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Para falarmos de Zé Pilintra, temos que voltar muito antes no tempo, antes mesmo de
ele ser cultuado na Umbanda e vir a portar o arquétipo do Malandro, como
conhecemos.
Seu Zé, como é carinhosamente chamado por seus cultuadores, é uma entidade do
Catimbó nordestino, que é uma mistura das crenças católicas e indígenas, o que a
torna muito peculiar, sendo chamada de Jurema Sagrada – nome de uma planta
nativa que quando consumida dentro dos rituais, tem um efeito psicoativo. Com o
passar do tempo e a chegada dos negros com seus Orixás e Voduns, estes foram
incorporados também ao culto do Catimbó, com o qual se identificaram por sua ligação
com a natureza e os espíritos dos antepassados. Vale destacar que ao contrário do
que muitos acreditam, não tem nada a ver com a Umbanda nem com o Candomblé,
nem mesmo com o Daime. O Catimbó possui uma linhagem, cultos e tradições
independentes, com ritos e dogmas próprios.
Dentro do Catimbó, Seu Zé é as vezes um navegante do Rio Amazonas, Negro ou
Solimões, que levava uma vida libertária não gostando de se prender a nada nem a
ninguém, mulherengo, teve muitas mulheres e filhos, mas ainda assim, vivia só, nunca
abandonou nenhum dos seus mas dava o que podia, defendia-os como sabia e estava
sempre pronto quando o chamavam.
Outros dizem que era o espirito de um negro muito sábio, que vindo da África,
chegando em Olinda, se embrenhou nas matas e foi fundador de uma aldeia
quilombola.
É dentro dessas tradições que encontramos o espirito de luz desse mestre pela
primeira vez.
Porém, com o avanço dos grandes centros para as zonas de mata, esse espirito foi
ganhando outros contornos, a abolição já havia chegado e era importante para os
negros do Norte e Nordeste, terem um espirito que os protegesse. Eis que começam a
surgir os primeiros traços do Zé Pilintra como o conhecemos hoje. Alguns dizem que
ele era um negro forte que nasceu em Pernambuco e era mulherengo, briguento,
gostava de jogatina e farra, que quando entrava numa briga, quem com ele se
metesse não saia vivo. Mas por não ter mau coração, passou a ser cultuado, depois
de sua passagem, pelos boêmios, prostitutas, jogadores e pessoas que enfrentam a
noite com suas delicias e perigos. Outros contam que era um menino nascido no
Recife, que vivia na zona portuária aprendendo assim a levar uma vida de muita
devassidão, mas que também protegia aqueles que na época eram perseguidos pela
polícia por não terem a mesma sorte das pessoas ditas de “família”.
Com a vida dos negros de Salvador para o Rio de Janeiro, com o samba ganhando
contornos na casa de Tia Ciata, os morros crescendo, o samba e a malandragem, que
na época era corruptela de saber se virar mesmo diante de tantas adversidades,
chega o Zé Pilintra como conhecemos, vestido com roupas dos anos 30, terno e
chapéu brancos, camisa vermelha, sapato bicolor e bengala. Então todas as histórias
se juntaram e o Zé Pilintra, outrora das matas do norte e nordeste, era agora exímio
capoeirista, sambista, sortudo em jogos de cartas e dados, manteve o papel de
mulherengo e passou a defender o povo da favela, os frequentadores da vida boemia
da Lapa e todos os lugares de entretenimento adulto, cassinos, casas de prostituição
entre outros. Isso, ao invés de manchar a Luz desse espirito, apenas deu a ele mais
crédito, pois era o defensor de um povo para o qual a política não incluía, a sociedade
não aceitava, que era perseguido pela polícia e que vivia a margem da sociedade.
Esse espirito, conhecia a luta desse povo sofrido, sabia partilhar com eles de suas
alegrias e os amparava em suas tristezas. Defendia os das injustiças da polícia, e das
leis que não os favorecia em geral.
Hoje ele está na casa da maioria dos brasileiros que participam da Umbanda,
principalmente. A ele são feitas preces, festas, ele tem uma falange de espíritos que
se manifesta nos terreiros que inclui espíritos com nomes curiosos como Maria
Navalha, Zé Pereira, Jão Regabofe, alguns incluem até o homossexual mais famoso
da década de 30 e 40, em sua linha, Madame Satã – João Francisco dos Santos,
transformistas e ícone da vida boemia da Lapa na primeira metade do século XX.
