrência das cláusulas exorbitantes. No
entanto a mutabilidade poderá ocorrer de outros fatores como a teoria do fato príncipe,
fato da administração e da imprevisão.

5.2 Submissão ao Direito Administrativo

Ao contrário do que acontece nos contratos privados, aos quais são regidos pelo Direito
Civil ou Empresarial, o contrato administrativo estão submetidos aos princípios e
normas de Direito Público, especialmente do Direito Administrativo, visando o
interesse público.

5.3 Desigualdade entre as partes

No contrato administrativo a Administração Pública encontra-se em um patamar


superior ao contratado, devido a supremacia do interesse público em relação ao privado.
Diferentemente do que acontece na celebração do contrato privado, aos quais as partes
estão em um nível horizontal de igualdade. No contrato administrativo existe a
verticalização, demonstrando a desigualdade entre as partes. As desigualdades
existentes entre as partes são decorridos de inúmeros fatores e dentre eles as cláusulas
exorbitantes.

5.4 Bilateralidade 

o contrato administrativo é composto por duas vontades, ou seja, a de contratar e a de


ser contratado, prevendo para ambos obrigações de prestação e de contraprestação.
6. DIREITO E OBRIGAÇÕES DAS PARTES

O principal direito da Administração, além dos consubstanciados nas cláusulas


contratuais e nos regulamentos próprios da espécie, visando à obtenção do objeto do
contrato, é o de exercer suas prerrogativas (item 1.2.2, Peculiaridades do contrato
administrativo) diretamente, isto é, sem a intervenção do Judiciário, ao qual cabe ao
contratado recorrer sempre que não concordar com as pretensões da Administração e
não lograr compor-se amigavelmente com ela.

O principal direito do contratado é o de receber o preço, nos contratos de colaboração


(execução de obras, serviços e fornecimentos), na forma e no prazo convencionados, ou,
do mesmo modo, a prestação devida pela Administração, nos contratos de atribuição
(concessão de uso de bens públicos e outros dessa espécie). A esse seguem-se o direito à
manutenção do equilíbrio financeiro, no caso de alteração unilateral, e o de exigir da
Administração o cumprimento de suas próprias obrigações, ainda que não consignadas
expressamente, como a de entregar o local da obra ou serviço livre de desembaraço, a
de não criar obstáculos ao normal andamento dos trabalhos e de expedir as necessárias
ordens de serviço, dentro dos prazos estabelecidos, se for o caso. O descumprimento
dessas obrigações dá ao particular o direito de pedir a rescisão judicial do contrato, com
a devida indenização por perdas e danos.

6.1 FORMAS DE EXTINÇÃO

As formas de extinção do contrato poderá vir a ocorrer devido o cumprimento integral


do contrato ou pelo término de seu prazo, ou pelo seu rompimento, por meio da rescisão
ou anulação.

6.2 Conclusão do Objecto

Ocorrendo de pleno direito quando as partes cumprem integralmente suas prestações


contratuais, ou seja, a realização do objeto do ajuste por uma delas e o pagamento do
preço pela outra. Concluído o objeto do contrato, segue-se sua entrega, pelo contratado,
e recebimento, pela Administração, mediante termo ou simples recibo [...] o
recebimento definitivo importa o reconhecimento da conclusão do objeto do contrato,
operando sua extinção.

Pode-se concluir que a extinção do contrato pela conclusão do objeto é a forma desejada
pelas partes ao contratarem, e que as demais salvo o término do prazo são extinções
acidentais não desejadas pelas partes

6.3 Término do Prazo

Alguns contratos administrativos existem limites de prazos para o seu término, como
acontece para as prestações de serviços continuados, cuja a duração é limitada em até
sessenta meses. Os de alugueis de equipamentos e de utilização de programas de
informática, terá o prazo de até quarenta e oito meses.

Uma vez encerrado o prazo do contrato não se prorroga, pois está extinto o contrato,
porém poderá ocorrer a prorrogação do contrato antes de sua extinção.
7 .Rescisão

Rescisão é o desfazimento do contrato durante sua execução por inadimplência de uma


das partes, pela superveniência de eventos que impeçam ou tornem inconveniente o
prosseguimento do ajuste ou pela ocorrência de fatos que acarretem seu rompimento de
pleno direito.

A extinção do contrato pela rescisão poderá ocorrer administrativamente, judicialmente,


amigavelmente ou de pleno direito.

Desta forma, conclui-se que a rescisão contratual é uma forma prematura de extinção do
contrato, pois não houve a concretização do objeto e nem a sua integral remuneração.     

7.1 Rescisão administrativa

A rescisão administrativa é ato próprio unilateral da Administração Pública, e poderá


ocorrer nos casos de interesse público ou inadimplência do contratado.                     

7.2 Rescisão amigável

A rescisão amigável é aquela realizada por mútuo consentimento das partes, ou seja,
através do distrato.

