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CAIXA POSTAL 817 - PHILLIPSBURG - NOVA JÉRSEI 08865
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Company", P.O. Box 817, Phillipsburg, Nova Jérsei 08865-0817.
Bíblia Sagrada Nova Versão Internacional ™© 1993, 2000. Copyright por In
ternational Bible Society. Usado com permissão. Todos os direitos reservados
mundialmente. Textos em itálico indicam ênfase acrescentada.
ISBN 978-85-7414-020-9
Primeira Parte:
Removendo os Resíduos
Segunda Parte:
Estabelecendo Objetivos Espirituais
Terceira Parte:
Estratégias Práticas para a Educação de Adolescentes
Removendo
os Resíduos
Idade da Oportunidade ou
Período de Sobrevivência?
ESTÁ em todo lugar a nossa volta: na sitcom1 da televi
são, na revista da prateleira do supermercado, nas estantes da
livraria do bairro, nos programas de entrevistas da televisão
e do rádio e, sim, até em alguns livros cristãos sobre família.
Os pais têm medo de seus filhos adolescentes. Até mesmo
quando estão desfrutando as delícias dos primeiros anos da
vida da criança, olham para o futuro com pavor, esperando
o pior e sabendo que, em poucos e rápidos anos, essa precio
sidade se transformará em monstro da noite para o dia. Eles
ouviram histórias suficientes de pais que passaram pelo "vale
da escuridão" da adolescência e conhecem os perigos que os
aguardam. São aconselhados a esperar o pior e agradecer se
saírem do "vale" sãos, com os adolescentes vivos e sua família,
intacta.
S a c rifíi rinient© E s p e c ia is ?
Em 2 Tim óteo 2:22, Paulo exorta Tim óteo: "Fuja dos
desejos malignos [paixões] da juventude". Esta pequena e
interessante frase nos conclama ao equilíbrio na maneira de
pensar sobre os adolescentes e no modo como definimos tal
fase da vida. Por um lado, a Bíblia nos desafia a não sermos in
gênuos quanto a esse período de vida. Há paixões que afligem
de forma especial os jovens, tentações que são especialmente
fortes. Estas devem ser enfrentadas. As Escrituras ordenam
que sejamos estratégicos, que façamos a pergunta: "Quais são
os desejos malignos que oprimem uma pessoa durante este
período específico da vida?"
depois de tudo o que eu tenho feito por você?" Para ele, as más
notas eram uma afronta pessoal. E não era dessa forma que ele
achava que as coisas tinham que funcionar. Ele havia feito a
sua parte; agora o filho deveria fazer a dele. Ele estava bravo
com seu filho, mas não por causa de seu pecado contra Deus.
Ele estava bravo porque o filho havia privado dele como pai,
coisas que ele valorizava muito: sua reputação como bom pai
cristão, o respeito que achava que merecia e a comodidade que
pensava que finalmente alcançaria com filhos mais velhos.
Ii> insegurança d© A d o le s c e n te
iiiicl© em E x p a n sã o do A d o le s c e n te
Rejeita raismo
A primeira coisa a ser feita ao formarmos uma visão bíblica
da educação de nossos adolescentes é rejeitar o cinismo som
brio e agourento de nossa cultura. É verdade, a adolescência
traz mudança, insegurança e tumulto, mas são estas as coisas
que Deus usa para trazer a verdade à luz aos olhos de nossos
filhos. Se desejamos ser Seus instrumentos, temos que lidar
com nossa própria idolatria e aplicar uma fé bíblica robusta a
cada momento difícil, uma fé que creia que Deus governa sobre
todas as coisas para o nosso bem, que ele é auxílio sempre pre
sente na angústia, que ele opera em toda situação realizando
o seu propósito redentor e que a sua Palavra é poderosa, ativa
e eficaz.
egocêntrica que não é adulto nem criança, mas que tem a ex
cepcional habilidade de transformar em caos até o momento
menos relevante de nossas vidas. O cinismo de nossa cultura
em relação aos adolescentes revela aquilo a que nós, como pais,
servimos. Nossos corações nos cegam para as oportunidades
à nossa volta durante a adolescência.
