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MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO

E TRANSPORTE
AULA 4 E 5 – POLIAS E TAMBORES

PROF.: KAIO DUTRA


Polias
◦As polias podem ser fabricadas nos dois
tipos:
◦ Móveis: Movimentam-se com o movimento
da carga, normalmente usada para distribuir
a carga nos órgãos flexíveis;
◦ Fixas: Não movimentam-se com a
movimentação da carga e possuem a função
de mudar a direção dos órgão flexíveis.

Prof.: Kaio Dutra


Polias Fixas
◦ Uma extremidade do cabo, que passa sobre a polia, é
carregada com a carga Q e a outra tracionada com a carga Z.
Desprezando-se a resistência na polia, a força de tração Z
seria igual a Q.
◦ Porém, na realidade, Z>Q por causa das resistências na polia
(resistência à flexão e resistência de atrito nos mancais).
◦ A relação Z/Q é chamada de resistência da polia:
𝑍
◦𝜖 =
𝑄
◦ Onde o inverso recebe o nome de rendimento da polia:
1
◦𝜂 =
𝜖

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Polias Fixas
◦ O fator de resistência da polia pode ser calcula pela
seguinte equação empírica:
𝑑 𝑑′
◦ 𝜖 = 1 + 0,1 +𝜇
𝐷−10 𝑅
𝑑
◦ Na equação o termo 0,1 representa a resistência do cabo com a
𝑑 ′ 𝐷−10
polia e o termo 𝜇 a resistência do mancal da polia.
𝑅
◦ Onde:
◦ d - diâmetro do cabo (cm);
◦ D - diâmetro da polia (cm);
◦ d‘ - diâmetro do eixo da polia (cm);
◦ R - Raio da polia (cm);
◦ 𝜇 – Coeficiente de atrito da polia com o cabo.
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Polias Móveis
◦ Essas polias tem eixos móveis, sobre os
quais são aplicadas as cargas. Existem
polias dois tipos de configuração de
polias móveis:
◦ Para ganho em força: Nesta configuração a
carga é acoplada em um gancho na polia e um
motor traciona o cabo com uma tensão Z.
◦ Para ganho em velocidade: Nesta configuração
a carga é erguida pelo cabo que passa pela
polia e o motor ergue a polia com a carga Z.

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Polias Móveis – Ganho de Força
◦Neste caso a carga é erguida a uma velocidade
duas vezes menor que a velocidade do cabo:
◦ Vcarga = Vcabo/2
◦Quanto a resistência da polia:
𝜖
◦𝑍 = 𝑄
1+𝜖
𝑍0 1+𝜖
◦𝜂 = =
𝑍 2𝜖
◦Normalmente o rendimento da polia móvel é um
pouco maior que o da polia fixa.

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Polias Móveis – Ganho de
Velocidade
◦Neste caso a carga é erguida a uma velocidade
duas vezes maior que a velocidade do cabo:
◦ Vcabo = Vcarga/2
◦Quanto a resistência da polia:
◦ 𝑍 = 𝑄(1 + 𝜖)
2
◦𝜂 =
(1+𝜖)
◦Neste caso, o rendimento da polia móvel também
é maior que o de uma polia fixa.

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Sistemas de Polias
◦Um sistema de polia é uma combinação
de várias polias ou roldanas fixas e
móveis. Existem sistemas para um ganho
em força e para um ganho em velocidade.
Dispositivos de elevação empregam,
predominantemente, talhas para ganho
em força e, muito raramente, talhas para
um ganho em velocidade.

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Sistemas de Polias
◦Sistema de polias para
ganho de força:
◦ Estes sistemas podem ser das
seguintes configurações:
◦ Com cabo saindo de polia fixa;
◦ Com cabo saindo de polia
móvel.

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Sistemas de Polias
◦ Sistema de polias para ganho de força – Cabo saindo de polia
fixa:
◦ Se indicarmos por n o número de polias e Z a força que suportada por
cada cabo, poderemos fazer as seguintes relações:
◦ Desprezando-se a resistência de atrito, a força em cada parte do cabo
será:
𝑄
◦𝑍 =
𝑛
◦ Considerando-se a resistência, teremos:
𝑄 𝑄∙𝜖𝑛
◦𝑍 = =
𝜂𝑛∙𝑛 𝑛
◦ Onde 𝜂𝑛 e 𝜖𝑛 são o rendimento e o fator de resistência do sistema de
polias.

