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PERÍODO FACULDADE SANTA TEREZINHA – CEST

CURSO DE DIREITO MATUTINO 3º PERÍODO


DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL
PROFESSOR (A): MAIANE SERRA
ALUNO(S): Romildo Soares Pereira e José Ribamar de Jesus Chagas
DATA: 13 / 04 /2020

ATIVIDADE

A CRISE DO CORONA VÍRUS E SEUS IMPACTOS SOBRE A ATIVIDADE


EMPRESARIAL

Com a chegada do coronavírus no nosso país e o rápido aumento do número


de casos em praticamente todas as capitais e demais cidades, já está
causando um forte impacto na rotina de toda sociedade, como: o a suspensão
das aulas presenciais nas escolas e faculdades de todo o país, o fechamento
de lojas e empresas de serviços catalogados pelo governo como não
essenciais, o cancelamento de viagens (aéreas, terrestres, ferroviárias e
marítimas), shows, e outros tipos de eventos e de aglomerações, como: cultos,
missas, velórios, etc... e em algumas cidades, .os governantes estão
aumentando as restrições no que diz respeito à movimentação de pessoas, a
chamada “quarentena”, estas restrições em muitos Estados, incluem as
viagens intermunicipais e interestaduais, em outros Estados, ( como é o caso
do Maranhão) o governo já cogita a possibilidade de “lockdown” ( bloqueio total
de atividades caso necessário), e tudo isso junto, em um futuro bem próximo,
causará um forte e inevitável impacto na já fragilizada economia brasileira, e
havendo a deterioração econômica, será inevitável o endividamento das
empresas, seguida de demissões em massa, que por sua vez, demandará em
causas na justiça.

Lembrando ainda que o dólar, que em tempos de crise econômica tende a


aumentar, e o mesmo estando em alta, tende a pressionar ainda mais as
empresas cujo endividamento ou custos tenham ligação com o dólar. Até
mesmo as companhias que são exportadoras tendem a sofrer no curto prazo.
Isto porque o balanço dessas empresas, são ajustados com o câmbio de
fechamento de trimestre, já o fluxo das receitas demora um pouco mais, até se
ajustar ao novo patamar cambial.

Alguns analistas financeiros, fazem a seguinte projeção para os impactos


econômicos que alguns setores sofrerão: impacto alto, impacto médio-alto,
impacto médio, impacto médio-baixo, impacto baixo. Veja baixo como ficariam
as empresas de acordo com os setores em que operam.

Companhias Aéreas: impacto alto


Propriedades Comerciais (shoppings e lajes corporativas): impacto médio-baixo
Incorporadoras de imóveis: impacto médio
Varejo: impacto médio-alto
Aluguel de veículos: impacto médio
Concessões: impacto médio-baixo
Bancos: impacto médio-alto
Elétricas e Saneamento: impacto baixo
Distribuição de Combustíveis: impacto médio-alto
Alimentos e Bebidas: impacto médio-baixo
Siderurgia & Mineração: impacto médio
Papel & Celulose: impacto médio

Neste cenário de deterioração econômica, acreditamos que a análise do


endividamento das empresas se torna muito relevante, exigindo atenção
especial. Isso por conta do impacto no fluxo de caixa esperado para os
próximos meses, aliado à necessidade de serviço da dívida, e à maior
dificuldade em emissão de dívida e de ações.

De acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), Mais de 30%


das empresas de todos os setores já sentiram os impactos da pandemia
de coronavírus sobre seus negócios. Em março, a indústria foi o setor mais
afetado, com 43% das empresas reportando impactos do coronavírus sobre
seus negócios no mês. Em seguida, vêm o comércio (35%) e os serviços
(30,2%). Em todos os setores, a expectativa é de aumento dos efeitos
negativos nos próximos meses: 68,5% da indústria, 59,1% do comércio e
49,7% dos serviços.

