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Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCE-CE 2015

Aula 01
Prof. Luiz Henrique Lima

Aula 01 – Normas constitucionais sobre controle externo

Sumário
1. Normas constitucionais sobre Controle Externo................................................................................ 2
2. Segunda Bateria de Exercícios .......................................................................................................... 15
3. Gabarito ............................................................................................................................................ 24
4. Comentários ao gabarito .................................................................................................................. 25
5. FIM DE PAPO .................................................................................................................................... 42

Olá Pessoal!
Estão estudando muito para o nosso concurso?
Que bom!
Mas lembrem-se: tem que haver equilíbrio em tudo. Nunca deixem de
reservar um tempo para o lazer, praticar uma atividade física, distrair a mente
com um bom filme ou livro não-técnico, conviver com a família e os amigos,
descansar ... Tudo isso é importante e deve ser feito com prazer, sem ficar se
culpando (ah, estou aqui me divertindo quando deveria estar revisando a
matéria tal ...). Nosso aprendizado rende bem mais, quando conseguimos um
bom equilíbrio para a satisfação de nossas necessidades físicas, emocionais,
intelectuais etc. Falo por experiência, pois já me dei mal querendo focar 100%
só numa prioridade e descuidando dos demais aspectos que compõem nossa
existência.
Podemos começar?
Já separaram todo o material de consulta que recomendei a vocês na Aula
Demonstrativa? Não esqueçam que, muitos dos meus comentários relativos às
opções de resposta às questões das bancas fazem referência a dispositivos
legais. É importante que você, ao resolver a questão e ao ler minhas anotações,
tenha ao lado esse material, inclusive para fazer as necessárias anotações.
Mas, antes de iniciar, para uniformizarmos nossa linguagem e para não
ficar repetindo muitas vezes as mesmas expressões, vou combinar alguns
códigos com vocês.
Quando eu quiser fazer remissão a um artigo da Constituição, vou colocar
entre parênteses (CF: art. **).
Para a Lei Orgânica do TCE-CE, o código será: (LOTCE: art. **).

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A mesma coisa para o Regimento Interno, que chamaremos de RITCE, a


Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Lei no 8.666/1993, que chamaremos na
intimidade somente de “8.666”.
Outras siglas importantes são MPC (Ministério Público de Contas), TC
(tomada de contas), PC (prestação de contas) e TCE (tomada de contas
especial).
Havendo necessidade, combino outras siglas e códigos depois, está bem
assim?
Na Aula de hoje, percorreremos o seguinte roteiro:
 Normas constitucionais sobre Controle Externo. Controle Externo a cargo
dos Tribunais de Contas; e
 Segunda bateria de exercícios comentados.

Normas constitucionais sobre Controle Externo


Todo o estudo de Controle Externo tem como base as normas
constitucionais que dispõem sobre o controle externo. É a partir delas que
foram estruturadas as normas das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos
Municípios. É com fundamento em tais alicerces que foram elaboradas a Lei
Orgânica do TCU (Lei no 8.443/1992) e os diplomas equivalentes nos Estados,
Municípios e Distrito Federal, inclusive a LOTCE. Desse modo, é indispensável
ao estudioso do tema conhecê-las com minúcia e analisá-las com profundidade.
Estimo que em concursos públicos, o candidato que dominar tão-somente os
dispositivos constitucionais relativos à atuação dos Tribunais de Contas terá
condições de responder satisfatoriamente cerca de 50% das questões de
controle externo uma prova objetiva de múltipla escolha.
O primeiro aspecto a ser destacado é que não basta apenas estudar os
artigos 70 a 75 da Carta Magna, constantes da Seção IX – Da fiscalização
contábil, financeira e orçamentária, do Capítulo 1 – Do Poder Legislativo, do
Título IV – Da organização do Estado. Com efeito, embora tais artigos
constituam o núcleo de nossa disciplina, em numerosos outros dispositivos
constitucionais encontram-se normas de capital importância para a organização
e funcionamento dos Tribunais de Contas em nosso país, a exemplo dos arts.
31; 34, VII, ‘d’; 35, II; 37; 49, IX e X; 51, II; 52, III, ‘b’; 57, caput; 84, XV e
XXIV; 102, I, ‘d’ e ‘q’; 105, I, ‘a’; e 161, parágrafo único.
De igual modo, veremos que, além das Leis Orgânicas dos TCs, muitos
outros diplomas legais posteriores vêm atribuindo crescentes responsabilidades
para a atuação do controle externo. Destacam-se, nesse particular, a Lei de
Licitações e Contratos Administrativos (Lei no 8.666/1993), a Lei de
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 101/2000) e a Lei de Crimes
Fiscais (Lei no 10.028/2000).

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É nosso objetivo, então, estudar o conjunto dessas normas constitucionais


e legais da forma mais completa possível.
Dispõe o art. 70, caput, que a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.
Assim, a titularidade do controle externo na União é do Congresso
Nacional e cada Poder deverá ter o seu próprio sistema de controle interno. A
dimensão de tais controles não se limita a uma perspectiva restrita de
legalidade e conformidade contábil, mas alcança as dimensões contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial sob os critérios da
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia
de receitas. Destaque-se, também que o controle não se restringe à
administração direta, mas também à indireta.
Para lembrarmos a abrangência da fiscalização, utilizamos o mnemônico
COFOP. A fiscalização COFOP é:
 Contábil;
 Orçamentária;
 Financeira;
 Operacional; e
 Patrimonial.

Exemplos:
 Exemplo de fiscalização contábil: verificação quanto à correção dos
lançamentos contábeis.
 Exemplo de fiscalização orçamentária: verificação quanto à
legalidade da abertura de créditos adicionais.
 Exemplo de fiscalização financeira: verificação quanto à correção
dos pagamentos e saques.
 Exemplo de fiscalização patrimonial: verificação quanto à correção
do inventário de bens.

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Lembremos também sempre dos três critérios de análise do controle


externo:
 Legalidade;
 Legitimidade; e
 Economicidade.
Adiante veremos que uma das hipóteses de julgamento pela
irregularidade das contas de um gestor, e de aplicação de sanções, é a prática
de um ato de gestão ilegal, ilegítimo ou antieconômico.
Nos termos do parágrafo único do dispositivo, prestará contas qualquer
pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária. A prestação de contas é um princípio constitucional sensível. Sua
não-observância caracteriza crime de responsabilidade e pode ensejar a
intervenção federal em estado ou a intervenção estadual em município.

 Pergunta do aluno: Deve prestar contas uma pessoa física, mesmo


que não seja agente público, ou uma pessoa jurídica privada que não pertença
à administração indireta?

 Sim! Desde que tais pessoas tenham sido responsáveis pela utilização,
guarda, gerência ou administração de dinheiros, bens e valores públicos, estão
obrigadas à regular prestação de contas.

Em harmonia com nosso sistema federativo, nos Estados a


titularidade do controle externo é das Assembleias Legislativas e nos
Municípios é das Câmaras Municipais.
O art. 71 da CF esclarece que o exercício do controle externo pelo
Congresso Nacional será feito com o auxílio do TCU, ao qual compete:

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I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da


República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em
sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis


por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas
pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de


admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e
indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e
pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do


Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e
auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de


cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos
termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela


União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional,


por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas
Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções
realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de


despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que
estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as


providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada
ilegalidade;

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X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,


comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou


abusos apurados.

Como se vê, são múltiplas as competências do TCU. Vamos fixar as


principais.
O TCU julga as contas dos administradores e demais responsáveis.
Todavia, o TCU não julga as contas do Presidente da República.
O julgamento das contas do Presidente da República é de competência
exclusiva do Congresso Nacional (art. 49, IX). O que o TCU faz em relação a
tais contas é apreciá-las, mediante parecer prévio. Tal parecer prévio será
encaminhado à Comissão Mista de Orçamento do CN, que por sua vez,
oferecerá parecer concluindo por projeto de Decreto Legislativo, o qual será
submetido à votação do CN. Tal votação é que constitui o julgamento das
contas anuais do Presidente da República.
Quanto aos demais administradores, suas contas serão julgadas pelo TCU
como regulares, regulares com ressalvas ou irregulares. Em Aula
vindoura, detalharemos as condições e implicações de cada uma dessas
situações.