Por essa postura protetora, defensora, acabou ganhando o titulo de Advogado dos
Pobres. É cultuado na Umbanda, onde faz sua caridade, dá conselhos, ajuda nas
questões financeiras e de trabalho, auxilia na harmonia doméstica, afasta os inimigos
que rondam a noite, para aqueles que gostam de frequentar a vida noturna. Seu
campo de atuação é vasto e não conhece limites.
Eis uma grande questão que deve ser esclarecida de uma vez por todas. Seu Zé, não
pertence a linha de Exú, mas pode se manifestar numa gira de Exú se essa for sua
vontade, não devendo entretanto, ser confundido nem tratado como tal. O mesmo
ocorre com a linha dos preto-velhos. Ele pode se manifestar, trabalhar, mas não pode
e nem deve ser ratado como um preto velho.
A Umbanda como uma religião que agrega todos os seres de luz e deuses de outras
culturas, não viu objeção em criar a linha dos Malandros, que nada mais é do que uma
linha de espíritos benfazejos, que e vida sentiram na pele e lutaram contra a opressão,
o racismo, com todo tipo de preconceito e que para viver tinham sempre que dar
aquele “jeitinho brasileiro”. Hoje podemos ver Seu Zé defendendo os ambulantes, os
camelôs, aqueles que vendem água e bala nos sinais, os engraxates, os barbeiros de
periferia, as vendedoras de cosméticos de porta em porta, aqueles que trabalham na
informalidade para sobreviver e sim claro, nos botecos, bares, cassinos clandestinos,
nas casas de prostituição, nas rodas de samba, tudo o que a sociedade um dia
marginalizou, hoje está sob as graças desse grande guardião, amigo de Exú, filho de
Ogum, afilhado de Yemanjá, apadrinhado pelos Pretos-Velhos, amado pelo carinho
que tem e dá aos Erês, e companheiro de caboclos e pajés ao passar certas receitas
de beberagens, garrafadas, banhos de folhas... Não há onde Seu Zé Pilintra não
esteja. Todo brasileiro, queira ou não, tem um pouquinho desse grande ser de luz
dentro de si, todo brasileiro, crendo ou não, vez ou outra encontra com um Zé Pilintra
vivo por aí, nas casas, becos, bares, vielas, rodas de samba e capoeira, no bailado
das mulatas, nas mãos dos sambistas e pagodeiros, nas feijoadas... Engana-se quem
pensa que Seu Zé fica preso a alguma forma de culto, crença ou religião. Ele está em
todas mas não pertence a nenhuma. Liberdade é seu codinome, e esse é o maior bem
que ele dá aqueles que lhes cultuam – liberdade para trabalhar e gastar como quiser,
liberdade para amar e ser como quiser, liberdade para ser o que se é. Salve Seu Zé
Pilintra e toda sua falange que nos ensina que da dor que faz brotar as lagrimas, uma
nova alegria surgirá!
Particularidades de Zé Pilintra
Cores - Vermelha – que representa a vida em todo seu esplendor e branca, que
representa a paz que se busca. Quando juntas em seus fios de contas e guias, essas
cores evocam equilíbrio, alegria, proteção e capacidade de raciocinar antes de tomar
atitudes erradas.
Ervas – Arruda – que é usada para tirar olho grande, inveja e maldições.
Guiné - que é usado para ter uma defesa forte contra os inimigos vivos ou não.
Folha de mangueira – para se ter estabilidade na vida.
Barbatimão – para se livrar de espíritos obsessores e de más vibrações espirituais.
Cravos vermelhos e brancos – evocam a gentileza, a proteção, a sabedoria e
despertam a intuição para que seus filhos e devotos estejam sempre protegidos, atrai
amor para os homens.
Rosas Vermelhas – Representam a vida afetiva sensual, ousada e muito ativa desse
espirito e sua paixão pelas mulheres.
Pimenta vermelha dedo de moça – serve para atrair a sorte e espantar todo mal de
qualquer origem.
Símbolos – Figa de guiné, punhal, chapéu panamá, bengala, dados e lenço vermelho.
Vamos agora conhecer a força dessa grande entidade e todos os benefícios que
através da fé nele, podemos alcançar.