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Sistemas de Polias
◦Sistema de polias para ganho de força – Cabo saindo de
polia fixa:
◦ Para um sistema de polias o rendimento e a carga suportada por
cada trecho de cabo é dado por:
1 𝜖𝑛 −1 𝑛 𝜖−1
◦𝜂 = 𝑍= 𝑄𝜖 𝑛
𝜖𝑛 𝑛 𝜖−1 𝜖 −1
◦ Quanto a velocidade, no sistema de polias a relação será dada
pela seguinte equação:
◦ Vcabo=nVcarga

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Sistemas de Polias
◦ Sistema de polias para ganho de força – Cabo saindo de polia
móvel:
◦ Se indicarmos por n o número de polias e Z a força que suportada por
cada cabo, poderemos fazer as seguintes relações:
◦ Desprezando-se a resistência de atrito, a força em cada parte do cabo
será:
𝑄
◦𝑍 =
𝑛+1
◦ Considerando-se a resistência, teremos:
𝑄 𝑄∙𝜖𝑛
◦𝑍 = =
𝜂𝑛∙(𝑛+1) (𝑛+1)
◦ Onde 𝜂𝑛 e 𝜖𝑛 são o rendimento e o fator de resistência do sistema de
polias.

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Sistemas de Polias
◦Sistema de polias para ganho de força – Cabo saindo de
polia móvel:
◦ Para um sistema de polias o rendimento e a carga suportada por
cada trecho de cabo é dado por:
1 𝜖𝑛+1 −1 𝜖−1
◦𝜂 = 𝑍= 𝑄𝜖 𝑛
𝜖𝑛 (𝑛+1) 𝜖−1 𝜖 (𝑛+1) −1
◦ Quanto a velocidade, no sistema de polias a relação será dada
pela seguinte equação:
◦ Vcabo=(n+1)Vcarga

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Sistemas de Polias
◦Com um fator de resistência 𝜖 = 1,05
a curva de rendimento, para vários
números de polias, é mostrada pela
gráfico.

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Sistemas Múltiplos de Polias
◦Devido à suspensão direta das cargas nas extremidades dos cabos
ou empregos de sistemas simples de polias, para um ganho em
força, em órgãos de elevação, os seguintes problemas podem ser
salientados:
◦ As partes do cabo estão num plano, e isso pode provocar balanço da carga;
◦ Grandes diâmetros de cabos;
◦ A carga elevada move-se na direção horizontal, porque o cabo, enrolando-se
no tambor, move-se ao longo de seu comprimento.

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Sistemas Múltiplos de Polias
◦A) Sistema múltiplo de
polias com quatro
partes usado para
transportar cargas até
25t, seu rendimento é
em torno de 0,94.
◦B) Sistema múltiplo de
polias com seis partes e
rendimento em torno
de 0,92.

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Sistemas Múltiplos de Polias
◦ C) Sistema múltiplo de
polias com oito partes
usado para transportar
cargas até 75t, seu
rendimento é em torno
de 0,9.
◦ D) Sistema múltiplo de
polias com dez partes
usado para transportar
cargas até 100t e
rendimento em torno de
0,87.

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Sistemas de Polias Com Ganho
de Velocidade
◦Estes tipos de sistemas são
raramente utilizados, suas
aplicações restringem-se a
elevadores hidráulicos e
pneumáticos para moverem
cargas mais rapidamente do
que o movimento do pistão.
A figura mostra um exemplo
deste tipo de sistema.

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Polia para Correntes Soldadas
◦Essas polias, do tipo móvel ou fixa, são usadas,
principalmente, em talhas e guinchos de acionamento
manual, embora, algumas possam ser empregadas em
aparelhos acionados a motor.
◦O diâmetro de um polia, para mecanismos de
acionamento manual, é selecionado pela relação
D≥20d, onde d é o diâmetro do fio da corrente.
◦Para polias acionadas por motor D≥30d.

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Polia para Correntes Soldadas
◦O rendimento de polias de corrente é em torno de 0,95.
◦A resistência à flexão oferecida pelas correntes
soldadas, passando por polias, é comumente
determinada pela formula:
𝑑
◦𝑊 = 𝑄 𝜇
𝑅
◦ Onde:
◦ R – Raio da polia;
◦ 𝜇 - Coeficiente de atrito nas articulações (0,1 a 0,2);
◦ Q – Força de tração na corrente.
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Roda dentada para Correntes
Soldadas
◦ São usadas como rodas de correntes de
acionamento de talhas e guinchos, operados
manualmente. A roda dentada apanha a corrente
que entra e os elos assentam-se nas cavidades,
evitando, assim, o escorregamento da corrente no
aro.
◦ Observa-se uma considerável resistência de atrito
quando a corrente passa sobre a roda dentada.
Portanto, a corrente e a roda dentada devem ser
regularmente engraxadas.
◦ O rendimento das rodas dentadas são em torno de
0,93.

