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BIOLOGIA 3º ano

Realizar a leitura dos textos com muita atenção e resolver todos os exercícios propostos. Os mesmos devem ser
entregues na escola na data marcada pala coordenação.

A nova ordem da vida

Em sã consciência, poucas pessoas se arriscariam a colocar lado a lado porcos e baleias, como se fossem parentes
próximos. Sair chamando galinhas de dinossauros ou cobras, animais rastejantes por excelência, de bichos de quatro
patas causaria um grau parecido de estranheza. Contudo, mudanças como essas, com cara de absurdo, mas
fundamentadas pela própria história da vida na Terra, são algumas das consequências mais instigantes do PhyloCode
(uma abreviação inglesa para “código filogenético”), um novo sistema para denominar e classificar os seres vivos,
que promete reconduzir a evolução, de longe a ideia mais importante e unificadora da Biologia, de volta a seu
devido lugar.

O principal idealizador do PhyloCode é o americano Kevin de Queiroz, um californiano de 45 anos que é, ele
próprio, um enigma classificatório. “Sim, o meu sobrenome é português”, diz Queiroz, “mas o meu avô era mexicano
e se chamava Padilla. Ele mudou de nome várias vezes, volta e meia adotando nomes portugueses. Queiroz é o
nome que ele usava quando meu pai nasceu.” Para completar, o especialista em répteis do museu Nacional de
História Natural, em Washington, também tem sangue japonês. “Acho que meus nomes e meu sangue são bem
misturados”, brinca.

De qualquer maneira, essa confusão genealógica não atrapalhou os traços característicos da personalidade do
pesquisador: ordem, lógica, coerência interna. “Eu sou uma pessoa que se esforça muito para ser logicamente
consistente. E, além disso, gosto muito de pensar sobre as consequências lógicas das coisas, e isso às vezes leva a
ideias novas, como a nomenclatura filogenética.”

Apesar de esquisita, essa palavrinha de origem grega tem um significado que não é nem um pouco extravagante:
a filogenia consiste em olhar a diversidade das formas de vida como uma grande família, organizando criaturas em
grupos de parentesco e descendência. Tudo muito de acordo com a biologia evolutiva, sem dúvida.

Mas acontece que a maneira usada para organizar os seres vivos há quase 250 anos, argumenta Queiroz, não leva
esse princípio básico em conta. De fato, o sistema até hoje usado para designar as formas de vida, conhecido de
qualquer um que já tenha usado o indefectível Homo sapiens para incrementar uma redação de colégio, é a
nomenclatura lineana.

Seu criador, o botânico sueco Carl von Linné ou Carolus Linaeus (1707-1778), elaborou o conceito de um nome
duplo, ou binômio, de origem latina ou grega, cujo primeiro termo (Homo) designava o gênero, um agrupamento
mais amplo de organismos, enquanto o segundo (sapiens) era o nome pessoal e intransferível de cada espécie. As
espécies lineanas eram agrupadas em gêneros, depois em famílias, ordens (a da humanidade, até hoje, é a dos
primatas), classes e reinos.

De qualquer lado que se olhe, a arquitetura teórica de Lineu (como é geralmente chamado em português) foi um
avanço mais do que respeitável: para dar uma ideia, naturalistas europeus da era pré-lineana eram obrigados a
chamar uma simples roseira silvestre de Rosa sylvestris alba cum rubore folio glabro. O binômio de Lineu reduziu ao
mínimo necessário essa tagarelice latina e, de quebra, suas categorias ajudaram a impor um pouco de critério
científico, como o uso de semelhanças anatômicas, em uma época em que os animais eram divididos em selvagens e
domésticos, ou terrestres, aquáticos e aéreos.

