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MINISTÉRIO DA SAÚDE

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE


ISBN 978-85-334-2220-9

Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimentos em Saúde


9 788533 422209

Série ECOS
Série ECOS
Economia da Saúde para
a Gestão do SUS

Ferramentas
para Diagnóstico
e Qualificação de
Investimentos em Saúde


Série ECOS •
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
Eixo 1

Eixo 1
www.saude.gov.br/bvs

Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde


www.saude.gov.br/bvs

Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
V. 4
www.saude.gov.br/bvs

Volume
Brasília – DF
2015
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE

Série ECOS
Economia da Saúde para
a Gestão do SUS

Ferramentas
para Diagnóstico
e Qualificação de
Investimento em Saúde
Eixo 1, Volume 4

Brasília – DF
2015
2015 Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana de Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial –
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde:
<www.saude.gov.br/bvs>. O conteúdo desta e de outras obras da Editora do Ministério da Saúde pode ser acessado na página: <http://
editora.saude.gov.br>.

Tiragem: 1ª edição – 2015 – 2.500 exemplares

Elaboração, distribuição e informações: Organização e edição de texto:


MINISTÉRIO DA SAÚDE Aline Silva Amorim – Consultoria
Secretaria-Executiva Claudia Cury Gonçalves Braga – Consultoria
Departamento de Economia da Saúde, Marcelo Sette Gutierrez – CQIS/DESID/SE/MS
Investimentos e Desenvolvimento
Coordenação de Qualificação de Investimentos em Infraestrutura Revisão técnica da redação final:
em Saúde Aline Silva Amorim – Consultoria
Esplanada dos Ministérios, bloco G, Anexo B, sala 465 Fabíola Sulpino Vieira – DESID/SE/MS
CEP: 70900-058 – Brasília/DF Marcelo Sette Gutierrez – CQIS/DESID/SE/MS
Tel.:(61) 3315-3798
Site: www.saude.gov.br/svs Editora responsável:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/ORGANIZAÇÃO Secretaria-Executiva
MUNDIAL DA SAÚDE Subsecretaria de Assuntos Administrativos
Setor de Embaixadas Norte, lote 19 Coordenação-Geral de Documentação e Informação
Cep: 70800-400 – Brasília/DF Coordenação de Gestão Editorial
Site: www.opas.org.br SIA, Trecho 4, lotes 540/610
E-mail: postmaster@bra.ops-oms.org CEP: 71200-040 – Brasília/DF
Tels.: (61) 3315-7790 / 3315-7794
Elaboração de texto: Fax: (61) 3233-9558
Aline Silva Amorim Site: http://editora.saude.gov.br
Alessandra Campos Castanheira E-mail: editora.ms@saude.gov.br
Claudia Cury Gonçalves Braga
Marcelo Sette Gutierrez Equipe editorial:
Normalização: Amanda Soares
Revisão e copydesk: Revisão: Khamila Silva e Tatiane Souza
Oficina da Palavra Capa, projeto gráfico: Kátia Barbosa
Diagramação: Marcos Melquíades Gonçalves dos Santos

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde.
Ferramentas para diagnóstico e qualificação de investimentos em saúde / Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde.
– Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
124 p. : il. – (Série Ecos, Economia da Saúde para Gestão do SUS ; Eixo 1, v. 4)

ISBN 978-85-334-2220-9

1. Economia da Saúde. 2. Tecnologia em Saúde. 3. Equipamentos Médicos. I. Organização Pan-Americana da Saúde. II. Título. III. Série.

CDU 351.77:614
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2015/0031

Títulos para indexação:


Em inglês: Tools for diagnosis and qualification of investments in health
Em espanhol: Herramientas para diagnóstico y calificación de inversiones en salud
Lista de figuras e gráfico

Figura 1 – Oferta de tomógrafos computadorizados disponíveis ao SUS, por município.


Dezembro 2007...................................................................................................... 24

Figura 2 – Oferta de tomógrafos computadorizados da esfera privada, não disponíveis


ao SUS, por município. Dezembro 2007......................................................................... 25

Figura 3 – População distribuída por município e capitais no território nacional. Ano: 2007.......26

Figura 4 – Padrão de distribuição das classes IDH alto e IDH baixo. Brasil, 2000.......................... 27

Figura 5 – Padrão de distribuição das classes alta e baixa de taxas de mortalidade,


padronizadas por faixa etária. Brasil, 2005....................................................................28

Figura 6 – Internação por AVC, por local de ocorrência, segundo a existência de tomógrafos
computadorizados disponíveis ao SUS. Brasil, 2005 a 2007..........................................30

Figura 7 – Abrangência dos tomógrafos computadorizados disponíveis ao SUS, círculos


com raio de 75 km, sobre os municípios brasileiros, segundo classe de IDH. Brasil,
2005 a 2007.......................................................................................................................31

Figura 8 – Fluxos de internação por AVC, com deslocamentos maiores que 75 km.
Brasil, 2005 a 2007.. ........................................................................................ 32

Figura 9 – Fluxos de internação por AVC, com deslocamentos entre 10 e 75 km.


Brasil, 2005 a 2007......................................................................................33

Figura 10 – Abrangência de TC-SUS, sobre municípios, segundo classe de IDH e distribuição


de fluxos de internação por AVC. Brasil, 2005 a 2007....................................................34

Figura 11 – Etapas a serem consideradas na elaboração do PGRSS ............................................... 41

Figura 12 – Ciclo de vida genérico de produtos................................................................................ 42

Figura 13 – Banco de dados: Instruções de Uso de itens registrados na Anvisa.............................48

Figura 14 – Tipos de tratamento de resíduos para o ambiente sala grande de cirurgia,


disponibilizado pelo SomaSUS ....................................................................................... 53

Figura 15 – Vista completa do equipamento e peças marcadas com simbologia,


respectivamente..............................................................................................................54

Figura 16 – Protocolo de reciclagem de produtos............................................................................54

Gráfico 1 – Origem das empresas de EMH, cujos manuais de usuário foram analisados................51
Lista de tabelas

Tabela 1 – A oferta de tomógrafos computadorizados, segundo esfera administrativa,


considerada para efeito de cálculos e mapeamento. Dezembro 2007......................... 23

Tabela 2 – População residente por ano de referência, segundo sexo e faixa etária.................... 25

Tabela 3 – Taxas de mortalidade por AVC, segundo sexo e faixa etária. Brasil, 2005.................... 28

Tabela 4 – Internações por AVC, segundo sexo e faixa etária. Brasil, 2005 a 2007........................ 29

Tabela 5 – Distribuição dos tomógrafos computadorizados, com financiamentos aprovados


no âmbito do Ministério da Saúde, nos anos de 2006 e 2007....................................... 35

Tabela 6 – Relação de equipamentos e quantidade de documentos selecionados no banco de


dados da Anvisa...............................................................................................................49

Tabela 7 – Resultado da análise realizada nos manuais de usuário de EMH ..................................51

Tabela 8 – Relação de ambientes e área mínima total de UBS Porte I............................................61

Tabela 9 – Ambientes não contemplados na Portaria MS/G M nº 2.226/2009................................ 62

Tabela 10 – Relação de profissionais que compõem a Equipe Saúde da Família


para UBS Porte I............................................................................................................... 62

Tabela 11 – Tarifas de consumo de água executadas nas regiões brasileiras no período de


janeiro a novembro de 2010, cujos dados foram utilizados para o cálculo da média
mensal e anual................................................................................................................. 63

Tabela 12 – Tarifas de consumo de água executadas nas regiões brasileiras no período de


janeiro a dezembro de 2011, cujos dados foram utilizados para o cálculo da média
mensal e anual................................................................................................................. 65

Tabela 13 – Tarifas de consumo de energia elétrica executadas nas regiões brasileiras no


período de janeiro a novembro de 2010, cujos dados foram utilizados para o cálculo
da média mensal e anual.................................................................................................66

Tabela 14 – Tarifas de consumo de energia elétrica executadas nas regiões brasileiras no


período de março a novembro de 2011, cujos dados foram utilizados para o cálculo
da média mensal e anual.................................................................................................68

Tabela 15 – Custos de consumo médio de água e energia, segundo dados do Sinapi, no


período de 2010 a 2011.....................................................................................................69
Tabela 16 – Relação de ambientes com pontos de água previstos para UBS Porte I, de
acordo com dados da Portaria nº 2.226/2009 e SomaSUS............................................ 70

Tabela 17 – Consumo de água por tipo de ponto, segundo dados da Sabesp e DAB..................... 70

Tabela 18 – Estimativa do número de acionamentos por hora de torneiras por ambiente.............71

Tabela 19 – Parâmetros considerados no cálculo do consumo diário e total de água em UBS.......71

Tabela 20 – Parâmetros considerados no cálculo do consumo de água (diário, mensal


e anual) de UBS................................................................................................................ 72

Tabela 21 – Parâmetros considerados no cálculo do consumo de água (diário, mensal e anual)


por agentes comunitários de saúde............................................................................... 73

Tabela 22 – Estimativa dos pontos de luz por ambiente para cálculo de potência, segundo
dados do SomaSUS e Inmetro........................................................................................ 73

Tabela 23 – Levantamento da quantidade de equipamentos e suas respectivas potências


(Watts), bem como pontos de luz existentes nos ambientes de UBS.......................... 74

Tabela 24 – Cálculo de potência dos equipamentos e pontos de luz considerados para os


ambientes Farmácia e Guarda de Materiais e Insumos................................................. 77

Tabela 25 – Resultados dos cálculos de consumo de energia (diário, mensal e anual) de UBS,
comparando-se a Portaria nº 2.226/2009 e Manual do DAB.......................................... 78

Tabela 26 – Custos indiretos de água e energia para UBS Porte I, comparando-se a Portaria
nº 2.226/2009 e Manual do DAB, nos períodos de 2010 e 2011....................................... 78

Tabela 27 – Custos mensais e anuais de água considerando pontos de água e RDC-50, no


período de 2010 e 2011..................................................................................................... 79

Tabela 28 – Custos indiretos de água e energia, com respectivos consumos mensais e anuais,
tarifas média nacional, no período de 2010 a 2011 ......................................................... 79

Tabela 29 – Tarifas de água por região brasileira no período de janeiro a novembro de 2010 e
respectivos cálculos das tarifas médias mensal e anual, bem como custos mensal
e anual por região............................................................................................................ 79

Tabela 30 – Tarifas de água por região brasileira no período de janeiro a dezembro de 2011 e
respectivos cálculos das tarifas médias mensal e anual, bem como custos mensal
e anual por região.............................................................................................................81

Tabela 31 – Tarifas de consumo de energia por região brasileira no período de janeiro a


novembro de 2010 e respectivos cálculos das tarifas médias mensal e anual, bem
como custos mensal e anual por região......................................................................... 83
Tabela 32 – Custo mensal e anual de consumo de energia elétrica por região no período de
março a dezembro de 2011, calculados com base na tarifa média anual......................84

Tabela 33 – Custos mensal e anual do consumo de água e energia elétrica em UBS Porte I,
no nos anos de 2010 e 2011..............................................................................................86

Tabela 34 – Custos mensal e anual do consumo de água e energia elétrica em UBS, com base
em dados do Sinapi, nos anos de 2010 e 2011.................................................................86

Tabela 35 – Custo de tarifas praticadas para água e energia elétrica por região no período
de 2010 e 2011...................................................................................................................86

Tabela 36 – Estrutura mínima para projetos de Unidades Básicas de Saúde (UBS) Porte I ...........89

Tabela 37 – Ambientes não contemplados na Portaria MS/GM nº 2.226/2009.................................90

Tabela 38 – Relação de profissionais que compõem a Equipe da Saúde da Família (ESF)..............90

Tabela 39 – Taxa anual de depreciação e vida útil de diferentes tipos de bens............................... 92

Tabela 40 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de


manutenção de EMH e MP do ambiente Sala de Recepção em UBS – Porte 1............ 93

Tabela 41 – UBS – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de


manutenção de EMH e MP do ambiente Sala de Espera em UBS – Porte 1..................94

Tabela 42 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de


manutenção de EMH e MP do ambiente Consultório Médico-Odontológico
(2 unidades) em UBS – Porte 1........................................................................................ 95

Tabela 43 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de


manutenção de EMH e MP do ambiente Consultório Odontológico
em UBS – Porte 1.............................................................................................................. 97

Tabela 44 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação


e de manutenção de EMH e MP do ambiente Sala de Procedimento
em UBS – Porte 1..............................................................................................................99

Tabela 45 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de


manutenção de EMH e MP do ambiente Sala de Vacina em UBS – Porte 1................. 101

Tabela 46 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de


manutenção de EMH e MP, considerando o ambiente Sala de Curativo
em UBS – Porte 1.............................................................................................................102

Tabela 47 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de


manutenção de EMH e MP do ambiente Sala de Reunião em UBS – Porte 1..............103
Tabela 48 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de
manutenção de EMH e MP do ambiente Copa/Cozinha em UBS – Porte 1................. 104

Tabela 49 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e


e manutenção de EMH e MP do ambiente Sala para Material de
Limpeza/DML em UBS – Porte 1.................................................................................... 104

Tabela 50 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de


manutenção de EMH e MP do ambiente Sala de Utilidades/Apoio à Esterilização
em UBS – Porte 1.............................................................................................................105

Tabela 51 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e


de manutenção de EMH e MP do ambiente Farmácia em UBS – Porte 1, não
contemplado na Portaria MS/GM nº 2.226/2009.......................................................... 106

Tabela 52 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de


manutenção de EMH e MP do ambiente Guarda de Materiais e Insumos em
UBS – Porte 1, não contemplado na Portaria MS/GM nº 2.226/2009............................107

Tabela 53 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de


manutenção de Unidades Móveis para Transporte de Equipes (Veículo) – não
contemplado na Portaria MS/GM nº 2.226/2009...........................................................107

Tabela 54 – Somatório das estimativas dos valores de aquisição, valores das estimativas de
depreciação e de manutenção anual total dos equipamentos e dos materiais
permanentes de UBS Porte I......................................................................................... 108

Tabela 55 – Somatório dos valores estimados de aquisição dos equipamentos e dos materiais
permanentes e o custo anual de depreciação e de manutenção................................ 109
Sumário

Apresentação............................................................................................................................................................ 11

1 Introdução............................................................................................................................................................... 13

2 Avaliação da equidade na distribuição de tomógrafos computadorizados (TC)


no Brasil....................................................................................................................................................................... 17
2.1 Diretrizes para o cuidado do AVC – Tecnologias envolvidas..................................................................... 18

2.2 A equidade e sua dimensão geográfica...............................................................................................................22

2.3 A oferta de TC no Brasil e sua distribuição geográfica.................................................................................23

2.4 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).......................................................................................................26

2.5 Mortalidade por AVC.....................................................................................................................................................27

2.6 Internações por AVC.....................................................................................................................................................29

2.7 Municípios em área de abrangência de tomógrafo computadorizado................................................30

2.8 Investimentos em tomógrafos pelo Ministério da Saúde............................................................................35

2.9 Conclusão..........................................................................................................................................................................36

3 Descarte de equipamentos médico-hospitalares, segundo os manuais


dos fabricantes ........................................................................................................................................................39
3.1 Introdução..........................................................................................................................................................................39

3.2 Metodologia.......................................................................................................................................................................47

3.2.1 Seleções dos tipos de equipamentos e dos manuais de usuário.....................................................................48

3.2.2 Análise dos documentos......................................................................................................................................................49

3.3 Resultados e discussão................................................................................................................................................ 50

3.4 Considerações finais......................................................................................................................................................56

4 Estudos de custos indiretos da infraestrutura física em atenção básica...................................59


4.1 Introdução..........................................................................................................................................................................59

4.2 Metodologia...................................................................................................................................................................... 61
4.3 Resultados..........................................................................................................................................................................78

4.4 Conclusões........................................................................................................................................................................86

5 Estudos de Custos dos Equipamentos Médico-Hospitalares em Atenção Básica no


ano de 2010 e 2011................................................................................................................................................87
5.1 Introdução..........................................................................................................................................................................87

5.2 Metodologia......................................................................................................................................................................89

5.3 Resultados....................................................................................................................................................................... 108

5.4 Conclusão........................................................................................................................................................................ 109

Posfácio...................................................................................................................................................................... 111

Referências...............................................................................................................................................................113

Bibliografia complementar...............................................................................................................................119

Anexos........................................................................................................................................................................123

Anexo A – Resultados obtidos na análise documental......................................................................................123


Apresentação

A publicação Ferramentas de Diagnóstico e Qualificação de Investimentos em Saúde


pretende apresentar os estudos técnicos desenvolvidos pela Coordenação de Qualificação
de Investimentos em Infraestrutura em Saúde (CQIS), uma unidade do Departamento de
Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento do Ministério da Saúde (DESID/MS).
Esta Coordenação tem como competência a realização de estudos técnicos relacionados
à infraestrutura física e aos equipamentos, visando subsidiar o Ministério da Saúde na
formulação de políticas, de diretrizes e de metas para áreas e temas estratégicos, bem como
desenvolver e implantar metodologias e ferramentas que qualifiquem os investimentos
em infraestrutura em saúde.

A temática é voltada para gestores de saúde, pesquisadores e demais segmentos da


sociedade interessados em conhecer os estudos desenvolvidos nas áreas de infraestrutura
e equipamentos de saúde pelo Ministério da Saúde.

A publicação resulta da parceria entre o DESID do Ministério da Saúde do Brasil e a


Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) para organizar textos em uma série, a
partir de produtos criados pelos consultores contratados por meio de termo de cooperação
técnica assinado entre as duas instituições.

A série denominada Ecos: Economia da Saúde para a Gestão do SUS estrutura-se em


dois eixos:

• Eixo 1 – Ampliação do uso de estratégias de Economia da Saúde para apoiar a


gestão do SUS por meio da produção e da disseminação do conhecimento sobre
temas relacionados.

• Eixo 2 – Ampliação do uso de ferramentas de Economia da Saúde pelos gestores


do SUS no processo de tomada de decisão para a análise, a formulação e a
implementação da política de saúde.

Esta publicação integra o Volume 4 do Eixo 1 e está estruturada em cinco capítulos.


Assim, o Ministério da Saúde coloca à disposição de todos os conhecimentos que podem
contribuir na qualificação dos serviços de saúde.

11
Introdução 1

A universalização do acesso aos serviços de saúde, direito instituído pela Constituição


Federal de 1988, representou um grande marco na história da Saúde: rompeu com um
modelo de exclusão, que restringia o direito à saúde aos contribuintes da Previdência Social
e a quem pudesse pagar pelos serviços privados. Uma significativa parcela da população
dependia da caridade ou morria sem atendimento.

Contra essa situação de indigência, pessoas e instituições uniram-se ao Movimento


Sanitarista na luta pelos direitos sociais, durante a Assembleia Nacional Constituinte.
Assim, a Constituição de 1988 estabeleceu o princípio da universalidade e criou a base para
a sedimentação do Sistema Único de Saúde (SUS), com as seguintes diretrizes básicas: a
descentralização, o atendimento integral, a universalização e a participação social.

O desafio para o setor público de saúde passou a ser, então, o atendimento, com
qualidade e equidade, a toda população brasileira, e não a uma parte da sociedade. Desde
sua implantação, o SUS alcançou vários avanços, porém ainda há muitos desafios a serem
superados. Entre os avanços, podemos citar a oferta de diversos programas, projetos e
políticas que têm apresentado resultados exitosos para a população brasileira, como
o Programa Saúde da Família, o Programa Nacional de Imunizações, o Sistema Nacional
de Transplantes – o Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes –, o
Programa de Controle de HIV/AIDS, entre outros (BRASIL, 2006, p. 43).

A garantia do atendimento integral à população envolve a disponibilização de


infraestrutura física, equipamentos, recursos humanos capacitados, entre outros. De
acordo com a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, entre as atribuições do SUS estão
o desenvolvimento de normas técnicas, os padrões de qualidade e parâmetros de custos,
bem como a realização de pesquisas na área da Saúde. Nesse sentido, a Coordenação de
Qualificação de Investimentos em Infraestrutura em Saúde (CQIS) desenvolveu vários
projetos nos anos anteriores, tendo sido destacados alguns nesta publicação. Ressaltamos
que é importante observar que foram consideradas as normas vigentes no ano de
desenvolvimento desses projetos.

Considerando que os recursos financeiros são limitados, a garantia de uma assistência


integral aos usuários do SUS representa um grande desafio para o sistema público. Nesse
contexto, a excelência da gestão em saúde depende do desenvolvimento e da aplicação
de ferramentas que auxiliem a tomada de decisão do gestor. Um estabelecimento de
saúde compreende uma estrutura física peculiar para suportar a incorporação de novos

13
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

equipamentos e tecnologias, cabendo ao MS buscar a melhor distribuição geográfica para


atendimento das necessidades dos usuários.

O MS, por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS), realiza o repasse financeiro
para a aquisição de equipamentos médico-hospitalares para a rede pública e instituições
filantrópicas e sem fins lucrativos. Geralmente, os projetos encaminhados ao FNS são
imprecisos em pontos essenciais, causando morosidade no processo de análise e de
aprovação dos pleitos, atraso na execução orçamentária, o que afeta negativamente a
gestão do sistema.

Visando preencher essa lacuna, o MS desenvolveu o Sistema de Apoio à Elaboração


de Projetos de Investimentos em Saúde (SomaSUS). Trata-se de uma ferramenta de apoio
aos gestores e aos profissionais de saúde na elaboração de projetos de infraestrutura em
EAS (física e de equipamentos).

No que se refere à equidade na distribuição geográfica dos equipamentos, no estudo


A Oferta de Tomógrafo Computadorizado para o Tratamento do Acidente Vascular Cerebral
Agudo, no Brasil, sob o Ponto de Vista das Desigualdades Sociais e Geográficas, Gutierrez
(2009) revelou uma concentração desses equipamentos nos municípios de maior porte e
de melhor nível de renda. Embora, a tomografia computadorizada tenha várias utilidades
na realização de diagnósticos e seja indispensável na diferenciação de tipos de acidente
vascular cerebral (AVC), há muitas áreas sem cobertura nos estados situados no Norte e no
Nordeste, principalmente. O estudo sugere o estabelecimento de critérios técnicos para a
melhor distribuição dos equipamentos no território nacional, como veremos no Capítulo 1.