 Pergunta do aluno: Quem são os responsáveis?


 Agente responsável é a pessoa física que utiliza, arrecada, guarda, gerencia
ou administra dinheiros, bens e valores públicos da União e das Entidades da
Administração Indireta ou pelos quais estas respondam, ou que, em nome
destas, assuma obrigação de natureza pecuniária. Caracteriza também o gestor
de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo,
ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal, a
Município, a Entidades Públicas ou Organizações Particulares.

No que concerne aos atos de admissão de pessoal, a qualquer título


(inclusive temporários) e aos atos de concessão de aposentadorias, reformas e
pensões, o TCU também não os julga, mas aprecia, para fins de registro, a

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sua legalidade. Bastante atenção deve ser concedida a esse inciso, cuja
redação é confusa. Sintetizando: o TCU
 aprecia a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título,
na administração direta e indireta (incluindo as fundações instituídas e
mantidas pelo poder público);
 aprecia a legalidade das concessões de aposentadorias, reformas e
pensões civis e militares;
 não aprecia as nomeações para cargo de provimento em comissão; e
 não aprecia as melhorias posteriores das aposentadorias, reformas e
pensões que tiverem o mesmo fundamento legal do ato concessório.
O dispositivo alcança os servidores públicos federais, civis e militares ou
seus beneficiários. A apreciação consiste em conceder ou negar o registro do
ato. Na jurisprudência do STF, a concessão de uma aposentadoria é um ato
administrativo complexo que somente se aperfeiçoa com o registro pelo
Tribunal de Contas (MS 19.973-DF, Relator Ministro Bilac Pinto).

 Pergunta do aluno: O que significa “o mesmo fundamento legal do ato


concessório”?
 Significa, por exemplo, que se determinado servidor foi aposentado com
proventos proporcionais e lhe é estendida uma vantagem concedida a toda a
sua categoria, essa alteração não será objeto de nova apreciação. Todavia, se
houver alguma alteração para conceder-lhe proventos integrais, implicando em
modificação dos fundamentos legais do ato concessório, referida mudança
deverá ser apreciada pela Corte de Contas.

No inciso IV, verificamos a competência para realizar, por iniciativa


própria, ou por solicitação do Legislativo, inspeções e auditorias nas unidades
administrativas de todos os Poderes e das entidades que lhe são
jurisdicionadas. Não é estabelecida nenhuma exceção ou imunidade em relação
à competência fiscalizatória do TCU. Isso significa que um AUFC do TCU poderá
realizar trabalhos de fiscalização dentro da Usina Nuclear de Angra dos Reis, ou
da Casa da Moeda, ou do Palácio do Planalto, ou mesmo da Embaixada
brasileira em Bagdá, capital do Iraque!

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O inciso V diz respeito a empresas supranacionais, cujo exemplo mais


conhecido, mas não único, é Itaipu Binacional, que tem a participação dos
governos do Brasil e do Paraguai.
Merece destaque também o inciso VI, segundo o qual, compete ao TCU
fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao
Distrito Federal ou a Município. Assim, o TCU poderá, por exemplo, julgar
irregulares as prestações de contas de um Governador ou de um Prefeito em
relação à aplicação de recursos federais repassados mediante convênio,
inclusive, aplicando-lhes sanções.

A hipótese do inciso VI não se aplica no caso de recursos do FPE, do FPM e de


outras transferências constitucionais e legais, porque em tais situações os
recursos não são federais, mas estaduais ou municipais, sendo a União
apenas responsável pela sua arrecadação e repasse. No caso de transferências
voluntárias, os recursos são federais e a competência fiscalizatória é do TCU.

Com respeito ao inciso VIII, anotemos que toda sanção deve ter base
legal, ou seja, não pode ser prevista apenas em regimento ou norma infralegal.
Estudaremos numa próxima aula que a LOTCU prevê uma multa equivalente a
até 100% do valor atualizado do débito. Assim, se o responsável provocou um
dano de R$ 10 mil, poderá ser condenado, além do ressarcimento do dano no
valor de R$ 10 mil, a uma multa no valor de até R$ 10 mil.
Em geral, a primeira leitura dos incisos IX e X do art. 71 da Carta Magna
não é esclarecedora, bem como a dos §§1º e 2º do mesmo art. 71. Tentaremos
explicá-los.
De fato, dispõe o inciso IX do art. 71 da Carta Magna que compete ao
TCU assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. O inciso X
do mesmo artigo prevê que, se não atendido, compete ao TCU sustar a
execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados
e ao Senado Federal. Por sua vez, quando em vez de atos, se tratar de
contratos, seguir-se-á o procedimento prescrito nos §§1º e 2º do mesmo art.
71.
O quadro a seguir, resume tais regras.

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Ato Contrato
1º passo TC constata a ilegalidade TC constata a ilegalidade
2º passo TC assina prazo para que TC assina prazo para que
o órgão ou entidade adote o órgão ou entidade adote
as providências as providências
necessárias ao exato necessárias ao exato
cumprimento da lei cumprimento da lei
3º passo Se atendido, encerra o Se atendido, encerra o
procedimento procedimento
4º passo Se não atendido, o TC Se não atendido, o TC
susta a execução do ato comunica os fatos ao
impugnado, comunicando Poder Legislativo
a decisão ao Poder
Legislativo
5º passo O Poder Legislativo adota
diretamente a sustação
do contrato e solicita, de
imediato, ao Poder
Executivo as medidas
cabíveis
6º passo Se o Poder Legislativo ou
o Poder Executivo, no
prazo de noventa dias,
não efetivar as medidas
previstas no parágrafo
anterior, o Tribunal
decidirá a respeito da
sustação do contrato

Conforme o §3º do art. 71, as decisões do Tribunal de que resulte


imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo
extrajudicial, o que significa que não será necessário inscrevê-las na dívida
ativa para efetivar a cobrança judicial, que não será de responsabilidade do
TCU, mas da Advocacia-Geral da União.

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Todas as competências previstas nos incisos do art. 71 da CF se aplicam,


mutatis mutandis, ao TCE-CE. Na Aula acerca de competências do TCE-CE
examinaremos com detalhe o art. 1º da LOTCE.

O art. 72 da Constituição é um dos menos explorados pelas bancas


examinadoras.
Segundo o dispositivo, diante de indícios de despesas não autorizadas,
ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do
Congresso Nacional - CMO poderá solicitar à autoridade governamental
responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.
Se tais esclarecimentos não forem prestados ou se considerados
insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal de Contas da União
pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
Se o TCU entender que a despesa é irregular, a Comissão, se julgar que o
gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá
ao Congresso Nacional sua sustação.
Assim, o dispositivo prevê uma atuação complementar da Corte de Contas
e do Congresso, que poderíamos assim sintetizar:

Pressuposto Indícios de despesas não autorizadas,


ainda que sob a forma de investimentos
não programados ou de subsídios não
aprovados
1º passo solicitar à autoridade CMO
governamental responsável que,
em 5 dias, preste os
esclarecimentos necessários
2º passo exame dos esclarecimentos CMO
3º passo se os esclarecimentos não forem CMO
prestados ou se considerados
insuficientes, solicitar ao TCU
pronunciamento conclusivo sobre
a matéria, em 30 dias.

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4º passo emitir pronunciamento conclusivo TCU


5º passo se o TCU entender que a despesa CMO
é irregular, julgar se o gasto pode
causar dano irreparável ou grave
lesão à economia pública,
6º passo em caso afirmativo, propor ao CMO
Congresso Nacional a sustação da
despesa
7º passo deliberar acerca da sustação da Congresso
despesa

Trata-se de uma hipótese bastante rara. Não temos notícia de nenhuma


situação em que a norma tenha sido aplicada desde a promulgação da
Constituição.
O art. 73 disciplina a composição do TCU, que é integrado por nove
Ministros e tem sede no Distrito Federal, possuindo quadro próprio de pessoal e
jurisdição em todo o território nacional. São cinco os requisitos exigidos pela
Carta Magna para a nomeação para Ministro do Tribunal de Contas da União:
 nacionalidade: ser brasileiro;
 idade: possuir mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
cinco anos de idade;
 idoneidade moral e reputação ilibada;
 formação: notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,
econômicos e financeiros ou de administração pública;
 experiência: mais de dez anos de exercício de função ou de
efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos supra
mencionados.
A escolha de Ministros do TCU obedece a dois processos distintos:
I - dois terços são escolhidos pelo Congresso Nacional, na forma do
Regimento Comum.
Nesse caso, exige-se apenas o atendimento dos requisitos do § 1o do art.
73 da CF.
II - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado
Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do
Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo
Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento.
Aqui, há um rito específico e critérios adicionais. O nome indicado é
submetido à aprovação do Senado em votação secreta, após arguição pública.
Somente se confirmada a indicação, pode proceder-se à nomeação. Quanto aos
critérios, além dos requisitos já descritos, um dos nomes deve ser escolhido a

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partir de lista tríplice de Auditores (Ministros-Substitutos) do TCU, elaborada


pelo Tribunal; outro será indicado a partir de lista tríplice de membros do
Ministério Público junto ao Tribunal, também elaborada pelo TCU; e somente
um nome será de livre escolha do Chefe do Poder Executivo.
Em todos os casos, a nomeação é feita pelo Presidente da República, mas
quem dá posse é o Presidente do TCU.

