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Sobre a Missa, o que devemos entender: Para a escolha do repertório

O que é a missa?
A missa é um evento de extrema importância que realiza algo no universo. A missa é
Princípios Gerais:
algo inventado por Nosso Senhor Jesus Cristo para que cada vez que seja celebrada, em  A função da música na missa: A Glória de Deus e a santificação dos fiéis
primeiro lugar, impeça que o mundo acabe. ”É mais fácil o mundo sobreviver sem sol do que  Buscar verdadeira alegria interior: pacífica, bela, e duradoura.
sem a Santa Missa.” (Pe. Pio). Depois, para dar a devida adoração, agradecimento, e pedir  Modéstia no agir, vestir e piedade no dispor-se.
favores, conseguindo de Deus aquilo que precisamos.  O modo de tocar as músicas: preferir beleza à animação, sempre com serenidade
Para quem é a missa?
e paz. [Não confundir com lentidão. O Belo é aquilo que é Bom + Verdadeiro.]
A missa foi inventada por Nosso Senhor Jesus Cristo, para oferecer à Deus, através do
sacerdote, algo tão bom, tão agradável quanto Deus mesmo, para que assim, ele não leve em
 Como saber se cumpri o objetivo da música na liturgia: A paz é o fruto da
conta as ofensas terríveis que machucam Seu Santíssimo coração todos os dias e que nos comunhão com Deus. Se a música gera a paz e quietude, então levou ao
fazem merecer a destruição. Isso significa que a Missa é para Deus, e não para nós. “Quantas contato com Deus. Se gera inquietação e agitação, apenas animou os sentidos
vezes estive para fulminá-los através de raios, mas eu fui parado pelos anjos e as almas que e fez interação humana.
me amam…” (Jesus em carta de Padre Pio ao seu Diretor Espiritual)
Qual o meu papel na missa? Da preparação prévia (sobre o grupo e repertório):
Porém, se é Verdade que a missa é para Deus, é também verdade que Ele quer que nós  É de extrema eficácia e importância que o grupo se consagre de forma solene a
desfrutemos das graças abundantes que Ele quer derramar sobre nós. A nossa presença na algum santo patrono em especial para contar com o auxílio sobrenatural em suas
missa não aumenta em nada a dignidade de Deus, não aumenta em nada o que Ele é; mas obras e tê-lo por modelo e guia de suas ações, assim como ter a Virgem Maria.
além de podermos dar mais glória à Ele, a nossa presença na missa nos dignifica, santifica e  Ter vida de oração e nutrir o contato com Deus é indispensável, para isso é
eleva. O contrário também pode ser dito: A nossa ausência na Santa Missa não a faz ser pior, essencial assistir a outras missas além das que a pessoa ou o grupo deve servir.
menos eficaz e nem faz algo faltar em Deus, mas faz tudo faltar em nós: Deus. Além disso, o
 Qual o Tempo do Ano litúrgico? [Sugestão: Tabela do Calendário Litúrgico]
povo deve assistir à missa para assistir (auxiliar) o padre com suas orações pela Igreja e pelo
 Há alguma comemoração de data próxima a se fazer referência? (Mês, festa,
povo de Deus, e quanto mais santo é o fiel que assiste à Missa, maiores graças Deus derrama
período, etc)
sobre aquele povo.
 Qual é a mensagem das leituras e orações da missa a ser cantada? (Procurar ler
Como assistir bem à Santa missa?
diretamente os textos sagrados ou comentários dos santos sobre eles. CUIDADO
Orando. Com qual oração? A que se sabe fazer. Para assistir com fruto à missa é COM COMENTÁRIOS DE SITES QUE POR VEZES CARREGAM ERRO, CONFUSÃO E
necessário modéstia exterior (no vestir, no silenciar, no recolhimento, no estar de joelhos IDEOLOGIAS) [Sugestão: Catena Áurea]
quando possível) e devoção interior (unir-se com o coração à oração do sacerdote, meditar a
paixão de Cristo, desejar se unir profundamente a Jesus Cristo na Eucaristia ou ao menos
Princípios Específicos (sobre a música em si):
espiritualmente.) Orar, seja no diálogo com o padre, seja com um livro de piedade ou com o
 A que parte da missa se propõe esta música?
Rosário, desde que haja atenção e um esforço de união com as cerimônias da Missa. (Catc. de