Equipamentos médicos em geral, produzem resíduos extremamente nocivos


ao meio ambiente e aos profissionais de saúde. O lixo hospitalar deve seguir normas
especiais de descarte, mas, no Brasil, culturalmente, não se planeja o descarte adequado
de equipamentos médico-hospitalares ao final da sua vida útil. Frequentemente, a mídia
noticia casos de descarte de resíduos hospitalares sem tratamento em locais inapropriados.
No caso das tecnologias médicas há agravantes, pois os equipamentos podem ser
compostos por fontes radioativas, placas eletrônicas, acessórios contaminados e de difícil
decomposição no meio ambiente. Nesse contexto, há a necessidade de desenvolvimento de
políticas de descarte de equipamentos médicos, bem como de avaliar como os fabricantes
abordam a questão do descarte de resíduos nos seus manuais técnicos, tema abordado no
estudo Descarte de Equipamentos Médico-Hospitalares, segundo os Manuais de Usuários
(Capítulo 3).

Além dos recursos financeiros aplicados na implantação de espaços adequados


em saúde para a realização das atividades assistenciais, torna-se imprescindível estimar
os custos indiretos para garantir o funcionamento dos Estabelecimentos Assistenciais de
Saúde (EAS), tais como, energia elétrica, água, insumos etc. Diante desta motivação, o

14
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

Capítulo 4 apresenta um estudo com os custos indiretos de infraestrutura (água e energia


elétrica) voltados para as Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Para um funcionamento eficiente e oferta de serviços seguros à população, os EAS


precisam estabelecer processos atualizados de gestão de tecnologias em saúde. Dentro
desses processos deve-se ressaltar a questão da manutenção preventiva dos equipamentos,
englobando as suas soluções (por exemplo, equipes próprias ou terceirizadas), as
tecnologias e os custos envolvidos. Dessa forma, o Capítulo 5 vem apresentar um estudo
realizado no período de 2010 a 2011 sobre os custos envolvidos na manutenção de
equipamentos e materiais permanentes, considerando a infraestrutura disponível em UBS
com base nas portarias vigentes.

15
Avaliação da equidade
na distribuição de tomógrafos
2
computadorizados (TC) no Brasil

A tomografia computadorizada é uma tecnologia indispensável na medicina


moderna, dela depende o diagnóstico preciso de diversas ocorrências, impossíveis de
serem diagnosticadas com precisão pelo exame clínico. É o caso do acidente vascular
cerebral (AVC), que pode ser isquêmico ou hemorrágico. No Brasil essa patologia tem sido
responsável por mais óbitos do que a doença coronária.

Alguns aspectos do cuidado com o AVC são comuns para todos os tipos patológicos,
mas existem diferenças fundamentais no tratamento de pacientes com AVC isquêmico e
AVC hemorrágico. Assim, o cuidado com o paciente com sintomas de AVC depende muito
de um diagnóstico rápido e acurado do processo patológico em andamento. O exame de
imagem do cérebro por tomografia computadorizada pode proporcionar um diagnóstico
acurado da natureza e da extensão do problema e identificar se ele é isquêmico ou
hemorrágico. A tomografia computadorizada pode ser utilizada também para auxiliar no
diagnóstico de diversas outras doenças.

Embora imprescindível, a tecnologia esbarra no subfinanciamento dos serviços


públicos de saúde, já que seus custos são relativamente altos. Até há pouco tempo o Brasil
não produzia, em escala comercial, esse tipo de equipamento. A maioria dos fabricantes
de tomógrafos computadorizados localiza-se no Japão, na Alemanha, nos Estados Unidos
e na China. Na época da pesquisa, um tomógrafo computadorizado correspondia a um
investimento de até R$ 2,2 milhões, dependendo de sua configuração (ECRI, 2002).

Diante da histórica escassez de recursos, o Estado precisa administrar de forma mais


racional e equitativa possível a oferta do serviço à população. Entretanto, no estudo A
Oferta de Tomógrafos Computadorizados para o Tratamento do Acidente Vascular Cerebral
Agudo no Brasil, sob o Ponto de Vista das Desigualdades Sociais e Geográficas, Gutierrez
(2009) demonstra que a distribuição geográfica dos equipamentos é pouco equitativa: a
oferta da tecnologia concentra-se nos municípios mais populosos e de melhor situação
socioeconômica.

O estudo demonstrou, com base no Cadastro Nacional de Estabelecimentos


de Saúde (CNES), mantido pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), do
Ministério da Saúde, que, em março de 2008, havia no Brasil 2.258 equipamentos de
tomografia computadorizada – 1.961 pertencentes ao setor privado e 297 pertencentes ao

17
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

setor público federal, estadual e municipal. Isso significa que a iniciativa privada detinha
86,8% dos aparelhos, restando ao setor público apenas 13,2%.

Os dados colhidos preliminarmente no CNES indicavam uma concentração no número


de tomógrafos em determinadas regiões, estados e municípios. Tornava-se, portanto,
importante o estudo da ocorrência de barreiras ao acesso do serviço, da distribuição
desigual geográfica e social dos equipamentos para o atendimento do AVC no Brasil, bem
como a busca de soluções que pudessem colaborar para a melhoria da equidade no acesso
da população menos favorecida à tomografia computadorizada.

O tomógrafo computadorizado é um equipamento de diagnóstico por imagem,


não invasivo, baseado na tecnologia de radiação ionizante, capaz de produzir imagens
de fatias transversais (cortes) de qualquer parte do corpo humano, com alta resolução,
sendo clinicamente bastante útil também para exames de cabeça, coluna, gastrointestinal
e vascular (ECRI, 2002).

Um TC é composto por um subsistema de raios-X, um pórtico na forma de túnel,


uma mesa de paciente, um computador de controle e diversos softwares de construção/
reconstrução de imagens. Um gerador de alta voltagem fornece a energia para o tubo de
raios-X colocado em um suporte giratório instalado no pórtico. A mesa de paciente pode
ser movida tanto vertical como horizontalmente para acomodar o paciente dentro do
túnel, em várias posições. À medida que o tubo gira em torno do paciente o computador
recebe os dados e faz o processamento para construir as imagens de fatias virtuais do
corpo do paciente (ECRI, 2002).

2.1 Diretrizes para o cuidado do AVC – Tecnologias envolvidas

Existia uma série de diretrizes e protocolos nacionais e internacionais relacionados ao


cuidado do paciente com AVC, como a diretriz para Tratamento da Fase Aguda do Acidente
Vascular Cerebral (ABN, 2001); os Protocolos Gerenciados para Tratamento do AVC (HIAE,
2007); as Recomendações para o Cuidado com o AVC (EUSI, 2003); e as Recomendações
para o Tratamento do AVC Isquêmico e do Acidente Isquêmico Transitório (ESO, 2008).

Em que pesem as eventuais atualizações na normativa citada percebe-se que, de


forma geral, as diretrizes abordam questões relacionadas à organização dos serviços,
atendimento de emergência, triagem e avaliação neurológica de pacientes, condutas
clínicas, fluxos de atendimento, terapêutica, recursos humanos envolvidos no atendimento,
tecnologias de diagnóstico e tratamento, medicamentos.

As ações do sistema de saúde, em especial dos serviços de saúde relacionados ao


AVC, compreendem os serviços de atenção básica, passando pelo atendimento de urgência

18
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

e pela reabilitação dos pacientes, o que envolve um grande número de ações e diferentes
abordagens. A análise das diretrizes indica que a assistência a pacientes com AVC agudo
é multifacetado e inclui aspectos que ainda não foram submetidos a testes científicos
rigorosos (AHA, 2008).

De acordo com diretrizes internacionais e nacionais, para o correto atendimento


ao AVC, faz-se necessária a existência de uma rede de saúde organizada e hierarquizada,
profissionais adequadamente treinados no manejo da doença, o acesso aos recursos de
diagnósticos necessários, além de ações educativas constantes para profissionais de saúde
e população (ESO 2008; EUSI 2003; ABN, 2001; HIAE, 2007).

A diretriz ESO (2008) recomenda que hospitais ou centros que prestam atendimento
de urgência a pacientes com AVC agudo disponham de infraestrutura capaz de oferecer os
cuidados especializados que esses pacientes necessitam, e propõe a concepção de dois tipos
de unidades ou centros de atendimento ao AVC, as unidades primárias e as diferenciadas.

As unidades de AVC primárias são definidas pela ESO (2008) como centros com
os recursos humanos necessários, infraestruturas, competências e programas para
proporcionar diagnóstico e tratamento adequado à maioria dos doentes com AVC. Já
as unidades de AVC diferenciadas são apresentadas como centros que proporcionam
diagnóstico apropriado e tratamento para a maioria dos doentes com AVC, com tecnologia
médica especializada e cuidados cirúrgicos (ESO, 2008).

A European Stroke Initiative (2003) recomenda, entre os requerimentos mínimos


para unidades de AVC, a disponibilidade de exame de tomografia computadorizada 24
horas por dia; o estabelecimento de protocolos de tratamento e de procedimentos
operacionais para o cuidado com o AVC; a capacidade para realização de diagnóstico por
ultrassom; a disponibilidade de monitores de sinais fisiológicos para monitoração de ECG,
oximetria sanguínea, pressão, temperatura e glicose; a capacidade para realização de
exames laboratoriais; a capacidade de atuação integrada de neurologistas, de intensivistas
e de especialistas em reabilitação; além de pessoal de enfermagem com treinamento
especializado.

A diretriz de 2003 ressalta que cada unidade de AVC deve dispor de uma equipe
multidisciplinar especializada, contando, entre outros profissionais, com médicos
(neurologistas, intensivistas, cardiologistas e fisiatras), enfermeiros, fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.

Quanto ao atendimento de emergência, a EUSI (2003) ressalta que pacientes com


suspeita de AVC devem ser transportados, sem demora, para o hospital ou centro de
atendimento mais próximo que possua unidade de AVC ou que possa efetuar o atendimento
organizado ao paciente de AVC. Ressalta que a maioria dos pacientes de acidente vascular
cerebral não recebe tratamento adequado porque não consegue chegar ao hospital ou
centro de atendimento com a rapidez necessária.

19
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Segundo Wardlaw et al. (2004), o diagnóstico rápido e acurado do processo


patológico em andamento é fundamental para o cuidado com o paciente que apresenta
sinais de AVC. O primeiro passo, portanto, seria rastrear aqueles relativamente poucos
pacientes com causas não vasculares (exemplo: tumores, abscessos, hematomas subdurais,
enxaquecas e epilepsia focal). Em tais pacientes, cirurgia ou biópsia podem ser necessárias
para o tratamento ou o diagnóstico patológico. Para os demais pacientes com patologia
vascular, exames de imagem do cérebro por TC ou ressonância magnética (RM) podem
proporcionar um diagnóstico acurado da natureza e da extensão do problema, e se ele é
isquêmico ou hemorrágico.

Em relação às tecnologias utilizadas para diagnóstico do AVC, o papel da tomografia


computadorizada é destacado na ESO (2008), por ter sido evidenciada como uma
tecnologia de melhor custo-efetividade e segura, quando realizada dentro das primeiras
horas do evento isquêmico, permitindo que a terapêutica trombolítica seja realizada nos
casos indicados.

De forma geral, todas as diretrizes estudadas indicam a necessidade do uso,


entre outras tecnologias, do tomógrafo computadorizado como importante método
de diagnóstico por imagem, integrante do processo de tratamento e acompanhamento
dessa doença.

Sobre a necessidade das tecnologias e suas características específicas, abstrai-se da


ESO (2008) que:

• Deve ser realizado exame de tomografia computadorizada (TC) ou de


ressonância magnética (RM) em todos os pacientes.

• A TC sem contraste identifica, de forma confiável, a maior parte das patologias


confundíveis com AVC e distingue AVC agudo isquêmico de hemorrágico
dentro dos primeiros sete dias.

• Os doentes admitidos até três horas após o início do AVC isquêmico podem
ser candidatos a trombólise intravenosa; a TC é geralmente suficiente para
guiar a trombólise de rotina.

• A TC realizada de imediato é a estratégia de maior custo-efetividade para a


avaliação por imagem de doentes com AVC agudo.

• A TC é altamente específica para identificação precoce de lesão cerebral


isquêmica.

• A investigação de um AIT é urgente, porque até 10% destes doentes irá sofrer
um AVC nas 48 horas subsequentes.

Em relação ao limite de tempo de três horas entre o surgimento dos primeiros


sintomas e a aplicação da medicação trombolítica, conforme preconizado na ESO (2008),

20
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

cabe ressaltar que Hacke et al. (2008) demonstraram (por intermédio de um recente estudo
multicêntrico internacional, randomizado e duplo-cego) um perfil favorável de eficácia e de
segurança no tratamento de acidente vascular cerebral isquêmico com uma determinada
droga trombolítica, quando realizado dentro de um período de até 4-5 horas, após o início
dos sintomas.

Estudo efetuado por Wardlaw et al. (2004), em hospitais da Escócia, teve grande
influência na definição da diretriz ESO (2008) e deu o necessário respaldo para a conclusão
de que a tomografia computadorizada, realizada de imediato, é a estratégia de maior custo-
efetividade para a avaliação por imagem de doentes com AVC agudo. Os pacientes de AVC
agudo foram submetidos à tomografia computadorizada dentro de um período de 48
horas após a admissão no hospital. O estudo foi realizado em diversos hospitais da Escócia
em pacientes acometidos do primeiro AVC, internados ou liberados após o atendimento, e
os resultados foram comparados com outras estratégias para tratar a doença, em especial
com a ressonância magnética.

Em relação ao custo-efetividade da tomografia computadorizada, os principais


determinantes considerados no estudo em análise foram o custo da realização do exame
propriamente dito (considerando-se diferentes horas do dia, em diferentes tipos de
hospital); o tempo de internação para pacientes com AVC (hemorrágico, isquêmico e de
diferentes níveis de severidade), o custo dessa internação em diferentes tipos de hospital;
e os efeitos das decisões de tratamento orientadas pela realização de exame de TC
(incorporando o efeito de acurácia do diagnóstico) no subsequente tempo de internação,
incluindo os efeitos de administrar o tratamento correto ou errado (em função da patologia
real do paciente).

O custo do exame foi determinado a partir de pesquisas em diversos hospitais da


Escócia, visando obter dados de custo dos serviços de tomografia computadorizada em
diferentes tipos de unidades de saúde. Avaliaram-se, também, como estas estimativas
poderiam ser utilizadas em um modelo econômico para determinar como o efeito da TC e
as decisões de tratamento tomadas a partir dela afetam tanto os desfechos clínicos quanto
o custo do cuidado ao paciente com o AVC.

Wardlaw et al. (2004) observaram que os médicos, quando fazem diagnóstico clínico
de AVC (versus não AVC), divergem em cerca de 20% dos pacientes; que não é possível
diferenciar AVC isquêmico do hemorrágico por intermédio apenas de exames clínicos;
que a TC apresenta alta sensibilidade e especificidade para detectar hemorragias apenas
dentro dos primeiros oito dias após os primeiros sinais do AVC; que o ácido acetilsalicílico
(AAS) aumenta o risco de hemorragia intracerebral primária; que não existiam evidências
científicas robustas sobre os desfechos funcionais ou sobre os efeitos do tratamento
antitrombótico no longo termo, após a ocorrência de hemorragia intracerebral primária;
que a distribuição geográfica de TC é desigual na Escócia, em relação ao quantitativo da
população, mas que 65% dos pacientes com suspeita de AVC são submetidos a exames de

21
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

TC dentro de 48 horas após o surgimento dos sintomas, e que 100% são submetidos a esse
exame dentro dos primeiros sete dias após a admissão no hospital.

Wardlaw et al. (2004) concluíram que, em geral, as estratégias nas quais a maioria
dos pacientes era examinada por TC imediatamente custavam menos e apresentavam os
melhores resultados de QALY1, dado que o custo de realização do exame de tomografia
(mesmo fora do horário normal) era menor do que o custo da internação. O aumento da
sobrevida, mesmo em proporção relativamente pequena, com o uso do AAS nos casos de
AVC isquêmico e da aplicação dos cuidados apropriados nos casos de não AVC, reduziu os
custos e aumentou os QALY. Contribuiu para o resultado, também, o não uso do AAS nos
casos de AVC hemorrágico.

Análises de sensibilidade realizadas nesse estudo (considerando variação nos custos


do exame de TC, diferentes faixas etárias, diferentes proporções de Avci, Avch, tumores e
infecções, variação na acurácia da TC, variação de pesos de utilidade no cálculo dos QALY
e nos tempos de internação) não alteraram o ranque de custo-efetividade das estratégias.

2.2 A equidade e sua dimensão geográfica

A Constituição Brasileira estabelece a saúde como um direito de todos e dever do


Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação.

Os princípios constitucionais foram reforçados na Lei nº 8.080/1990, que instituiu o


Sistema Único de Saúde (SUS), ao estabelecer as seguintes diretrizes:

• universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

• integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo


das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para
cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;

• preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e


moral;

• igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer


espécie;

• utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, da alocação


de recursos e da orientação programática (BRASIL, 1990).

O QALY (Quality-Adjusted Life-Year) considera a quantidade e a qualidade de vida gerada por intervenções de saúde. Trata-se
1

de um produto aritmético da expectativa de vida e uma medida da qualidade do ano de vida restante (PHILIPS, 2009).

22
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

A Portaria MS/GM nº 399, de 22 de fevereiro de 2006, instituiu o Pacto pela Saúde


2006 – Consolidação do SUS em três dimensões – Pacto pela Vida, Pacto de Gestão e Pacto
em Defesa do SUS – possibilitando a efetivação de acordos entre as três esferas de gestão
do SUS. Os acordos entre União, estados e municípios têm como objetivo a reforma de
aspectos institucionais, a promoção de inovações nos processos e instrumentos de gestão,
visando a maior efetividade e eficiência no uso dos recursos nas ações de saúde. Foram
também redefinidas responsabilidades coletivas por resultados sanitários em função das
necessidades de saúde da população e na busca da equidade.

A preocupação com a universalidade, a equidade e a eficiência está presente em


todo arcabouço legal relativo ao SUS. O princípio da igualdade tem base no conceito de
cidadania, segundo o qual todos os indivíduos são iguais, tendo, portanto, os mesmos direitos
(NUNES et al., 2001). Whitehead (1991) apresenta a equidade a partir do entendimento de
que todos os indivíduos de uma sociedade devem ter justa oportunidade para desenvolver
seu pleno potencial de saúde, de acordo com os seus ideais, e ninguém deve ser colocado
em situação de desvantagem para alcançar tal desenvolvimento.

Não obstante, torna-se importante observar que o conceito de equidade admite


certa flexibilidade ou mobilidade, na medida em que a classificação de uma política como
equânime pode possuir pontos de corte variados. Tal variação pode existir em função da
sociedade em análise ou do momento em que se considera a política. Assim, a abordagem
da equidade requer a consideração de dimensões e de valores diferentes para espaços
sociais e momentos distintos (VIANA; FAUSTO; LIMA, 2003).

Parece consenso entre diversos estudiosos que a avaliação da equidade no acesso


aos serviços de saúde deve comportar a dimensão da desigualdade social, além da
geográfica e de outros aspectos.

2.3 A oferta de TC no Brasil e sua distribuição geográfica

Após a realização dos cálculos sobre os dados obtidos no CNES, de acordo com a
metodologia adotada neste trabalho, foram obtidos os quantitativos da oferta de TC no
território nacional, segundo esfera administrativa, conforme Tabela 1.
Tabela 1 – A oferta de tomógrafos computadorizados, segundo esfera administrativa,
considerada para efeito de cálculos e mapeamento. Dezembro 2007
Esfera Administrativa Quantidade Ofertada (%)
Federal 62 2,8
Estadual 156 7,1
Municipal 61 2,8
continua

23
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão
Esfera Administrativa Quantidade Ofertada (%)
Privada (disponível ao SUS) 772 34,9
Privada (não disponível ao SUS) 1.159 52,4
Total 2.210 100,0
Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil, CNES 2008.

A caracterização da distribuição dos tomógrafos computadorizados disponíveis


ao SUS (independente da esfera administrativa), e pertencentes à esfera privada não
disponíveis ao SUS, pode ser visualizada no território nacional, respectivamente, por
intermédio das figuras 1 e 2.

Pela observação dessas duas figuras pode-se notar que existe uma nítida
concentração de equipamentos de TCs nas capitais de todos os estados, bem como no
interior dos estados pertencentes às regiões Sul e Sudeste. A distribuição geográfica dos
TCs disponíveis ao SUS está menos concentrada e possui uma maior abrangência no interior
da maioria dos estados brasileiros, quando comparada com a respectiva distribuição
geográfica dos equipamentos da rede privada, não disponíveis ao SUS.
Figura 1 – Oferta de tomógrafos computadorizados disponíveis ao SUS, por município.
Dezembro 2007

Fonte: Elaborado pelo autor com base no CNES/DATASUS 2008.

24
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

Figura 2 – Oferta de tomógrafos computadorizados da esfera privada, não disponíveis


ao SUS, por município. Dezembro 2007

Fonte: Elaborado pelo autor com base no CNES/DATASUS 2008.

As estimativas populacionais obtidas, tanto para o ano de 2005 quanto para o de


2007, foram produzidas sobre o universo dos 5.564 municípios em estudo, resultando nos
quantitativos relacionados na Tabela 2.
Tabela 2 – População residente por ano de referência, segundo sexo e faixa etária
2005 2007
POPULAÇÃO (%) (%)
Hab. Hab.
Masculina 90.671.019 49,2 93.042.111 49,1
– Masculina idade menor que 60 anos 83.668.303 45,4 84.924.919 44,9
– Masculina idade maior igual 60 anos 7.002.716 3,8 8.117.192 4,3
Feminina 93.513.055 50,8 96.293.080 50,9
– Feminina idade menor que 60 anos 84.934.511 46,1 86.205.443 45,5
– Feminina idade maior igual 60 anos 8.578.544 4,7 10.087.637 5,3
Total 184.184.074 100,0 189.335.191 100,0
Fonte: Ministério da Saúde – DATASUS/2008.

A distribuição da população no território nacional, no ano de 2007, pode ser


observada na Figura 3, onde as cidades mais populosas foram ressaltadas para permitir
uma melhor visualização das respectivas faixas populacionais.

25
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Pode-se observar que a distribuição da população no Brasil é bastante irregular,


sendo que o Sudeste é a região mais populosa e a mais povoada, com uma quantidade
relativamente grande de metrópoles com mais de 300 mil habitantes. A Região Centro-
Oeste é a menos populosa, com grande parte de sua área formada por municípios com
menos de 25 mil habitantes. Deve-se ressaltar que, em 2007, cerca de 80% da população
brasileira vivia em áreas urbanas.
Figura 3 – População distribuída por município e capitais no território nacional. Ano:
2007

Fonte: Elaborado pelo autor com base no DATASUS/MS 2008.