Indicações de Ministro do TCU

Quem indica Fração Critério de Observação


escolha
Presidente da 1/3 (um terço) = 1 Ministro dentre 1) Aprovação do
República (CF: 3 Ministros os Auditores Senado
art. 73
1 Ministro dentre (CF: art. 52, III, ‘b’);
os Membros do 2) PR nomeia (CF:
MPTCU art. 84, XV)
1 Ministro de
livre escolha
(CF: art. 73, §
1o, incisos I a IV)
Congresso 2/3 (dois terços) Livre escolha PR nomeia (CF: art.
Nacional (CF: = 6 Ministros (CF: art. 73, § 84, XV)
art. 73, §2o, II) o
1 , incisos I a IV)

Adiante, veremos como essa regra de composição aplica-se ao TCE-CE.


Na Carta Política de 1988, o art. 74 estabeleceu a obrigatoriedade dos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterem, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

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Atenção!
O dispositivo fala em finalidades! Muitas vezes o enunciado das questões
utiliza os termos “objetivos”, “competências” etc., que podem ser diversos. Mas
finalidades do controle interno são apenas essas quatro previstas na
Constituição.

Na forma do §1º, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem


conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao
Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
Conforme o §2º do art. 74, qualquer cidadão, partido político, associação
ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
A denúncia sobre matéria de competência do Tribunal deverá se referir a
administrador ou responsável sujeito à sua jurisdição, ser redigida em
linguagem clara e objetiva, conter o nome legível do denunciante, sua
qualificação e endereço, e estar acompanhada de indício concernente à
irregularidade ou ilegalidade denunciada.
Atenção! O tema denúncia é um dos favoritos da FCC!
O art. 75 estipula que as normas estabelecidas para o controle externo na
esfera federal aplicam-se, no que couber, à organização, composição e
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem
como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios, consagrando o
princípio da simetria. O parágrafo único orienta as Constituições estaduais a
dispor sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete
Conselheiros.

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No caso dos Tribunais de Contas dos Estados, quando da elaboração das


Constituições estaduais, em 1989, surgiu a seguinte dúvida: sendo 7 (sete) o
número de Conselheiros, e não sendo 7 um número múltiplo de 3 (três), como
obedecer ao critério de indicação de dois terços pelo Legislativo e um terço pelo
Executivo?
De fato, dois terços de 7 são 4,7, e um terço são 2,3. Alguns estados optaram
por atribuir 5 (cinco) indicações ao Legislativo e 2 (duas) ao Executivo. Como
era de se esperar, a controvérsia foi levada ao STF, que terminou por firmar
jurisprudência, expressa na Súmula no 653, que, nos Tribunais de Contas
estaduais, quatro Conselheiros devem ser escolhidos pela Assembleia
Legislativa e três pelo Chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este
indicar um dentre auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e um
terceiro a sua livre escolha.
Assim, no caso do TCE-CE, temos:
a) quatro Conselheiros escolhidos pela Assembleia Legislativa; e
b) três Conselheiros pelo Governador, sendo um dentre auditores, outro dentre
membros do Ministério Público de Contas, e um terceiro de sua livre escolha.

Uma importante peculiaridade do controle externo nos municípios é que,


para tais entes, o parecer prévio das Cortes de Contas sobre as contas anuais
do Prefeito possui um caráter quase-vinculante, somente deixando de
prevalecer pelo voto contrário de dois terços dos membros da Câmara Municipal
(CF: art. 31, §2º).
A Carta Magna, no art. 130, prevê a existência de um Ministério Público
junto aos Tribunais de Contas, a cujos membros aplicam-se as disposições
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura dos membros do
Ministério Público. Todavia esse Ministério Público que a doutrina costuma
denominar Ministério Público de Contas não integra o Ministério Público da
União. Assim, sua composição e organização são disciplinadas, em regra, nas
leis orgânicas dos Tribunais de Contas.
E agora vamos para a segunda bateria de Exercícios comentados,
focando, essencialmente os temas estudados hoje e na Aula Demonstrativa. A
numeração é sequencial para todo o curso. Tivemos 19 questões na Aula
Demonstrativa e hoje começaremos do número 20. Isso é pra facilitar a
resolução de dúvidas dos alunos no fórum. Hoje também teremos algumas
questões do Cespe, importantes para fixar pontos da matéria.
Lá vai.

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Segunda Bateria de Exercícios


20) (TCE – SP – AUDITOR (Conselheiro Substituto) 2013, FCC, questão
39) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete
(A) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em noventa dias
a contar de seu recebimento.
(B) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, excluídas
as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal, e
as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade
de que resulte prejuízo ao erário público.
(C) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações
para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que
não alterem o fundamento legal do ato concessório.
(D) realizar, por iniciativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
de Comissão técnica ou de inquérito, vedada a iniciativa própria, inspeções e
auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário.
(E) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo
capital social a União participe, de forma direta ou indireta, independentemente
dos termos do tratado constitutivo.

21) (TCE – SP – AUDITOR (Conselheiro Substituto) 2013, FCC, questão


40) O Tribunal de Contas da União NÃO tem competência para
(A) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei complementar, que
estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao
erário.

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(B) prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por


qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas.
(C) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município.
(D) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.
(E) sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando
a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

22) (TCE – RO – 2010 – AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO, FCC,


questão 13) De acordo com as disposições da Constituição Federal, o controle
exercido pelo Tribunal de Contas compreende, dentre outras hipóteses,
(A) sustar, caso não atendido, a execução do ato impugnado,
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
(B) analisar e aprovar as concessões de aposentadoria, reformas e
pensões dos servidores da Administração Direta e Indireta.
(C) fiscalizar e providenciar a liberação de recursos repassados pela União
aos Estados e destes para os Municípios.
(D) julgar as contas do Presidente da República e os atos de admissão de
pessoal da Administração Direta e Indireta.
(E) aplicar diretamente aos responsáveis as sanções previstas em lei,
excluída a imposição de multa, que depende de aprovação do Senado Federal.

23) (TCE-AP 2012 – Analista de Controle Externo – Especialidade Jurídica,


FCC, questão 23) Nos termos da Constituição Federal, a inspeção de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial em uma unidade
do Poder Legislativo, Executivo ou Judiciário pode ser realizada, pelo Tribunal
de Contas, por iniciativa de
(A) sindicato.
(B) associação de classe.
(C) associação sem fins lucrativos.
(D) partidos políticos.
(E) comissão técnica ou de inquérito.

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24) (TCE-AP 2012 – Analista de Controle Externo – Especialidade Jurídica,


FCC, questão 26) Terão eficácia de título executivo as decisões do Tribunal de
Contas
(A) de que resultem imputação de débito ou multa.
(B) pela regularidade da matéria julgada.
(C) que determinaram o trancamento das contas.
(D) sobre as prestações de contas anuais dos Prefeitos.
(E) que se refiram a operações de crédito.

25) (TCE-AP 2012 – Analista de Controle Externo – Especialidade Jurídica,


FCC, questão 30) Tendo em vista que as normas da Constituição Federal se
aplicam, no que couber, aos Estados da Federação, bem como diante da
Constituição Estadual do Amapá, é requisito para nomeação dos Conselheiros
dos Tribunais de Contas Estaduais
(A) ser brasileiro nato.
(B) ter inidoneidade moral e reputação ilibada.
(C) possuir mais de 35 anos de idade.
(D) ter notórios conhecimentos sobre ciências políticas.
(E) possuir menos de 70 anos de idade.