Aqui, há um importante princípio ensinado em toda parte
nas Escrituras e enunciado mais claramente em Ezequiel 14:4:
"Assim diz o Soberano, o SENHOR: Quando qualquer israelita
erguer ídolos em seu coração e puser um tropeço ímpio diante
do seu rosto e depois for consultar um profeta, eu, o SENHOR,
eu mesmo, responderei a ele conforme a sua idolatria".
Esta é a razão porque Deus diz: "Para mim não faz sentido falar
sobre qualquer outra coisa, porque o que quer que eu diga, de
alguma forma, será usado para servir ao ídolo que governa o
seu coração. Portanto, quero lidar com a sua idolatria. Esta é
minha prioridade".
©1© do Conforto
’’ Ihfolo da V a lo riz a çã o
O ídolo do Sucesso
•
â Fam ilia; A Prim ei - * ■'-Mtiiiiiiilacle d e A p re n d iz a d o
D eus
Coiiliecen - o■ luncis
Se o seu desejo é funcionar como instrumento de Deus
na vida de seu filho adolescente, você precisa saber que Deus
planejou que a família fosse a Sua primeira comunidade de
aprendizado, que os pais fossem os Seus primeiros professo
res e que a vida familiar fosse o contexto exato para que as
instruções para a vida ocorressem. Uma vez entendido que
você é um dos professores escolhidos por Deus, a próxima
pergunta a se fazer é: "Quem são os alunos?" Não é suficiente
dizer que os alunos são os nossos filhos. Precisamos de uma
descrição bíblica de quem esses filhos são. Um bom professor
não conhece bem apenas o seu material, mas os seus alunos
também. O mesmo ocorre com os pais. Quanto mais precisa
for a nossa compreensão de nossos filhos, maior será o êxito
que teremos em fazer aquilo que Deus nos chamou para fazer.
Filh o s s ã o S e r e s á e A lian ça
Talvez você esteja pensando: "O que será que isso significa,
e como saber disso/esse conhecimento irá me ajudar a ser um pai me
lhor para meu adolescente?" Deixe-me explicar. Quando a Bíblia
declara que filhos são seres de aliança, isso significa que filhos
foram feitos para ter um relacionamento com Deus. Eles foram
feitos para conhecer, amar e obedecer a Ele. Filhos não foram
I) QUE É UMA FAMÍLIA? DEFINIÇÃO 43
A Bíblia diz mais. Ela diz que se os filhos não estão vivendo
em alegre submissão a Deus, estarão vivendo em submissão
a outra pessoa ou coisa. Ou nossos filhos servirão e adorarão
a Deus ou servirão e adorarão a outra coisa. Não se pode
dividi-los em dois grupos: aqueles que adoram e aqueles que
não adoram. Todos eles são adoradores. A pergunta é: "A que
adoram (veja Romanos 1:18-32)?" Tudo o que um filho faz, tudo
o que deseja, todo pensamento que ele tem e toda escolha que
ele faz, todo relacionamento que ele busca e toda atitude que
ele toma é, de alguma forma, expressão de adoração. Quando
irmão e irmã brigam agressivamente por quem irá usar o te
lefone, ou quando um adolescente quer morrer por causa da
falta de aceitação de seus companheiros, é importante lembrar
que a adoração está sendo expressa. Há uma dimensão vertical,
espiritual, para cada ação horizontal e interpessoal.
! s ã o In té rp r e te s
que precisa de material escolar para um projeto que tem que ser
entregue na manhã seguinte, como aproveitar ao máximo essa
oportunidade de ensino? Quando outro filho fica parado em
frente à porta aberta da geladeira bem abastecida e diz que não
há nada para comer, como tirar proveito da situação? Quando
um filho aparece com o cabelo verde, tingido com gelatina de
limão na casa de um amigo, que verdades ensinar?
