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I - ANÁTOMO-FISIOLOGIA DA VISÃO O quiasma óptico é a região onde há a junção das duas vias do
nervo óptico, de forma que a retina temporal segue
O olho é uma estrutura circular que funciona como um
ipsilateralmente e a retina nasal cruza para o lado oposto.
sistema de lentes. Os raios luminosos passam pela pupila e sofrem
Sistema geniculoestriado: projeção da retina para núcleo
refração na córnea, cristalino e humor aquoso, que funcionam
como lentes convergentes, focando a imagem na retina. geniculado lateral.
A retina é a camada do globo ocular constituída por células Córtex estriado: córtex visual primário no lobo occipital.
nervosas – fotorreceptores cones e bastonetes. Estas células Sistema tectopulvinar: projeção da retina para o colículo
transformam energia luminosa em impulsos nervosos, que serão superior, para o pulvinar (tálamo) e para áreas visuais parietais e
interpretados no córtex visual.
temporais. Essas conexões do sistema tectopulvinar é que dão o
- Ponto cego: área da retina desprovida de fotorreceptores onde
caráter emotivo da emoção.
as fibras convergem formando a cabeça do nervo óptico.
- Fóvea: ponto mais central da retina, onde há maior obs: ramos dorsal e ventral – Informações visuais partem das áreas
concentração de cones, então é a área de maior visão do olho. visuais occipitais para os lobos parietal (função “como”) e temporal
(função “o quê”), formando os ramos dorsal e ventral, respectivamente.
Córtex occipital: córtex visual primário: é área 17 de Brodmann (córtex
calcarino) e que constitui V1 + córtex visual secundário: formado por V2 e
V3 que são as áreas 18 e 19
#Via óptica:
Retina
fotorreceptores Nervo Quiasma
céls bipolares óptico óptico
céls ganglionares
Corpo
radiações
geniculado Trato óptico
ópticas lateral
Existem várias camadas na retina. As principais são a dos
cones e bastonetes e a de células bipolares e ganglionares, que
têm a função de modular impulsos nervosos (1º, 2ª e 3º neurônios
da via óptica localizam-se na retina).
córtex visual áreas 17,
18, 19 núcleos pre-tectais
(tecto do mesenséfalo)
V1 (camada 4)
Via Pentaneuronal:
I Neurônio receptor fotomotor na retina (cones e bastonetes).
II Neurônio Células Bipolares.
III Neurônio Células Ganglionares.
IV Neurônio Corpo Geniculado Lateral ou Colículo Superior
do Mesencéfalo.
V Neurônio Na área Occipital estriado (Sulco Calcarino).
Os cones estão em maior concentração na fóvea e são
responsáveis pela visão de cores (visão diurna). Os três principais Como o olho é um sistema côncavo, a retina temporal
são sensíveis ao comprimento de onda da luz azul, verde e relaciona-se ao campo nasal, que segue ipsialteralmente até o
vermelha. Através da sensibilidade dos diferentes cones somos córtex; e a retina nasal relaciona-se ao campo temporal, que cruza
capazes de identificar as variadas cores (alteração nos cones no quiasma óptico e chega ao lado contralateral no córtex. As
discromatopsia/acromatopsia= incapacidade de enxergar cor). fibras temporais do olho esquerdo enxergam o campo nasal à
direita; as fibras nasais esquerdas enxergam o campo temporal
esquerdo. Esta é a representação do campo visual em relação à via
óptica.
II – LESÕES NAS VIAS ÓPTICAS obs: existe uma particularidade em relação às lesões
01, No nervo óptico: fibras temporais e nasais de uma mesma retroquiasmáticas. Topograficamente, as fibras ao nível do trato óptico são
hemi-retina ficam lesadas e por elas não trafegam estímulos, mais distantes uma das outras. Então na lesão do trato óptico há uma
levando a uma amaurose ipsilateral, estando o outro lado normal. hemianopsia homônima incongruente, que significa que as perdas nasal e
temporal são assimétricas, uma é maior do que a outra. Mais perto da
Se for lesão parcial, há perda parcial daquele lado.
radiação óptica já ocorre uma hemianopsia homônima congruente.
III – SEMIOLOGIA
* Alterações:
└ Ambliopia: alteração visual em consequência da idade
└ Amaurose: perda da visão por causa neurológica
└ Cegueira: perda visual de origem oftalmológica
B) Exame da Visão para Cores: tabela de Ishihara
* Alteração: discromatopsias (alteração nos cones)
C) Campimetria (Exame do campo visual)
Campimetria de Confrontação: o paciente fica parado na
frente do examinador a meio metro de distância, com os olhos na
mesma altura dos dele. Ambos tapam um olho, e o paciente deve
olhar fixamente para o olho do examinador. Um objeto é
movimentado, de modo que se teste os campos temporal superior
e inferior e nasal superior e inferior.
Campo visual computadorizado: é mais especializado, feito
pelo oftalmologista.
* Alteração: escotomas – perda de uma parte do campo total
(hemianopsia, quadrantopsia, amaurose total).