2.4 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O conjunto dos 5.564 municípios brasileiros apresentam um IDH médio de 0,700,


índice médio utilizado nas análises deste trabalho como divisor entre os municípios de
IDH baixo (índice menor do que 0,700) e os de IDH alto (índice maior ou igual a 0,700),
conforme pode ser visualizado pela Figura 4.

A Figura 4 demonstra, nitidamente, uma predominância de municípios com IDH


alto nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Já os municípios de IDH baixo
predominam nos estados das regiões Norte e Nordeste.

Dentro do universo de municípios estudados, 3.052 (54,8%) apresentavam IDH


alto (entre 0,700 e 0,919) e 2.512 (45,2%) classificavam-se como IDH baixo (entre 0,467 e

26
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

0,699). Os municípios de IDH alto abrangiam 146.316.119 habitantes, ou 77,3% da população


brasileira à época, enquanto os de IDH baixo eram habitados por 43.019.072 (22,7%).
Figura 4 – Padrão de distribuição das classes IDH alto e IDH baixo. Brasil, 2000

Fonte: Elaborado pelo autor com base no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea/ 2008.

Os municípios de IDH alto dispunham de 2.162 tomógrafos computadorizados, o


equivalente a 97,8% dos TCs existentes no País, enquanto os de IDH baixo ficavam com
apenas 48 aparelhos (2,2%). Esses dados demonstram que os municípios de melhor
situação socioeconômica possuem 45 vezes mais tomógrafos do que os seus pares menos
favorecidos.

2.5 Mortalidade por AVC

O AVC foi a causa da morte de 89.906 pessoas em 2005, o que resultou numa taxa
de mortalidade de 48,8 por 100 mil habitantes. No processo de padronização das taxas de
mortalidade dos municípios, pelo método direto, foram utilizadas, como padrão, as taxas
de mortalidade referente à população brasileira e os óbitos por AVC ocorridos no Brasil no
ano de 2005, conforme Tabela 3.

27
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Tabela 3 – Taxas de mortalidade por AVC, segundo sexo e faixa etária. Brasil, 2005

BRASIL Taxa de Mortalidade Brasil


Subgrupo Populacional
Óbitos por População AVC (por 100 mil hab./ano)
Menor que 60 anos 20.018 168.602.814 11,9
Maior ou igual a 60 anos 69.819 15.581.260 448,1
Idade desconhecida 69 --- ---
Masculino 45.100 90.671.019 49,7
Feminino 44.794 93.513.055 47,9
Sexo desconhecido 12 --- ---
Total 89.906 184.184.074 48,8
Fonte: Ministério da Saúde – DATASUS – Sistema de Informações sobre Mortalidade/2008.

A taxa de mortalidade entre os 5.564 municípios foi de 44,1 óbitos por 100 mil
habitantes/ano. Essa taxa média foi utilizada como um divisor para separar os municípios
em duas classes: municípios com taxa de mortalidade baixa e municípios com taxa alta,
cujos padrões de distribuição no território nacional podem ser observados na Figura 5.
Figura 5 – Padrão de distribuição das classes alta e baixa de taxas de mortalidade,
padronizadas por faixa etária. Brasil, 2005

Fonte: Elaborado com base no DATASUS/MS 2008.

28
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

A Figura 5 apresenta, sob o ponto de vista geográfico, uma predominância de


municípios com taxa de mortalidade baixa justamente nas regiões Norte e Nordeste, cujos
municípios possuem menor IDH e menor disponibilidade de TC, quando comparados com
os municípios das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, conforme visto anteriormente.

2.6 Internações por AVC

Os arquivos de autorização de internação hospitalar (AIH) contêm registros


correspondentes a cada AIH paga na unidade da federação no período de 2005 a 2007,
sendo que havia um arquivo para cada UF, cada mês e cada ano. Ao todo, foram analisados
971 arquivos referentes aos 26 estados brasileiros e ao Distrito Federal, resultando no
processamento de 35,3 milhões de registros. O volume de internações por AVC pode ser
visto na Tabela 4.
Tabela 4 – Internações por AVC, segundo sexo e faixa etária. Brasil, 2005 a 2007

2005 a 2007
População
Internações (%)
Masculina 340.509 52,1
Feminina 313.282 47,9
Sem informação de sexo 8 0,0
Idade menor do que 60 anos 227.323 34,8
Idade maior ou igual a 60 anos 426.473 65,2
Sem informação de idade 3 0,0
Total de internações 653.799 100,0
Fonte: Ministério da Saúde – DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS/2008.

A distribuição das internações por AVC, de acordo com os municípios de ocorrência


da internação, segundo a existência ou não de tomógrafos computadorizados disponíveis
ao SUS, pode ser visualizada na Figura 6. Verifica-se uma concentração dos municípios que
internaram pacientes com AVC nas regiões Sul e Sudeste.

29
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Figura 6 – Internação por AVC, por local de ocorrência, segundo a existência de


tomógrafos computadorizados disponíveis ao SUS. Brasil, 2005 a 2007

Fonte: Elaborado com base no DATASUS/MS 2008.

A Figura 6 mostra que o número de municípios que dispõe de equipamentos de


tomografia computadorizada para atendimento pelo SUS internaram menos pacientes
do que aqueles que internaram sem dispor de TC-SUS ou que não internaram. Dos 3.305
municípios que realizaram internações por AVC, no período analisado, 2.852 (86%) o fizeram
sem dispor de TC-SUS.

Não obstante, deve-se ressaltar que desses 3.305 municípios, 2.852 municípios sem
TC-SUS realizaram 166.299 internações, enquanto os 453 municípios com TC-SUS realizaram
487.500 internações (75% de todas as internações realizadas).

2.7 Municípios em área de abrangência de tomógrafo computadorizado

Praticamente todos os municípios da região Sul e dos estados do Rio de Janeiro e


de São Paulo estavam cobertos pelos serviços de tomografia computadorizada, em 2007,
considerando-se como razoável um raio de 75 quilômetros a partir da sede do município
que dispõe do TC-SUS (Figura 7). O critério leva em conta a compatibilidade do tempo gasto

30
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

no deslocamento do paciente a partir da ocorrência do AVC com a urgência da realização


da tomografia.

Pelo mesmo critério, a cobertura do TC-SUS na Região Nordeste limita-se à faixa


litorânea, onde estão localizadas as capitais e as grandes cidades. A maior parte da área
não abrangida por TC-SUS se encontra no interior dos estados da Bahia, Piauí e Maranhão.
Nos estados da Região Norte, a área sob abrangência de TC-SUS é relativamente pequena.

Pela Figura 7 pode-se observar, ainda, que a maior parte da área sob abrangência de
TC-SUS corresponde à área formada pelos municípios de melhor situação socioeconômica
(ou de IDH alto), que se concentram, principalmente, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-
Oeste. A maior parte da área não abrangida por TC-SUS corresponde àquela formada
por municípios de pior situação socioeconômica (ou de IDH baixo), que se concentram,
principalmente, nas regiões Norte e Nordeste.
Figura 7 – Abrangência dos tomógrafos computadorizados disponíveis ao SUS, círculos
com raio de 75 km, sobre os municípios brasileiros, segundo classe de IDH.
Brasil, 2005 a 2007

Fonte: Elaborado com base no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea/ 2008.

Com base nas observações feitas a partir da Figura 7, verificou-se que dos 5.564
municípios existentes no País, 4.019 (72,2%) encontravam-se em área de abrangência de

31
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

tomógrafos computadorizados disponíveis ao SUS, e que, desses municípios abrangidos,


2.661 (66,2%) apresentam IDH alto e 1.358 (33,8%) apresentavam IDH baixo.

Em relação aos 1.545 municípios não abrangidos por tomógrafos disponíveis ao SUS,
observou-se uma situação inversa: 1.154 (74,7%) apresentavam IDH baixo, enquanto 391
(25,3%) possuíam IDH alto.

Essa desigualdade entre regiões e municípios leva os pacientes a se deslocarem


longas distâncias para ter acesso ao atendimento adequado para o tratamento do AVC: as
653.799 internações por AVC ocorridas no Brasil, de janeiro de 2005 a dezembro de 2007,
geraram 21.486 deslocamentos geograficamente distintos.

A Figura 8 mostra que os principais polos de atendimento estão localizados nas


capitais dos estados brasileiros, e que os maiores deslocamentos, em termos da distância
percorrida entre o município de residência e o de internação, ocorrem entre municípios
dentro das regiões Norte e Nordeste, ou entre municípios dessas regiões e municípios das
regiões Sudeste e Centro-Oeste.

No centro do estado de Goiás, a cidade de Goiânia aparece como um grande polo de


atendimento ao AVC, recebendo pacientes de municípios de diversos estados, inclusive do
Acre, Rondônia e Tocantins.
Figura 8 – Fluxos de internação por AVC, com deslocamentos maiores que 75 km.
Brasil, 2005 a 2007

Fonte: Elaborado com base no DATASUS/MS 2008.

32
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

Figura 9 – Fluxos de internação por AVC, com deslocamentos entre 10 e 75 km. Brasil,
2005 a 2007

Fonte: Elaborado com base no DATASUS/MS 2008.

Dos 5.564 municípios brasileiros, 3.305 (59,4%) apresentaram registros de internação


por AVC, ou seja, internações passíveis de classificação entre as causas ou subcategorias da
CID-10, no período de 2005 a 2007. Dos 3.305 municípios que internaram pacientes com AVC,
apenas 97 internaram um ou mais pacientes por dia. Esses 97 municípios foram responsáveis
pela realização de 331.897 internações por AVC nos três anos considerados, ou seja, menos
de 3% dos municípios que atenderam AVC foram responsáveis pelo atendimento de 50,8%
do total das 653.799 internações realizadas no Brasil, no período pesquisado.

Dos municípios que internaram, somente 453 (13,7%) possuíam pelo menos um
tomógrafo computadorizado, independente desse equipamento estar disponível ao SUS
ou não. E 2.852 municípios (86,3%) realizaram internações sem possuir esse equipamento.
Quando restringimos essa análise aos tomógrafos disponíveis ao SUS, o número cai para
391 (11,8%) municípios. Outros 2.914 municípios (88,2%) realizaram internações sem dispor
desse equipamento no atendimento do SUS.

Dos 391 municípios que internaram e possuíam tomógrafos do SUS, 367 (93,8%)
possuíam IDH alto e somente 24 (6,1%) possuíam IDH baixo.

Em relação às características socioeconômicas dos municípios pode-se observar,


pela análise da Figura 9, que existe nitidamente uma quantidade maior de fluxos (entre 10
e 75 km) não abrangidos por tomógrafos computadorizados sobre a área vermelha (que

33
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

representa IDH alto), do que sobre a área azul (que representa IDH baixo). Ou seja, diante
do cenário em que se considerem os deslocamentos favoráveis para o atendimento ao AVC
(entre 10 e 75 km), e as áreas de abrangência por tomógrafo computadorizado (circulares
com 75 km de raio), o mapa da Figura 10 indica que os municípios de IDH baixo possuem,
nitidamente, um volume maior de fluxos não abrangidos por tomógrafos, quando
comparado com os seus pares de IDH alto. O que indica uma situação de desigualdade
social no acesso, ou de influência da condição social na probabilidade de acesso, em tempo
hábil, aos municípios mais bem equipados para o atendimento ao AVC.
Figura 10 – Abrangência de TC-SUS, sobre municípios, segundo classe de IDH e
distribuição de fluxos de internação por AVC. Brasil, 2005 a 2007

Fonte: Elaborado pelo autor com base no DATASUS e Ipea/2008.

34
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

2.8 Investimentos em tomógrafos pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde firmou convênios, em 2007, no valor de R$ 360,1 milhões para


aquisição de equipamentos médico-hospitalares, unidades móveis de saúde e materiais
permanentes, incluindo aparelhos de tomografia computadorizada. Nos anos de 2006 e
2007, o Ministério investiu R$ 13,6 milhões na aquisição de 11 aparelhos de TC. Outros cinco
tomógrafos foram adquiridos diretamente pelo Ministério da Saúde.

A Tabela 5 apresenta a aquisição ou o financiamento pelo Ministério da Saúde, de


16 TCs nos anos de 2006 e 2007, o que equivale a aproximadamente 1,5% do parque de TC
disponíveis ao SUS. Todos os TCs constantes da Tabela 5 foram destinados a municípios
com IDH alto, sendo que quatro aparelhos foram destinados a municípios com menos de
100 mil habitantes, inclusive para o município de Jaguariúna/SP, que contava em 2007 com
uma população de apenas 35.562 habitantes. Os municípios do Rio de Janeiro e do Recife
foram os mais beneficiados. Receberam dois e três aparelhos, respectivamente.
Tabela 5 – Distribuição dos tomógrafos computadorizados, com financiamentos
aprovados no âmbito do Ministério da Saúde, nos anos de 2006 e 2007
Esfera Tipo Classe de População do
UF Município Ano(1)
Administ Entidade IDH (3) Município(4)
AL Maceió 2006 Particular Filantrópica Alto 941.294
CE Fortaleza 2006 Particular Org. Não Gov. Alto 2.458.545
MA Imperatriz 2007 Municipal Prefeitura Alto 232.864
MG Araxá 2006 Particular Filantrópica Alto 86.725
MG São Sebast. Paraíso 2007 Particular Filantrópica Alto 66.223
MG Belo Horizonte 2007 Estadual SES Alto 2.424.292
PE Recife 2007 Particular Filantrópica Alto 1.528.971
PE Recife 2006 (2)
Estadual SES Alto 1.528.971
PE Recife 2006(2) Estadual SES Alto 1.528.971
PR Cianorte 2006 Particular Filantrópica Alto 63.833
RJ Rio de Janeiro 2006 (2)
Federal Federal Alto 6.178.762
RJ Rio de Janeiro 2006 (2)
Estadual SES Alto 6.178.762
RS Porto Alegre 2006(2) Federal Federal Alto 1.453.075
SP Diadema 2006 Municipal Prefeitura Alto 401.111
SP Jaguariúna 2007 Municipal Prefeitura Alto 35.562
SP Campinas 2007 Municipal Prefeitura Alto 1.073.021
continua

35
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão
Esfera Tipo Classe de População do
UF Município Ano(1)
Administ Entidade IDH (3) Município(4)
Observação (1) - Ano de aprovação do Convênio
(2) - Ano de licitação do equipamento
(3) - Nesse trabalho, o IDH foi considerado “alto” quando acima de 0,700.
(4) - Ano de 2007 (IBGE)
Fonte: GESCON e SAS/Ministério da Saúde – 2008.

2.9 Conclusão

A oferta de tomógrafos computadorizados no Brasil caracteriza-se pela forte


presença do setor privado, que demonstrou possuir, no período estudado, 87,4% dos TCs
existentes no País e 73,4% dos tomógrafos disponíveis ao SUS (TC-SUS).

Há uma evidente concentração desses equipamentos na Região Sudeste e nas


capitais dos estados brasileiros. Essa oferta procura se ajustar aos locais mais densamente
povoados e, pelos números observados na esfera privada, apresenta indicação de ser
bastante influenciada pela lógica de mercado, a qual, via de regra, não considera a equidade
na alocação de recursos tecnológicos. O fato de os municípios de IDH alto possuírem 97,8%
dos TCs existentes no País reafirma essa observação.

Os resultados encontrados no universo pesquisado mostram uma alocação de


tomógrafos computadorizados pouco equitativa, e uma concentração da oferta dessa
tecnologia nos municípios mais populosos e de melhor situação socioeconômica, o que
caracteriza uma situação de desigualdade geográfica e social no acesso aos serviços de
saúde para o atendimento ao AVC.

Embora os dados de oferta de tomógrafos computadorizados demonstrem que


o SUS disponibilizava à população brasileira 47,5% dos aparelhos existentes no País, é
importante observar que a área de abrangência dos TCs-SUS cobria 72,7% dos municípios
brasileiros.

Nas áreas de abrangência de TC-SUS, 66,2% dos municípios têm IDH alto, e 33,8%
têm IDH baixo, enquanto 74,7% dos municípios fora das áreas de abrangência de TC-SUS
apresentavam IDH baixo, e 25,3% com IDH alto.

No entanto, é importante frisar que o fato de o município possuir tomógrafo


computadorizado disponibilizado pelo SUS, ou estar em área de abrangência de outro
município com TC-SUS, não significa garantia de que todos os pacientes com suspeita
de AVC serão atendidos em estabelecimento de saúde que possua TC, nem a garantia de

36
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

que esses pacientes serão submetidos a exames de diagnóstico do AVC por tomografia
computadorizada.

Deve-se observar, ainda, que o aparelho de tomografia computadorizada pode ser


utilizado para a realização de uma série de exames de imagem radiológica com outros fins,
além do diagnóstico de AVC, como por exemplo: diagnósticos em ortopedia, oncologia,
neurologia, fisiatria etc. À medida que os TCs, incluindo toda a infraestrutura necessária
para o seu funcionamento, representam um recurso relativamente escasso em nosso país,
cria-se um ambiente de competição na sua utilização entre pacientes de AVC e pacientes de
outras condições ou patologias.

Há uma grande concentração territorial das internações por AVC, dado que 3%
dos municípios, entre os que realizaram internações por AVC, foram responsáveis pela
realização de mais da metade do total de internações. Sob o ponto de vista geográfico,
essa concentração reflete no aumento das distâncias a serem vencidas pelos pacientes de
municípios mais distantes, que procuram por atendimento ao AVC.

A constatação de que entre os 391 municípios que internaram e possuíam tomógrafo


SUS, 367 (93,8%) possuíam IDH alto, mostra que a probabilidade de um indivíduo residente
em um município com IDH alto ser internado por AVC, em serviço financiado pelo SUS sem
tomógrafo, era somente 13% maior do que a de um indivíduo residente em um município
com IDH baixo. E que a probabilidade de um indivíduo residente em um município de IDH
baixo ser internado em estabelecimento de saúde com tomógrafo SUS era 15 vezes menor
do que as chances de um indivíduo residente em um município de IDH alto.

Se considerarmos a probabilidade de internação em município que dispõe de


TC-SUS ser associada à probabilidade de se obter um tratamento mais adequado à luz das
diretrizes sobre o cuidado com o AVC, poderemos observar que, no Brasil, os indivíduos
residentes em municípios de IDH mais baixo tinham uma probabilidade marcadamente
menor de obter acesso à internação de melhor qualidade, quando comparados com os
indivíduos residentes em municípios de melhores condições socioeconômicas.

Pela análise dos fluxos de pacientes com AVC que se deslocaram mais do que 75
km para obter internação, observam-se alguns deslocamentos de grandes distâncias,
sobretudo nos pacientes residentes na Região Norte, que se internaram nas regiões
Sudeste e Centro-Oeste. Tendo em vista a urgência de atendimento para o acidente vascular
cerebral, supõe-se que esses deslocamentos tenham sido realizados por via aérea (sendo
patrocinados por governos locais, seguros de saúde privados ou do próprio bolso). Essas
longas distâncias podem comprometer a boa qualidade do atendimento, tendo em vista a
necessidade de atenção tempestiva ao paciente com sintomas de AVC.

Os resultados encontrados apontam para a necessidade da adoção de políticas


de alocação de recursos tecnológicos que reduzam as desigualdades regionais e sociais,
condição necessária para a obtenção da equidade prevista na legislação brasileira relativa
ao setor de saúde.

37
Descarte de equipamentos
médico-hospitalares, 3
segundo os manuais dos fabricantes

3.1 Introdução

A gestão adequada de resíduos constitui-se em um dos grandes desafios dentro


da problemática do saneamento ambiental. Os resíduos gerados por Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde (EAS), embora representem uma pequena parcela dos resíduos
urbanos, devem ser observados com cautela pelo risco que apresentam ao ambiente e à
saúde pública.

A classificação de resíduos é uma atividade complexa e, em muitos casos, ainda


indefinida, mesmo nos países desenvolvidos. Quanto mais perigoso o resíduo, maiores são
os cuidados necessários e, como consequência, maiores os custos envolvidos (FERREIRA,
1995).

De acordo com a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR


10.004, de 2004, os resíduos sólidos são definidos como:

Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de


origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de
varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas
de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de
água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis perante
a melhor tecnologia disponível (ABNT, 2004).

A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 306, de 7 de dezembro de 2004, dispõe


sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
(RSS). A Resolução define como geradores de RSS os seguintes tipos de serviços:

Atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência


domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde;
necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento
(tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e
farmácias, inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e de pesquisa

39
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos


farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles
para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de
acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares (ANVISA, 2004).

Esta resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as
determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

As instituições de saúde devem elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos


de Serviços de Saúde (PGRSS), compatível com as normas locais relativas à coleta, ao
transporte e à disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas
pelos órgãos locais responsáveis.

As etapas a serem consideradas na elaboração do PGRSS são apresentadas a seguir


(Figura 11):

1) Manejo: O manejo consiste na ação de gerenciar os resíduos e envolvem três


etapas, citadas a seguir.

1.1) Segregação: Separação dos resíduos no momento e no local de sua geração, de


acordo com as características físicas, químicas, biológicas, estado físico e riscos envolvidos.

1.2) Acondicionamento: Os resíduos segregados são acondicionados em sacos


ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura, de
acordo com a NBR 9.191/2000, da ABNT. Resíduos líquidos devem ser acondicionados em
recipientes constituídos de material compatível com o líquido armazenado, resistentes,
rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante.

1.3) Identificação: Conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos


contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. Devem
estar de acordo com a NBR 7.500 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

2) Armazenamento temporário (interno): Guarda temporária dos recipientes


contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando
agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos
geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.

3) Transporte interno: Traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local de
armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação
para a coleta

4) Tratamento: Aplicação de método, de técnica ou de processo que modifique


as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de
contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente.

40
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

5) Armazenamento externo: Guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa


de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.

6) Coleta e transporte externos: Remoção dos RSS do abrigo de resíduos


(armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se
técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade
dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as
orientações dos órgãos de limpeza urbana. Devem ser realizados de acordo com as normas
NBR 12.810 e NBR 14.652 da ABNT.
Figura 11 – Etapas a serem consideradas na elaboração do PGRSS, segundo a RDC nº
306/2004

Fonte: Elaborada pela autora.

Atualmente, o SUS possui 247 mil EAS, de diferentes níveis de complexidade (CNES,
2013). Na maioria destes estabelecimentos a questão da destinação final dos RSS não está
resolvida. Segundo Ferreira (1995), dos resíduos produzidos pelas unidades de prestação
de serviços de saúde, cerca de 80% são equiparados aos domésticos (Grupo D). Nesta classe
estão os resíduos que não oferecem risco ao homem, portanto não necessitam de tratamento
especial. Os 20% restantes são considerados perigosos e oferecem risco à saúde.