Numa sexta feira de lua crescente, você precisara ter em mãos sete moedas de um
mesmo valor, um prato branco virgem, um pouco de mel, canela em pó, o perfume que
costuma usar, de preferência novo, sem uso e um lenço vermelho. Uma vela de sete
dias bicolor – vermelha e branca.
Ao anoitecer, de preferência, caso não possa, num horário que lhe for propicio, tome
um banho higiênico e após, um banho forte com arruda do pescoço para baixo. Então,
passe todas as moedas pelo seu corpo e guarde as com você. Em um lugar tranquilo,
coloque o prato branco, e com o mel, escreva nele a palavra sorte e o símbolo do
dinheiro - $ - Em cima, coloque a vela. As moedas, coloque ao redor da vela, em
círculo, ao lado, dobre o lenço vermelho em forma de triangulo e sobre ele coloque o
vidro de perfume. Salpique canela em pó nas moedas e no prato todo. Acenda a vela
de sete dias e durante sete dias você fara seus pedidos pessoais ao Seu Zé Pilintra,
sempre agradecendo a boa sorte que já tem, os ganhos que consegue e prometendo
sempre dar um pouco desse dinheiro para a caridade ou alimentando algum morador
de rua. Após a vela acabar, espirre o perfume no lenço e coloque o na bolsa junto do
dinheiro ou na mochila, pasta de trabalho ou o que usar. O perfume use sempre que
sentir que precisa de sorte em jogos, apostas ou disputas.
Magia forte para proteção
Numa segunda feira de lua minguante, peque um prato branco virgem cobrindo o
fundo dele com sal, de modo que de para escrever nele usando os dedos, como
escrevemos na areia da praia. Feito isso, escreva seu nome todo, use um palito ou
cotonete se não conseguir escrever com o dedo. Em volta de seu nome coloque 21
pimentas dedo de moça, bem vermelhas. Por cima de tudo você vai ralar uma noz
moscada inteira. Acenda no meio do prato, uma vela bicolor vermelha e branca e falça
seus pedidos de proteção ao Seu Zé Pilintra. Coloque de um lado do prato um copo co
agua pura e do outro lado, um copo com cachaça e um fio de azeite de dendê
misturado a ela. Ao terminar suas preces, fique uns cinco minutos diante da vela, de
preferência sem pensar em nada, apenas recebendo as vibrações de Seu Zé. Depois
disso, deixe a vela queimar normalmente. Assim que a vela acabar, despache as
aguas em uma encruzilhada, pedindo licença a Exu e a Ogum. O sal e as pimentas
coloque em um saquinho de tecido branco, e guarde no alto de seu guarda roupas por
sete meses. Depois desse período, jogar tudo no lixo. Os copos e o prato podem ser
utilizados normalmente depois de lavados.
Independente se você é homem ou mulher, essa magia atrairá o homem que você
deseja. Compre uma garrafa de Martini doce e branco. Tenha em mãos 13 cerejas
marasquino. Canela em pau, usará três, rosa vermelha, uma, tire todas as pétalas, é o
que será usado e mel.
Em uma sexta-feira de lua crescente, em um jarro de vidro, despeje um copo de
Martini, as treze cerejas, os três paus de canela e as pétalas de rosa vermelha junto
do mel. Mexa tudo enquanto chama o nome da pessoa que deseja conquistar. Chame
com toda fé e de todo coração, pedindo que Seu Zé Pilintra lhe ouça e lhe ajude.
Ao lado desse jarro, com essa poção misturada, acenda uma vela vermelha, faça suas
preces como seu coração mandar, sempre chamando - fulano – o nome todo – para
sua vida. Assim que a vela acabar, misture nessa poção, dois litros de agua fervente.
Espere esfriar, coe e tome esse banho após seu banho higiênico imaginando a pessoa
amada junto de você, use e abuse da imaginação. Depois, prepare-se para sair, use
seu melhor perfume, e a garrafa de Martini com o que sobrou, leve com você e dê á
um morador de rua. Essa magia só precisa ser feita uma vez, mas sempre que puder,
ofereça uma dose de Martini com cereja para Seu Zé, reforçando seus pedidos, jogue
um pouco do liquido no chão e beba a dose restante, comendo a cereja.
Independente se você é homem ou mulher, essa magia atrairá o homem que você
deseja. Em uma segunda-feira de lua crescente, tenha em mãos sete cravos
vermelhos, uma garrafa de conhaque de boa qualidade, uma maça inteira cortada em
treze fatias, mel e pó de sândalo – encontrado em casas de artigos religiosos.