26) (TCE-AP 2012 – Analista de Controle Externo – Especialidade Jurídica,


FCC, questão 46) Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados
dentre brasileiros que satisfaçam os requisitos presentes nos itens abaixo:
I. mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.
II. idoneidade moral e reputação ilibada.
III. notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros
ou de administração pública.
IV. mais de quinze anos de exercício de função ou de efetiva atividade
profissional que exija os conhecimentos mencionados no item III.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.

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27) (TCE-MT 2013 – Analista de Contas do Ministério Público de Contas –


Especialidade Direito, FCC, questão 12) Nos termos previstos na Constituição
Federal, os Tribunais de Contas podem julgar, registrar e emitir parecer prévio
no exercício de sua competência. Assim, é objeto de registro
(A) a prestação de contas de uma entidade sem fins lucrativos.
(B) as contas anuais do Prefeito.
(C) os contratos celebrados pela Câmara Municipal.
(D) as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital
social a União participe.
(E) a legalidade da concessão de aposentadoria na Administração direta.

28) (TCE-MT 2013 – Analista de Contas do Ministério Público de Contas –


Especialidade Direito, FCC, questão 50) A respeito dos controles interno e
externo do orçamento público, considere:
I. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União.
II. As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
III. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante
o Tribunal de Contas da União.
IV. Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar e julgar as contas
prestadas anualmente pelo Presidente da República, no prazo de sessenta dias
a contar de seu recebimento.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) II e III.
(C) I e IV.
(D) I, II e III.
(E) III e IV.

29) (TCE – PR 2011 Analista de Controle – Área Jurídica, FCC, questão


31) A Constituição Federal estabelece que os Tribunais de Contas estaduais
serão integrados por
(A) três Conselheiros.
(B) cinco Conselheiros.
(C) sete Conselheiros.

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(D) nove Conselheiros.


(E) onze Conselheiros.

30) (TCE – PR 2011 Analista de Controle – Área Jurídica, FCC, questão


33) Nos termos previstos na Constituição Federal, os responsáveis pelo controle
interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,
dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de
(A) demissão a bem do serviço público.
(B) responsabilidade subsidiária.
(C) responsabilidade solidária.
(D) exoneração.
(E) suspensão.

31) (TCE – PR 2011 Analista de Controle – Área Jurídica, FCC, questão


36) A titularidade do controle externo é do
(A) Poder Executivo, com auxílio do Tribunal de Contas.
(B) Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas.
(C) Poder Judiciário, com o auxílio do Tribunal de Contas.
(D) Tribunal de Contas, com o auxílio do Poder Legislativo.
(E) Ministério Público, com o auxílio do Poder Legislativo e do Tribunal de
Contas.

32) (TCE – PR 2011 Analista de Controle – Área Jurídica, FCC, questão


66) De acordo com a Constituição Federal, a decisão do Tribunal de Contas que
concluir pela ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas
(A) aplicará aos responsáveis as penalidades previstas na legislação de
improbidade administrativa, inclusive a perda de cargo ou função pública.
(B) dependerá, para sua eficácia, de homologação pelo Congresso
Nacional ou Assembleia Legislativa, conforme o caso.
(C) aplicará aos responsáveis, entre outras sanções previstas em lei,
multa proporcional ao dano causado ao erário, a qual possui eficácia de título
executivo.
(D) condenará os responsáveis à devolução dos valores auferidos
ilicitamente, bem como aplicará multa cominatória, dependendo, para sua
eficácia, de aforamento de ação de improbidade pelo Ministério Público.
(E) aplicará aos responsáveis as sanções previstas em lei, que incluem a
perda dos valores auferidos ilicitamente, multa cominatória, estas com eficácia

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imediata, e perda do cargo ou função pública, esta sujeita à homologação


judicial.

33) (TCE – SE 2011 Analista de Controle Externo – Coordenadoria


Jurídica, FCC, questão 22) A Constituição Federal estabelece que os Tribunais
de Contas Estaduais serão integrados por sete Conselheiros, salvo nos dez
primeiros anos da criação de Estado, hipótese na qual o Governador eleito
nomeará
(A) dois membros.
(B) três membros.
(C) quatro membros.
(D) cinco membros.
(E) seis membros.

34) (TCE – SE 2011 Analista de Controle Externo – Coordenadoria


Jurídica, FCC, questão 34) As decisões finais do Tribunal de Contas do Estado
de Sergipe de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo,
(A) desde que haja inscrição na dívida pública.
(B) independentemente de inscrição em dívida pública.
(C) se envolverem valores maiores que vinte salários mínimos.
(D) salvo as referentes a admissões de pessoal, aposentadorias e
pensões.
(E) desde que tomadas por órgão colegiado por votação unânime.

35) (TCE – SE 2011 Analista de Controle Externo – Coordenadoria


Jurídica, FCC, questão 44) No que concerne ao Tribunal de Contas da União, é
correto afirmar:
(A) Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e
pensão, as normas previstas na Constituição Federal.
(B) Um terço dos Ministros do Tribunal de Contas da União são escolhidos
pelo Congresso Nacional e dois terços pelo Presidente da República, com
aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e
membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo
Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento.
(C) O Tribunal de Contas da União é integrado por onze Ministros, tem
sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o

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território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas na


Constituição Federal.
(D) As normas estabelecidas pela Constituição Federal para o Tribunal de
Contas da União aplicam-se, no que couber, à organização, composição e
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e as Constituições estaduais
disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por
nove Conselheiros.
(E) A nomeação dos Ministros do Tribunal de Contas da União deverá
recair entre brasileiros que, dentre outras condições, tenham exercido por mais
de dez anos função ou efetiva atividade profissional que exija notórios
conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de
administração pública.

36) (Analista de Finanças e Controle TCE AC 2009 – CESPE , questão 67)


O MP e a polícia, no curso de determinada investigação, descobriram que um
membro de um TCE fazia parte de uma organização criminosa especializada em
praticar crimes contra a administração pública. Diante do farto acervo
probatório reunido, esse membro do TCE foi denunciado pelo MP por crime
comum. Na situação hipotética acima, o órgão do Poder Judiciário competente
para julgar a autoridade denunciada pelo MP é o
a) STF.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) tribunal regional federal.
d) tribunal de justiça.
e) juiz de direito.

37) (SEBRAE Analista Técnico II 2010 Cespe, questão 4) No exercício do


controle externo, o Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da
União, analisa a legalidade, mas não a legitimidade, dos atos administrativos da
União e das entidades da administração direta e indireta.

38) (Procurador de Contas TCE ES 2009 CESPE, questão 44) No que


concerne à fiscalização e ao controle interno e externo dos orçamentos, assinale
a opção correta.
a) A atuação do TCU é caracterizada pela atividade jurisdicional, cabendo
a esse órgão até mesmo apreciar a constitucionalidade de atos do poder
público.
b) A decisão do TCU faz coisa julgada administrativa, não cabendo ao
Poder Judiciário examiná-la e julgá-la.

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c) As sociedades de economia mista, integrantes da administração


indireta federal, não estão sujeitas à fiscalização do TCU, haja vista seus
servidores estarem sujeitos ao regime celetista.
d) Ainda que as cerimônias festivas estejam previstas em lei
orçamentária, o dispêndio excessivo com elas pode ter sua legitimidade
questionada pelo TCU.
e) Cabe ao TCU fiscalizar a aplicação de subvenções, que são auxílios
governamentais concedidos apenas às entidades públicas.

39) (Procurador de Contas TCE ES 2009 CESPE, questão 94) Os


conselheiros do TCE/ES têm garantias e prerrogativas semelhantes às dos
desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo. O rol de
prerrogativas e garantias coincidentes para os dois cargos não inclui
a) a vitaliciedade, com perda do cargo apenas mediante sentença judicial
transitada em julgado.
b) a irredutibilidade de vencimentos.
c) o julgamento, nos crimes de responsabilidade, originariamente pelo
STF.
d) a inamovibilidade.
e) a aposentadoria com as vantagens do cargo após, no mínimo, cinco
anos de efetivo exercício.