Rebocado, pintado e ampliado, o edifício lineano continua firme, de pé. O grande problema, porém, é que Lineu
fixou seu sistema em 1758 – exatos 101 anos antes da publicação de A origem das espécies, de Charles Darwin, o
livro que instala de vez a evolução no trono da Biologia. Para Lineu, as subdivisões da vida eram só um recurso
prático, organizacional: “A invariabilidade das espécies é a condição da ordem [na natureza]”, proclamava o
naturalista, filho de um pastor luterano. É difícil achar algo mais distante do que queria Darwin: “Nossas
classificações deverão se tornar, até onde for possível adequá-las, genealogias”. A frase, não por acaso, abre o artigo
de Queiroz que se tornou o embrião do PhyloCode. [...]

LOPES, Reinaldo José. A nova ordem da vida. Folha de S.Paulo, 12 maio 2002.

Agora, responda às questões.

1. Após a leitura completa do texto, explique o título do artigo.

2. Em uma folha à parte, faça um levantamento dos temas tratados e das palavras e expressões que suscitaram
dúvidas.

releia o texto A nova ordem da vida para responder às questões.

1. Qual é a relação entre o nome do pesquisador e a ascendência dele com o tema tratado no texto?

2. De acordo com o autor do texto, quais são as características necessárias para ser um bom pesquisador?

3.De acordo com o texto, o que significa filogenia?

4. Quais são as características da nomenclatura lineana descritas no texto?

5. Quais foram os avanços da proposta de Lineu?

6. Explique o significado da frase: “rebocado, pintado e ampliado, o edifício lineano continua firme, de pé”.

7. Qual é a crítica de Queiroz ao sistema proposto por Lineu?

Inclassificáveis Arnaldo Antunes

que preto, que branco, que índio o quê?

que branco, que índio, que preto o quê?

que índio, que preto, que branco o quê?

que preto branco índio o quê?

branco índio preto o quê?

índio preto branco o quê?

aqui somos mestiços mulatos

cafuzos pardos mamelucos sararás

crilouros guaranisseis e judárabes

orientupis orientupis

ameriquítalos luso nipo caboclos

orientupis orientupis

iberibárbaros indo ciganagôs

somos o que somos

Inclassificáveis
não tem um, tem dois,

não tem dois, tem três,

não tem lei, tem leis,

não tem vez, tem vezes,

não tem deus, tem deuses,

não há sol a sós

aqui somos mestiços

mulatos cafuzos pardos tapuias tupinamboclos

americarataís yorubárbaros.

somos o que somos

Inclassificáveis

que preto, que branco, que índio o quê?

que branco, que índio, que preto o quê?

que índio, que preto, que branco o quê?

não tem um, tem dois,

não tem dois, tem três,

não tem lei, tem leis,

não tem vez, tem vezes,

não tem deus, tem deuses,

não tem cor, tem cores,

não há sol a sós

egipciganos tupinamboclos

yorubárbaros carataís

caribocarijós orientapuias

mamemulatos tropicaburés

chibarrosados mesticigenados

oxigenados debaixo do sol

© by Universal Music Publishing MGB Brasil ltda. / Rosa Celeste Empreendimentos Artísticos ltda.

Após a leitura da letra , responda às questões:

1.Sobre qual espécie a música faz referência? Como é possível perceber isso?

2. Que recurso o autor utiliza para defender a ideia de que somos inclassificáveis?

3. É possível afirmar que somos inclassificáveis apenas pela cor da pele?


4. Qual a tese defendida pelo autor da canção?

5. Qual é a sua opinião sobre o tema?

Classificação dos Seres Vivos


A sistemática é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações
filogenéticas entre os organismos.

Inclui a taxonomia (ciência da descoberta, descrição e classificação das espécies e grupo de espécies, com suas
normas e princípios) e também a filogenia (relações evolutivas entre os organismos). Em geral, diz-se que
compreende a classificação dos diversos organismos vivos. Em biologia, os sistematas são os cientistas que
classificam as espécies em outros táxons a fim de definir o modo como eles se relacionam evolutivamente.

O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plantas e animais
conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as relações
evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em características externas.

Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem
disponíveis para os táxons em questão. é a esse conjunto de investigações a respeito dos táxons que se dá o
nome de Sistemática. Nos últimos anos têm sido tentadas classificações baseadas na semelhança entre genomas,
com grandes avanços em algumas áreas, especialmente quando se juntam a essas informações aquelas oriundas
dos outros campos da Biologia.

A classificação dos seres vivos é parte da sistemática, ciência que estuda as relações entre organismos, e
que inclui a coleta, preservação e estudo de espécimes, e a análise dos dados vindos de várias áreas de
pesquisa biológica.

O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que ordenou os animais pelo tipo de
reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e
forma de cultivo.

Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o atual sistema de categorias, ainda
baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa
de tais semelhanças, este sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação
atual. Lineu fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia atual.

A partir de Darwin a evolução passou a ser considerada como paradigma central da Biologia, e com isso evidências
da paleontologia sobre formas ancestrais, e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No
século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso recente da genética
molecular na comparação de códigos genéticos. Programas de computador específicos são usados na análise
matemática dos dados.

Em fevereiro de 2005 Edward Osborne Wilson, professor aposentado da Universidade de Harvard, onde cunhou o
termo biodiversidade e participou da fundação da sociobiologia, ao defender um "projeto genoma" da biodiversidade
da Terra, propôs a criação de uma base de dados digital com fotos detalhadas de todas a espécies vivas e a
finalização do projeto Árvore da vida. Em contraposição a uma sistemática baseada na biologia celular e molecular,
Wilson vê a necessidade da sistemática descritiva para preservar a biodiversidade.

Do ponto de vista econômico, defendem Wilson, Peter Raven e Dan Brooks, a sistemática pode trazer
conhecimentos úteis na biotecnologia, e na contenção de doenças emergentes. Mais da metade das espécies do
planeta é parasita, e a maioria delas ainda é desconhecida.

De acordo com a classificação vigente as espécies descritas são agrupadas em gêneros. Os gêneros são reunidos,
se tiverem algumas características em comum, formando uma família. Famílias, por sua vez, são agrupadas em uma
ordem. Ordens são reunidas em uma classe. Classes de seres vivos são reunidas em filos. E os filos são,
finalmente, componentes de alguns dos cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia).
A classificação biológica ou taxonomia é um sistema criado em 1735 pelo botânico, zoólogo e médico sueco Carlos Lineu
que organiza os seres vivos em grupos ou categorias, de acordo com características em comum e relações de proximidade
evolutiva.

O desenvolvimento desse sistema permitiu uma maior organização por parte dos biólogos em relação à biodiversidade
dos seres vivos encontrados na natureza, de acordo com as características e os critérios utilizados para esse agrupamento.

1 Categorias da classificação

De acordo com Lineu, a espécie é a unidade básica de classificação. Esse termo é definido como o agrupamento de
indivíduos que apresentam características semelhantes e com capacidade de se cruzar em condições naturais. A partir
disso, produzem descendentes férteis mesmo isolados reprodutivamente de indivíduos de outras espécies.

Assim, estabeleceu-se que as categorias básicas de classificação são:

Reino – Filo – Classe – Ordem – Família – Gênero – Espécie

Sendo que o Reino é a categoria mais abrangente e a espécie, a mais específica.

2 Nomenclatura Biológica dos Seres Vivos

Todas as espécies encontradas na natureza precisam ser “batizadas”. No entanto, para que ela fosse conhecida apenas
por um único nome por todos os cientistas do mundo todo, foi criada um sistema de nomenclatura para facilitar essa
identificação.

O chamado nome científico deve ser elaborado sempre de maneira binomial, ou seja, dois nomes. O primeiro deve
designar o gênero e o segundo, um adjetivo que especifique alguma característica marcante ou a espécie.

Além disso, a nomenclatura científica é sempre citada com inicial maiúscula no primeiro termo, sendo que o nome deve
estar destacado sempre que estiver inserido em qualquer texto, seja em itálico (o mais comum), em negrito ou
sublinhado.