Ele e que eles foram chamados para viver para a Sua glória.
Somos chamados por Deus a fazer teologia, isto é, a viver nos
sas vidas com consciência de Deus momento após momento.
Ele é a realidade que dá sentido e forma a todos os fatos que
discutimos e consideramos.
Caiíiffísir $3 ©fesdefeiisr
Finalmente, encarar a família como comunidade teológica
significa ser muito prático sobre o que significa seguir a Deus
nas situações corriqueiras da vida diária. Não fazemos muitas
coisas tão grandiosas e significativas em nossa vida. A maioria
de nós não será mencionada nos livros de história. A maioria
de nós só será lembrada pela família e talvez por alguns ami
gos. A maioria de nós será esquecida em duas a três gerações
após a nossa morte. Simplesmente não há muitos momentos
grandiosos da vida, e nós certamente não vivemos a vida na
queles momentos. Não, vivemos a vida no mais absoluto dia-
a-dia. Existimos nos banheiros, quartos, salas e corredores da
vida. E nesses lugares que o caráter de nossa vida é definido.
É nesses lugares que vivemos a vida de fé. Então, precisamos
ensinar nossos filhos a levarem esse foco no que é de Deus aos
momentos mais triviais da vida.
nu: i; u m a f a m í l i a ? d e s c r i ç ã o d a t a r e f a 61
a última coisa que eu faça, vou ensinar a ele (ao irmão mais
novo) que deve ficar longe de meu quarto. Vou fazer com
que ele respeite a mim e as coisas que me pertencem de uma
maneira ou de outra". Embora ela não percebesse, ali estava
uma adolescente completamente determinada a fazer a obra
de Deus e se esquecendo de fazer as coisas simples que Deus
a havia chamado para fazer durante os tempos de maus tratos.
Ela iria colher o desastre de tentar fazer o que somente Deus
pode fazer.
isso quando exige que eles encarem uns aos outros, lidem com
suas diferenças, confessem pecados, peçam perdão e restaurem
os relacionamentos. Assim fazendo, você ensina o Evangelho,
testifica da presença e do poder do Redentor, e ensina seus
filhos a serem pessoas cheias de esperança até em meio a um
mundo decaído.
lugar onde eles olham, eles verão falência. Aqui também, de
vemos trazer o Evangelho. Este mundo não é lugar de caos não
atenuado. Sobre toda falência governa o Cristo ressurreto, que
reina sobre todas as coisas por amor de Seu povo. Ele vai tra
zer fim a todo o pecado, dor e sofrimento. O que enfrentamos
aqui não se compara às glórias da eternidade. Há esperança!
Precisamos encontrar maneiras práticas de comunicar esta
esperança a nossos filhos. Há mais e melhores coisas por vir.
Há uma razão para continuar.
o que você acha das minhas orelhas?" "O que eu acho áas suas
orelhas?'' pensei. Eu realmente não havia parado para pensar
nas orelhas dele e sei que nunca havia falado sobre elas com
minha esposa! Mas, de repente, ele ficou muito sério em relação
às orelhas. Ele percebeu minha hesitação, então eu quis dizer
algo (quase) inteligente! Daí, eu disse: "Bem, o que você acha
delas?"
1’oderia explicar por que está tão bravo? Não quero que esta
conversa cause incômodo entre nós. Eu não pedi para falar
com você porque estava com vontade de brigar. Eu amo você
c quero ajudá-lo de todas as formas possíveis".