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000),


apontou que a produção de resíduos sólidos no Brasil é de 228.413 toneladas/dia. Os
resíduos de serviços de saúde correspondem de acordo com a Anvisa 1% desse total, o que
corresponde a uma produção da ordem de 2.284 toneladas/dia de resíduos hospitalares
(SOUZA, 2005). Muitas vezes, esses resíduos hospitalares são jogados no lixo comum.
Estudo realizado pelo IBGE (2000) demonstrou que 2.569 cidades vazam o lixo hospitalar
no mesmo aterro dos resíduos urbanos.

Os RSS exigem um tratamento específico e rigoroso dado seu alto potencial de


risco à saúde pública e à natureza. Os EAS passaram por importante evolução tecnológica,

41
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

especialmente nas últimas cinco ou seis décadas, devido ao desenvolvimento da ciência


médica, onde novas tecnologias têm sido incorporadas aos métodos de diagnóstico e
de tratamento, agregando novos materiais, substâncias e equipamentos. Esse processo,
assim como ocorre em outros setores, reflete-se na composição dos resíduos gerados, que
também se tornam mais complexos e, em alguns casos, mais perigosos para o homem e o
meio ambiente.

No que se refere aos equipamentos médicos, a produção de resíduos depende


de inúmeros fatores, tais como: tipo de equipamento, insumos associados e número de
pacientes/dia. Evidentemente, um hospital geral, equipado para atender os mais diversos
tipos de ocorrências, gera mais resíduos do que uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que
possui equipamentos de menor complexidade.

O equipamento gera resíduos durante sua utilização e torna-se um resíduo ao final


da sua vida útil, quando deve ser descartado de maneira correta, pois pode apresentar
na sua composição placas eletrônicas, plásticos, metais, produtos químicos, entre outros
materiais. No ciclo de vida genérico de produtos existe uma sequência de etapas inter-
relacionadas que compreende desde a extração dos materiais até o fim da sua vida, onde
este produto perde a sua funcionalidade e não satisfaz as expectativas de uso. Ao fim
da vida útil do produto, há cinco estratégias que podem ser adotadas: reuso, serviços
(manutenção), remanufatura, reciclagem ou descarte (JOFRE; MORIOKA, 2005) – ver
Figura 12.
Figura 12 – Ciclo de vida genérico de produtos

Fonte: Adaptado de JOFRE; MORIOKA, 2005.

Diante da discussão sobre a destinação de produtos eletrônicos pós-vida útil, o


Parlamento Europeu aprovou, em 27 de janeiro de 2003, a Diretriz 2002/96/EC sobre Waste

42
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

Electrical and Electronic Equipment (WEEE) – Descarte de Equipamentos Eletroeletrônicos.


Esta diretriz padroniza o tratamento e a reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos, e
tem como principal objetivo encorajar a sua reutilização e a reciclagem. Entre as exigências
da WEEE, está o pagamento pelo fabricante da coleta de seus produtos no final de sua vida
útil, além do estabelecimento de pontos centrais e metas de reutilização, de reciclagem
e de recuperação (FADUL, 2010). A diretriz WEEE aplica-se aos seguintes dispositivos
médicos, com exceção de produtos implantados e infectados:

• Equipamentos de radioterapia.

• Equipamentos de cardiologia.

• Equipamentos de diálise.

• Ventiladores pulmonares.

• Equipamentos de medicina nuclear.

• Equipamentos de laboratório para diagnóstico in vitro.

• Analisadores.

• Congeladores.

• Testes de fertilização.

• Outros aparelhos para detectar, evitar, controlar, tratar, aliviar doenças,


lesões ou deficiências.

No Brasil, a regulamentação dos resíduos de equipamentos eletroeletrônicos


foi estabelecida por meio da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que determinou a
implantação de Sistemas de Logística Reversa para categorias de resíduos considerados
perigosos. As discussões sobre a questão encontram-se em estágio relativamente
avançados (XAVIER et al., 2012).

A Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Odontológicos,


Hospitalares e de Laboratório (Abimo) realizou, em 2010, uma oficina abordando a
sustentabilidade na fabricação e no descarte de EMH, quando apresentou o Projeto Piloto
Ambientronic. O objetivo deste projeto era identificar as dificuldades do setor empresarial
brasileiro para se adequar aos requisitos dessas diretivas – RoHS e WEEE – e, ao mesmo
tempo, contribuir com os fabricantes de EMH no enfrentamento deste desafio. As principais
conclusões obtidas com a realização desta oficina foram (ROCHA; PIMENTEL, 2009):

• O desenvolvimento sustentável significa oportunidade de inclusão da


indústria no mercado global e desenvolvimento tecnológico para o País.

43
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

• Divulgação das diretivas RoHS/WEEE/Ecodesign como oportunidades de


crescimento.

• É necessário preservar o meio ambiente do País, evitando a entrada de


produtos em desacordo com os requisitos ambientais.

• Os requisitos das diretivas RoHS/WEEE devem ser compulsórios no Brasil.

Algumas empresas de EMH estão adotando o conceito de Ecodesign no


desenvolvimento de seus produtos. Ecodesign tem sido definido como “um conceito
multifacetado, que integra os aspectos do projeto e as considerações ambientais” para
o desenvolvimento do produto, a fim de “criar soluções sustentáveis que satisfaçam as
necessidades e desejos humanos” (KARLSSON; LUTTROPP, 2006).

Os fatores que motivam a adoção de concepção ecológica não se limitam aos


benefícios ambientais. As empresas que implantam práticas de concepção ecológica
também podem poupar custos, obter vantagem competitiva, melhorar sua imagem
corporativa, aprimorar a qualidade de seus produtos e, às vezes, até mesmo diminuir os
requisitos legais a que estão a que estão sujeitas.

Fiksel (1996) sugere uma série de princípios de concepção ecológica aplicáveis às


empresas de manufaturas:
1 – Escolher materiais de baixo impacto ambiental.
2 – Criar a simplicidade do produto ou a modularidade.
3 – Incinerar os resíduos, em vez de descarte em aterros.
4 – Reduzir as exigências de energia.
5 – Usar fontes de energias renováveis.
6 – Criar produtos multifuncionais.
7 – Desenvolver produtos com maior durabilidade.
8 – Reciclar a embalagem do produto.
9 – Evitar o uso de substâncias perigosas.
10 – Prevenir acidentes.
Uma empresa multinacional da área de Healthcare aplicou o conceito de Ecodesign
em dois produtos – ultrassom e ressonância magnética –, e obteve os seguintes resultados
(RELATÓRIO..., 2007):

• Ecodesign aplicado no projeto de ultrassom: Equipamento 2% mais leve que


o seu antecessor; 82% menos mercúrio em sua composição; redução de

44
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

37% do seu consumo de energia; 20% menos embalagem; 20% do peso do


equipamento são compostos por material reciclável.

• Ecodesign aplicado no projeto de ressonância magnética: Melhora o


desempenho de operação em até 30%; produto 58% mais leve do que os
concorrentes; utiliza 14% menos energia.

Já outra empresa oferece os seguintes benefícios aos seus clientes na aquisição de


seus produtos (FADUL, 2010):

• Envio de equipamentos velhos para as reciclagens em diferentes bases de


coletas.

• Envio do equipamento novo para a reciclagem quando chegar ao final da sua


vida útil.

• Fornecimento de instruções para desmontagem do produto, tanto aos


consumidores quanto às entidades de reciclagem e tratamento.

O Departamento de Proteção Ambiental de New Jersey, nos Estados Unidos, possui


um formulário de gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de sistemas/equipamentos
médicos. De acordo com esse formulário, o fabricante deve preencher um relatório
informando dados de fabricação, dados de venda e de orientações de como deve ser
realizado o descarte dos resíduos gerados pelo equipamento (NJ, 2010). Este modelo obriga
o fabricante a emitir orientação sobre o descarte de resíduos gerados pelo seu produto. A
implantação desse modelo facilita o gerenciamento e a quantificação de resíduos pelo EAS,
além de orientar a destinação adequada deles.

No Brasil, o tema sustentabilidade já é considerado um dos critérios na aquisição


de bens e na contratação de serviços pelos órgãos do governo federal. As regras que
abrangem os processos de extração ou fabricação, utilização e o descarte de produtos e
matérias-primas constam no art. 5º da Instrução Normativa (IN) nº 1, de 19 de janeiro de
2010, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG):

Art. 5º: Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica


e fundacional, quando da aquisição de bens, poderão exigir os seguintes critérios
de sustentabilidade ambiental:

I – que os bens sejam constituídos, no todo ou em parte, por material reciclado,


atóxico, biodegradável, conforme ABNT NBR – 15448-1 e 15448-2;

II – que sejam observados os requisitos ambientais para a obtenção de certificação


do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial –
INMETRO como produtos sustentáveis ou de menor impacto ambiental em
relação aos seus similares;

45
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

III – que os bens devam ser preferencialmente, acondicionados em embalagem


individual adequada, com o menor volume possível, que utilize materiais
recicláveis, de forma a garantir a máxima proteção durante o transporte e o
armazenamento; e

IV – que os bens não contenham substâncias perigosas em concentração acima


da recomendada na diretiva RoHS, tais como mercúrio (Hg), chumbo (Pb), cromo
hexavalente (Cr(VI)), cádmio (Cd), bifenil-polibromados (PBB), éteres difenil-
polibromados (PBDE) (BRASIL, 2010).

Além disso, a IN nº1 estabelece que a contratação de serviços deve prever a


separação dos resíduos reciclados descartados, a adequada destinação para pilhas e
baterias e a utilização de produtos de limpeza e de conservação de produtos que atendam
às determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O documento
também prevê que as empresas contratadas realizem programas internos de treinamento
para a redução de consumo de energia elétrica e de água (BRASIL, 2010).

O conhecimento das informações sobre as fontes geradoras e os riscos representados


por elas possibilita a elaboração de um PGRSS mais eficiente, garante maior segurança de
pacientes e profissionais e, consequentemente, diminui o impacto no meio ambiente.

A questão central que se coloca neste estudo é quais são as orientações dadas pelos
fabricantes para o descarte de acessórios, de peças e do equipamento médico-hospitalar
no manual de usuário de produtos comercializados no Brasil. Neste contexto, os objetivos
deste estudo são:

• Levantar quais são as informações fornecidas por fabricantes de EMH no


Manual de Usuário sobre o descarte do equipamento, bem como peças,
acessórios e resíduos gerados no seu funcionamento ou desinfecção.

• Contribuir para a melhoria contínua da qualidade e segurança nos EAS e


facilitar a ação dos gestores no gerenciamento de risco, no planejamento,
no desenvolvimento, no controle e na adaptação de suas ações.

46
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

3.2 Metodologia

A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: a primeira constituiu-se no levantamento


de documentação textual do banco de dados da Anvisa (Manuais de Usuário/Uso). A
segunda etapa consistiu na sistematização e na análise desta documentação.

No que tange a segunda etapa do estudo, de acordo com Figueiredo (2007), o


conceito de “documento” como fonte de pesquisa é:

O documento como fonte de pesquisa pode ser escrito e não escrito, tais como
filmes, vídeos, slides, fotografias ou pôsteres. Esses documentos são utilizados
como fontes de informações, indicações e esclarecimentos que trazem seu
conteúdo para elucidar determinadas questões e servir de prova para outras, de
acordo com o interesse do pesquisador (FIGUEIREDO, 2007).

Existem várias técnicas para a análise e a interpretação de documentos. Segundo


Pimentel (2001, p. 180), nos estudos que têm documentos como material primordial,
tenta-se extrair deles toda a informação possível, organizando-a e interpretando-a segundo
os objetivos da investigação proposta.

Neste estudo se optou por avaliar os documentos utilizando-se a análise documental,


que, segundo Bardin (2011), consiste na técnica de classificar e categorizar documentos,
com o objetivo de apresentar a informação condensada para consulta e armazenamento.

Conforme relatado anteriormente, a primeira parte do estudo foi realizada a partir


de estudo documental no Banco de Dados de Produtos para a Saúde da Anvisa (Figura 13).
Esse banco de dados é de acesso público e está disponível no seguinte endereço: <www.
anvisa.gov.br/scriptsweb/correlato/correlato_rotulagem.htm>.

Foram considerados como ‘documentos’ os arquivos do banco cujo tema ou título


fosse Manual do Usuário/Uso de EMH. As etapas empreendidas na condução dessa
pesquisa são descritas a seguir.

47
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Figura 13 – Banco de dados: Instruções de Uso de itens registrados na Anvisa

Fonte: Disponível em: <www.anvisa.gov.br/scriptsweb/correlato/correlato_rotulagem.htm>. Acesso em: 2


jan. 2014.

3.2.1 Seleções dos tipos de equipamentos e dos manuais de usuário

O levantamento dos manuais no banco de dados foi realizado no campo “Nome do


Produto”. Após o levantamento dos arquivos relacionados aos equipamentos pesquisados,
somente os manuais de usuário foram selecionados. Nesta busca nos deparamos com
equipamentos sem manuais cadastrados ou com quantitativo inferior a três manuais
(de empresas diferentes) no banco. Para esses casos, a busca foi novamente realizada
no campo “Nome do Fornecedor”, sendo selecionadas três empresas que fabricam o
equipamento em questão, de acordo com a conveniência da pesquisadora. Além disso,
os EMHs deveriam apresentar o mesmo porte ou tecnologia, por exemplo, três manuais
de aparelhos de raios-X convencional ou três aparelhos de raios-X com tecnologia digital.
É importante ressaltar que os equipamentos considerados objetos deste estudo foram
selecionados de acordo com a conveniência da pesquisadora, totalizando 14 equipamentos
(ver Tabela 6), onde se utilizou como referência os equipamentos contemplados na WEEE.
Os nomes das empresas selecionadas para este estudo não serão mencionados.

48
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

Tabela 6 – Relação de equipamentos e quantidade de documentos selecionados no


banco de dados da Anvisa

Número total Número de % de Manuais


TIPO DE EQUIPAMENTO
de documentos Manuais de Usuário de Usuário
Analisador Bioquímico 12 12 100%
Aparelho de Hemodiálise 43 5 11%
Aparelho de Raios-X 1 0 0
Aspirador Cirúrgico 10 8 80%
Bisturi (eletrônico) 80 19 23%
Bomba de Infusão 36 18 50%
Fototerapia 21 19 90%
Incubadora Neonatal 8 8 100%
Monitor Multiparamêtrico 17 16 94%
Osmose Reversa 7 7 100%
Processadora (Radiológica) 30 15 50%
Termodesinfectora 5 5 100%
Ventilador Pulmonar 44 44 100%
Vídeo Endoscópio 16 16 100%
TOTAL 330 192
Fonte: Elaborada pela autora.

3.2.2 Análise dos documentos

Realizou-se uma análise dos documentos selecionados, buscando a identificação


dos seguintes conteúdos:

• Orientações para o usuário sobre o descarte de resíduos químicos (por


exemplo, reagentes, reveladores químicos etc.) e biológicos (sangue,
secreções, fluídos corporais etc.) do processo de utilização/desinfecção.

• Orientações para o usuário sobre o descarte de peças e acessórios


(descartáveis, por exemplo).

• Orientações para o usuário sobre o descarte do equipamento pós-vida útil.

• Orientações para o usuário sobre normativas vigentes de descarte dos itens


mencionados acima.

49
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Com o intuito de facilitar a análise e a interpretação dos dados, foram desenvolvidas


duas matrizes: a primeira para organizar as informações obtidas nos manuais e a segunda
para apresentar uma síntese dos resultados obtidos (ver Anexo A).

3.3 Resultados e discussão

As instruções de uso de produtos para saúde correspondem ao Manual do Usuário,


prospectos ou outros documentos, que apresentam informações necessárias para a
utilização correta e segura do equipamento (ABDI, 2010).

Trata-se de um dos documentos obrigatórios no processo de registro de EMH pela


Anvisa, para a liberação da comercialização no mercado brasileiro. Os documentos devem
ser impreterivelmente redigidos em língua portuguesa e de fácil entendimento, com
linguagem adequada ao público ao qual se destinam. Porém, nem todos os itens indicados
na resolução aplicam-se necessariamente a todos os equipamentos, assim, a empresa
deverá fazer uma análise crítica, considerando para isso o Gerenciamento de Risco do seu
produto, para avaliar quais itens são aplicáveis. A Anvisa determina ainda que o fabricante
informe no Manual as precauções a adotar em caso de eliminação e de descarte do EMH,
bem como de partes ou resíduos destes que apresentem risco associado à sua eliminação. O
fabricante deve adotar a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 306, de 7 de dezembro
de 2004, bem como outras legislações sanitárias ou ambientais que versem sobre este
assunto (ABDI, 2010).

No levantamento realizado para a seleção dos manuais, verificou-se que existiam


EMH cadastrados no Banco de Produtos para a Saúde da Anvisa sem manual anexado ou
com este inserido em local errado (no Rótulo de instruções, por exemplo). Além disso,
peças e acessórios relacionados ao equipamento também foram encontradas inseridas no
Banco de Produtos. Isso explica a diferença de percentual entre o número de documentos
e manuais, apresentados na Tabela 6. No total, foram analisados 45 manuais, cuja origem
das empresas é apresentada no Gráfico 1.

Inicialmente, constatou-se que as empresas que melhor detalharam as informações


sobre o descarte de resíduos (químicos e biológicos), de peças e acessórios e do
equipamento pós-vida útil, têm como origem os seguintes países: Japão, Alemanha e Brasil.
A Alemanha é um dos países europeus que adota as diretrizes WEEE e RoHS, portanto,
já possui processos definidos visando atendê-las. O Japão, no passado teve casos de
acidentes médicos, onde equipes médicas foram infectadas pelo vírus da hepatite B com
agulhas usadas, que eventualmente causaram mortes. Tais acidentes atrairam a atenção
do público e concientizou as pessoas da necessidade de esterilização de resíduos médicos
(Jesc). O Japão adota a diretrizes WEEE e RoHS, porém, ainda possui vários desafios para
enfrentar, como o aumento das taxas de coleta, a alocação de custos, a participação dos

50
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

municípios, o custo/benefício da reciclagem e a drenagem das exportações de WEEE para


países em desenvolvimento (YOSHIDA, F.; YOSHIDA, H., 2012).
Gráfico 1 – Origem das empresas de EMH, cujos manuais de usuário foram analisados

Fonte: Elaborado pela autora.

Do total, 63% das empresas não indicam no manual como deve ser realizado o
descarte de resíduos químicos e biológicos gerados pelos equipamentos, embora sejam
esses os resíduos mais perigosos para os profissionais de saúde e do meio ambiente (Tabela
7). Equipamentos médicos, tais como aspiradores cirúrgicos, expõem os profissionais
a fluídos biológicos, sendo essencial a utilização rigorosa de equipamentos de proteção
individual (EPI), como luvas e máscaras (ANDRADE et al., 2008). Esta informação também
não consta nos manuais das empresas.
Tabela 7 – Resultado da análise realizada nos manuais de usuário de EMH

CONTEÚDO ABORDADO NOS MANUAIS DE USUÁRIO SIM NÃO


Indica o descarte adequado de resíduos* 27% 63%
Indica o descarte de peças e acessórios 50% 50%
Indica o descarte do EMH pós vida-útil 50% 50%
Apresenta as normativas vigentes 12% 88%
Fonte: Elaboração própria.
*Resíduos químicos e biológicos.

51
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Um estudo realizado em 2009 investigou os acidentes biológicos ocorridos com


profissionais de saúde. O objetivo era identificar a principal classe de profissionais da área de
saúde exposta a acidentes ocupacionais em um hospital e relacionar as potenciais práticas
de risco envolvendo esses profissionais. Foram analisados 183 profissionais acidentados,
dos quais 160 (87,4%) eram profissionais que trabalhavam diretamente com pacientes e 23
(12,6%) eram profissionais de apoio, que não estavam em contato direto com pacientes,
como auxiliares administrativos, equipes de limpeza e funcionários de aterro sanitário. Este
estudo indicou que o manuseio do lixo é uma das áreas mais propensas a acidentes. Assim,
deve-se considerar que o profissional acometido por acidente terá que ser submetido a
processos, tais como: vacinas, afastamento do trabalho, entrada no Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) – para afastamentos superiores a 15 dias; além do trauma psicológico
com a possibilidade de adquirir doenças, como a aids (Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida) (RAPARRINI, 2012).

Além disso, temos que considerar que estes resíduos serão manipulados por outros
profissionais, tais como garis da rede municipal ou coletores de empresas terceirizadas. A
mídia noticia acidentes envolvendo estes profissionais (RAPARRINI, 2012).

Os acidentes profissionais na área de serviços de saúde exigem um tratamento


rápido. Recomenda-se que a quimioprofilaxia para um acidente profissional, causado por
material biológico contaminado com sangue ou fluidos corpóreos de paciente, seja iniciada
até duas horas após a ocorrência do acidente. Para que se possa seguir esta orientação, o
atendimento deve ocorrer o mais próximo do local do acidente. Portanto, é necessário que
cada unidade tenha seu programa de atendimento instituído (DESTRA et. al., 2004).

Os manuais fornecidos pelas empresas de material de consumo costumam trazer


informações úteis para diminuir o risco de acidentes. Entretanto, informações sobre o
descarte de equipamentos médico-hospitalares são escassas. O Hospital Albert Einstein,
instituição privada localizada na cidade de São Paulo, dispõe de um protocolo para o
descarte de equipamentos, e firmou, em 2012, uma parceria com uma cooperativa de
descarte de equipamentos eletrônicos. Numa operação inicial foram descartados cerca de
oito toneladas de e-lixo2 totalizando, somente no ano de 2012, cerca de 30 toneladas de
resíduos (CASTRO et al., 2014).

Com relação ao descarte de peças e acessórios e do equipamento pós-vida útil, 50% dos
manuais apresentaram essas informações separadamente e apenas 33% dos apresentaram
ambas as informações. Do total de manuais analisados, somente 12% indicaram as normativas
sobre o correto descarte dos resíduos gerados pelos seus equipamentos, embora se trate
de uma informação importante a ser utilizada no desenvolvimento do PGRSS. No anexo A,
apresenta-se uma tabela com o resultado geral da análise dos manuais.

E-lixo – Define-se como lixo eletrônico ou e-lixo tudo o que é proveniente de equipamentos eletro-eletrônicos
2

descartados diariamente pela sociedade (D’ARRUIZ; CATANEO, 2013).