7.3 Rescisão judicial

A rescisão judicial é aquela realizada pelo Poder Judiciário, proposta por qualquer uma
das partes, ou seja, pelo contratado ou pela Administração Pública.

7.4 Rescisão de pleno direito

Rescisão de pleno direito é a que se verifica independentemente de manifestação de


vontade de qualquer das partes, diante da só ocorrência de fato extintivo do contrato
previsto em lei, no regulamento ou no próprio texto do ajuste, tais como o falecimento
do contratado, a dissolução da sociedade, a falência da empresa, a insolvência civil, o
perecimento do objeto contratado e demais eventos de efeitos semelhantes.

A rescisão de pleno direto é meramente declaratório e seus efeitos retroagem a data do


evento rescisório (ex tunc). A rescisão de pleno direito poderá ocasionar indenização ou
não, dependendo do que foi convencionado ou regulamentado no contrato.

7.5 Anulação

É importante ressaltar que o contrato administrativo nulo não gera obrigações e direitos
entre as partes, e sim, somente em relação à terceiros de boa-fé. No entanto, todos os
trabalhos realizados pelo contratado deverá a Administração remunerá-los, isto não
significa obrigação contratual e sim moral e legal para não haver enriquecimento ilícito.
Os efeitos da anulação do contrato administrativo retroagem a sua origem (ex tunc), e
poderá ser feito administrativamente ou judicialmente.
8. CONTRATO DE OBRA PÚBLICA

8.1 NATUREZA JURÍDICA

O contrato de obra pública tem natureza jurídica de contrato administrativo, regido por
normas de direito público, como característica essencial a participação da
Administração pública num dos polos do contrato, com supremacia de poder, o qual não
ocorre nos contratos regidos pelo direito privado, pois nestes consiste na igualdade entre
as partes.

Pode-se citar como exemplo de supremacia de poder as cláusulas exorbitantes, pois são
utilizadas pela Administração Pública como prerrogativas para atender o interesse
público.

8.2 DIREITO E OBRIGAÇÕES DAS PARTES

Os direitos e obrigações são os mesmos tratados no item 2.2, porém no caso dos
contratos de obra pública o principal direito da Administração Pública é a entrega do
objeto do contrato (construção, reforma ou ampliação) e do contratado é o recebimento
integral da obra.

Com relação as obrigações há a inversão da ordem, ou seja, a principal obrigação da


Administração Pública é remunerar o contratado e este realizar o objeto contratado.

8.3 FORMAS DE EXTINÇÃO

As formas de extinção dos contratos de obras públicas são os mesmos tratados de


acordo com a lei.

9. CONTRATO DE SERVIÇO

9.1 NATUREZA JURÍDICA

O contrato de serviço tem natureza jurídica de contrato administrativo, regido por


normas de direito público, como característica essencial a participação da
Administração pública num dos polos do contrato, com supremacia de poder, o qual não
ocorre nos contratos regidos pelo direito privado, pois nestes consiste a igualdade entre
as partes.

Pode-se citar como exemplo de supremacia de poder as cláusulas exorbitantes, pois são
utilizadas pela Administração Pública como prerrogativas para atender o interesse
público.

9.2 DIREITO E OBRIGAÇÕES DAS PARTES

Os direitos e obrigações são os mesmos tratados no item 2.2, porém no caso dos
contratos de serviço o principal direito da Administração Pública é a entrega do objeto
do contrato (demolição, conserto, instalação, etc) e do contratado é o recebimento
integral da obra.
Com relação as obrigações seria a inversão da ordem, ou seja, a principal obrigação da
Administração Pública é remunerar o contratado e este realizar o objeto do contratado.

9.3 FORMAS DE EXTINÇÃO

As formas de extinção dos contratos de serviços são os mesmos tratados no item 2.3.

10. CONTRATO DE FORNECIMENTO

10.1 NATUREZA JURÍDICA

O contrato de fornecimento tem natureza jurídica de contrato administrativo, regido por


normas de direito público, como característica essencial a participação da
Administração pública num dos polos do contrato, com supremacia de poder, o qual não
ocorre nos contratos regidos pelo direito privado, pois nestes consiste a igualdade entre
as partes.

Pode-se citar como exemplo de supremacia de poder as cláusulas exorbitantes, pois são
utilizadas pela Administração Pública como prerrogativas para atender o interesse
público.

10.2 DIREITO E OBRIGAÇÕES DAS PARTES

Os direitos e obrigações são os mesmos tratados no item 2.2, porém no caso dos
contratos de fornecimento o principal direito da Administração Pública é receber os
bens móveis ou semoventes contratados (materiais, produtos industrializados, gêneros
alimentícios, etc) e do terceiro é de ser remunerado pela Administração Pública pelos
bens que forneceu.

Com relação as obrigações seria a inversão da ordem, ou seja, a principal obrigação da


Administração Pública é remunerar o contratado e este de fornecer bens móveis ou
semoventes para a aquela.