A. Te n dê ncia d o s A d o le s c e n te s a o L egalista©
A u sê n c ia cie Perspectiva E s c a to ió g ic a
A escatologia, ou o enfoque na eternidade, não é o
ponto forte da teologia funcional da maioria dos adolescen
tes. Eles não tendem a viver com a eternidade em vista. Eles
não pensam em termos de recompensa tardia. O enfoque dos
adolescentes está chocantemente no presente. Eles vivem como
se o momento presente fosse o único momento da vida. Eles
não pensam em termos de investimento. Eles não têm uma
mentalidade de colheita. Gálatas 6:7 diz: "D e Deus não se
zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá".
Este é um importante princípio espiritual que raramente faz
r ( ONHEÇAM SEUS ADOLESCENTES
91
dela. Você a verá à sua procura para falar sobre coisas que
muitos adolescentes escondem ou ignoram. E, conforme o re
lacionamento ficar mais profundo, você a observará aderindo
progressivamente ao caráter de Cristo.
S E G U N D A PA R T E
Estabelecendo
Objetivos Espirituais
Objetivos, Glória e Graça
Aclrmiráwel Poder
Há poucas coisas na vida que requerem tanta qualidade
o tempo todo quanto a educação de filhos. Poucas coisas na
vida apresentam um potencial tão grande de dificuldades e
situações dramáticas inesperadas. Falei com muitos pais de
adolescentes que disseram ter medo e se sentiram como se não
tivessem força para fazer aquilo para que foram chamados. E
essencial, diante disso, que não nos esqueçamos da força que
desfrutamos como filhos de Deus.
cia G lória
Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles
que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que
todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que
eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu
me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam
um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles
sejam levados à plena unidade...
Tiid© cie q u e P r e c is a m o s
pecado. E Ele nos deu dons gloriosos de graça para que pos
samos ser Seus instrumentos de mudança nas vidas de nossos
filhos. Não podemos ceder ao desânimo e desesperança. Cristo
nos dá razão para termos esperança; esperança de podermos
ser operantes e produtivos na educação de nossos adoles
centes. Os dons da graça que Ele dá transformam pecadores
fracos e falhos em operantes e produtivos filhos do Deus todo-
poderoso. Podemos permanecer em Seus elevados objetivos
com esperança ao olharmos para a educação pelas lentes de
Sua graça e glória.
Fiquei muito bravo por ela ousar ser tão atrevidamente re
belde e insensível. Nós a havíamos ensinado na verdade. E
era assim que ela nos agradecia? Como ela poderia ser capaz
disso? Ao mesmo tempo, fiquei triste. Um mundo simples,
doce e descomplicado havia repentinamente morrido. Estava
acabado. Ela não era mais a menininha inocente que subia no
colo do papai para ouvi-lo contar histórias. Ela não era mais
a pequena brincalhona que tentava escapar das cócegas do
papai dando gritinhos pelo corredor. Eu queria aquele mundo
agora. Queria poder fazer o tempo voltar. Não queria ter que
educar a pessoa que escreveu aquele bilhete. Queria minha
menininha de volta.
Havia, contudo, uma terceira coisa que senti: vergonha.
Eu gozava de boa reputação na comunidade cristã. Era pastor,
professor no seminário e conselheiro. Havia proferido palestras
sobre família cristã e sobre educação no lar em conferências. O
que as pessoas diriam de mim agora? Que especialista, hein?!
Que exemplo! Senti pena de mim mesmo. O que a administra
ção da escola teria pensado ao receber aquele bilhete? O que
teria pensado de mim?
glória são a razão por que a pessoa espiritual faz o que faz.
Ele tem uma única motivação na vida: viver para agradar a
Seu Senhor. Ele não vive para seu próprio prazer nem para o
prazer de outros. Ele não vive para o que pode possuir. Ele faz
o que faz porque Deus é e tem falado. Este é o único sistema
de orientação de sua existência. Ele não faz o que faz porque
há alguém olhando, ou por ter medo das conseqüências, mas
por nutrir profundo e reverente amor a Deus. Desobedecer-
Lhe consciente e propositalmente é impensável.
tes não tendem a ser muito conscientes. Eles são muito cientes
de como os outros reagem a eles. Eles se concentram em sua
própria aparência física e em como se sentem, mas tendem a
carecer da essência da consciência bíblica: uma consciência do
coração. Isso é poderosamente demonstrado quando um pai
ou mãe aponta uma atitude errada no adolescente. Na maioria
das vezes, o adolescente reage com amargura, achando que
foi falsamente acusado ou injustamente discriminado.