52
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

O Ministério da Saúde desenvolveu ações no sentido de orientar os gestores no


descarte de resíduos hospitalares, como o Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos
de Investimentos em Saúde (SomaSUS). Trata-se de um instrumento informatizado de
pesquisa das informações técnicas necessárias ao planejamento, ao funcionamento e à
avaliação de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. O sistema permite os seguintes
tipos de pesquisa: “Pesquisa por Atribuição”, “Pesquisa por Equipamentos”, “Pesquisa
por Tipologia” e “Pesquisa por Resíduo”. O objetivo da incorporação de dados sobre
Resíduos Hospitalares no SomaSUS é promover projetos que estejam comprometidos com
a melhoria da qualidade do meio ambiente e da saúde da população.

A “Pesquisa por Resíduos”, disponível no SomaSUS, apresenta os tipos de resíduos


gerados em cada ambiente dos EAS e as possíveis formas de tratamento, de acordo com a
RDC n°306/2004 e Resolução do Conama n°358/2005. O sistema apresenta, além das formas
de tratamento para cada tipo de resíduo, as vantagens e as desvantagens de sua utilização
(Figura 14). Tais informações permitem ao usuário a escolha do tratamento mais adequado
às suas necessidades. Porém, o referido sistema ainda não dispõe de informações sobre o
descarte de equipamentos e os resíduos gerados na sua utilização.
Figura 14 – Tipos de tratamento de resíduos para o ambiente sala grande de cirurgia,
disponibilizado pelo SomaSUS

Características do Tipo de Tratamento do Resíduo Hospitalar

CCO07 - Sala grande de cirurgia (ortopedia, neurologia, cardiologia, etc.) - Centro Cirúrgico
TIPOS DE TRATAMENTOS:
AUTOCLAVAGEM
Consiste na desinfecção dos resíduos em temperaturas entre 110ºC e 150ºC, por vapor
superaquecido, em um tempo de aproximadamente 1 hora.
Aspectos positivos Aspectos negativos
· Custo operacional relativamente baixo; · Não há garantia de que o vapor d’agua
· Não emite eˆuentes gasosos e o eˆuente atinja todos os pontos da massa de
líquido é estéril; resíduos, salvo se houver uma adequada
· Manutenção relativamente fácil e trituração previamente à fase de
barata. desinfecção;
· Não há redução de volume dos resíduos,
a não ser que haja trituração dos
resíduos;
· Processo em batelada, não permitindo
um serviço continuado de tratamento
dos resíduos dos serviços de saúde.

Fonte: <http://portalsaude.saude.gov.br/somasus>. Acesso em: 20 mar. 2013.

Na área industrial, algumas empresas elaboraram protocolos para o descarte de


seus equipamentos. Pode-se citar como exemplo, um caso onde o equipamento é marcado
com simbologias referenciando os materiais de sua composição (Figura 15). Além disso, há
um protocolo padronizado correlacionando os equipamentos com essas simbologias para
orientar os processos de descarte e de reciclagem desses equipamentos (Figura 16).

53
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Figura 15 – Vista completa do equipamento e peças marcadas com simbologia,


respectivamente

Fonte: Adaptado de <incenter.medical.philips.com/doclib/enc/fetch/5174197/ Brilliance_iCT_Bariatric_


Patient_Support.pdf%3fnodeid%3d6318166%26vernum%3d1>.

Figura 16 – Protocolo de reciclagem de produtos

Passaporte de Reciclagem de Produto Página 1 de 6


HEALTHCARE

Nome do produto: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


Cód de identificação XXXXXXX-X
Peso total (em Kg) XXX

Nome da empresa: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


Produtor/ Endereço: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Fabricante Código-postal: XXXXXX
País: XXXXXXXX

Inform de Reciclagem Itens: Localização:


Remoção do motor: “Couch” irá cair quando o motor for removido. Figura 1 (1)

Atenção especial
continua

54
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

conclusão
Itens: Localização:
Molas de pressão: fazer uma perfuração de 2 mm para liberar a Figura 3 (5)
pressão antes de descartar as molas.

Fluídos/Gases

Itens: Localização:

Baterias para serem


removidas

Itens: Localização:
Placas de circuito impresso. Figura 1 e 2
(2)

Subs perigosas para


serem removidas

Fonte: Adaptado de <http://incenter.medical.philips.com>. Acesso: 2 jan. 2013.

Conforme apresentado, o manual de usuário trata-se de um documento obrigatório


para registro na Anvisa. Tal documento é um item solicitado em editais de licitação pública
de compras, devido à tamanha importância no ambiente hospitalar.

É uma questão na qual o Brasil precisa avançar, mantendo-se alinhado com a causa
mundial de preservação dos recursos naturais. Há uma lacuna a ser preenchida, pois
o usuário final – o profissional de saúde, o gestor hospitalar, o engenheiro biomédico/
clínico – ainda não possuem informações detalhadas sobre o descarte dos equipamentos
no manual de usuário. Tal documento técnico um item solicitado, inclusive, em editais de
licitação pública de compras, devido a tamanha importância no ambiente hospitalar.

55
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

3.4 Considerações finais

Neste estudo, evidenciou-se que os resíduos gerados pelos estabelecimentos de


saúde devem ser descartados de modo adequado, com a finalidade de diminuir o impacto
ambiental e a exposição dos profissionais, dos pacientes e de outras pessoas a riscos. Para se
alcançar esse objetivo, é imprescindível que o fabricante forneça informações e orientações
para o descarte e a reciclagem de seus produtos. Será uma forma de responsabilizar o
fabricante pelo ciclo de vida do produto. A eles caberá o dever de apresentar a composição
e as formas de descarte de acessórios e de insumos gerados durante o uso do equipamento,
bem como o descarte após sua vida útil. Estas informações podem ser inseridas ao Manual
de Usuário dos equipamentos e poderá ser muito útil para a elaboração do PGRSS em EAS
e a complementação de informações no SomaSUS.

Acredita-se que a inserção destas informações não irá gerar altos custos aos
fabricantes, pois eles já possuem detalhes sobre o processo de fabricação, de funcionamento
e de utilização de seus produtos.

No processo de registro, a Anvisa solicita ao fabricante uma relação de documentos


técnicos, entre eles o manual de usuário – objeto analisado neste estudo. Acredita-se
que os manuais devem ser complementados, no mínimo, com as seguintes informações
obrigatórias:

1) Resíduos gerados durante a utilização do equipamento:

• Relação dos principais resíduos gerados na utilização do equipamento


(embalagens, resíduos químicos, resíduos biológicos, descartáveis, peças etc.).

• Formas de descarte e de classificação dos resíduos gerados (principalmente


químicos e biológicos). Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
necessários para o manuseio destes resíduos. Formas de acondicionamento
e transporte desses resíduos, de acordo com as normativas vigentes.

2) Descarte do equipamento pós-vida útil:

• Vida útil estimada do equipamento.

• Composição do equipamento (material de construção, placas eletrônicas,


displays etc.).

• Informações sobre reciclagem do equipamento, se este ou parte deste for


passível de reciclagem.

• Informações sobre o descarte do equipamento e das peças não recicláveis.

56
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

• Indicação das classes de resíduos do equipamento, de acordo com as


normas vigentes.

Há a necessidade de se melhorar os instrumentos, como o manual de usuário/uso,


que orientem o usuário final (profissionais de saúde e gestores) a lidar com o descarte de
EMH e seus resíduos.

Não se pode afirmar neste estudo que, por não haver informações sobre o descarte
de peças, acessórios, resíduos e dos equipamentos nos manuais analisados, as instituições
não o realizem da maneira adequada. Mas evidenciamos que embora haja muito esforço
por parte de vários órgãos na divulgação de medidas sustentáveis, ainda assim há falta de
informações detalhadas e de fácil acesso.

Sugere-se um ajuste na abordagem aos usuários, seja na forma de treinamentos, ou


mesmo na criação de canais de orientação (manuais, linhas de atendimento nas empresas
fornecedoras, protocolos de descarte, entre outros).

A atuação de órgãos empresariais com as empresas de EMH foi um grande ganho,


pois equipamentos mais “ecológicos” têm menor impacto no ambiente. Outra abordagem
é o estímulo à reciclagem de equipamentos inutilizados pelos EAS como estratégia na
diminuição do lixo tecnológico.

57
Estudos de custos indiretos da 4
infraestrutura física em atenção básica

4.1 Introdução

A Política Nacional de Atenção Básica (Pnab), instituída pela Portaria MS/GM nº


2.488, de 21 de outubro de 2011, é resultante da experiência acumulada em muitos anos
por movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de governo,
comprometidos com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde
(SUS). Essa experiência já ressaltava a importância do fortalecimento da atenção básica
na política de universalização perseguida pelo SUS, pois o atendimento básico consegue
resolver grande parte das demandas dos pacientes e fazer o encaminhamento correto
quando o caso for mais complexo.

Assim, a atenção básica é a principal porta de entrada do paciente na rede do SUS.


Desenvolvida com alto grau de descentralização, capilaridade e próxima do cotidiano das
pessoas, a Rede de Atenção à Saúde do Brasil deve servir de referência aos cidadãos em
relação ao SUS.

A atenção básica compreende diversos fatores, além da universalidade e da


acessibilidade, como o vínculo, a continuidade do cuidado, a integralidade da atenção, a
responsabilização, a humanização, a equidade e a participação social.

Para atender a esses preceitos, as unidades básicas de saúde devem contar com
infraestrutura adequada, e estarem localizadas nas proximidades de onde as pessoas
moram, trabalham ou estudam. O compromisso do Ministério da Saúde com a atenção
básica foi reafirmado na estratégia Saúde Mais Perto de Você.

Em 2012, além do aumento dos recursos (quase 40% em relação a 2010) repassados
fundo a fundo por meio do Programa de Atenção Básica (PAB), a nova Pnab mudou o
desenho do financiamento federal para a atenção básica, passando a combinar equidade
e qualidade. Em relação à equidade, o PAB Fixo diferencia o valor per capita por município,
beneficiando os municípios mais pobres, menores, com maior percentual de população
pobre e extremamente pobre e com as menores densidades demográficas.

Para estimular a melhora da qualidade dos serviços prestados, a Estratégia Saúde da


Família avalia, valoriza e premia equipes e municípios que se destacam pela oferta de bons

59
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

serviços à população, e garante aumento do repasse de recursos em função dos resultados


alcançados.

A implantação da atenção básica, nos moldes preconizados na Pnab e na Relação


Nacional de Ações e Serviços de Saúde (Renases), exige investimentos e despesas de
manutenção predial de uma unidade básica de saúde.

O presente estudo tem como objeto estimar os custos indiretos da infraestrutura


física em atenção básica nos anos de 2010 e 2011, a partir da estrutura mínima para projetos
de unidades básicas de saúde, conforme anexo à Portaria MS/GM3 n° 2.226, de 18 de
setembro de 2009. Inclui também ambientes ainda não contemplados, mas previstos no
Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, 2ª edição/2008,
disponibilizado pelo Departamento de Atenção Básica, vinculado à Secretaria de Atenção
à Saúde (SAS).

Foram feitas estimativas do consumo de água e energia em uma UBS Porte I, nos
padrões da Pnab (Portaria MS/ GM4 nº 2.488, de 21 de outubro de 2011).

A Pnab envolve o Plano Nacional de Implantação de Unidades Básicas de Saúde para


Equipes de Saúde da Família, que estabelece que cada equipe deve ter três componentes,
definidos em conformidade com o quantitativo populacional de cada município, com
base no estabelecido pela Resolução nº 8, de 27 de agosto de 2008, da Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com o que segue:

- Componente I: implantação de UBS em municípios com população de até


50.000habitantes;

- Componente II: implantação de UBS em municípios com população de mais de


50.000 habitantes;

- Componente III: implantação de UBS em municípios com população acima de


100.001 (cem mil e um) habitantes.

Foram definidos dois Portes de UBS a serem construídos/ financiados pelo Plano
Nacional de Implantação de Unidades Básicas de Saúde:

I - UBS Porte I - UBS destinada e apta a abrigar uma equipe de Saúde da Família,
cuja área mínima construída deverá ser de 153,24m²; e

II - UBS Porte II - UBS destinada e apta a abrigar, no mínimo, três equipes de Saúde
da Família, cuja área mínima construída deverá ser de 293,28m².

3
Institui, no âmbito da Política Nacional de Atenção Básica, o Plano Nacional de Implantação de Unidades Básicas de
Saúde para Equipes de Saúde da Família.
4
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da
atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).

60
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

O valor dos recursos financeiros a ser repassado pelo Ministério da Saúde para a
construção de cada UBS foi estabelecido de acordo com o respectivo porte da UBS:

I - UBS de Porte I: R$ 200.000,00 (duzentos mil reais); e

II - UBS de Porte II: R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) (BRASIL, 2008).

Para efeito de cálculo, foram considerados também os ambientes complementares


para uma UBS – Saúde da Família, de acordo com o manual do Departamento de Atenção
Básica (DAB). Vale destacar que o Ministério da Saúde não dispõe de um banco de dados
com informações a respeito dos custos indiretos relacionados à manutenção predial da
infraestrutura física de um Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS).

4.2 Metodologia

Diante da indisponibilidade das informações referentes aos custos indiretos da


infraestrutura física em atenção básica nos anos de 2010 e 2011, adotou-se uma metodologia
cuja referência inicial foi a estrutura mínima para projetos de UBSs Porte I, incluindo os
ambientes ainda não contemplados, mas que estão previstos no manual do DAB.

Diversos fatores, tais como os fluxos de atendimento e as atividades mínimas a serem


desenvolvidas em cada unidade, foram levados em consideração para o planejamento e
a definição da área física mínima e dos ambientes necessários em uma UBS, destinada a
uma Equipe de Saúde da Família (ESF), cuja relação de ambientes e suas respectivas áreas
mínimas estão relacionadas na tabela a seguir:
Tabela 8 – Relação de ambientes e área mínima total de UBS Porte I

QUANTIDADE ÁREA TOTAL


AMBIENTE
MÍNIMA MÍNIMA
Recepção 1 9 m2
Sala de espera – pode ser com a recepção, desde que a soma dos
1 15 m2
ambientes atinja a área total mínima de 24 m2
Consultório indiferenciado 2 18 m2
Consultório odontológico 1 12 m2
Sala de procedimentos 1 9 m2
Sala exclusiva de vacinas 1 9 m2
Sala de curativos 1 9 m2
Sala de reuniões 1 20 m2
Copa/cozinha 1 4,5 m2
continua

61
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão
QUANTIDADE ÁREA TOTAL
AMBIENTE
MÍNIMA MÍNIMA
Área de depósito de materiais de limpeza 1 3 m2
Sanitário para o público, adaptado para deficientes físicos. 1 3,2 m2
Banheiro para funcionários 1 4 m2
Sala de utilidades/apoio à esterilização (caso o projeto não preveja uma
1 4 m2
Central de Materiais e Esterilização)
Depósito de lixo 1 4 m2
Abrigo de resíduos sólidos (expurgo) 1 4 m2
Área total mínima dos ambientes 127,7 m2
Área total mínima com 20% para circulação (área mínima a ser construída) 153,24 m2
Fonte: Portaria MS nº 2.226, de 18 de setembro de 2009.

Em 2008, a Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), por meio do Departamento de


Atenção Básica (DAB), reeditou o Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de
Saúde – Saúde da Família, no qual foi possível identificar alguns ambientes que não foram
contemplados na Portaria MS/GM n° 2.226, de 18 de dezembro de 2009, conforme listados
na tabela a seguir:
Tabela 9 – Ambientes não contemplados na Portaria MS/G M nº 2.226/2009

AMBIENTE QUANTIDADE MÍNIMA ÁREA TOTAL MÍNIMA


Farmácia 1 10 m2
Guarda de Materiais de Insumos 1 3 m2
Unidade Móvel para Transporte de Equipes 1 ***
Fonte: Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde – Saúde da Família, 2ª edição/2008.

Um segundo critério usado como referência na metodologia foi o universo


populacional que perpassa diariamente pela UBS. De acordo com a Pnab, uma ESF é
composta, na sua forma padrão, por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de Enfermagem
e quatro agentes comunitários de saúde (ACS). Além de uma ESF, neste trabalho será
considerada uma Equipe de Saúde Bucal (ESB) que, a depender da modalidade, é composta
por um cirurgião-dentista, um técnico em Saúde Bucal e um auxiliar de Saúde Bucal. Neste
estudo, adotou-se como parâmetro para uma UBS Porte I uma equipe composta por dez
pessoas, assim distribuída:

Tabela 10 – Relação de profissionais que compõem a Equipe Saúde da Família para


UBS Porte I

EQUIPE SAÚDE DA FAMÍLIA UBS PORTE I


Médico 1
Enfermeiro 1
continua

62
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

conclusão

EQUIPE SAÚDE DA FAMÍLIA UBS PORTE I


Auxiliar de Enfermagem 1
Agentes Comunitários de Saúde 4
Cirurgião-Dentista 1
Técnico em Saúde Bucal 1
Auxiliar em Saúde Bucal 1
TOTAL 10
Fonte: Portaria MS nº 2.488, de 21 de outubro de 2011.

A cobertura populacional estimada para uma ESF é de 3 mil pessoas, sendo


considerado 100 atendimentos/dia. Para este universo de 100 usuários, considerou-se um
total de 30 acompanhantes. Dessa forma, entre funcionários, usuários e acompanhantes,
totalizamos 140 pessoas por dia que circulam diariamente pela UBS, apenas para efeito de
cálculo dos custos indiretos. Com base nessas informações, foi feito o levantamento de
custos com o consumo de água e de energia de uma UBS Porte I, nos anos de 2010 e 2011.
A estimativa teve como parâmetro a média nacional do custo da tarifa de água e energia,
nos anos supracitados, segundo banco de dados coletados a partir do Sistema Nacional
de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), responsável pela divulgação
mensal dos custos e dos índices da construção civil.

Foram consideradas as tarifas médias por região nos meses de janeiro, março, abril,
maio, junho, julho, agosto, setembro, novembro/2010 e de janeiro, março, abril, maio, julho,
agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro/2011.

Em seguida, foram obtidas as tarifas médias para cada um dos respectivos meses e
depois a média nacional nos anos de 2010 e 2011, conforme demonstrado nas tabelas a seguir:
Tabela 11 – Tarifas de consumo de água executadas nas regiões brasileiras no período
de janeiro a novembro de 2010, cujos dados foram utilizados para o cálculo
da média mensal e anual
Custo Sinapi - 2010
‘00014583’ TARIFA “A” ENTRE 0 E 20m³ FORNECIMENTO D’AGUA - m³
Região Data Média por região Média Mensal Média Anual
CENTRO-OESTE 8,33
NORTE 8,14
JANEIRO/2010 8,23 8,30
SUDESTE 9,27
SUL 7,19
continua

63
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão
Custo Sinapi - 2010
‘00014583’ TARIFA “A” ENTRE 0 E 20m³ FORNECIMENTO D’AGUA - m³
Região Data Média por região Média Mensal Média Anual
CENTRO-OESTE 9,94
NORDESTE 8,9
NORTE MARÇO/2010 11,54 9,24
SUDESTE 8,14
SUL 7,67
CENTRO-OESTE 8,52
NORDESTE ABRIL/2010 10,03 8,96
SUL 8,33
NORDESTE 8,33
NORTE MAIO/2010 8,39 8,35
SUL 8,33
CENTRO-OESTE 8,52
NORDESTE 8,57
NORTE JUNHO/2010 7,76 8,06
SUDESTE 7,81
SUL 7,63
CENTRO-OESTE 8,52
NORDESTE 6,94
8,30
NORTE JULHO/2010 7,73 7,57
SUDESTE 7,85
SUL 6,81
CENTRO-OESTE 8,52
NORDESTE 8,59
NORTE AGOSTO/2010 8,14 8,25
SUDESTE 7,85
SUL 8,14
CENTRO-OESTE 8,61
NORDESTE 8,58
NORTE SETEMBRO/2010 7,65 8,18
SUDESTE 7,81
SUL 8,27
CENTRO-OESTE 7,51
NORDESTE 8,58
NORTE NOVEMBRO/2010 7,62 7,87
SUDESTE 7,48
SUL 8,14
Fonte: <www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_des_urbano/Sinapi/index.asp>.

64
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

Tabela 12 – Tarifas de consumo de água executadas nas regiões brasileiras no período


de janeiro a dezembro de 2011, cujos dados foram utilizados para o cálculo
da média mensal e anual
Custo Sinapi - 2011
‘00014583’ TARIFA “A” ENTRE 0 E 20m³ FORNECIMENTO D’AGUA - m³
Região Data Média por região Média Mensal Média Anual
CENTRO-OESTE 8,51
NORDESTE 9,59
JANEIRO/2011 8,71
SUDESTE 8,51
SUL 8,23
CENTRO-OESTE 8,43
NORDESTE 8,62
NORTE MARÇO/2011 8,02 8,20
SUDESTE 7,67
SUL 8,27
CENTRO-OESTE 8,43
NORDESTE 8,62
NORTE ABRIL/2011 8,03 8,20
SUDESTE 7,67
SUL 8,27
CENTRO-OESTE 8,66
NORDESTE 8,75
MAIO/2011 8,37
NORTE 8,08 8,63
SUDESTE 7,98
CENTRO-OESTE 8,99
NORDESTE 9,15
NORTE JULHO/2011 8,14 8,52
SUDESTE 7,81
SUL 8,52
CENTRO-OESTE 8,99
NORDESTE 9,13
NORTE AGOSTO/2011 8,33 8,56
SUDESTE 7,81
SUL 8,52
CENTRO-OESTE 9,09
NORDESTE 9,4
NORTE SETEMBRO/2011 8,3 9,21
SUDESTE 10,74
SUL 8,52

continua

65
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão
Custo Sinapi - 2011
‘00014583’ TARIFA “A” ENTRE 0 E 20m³ FORNECIMENTO D’AGUA - m³
Região Data Média por região Média Mensal Média Anual
CENTRO-OESTE 9,09
NORDESTE 9,32
NORTE OUTUBRO/2011 8,27 9,11
SUDESTE 10,36
SUL 8,52
CENTRO-OESTE 9,23
NORDESTE 9,42
NORTE NOVEMBRO/2011 8,41 8,71 8,63
SUDESTE 7,85
SUL 8,64
CENTRO-OESTE 9,23
NORDESTE 9,15
NORTE DEZEMBRO/2011 8,44 8,68
SUDESTE 7,95
SUL 8,64
Fonte: <www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_des_urbano/Sinapi/index.asp>.