Tire as pétalas de um dos cravos e coloque num jarro com um copo de conhaque.
Nesse mesmo jarro, coloque as maças já fatiadas e por cima de tudo coloque o pó de
sândalo. Acenda uma vela branca e converse com seu Zé Pilintra, contando para ele
toda a sua historia e o porque de você querer tanto essa mulher, não poupe detalhes.
Conte tudo, sinta tudo. Assim que a vela acabar, misture nesse jarro dois litros de
agua fervida. Espere esfriar e coe. Tome esse banho após seu banho higiênico e saia
para dar uma volta. Leve a garrafa de conhaque com você e de a alguém que viva nas
ruas. Ao voltar para casa, diga que assim como você sabe para onde voltar, essa
mulher saberá onde te procurar. Tenha fé nessa magia, seu Zé nunca falha, mas vai
cobrar de você, amor, lealdade, carinho, bons tratos e modos. No primeiro sinal de
traição ou desrespeito, essa magia é quebrada.
As rezas e orações ao seu Zé, vem de todo um apanhado cultural plural, como nosso
Brasil. Em todas as rezas feitas a ele, o sincretismo se faz presente e a junção de
santos, orixás, rezas tradicionais católicas são partes fundamentais de cada uma
delas. São rezas de grande complexidade, apesar de sua simplicidade, atraem uma
Egrégora protetora muito forte, portanto sendo ideal, sempre fazer tais orações, sem
pressa, com muita concentração, devoção e fé, depois de um banho bem tomado e
sempre tendo claras as intenções almejadas. Seu Zé não é de fazer rodeios, nem gota
que lhe cheguem com rodeios, ele vai direto ao ponto e quer que aqueles que dele se
aproximem tenham postura igual.
1 - Oração de defesa
Em nome de são Miguel Arcanjo, eu venho aos pés do Salvador, clamar que me dê a
graça de ter a proteção constante e a defesa de meu amigo espiritual seu Zé Pilintra,
para que nenhum mal possa encontrar entrada em minha vida, em meu lar, em meu
trabalho e em minha família. Portas fechadas se abrirão com louvor e glória, repletas
de alegrias e prosperidade para mim a partir de agora. Todo mal, toda doença, toda
morte, todo assalto, toda violência, toda inveja, toda praga, maldição e feitiçaria me
são desviadas pela navalha de seu Zé. Por seu lenço vermelho, minha vitória em
todos os setores de minha vida já pode ser vista. Sou feliz, saudável, próspero, e mil
coisas maravilhosas acontecem em minha vida com a santa proteção de Seu Zé, São
Miguel e meu Bom Jesus.
Muito obrigado meu amigo Zé, que toda Luz lhe ascenda cada vez mais em sua
missão espiritual. Bendito louvado seja! Bendito louvado seja! Bendito louvado seja!
Essa reza pode ser feita todos os dias, porém as segundas feiras é de grande valia
acender uma vela branca e um incenso de qualquer um dos aromas já indicados.
É de grande proteção também, escrever essa oração em papel sem linha, branco,
fazer um canudo depois e amarrar com fita vermelha e carregar sempre com você, no
carro, na bolsa, na mochila, onde der. Caso não use nada disso, dobre-a em triangulo
e use na carteira.
Essa reza deve ser feita em por doze quartas-feiras seguidas sempre com uma vela
bicolor vermelha e branca acesa.
São João Batista, ouça minha oração. Tu e seu Zé Pilintra, meu fiel advogado, ouçam
minha oração. Venho diante de vós com a seguinte questão – (explique o que está
havendo, como se estivesse de fato falando com seu advogado, conte tudo, seja
verdadeiro, não adianta esconder nada, não pense em quem acertou ou quem errou,
apenas conte a sua versão da história.) Deixo em vossas mãos em suas sabedorias
todo o andamento dessas questões. Que não seja a vingança minha justiça, mas o
perdão. Que não seja o desmerecido minha justiça, mas o que mereço, que não seja a
punição minha justiça mas a consciência, que não seja a ira minha justiça, mas
conciliação, que não seja o silencio minha justiça, mas as palavras certas. Clamo por
vitória na situação em que me encontro, clamo por vitória na situação em que me
encontro, clamo por vitória na situação em que me encontro e confio que com a ajuda
de São João Batista e de meu advogado Seu Zé Pilintra, tudo correrá de maneira
maravilhosa para todos os lados envolvidos nessa questão. Que quem deva pague e
que quem merece, receba, que não haja atrasos, nem impedimentos, nem
reinvindicações erradas mas que o que é meu me venha sem demora e que o que
cabe ao outro lado, que se cumpra segundo a Vontade de Deus, com urgência.