O B JE T IV O 2 - PesenweSwenci© urm C o ra ç ã o de
C o n v icçã o e S a b e d o ria
Juntamente com o desenvolvimento de convicções, tam
bém é necessário desenvolver sabedoria, que é a segunda me
tade deste objetivo, se pretendemos que nossos adolescentes
vivam de forma agradável a Deus. Permita-me ilustrar isso
com outra história.
por fax para que pudéssemos discutir o que ele deveria fazer.
Falamos sobre as pessoas que seriam envolvidas na questão.
Quem eram as pessoas que exerciam autoridade sobre ele e
por que elas haviam dado aquela ordem? Falamos sobre a
maneira como ele deveria lidar com os seus superiores. De
certa forma, meu filho queria que eu tomasse a decisão por ele,
mas eu não fiz isso por considerar que aquela situação havia
sido providenciada por Deus para o seu desenvolvimento. Ele
estava aberto, buscando e pensando do modo certo. Depois
de discutir a questão, eu disse que oraria por ele. Eu estava
con fian te que ele tinha tudo de que precisava para tomar uma
decisão sábia.
Como pai, você não pode dar o que não tem. Só poderemos
ensinar nossos filhos a ser obedientes à Palavra na prática,
exercendo convicção bíblica decisiva, se estivermos fazendo
o mesmo. Só poderemos ensinar nossos filhos a aplicar sabia
mente os princípios da Palavra às questões da vida se isso for
o que nós estivermos procurando fazer. Estudantes obedientes
à Palavra tendem a produzir o mesmo tipo de filhos.
136 CAPÍTULO OITO
E s tr a té g ia s p ara © Deseriwel^iraiemt©
cie um C o ra ç ã e Sálíl®
ELA está no estilo dos tênis que você vê. Ela está nos sons
da música que você ouve. Ela é demonstrada quando o adoles
cente fala com você em um tipo de língua que mal se entende.
Ela é vista na maneira como os adolescentes se relacionam uns
com os outros e com você. Ela invade a sua casa por meio de
televisão, rádio e internet, por DVDs e aparelhos de som, por
jornais e revistas. Ela diz a você o que pensar, o que desejar
e o que fazer. Ela molda os relacionamentos e define o que é
importante.
ie é C u ltu ra?
No início, Deus criou as pessoas com capacidade de inte
ragir com o mundo e deu a elas a responsabilidade de fazê-lo
de forma a refletir a Sua imagem. Deus nunca pretendeu que
as pessoas tivessem um relacionamento passivo com o mundo
que Ele fez. Ele queria que elas "vestissem " o mundo ao redor
delas. Ele fez as pessoas à Sua imagem com uma habilidade
criativa que não foi dada a nenhuma outra criatura e ordenou
que ela fosse usada (veja Gênesis 1:26-31; 2:15-20). Assim,
desde a criação, as pessoas sem p re tiveram o m u n d o em suas
mãos. Ele nunca foi deixado sozinho. Nunca o encontramos em
seu estado original. As pessoas estão sempre instintivamente
interagindo com o mundo. Elas estão sempre organizando
e reorganizando, interpretando e reinterpretando, criando e
recriando, construindo e reconstruindo. A presença da cultura
é constante e sempre mutante.
Deus colocou as pessoas no ambiente primário do mundo
que criou, mas nós nunca vivemos apenas naquele ambiente.
Sempre vivemos dentro do ambiente secundário também - a
cultura criada humanamente. Assim, a luta com a cultura é
inescapável.
Wacessíclau -í Krjteção
Podemos ver a influência na forma como nos vestimos.