Tabela 13 – Tarifas de consumo de energia elétrica executadas nas regiões brasileiras


no período de janeiro a novembro de 2010, cujos dados foram utilizados
para o cálculo da média mensal e anual
Custo Sinapi - 2010
‘00014250’ TARIFA DE CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA COMERCIAL, BAIXA TENSAO - KWh
Região Data Média por região Média Mensal Média Anual
CENTRO-OESTE 0,44
NORTE 0,43
JANEIRO/2010 0,44
SUDESTE 0,49
SUL 0,38
CENTRO-OESTE 0,53
0,44
NORDESTE 0,47
NORTE MARÇO/2010 0,61 0,49
SUDESTE 0,43
SUL 0,41
CENTRO-OESTE ABRIL/2010 0,45 0,46
continua

66
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

conclusão
Custo Sinapi - 2010
‘00014250’ TARIFA DE CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA COMERCIAL, BAIXA TENSAO - KWh
Região Data Média por região Média Mensal Média Anual
NORDESTE 0,53
SUL 0,44
ABRIL/2010 0,46
NORDESTE 0,44
NORTE 0,44
SUL 0,44
CENTRO-OESTE 0,45
NORDESTE MAIO/2010 0,45 0,43
NORTE 0,41
SUDESTE 0,41
SUL 0,40
CENTRO-OESTE 0,45
NORDESTE JUNHO/2010 0,46 0,43
NORTE 0,41
SUDESTE 0,42
SUL 0,36
CENTRO-OESTE 0,45
NORDESTE JULHO/2010 0,45 0,42
0,44
NORTE 0,43
SUDESTE 0,42
SUL 0,43
CENTRO-OESTE 0,46
NORDESTE AGOSTO/2010 0,45 0,43
NORTE 0,40
SUDESTE 0,41
SUL 0,44
CENTRO-OESTE 0,40
NORDESTE SETEMBRO/2010 0,45 0,42
NORTE 0,40
SUDESTE 0,40
SUL 0,43
CENTRO-OESTE 0,45
NORDESTE NOVEMBRO/2010 0,51 0,45
SUDESTE 0,45
SUL 0,44
Fonte: <www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_des_urbano/Sinapi/index.asp>.

67
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Tabela 14 – Tarifas de consumo de energia elétrica executadas nas regiões brasileiras


no período de março a novembro de 2011 (exceto junho/2011), cujos dados
foram utilizados para o cálculo da média mensal e anual
Custo Sinapi - 2011
‘00014250’ TARIFA DE CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA COMERCIAL, BAIXA TENSAO - KWh
Região Data Média por região Média Mensal Média Anual
CENTRO-OESTE 0,45
NORDESTE 0,46
NORTE MARÇO/2011 0,42 0,44
SUDESTE 0,41
SUL 0,44
CENTRO-OESTE 0,45
NORDESTE 0,46
NORTE ABRIL/2011 0,42 0,44
SUDESTE 0,41
SUL 0,44
CENTRO-OESTE 0,46
NORDESTE 0,46
MAIO/2011 0,46
NORTE 0,43
SUDESTE 0,42
CENTRO-OESTE 0,48
NORDESTE 0,48 0,46
NORTE JULHO/2011 0,43 0,45
SUDESTE 0,41
SUL 0,45
CENTRO-OESTE 0,48
NORDESTE 0,48
NORTE AGOSTO/2011 0,44 0,45
SUDESTE 0,41
SUL 0,45
CENTRO-OESTE 0,48
NORDESTE 0,50
NORTE SETEMBRO/2011 0,44 0,49
SUDESTE 0,57
SUL 0,45
CENTRO-OESTE 0,48
OUTUBRO/2011 0,48
NORDESTE 0,49
continua

68
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

conclusão
Custo Sinapi - 2011
‘00014250’ TARIFA DE CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA COMERCIAL, BAIXA TENSAO - KWh
Região Data Média por região Média Mensal Média Anual
NORTE 0,44
SUDESTE OUTUBRO/2011 0,55 0,48
SUL 0,45
CENTRO-OESTE 0,49
NORDESTE 0,50
NORTE NOVEMBRO/2011 0,44 0,46
SUDESTE 0,42 0,46
SUL 0,46
CENTRO-OESTE 0,49
NORDESTE 0,48
NORTE DEZEMBRO/2011 0,45 0,49
SUDESTE 0,42
SUL 0,46
Fonte: <www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_des_urbano/Sinapi/index.asp>.

Resumidamente, as médias das tarifas de água e de energia nos anos de 2010 e 2011,
de acordo com dados fornecidos pelo Sinapi, foram as seguintes:
Tabela 15 – Custos de consumo médio de água e energia, segundo dados do Sinapi, no
período de 2010 a 2011

Custos Sinapi Média Nacional Ano


R$ 8,30/m³ 2010
Água
R$ 8,63/m³ 2011
R$ 0,44/KWh 2010
Energia
R$ 0,46/KWh 2011
Fonte: Elaborado pela autora.

Para o cálculo da estimativa do consumo mensal e anual de água nos anos de 2010 e
2011, foram utilizados dois parâmetros. O primeiro deles consistiu na estimativa por ponto
de água e teve como fonte de consulta o site do Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos
de Investimentos em Saúde (SomaSUS), onde se identificou os referidos pontos (torneiras,
ponta/caneta/injeção de água, vasos sanitários, chuveiros e bebedouros), previstos em
cada ambiente contemplado em uma UBS Porte I e em seus ambientes complementares.

69
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Tabela 16 – Relação de ambientes com pontos de água previstos para UBS Porte I, de
acordo com dados da Portaria nº 2.226/2009 e SomaSUS

Bebedouros
Chuveiros
Sanitários
Torneiras
Ponta/Caneta/
UBS

Vasos
Ambientes Injeção de
Porte I
Água (2L/dia)

Recepção/Arquivo de Prontuários 1
Espera 1
Consultório (02) 2
Consultório Odontológico 2 2
Sala de Procedimentos 1
Sala de Vacinas 1
Sala de Curativos 1
Potaria 2226/2009

Copa/cozinha 1
Depósito de materiais de limpeza - DML 1
Sanitário para público, adaptado para deficientes
1 1
físicos
Banheiro para funcionários 1 1 1
Sala de Reuniões 2
Sala de utilidades 1 1
Depósito de lixo 1
Abrigo de resíduos sólidos 1
SUB-TOTAIS (L) 16 2 3 1 2
SUB-TOTAIS (m ) 3

Farmácia 1
Manual
SUB-TOTAIS (L) 1
do DAB
SUB-TOTAIS (m3)
Fonte: SomaSUS <www.saude.gov.br/somasus> e Portaria nº MS/GM nº 2.226/2009 (republicada pelo DOU nº
222, de 20 de novembro de 2009, seção, pág. 118).

Em seguida, foi definido o consumo de água por ponto (torneiras, injeção de água,
vasos sanitários, chuveiros e bebedouros), a partir de critérios do uso racional da água,
disponível no site da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e
de informações fornecidas pelo DAB.
Tabela 17 – Consumo de água por tipo de ponto, segundo dados da Sabesp e DAB
USO RACIONAL DA ÁGUA CONSUMO
TORNEIRAS 2,5 litros/min
PONTA/CANETA/INJEÇÃO DE ÁGUA 2 litros/dia
continua

70
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

conclusão
USO RACIONAL DA ÁGUA CONSUMO
VASOS SANITÁRIOS 10 litros por acionamento
CHUVEIROS 50 litros por banho
BEBEDOURO 32,8 litros por dia
Fonte: Elaborado pela autora com base em dados da Sabesp e DAB.

Em relação às torneiras, estimou-se o número de acionamentos/hora para cada


ambiente, de acordo com as atividades desenvolvidas.
Tabela 18 – Estimativa do número de acionamentos por hora de torneiras por ambiente
ACIONAMENTOS
AMBIENTES
POR HORA
Consultório (02) 4
Consultório Odontológico 2
Sala de Procedimentos 2
Sala de Vacinas 4
Portaria 2226/2009

Sala de Curativos 4
Copa/cozinha 12
Depósito de materias de limpeza - DML 12
Sanitário para público, adaptado para deficientes físicos 12
Banheiro para funcionários 4
Sala de Reuniões 4
Sala de utilidades 4
Depósito de lixo 4
Abrigo de resíduos sólidos 4
Man. DAB Farmácia 1
Fonte: Elaborada pela autora.

Segundo informações complementares do DAB, o consumo diário de água da ponta/


caneta/injeção utilizada no consultório odontológico corresponde, normalmente, a 2 litros.

Para o cálculo do consumo diário de água potável, considerou-se o consumo de 2


litros por funcionário e de 200 ml para cada paciente externo, público e ACS. Dessa forma,
obteve-se o consumo diário total de 32,8 litros.
Tabela 19 – Parâmetros considerados no cálculo do consumo diário e total de água em
UBS

CONSUMO DIÁRIO CONSUMO DIÁRIO


ÁGUA POTÁVEL POPULAÇÃO
PER CAPITA (L) TOTAL (L)
PACIENTE EXTERNO, PÚBLICO E ACS 104 0,2 20,8
continua

71
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão
CONSUMO DIÁRIO CONSUMO DIÁRIO
ÁGUA POTÁVEL POPULAÇÃO
PER CAPITA (L) TOTAL (L)
FUNCIONÁRIOS 6 2 12
TOTAL 110 2,2 32,8
Fonte: Elaborada pela autora.

Essas médias de consumo diário significam 69,89 m³ por mês e 838,68 m³ por
ano nos ambientes contemplados na Portaria MS/GM n° 2.226/2009 e, 0,44 m³ e 5,28
m³ para os ambientes complementares, conforme Manual de Estrutura Física das
Unidades Básicas de Saúde.
Tabela 20 – Parâmetros considerados no cálculo do consumo de água (diário, mensal
e anual) de UBS
CONSUMO CONSUMO CONSUMO
PONTOS DE ÁGUA QUANTIDADE
DIÁRIO (m³) MENSAL (m³) ANUAL (m³)
TORNEIRAS 16 1,44 31,68 380,16
Portaria 2226/2009

PONTA/CANETA/INJEÇÃO DE ÁGUA 2 0,004 0,088 1,06


VASOS SANITÁRIOS 3 1,60 35,2 422,40
CHUVEIROS 1 0,10 2,2 26,40
BEBEDOUROS 2 0,033 0,7216 8,66
SUB-TOTAIS 22 3,18 69,89 838,68
Manual TORNEIRAS 1 0,02 0,44 5,28
do DAB SUB-TOTAIS 1 0,02 0,44 5,28
TOTAIS 23 3,20 70,33 843,96
Fonte: Elaborada pela autora.

O segundo parâmetro utilizado para efeito de cálculo do consumo de água foi a


adoção dos critérios definidos pela RDC-50, ANVISA/20025, que considera o perfil da
população e as atividades desenvolvidas, assim estabelecidos:

• Pacientes externos, doador e público – permanecem poucas horas no EAS e


consomem água para higienização. Estimativa de consumo: 10 litros/dia.

• Funcionário – permanece o turno de trabalho no EAS, neste caso 8 horas/dia,


portanto, correspondente ao consumo de atividades comerciais, 50 litros/dia.

No caso dos agentes comunitários de saúde, considerou-se o mesmo perfil de


consumo do paciente externo, ou seja, 10 litros/dia.

5
Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde.

72
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

Tabela 21 – Parâmetros considerados no cálculo do consumo de água (diário, mensal


e anual) por agentes comunitários de saúde

CONSUMO CONSUMO CONSUMO CONSUMO


RDC-50 POPULAÇÃO PER DIA (L) 8 MENSAL (L) ANUAL (L)
CAPITA (L) horas 22 dias 12 meses
PACIENTE EXTERNO, PÚBLICO E ACS 134 10 1.340 29.480 353.760
FUNCIONÁRIOS 6 50 300 6.600 79.200
COSUMOS TOTAIS (L) 1.640 36.080 432.960
CONSUMOS TOTAIS (m³) 1,64 36,08 432,96
Fonte: Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, (RDC-50, ANVISA/2002).

Para efeito de cálculo do consumo de energia, foram quantificados os pontos de luz


e os equipamentos necessários para a realização das atividades desenvolvidas, constantes
nos ambientes contemplados em uma UBS Porte I, segundo a Portaria MS/GM n° 2.226/2009
e nos ambientes complementares do Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de
Saúde.

Em seguida, foram especificados os níveis de iluminação dos pontos de luz e


calculadas as potências, a partir de informações disponíveis no SomaSUS ou no site do
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), conforme tabelas a
seguir:
Tabela 22 – Estimativa dos pontos de luz por ambiente para cálculo de potência,
segundo dados do SomaSUS e Inmetro
(Lâmpada fluorescente:
“Eficiência Luminosa

Nivel de Iluminamento “Potência P(W) = Ev(lx) ×


45 a 75 lm/W)”
Pontos de Luz

(Lux) A(m2) / η(lm/W)”


Área (m²)

Ambientes
“Mesa de “Mesa de
trabalho trabalho
Geral Geral
ou Mesa de ou Mesa de
Exames” Exames “
Recepção 2 200 15 75 80
Espera 2 200 15 75 80
Portaria 2226/2009

Consultório (02) 2 300 750 18 75 144 360


Consultório
1 300 750 12 75 48 120
Odontológico
Sala de
1 300 750 9 75 36 90
Procedimentos
Sala de Vacinas 1 300 750 9 75 36 90
Sala de Curativos 1 300 750 9 75 36 90
continua

73
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão

(Lâmpada fluorescente:
“Eficiência Luminosa
Nivel de Iluminamento “Potência P(W) = Ev(lx) ×

45 a 75 lm/W)”
Pontos de Luz
(Lux) A(m2) / η(lm/W)”

Área (m²)
Ambientes
“Mesa de “Mesa de
trabalho trabalho
Geral Geral
ou Mesa de ou Mesa de
Exames” Exames “
Sala de Reuniões 2 200 20 75 107
Copa/cozinha 1 200 500 4,5 75 12 30
Depósito de materias 1
200 3 75 8
de limpeza - DML
“Sanitário para
Portaria 2226/2009

público, adaptado
1 200 3,2 75 9
para deficientes
físicos”
Banheiro para
1 200 4 75 11
funcionários
Sala de utilidades
(apoio a 1 300 750 4 75 16 40
esterilização)
Depósito de lixo 1 200 4 75 11
Abrigo de resíduos
1 200 4 75 11
sólidos
Farmácia 1 300 750 10 75 40 100
Manual
DAB

Guarda de Materias
1 200 3 75 8
e Insumos
Fonte: Elaborado pela autora com base no SomaSUS <www.saude.gov.br/somasus> e Inmetro <www.
inmetro.gov.br>. Acesso em: 23/10/2013.

Tabela 23 – Levantamento da quantidade de equipamentos e suas respectivas potências


(Watts), bem como pontos de luz existentes nos ambientes de UBS
Equipamento

Total (Watts)
Quantidade

Luz (Watts)
Potência p/

Pontos de

Potência
(Watts)

Ambientes Equipamentos

Aquecedor Portátil de Ambiente 1 1000


Ar Condicionado 1 1400
Recepção 80 4965
Computador 1 300
Impressora 1 350
continua

74
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

continuação

Equipamento

Total (Watts)
Quantidade

Luz (Watts)
Potência p/

Pontos de

Potência
(Watts)
Ambientes Equipamentos

Leitor de código de barras


2 200
(apenas sensor digital)
Leitora Biométrica 1 5
Recepção 80 4965
No Break 1 820
Roteador Wireless 1 300
Switch 1 390
Aquecedor Portátil de Ambiente 1 1000
Ar Condicionado 1 1400
Bebedouro 1 250
Espera Leitor de código de barras 80 3770
1 200
(apenas sensor digital)
No Break 1 820
Televisão 1 100
Ar Condicionado 2 1400
Computador 2 300
Desfibrilador 2 250
Eletrocardiógrafo 2 45
Consultório
Foco Refletor Ambulatorial 2 600 504 7770
Indiferenciado
Impressora 2 350
Monitor Fetal/Detector Fetal 2 450
Negatoscópio 2 80
No Break 1 820
Amalgador Odontológico 1 90
Aquecedor Portátil de Ambiente 1 1000
Ar Condicionado 1 1400
Autoclave (odontológica) 1 500
Cadeira Odontológica Completa
2 150
(equipo/sugador/refletor)
Consultório Odontológico Compressor de ar 1 1500 168 6770
Compressor Odontológico 1 750
Computador 1 300
Negatoscópio 1 80
No Break 1 820
Polimerizador de resinas 2 10
Ultrassom 1 10
continua

75
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

continuação

Equipamento

Total (Watts)
Quantidade

Luz (Watts)
Potência p/

Pontos de

Potência
(Watts)
Ambientes Equipamentos

Aquecedor Portátil de Ambiente 1 1000


Ar Condicionado 1 1400
Central de Nebulização (para equipamento 1 200
com 5 saídas)
Sala de Procedimentos 126 4245
Desfibrilador Externo Automático (DEA) 1 250
Eletrocardiógrafo 1 45
Foco Refletor Ambulatorial 2 600
Nebulizador portátil 1 150
Aquecedor Portátil de Ambiente 1 1000
Ar Condicionado 1 1400
Computador 1 300
Sala de Vacinas 126 4170
Geladeira 1 300
Impressora 1 350
No Break 1 820
Aquecedor Portátil de Ambiente 1 1000
Sala de Curativos Ar Condicionado 1 1400 126 3000
Foco Refletor Ambulatorial 1 600
Aparelho de DVD 1 70
Ar Condicionado 1 1400
Câmera Web (Webcam) 1 0
Computador 1 300
Computador Portátil (Notebook) 1 100
Sala de Reuniões 107 2690
Fax 1 100
No Break 1 820
Projetor Multimídia 1 200
Retroprojetor 1 400
Televisão 1 100
Geladeira 1 300
Copa/cozinha Lavadoura de Louças 1 1500 42 2700
Microondas 1 900
Depósito de materias
8
de limpeza - DML
Sanitário para público,
adaptado para 9
deficientes físicos
continua

76
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

conclusão

Equipamento

Total (Watts)
Quantidade

Luz (Watts)
Potência p/

Pontos de

Potência
(Watts)
Ambientes Equipamentos

Banheiro
Chuveiro Elétrico 1 5500 11 5500
para funcionários
Sala de utilidades
Autoclave (odontológica) 1 500 56
(apoio a esterilização)
Depósito de lixo 11
Abrigo de 11
resíduos sólidos
Potência 1463 45580
Sub-Totais (Watts)
Potência Total (Watts) 47043
Fonte: Elaborada pela autora com base em informações do SomaSUS <www.saude.gov.br/somasus>.

Tabela 24 – Cálculo de potência dos equipamentos e pontos de luz considerados para


os ambientes Farmácia e Guarda de Materiais e Insumos

Equipamento

Total (Watts)
Quantidade

Luz (Watts)
Potência p/

Pontos de

Potência
(Watts)
Ambientes Equipamentos

Aquecedor Portátil de Ambiente 1 1000 140 2970


Computador 1 300
Geladeira 1 300
Farmácia
Impressora 1 350
Leitor de código de barras (apenas sensor digital) 1 200
No Break 1 820
Guarda de Materias
8
e Insumos
Potência Sub-Totais (Watts) 148 2970
Potência Total (Watts) 3118
Fonte: Elaborada pela autora com base em informações do SomaSUS <www.saude.gov.br/somasus>.

Em seguida, depois de totalizadas as potências (Kw), foram calculados os consumos


diário, mensal e anual, cujos critérios considerados foram: 8 horas, 22 dias e 12 meses,
respectivamente.

77
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Tabela 25 – Resultados dos cálculos de consumo de energia (diário, mensal e anual) de


UBS, comparando-se a Portaria nº 2.226/2009 e Manual do DAB
Potência Consumo Diário Consumo Mensal Consumo Anual
UBS Porte I
Total (Kw) em Kw (8hs) em Kw (22 dias) em Kw (12 meses)

Portaria 2226/2009 47,04 376,35 8279,60 99355,24

Manual DAB 3,12 24,94 548,77 6585,22

Fonte: Elaborada pela autora.

4.3 Resultados

Depois de estimados os consumos diário, mensal e anual, cujos critérios considerados


foram: 8 horas, 22 dias e 12 meses, respectivamente, a partir das tarifas do Sinapi, foram
calculados os custos mensais e anuais de água e energia nos anos de 2010 e 2011, para uma
UBS Porte I, segundo a Portaria MS/GM n° 2.226/2009e o Manual de Estrutura Física das
Unidades Básicas de Saúde.
Tabela 26 – Custos indiretos de água e energia para UBS Porte I, comparando-se a
Portaria nº 2.226/2009 e Manual do DAB, nos períodos de 2010 e 2011
Custos Consumo Consumo Tarifas Média Custo
UBS Porte I Ano Custo Anual
Indiretos Mensal Anual Nacional Mensal
2010 R$ 8,30 R$ 580,08 R$ 6.961,00
Água (m³) 69,89 838,68
Portaria nº 2011 R$ 8,63 R$ 603,15 R$ 7.237,77
2.226/2009 2010 R$ 0,44 R$ 3.643,03 R$ 43.716,30
Energia (Kw/h) 8279,60 99355,24
2011 R$ 0,46 R$ 3.808,62 R$ 45.703,41
2010 R$ 8,30 R$ 3,65 R$ 43,82
Água (m³) 0,44 5,28
2011 R$ 8,63 R$ 3,80 R$ 45,57
Manual DAB
2010 R$ 0,44 R$ 241,46 R$ 2.897,50
Energia (Kw/h) 548,77 6585,22
2011 R$ 0,46 R$ 252,43 R$ 3.029,20
2010 R$ 8,30 R$ 583,74 R$ 7.004,83
Água (m³) 70,33 843,96
2011 R$ 8,63 R$ 606,94 R$ 7.283,33
Totais
2010 R$ 0,44 R$ 3.884,48 R$ 46.613,80
Energia (Kwh) 8828,37 105940,45
2011 R$ 0,46 R$ 4.061,05 R$ 48.732,61
Fonte: Elaborado pela autora.