Axé e amem.
Faça três pai nossos e três aves marias no final dessa reza.
Em nome de São Jorge Guerreiro, eu clamo nesse momento a defesa de meu corpo e
de minha alma por seu Zé Pilintra.
Em nome de Santo Antônio, amansador de burro brabo, eu clamo nesse momento a
defesa de meu corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra.
Em nome de São Jeronimo, vencedor de muitas batalhas e domador de leões ferozes,
eu clamo nesse momento a defesa de meu corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra.
Em nome de Santa Barbara, um raio me valha, eu clamo nesse momento a defesa de
meu corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra.
Em nome de São Benedito e de sua luz, eu clamo nesse momento a defesa de meu
corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra.
Em nome de Santo Expedito, que nas urgências nos ouve, eu clamo nesse momento a
defesa de meu corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra.
Em nome de Nossa Senhora da Penha, que do alto do morro olha por todos os filhos
de Deus, eu clamo nesse momento a defesa de meu corpo e de minha alma por seu
Zé Pilintra.
Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, e por seu poder de afastar os demônios, eu
clamo nesse momento a defesa de meu corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra.
Em nome de todos os Orixás da Bahia, de Exú a Oxalá, eu clamo nesse momento a
defesa de meu corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra.
Em nome dos manos e manas dos Catimbós, dos mestres, compadres e comadres da
Jurema sagrada, eu clamo nesse momento a defesa de meu corpo e de minha alma
por seu Zé Pilintra.
Pelas treze almas benditas, eu clamo nesse momento a defesa de meu corpo e de
minha alma por seu Zé Pilintra.
Por Pai Joaquim D’Angola e Vó Severina, eu clamo nesse momento a defesa de meu
corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra.
Por Seu Sultão das Matas, eu clamo nesse momento a defesa de meu corpo e de
minha alma por seu Zé Pilintra.
Pelo poder dos três vezes o três e do sete vezes o sete, eu clamo nesse momento a
defesa de meu corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra.
Por sete navalhas, sete punhais, sete rodas de capoeira, sete babados das saias das
moças, sete goles de cachaça no chão entornadas, eu clamo nesse momento a
defesa de meu corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra.
Pelas ruas e encruzilhadas, pelo Sol e pela Lua, pelo dia e pela noite, eu clamo nesse
momento a defesa de meu corpo e de minha alma por seu Zé Pilintra e sei que estou
protegido, guardado e amparado e que assim sendo nenhum mal me há de suceder.
Todos meus caminhos estarão abertos e a sorte a todo instante me sorri.
Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo, amém.
Essa reza deve ser feita toda segunda feira de preferência antes de sair de casa para
trabalhar e sempre que sentir grande aflição, desespero ou necessidade. Se quiser
pode acender uma vela bicolor e incenso de patchuli.
Antes de fazer essa poderosa reza, faça um banho forte com arruda, alecrim e guiné e
tome após seu banho higiênico, acenda uma vela branca, fique em paz e em silencio
por cinco minutos, só então reze-a.
Seu Zé Pilintra, advogado dos pobres, amigo dos que são seus amigos, portador de
bênçãos em seu chapéu e de saúde em seu lenço vermelho, eu clamo á vos que olhe
por mim e me alcance esse pedido especial que em tuas mãos com fé deposito – dizer
o que se necessita.
Pela Cidade da Jurema, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pela pena sagrada no cocar do Pajé, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós
com fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pela fumaça do cachimbo sagrado, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós
com fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelas doze aldeias sagradas, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé
eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelos 36 Mestres Juremeiros, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé
eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelas serras, florestas e rios, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé
eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelos Sete Estados espirituais, Vajucá, Tigre, Cadindé, Urubá, Juremal, Fundo do Mar
e Josafá, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu peço, meu amado
amigo Zé Pilintra.
