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A Guerra Fria realmente terminou com o fim da União Soviética ?  

A Guerra Fria, foi o período de grande bipolaridade protagonizado por Estados Unidos e
União Soviética, as duas potências vencedoras da II Guerra mundial, um confronto de
ideologias, que não culminou em um conflito armado, mas marcou uma época de
instabilidade mundial. Apesar de ter seu fim em 1991 com o fim da URSS, atualmente os
novos acirramentos políticos, fazem com que acreditemos que as atuais relações de
ocidente com Moscou estão levando o planeta ao novo período de tensão entre países.

( Charge retirada do site <​http://www.jarbasdomingos.com​ > exemplificando a nova “Guerra


Fria”.)

A “Nova Guerra Fria” por estar situada em outro contexto mundial, ganha novas
configurações, mudanças complexas e inter-relacionadas entre si na tecnologia, na
estrutura da produção e do comércio, nos fluxos financeiros e nas relações de poder. Hoje,
não são apenas duas potências desenvolvidas que possuem o controle de tecnologias,
mercados e exercem influências aos demais países do globo, outras novas nações se
destacaram no cenário mundial como a China, ​potência mundial no contexto industrial e
econômico​, Coreia do Norte que apesar de não ser economicamente forte recentemente
vem demonstrando grande potencial bélico se tratando de mísseis e a Rússia que pretende
retomar ​o poderio minado pelo colapso da União Soviética.
As relações entre os Estados Unidos e a Rússia são de natureza conflituosa, desde a
ascensão de W. Putin à presidência da Federação da Rússia, suas políticas externas
entraram em rota de colisão novamente com a estratégia norte-americana e seu modelo de
ordenamento internacional, principalmente em questões que dizem à respeito aos conflitos
árabes, mais especificamente na Guerra da Síria, onde o governo de Putin apoia o regime
de Bashar Al-Assad e os Estados Unidos juntamente com Reino Unido e França,
representam a maior oposição ao ditador sírio.

( Charge retirada no site ​<​operamundi.uol.com.br​>​ que exemplifica o conflito EUA X RUS no


contexto da guerra na Síria.)

Outro fator mais recente é a eleição do Presidente americano Donald Trump que possui
uma política unilateral, colocando os interesses de seu país como prioridade e enxergando
as ​relações internacionais como um ambiente hostil, valendo a lógica de soma zero, “se eu
quero ganhar, alguém tem que perder”, o ​que acentuou ainda mais a rivalidade EUA e RUS.
O que deixa mais claro que há um clima de Guerra Fria foi o ataque recente organizado por
EUA, Reino Unido e França, em 14 de abril de 2018 em resposta ao uso de armas químicas
pelo governo de ​Bashar al-Assad, que teve reação do Presidente russo, Vladimir Putin, que
classificou de ​"agressão contra um Estado soberano"​. ​A preocupação atual é se o ataque à
Síria pode levar a um conflito direto entre países ocidentais, principalmente Estados Unidos,
contra a Rússia, apesar de um conflito direto não ser do interesse de ambos os países, o
clima acirrado permanece e os conflitos na Síria também representam uma forma confronto
indireto entre as potências que no passado deixaram o mundo apreensivo e que hoje
apresentam novamente o mesmo risco.
(Charge retirada do site ​<w
​ ww1.folha.uol.com.b​>r​ exemplificando a tensão Estados Unidos,
Rússia e Coreia do Norte.)

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