S. Pio X nº 663s)
 Se é para substituir uma oração da missa, ela é fiel ao texto litúrgico?
Liturgia: Qual a utilidade dos serviços na missa?  O que diz a letra desta música?
No princípio da Igreja, os apóstolos entenderam que era necessário preparar a alma para  Esta música diz verdades de fé, ou contém erros?
adentrar àquele ato Santo em que o sacrifício de Cristo no calvário é oferecido ao Pai na  Oração é falar com Deus, a quem esta letra se dirige? É como ¹alguém que fala a
unidade do Espírito Santo. Para isso, adornaram a missa, antes e depois do que Cristo ensinou, Deus; ou é a ²descrição de uma cena; ³um relato humano em uma mera
com orações e preparações solenes. Os serviços na missa existem para dar mais glória a Deus experiência pessoal; 4Uma fala aos homens, etc?
e nos preparar para este ato santíssimo. (Pe. Raymond Dulac, Estudo histórico-liturgico Missal)  Esta música leva mais beleza ou agitação?
A eficácia da oração cantada.  Você consegue imaginar a Virgem Maria apreciando esta música diante da Cruz
Rezar é um esforço, uma missão: a música na missa cumpre uma função real, por isso de Seu filho?
não deve ser usada para a mera diversão, mas para, ao mesmo tempo, consolar o coração de Esta música foi escrita ou musicada por algum santo ou tem longa história na igreja?
Jesus, consertar e sacrificar algo em nós. Por isso, a participação do povo não deve ser [Aumenta a dignidade e eficácia da oração (do canto), saber que foi cantado, composto ou
meramente de aparências, estéril, mas com propriedade realizando o que Deus nos confiou: ensinado por inúmeros santos (Ex: Tão sublime) ou ensinada pelo próprio Deus (Pai
assumirmos o papel de filhos pela oração. Ou seja, como um filho pede ao Pai, Deus quer que Nosso)]
nós peçamos à Ele.
A oração Cantada da Igreja, a faz mais solene e digna. Não pela apresentação vocal Leitura: As excelências da Santa Missa (São Leonardo de Porto-Maurício); Catecismo da Santa Missa;
feita, mas pelo tom adicionado à oração ela se torna mais bela e dá a Deus maior glória do Catecismo de São Pio X; Instrução Geral do Missal romano; Cartas do Padre Pio.
que se fosse rezada sem tom. O que também atrai para nós maiores graças. Obs: A oração da Encíclicas: Tra le Sollicitude (S. Pio X); Mediator Dei (Pio XII);
igreja é humilde: pela simples repetição de palavras nos dadas pelo próprio Deus, por seus
santos e por sua igreja, o orante faz um sacrifício de qualquer improviso ou invenção própria, (Ex: ¹Teu Sou; ²Vamos celebrar Deus está aqui; ³Eu era pequeno, bem me lembro; 4Hoje é tempo de
adicionando a sua vontade e assentimento àquilo que é orado, isso vale tanto para o texto Louvar a Deus;)
quanto para os tons. Por isso a oração católica é mais poderosa e agradável à Deus.
Tra le sollicitude são pio x tenham coisa alguma de profana, não tenham reminiscências de motivos teatrais, e não sejam
compostas, mesmo nas suas formas externas, sobre o andamento das composições profanas.
Entre os cuidados do ofício pastoral, [...] é, sem dúvida, um dos principais o de manter e promover o
decoro da Casa de Deus, onde se celebram os augustos mistérios da religião e o povo cristão se reúne, O Texto litúrgico:
para receber a graça dos Sacramentos, assistir ao Santo Sacrifício do altar, adorar o augustíssimo
Sacramento do Corpo do Senhor e unir-se à oração comum da Igreja na celebração pública e solene 9. O texto litúrgico tem de ser cantado como se encontra nos livros aprovados, sem posposição ou
dos ofícios litúrgicos. Nada, pois, deve suceder no templo que perturbe ou, sequer, diminua a piedade alteração das palavras, sem repetições indevidas, sem deslocar as silabas, sempre de modo inteligível.
e a devoção das fiéis, nada que dê justificado motivo de desgosto ou de escândalo, nada, sobretudo,
que diretamente ofenda o decoro e a santidade das sacras funções e seja por isso indigno da Casa de
Oração e da majestade de Deus.