No caso do consumo de água, foram utilizados dois parâmetros: por ponto de água
e per capita, conforme critérios estabelecidos na RDC-50. De acordo com os resultados

78
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

obtidos foi possível constatar que o consumo mensal, conforme preconiza a RDC-50 foi
de 36,08 m³ e correspondeu a aproximadamente 51% em relação à estimativa do consumo
mensal por ponto de água de 70,33 m³.
Tabela 27 – Custos mensais e anuais de água considerando pontos de água e RDC-50,
no período de 2010 e 2011
Custos Sinapi Consumo Consumo Tarifas Média Custo
UBS Porte I Ano Custo Anual
Água (m3) Mensal Anual Nacional Mensal
2010 PONTOS DE R$ 8,30 R$ 583,74 R$ 7.004,83
70,33 843,96
2011 ÁGUA R$ 8,63 R$ 606,94 R$ 7.283,33
Totais
2010 R$ 8,30 R$ 299,46 R$ 3.593,57
RDC-50 36,08 432,96
2011 R$ 8,63 R$ 311,37 R$ 3.736,44
Fonte: Elaborado pela autora.

Em relação às tarifas utilizadas houve uma variação das tarifas médias nacional de
aproximadamente 3,98% na tarifa de água e 4,55% na tarifa de energia.
Tabela 28 – Custos indiretos de água e energia, com respectivos consumos mensais e
anuais, tarifas média nacional, no período de 2010 a 2011
Tarifas Média
Nacional

UBS Custos Consumo Consumo Custo Variação Tarifas


Ano Custo Anual
Porte I Indiretos Mensal Anual Mensal Média Nacional

2010 R$ 8,30 R$ 583,74 R$ 7.004,83


ÁGUA (m3) 70,33 843,96 3,98%
2011 R$ 8,63 R$ 606,94 R$ 7.283,33
Totais
2010 Energia R$ 0,44 R$ 3.884,48 R$ 46.613,80
8828,37 105940,45 4,55%
2011 (Kwh) R$ 0,46 R$ 4.061,05 R$ 48.732,61
Fonte: Elaboração pela autora.

A metodologia utilizada permitiu desagregar as informações para estimar os custos


por região, conforme demonstrados nas tabelas a seguir:
Tabela 29 – Tarifas de água por região brasileira no período de janeiro a novembro
de 2010 (exceto fevereiro/2010) e respectivos cálculos das tarifas médias
mensal e anual, bem como custos mensal e anual por região
Custo Sinapi - 2010
‘00014583’ TARIFA “A” ENTRE 0 E 20m³ FORNECIMENTO D’AGUA - m³
Média Custo
Média Custo Anual
Região Data por Média Mensal Mensal por
Anual por Região
região Região
CENTRO-OESTE 8,33 R$ 585,85 R$ 7.030,19
JANEIRO/2010 8,23 8,30
NORTE 8,14 R$ 572,49 R$ 6.869,83
continua

79
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

continuação
Custo Sinapi - 2010
‘00014583’ TARIFA “A” ENTRE 0 E 20m³ FORNECIMENTO D’AGUA - m³
Média Custo
Média Custo Anual
Região Data por Média Mensal Mensal por
Anual por Região
região Região
SUDESTE 9,27 R$ 651,96 R$ 7.823,51
JANEIRO/2010 8,23
SUL 7,19 R$ 505,67 R$ 6.068,07
CENTRO-OESTE 9,94 R$ 699,08 R$ 8.388,96
NORDESTE 8,9 R$ 625,94 R$ 7.511,24
NORTE MARÇO/2010 11,54 9,24 R$ 811,61 R$ 9.739,30
SUDESTE 8,14 R$ 572,49 R$ 6.869,83
SUL 7,67 R$ 539,43 R$ 6.473,17
CENTRO-OESTE 8,52 R$ 599,21 R$ 7.190,54
NORDESTE ABRIL/2010 10,03 8,96 R$ 705,41 R$ 8.464,92
SUL 8,33 R$ 585,85 R$ 7.030,19
NORDESTE 8,33 R$ 585,85 R$ 7.030,19
NORTE MAIO/2010 8,39 8,35 R$ 590,07 R$ 7.080,82
SUL 8,33 R$ 585,85 R$ 7.030,19
CENTRO-OESTE 8,52 R$ 599,21 R$ 7.190,54
NORDESTE 8,57 R$ 602,73 R$ 7.232,74
NORTE JUNHO/2010 7,76 8,06 R$ 545,76 R$ 6.549,13
SUDESTE 7,81 8,30 R$ 549,28 R$ 6.591,33
SUL 7,63 R$ 536,62 R$ 6.439,41
CENTRO-OESTE 8,52 R$ 599,21 R$ 7.190,54
NORDESTE 6,94 R$ 488,09 R$ 5.857,08
NORTE JULHO/2010 7,73 7,57 R$ 543,65 R$ 6.523,81
SUDESTE 7,85 R$ 552,09 R$ 6.625,09
SUL 6,81 R$ 478,95 R$ 5.747,37
CENTRO-OESTE 8,52 R$ 599,21 R$ 7.190,54
NORDESTE 8,59 R$ 604,13 R$ 7.249,62
NORTE AGOSTO/2010 8,14 8,25 R$ 572,49 R$ 6.869,83
SUDESTE 7,85 R$ 552,09 R$ 6.625,09
SUL 8,14 R$ 572,49 R$ 6.869,83
CENTRO-OESTE 8,61 R$ 605,54 R$ 7.266,50
NORDESTE 8,58 R$ 603,43 R$ 7.241,18
NORTE SETEMBRO/2010 7,65 8,18 R$ 538,02 R$ 6.456,29
SUDESTE 7,81 R$ 549,28 R$ 6.591,33
SUL 8,27 R$ 581,63 R$ 6.979,55
continua

80
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

conclusão
Custo Sinapi - 2010
‘00014583’ TARIFA “A” ENTRE 0 E 20m³ FORNECIMENTO D’AGUA - m³
Média Custo
Média Custo Anual
Região Data por Média Mensal Mensal por
Anual por Região
região Região
CENTRO-OESTE 7,51 R$ 528,18 R$ 6.338,14
NORDESTE 8,58 R$ 603,43 R$ 7.241,18
NORTE NOVEMBRO/2010 7,62 7,87 8,30 R$ 535,91 R$ 6.430,98
SUDESTE 7,48 R$ 526,07 R$ 6.312,82
SUL 8,14 R$ 572,49 R$ 6.869,83
Fonte: <www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_des_urbano/Sinapi/index.asp>.

Tabela 30 – Tarifas de água por região brasileira no período de janeiro a dezembro


de 2011 (fevereiro e junho/2011) e respectivos cálculos das tarifas médias
mensal e anual, bem como custos mensal e anual por região
Custo Sinapi - 2011
‘00014583’ TARIFA “A” ENTRE 0 E 20m³ FORNECIMENTO D’AGUA - m³
Média Custo
Média Custo Anual
Região Data por Média Mensal Mensal por
Anual por Região
região Região
CENTRO-OESTE 8,51 R$ 598,51 R$ 7.182,10
NORDESTE 9,59 R$ 674,46 R$ 8.093,58
JANEIRO/2011 8,71
SUDESTE 8,51 R$ 598,51 R$ 7.182,10
SUL 8,23 R$ 578,82 R$ 6.945,79
CENTRO-OESTE 8,43 R$ 592,88 R$ 7.114,58
NORDESTE 8,62 R$ 606,24 R$ 7.274,94
NORTE MARÇO/2011 8,02 8,20 R$ 564,05 R$ 6.768,56
SUDESTE 7,67 R$ 539,43 R$ 6.473,17
SUL 8,27 R$ 581,63 R$ 6.979,55
8,63
CENTRO-OESTE 8,43 R$ 592,88 R$ 7.114,58
NORDESTE 8,62 R$ 606,24 R$ 7.274,94
NORTE ABRIL/2011 8,03 8,20 R$ 564,75 R$ 6.777,00
SUDESTE 7,67 R$ 539,43 R$ 6.473,17
SUL 8,27 R$ 581,63 R$ 6.979,55
CENTRO-OESTE 8,66 R$ 609,06 R$ 7.308,69
NORDESTE 8,75 R$ 615,39 R$ 7.384,65
MAIO/2011 8,37
NORTE 8,08 R$ 568,27 R$ 6.819,20
SUDESTE 7,98 R$ 561,23 R$ 6.734,80
continua

81
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão
Custo Sinapi - 2011
‘00014583’ TARIFA “A” ENTRE 0 E 20m³ FORNECIMENTO D’AGUA - m³
Média Custo
Média Custo Anual
Região Data por Média Mensal Mensal por
Anual por Região
região Região
CENTRO-OESTE 8,99 R$ 632,27 R$ 7.587,20
NORDESTE 9,15 R$ 643,52 R$ 7.722,23
NORTE JULHO/2011 8,14 8,52 R$ 572,49 R$ 6.869,83
SUDESTE 7,81 R$ 549,28 R$ 6.591,33
SUL 8,52 R$ 599,21 R$ 7.190,54
CENTRO-OESTE 8,99 R$ 632,27 R$ 7.587,20
NORDESTE 9,13 R$ 642,11 R$ 7.705,35
NORTE AGOSTO/2011 8,33 8,56 R$ 585,85 R$ 7.030,19
SUDESTE 7,81 R$ 549,28 R$ 6.591,33
SUL 8,52 R$ 599,21 R$ 7.190,54
CENTRO-OESTE 9,09 R$ 639,30 R$ 7.671,60
NORDESTE 9,4 R$ 661,10 R$ 7.933,22
NORTE SETEMBRO/2011 8,3 9,21 R$ 583,74 R$ 7.004,87
SUDESTE 10,74 R$ 755,34 R$ 9.064,13
SUL 8,52 R$ 599,21 R$ 7.190,54
8,63
CENTRO-OESTE 9,09 R$ 639,30 R$ 7.671,60
NORDESTE 9,32 R$ 655,48 R$ 7.865,71
NORTE OUTUBRO/2011 8,27 9,11 R$ 581,63 R$ 6.979,55
SUDESTE 10,36 R$ 728,62 R$ 8.743,43
SUL 8,52 R$ 599,21 R$ 7.190,54
CENTRO-OESTE 9,23 R$ 649,15 R$ 7.789,75
NORDESTE 9,42 R$ 662,51 R$ 7.950,10
NORTE NOVEMBRO/2011 8,41 8,71 R$ 591,48 R$ 7.097,70
SUDESTE 7,85 R$ 552,09 R$ 6.625,09
SUL 8,64 R$ 607,65 R$ 7.291,81
CENTRO-OESTE 9,23 R$ 649,15 R$ 7.789,75
NORDESTE 9,15 R$ 643,52 R$ 7.722,23
NORTE DEZEMBRO/2011 8,44 8,68 R$ 593,59 R$ 7.123,02
SUDESTE 7,95 R$ 559,12 R$ 6.709,48
SUL 8,64 R$ 607,65 R$ 7.291,81
Fonte: <www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_des_urbano/Sinapi/index.asp>.

82
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

Tabela 31 – Tarifas de consumo de energia por região brasileira no período de janeiro


a novembro de 2010 (exceto fevereiro/2010) e respectivos cálculos das
tarifas médias mensal e anual, bem como custos mensal e anual por região
Custo Sinapi - 2010
‘00014250’ TARIFA DE CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA COMERCIAL, BAIXA TENSAO - KWh
Média Custo
Média Custo Anual
Região Data por Média Mensal Mensal por
Anual por Região
região Região
CENTRO-OESTE 0,44 R$ 3.884,48 R$ 46.613,79
NORTE 0,43 R$ 3.796,20 R$ 45.554,39
JANEIRO/2010 0,44
SUDESTE 0,49 R$ 4.325,90 R$ 51.910,82
SUL 0,38 R$ 3.354,78 R$ 40.257,37
CENTRO-OESTE 0,53 R$ 4.634,89 R$ 55.618,73
NORDESTE 0,47 R$ 4.149,33 R$ 49.792,01
NORTE MARÇO/2010 0,61 0,49 R$ 5.385,31 R$ 64.623,67
SUDESTE 0,43 R$ 3.796,20 R$ 45.554,39
SUL 0,41 R$ 3.575,49 R$ 42.905,88
CENTRO-OESTE 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
NORDESTE 0,53 R$ 4.679,04 R$ 56.148,43
SUL ABRIL/2010 0,44 0,46 R$ 3.884,48 R$ 46.613,79
NORDESTE 0,44 R$ 3.884,48 R$ 46.613,79
NORTE 0,44 R$ 3.913,91 R$ 46.966,93
SUL 0,44 0,44 R$ 3.884,48 R$ 46.613,79
CENTRO-OESTE 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
NORDESTE MAIO/2010 0,45 0,43 R$ 3.997,99 R$ 47.975,88
NORTE 0,41 R$ 3.619,63 R$ 43.435,58
SUDESTE 0,41 R$ 3.641,70 R$ 43.700,43
SUL 0,40 R$ 3.560,78 R$ 42.729,31
CENTRO-OESTE 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
NORDESTE JUNHO/2010 0,46 0,43 R$ 4.021,81 R$ 48.261,76
NORTE 0,41 R$ 3.607,02 R$ 43.284,24
SUDESTE 0,42 R$ 3.663,77 R$ 43.965,28
SUL 0,36 R$ 3.178,21 R$ 38.138,56
CENTRO-OESTE 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
NORDESTE JULHO/2010 0,45 0,42 R$ 4.005,87 R$ 48.070,47
NORTE 0,43 R$ 3.796,20 R$ 45.554,39
SUDESTE 0,42 R$ 3.663,77 R$ 43.965,28
continua

83
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão
Custo Sinapi - 2010
‘00014250’ TARIFA DE CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA COMERCIAL, BAIXA TENSAO - KWh
Média Custo
Média Custo Anual
Região Data por Média Mensal Mensal por
Anual por Região
região Região
SUL 0,43 R$ 3.796,20 R$ 45.554,39
CENTRO-OESTE 0,46 R$ 4.016,91 R$ 48.202,90
NORDESTE AGOSTO/2010 0,45 0,43 R$ 4.002,19 R$ 48.026,33
NORTE 0,40 R$ 3.569,18 R$ 42.830,21
SUDESTE 0,41 R$ 3.641,70 R$ 43.700,43
SUL 0,44 R$ 3.855,05 R$ 46.260,66
CENTRO-OESTE 0,40 R$ 3.501,92 R$ 42.023,04
NORDESTE SETEMBRO/2010 0,45 0,42 0,44 R$ 4.002,19 R$ 48.026,33
NORTE 0,40 R$ 3.556,57 R$ 42.678,86
SUDESTE 0,40 R$ 3.487,21 R$ 41.846,47
SUL 0,43 R$ 3.796,20 R$ 45.554,39
CENTRO-OESTE 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
NORDESTE NOVEMBRO/2010 0,51 0,45 R$ 4.473,04 R$ 53.676,49
SUDESTE 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
SUL 0,44 R$ 3.840,34 R$ 46.084,09
FONTE: Banco de dados extraídos do link (http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programa_
des_urbano/Sinapi/index.asp)

Tabela 32 – Custo mensal e anual de consumo de energia elétrica por região no período
de março a dezembro de 2011 (exceto junho/2011), calculados com base
na tarifa média anual
Custo Sinapi - 2011
‘00014250’ TARIFA DE CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA COMERCIAL, BAIXA TENSAO - KWh
Média Custo
Média Custo Anual
Região Data por Média Mensal Mensal por
Anual por Região
região Região
CENTRO-OESTE 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
NORDESTE 0,46 R$ 4.061,05 R$ 48.732,60
NORTE MARÇO/2011 0,42 0,44 R$ 3.707,92 R$ 44.494,98
SUDESTE 0,41 R$ 3.619,63 R$ 43.435,58
SUL 0,44 R$ 3.884,48 R$ 46.613,79
0,46
CENTRO-OESTE 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
NORDESTE 0,46 R$ 4.061,05 R$ 48.732,60
NORTE ABRIL/2011 0,42 0,44 R$ 3.707,92 R$ 44.494,98
SUDESTE 0,41 R$ 3.619,63 R$ 43.435,58
SUL 0,44 R$ 3.884,48 R$ 46.613,79
continua

84
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

conclusão
Custo Sinapi - 2011
‘00014250’ TARIFA DE CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA COMERCIAL, BAIXA TENSAO - KWh
Média Custo
Média Custo Anual
Região Data por Média Mensal Mensal por
Anual por Região
região Região
CENTRO-OESTE 0,46 R$ 4.061,05 R$ 48.732,60
NORDESTE 0,46 R$ 4.061,05 R$ 48.732,60
MAIO/2011 0,46
NORTE 0,43 R$ 3.796,20 R$ 45.554,39
SUDESTE 0,42 R$ 3.707,92 R$ 44.494,98
CENTRO-OESTE 0,48 R$ 4.237,62 R$ 50.851,41
NORDESTE 0,48 R$ 4.237,62 R$ 50.851,41
NORTE JULHO/2011 0,43 0,45 R$ 3.796,20 R$ 45.554,39
SUDESTE 0,41 R$ 3.619,63 R$ 43.435,58
SUL 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
CENTRO-OESTE 0,48 R$ 4.237,62 R$ 50.851,41
NORDESTE 0,48 R$ 4.237,62 R$ 50.851,41
NORTE AGOSTO/2011 0,44 0,45 R$ 3.884,48 R$ 46.613,79
SUDESTE 0,41 R$ 3.619,63 R$ 43.435,58
SUL 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
CENTRO-OESTE 0,48 R$ 4.237,62 R$ 50.851,41
NORDESTE 0,50 R$ 4.414,19 R$ 52.970,22
NORTE SETEMBRO/2011 0,44 0,49 R$ 3.884,48 R$ 46.613,79
0,46
SUDESTE 0,57 R$ 5.032,17 R$ 60.386,05
SUL 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
CENTRO-OESTE 0,48 R$ 4.237,62 R$ 50.851,41
NORDESTE 0,49 R$ 4.325,90 R$ 51.910,82
NORTE OUTUBRO/2011 0,44 0,48 R$ 3.884,48 R$ 46.613,79
SUDESTE 0,55 R$ 4.855,60 R$ 58.267,24
SUL 0,45 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
CENTRO-OESTE 0,49 R$ 4.325,90 R$ 51.910,82
NORDESTE 0,50 R$ 4.414,19 R$ 52.970,22
NORTE NOVEMBRO/2011 0,44 0,46 R$ 3.884,48 R$ 46.613,79
SUDESTE 0,42 R$ 3.707,92 R$ 44.494,98
SUL 0,46 R$ 4.061,05 R$ 48.732,60
CENTRO-OESTE 0,49 R$ 4.325,90 R$ 51.910,82
NORDESTE 0,48 R$ 4.237,62 R$ 50.851,41
NORTE DEZEMBRO/2011 0,45 0,49 R$ 3.972,77 R$ 47.673,20
SUDESTE 0,42 R$ 3.707,92 R$ 44.494,98
SUL 0,46 R$ 4.061,05 R$ 48.732,60
FONTE: Banco de dados extraídos do link (http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programa_
des_urbano/Sinapi/index.asp)

85
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

4.4 Conclusões

Uma Unidade Básica de Saúde Porte I gastou, em 2010, R$ 4.468,22 por mês com
água e energia, custo que se eleva para R$ 53.618,63 por ano. No ano seguinte, o custo
aumentou para R$ 4.668,00 ao mês, o que corresponde a R$ 56.015,94 no ano.
Tabela 33 – Custos mensal e anual do consumo de água e energia elétrica em UBS
Porte I, no nos anos de 2010 e 2011
UBS Porte I Ano Custos Sinapi Custo Mensal Custo Anual
2010 R$ 4.468,22 R$ 53.618,63
Totais Água e Energia
2011 R$ 4.668,00 R$ 56.015,94
Fonte: Elaborada pela autora.

A energia é o item de maior peso na conta: do custo total, a água representou


13,06%; a energia foi responsável pelos 86,94% restantes. A participação de cada item no
custo manteve-se estável nos anos de 2010 e 2011.
Tabela 34 – Custos mensal e anual do consumo de água e energia elétrica em UBS, com
base em dados do Sinapi, nos anos de 2010 e 2011
Custos Sinapi Ano Custo Mensal Custo Anual Percentual
2010 R$ 583,74 R$ 7.004,83 13,06%
Água (m³)
2011 R$ 606,94 R$ 7.283,33 13,00%
2010 R$ 3.884,48 R$ 46.613,80 86,94%
Energia (Kw/h)
2011 R$ 4.061,05 R$ 48.732,61 87,00%
Fonte: Elaborada pela autora.

Finalmente, a partir dos custos mensal e anual por região, respectivamente para os
anos de 2010 e 2011, foi possível identificar as regiões que apresentaram as tarifas mínimas
e máximas de água e energia:
Tabela 35 – Custo de tarifas praticadas para água e energia elétrica por região no
período de 2010 e 2011
Tarifas Tarifas Tarifas
Custos
Ano Média Mínima Região Data Máxima Região Data
Indiretos
Nacional Nacional Nacional
2010 Água R$ 8,30 R$ 6,81 SUL JULHO/2010 R$ 11,54 NORTE MARÇO/2010
2011 (m3) R$ 8,63 R$ 7,67 SUDESTE ABRIL/2011 R$ 10,74 SUDESTE SETEMBRO/2011
2010 Energia R$ 0,44 R$ 0,36 SUL JULHO/2010 R$ 0,61 NORTE MARÇO/2010
2011 (Kwh) R$ 0,46 R$ 0,41 SUDESTE AGOSTO2011 R$ 0,57 SUDESTE SETEMBRO/2011
Fonte: Elaborada pela autora.

86
Estudos de Custos dos Equipamentos 5
Médico-Hospitalares em Atenção
Básica no ano de 2010 e 2011

5.1 Introdução

No Brasil, a Atenção Primária (AP) é a porta de entrada do usuário no sistema de


saúde público, o Sistema Único de Saúde (SUS). Verifica-se a urgência e a relevância de
estudos, não só sobre a necessidade da introdução de tecnologias avançadas, mas também
sobre o seu correto gerenciamento, para que estejam em perfeitas condições de uso de
forma a atender à população nos serviços de saúde (GOMES; DALCOL, 2001).

Dando continuidade ao estudo abordado no Capítulo 4, o presente capítulo tem por


objetivo estudar os custos de manutenção e de depreciação dos equipamentos médico-
hospitalares (EMH) e materiais permanentes (MP) utilizados em Atenção Básica, tendo
como base os registros dos anos de 2010 e 2011. Utilizou-se como parâmetro a Portaria do
MS/GM nº 2.226/2009 – que dispõe sobre a Política Nacional da Atenção Básica (Pnab)6,
acrescidos dos equipamentos dos ambientes previstos no Manual de Estrutura Física das
Unidades Básicas de Saúde – Saúde de Família.