Pouquíssimos de nós ainda usam paletó Nehru (com gola ca
reca, como o que os Beatles usavam) com calças boca de sino
(não que eu esteja reclamando por isso!). Na verdade, poucos
de nós usam o mesmo estilo de roupas que usamos dez, talvez
154 CAPÍTULO NOVE
TEMA DEFINIÇÃO
R E L A T IV IS M O • N ã o h á p a d r ã o a b s o lu t o p a r a a v id a .
• C a d a p e s s o a d e t e r m i n a o q u e é c e r t o p a r a s i.
• 0 q u e é c e r t o m u d a c o n f o r m e a s it u ç ã o .
IN D IV ID U A L IS M O • N ã o h á o b j e t iv o m a i o r d o q u e m i n h a f e l i c i d a d e e p r a z e r .
• N ã o h á p r o p ó s it o m a io r d o q u e s u p r ir m in h a s p r ó p r ia s
n e c e s s id a d e s , v o n t a d e s , d ir e it o s e d e s e jo s .
E M O C IO N A L IS M O • O s s e n t i m e n t o s s ã o o s i n a l i z a d o r m a i s i n f lu e n t e e im p o r t a n t e
d a q u ilo q u e é c e r t o e m e lh o r.
• O s s e n t im e n t o s s ã o u s a d o s c o m o s is t e m a d e o r ie n t a ç ã o p e s s o a l.
IM E D IA T IS M O • F o c o n o p re s e n t e - v iv e - s e p a ra o m o m e n to .
• F o c o n a f e lic id a d e p e s s o a l a t u a l.
• N ã o h á s e n s o d e g r a t if ic a ç ã o e in v e s t im e n t o fu t u ro s .
M A T E R IA L IS M O • N ã o h á r e c o n h e c i m e n t o d o m u n d o e s p ir i t u a l.
• 0 o b j e t iv o d e v i d a é t e r p r a z e r f í s i c o e p o s s u i r b e n s m a t e r i a i s .
• F o c o n a q u ilo q u e s e p o d e v e r.
A U T O N O M IA • N ã o h á s e n s o d e r e s p o n s a b ilid a d e in a t a o u n a t u r a l a u m a
a u t o r id a d e s u p e r io r a s i m e s m o .
• N ã o h á r e c o n h e c im e n t o fu n c io n a l d a e x is t ê n c ia d e D e u s e d o
c h a m a d o p a r a v i v e r p a r a a S u a g ló r ia .
“V I T I M I S M O ” • N ã o h á s e n s o d e r e s p o n s a b ilid a d e p e s s o a l p e lo s a to s.
• C r e n ç a d e q u e o q u e s o u é fru t o d e m in h a e x p e r iê n c ia .
• M e u s d e fe it o s s e d e v e m à s o u t r a s p e s s o a s e à s s it u a ç õ e s
q u e f o g e m a m e u c o n t r o le .
157
• N ã o h á c o n v ic ç ã o n e m c o n s is t ê n c ia d e e s t il o VERDADE: S u b m is s ã o e o b e d iê n c ia
d e v id a , v o lu n t á r ia s a o s m a n d a m e n t o s e
• N ã o h á r e s t r iç õ e s in t e rn a s . p r in c íp io s d a s E s c r it u ra s .
• S u s c e p t ib ilid a d e à in f lu ê n c ia d e o u t ro s .
• A v e rs ã o a re g ra s.
• P r e g u iç a e ir r e s p o n s a b ilid a d e p r á t ic o d e a m a r a D e u s e a o
• R e s m u n g o s e re c la m a ç õ e s p ró x im o .
• O a d o le s c e n t e é m o v id o p e lo q u e s e n t e s e r FÉ BÍBLICA: C o m p r o m is s o a t e s t a r
c e r t o - f o c o n o s b o n s s e n t im e n t o s . tud o s e g u n d o a s v e rd a d e s d a s
• R a ra m e n te a g e co n tra o q u e se n te . E s c r it u ra s .