40) (Auditor Prefeitura Municipal de Vila Velha ES 2008 – CESPE, questão


66) Por força constitucional, cada município brasileiro deve instituir um tribunal
de contas municipal.

41) (Auditor Prefeitura Municipal de Vila Velha ES 2008 – CESPE, questão


86) A Câmara Municipal é responsável pelo controle externo do município,
contando, para tanto, com o auxílio do Tribunal de Contas do estado, sem
prejuízo da existência de sistemas de controle interno.

42) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 46) Se o


TCE/RN, ao examinar as contas do prefeito de Natal, emitisse parecer prévio
pela sua rejeição, esse parecer prevaleceria, exceto se a Assembleia Legislativa
do estado, que é responsável pelo julgamento das referidas contas, o rejeitasse
por decisão de dois terços de seus membros.

43) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 53) A


fiscalização financeira, contábil, orçamentária, operacional e patrimonial
exercida pelo Poder Legislativo estadual analisa, entre outros aspectos, a

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legalidade dos atos geradores de receita ou determinantes de despesas, os de


que resultem o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações, bem como o
cumprimento dos procedimentos, das competências, das responsabilidades e
dos encargos dos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta.

44) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 58) A União
poderá decretar intervenção em um estado da Federação a fim de assegurar a
observância, entre outros princípios, do que impõe a prestação de contas da
administração pública direta e indireta, e do princípio que exige a aplicação do
mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e
nas ações e serviços públicos de saúde.

45) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 61) Se


determinado município não possuir, em sua estrutura administrativa, um TC, o
órgão de controle externo competente para julgar as contas desse município
será, obrigatoriamente, o TCE.

46) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 63) O limite
máximo de 65 anos de idade para nomeação de ministros e conselheiros dos
TCs não é aplicável no caso das vagas reservadas ao MP e aos auditores, uma
vez que estes já são servidores dos respectivos TCs.

47) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 64) Caso
determinada assembleia legislativa solicite a realização de auditoria de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial ao TCE, mas não
seja atendida, a própria assembleia poderá efetuar diretamente a auditoria.

48) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 71) Embora
existam MPs junto ao TCU e aos TCs dos estados e dos municípios, não há uma
estrutura administrativa única, que reúna todos os MPs junto aos TCs, como
ocorre com o MP comum.

49) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 74) As


decisões dos TCs devem incidir sobre o mérito da gestão financeira,
orçamentária, patrimonial, contábil e operacional do poder público, sem, no
entanto, tratar dos direitos subjetivos dos agentes estatais e das demais
pessoas envolvidas nos processos de contas.

50) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 77) Nos
processos perante o TCU, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa

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quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo


que beneficie o interessado, podendo ser citada, nesse sentido, aquela decisão
que aprecia a legalidade de ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma
e pensão.

Gabarito
20) C.
21) A.
22) A.
23) E.
24) A.
25) C.
26) D.
27) E.
28) D.
29) C.
30) C.
31) B.
32) C.
33) B.
34) B.
35) E.
36) B.
37) Errado.
38) D.
39) C.
40) Errado.
41) Certo.
42) Errado.
43) Certo.
44) Certo.
45) Errado.
46) Errado.
47) Errado.

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48) Certo.
49) Certo.
50) Errado.

Comentários ao gabarito

20) (TCE – SP – AUDITOR (Conselheiro Substituto) 2013, FCC, questão


39) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete
(A) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em noventa dias
a contar de seu recebimento.
(B) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, excluídas
as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal, e
as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade
de que resulte prejuízo ao erário público.
(C) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações
para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que
não alterem o fundamento legal do ato concessório.
(D) realizar, por iniciativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
de Comissão técnica ou de inquérito, vedada a iniciativa própria, inspeções e
auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário.
(E) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo
capital social a União participe, de forma direta ou indireta, independentemente
dos termos do tratado constitutivo.
Comentário:
A questão exige o conhecimento do art. 71 da Constituição Federal.
Na opção A, o erro é que o prazo para elaboração do parecer prévio é de
sessenta e não de noventa dias (CF: art. 71, I).
Na assertiva B, o erro é que são incluídas e não excluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal (CF: art. 71. II).
A alternativa C é correta à luz do inciso III do art. 71 da Carta Magna.

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No item D, o erro está em que o TCU pode realizar inspeções e auditorias


por iniciativa própria (CF: art. 71, IV), ao passo que o enunciado afirma que
isso lhe é vedado.
Por fim, na opção E o erro consiste em que segundo o inciso V do art. 71
da CF a fiscalização nas contas nacionais de empresas supranacionais será
efetuada nos termos do tratado constitutivo e não independentemente de tais
termos.
Reparem que a FCC reproduz em suas opções a literalidade de
dispositivos constitucionais, alterando uma ou outra palavra, de modo a tornar
a assertiva inválida.
Gabarito: C.

21) (TCE – SP – AUDITOR (Conselheiro Substituto) 2013, FCC, questão


40) O Tribunal de Contas da União NÃO tem competência para
(A) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei complementar, que
estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao
erário.
(B) prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por
qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas.
(C) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município.
(D) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.
(E) sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando
a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
Comentário:
A questão também aborda as competências constitucionais do TCU
previstas no art. 71. Desta feita, a FCC solicita que se aponte a opção incorreta.
O erro do item A é que a dicção do inciso VIII do art. 71 menciona as
sanções previstas em lei, e não em lei complementar.
A opção B corresponde à previsão do inciso VII do art. 71.
A assertiva C reproduz o teor do inciso VI do art. 71.
Por sua vez, a alternativa D encontra respaldo no inciso IX do art. 71.
Finalmente, o item E corresponde ao inciso X do referido art. 71 da CF.
Gabarito: A.

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22) (TCE – RO – 2010 – AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO, FCC,


questão 13) De acordo com as disposições da Constituição Federal, o controle
exercido pelo Tribunal de Contas compreende, dentre outras hipóteses,
(A) sustar, caso não atendido, a execução do ato impugnado,
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
(B) analisar e aprovar as concessões de aposentadoria, reformas e
pensões dos servidores da Administração Direta e Indireta.
(C) fiscalizar e providenciar a liberação de recursos repassados pela União
aos Estados e destes para os Municípios.
(D) julgar as contas do Presidente da República e os atos de admissão de
pessoal da Administração Direta e Indireta.
(E) aplicar diretamente aos responsáveis as sanções previstas em lei,
excluída a imposição de multa, que depende de aprovação do Senado Federal.
Comentário:
Também neste concurso, a FCC exigiu o conhecimento dos incisos do art.
71 da CF.
A opção A corresponde ao inciso X do art. 71.
O item B está errado, de vez que substancialmente diferente da previsão
do inciso III do art. 71.
O erro da assertiva C está em sua incompatibilidade com o teor do inciso
VI do art. 71.
Na alternativa D, há erro na afirmação de que o TCU julga as contas do
Presidente da República. Ele as aprecia mediante parecer prévio (CF: art. 71,
I).
Quanto ao item E, o erro consiste em que o inciso VIII do art. 71 prevê
expressamente a possibilidade de aplicação de multa pelo TCU.
Gabarito: A.

23) (TCE-AP 2012 – Analista de Controle Externo – Especialidade Jurídica,


FCC, questão 23) Nos termos da Constituição Federal, a inspeção de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial em uma unidade
do Poder Legislativo, Executivo ou Judiciário pode ser realizada, pelo Tribunal
de Contas, por iniciativa de
(A) sindicato.
(B) associação de classe.
(C) associação sem fins lucrativos.
(D) partidos políticos.

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(E) comissão técnica ou de inquérito.


Comentário:
O enunciado deve ser lido com atenção. O que se pede é “nos termos da
CF”, quem pode ter iniciativa de solicitar inspeção a ser realizada pelo Tribunal
de Contas. A única opção correta, à luz do inciso IV do art. 71 da CF é a letra E.
As demais opções – A, B, C e D – correspondem aos legitimados para denunciar
irregularidades perante o Tribunal de Contas, nos termos do §2º do art. 74 da
CF.
Gabarito: E.

