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REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

GOVERNO REGIONAL
S EC RE TA RI A REGI ON A L D E ED UC A Ç Ã O , C IÊN C IA E TEC N OL O GIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE

Grupo I – Compreensão textual

1.
1.1. Tendo em conta que Georgina é um produto da imaginação de George, e
que esta trata os seus problemas e avisos com uma certa indiferença, podemos
concluir que no fundo, a protagonista deste conto possui um medo inconsciente
do que poderá surgir no futuro.

1.2.

2. Georgina tenta avisar George, embora esta tente evitar o assunto, que a
velhice é inevitável e vai chegar juntamente com os sentimentos de solidão e
abandono que esta inconscientemente tanto teme, visto que não criou quaisquer
tipos de laços. Esta após experienciar toda a dor sentida por Georgina, encerra
o encontro ao direcionar a sua concentração para pensamentos positivos.

3. A mensagem de Georgina é recebida com alguma indiferença por parte de


George visto que esta ao experienciar aquilo que a sua versão mais velha sentia,
abandonou o encontro. No entanto apesar desta ilusória frieza, Georgina possui
um medo inconsciente do que poderá surgir no futuro, caso contrário, a imagem
de Georgina nunca apareceria a George no estado em que apareceu.

4. O nome das três figuras possui uma relação direta com a sua personalidade.
Gi é um nome muito mais leve, que retrata a rapariguinha inocente da vila, a
ingenuidade da juventude; George é um nome simples mas que retrata a mulher
independente, bem sucedida; a artista de mente aberta que aceita o moderno,
visto que na língua portuguesa encontramos o nome “Jorge” e não “George”;
Georgina é um nome mais comprido e mais pesado, que representa a solidão da
velhice e a inevitabilidade da morte.
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Grupo II – Gramática
a) Complemento direto
b) Complemento do nome??
c) Complemento direto

Grupo III

Debruçado sobre o sofá, a observar o irreversível destino dos pilares do


meu lar enquanto os impiedosos ponteiros aceleram para não se atrasarem ao
adiantamento do costume; encontro-me à margem de uma das decisões mais
importantes das próximas 8 horas: mais um dia a olhar para as mesmas paredes
a procrastinar e a pensar com o que vou acalmar a incessante fome desta vez,
ou mais uma série de masturbaçõezinhas mentais que mantêm o meu cérebro
longe do peso da mágoa existencial que as mesmas impõe?…
- Sabes que é muito mais fácil se te levantares de uma vez certo?
Acredita, vais ter imenso tempo para olhares para as paredes se isso for o que
tanto desejas. – pronuncia-se em tom de gozo.
Neste momento a paciência é tanta que a minha moleira se encontra tão
mole ao ponto de não conseguir identificar a origem desta voz que atormenta o
tormento que me prende ao sofá, apesar da estranha familiaridade que a mesma
transparece.
- Um dia vou ter paredes suficientes para entreter a vista. – afirma
suspirando.
- Ó Zé nabo, e se parasses com as merdas filosóficas e te levantasses?!
– responde apressadamente.
Levanto-me, e quando dou por mim, encontro-me inserido em mais um
dos infinitos diálogos angustiantes com que sou molestado desde o dia em que
aprendi a pestanejar; e apesar de exímio manejador de pálpebras, perco o
controle das mesmas ao aperceber-me que uma espectro meio para o desfocado
se forma à frente dos meus olhos, mesmo aqui, sentado ao meu lado no sofá.
Aquela cara enfeitada com tons de cinzento que transparece um sentimento de
conforto enorme; podia jurar que já a tinha visto em algum lado. Por momentos
considerei o facto do meu cérebro estar inocente de toda esta fachada, pois o
discurso diferia de todas as ramificações possíveis das personalidades que em
mim habitam, mas rapidamente percebi que estava errado, visto que esta
imitação barata de “vulto” respondia a tudo o que eu pensava.
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CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE

- Acho que já és velho o suficiente para perceberes que elas não são fruto
da algazarra que as tuas hormonas de suposto adolescente provocam certo?!
- Eu sei… elas ficam..

- Piores a cada dia, a cada instante… - responde interrompendo. Eu sei! Elas


nunca desaparecem, mas com o tempo vais aprender a controlar isso. Falo por
experiência.
Rapidamente intervenho:
- Quer dizer que a tempestade de ideias que troveja sem parar, todas as vozes
das multidões que ouço, todas as opiniões diferentes que se formam na minha
cabeça a partir do momento a que olho para uma simples coisa, todas as
mudanças repentinas de humor como se 500 pessoas tivessem a lutar pelo meu
controle remoto, toda a firme certeza que possuo dentro de tanto indecisão não
pá…
- Não pára! Sim… - responde interrompendo. É teu… é o que te faz ser tu. Pouca
gente entende, mas ela entende.

Prof, peço desculpa por ter de acabar isto assim a meio, mas só me apercebi
que já ultrapassei o limite de palavras, e se continuasse tão cedo não parava
de escrever.
Peço desculpa.

Marco Henrique Rodrigues da Silva


3ºCPI nº189

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