• S e n s ib ilid a d e à a p r o v a ç ã o o u d e s a p r o v a ç ã o
d e o u tra s p e s s o a s .
• M e n t a l i d a d e “p r e c i s o t e r i s s o a g o r a ” . ETERNIDADE: C o m p r o m is s o
• N ã o h á f o c o e m in v e s t im e n t o s d e lo n g o p r a z o . p e s s o a l e m fa z e r tu d o o q u e fa ç o
• N ã o h á s e n s o d e c o n s e q ü ê n c ia s . c o m o s o lh o s v o lt a d o s p a r a a
• D e c is õ e s im p u ls iv a s . r e a lid a d e d a e t e r n id a d e .
• N ã o h á b u s c a in d e p e n d e n t e d a s c o i s a s d o ESPIRITUALIDADE: U m a v id a
S e n h o r. m o ld a d a p o r s e r ie d a d e n a s q u e stõ e s
• N ã o h á f o c o e m c a r á t e r e a t it u d e . d o c o r a ç ã o e n o r e la c io n a m e n t o
• F o c o e m r o u p a s , b e le z a , a m ig o s e c o is a s . com D eu s.
T e n d ê n c ia à r e b e liã o c o n t r a a a u t o r id a d e . EXISTÊNCIA: V i d a g u i a d a p e lo
N ã o h á f o c o r e a l e m d ir e ç ã o a D e u s n a v id a . r e c o n h e c im e n t o d o C r ia d o r e v id a
A a u t o r id a d e e a d is c ip lin a s ã o v is t a s c o m o p a r a a S u a g ló r ia ,
n e g a t iv a s .
P a d r õ e s r e g u la r e s d e t r a n s f e r ê n c ia d e c u lp a . PECADO: R e c o n h e c i m e n t o h u m i ld e
J u s t ific a r , r a c io n a liz a r o m a u c o m p o r t a m e n t o - d a lu t a c o n t r a o p e c a d o n o i n t e r i o r
a g ir d e f e n s iv a m e n t e . e c o m a t e n t a ç ã o n o e x t e r io r . G r a t i d ã o
F a lt a d e c o n f is s ã o . p e la g r a ç a p e r d o a d o r a d e C r is t o .
F a lt a d e s e n s o d e n e c e s s i d a d í í d e m u d a n ç a
p e s s o a l.
158 CAPÍTULO NOVE
Não espere que seu filho e/ou filha venham falar com você.
Aproxime-se de maneira amorosa, amigável e positi
vamente. Os adolescentes que estão na defensiva não
falam espontaneamente e não ouvem com atenção.
fazendo o mesmo.
3. A cultura define e molda os nossos relacionamentos. Coisas
como a visão que temos sobre a autoridade e o governo, sobre
o homem e a mulher e seus papéis, sobre as crianças e o lugar
delas na sociedade, sobre o relacionamento entre homens e
mulheres, sobre a sexualidade, sobre a família e o papel e a
importância dela na cultura e sobre os idosos são exemplos
das formas como a cultura molda os nossos relacionamentos.
Um exemplo da poderosa influência da cultura sobre
nossos relacionamentos é a redefinição radical da família que
ocorreu recentemente. Família já foi um termo usado somente
para descrever um marido (do sexo masculino) e uma esposa
(do sexo feminino) que fossem casados (um com o outro), e
seus filhos. Agora o termo tem uma variedade interminável
e desconcertante de significados. E tentador pensar que essa
redefinição radical de família nunca nos influenciará, mas não
é preciso ir muito além do vasto número de divórcios e famílias
onde há apenas o pai ou a mãe dentro da igreja para nos lem
brarmos humildemente de que estamos sendo influenciados.