24) (TCE-AP 2012 – Analista de Controle Externo – Especialidade Jurídica,


FCC, questão 26) Terão eficácia de título executivo as decisões do Tribunal de
Contas
(A) de que resultem imputação de débito ou multa.
(B) pela regularidade da matéria julgada.
(C) que determinaram o trancamento das contas.
(D) sobre as prestações de contas anuais dos Prefeitos.
(E) que se refiram a operações de crédito.
Comentário:
A solução exige o conhecimento do § 3º do art. 71 da CF:
“§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou
multa terão eficácia de título executivo.”
O item A corresponde ao dispositivo. Todos os demais estão errados.
Gabarito: A.

25) (TCE-AP 2012 – Analista de Controle Externo – Especialidade Jurídica,


FCC, questão 30) Tendo em vista que as normas da Constituição Federal se
aplicam, no que couber, aos Estados da Federação, bem como diante da
Constituição Estadual do Amapá, é requisito para nomeação dos Conselheiros
dos Tribunais de Contas Estaduais
(A) ser brasileiro nato.
(B) ter inidoneidade moral e reputação ilibada.
(C) possuir mais de 35 anos de idade.
(D) ter notórios conhecimentos sobre ciências políticas.
(E) possuir menos de 70 anos de idade.
Comentário:

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Bastante interessante a questão, pois relaciona os requisitos exigidos de


Ministro do TCU aos de Conselheiro do TCE ou TCM. Exige o conhecimento do
§1º do art. 73 da CF:
“§ 1º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados
dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e
financeiros ou de administração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade
profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.”
A assertiva A está errada, pois não há exigência de que o
Ministro/Conselheiro seja “brasileiro nato”, mas apenas brasileiro.
O item B está incorreto, pois o que se exige é a idoneidade moral e não
a inidoneidade.
A alternativa C está correta.
A opção D está errada, pois o inciso III não faz menção a ciências
políticas.
Por fim, está errado o item E, uma vez que o Ministro/Conselheiro deverá
ter menos de 65 anos de idade e não 70 anos de idade.
Gabarito: C.

26) (TCE-AP 2012 – Analista de Controle Externo – Especialidade Jurídica,


FCC, questão 46) Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados
dentre brasileiros que satisfaçam os requisitos presentes nos itens abaixo:
I. mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.
II. idoneidade moral e reputação ilibada.
III. notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros
ou de administração pública.
IV. mais de quinze anos de exercício de função ou de efetiva atividade
profissional que exija os conhecimentos mencionados no item III.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.

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Comentário:
No mesmo concurso, outra questão envolvendo os requisitos
constitucionais para nomeação de Ministro do TCU.
O item I está incorreto, pois a idade mínima requerida é de trinta e
cinco e não trinta anos de idade. O erro do item IV é que são exigidos mais de
dez anos de experiência e não mais de quinze. Os itens II e II correspondem
aos incisos II e III do §1º do art. 73 da CF.
Gabarito: D.

27) (TCE-MT 2013 – Analista de Contas do Ministério Público de Contas –


Especialidade Direito, FCC, questão 12) Nos termos previstos na Constituição
Federal, os Tribunais de Contas podem julgar, registrar e emitir parecer prévio
no exercício de sua competência. Assim, é objeto de registro
(A) a prestação de contas de uma entidade sem fins lucrativos.
(B) as contas anuais do Prefeito.
(C) os contratos celebrados pela Câmara Municipal.
(D) as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital
social a União participe.
(E) a legalidade da concessão de aposentadoria na Administração direta.
Comentário:
Mais uma questão relacionada às competências constitucionais das Cortes
de Contas.
O parecer prévio se refere às contas do Presidente da República (CF: art.
71, I); o julgamento às contas dos demais administradores e responsáveis (CF:
art. 71, II); e o registro aos atos de admissão de pessoal e concessão de
aposentadorias, reformas e pensões (CF: art. 71, III).
Gabarito: E.

28) (TCE-MT 2013 – Analista de Contas do Ministério Público de Contas –


Especialidade Direito, FCC, questão 50) A respeito dos controles interno e
externo do orçamento público, considere:
I. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União.
II. As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
III. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante
o Tribunal de Contas da União.

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IV. Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar e julgar as contas


prestadas anualmente pelo Presidente da República, no prazo de sessenta dias
a contar de seu recebimento.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) II e III.
(C) I e IV.
(D) I, II e III.
(E) III e IV.
Comentário:
O item I corresponde ao caput do art. 71 da CF.
O item II reproduz o teor do § 3º do art. 31 da CF.
O item III é a transcrição do § 2º do art. 74 da CF.
O item IV está errado, pois não compete ao TCU “apreciar e julgar” as
contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mas apreciá-las
mediante parecer prévio.
Gabarito: D.

29) (TCE – PR 2011 Analista de Controle – Área Jurídica, FCC, questão


31) A Constituição Federal estabelece que os Tribunais de Contas estaduais
serão integrados por
(A) três Conselheiros.
(B) cinco Conselheiros.
(C) sete Conselheiros.
(D) nove Conselheiros.
(E) onze Conselheiros.
Comentário:
De vez em quando encontramos uma questão bem fácil, como essa que
exige o conhecimento do parágrafo único do art. 75 da CF.
Gabarito: C.

30) (TCE – PR 2011 Analista de Controle – Área Jurídica, FCC, questão


33) Nos termos previstos na Constituição Federal, os responsáveis pelo controle
interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,
dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de
(A) demissão a bem do serviço público.

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(B) responsabilidade subsidiária.


(C) responsabilidade solidária.
(D) exoneração.
(E) suspensão.
Comentário:
A solução exige o conhecimento do § 1º do art. 74 da Constituição
Federal:
“§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento
de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.”
Gabarito: C.

31) (TCE – PR 2011 Analista de Controle – Área Jurídica, FCC, questão


36) A titularidade do controle externo é do
(A) Poder Executivo, com auxílio do Tribunal de Contas.
(B) Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas.
(C) Poder Judiciário, com o auxílio do Tribunal de Contas.
(D) Tribunal de Contas, com o auxílio do Poder Legislativo.
(E) Ministério Público, com o auxílio do Poder Legislativo e do Tribunal de
Contas.
Comentário:
Estudamos o tema na aula de hoje. O fundamento constitucional está no
caput dos arts. 70 e 71 da Carta Magna.
Gabarito: B.

32) (TCE – PR 2011 Analista de Controle – Área Jurídica, FCC, questão


66) De acordo com a Constituição Federal, a decisão do Tribunal de Contas que
concluir pela ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas
(A) aplicará aos responsáveis as penalidades previstas na legislação de
improbidade administrativa, inclusive a perda de cargo ou função pública.
(B) dependerá, para sua eficácia, de homologação pelo Congresso
Nacional ou Assembleia Legislativa, conforme o caso.
(C) aplicará aos responsáveis, entre outras sanções previstas em lei,
multa proporcional ao dano causado ao erário, a qual possui eficácia de título
executivo.
(D) condenará os responsáveis à devolução dos valores auferidos
ilicitamente, bem como aplicará multa cominatória, dependendo, para sua
eficácia, de aforamento de ação de improbidade pelo Ministério Público.

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(E) aplicará aos responsáveis as sanções previstas em lei, que incluem a


perda dos valores auferidos ilicitamente, multa cominatória, estas com eficácia
imediata, e perda do cargo ou função pública, esta sujeita à homologação
judicial.
Comentário:
O enunciado remete ao inciso VIII do art. 71 da CF em conjunto com o
§3º do mesmo dispositivo:
“VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;”
“§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou
multa terão eficácia de título executivo.”
Gabarito: C.

33) (TCE – SE 2011 Analista de Controle Externo – Coordenadoria


Jurídica, FCC, questão 22) A Constituição Federal estabelece que os Tribunais
de Contas Estaduais serão integrados por sete Conselheiros, salvo nos dez
primeiros anos da criação de Estado, hipótese na qual o Governador eleito
nomeará
(A) dois membros.
(B) três membros.
(C) quatro membros.
(D) cinco membros.
(E) seis membros.
Comentário:
Uma questão interessante, pois remete a dispositivo constante das
Disposições Constitucionais Gerais (Título XX da CF), no art. 235, III:
“Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas
as seguintes normas básicas:
(...)
III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador
eleito, dentre brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber;”
Gabarito: B.

