o OPOSIÇÃO – art.

682

§ É cabível quando um terceiro pretende, total ou

parcialmente, a coisa ou o direito que está sendo
debatido em um processo, trazendo questão
incompatível com a vontade das partes, sendo
proposta, portanto, em face de autor e réu;
§ A oposição pode ser apresentada até a sentença,
devendo ser apensada os autos da ação principal e,
consequentemente, distribuída por dependência (art.
685);
• Se a oposição é apresentada na fase de
instrução e julgamento, em regra, o processo
ficará suspenso ao final dessa fase;
§ Autor e réu da ação principal serão citados para, no
prazo de 15 dias, contestar as alegações do opoente;

o EMBARGO DE TERCEIRO – art. 674

§ É uma espécie de ação de conhecimento em que um

terceiro, que NÃO É PARTE DO PROCESSO, tem
como objetivo desconstituir um ato judicial de um
determinado processo, que tenha levado à
constrição de algum bem de que seja proprietário
ou possuidor;
• É cabível, inclusive, quando houver ameaça de
constrição;
 § Constrição, ou esbulho judicial, pode ser realizado
por diversas formas, tais como penhora, arresto,
sequestro, busca e apreensão, imissão na posse;
§ Difere das ações possessórias, pois nessas há
ameaça, turbação ou esbulho por outra pessoa que
virá a ser parte em um processo, enquanto que nos
embargos de terceiro há ameaça ou constrição
judicial;

§ Difere da oposição, pois nessa o terceiro opositor

ingressa em um processo para discutir o direito
material, afirmando que nem autor ou réu são titulares,
enquanto nos embargos o terceiro é
comprovadamente proprietário ou possuidor, não
tendo interesse na resolução na demanda principal;

§ LEGITIMIDADE ATIVA
• Terceiro que não seja parte no processo
principal, sendo possuidor ou proprietário do
bem que sofreu ameaça ou constrição judicial
(art. 674, §1º);
• Súmula 84 do STJ - É admissível a oposição de embargos de terceiro
fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e
venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.
• Equipara-se ao terceiro (art. 674, §2º):
o Cônjuge ou companheiro (a) para defesa

da meação;
§ Em regra, quando um cônjuge
contrai dívida que serve em
benefício da família;
 § O cônjuge poderá opor embargos de
terceiro para proteger a meação e
embargos à execução para
impugnar o título executivo em si e,
aqui, defender o patrimônio como
um todo (AgInt no Resp 1.680.021);
o Adquirente de bem cuja constrição
decorre de decisão que declara ineficaz
por fraude à execução;
o A pessoa que sofres constrição por
DPJ;
o Credor com garantia real, que não foi

intimado acerca de expropriação judicial;

§ LEGITIMIDADE PASSIVA
• Em regra, será aquele a quem o ato de
constrição beneficia (art. 677, §4º), mas,
eventualmente, pode ser que o
devedor/executado indique um bem de terceiro
à penhora;

§ COMPETÊNCIA
• Em regra, será do juiz de primeiro grau que
proferiu a decisão de constrição do bem, mesmo
se o processo estiver pendente de julgamento
de recurso;
• Se houver necessidade de expedição de carta
precatória para realizar a constrição (art. 676):
 o Se expedida carta precatória para
penhorar os bens necessários a fim de
garantir a execução, ou seja, sem
indicação de bem específico, o juízo
competente será o deprecado;
o Se expedida carta precatória para
penhorar bem específico, o juízo
competente será o deprecante;
o Se não houver indicação de bem
específico, mas a carta retornar ao
deprecante, será desse a competência
para julgar os embargos;

§ PRAZO – art. 675

• Se a constrição ocorreu na fase de
conhecimento, os Embargos poderão ser
opostos ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DA
SENTENÇA;
• Se a constrição ocorreu na fase de
cumprimento de sentença, os Embargos
poderão ser opostos até 5 dias contados da
expropriação judicial e antes da assinatura
da carta de expropriação, desde que o
terceiro tenha tido conhecimento da
execução, pois, caso não o tenha, os 5 dias
serão contados a partir da imissão na posse
(AgRg no AResp 389.222);

§ PROCEDIMENTALIZAÇÃO
 • Na inicial, o Embargante deve provar o seu
direito de posse ou propriedade, devendo
juntar documentação comprobatória e, caso
entenda necessária, requerer audiência de
justificação (art. 677, §1º);
o Deve, ainda, apresentar o rol de
testemunhas na inicial, sob pena de
preclusão (Resp 362.504);
• Feita a prova da posse/propriedade, o juiz
expedirá liminar a fim de suspender os atos
de constrição e consequente
manutenção/reintegração provisória da posse
do embargante (art. 678);
o Possibilidade de exigência de caução,

salvo aos hipossuficientes;

• Ocorrerá a citação do embargado, em regra na
pessoa do advogado (§3º do art. 677), a fim de
apresentar contestação no prazo de 15 dias (art.
679);
o A contestação do embargado na hipótese

de fundamentação acerca de garantia

real deverá se limitar em tratar de
devedor ser insolvente, o título ser
nulo, não obrigar terceiro ou outra ser a
coisa dada em garantia (art. 680);
• Após contestação, seguirá o procedimento
comum;
•
o AÇÃO MONITÓRIA – art. 700
 § É cabível quando há prova escrita (podendo até ser
prova oral documentada), que não possua eficácia
de título executivo, mas tenha direito de exigir do
devedor o pagamento de quantia, entrega de coisa
ou adimplemento de obrigação de fazer ou não
fazer;