Exemplo de classificação taxonômica

Observe abaixo a classificação taxonômica da espécie humana:

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia
Ordem: Primata

Família: Hominidae

Gênero: Homo

Espécie: Homo sapiens

Exercícios
01 - (Unifesp-SP) -―Em uma área de transição entre a mata atlântica e o cerrado, são encontrados o pau-d’arco (Tabebuia
serratifolia), a caixeta (Tabebuia cassinoides) e alguns ipês (Tabebuia aurea, Tabebuia alba, Cybistax antisyphillitica). O cipó-
de-são-joão (Pyrostegia venusta) é também freqüente naquela região.

Considerando os critérios da classificação biológica, no texto são citados

a) 3 gêneros e 3 espécies

b) 3 gêneros e 4 espécies

c) 3 gêneros e 6 espécies

d) 4 gêneros e 4 espécies

e) 4 gêneros e 6 espécies

02 - (UEPG-PR) Analise as espécies:

I. Homo erectus

II. Homo sapiens

III. Homo sapiens neanderthalensis

Podemos dizer que os indivíduos acima pertencem:

a) Ao mesmo gênero e família, e todos estão escritos corretamente de acordo com as regras de nomenclatura científica.

b) À mesma classe e ordem, e todos estão escritos corretamente.

c) Ao mesmo reino, e todos estão escritos corretamente.

d) Ao mesmo filo, e o último deles contém gênero, espécie e subespécie de acordo com a nomenclatura trinominal.

e) À mesma espécie e filo, e nem todos estão escritos de forma correta.

03 - (UFLA-MG) Em relação à sistemática e nomenclatura zoológica, pode-se afirmar que

I. Os nomes genéricos devem ser escritos com a primeira letra maiúscula e destacada do restante do texto.

II. A ordem hierárquica das categorias taxonômicas é: reino, filo, ordem, classe, família, gênero e espécie.

III. A escrita correta para a espécie humana, seguindo as regras de nomenclatura, é Homo sapiens.

IV. Os nomes da categoria da família em animais são sempre terminados em –idae, como, por exemplo, Felidae e Viperidae.

Assinale a alternativa CORRETA:

a) Somente as afirmativas II e III são corretas.

b) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.


04 - (UFPI-PI) Segundo a classificação dos animais, numere a segunda coluna, de acordo com a primeira. Logo após, indique a
alternativa em que se acha a seqüência correta,

1ª coluna 2ª coluna

1. Arthropoda ( ) Espécie

2. Reptilia ( ) Família

3. Ascaris lumbricoides ( ) Filo

4. Canidae ( ) Classe

5. Bothrops ( ) Gênero

A seqüência correta de cima para baixo é: a) 3-1-2-4-5

b) 5-4-1-3-2

c) 3-4-1-2-5

d) 2-5-4-3-1

e) 5-1-3-4-2

05 - (UPE-PE) - Dentre as categorias taxonômicas apresentadas abaixo, assinale aquela na qual os indivíduos apresentam maior
grau de características semelhantes.

a) Ordem

b) Classe

c) Família

d) Reino

e) Gênero

06 - (Unesp-SP) - Considerando o sistema de classificação taxonômica, se duas espécies pertencem a duas famílias diferentes,
então:

a) podem pertencer ao mesmo gênero.

b) podem pertencer à mesma ordem.

c) obrigatoriamente são da mesma classe.

d) pertencem a gêneros diferentes, mas não a ordens diferentes.