11. CONTRATO DE CONCESSÃO

11.1 Natureza Jurídica

existem várias teorias sobre a natureza jurídica da concessão de serviço público, no


entanto, sendo as teorias unilaterais, bilaterais e mistas.

na teoria unilateral por se tratar de um ato unilateral, “para outros, seria composta por
dois atos unilaterais distintos, um de império e outro referente aos dispositivos sobre
remuneração do contrato, revestido de natureza particular e regido pelo direito privado”.

Teoria mista: considera a concessão de serviço público um complexo de relações


jurídicas distintas e heterogêneas ligadas em torno da delegação da execução de serviço
público e particulares.
11.2 Direito e Obrigações das Partes

O contrato de concessão de serviço público é composto de três partes, ou seja, o


concedente, concessionário e o usuário. O concedente é a Administração Pública que
concede à um terceiro explorar o serviço público, por meio de concessão, permissão ou
autorização. O concessionário é quem deve prestar o serviço público e por isso deverá
ser remunerado através de tarifa paga pelo usuário. O usuário é aquele que está sendo
beneficiado pelo serviço público prestado por um terceiro, delegado pela Administração
Pública.

11.3 Caducidade

a caducidade “consiste na modalidade de extinção da concessão devido à inexecução


total ou parcial do contrato ou pelo descumprimento de obrigações a cargo da
concessionária”.

11.4 Rescisão

contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de


descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial
especialmente intentada para esse fim”.

11.5 Anulação

A anulação poderá ser interposta de ofício ou por provocação administrativamente ou


por provocação judicialmente. A anulação deve estar motivada por ilegalidade ou
defeito no contrato. Tratando-se de anulação contratual, não há de se falar em
indenização, porém se o concessionário tenha executado parte do contrato, deverá ser
ressarcido, desde não tenha dado causa para a anulação.

12. CONTRATO DE GERENCIAMENTO

12.1 NATUREZA JURÍDICA

O contrato de gerenciamento tem natureza jurídica de contrato administrativo, regido


por normas de direito público, como característica essencial a participação da
Administração pública num dos polos do contrato, com supremacia de poder, o qual não
ocorre nos contratos regidos pelo direito privado, pois nestes consiste a igualdade entre
as partes.

Pode-se citar como exemplo de supremacia de poder as cláusulas exorbitantes, pois são
utilizadas pela Administração Pública como prerrogativas para atender o interesse
público.
13 CONTRATO DE GESTÃO

13.1 NATUREZA JURÍDICA

Trata-se mais de um acordo operacional – acordo de Direito Público – pelo qual o órgão
superior da Administração direta estabelece, em conjunto com os dirigentes da entidade
contratada, o programa de trabalho, com a fixação de objetivos a alcançar, prazos de
execução, critérios de avaliação de desempenho, limites para despesas, assim como o
cronograma da liberação dos recursos financeiros previstos.
14. CONCLUSÃO .

Diversas foram as características analisadas nos contratos administrativos, iniciando


pelo seu regime jurídico. Os contratos administrativos são regidos pelo direito público,
no entanto, utiliza-se como norma suplementar o direito privado.

De modo geral os contratos administrativos são formais, com raras exceções, alguns
contratos podem ser verbais.

Os contratos administrativos são onerosos porque são remunerados na forma


convencionada.

Um dos poderes inerentes da Administração Pública é o controle do contrato, a qual


exerce adequando as exigências do momento, supervisionando, acompanhando e
fiscalizando a sua execução ou nela intervindo.

E por fim, a última cláusula exorbitante que a Administração Pública pode se utilizar no
contrato administrativo é a exigência de garantia. Os tipos de garantias em que a
Administração Pública pode exigir do contratado é o caução em dinheiro ou em títulos
da dívida pública, seguro-garantia e fiança bancária. A escolha do tipo de garantia fica a
cargo do contratado e não poderá ultrapassar a cinco por cento do valor contratado.

Outra característica dos contratos administrativos é a presença da Administração


Pública como Poder Público. O Poder Público é exercido através de prerrogativas como
as cláusulas exorbitantes ou privilégios, em virtude de sua posição de supremacia sobre
o particular.

A finalidade pública é uma das características dos contratos administrativos celebrados


pela Administração Pública. Caso a Administração Pública celebre um contrato
administrativo com o particular sem finalidade pública, haverá desvio de poder.
15. REFERÊNCIAS 

ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado.


16. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Método, 2008.

______. Resumo de administrativo descomplicado. 3ª. ed. rev. e atual. São Paulo:
Editora Método, 2010.

______. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993: Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências.

______. Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995: Dispõe sobre o regime de concessão e


permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição
Federal, e dá outras providências..

______. Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998: Dispõe sobre a qualificação de entidades


como organizações sociais, a criação do Programa Nacional de Publicização, a extinção
dos órgãos e entidades que menciona e a absorção de suas atividades por organizações
sociais, e dá outras providências.

______. Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998: Dispõe sobre a organização da


Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências.

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