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Roda dentada para Correntes
Soldadas
◦ A resistência da corrente à flexão, é determinada da
mesma maneira que a das polias de corrente:
𝑑
◦𝑊 = 𝑄 𝜇
𝑅
◦ O diâmetro da roda dentada pode ser encontrado
com a seguinte equação:
𝑙 2 𝑑 2
◦𝐷 = 90° + 90°
sin cos
𝑛 𝑛
◦ Onde: 𝑙 − comprimento interno do elo; d –
diâmetro do fio da corrente e n é o número de
dentes (mínimo de 4).
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Roda dentada para Correntes
Soldadas
◦Se o número de dentes for grande (n >9) e o
diâmetro da barra da corrente for
suficientemente pequeno (d>15mm), o segundo
termo da formula anterior pode ser desprezado
e o diâmetro da roda pode ser determinado da
seguinte forma:
𝑙
◦𝐷 = 90°
sin
𝑛

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Roda dentada para Correntes
de rolos
◦Essas rodas dentadas são usadas como rodas de
correntes de acionamento de talhas e guinchos.
◦O rendimento é em torno de 0,95.
◦A resistência à flexão de uma corrente de rolos é
determinada pala formula:
𝛿
◦𝑊 = 𝑄 𝜇
𝑅
◦Onde: 𝛿 é o diâmetro do pino do rolo e 𝜇 o
coeficiente de atrito (0,08 a 0,1).

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Roda dentada para Correntes
de rolos
◦ Designando por n o número de dentes e por t o
passo da corrente, então o diâmetro da
circunferência primitiva pode ser determinado
como segue:
𝑡
◦𝐷 = 180°
sin 𝑛
◦ O número mínimo de dentes é frequentemente 8.
◦ Para segurança de operação as rodas dentadas para
correntes de rolos, são às vezes, fechadas em uma
caixa, que serve como guia e evita que a corrente
escorregue fora da roda.

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Polias para Cabos
◦As polias para cabos podem ser de construção
fixa e móvel. Seus rendimentos variam entre
0,96 e 0,97, levando-se em conta o atrito nos
mancais.
◦O diâmetro das polias, para cabos de fibra, não
devem ser menor que 10d, onde d é o diâmetro
do cabo.

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Polias para Cabos
◦Para cabos de aço, o diâmetro mínimo da polia é
determinado por tabelas.

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Polias para Cabos
◦O diâmetro das polias também podem
ser calcula utilizando a equação
abaixo:
◦D>e1e2d
◦ Onde:
◦ d - diâmetro do cabo
◦ e1 e e2 são fatores apresentados nas
tabelas.

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Polias para Cabos
◦As seções transversais dos aros das polias, para
cabos, estão disponíveis em catálogos em
tabelas conforme abaixo.

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Tambores para Correntes
◦ Esses tambores são usados somente em casos
excepcionais par guindastes giratórios, operados
manualmente ou com motores pneumáticos e
elétricos de peque porte.
◦ Levando-se em conta o atrito dos mancais, o
rendimento é em torno de 0,94 a 0,96. O
diâmetro deve ser D≥20d (d – diâmetro do fio da
corrente).
◦ A resistência à flexão pode ser calculada pela
seguinte formula:
𝑑
◦𝑊 = 𝑄 𝜇
2𝑅

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Tambores para Cabos
◦ Tambores para cabos de fibra são
frequentemente lisos com flanges altas para
possibilitar o enrolamento do cabo em
várias camadas. O diâmetro do tambor é
selecionado a partir das mesas relações dos
diâmetros das polias, D≥ 10d, para cabos
de fibra.
◦ Os tambores para cabos de aço possuem
rendimento em torno de 0,95. Neste caso, o
diâmetro do tambor também depende do
diâmetro do cabo e pode ser obtidos
utilizando tabelas.

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Tambores para Cabos
◦ Com acionamento a motor, o tambor deve ser
sempre provido de ranhura helicoidais, de modo
que o cabo se enrole uniformemente e fique
menos sujeito a desgaste. As dimensões das
ranhuras são apresentadas em tabelas, conforme
a mostrada abaixo.

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