[...]E de fato, quer pela natureza desta arte (flutuante e variável), quer pela sucessiva alteração do
gosto e dos hábitos, quer [pelas influencias profanas, ou] pelo prazer que a música diretamente produz
e que nem sempre é fácil conter nos justos limites [...] há uma tendência contínua para desviar da
reta norma, estabelecida em vista do fim para que a arte se admitiu ao serviço do culto.

I. Princípios gerais

1. A música sagrada, como parte integrante da Liturgia solene, participa do seu fim geral, que é
A GLÓRIA DE DEUS E A SANTIFICAÇÃO DOS FIÉIS. A música concorre para aumentar o decoro
e esplendor das sagradas cerimônias; e, assim como o seu ofício principal é revestir de adequadas
melodias o texto litúrgico proposto à consideração dos fiéis, assim o seu fim próprio é acrescentar mais
eficácia ao mesmo texto, a fim de que por tal meio se excitem mais facilmente os fiéis à piedade e se
preparem melhor para receber os frutos da graça, próprios da celebração dos sagrados mistérios.

2. Por isso a música sacra deve possuir, em grau eminente, as qualidades próprias da liturgia,
a santidade e a delicadeza das formas, donde resulta espontaneamente outra característica,
a universalidade. Deve ser santa, e por isso excluir todo o profano não só em si mesma, mas também
no modo como é desempenhada pelos executantes.

Deve ser arte verdadeira, não sendo possível que (não) exerça no ânimo dos ouvintes aquela eficácia
que a Igreja se propõe [...] Mas seja, ao mesmo tempo, universal no sentido de que, embora seja
permitido a cada nação admitir nas composições religiosas formas particulares que em certo modo
constituem o caráter específico da sua música própria, estas devem ser de tal maneira subordinadas
aos caracteres gerais da música sacra que ninguém doutra nação, ao ouvi-las, sinta uma impressão
desagradável.

Gêneros:
3. Estas qualidades se encontram em grau sumo no canto gregoriano, que é por conseqüência o
canto próprio da Igreja Romana, o único que ela herdou dos antigos Padres, que conservou
cuidadosamente no decurso dos séculos[...] Por tais motivos, o canto gregoriano foi sempre
considerado como o modelo supremo da música sacra, podendo com razão estabelecer-se a seguinte
lei geral: uma composição religiosa será tanto mais sacra(sagrada) e litúrgica quanto mais
se aproxima no andamento, inspiração e sabor da melodia gregoriana, e será tanto menos
digna do templo quanto mais se afastar daquele modelo supremo.

Procure-se nomeadamente restabelecer o canto gregoriano no uso do povo, para que os fiéis tomem
de novo parte mais ativa nos ofícios litúrgicos, como se fazia antigamente.

5. A Igreja tem reconhecido e favorecido sempre o progresso das artes, admitindo ao serviço do culto
o que o gênio encontrou de bom e belo através dos séculos, salvas sempre as leis litúrgicas. Por isso
é que a música mais moderna é também admitida na Igreja, visto que apresenta composições de tal
qualidade, seriedade e gravidade que não são de forma alguma indigna das funções litúrgicas.

Todavia, como a música moderna foi inventada principalmente para uso profano, deverá vigiar-se com
maior cuidado por que as composições musicais de estilo moderno, que se admitem na Igreja, não

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