34) (TCE – SE 2011 Analista de Controle Externo – Coordenadoria


Jurídica, FCC, questão 34) As decisões finais do Tribunal de Contas do Estado
de Sergipe de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo,

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(A) desde que haja inscrição na dívida pública.


(B) independentemente de inscrição em dívida pública.
(C) se envolverem valores maiores que vinte salários mínimos.
(D) salvo as referentes a admissões de pessoal, aposentadorias e
pensões.
(E) desde que tomadas por órgão colegiado por votação unânime.
Comentário:
Mais uma questão envolvendo o § 3º do art. 71 da CF:
“§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou
multa terão eficácia de título executivo.”
De sua leitura, depreendemos que não há nenhuma condição restritiva à
eficácia de título executivo da decisão de TCM de que resulte imputação de
débito ou multa.
Já deu pra perceber que a FCC gosta do assunto.
Gabarito: B.

35) (TCE – SE 2011 Analista de Controle Externo – Coordenadoria


Jurídica, FCC, questão 44) No que concerne ao Tribunal de Contas da União, é
correto afirmar:
(A) Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e
pensão, as normas previstas na Constituição Federal.
(B) Um terço dos Ministros do Tribunal de Contas da União são escolhidos
pelo Congresso Nacional e dois terços pelo Presidente da República, com
aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e
membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo
Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento.
(C) O Tribunal de Contas da União é integrado por onze Ministros, tem
sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o
território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas na
Constituição Federal.
(D) As normas estabelecidas pela Constituição Federal para o Tribunal de
Contas da União aplicam-se, no que couber, à organização, composição e
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e as Constituições estaduais
disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por
nove Conselheiros.
(E) A nomeação dos Ministros do Tribunal de Contas da União deverá
recair entre brasileiros que, dentre outras condições, tenham exercido por mais
de dez anos função ou efetiva atividade profissional que exija notórios

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conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de


administração pública.
Comentário:
O enunciado remete ao art. 73 da Constituição Federal.
A opção A está incorreta, pois o § 3º do art. 73 equipara os ministros do
TCU aos do STJ e não aos do STF.
O item B está errado, porque inverte as proporções descritas no § 2º do
art. 73 (um terço pelo Presidente da República e dois terços pelo Congresso
Nacional).
O erro da alternativa C é que são nove Ministros e não onze (CF: art. 73,
caput).
De modo análogo, no item D, o correto é sete Conselheiros e não nove
(CF: art. 75, par. único).
A opção E corresponde ao teor do § 1º do art. 73 da CF.
Gabarito: E.

36) (Analista de Finanças e Controle TCE AC 2009 – CESPE , questão 67)


O MP e a polícia, no curso de determinada investigação, descobriram que um
membro de um TCE fazia parte de uma organização criminosa especializada em
praticar crimes contra a administração pública. Diante do farto acervo
probatório reunido, esse membro do TCE foi denunciado pelo MP por crime
comum. Na situação hipotética acima, o órgão do Poder Judiciário competente
para julgar a autoridade denunciada pelo MP é o
a) STF.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) tribunal regional federal.
d) tribunal de justiça.
e) juiz de direito.
Comentário:
Nos precisos termos do art. 105, I a), da Constituição, o STJ é
competente para julgar originariamente nos crimes comuns e de
responsabilidade os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito
Federal e dos Municípios.
Gabarito: B.

37) (SEBRAE Analista Técnico II 2010 Cespe, questão 4) No exercício do


controle externo, o Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da
União, analisa a legalidade, mas não a legitimidade, dos atos administrativos da
União e das entidades da administração direta e indireta.

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Comentário:
Consoante o caput do art. 70 da Carta Magna, o controle externo examina
não apenas a legalidade, mas também a legitimidade e a economicidade dos
atos de gestão de seus jurisdicionados. O enunciado está errado.
Gabarito: Errado.

38) (Procurador de Contas TCE ES 2009 CESPE, questão 44) No que


concerne à fiscalização e ao controle interno e externo dos orçamentos, assinale
a opção correta.
a) A atuação do TCU é caracterizada pela atividade jurisdicional, cabendo
a esse órgão até mesmo apreciar a constitucionalidade de atos do poder
público.
b) A decisão do TCU faz coisa julgada administrativa, não cabendo ao
Poder Judiciário examiná-la e julgá-la.
c) As sociedades de economia mista, integrantes da administração
indireta federal, não estão sujeitas à fiscalização do TCU, haja vista seus
servidores estarem sujeitos ao regime celetista.
d) Ainda que as cerimônias festivas estejam previstas em lei
orçamentária, o dispêndio excessivo com elas pode ter sua legitimidade
questionada pelo TCU.
e) Cabe ao TCU fiscalizar a aplicação de subvenções, que são auxílios
governamentais concedidos apenas às entidades públicas.
Comentário:
Trata-se de questão com certo grau de dificuldade, pois adentra em
aspectos polêmicos na doutrina.
Na assertiva A, é correta a afirmação de que o TCU pode apreciar a
constitucionalidade de atos do poder público. Tal competência é expressamente
reconhecida pela Súmula 347 do STF:
SÚMULA Nº 347
O TRIBUNAL DE CONTAS, NO EXERCÍCIO DE SUAS
ATRIBUIÇÕES, PODE APRECIAR A CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS
E DOS ATOS DO PODER PÚBLICO
Para o Cespe é errada a afirmativa de que o TCU exerce atividade
jurisdicional.
Com respeito à assertiva B, a banca entendeu que a decisão do TCU não
faz coisa julgada administrativa. É o entendimento da doutrina majoritária, mas
não unânime.
Está errado o item C, pois a jurisdição do TCU alcança também a
administração indireta (CR: art. 71, II).

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A opção E exigia o conhecimento do conceito de subvenções constante da


Lei 4.320/1964, que no seu art. 12, § 3º, assim as define:
§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei,
as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das
entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições
públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade
lucrativa;
II - subvenções econômicas, as que se destinem a
emprêsas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial,
agrícola ou pastoril.
Por sua vez, está correta a assertiva D.
Gabarito: D.

39) (Procurador de Contas TCE ES 2009 CESPE, questão 94) Os


conselheiros do TCE/ES têm garantias e prerrogativas semelhantes às dos
desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo. O rol de
prerrogativas e garantias coincidentes para os dois cargos não inclui
a) a vitaliciedade, com perda do cargo apenas mediante sentença judicial
transitada em julgado.
b) a irredutibilidade de vencimentos.
c) o julgamento, nos crimes de responsabilidade, originariamente pelo
STF.
d) a inamovibilidade.
e) a aposentadoria com as vantagens do cargo após, no mínimo, cinco
anos de efetivo exercício.
Comentário:
Vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos são
garantias de toda a magistratura (CR: art. 95). Todavia, nos crimes de
responsabilidade, os desembargadores e membros dos Tribunais de Contas são
julgados perante o Superior Tribunal de Justiça (CR: art. 105, I, a). Quem é
julgado originariamente pelo STF nos crimes de responsabilidade são os
Ministros do TCU (CR: art. 102, I, c).
Gabarito: C.

40) (Auditor Prefeitura Municipal de Vila Velha ES 2008 – CESPE, questão


66) Por força constitucional, cada município brasileiro deve instituir um tribunal
de contas municipal.
Comentário:

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Ao contrário, na Constituição encontramos expressa vedação à criação de


Tribunais de Contas municipais:
Art. 31 (...)
§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de
Contas Municipais.
Todavia, isso não impede os estados de criarem Tribunais de Contas dos
Municípios, que são órgãos estaduais, que auxiliam as Câmaras Municipais no
exercício do controle externo. Neste sentido já deliberou o STF na ADIn 687
(relator Ministro Celso de Mello).
Gabarito: Errado.

41) (Auditor Prefeitura Municipal de Vila Velha ES 2008 – CESPE, questão


86) A Câmara Municipal é responsável pelo controle externo do município,
contando, para tanto, com o auxílio do Tribunal de Contas do estado, sem
prejuízo da existência de sistemas de controle interno.
Comentário:
A titularidade do controle externo é do Poder Legislativo (CR: art. 70,
caput). Por simetria, nos municípios, tal titularidade é da Câmara Municipal. Nos
estados em que não há um Tribunal de Contas dos Municípios, como no Espírito
Santo, o TCE auxilia as Câmaras Municipais, como órgão técnico. A previsão
consta do art. 31 da Constituição brasileira:

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder


Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de
controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será


exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios,
onde houver.