• S 299 do STJ - É admissível a ação monitória fundada em cheque

prescrito.
• S 339 – é cabível ação monitória contra a Fazenda Pública; (§6º doa art.
700);

§ Na inicial, o autor deverá apontar a importância

devida juntamente com a memória de cálculo, o
valor da coisa reclamada ou o conteúdo
patrimonial em discussão, sob pena de
indeferimento;
§ A citação do réu será realizada por qualquer meio
permitido;
§ Se evidente o direito do autor, o juiz expedirá o
mandado de pagamento/entrega da
coisa/execução da obrigação no prazo de 15 dias +
honorários advocatícios em 5%;
• O réu será isento de custar se cumprir o
determinado no prazo de 15 dias;
§ Se, não realizado o pagamento no prazo de 15 dias,
SERÁ CONSTITUÍDO UM TEJ;
§ Independentemente da garantia do juízo, pode o réu
opor embargos à monitória nos mesmos autos,
 podendo fundar-se em defesa passível ser der
analisada no procedimento comum;
• Se os embargos forem fundados em quantia
divergente, deve o embargante apontar a
quantia que acha devida apresentando
memória de cálculo atualizada, sob pena de
rejeição liminar dos embargos;
• Os embargos podem autuar em autos
apartados;

o INVENTÁRIO E PARTILHA – art. 610

§ O inventario poderá ser extrajudicial, caso não haja

litígio e filhos menores ou incapazes (§1º do art. 610),
desde que assistidos por advogados ou defensor
público;
§ Havendo testamento, o inventário deverá ser
judicial (art. 610);
§ O inventario deve ser instaurado no prazo de 2 meses
da abertura da sucessão (óbito), sob pena de multa;
§ O juiz do inventário deve decidir todas as questões de
direito, só remetendo às vias ordinárias o que
depender de prova;
§ Será nomeado um inventariante e, até lá, o espólio
será possuidor e administrador provisório, que
responderá ativa e passivamente, além de prestar
contas ao juízo do inventário;
§ LEGITIMIDADE PARA REQUERER O INVENTÁRIO:
• Cônjuge ou companheiro (a)
 • Herdeiro
• Legatário
• Testamentário
• Cessionário do herdeiro/legatário;
• Credor do herdeiro/legatário/autor da herança;
• Ministério público;
• Fazenda;
• Administrador judicial da falência do
herdeiro/legatário/autor da herança ou seu
cônjuge/companheiro;
§ ORDEM DE NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE
• Cônjuge ou companheiro sobrevivente, que
conviviam com o de cujus;
• Herdeiro que possui posse/administração
• Qualquer herdeiro
• Herdeiro menor, desde que representado
• Testamenteiro, se lhe confiada a
administração;
• Cessionário do herdeiro/legado
• Inventariante judicial
• Pessoa idônea;
§ Após intimação da nomeação, o inventariante deve
comparecer ao juízo no prazo de 5 dias para
assinatura de termo (art. 617);
§ DEVERES DO INVENTARIANTE (art. 618):
• Representar e administrar o espólio;
• Prestar declarações;
• Apontar bens recebidos pelos herdeiros;
• Prestar contas
 • Alienar bens, transigir e pagar contas;
• (...)
§ Da nomeação, o inventariante deve prestar as
primeiras declarações no prazo de 20 dias (art. 620);
§ O inventariante poderá ser removido de ofício ou a
requerimento se não cumprir com seus deveres (Art.
622);
§ Após as primeiras declarações, as partes serão
citadas para, no prazo de 15 dias, realizar
impugnações (art. 626 a 629);
§ Se alguém se considerar preterido, poderá pedir
ingresso no inventário e requerer a partilha, havendo
a oitiva das partes para posterior decisão do juiz;
§ Será realizado o cálculo dos impostos, pagamento de
dívidas e posterior partilha do patrimônio sucessório
que sobrar;

o AÇÕES DE FAMÍLIA

§ As ações de família devem primar pela solução

consensual com uso da mediação;
§ Participação do MP quando houver criança,
adolescente ou incapaz e vítima de violência
doméstica ou familiar;
§ Se o processo envolver abuso ou alienação parental,
o juiz deve estar acompanhado de especialista;
§ ALIMENTOS
• Lei 5.474/68 – art. 4º - alimentos provisórios
serão concedidos no despacho inicial,
 independentemente de requerimento da parte,
salvo se recusa expressa;
• Foro competente: domicílio do alimentante;
• Valor da causa: 12x a prestação alimentar
mensal;
§ DIVÓRCIO
• Unilateral?
• Lembrar que separação finaliza a coabitação
e o divorcio o vínculo matrimonial;
• Foro competente:
o Domicílio do guardião do filho menor ou

incapaz;
o Último domicílio do casal;
o Domicílio da vítima de violência doméstica;

o Do réu;