Pela força da Maraca, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu peço,
meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelos Principes e Princesas, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pela Incorporação dos Encantados, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós
com fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pela beberagem sagrada, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelo oculto que nunca se revela, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com
fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pela Luz que nunca apaga, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pela proteção que nunca dorme, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com
fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelas chagas de Cristo, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelo Ventre Puro de Maria, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelo Anjo da anunciação, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pela espada e pela balança de São Miguel, valei-me em graça e luz e alcançai o que a
vós com fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelas ladeiras e becos escuros, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé
eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelos locais onde a alegria se encanta, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós
com fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Por todas as suas mulheres, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Por todos os seus compadres, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé
eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Por São Jorge Guerreiro, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelo Catimbó, pela Pajelança, pela Umbanda, valei-me em graça e luz e alcançai o
que a vós com fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelo Sol e pela Lua, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu peço,
meu amado amigo Zé Pilintra.
Por todo amor que há no mundo, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com
fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Por toda justiça que há na terra, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé
eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelo equilíbrio entre os opostos, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com
fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pelo Santo Deus de Todos, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Pela Santíssima Trindade, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Por São José, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu peço, meu
amado amigo Zé Pilintra.
Por todos os Caboclos das matas, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com
fé eu peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Por todos os Pretos velhos, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu
peço, meu amado amigo Zé Pilintra.
Por todos os Exús e Pombas Giras que defendem e guardam cada filho de Deus,
valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu peço, meu amado amigo Zé
Pilintra.
Pela tua sagrada Luz, valei-me em graça e luz e alcançai o que a vós com fé eu peço,
meu amado amigo Zé Pilintra.
Axé e amém.
BOIADEIROS – por Ricardo Leão – Babalorixá – contato 14 –
99685-9059
Mas afinal, quem são essas entidades que carregam tamanha força, que
quando manifestadas, são ligeiras, hábeis, como se um raio poderoso
estivesse entre nós?
Ervas – Barbatimão – banho forte para afastar inimigos espirituais e larvas astrais.
Angico – madeira forte que faz com que a pessoa recupere a vontade de viver e tome
as atitudes que precisa para seguir adiante na vida e semente de imburana que trás
prosperidade, felicidade, abre os caminhos para o amor e a alegria. Essas são apenas
três entre tantas. Todas as folhas que pertencem a Oxóssi, Xangô e Oyá, também
podem ser utilizadas para os Boiadeiros.
Oferendas – Arroz carreteiro, feijão tropeiro, cuscuz baiano, farofa com miúdos de
porco, canjiquinha mineira.
Frutas – Todas as frutas podem ser ofertadas aos boiadeiros, menos a jaca.
Época do ano em que gosta de ser louvado – O ano todo, mas principalmente
durante os festejos juninos.
Incensos – Alecrim, Arruda, Mel, canela, sete ervas, sal grosso e canfora.
Essa reza pode ser feita todos os dias, especialmente ás quartas feiras,
sempre pela manhã. Se quiser pode acender uma vela de cor laranja
para acompanhar sua oração e incenso de alecrim.
Axé e amém!
Xetu Marrumba Xetu! Salve Senhor Boiadeiro.
CABOCLO PENA BRANCA por Ricardo Leão – Babalorixá – contato
14 – 99685-9059
Ervas – Todas as ervas podem ser usadas pelos espíritos dessa linhagem mas eles
tem predileção pelas ervas associadas a Oxalá, sendo assim, a alfazema para trazer
paz e equilíbrio, eliminando a ansiedade, o manjericão que atua como portador da paz
e da harmonia para o ser humano, libertando das amarras espirituais, a Sálvia, que é
usada amplamente por ter poder de limpar o ser humano de todas as maldades físicas
e espirituais e que se usada em forma de incenso, purifica pessoas e ambientes e a
Rosa Branca, que representa o amor devocional e a rendição de nossas vontades á
vontade do Divino.
Velas – Branca, preferencialmente. Mas também usam verde para a cura e azul para
a purificação espiritual de pessoas e ambientes.
Bebidas – Nem todos costuma usar bebidas, mas alguns aceitam cerveja clara e
vinho branco moscatel. Usam muita água de coco, chás de melissa, camomila e erva
cidreira juntas.
Frutas – Todas elas, tendo preferência pelas que não são acidas.
Época do ano em que gosta de ser louvado – O ano todo especialmente no dia de
são Sebastiao que é associado a Oxóssi.
Incensos – Sete ervas, guiné, alecrim, rosa branca, abre caminho, manjericão,
pitanga.