Para os adolescentes, a influência da cultura não é menos
poderosa. Há uma pressão em nossa cultura para que me
ninos e meninas formem pares ("Vou sair com ...."). A esses
relacionamentos é dada forte ênfase física, que fica evidente
na razão por que uma pessoa é considerada atraente ("Ele
é tão m usculoso" ou "Ela é tão bonitinha") e na ênfase na
expressão sexual. (Uma música diz: "Anseio por seu toque.")
"Sexy" tende a ter mais destaque do que "m aduro". E, numa
cultura focada no aspecto físico, dizer que uma pessoa tem uma
agradável personalidade (que significa ser gentil, educado,
generoso, paciente etc.) é acabar com ela.
Outra evidência da influência da cultura sobre os rela
cionamentos é o modo machista, confrontador e desafiador
VIDA NO MUNDO REAL 165
Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como
restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora
e pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode
esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também,
ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha.
Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a
todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante
dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao
Pai de vocês, que está nos céus.
'.'icíTide s e u c o r a ç ã o
Sinais d e um C s ra çã a Weitscfo ps us
O SENHOR diz:
"Esse povo se aproxima de mim
com a boca
e me honra com os lábios,
mas o seu coração está longe de mim.
A adoração que me prestam
é feita só de regras
ensinadas por homens." (Isaias 29:13)
7. Seja exemplo na sede de Deus. Faça com que seu filho ado
lescente veja o seu compromisso em relação ao estudo bíblico
pessoal e familiar, ao estar debaixo de constante ensino da
UM CORAÇÃO VOLTADO PARA DEUS 201
Sa in d o d e C a s a C edo D em ais
Som® é a M aturidade?
entendi bem o que você disse". Ela não terá que ser observada
ou investigada. Ela começará a desenvolver uma reputação
por ser confiável e digna fora do lar.
Estratégias Práticas
para a Educação dos
Adolescentes
Três Estratégias Para a
Educação dos Adolescentes
BILL e Jean vieram a meu escritório parecendo cansados
e desanimados. Eles haviam ansiado por ter uma família e
desfrutaram grandemente seus prim eiros anos como pais.
Eles falaram sobre os grandes períodos de férias e feriados
que haviam tido. Lem braram os doces m omentos em que
preparavam as crianças para dormir, surpreendendo-as com
o café da manhã na cama e trazendo para casa, ao final de um
dia de trabalho, o brinquedo ocasional inesperado. Mas em
algum ponto, de alguma forma, eles perderam de vista o que
e o porquê estavam fazendo. Eles ainda interagiam com os
filhos, mas tudo parecia carecer de continuidade e propósito.
esperança.
Ela vai embora achando que você simplesmente não sabe o que
está falando. Se você quer instruir efetivamente a adolescente e
ajudá-la a aprender a filtrar as vozes da vida dela, gaste tempo
fazendo pesquisas.
admite que há vezes em que ele fica cego para sua própria
fraqueza e erro, então o que ele está dizendo é que ele é uma
pessoa que precisa de ajuda.
va. Isto parece tão óbvio que nem parece digno de menção.
Contudo, precisamos estar cientes da tentação de falar com
nossos adolescentes de uma maneira que não seja a bíblica.
Há diversas razões porque somos tentados a fazê-lo. Primeiro,
viver com o adolescente significa viver com o inesperado. A
vida muitas vezes fica mais desordenada do que em ordem.
Nesses anos, somos atingidos por coisas que não prevemos e
para as quais nos sentimos despreparados. Nós muitas vezes
cedemos a falar de acordo com o nosso despreparo.
com eles precisa ser moldada por graça infalível, amor sem
limites e paciência perseverante. Resumindo, nossa vida com
eles deve ser moldada por Cristo. Ao encarnarmos a Cristo
por Sua graça diante de nossos filhos, seremos capazes de
receber o erro com graça e eles serão encorajados a levar uma
vida honesta e aberta.
ISBN 978-85-7414-020-9
editora ,
788574 140209 ti batista regular