§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente


sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de
prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.

Vale ressaltar que, no caso de Ceará, o enunciado estaria incorreto, pois é


o TCM-CE quem auxilia as Câmaras Municipais.
Gabarito: Certo.

42) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 46) Se o


TCE/RN, ao examinar as contas do prefeito de Natal, emitisse parecer prévio
pela sua rejeição, esse parecer prevaleceria, exceto se a Assembleia Legislativa

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do estado, que é responsável pelo julgamento das referidas contas, o rejeitasse


por decisão de dois terços de seus membros.
Comentário:
Não é a Assembleia Legislativa quem julga as contas do prefeito, mas a
Câmara Municipal (princípio da autonomia dos entes federados). Se o enunciado
mencionasse o Legislativo municipal, estaria correto à luz do § 2º do art. 31 da
Constituição.
Gabarito: Errado.

43) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 53) A


fiscalização financeira, contábil, orçamentária, operacional e patrimonial
exercida pelo Poder Legislativo estadual analisa, entre outros aspectos, a
legalidade dos atos geradores de receita ou determinantes de despesas, os de
que resultem o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações, bem como o
cumprimento dos procedimentos, das competências, das responsabilidades e
dos encargos dos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta.
Comentário:
O enunciado descreve várias hipóteses de atos de gestão compreendidos
na competência do controle externo. Um detalhe interessante é a expressão
“analisa, entre outros aspectos, a legalidade dos ...”. Se o examinador, por
exemplo, tivesse redigido “analisa exclusivamente (ou “apenas”) a legalidade
dos ...”, a assertiva seria falsa, pois a fiscalização da gestão pública também se
exerce quanto aos aspectos da economicidade e da legitimidade.
Gabarito: Certo.

44) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 58) A União
poderá decretar intervenção em um estado da Federação a fim de assegurar a
observância, entre outros princípios, do que impõe a prestação de contas da
administração pública direta e indireta, e do princípio que exige a aplicação do
mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e
nas ações e serviços públicos de saúde.
Comentário:
As hipóteses de intervenção da União nos estados e do Distrito Federal
estão reguladas no art. 34 da Carta Magna. Por sua vez, a intervenção de
Estado em municípios que integrem seu território é disciplinada no art. 35.
Ambos os dispositivos elencam como hipótese para medida tão extrema a não
observância do princípio constitucional da prestação de contas, muitas vezes
denominado de “princípio republicano”. De igual modo, a não aplicação dos
valores mínimos constitucionais na educação e na saúde, ou melhor, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e em ações e serviços de saúde,
também é fato ensejador de intervenção.

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Gabarito: Certo.

45) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 61) Se


determinado município não possuir, em sua estrutura administrativa, um TC, o
órgão de controle externo competente para julgar as contas desse município
será, obrigatoriamente, o TCE.
Comentário:
Enunciado interessante, com a típica “pegadinha”. Você consegue
localizá-la? Exatamente! É a palavra “obrigatoriamente”. Muito cuidado sempre
que encontrarem advérbios desse tipo no enunciado das questões! Ë como o
Cespe gosta de eliminar os apressadinhos que leem as questões na diagonal e
não palavra por palavra!
A assertiva é incorreta porque, nos estados da Bahia, Goiás, Pará e Ceará
existem, além dos respectivos TCEs, com jurisdição sobre a administração
estadual, TC dos Municípios, com jurisdição sobre todos os municípios daqueles
estados.
Não é o caso do Rio Grande do Norte, onde era realizada essa prova, cujo
TCE também tem jurisdição, além da esfera estadual, na esfera de todos os
municípios. Por isso, a pergunta derrubou muita gente boa. Fica o alerta.
Cuidado com as pegadinhas! Leia sempre com muita calma cada enunciado,
sublinhando todas as palavras e fazendo um círculo sobre aquelas mais
categóricas, a exemplo de “exclusivamente”, “sempre”, “nunca”,
“obrigatoriamente”, “apenas” etc.
Gabarito: Errado.

46) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 63) O limite
máximo de 65 anos de idade para nomeação de ministros e conselheiros dos
TCs não é aplicável no caso das vagas reservadas ao MP e aos auditores, uma
vez que estes já são servidores dos respectivos TCs.
Comentário:
Algumas questões atrás vimos a redação do art. 73 da Constituição, que
dispõe sobre a composição do TCU e aplicável, pelo princípio da simetria a
todos os TCs brasileiros.
Vamos rever o § 1o do dispositivo:
§ 1º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão
nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos
de idade;
II - idoneidade moral e reputação ilibada;

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III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,


econômicos e financeiros ou de administração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva
atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no
inciso anterior.
Quantos requisitos o dispositivo estabelece? Quatro? Não! Cinco! Além de
um em cada inciso, o caput também traz outro: ser brasileiro!
Resumindo, os cinco requisitos são: nacionalidade, idade, idoneidade,
conhecimentos e experiência. Quanto à idade, não é feita distinção de nenhuma
espécie segundo a origem dos indicados. Ou seja, o requisito é o mesmo para
todos. O mesmo vale para os outros requisitos.
Gabarito: Errado.

47) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 64) Caso
determinada assembleia legislativa solicite a realização de auditoria de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial ao TCE, mas não
seja atendida, a própria assembleia poderá efetuar diretamente a auditoria.
Comentário:
Mais uma questão envolvendo a competência prevista para os TCs no
inciso IV do art. 71! Atenção! Trata-se de uma competência do controle técnico,
não do controle político realizado pelos parlamentares.
Gabarito: Errado.

48) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 71) Embora
existam MPs junto ao TCU e aos TCs dos estados e dos municípios, não há uma
estrutura administrativa única, que reúna todos os MPs junto aos TCs, como
ocorre com o MP comum.
Comentário:
O Ministério Público junto aos Tribunais de Contas, que mais
recentemente vem sendo denominado de Ministério Público de Contas, não
integra a estrutura do Ministério Público constante do art. 128 da Carta
Republicana.
Da mesma forma que os TCs estaduais e municipais não integram uma
estrutura única com o TCU, também os MPs de Contas não o fazem.
Gabarito: Certo.

49) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 74) As


decisões dos TCs devem incidir sobre o mérito da gestão financeira,
orçamentária, patrimonial, contábil e operacional do poder público, sem, no

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entanto, tratar dos direitos subjetivos dos agentes estatais e das demais
pessoas envolvidas nos processos de contas.
Comentário:
O enunciado remete a um conhecido brocardo: “O TCU julga as contas,
não as pessoas”. Direitos subjetivos são examinados no Judiciário, nas esferas
cível e penal.
Gabarito: Certo.

50) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 77) Nos
processos perante o TCU, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa
quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo
que beneficie o interessado, podendo ser citada, nesse sentido, aquela decisão
que aprecia a legalidade de ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma
e pensão.
Comentário:
A resposta requer conhecimento da Súmula Vinculante n o 3 do STF, de
2007, que dispõe:
Súmula vinculante Processo administrativo no TCU
Assunto: PROCESSO NO ÂMBITO DO TCU. DEVIDO PROCESSO LEGAL.
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA DO INTERESSADO. NECESSIDADE
DE OBSERVÂNCIA.

Enunciado: “Nos processos perante o Tribunal de Contas da União


asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão
puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.”

Como se sabe, as súmulas vinculantes do STF foram introduzidas na


Carta Magna pela EC 45/2004 e constam do art. 103-A, tendo sido disciplinadas
pela Lei no 11.417/2006.
Da simples leitura da SV – 3, verifica-se o erro da parte final do
enunciada. A apreciação da a legalidade de ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma e pensão é uma exceção e não um exemplo de
aplicação do princípio do contraditório e da ampla defesa. Isso porque,
conforme a jurisprudência do STF a aposentadoria é uma ato administrativo
complexo que somente se aperfeiçoa com o registro no Tribunal de Contas.
Gabarito: Errado.

FIM DE PAPO

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Bem, meus caros. Hoje ficamos por aqui. Torço para que estejam
gostando da matéria – e do curso também, claro. Gostar da matéria facilita o
aprendizado e, por conseguinte, a aprovação.
Tenham todos uma ótima semana.

Bons estudos e até a próxima aula! 

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