7. Se reunirmos as famílias Canidae (cães), Ursidae (ursos), Hienidae (hienas) e Felidae (leões), veremos que todos
são carnívoros, portanto, pertencem à (ao) mesma (o):
A) espécie
B) ordem
C) subespécie
D) família
E) gênero

8. Qual dos seguintes grupos inclui organismos mais relacionados entre si?
A) filo
B) família
C) gênero
D) espécie
E) raça

9. O nome científico do leão é Felis leo, do gato é Felis domesticus. Os dois animais pertencem a diferentes:
A) filos
B) famílias
C) ordens
D) espécies
E) reinos

10. Em termos da classificação de animais e de plantas, o nível correspondente ao filo entre animais corresponde,
entre vegetais, a:
A) superfamília
B) família
C) divisão
D) classe
E) ordem

11. A sequência hierárquica das categorias Taxonômicas é:


A) filo, classe, ordem, família, gênero;
B) gênero, família, ordem, filo, classe;
C) filo, classe, família, ordem, gênero;
D) classe, filo, gênero, família, ordem;
E) ordem, classe, filo, gênero, família.

12. O homem e o gorila pertencem à mesma ordem. São primatas. Pertencem também, obrigatoriamente:
A) à mesma espécie;
B) ao mesmo gênero;
C) à mesma espécie e ao mesmo gênero;
D) ao mesmo: reino, filo e classe;
E) ao mesmo reino e à mesma espécie.

Leitura
Novo macaco nas árvores da Amazônia
A recente descoberta de um primata na Amazônia, o zogue-zogue-rabo-de-fogo (Callicebus miltoni), demonstra que ainda há
muito para se conhecer sobre a região. O animal foi primeiro avistado no estado de Mato Grosso em 2011. Agora, pesquisadores
do Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais (Pró-Carnívoros), do Instituto de Desenvolvimento Sustentável
Mamirauá e do Museu Paraense Emílio Goeldi publicaram a descrição completa da espécie [...].
Para confirmar que era uma nova espécie, foram realizadas comparações de coloração da pelagem e de medidas do corpo e
do crânio do animal com as de outras espécies do gênero. “O padrão de coloração peculiar já foi suficiente para constatarmos
que se tratava de uma espécie nova”, conta [Felipe] Silva [biólogo que participou da descoberta]. “Posteriormente, uma análise
molecular comparando o material genético de C. miltoni com o de espécies vizinhas também confirmou sua singularidade.”
[...] Embora os pesquisadores ainda não tenham dados de campo a respeito do comportamento da espécie, os animais desse
gênero costumam viver em pequenos grupos, de dois a seis indivíduos, que geralmente têm um filhote por ano (esses grupos,
em geral, apresentam apenas uma fêmea reprodutiva). Os Callicebus têm cerca de 30 centímetros de comprimento, possuem
hábitos arborícolas e diurnos e a sua alimentação consiste principalmente de frutos.
Apesar de recém-descoberto, o zogue-zogue- -rabo-de-fogo já pode estar correndo risco de extinção. De acordo com Silva, a
perda de hábitat é fator crítico para a manutenção da espécie.
O pesquisador ressalta a importância da realização de expedições científicas para se obter cada vez mais conhecimento
sobre a nossa biodiversidade e, assim, permitir a elaboração de medidas de conservação. [...] “A região onde essa espécie se
encontra sofre uma grande pressão do desmatamento causado por motivos diversos, como o corte seletivo de árvores para fins
comerciais”, destaca o biólogo. “Obras para a construção de estradas e hidrelétricas na área também devem influenciar o status
de conservação dessa espécie em longo prazo. Somente nos rios Aripuanã e Roosevelt, sete hidrelétricas estão previstas para
serem implementadas nos próximos anos”, alerta.
LOPES, E. Novo macaco nas árvores da Amazônia. Ciência Hoje on-line. 05 maio 2015. Disponível em: . Acesso em: 28 mar. 2016.
DEPOIS DA LEITURA...
a. Os pesquisadores se basearam em algumas observações para concluir que haviam identificado uma nova espécie. Que
observações foram essas?
b. Justifique a preocupação do cientista no trecho: “O pesquisador ressalta a importância da realização de expedições científicas
para se obter cada vez mais conhecimento sobre a nossa biodiversidade e, assim, permitir a elaboração de medidas de
conservação”.

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