“Neste último caso dos serviços, é possível que as empresas não


percebessem, no início do período, como a política de isolamento afetaria seus
negócios”, escrevem os pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia
(Ibre), da FGV, Rodolpho Guedon Tobler e Viviane Seda Bittencourt, que
assinam o estudo. Eles lembram que a coleta foi realizada entre os dias 1º e 25
de março – e que as medidas restritivas no País começaram apenas no dia 15.

Na indústria, os impactos ficaram concentrados nos segmentos de Petróleo e


biocombustíveis (88,3%) e Química (61,4%), que citaram risco de redução da
demanda externa e de falta de fornecimento de insumos importados. Com
relação aos impactos nos meses seguintes, 15 dos 19 segmentos pesquisados
pela FGV tiveram porcentuais acima de 50% das empresas projetando efeitos
negativos, com destaque para máquinas e materiais elétricos (91 5%), petróleo
e biocombustíveis (90,5%), limpeza e perfumaria (90,2%) e informática e
eletrônicos (89,4%).

No comércio, a maior parte dos impactos atingiu revendedores de bens


duráveis e semiduráveis em março. Os setores mais afetados foram veículos,
motos e peças (46,4%), material para construção (39,9%) e tecidos, calçados e
vestuário (37,2%), e apenas 18,8% dos hiper e supermercados reportaram
problemas no mês.

Com relação aos próximos meses, os setores que esperam piores efeitos são
vestuário e calçados (74,7%), veículos automotores (71,6%) e móveis e
eletrodomésticos (71,5%).
No setor de serviços, o maior impacto em março foi sentido nos serviços de
informação e comunicação (35,9%), seguidos pelos serviços prestados às
famílias (35,2%) e pelos transportes e serviços auxiliares a transportes e
correios (34,0%). Para os próximos meses, os transportes têm a maior
expectativa de efeitos negativos (62,9%), seguidos pelos serviços às famílias
(54,5%).

De acordo com o analista financeiro Luis Shibatta, as pequenas e médias


empresas não podem parar mesmo em período de quarentena. E a
recomendação é para que elas aproveitem esse momento para traçar novos
planos de ação.

A crise do COVID-19 tem sido emocionalmente desafiadora para muitas


pessoas, mudando suas rotinas de maneira inédita. Então, tocar os negócios
como de costume não é uma opção para as empresas. É possível começar
elaborando um plano para apoiar os funcionários, seguindo as diretrizes mais
conservadoras disponíveis entre as principais autoridades de saúde locais e
globais. Algumas empresas, inclusive, estão ativamente comparando seus
esforços com outras para determinar as políticas e os níveis corretos de
suporte aos funcionários.

Pensando nisso, várias empresas estão inovando para não perder tudo,
algumas estão investido nos serviços de atendimento online, outras adequando
seus serviços com os funcionários trabalhando em home office, outras ainda
investido nos atendimentos delivery e assim garantido parte do seu
faturamento. Não está sendo fácil gerenciar uma empresa neste momento. A
cada dia que passa, o perigo do coronavírus se torna maior, e isso ameaça
a sobrevivência das grandes, médias e pequenas empresas. Ninguém sabe
o que vai acontecer, mas é certo que ninguém pode parar. E, em função das
dificuldades que estão surgindo a cada dia, que as pessoas vão precisar, como
nunca, contar com as suas próprias forças, estratégias, dinamismo, otimismo,
cooperação, compreensão, amor ao próximo, solidariedade e acima de tudo fé
em DEUS.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

https://conteudos.xpi.com.br/acoes/analises-fundamentalistas/relatorios/os-impactos-do-
coronavirus-para-as-empresas/

https://rhpravoce.com.br/posts/o-impacto-do-coronavirus-nas-pequenas-e-medias-empresas

https://exame.abril.com.br/economia/mais-de-30-das-empresas-sentiram-impacto-de-
coronavirus-em-marco-diz-fgv/

https://www.hsm.com.br/quais-os-reflexos-do-coronavirus-nos-negocios-e-quais-praticas-
corporativas-sao-cruciais-diante-desse-episodio/

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/coronavirus

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