A resolução nº 8, de 27 de agosto de 2008, da Fundação Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (IBGE), prevê três componentes para a Unidade Básica de Saúde
(UBS), todos eles relacionados com o número de habitantes do município. São eles:

I – Componente I: implantação de UBS em Municípios com população de até


50.000 (cinquenta mil) habitantes;

II – Componente II: implantação de UBS em Municípios com população de 50.001


(cinquenta mil e um) a 100.000 (cem mil) habitantes; e

III – Componente III: implantação de UBS em Municípios com população acima de


100.001 (cem mil e um) habitantes (BRASIL, 2008).

Portaria nº 2.226, de 18 de setembro de 2009. Institui, no âmbito da Política Nacional de Atenção Básica, o Plano
6

Nacional de Implantação de Unidades Básicas de Saúde para Equipes de Saúde da Família.

87
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

A Portaria nº 2.226/2009 prevê dois portes para as UBS a serem construídos/


financiados. Sendo assim, o Plano Nacional de Implantação de UBS para Equipes de Saúde
da Família (ESF), apresenta:

I – UBS Porte I – destinada e apta a abrigar 1 (uma) Equipe de Saúde da Família


(ESF), com área mínima de 153,24m2.

II – UBS Porte II – destinada e apta abrigar, no mínimo, 3 (três) Equipes de Saúde


da Família (ESF), com área mínima de 293,28m2 (BRASIL, 2009).

Neste estudo são considerados os seguintes conceitos de alguns termos técnicos:

• Vida Ativa: Tempo de uso efetivo de um equipamento (GERHK).

• Vida Útil: Tempo que um equipamento pode funcionar antes de se tornar


obsoleto (GERHK).

• Vida Básica: Modelo estatístico que permite estimar o limite de uso do


equipamento, sem que apresente falha por fadiga (horas de operação com
confiabilidade) (GERHK);

• Custo do Ciclo de Vida (CCV): É o gasto total ao longo da vida do equipamento,


incluindo não só o preço de compra, mas também os custos operacionais
(consumo de energia elétrica e manutenção) descontados pelo tempo de
compra do produto (GERHK).

• Depreciação: É a perda de valor de um bem no decorrer do tempo, pelo


desgaste natural com o uso, pela ação da natureza e pela obsolescência
(GERHK).

• Custos Fixos: São aqueles que não variam, independentemente do nível de


atividade da empresa. O custo fixo é, efetivamente, fixo apenas em relação
a um intervalo de atividade, dentro do qual a organização não precisa
fazer alterações na sua capacidade produtiva (HORNGREN, 1986). Como
exemplos de itens de custos fixos temos: mão de obra, depreciação de
equipamentos e aluguel de prédios.

• Custos Variáveis: São os custos que variam, de algum modo, de acordo com
o nível de atividade operacional (THUESEN; FABRYCKY, 2001). É o caso, por
exemplo, dos insumos, cujo volume de aquisição necessário pode variar de
acordo com o ritmo da produção. Dessa forma, a quantidade consumida
pode levar à alteração dos preços praticados pelos fornecedores. Como
exemplos, podemos citar os medicamentos e os filmes radiológicos.

88
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

Pretende-se, com esta pesquisa, apresentar os custos de depreciação e de


manutenção dos EMHs e MP, previstos em UBS.

5.2 Metodologia

Na literatura, há poucas informações sobre os custos de depreciação e de


manutenção de EMH e MP. Dessa forma, optou-se neste trabalho pelo desenvolvimento
de memoriais de cálculos baseados em banco de dados do Ministério da Saúde, normas e
estudos utilizados para estimar os custos de aquisição, de depreciação e de manutenção
anual, de acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (Pnab)7 e a Relação Nacional de
Ações e Serviços de Saúde (Renases8).

As tabelas de nº 40 a 53 referem-se aos ambientes e seus respectivos EMH e MP.


Foram utilizados os parâmetros da Portaria nº 2.226/2009 (tabelas de n° 40 a 50) e do Manual
de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde – Manual do DAB (tabelas de nº 51 a 53),
referente à UBS Porte I, registrado nos anos de 2010 e 2011. Essas tabelas supracitadas são
compostas por ambientes e seus respectivos EMH e MP, bem como pelos quantitativos
que foram validados pelo Departamento de Atenção Básica (DAB), apresentadas a seguir:
Tabela 36 – Estrutura mínima para projetos de Unidades Básicas de Saúde (UBS) Porte I

AMBIENTE QUANTIDADE MÍNIMA


Recepção 1
Sala de espera – pode ser com a recepção, desde que a soma dos ambientes
1
atinja a área total mínima de 24 m2
Consultório indiferenciado 2
Consultório odontológico 1
Sala de procedimentos 1
Sala exclusiva de vacinas 1
Sala de curativos 1
Sala de reuniões 1
Copa/cozinha 1
Área de depósito de materiais de limpeza 1
continua

7
Pnab – A Política Nacional de Atenção Básica foi regulamentada na Portaria nº 2.488 de 21 de outubro de 2011. Esta
portaria aborda as diretrizes e as normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF)
e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs) no Sistema Único de Saúde (SUS). Fonte: <189.28.128.100/dab/
docs/publicacoes/geral/pnab.pdf>.
8
Renases – Compreende todas as ações e serviços que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece ao usuário, para
atendimento da integralidade da assistência à saúde (BRASIL, 2012).

89
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão
AMBIENTE QUANTIDADE MÍNIMA
Sanitário para o público, adaptado para deficientes físicos 1
Banheiro para funcionários 1
Sala de utilidades/apoio à esterilização (caso o projeto não preveja uma Central
1
de Materiais e Esterilização)
Depósito de lixo 1
Abrigo de resíduos sólidos (expurgo) 1
Fonte: Portaria MS/GM nº 2.226/2009, de 18 de setembro de 2009.

Tabela 37 – Ambientes não contemplados na Portaria MS/GM nº 2.226/2009

AMBIENTE QUANTIDADE MÍNIMA


Farmácia 1
Guarda de Materiais de Insumos 1
Unidade Móvel para Transporte de Equipes 1
Fonte: Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde – Saúde da Família, 2ª edição / 2008.

De acordo com a Pnab, uma Equipe da Saúde da Família (ESF) é composta por um
médico, um enfermeiro (carga horária do médico e/ou enfermeiro de 40 horas semanais),
um auxiliar de Enfermagem e um grupo de quatro agentes comunitários da saúde (ACS). A
quantidade de agentes pode chegar a 12. Além de uma ESF, neste trabalho será considerada
uma Equipe da Saúde Bucal (ESB) que, a depender da modalidade, é composta por um
cirurgião-dentista, um técnico em Saúde Bucal e um auxiliar de Saúde Bucal. Neste estudo,
adotou-se como parâmetro para uma UBS Porte I uma equipe composta por dez pessoas,
assim distribuída (Tabela 38):
Tabela 38 – Relação de profissionais que compõem a Equipe da Saúde da Família (ESF)

EQUIPE SAÚDE DA FAMÍLIA UBS PORTE I


Médico 1
Enfermeiro 1
Auxiliar de Enfermagem 1
Agentes comunitários de saúde 4
Cirurgião-dentista 1
Técnico em Saúde Bucal 1
Auxiliar de Saúde Bucal 1
TOTAL 10
Fonte: Portaria MS/GM nº 2.488/2011, de 21 de outubro de 2011.

A cobertura populacional estimada para uma ESF é de 3 mil habitantes, sendo


considerado, para efeito de cálculo, 100 atendimentos/dia.

90
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

Para parametrizar os valores dos EMH e MP, foi utilizado o Programa de Cooperação
Técnica em Informações Técnicas e Econômicas (Procot) e a Relação Nacional de
Equipamentos e Materiais Permanentes do SUS (Renem) – programas do Ministério da
Saúde que possuem bancos de dados com informações técnicas e econômicas. Por meio
desse banco de dados, foram pesquisados as estimativas dos valores unitários de aquisição
praticados nos anos de 2010 e 2011 para cada EMH e MP, como: valor modal, mínimo e
máximo de cada EMH e MP praticados nos anos de 2010 e 2011. Entretanto, alguns itens
que não constavam nessa lista (primeira coluna das tabelas de n° 40 a 53) como maca,
câmera fotográfica, retroprojetor, polimerizador de enzimas e bancada inox, tiveram os
preços extraídos de sites especializados. O valor utilizado como base de cálculo foi o valor
modal, pois foram os valores mais aprovados nos financiamentos no período pelo MS.
Uma vez que, cada EMH e MP contemplam diversas especificações de diversos valores, foi
padronizado o porte do equipamento, de acordo com a especificação técnica.

Os dados referentes às estimativas de depreciação anual foram consultados na


Secretaria da Receita Federal (Tabela 39), onde estabelece uma taxa anual de depreciação
para cada tipo de bens, assim como a vida útil:

De acordo com o artigo 183, § 2º da Lei nº 6.404/76:

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível


será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009).

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência;

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na


aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros
com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado (BRASIL, 1976).

As taxas anuais de depreciação admitidas pelo fisco para uso normal dos bens em
um turno de oito horas diárias estão definidas em Instruções Normativas dos anos de 1998
(nº 162) e 1999 (nº 130), de acordo com a Secretaria da Receita Federal, segue a tabela:

91
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Tabela 39 – Taxa anual de depreciação e vida útil de diferentes tipos de bens

Tipos Taxa Anual Vida Útil (em anos)


Edificações 4% 25
Máquinas e equipamentos 10% 10
Instalações 10% 10
Móveis e Utensílios 10% 10
Veículos 20% 5
Computadores e Periféricos 20% 5
Fonte: <www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/Ant2001/1998/in16298.htm>.

Dessa forma, os EMHs e MP possuem uma depreciação anual de 10%, veículos 20%, e
computadores 20%. Os percentuais são aplicados aos valores de custo inicial de aquisição
(valor modal) e resultam nas estimativas unitárias e totais (coluna 8 e 9), respectivamente
(no caso da coluna 9, o valor total é a multiplicação da coluna 8 pelo quantitativo da
segunda coluna).

Na ausência de literatura sobre as estimativas de custo de manutenção, foram


estudadas duas categorias: a primeira, composta por equipamentos que não possuem
componente elétrico, e a segunda que possui, arbitrando-se os percentuais de 5% e 10% para
serem aplicados sobre os valores de aquisição dos EMH e MP, conforme o caso (coluna 10
das tabelas de nº 40 a 53). Assim como foi calculado na depreciação, os valores unitário e
total também foram calculados para as estimativas de custos de manutenção, conforme
segue a coluna 11 e 12 das tabelas supracitadas.

No entanto, deve-se observar que os EMH e MP habitualmente possuem garantia de


fábrica de um ano, não sendo representativo o custo de manutenção no primeiro ano, visto
que as instituições não terão gastos com manutenção no período de garantia, ressalvo
quando for por mau uso.

A seguir serão apresentadas as tabelas de nº 40 a 50, de acordo com a Portaria


MS/GM nº 2.226/2009, e as tabelas de nº 51 a 53, se referem aos ambientes ainda não
contemplados, mas previstos no Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde.

92
Tabela 40 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, depreciação e de manutenção de EMH e MP do
ambiente Sala de Recepção em UBS – Porte 1

AMBIENTE - SALA DE RECEPÇÃO


1 ESF OU EAB ESTIMATIVA DA ESTIMATIVA DA MANUTENÇÃO
ESTIMATIVA
EQUIPAMENTOS MÉDICOS (MÉDICO* E/OU DEPRECIAÇÃO ANUAL ANUAL
DO VALOR
HOSPITALARES - (EMH) E ENFERMEIRO

R$
R$
UNITÁRIO

- R$
MATERIAIS PERMANENTES CARGA HORÁRIA
(MODAL)

-%
-%

- R$
- R$
- R$
- R$

(MP) TOTAL ATÉ 40

TOTAL
TOTAL

VALOR TOTAL
ESTIMATIVA DO

VALOR MÍNIMO
R$

VALOR MÁXIMO
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO

HORAS)
Ar-condicionado ou ventilador
1 979,00 500,00 6.000,00 979,00 10% 97,90 97,90 10% 97,90 97,90
de teto
Armário 1 566,00 200,00 790,00 566,00 10% 56,60 56,60 5% 28,30 28,30
Arquivo 1 580,00 300,00 1.200,00 580,00 10% 58,00 58,00 5% 29,00 29,00
Bebedouro 2 556,00 200,00 1.000,00 1.112,00 10% 55,60 111,20 5% 27,80 55,60
cadeira 1 105,00 50,00 240,00 105,00 10% 10,50 10,50 5% 5,25 5,25
Cadeira de rodas adulto 2 1.000,00 260,00 1.400,00 2.000,00 10% 100,00 200,00 5% 50,00 100,00
Cadeira de rodas com
1 1.500,00 810,00 2.200,00 1.500,00 10% 150,00 150,00 5% 75,00 75,00
capacidade para até 250kg
Computador Desktop (Básico) 2 1.941,00 1.800,00 2.000,00 3.882,00 20% 388,20 776,40 10% 194,10 388,20
Impressora Laser ou
1 800,00 600,00 15.000,00 800,00 20% 160,00 160,00 10% 80,00 80,00
Multifuncional
Leitor de código de barras
2 288,00 300,00 1.800,00 576,00 20% 57,60 115,20 10% 28,80 57,60
( apenas sensor digital)
Leitora Biométrica 1 800,00 250,00 800,00 800,00 20% 160,00 160,00 10% 80,00 80,00
Longarina 10 361,00 200,00 620,00 3.610,00 10% 36,10 361,00 5% 18,05 180,50
Mesa de escritório 1 363,00 100,00 800,00 363,00 10% 36,30 36,30 5% 18,15 18,15
Mesa para Computador 1 284,00 150,00 500,00 284,00 10% 28,40 28,40 5% 14,20 14,20
No Break 1 1.082,00 265,00 2.000,00 1.082,00 20% 216,40 216,40 10% 108,20 108,20
Roteador Wireless 1 400,00 200,00 2.000,00 400,00 20% 80,00 80,00 10% 40,00 40,00
Switch 1 1.206,00 270,00 35.000,00 1.206,00 20% 241,20 241,20 10% 120,60 120,60
12.811,00 6.455,00 73.350,00 19.845,00 1.932,80 2.859,10 1.015,35 1.478,50
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

93
Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS (Data de Acesso: 05/2013).
Tabela 41 – UBS – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de

94
EMH e MP do ambiente Sala de Espera em UBS – Porte 1

AMBIENTE - SALA DE ESPERA

ESTIMATIVA DA DEPRECIAÇÃO ESTIMATIVA DA


ANUAL UNITÁRIO MANUTENÇÃO ANUAL
1 ESF OU EAB
EQUIPAMENTOS MÉDICOS (MÉDICO* E/ ESTIMATIVA
HOSPITALARES (EMH) E OU ENFERMEI- DO VALOR
MATERIAIS PERMANENTES RO CARGA HO- UNITÁRIO

TOTAL - R$
(MP) RÁRIA TOTAL (MODAL) R$

VALOR MÍNIMO R$
ATÉ 40 HORAS)

VALOR MÁXIMO R$
TOTAL - R$
TOTAL - R$

UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

UNITÁRIO - R$
UNITÁRIO - R$

ESTIMATIVA DO VALOR
Aquecedor Portátil de
1 85,00 100,00 180,00 85,00 10% 8,50 8,50 10% 8,50 8,50
Ambiente
Ar-condicionado ou
1 979,00 500,00 6.000,00 979,00 10% 97,90 97,90 10% 97,90 97,90
ventilador de teto

Bebedouro 1 556,00 200,00 1.000,00 556,00 10% 55,60 55,60 5% 27,80 27,80
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Cadeira de rodas adulto 2 1.000,00 260,00 1.400,00 2.000,00 10% 100,00 200,00 5% 50,00 100,00

Cadeira de rodas com


1 1.500,00 810,00 2.200,00 1.500,00 10% 150,00 150,00 5% 75,00 75,00
capacidade para até 250 kg
Computador Desktop
1 1.941,00 1.800,00 2.000,00 1.941,00 20% 388,20 388,20 10% 194,10 194,10
(Básico)
Leitor de código de barras
1 288,00 300,00 1.800,00 288,00 20% 57,60 57,60 10% 28,80 28,80
(apenas sensor digital)

Longarina 10 361,00 200,00 620,00 3.610,00 10% 36,10 361,00 5% 18,05 180,50

No Break 1 1.082,00 265,00 2.000,00 1.082,00 20% 216,40 216,40 10% 108,20 108,20

Televisor 1 1.425,00 690,00 2.400,00 1.425,00 10% 142,50 142,50 10% 142,50 142,50

9.217,00 5.125,00 19.600,00 13.466,00 1.252,80 1.677,70 750,85 963,30

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.
Tabela 42 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e MP
do ambiente Consultório Médico-Odontológico (2 unidades) em UBS – Porte 1

AMBIENTE - CONSULTÓRIO INDIFERENCIADO - CONSULTÓRIO MÉDICO-ODONTOLÓGICO (2 unidades)

1 ESF OU EAB ESTIMATIVA DA DEPRECIA- ESTIMATIVA DA MANUTEN-


(MÉDICO* E/OU ÇÃO ANUAL UNITÁRIO ÇÃO ANUAL
ESTIMATIVA
EQUIPAMENTOS MÉDICOS HOS- ENFERMEIRO
DO VALOR
PITALARES (EMH) E MATERIAIS CARGA
UNITÁRIO
PERMANENTES (MP) HORÁRIA

- R$
- R$

(MODAL) R$

ESTIMATIVA DO
TOTAL ATÉ

UNITÁRIO
UNITÁRIO

TOTAL - R$
TOTAL - R$

VALOR TOTAL - R$

VALOR MÍNIMO R$
VALOR MÁXIMO R$
UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

40 HORAS)

Ar-condicionado ou ventilador 2 979,00 500,00 6.000,00 1.958,00 10% 97,90 195,80 10% 97,90 195,80

Armário 2 566,00 200,00 790,00 1.132,00 10% 56,60 113,20 5% 28,30 56,60

Armário Vitrine 2 764,00 300,00 850,00 1.528,00 10% 76,40 152,80 5% 38,20 76,40

Biombo 2 307,00 200,00 1.300,00 614,00 10% 30,70 61,40 5% 15,35 30,70

Cadeira 2 105,00 50,00 240,00 210,00 10% 10,50 21,00 5% 5,25 10,50

Cadeiras com capacidade para


4 85,00 260,00 800,00 340,00 10% 8,50 34,00 5% 4,25 17,00
até 170 kg

Câmera Fotografica 2 400,00 250,00 600,00 800,00 10% 40,00 80,00 10% 40,00 80,00

Computador Desktop-Básico 2 1.941,00 1.800,00 2.000,00 3.882,00 20% 388,20 776,40 10% 194,10 388,20

Desfibrilador 2 5.500,00 4.000,00 7.000,00 11.000,00 10% 550,00 1100,00 10% 550,00 1.100,00

Escada com 2 degraus 2 191,00 90,00 220,00 382,00 10% 19,10 38,20 5% 9,55 19,10

Esfigmomanômetro 2 160,00 40,00 160,00 320,00 10% 16,00 32,00 5% 8,00 16,00

Esfigmomanômetro
2 120,00 60,00 120,00 240,00 10% 12,00 24,00 5% 6,00 12,00
pediátrico

Esfignomanômetro p/ obeso 2 240,00 90,00 240,00 480,00 10% 24,00 48,00 5% 12,00 24,00

Estetoscópio 2 96,00 25,00 200,00 192,00 10% 9,60 19,20 5% 4,80 9,60

Estetoscópio de Pinar 2 25,00 20,00 35,00 50,00 10% 2,50 5,00 5% 1,25 2,50
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

95
continua
conclusão

96
AMBIENTE - CONSULTÓRIO INDIFERENCIADO - CONSULTÓRIO MÉDICO-ODONTOLÓGICO (2 unidades)

1 ESF OU EAB ESTIMATIVA DA DEPRECIA- ESTIMATIVA DA


(MÉDICO* E/OU ÇÃO ANUAL UNITÁRIO MANUTENÇÃO ANUAL
ESTIMATIVA
EQUIPAMENTOS MÉDICOS HOS- ENFERMEIRO
DO VALOR
PITALARES (EMH) E MATERIAIS CARGA
UNITÁRIO
PERMANENTES (MP) HORÁRIA
(MODAL) R$

ESTIMATIVA DO
TOTAL ATÉ

VALOR TOTAL - R$
TOTAL - R$
TOTAL - R$

VALOR MÍNIMO R$
VALOR MÁXIMO R$
UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

UNITÁRIO - R$
UNITÁRIO - R$

40 HORAS)
Foco Refletor Ambulatorial
2 269,00 200,00 600,00 538,00 10% 26,90 53,80 5% 13,45 26,90

Impressora
2 800,00 600,00 15.000,00 1.600,00 20% 160,00 320,00 10% 80,00 160,00

Instrumentais -aço inoxidavel


2 8.000,00 8.000,00 12.000,00 16.000,00 10% 800,00 1600,00 5% 400,00 800,00

Lanterna clínica
2 99,00 25,00 100,00 198,00 10% 9,90 19,80 5% 4,95 9,90

Mesa de escritório
2 363,00 100,00 800,00 726,00 10% 36,30 72,60 5% 18,15 36,30

Mesa de exames
2 496,00 250,00 2.000,00 992,00 10% 49,60 99,20 5% 24,80 49,60
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Mesa Ginecológica ou*


2 1.085,00 400,00 2.400,00 2.170,00 10% 108,50 217,00 5% 54,25 108,50

Mocho
2 437,00 100,00 500,00 874,00 10% 43,70 87,40 5% 21,85 43,70

Monitor Fetal/Detector Fetal


2 774,00 180,00 1.080,00 1.548,00 10% 77,40 154,80 10% 77,40 154,80

Negatoscópio
2 270,00 200,00 6.100,00 540,00 10% 27,00 54,00 5% 13,50 27,00

No Break
2 1.082,00 265,00 2.000,00 2.164,00 20% 216,40 432,80 10% 108,20 216,40

Oximetro de Pulso Portatil


2 1.016,00 1.000,00 4.500,00 2.032,00 10% 101,60 203,20 10% 101,60 203,20

Suporte de soro
2 196,00 50,00 550,00 392,00 10% 19,60 39,20 5% 9,80 19,60

* O total de mesa ginecologica + mesa de exames


não podera ser superior a 2, 3 , 4, 5 26.366,00 19.255,00 68.185,00 52.902,00 3.018,90 6.054,80 1.942,90 3.894,30

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.
Tabela 43 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e MP
do ambiente Consultório Odontológico em UBS – Porte 1

AMBIENTE - CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

ESTIMATIVA DA DEPRECIA- ESTIMATIVA DA


1 ESF OU EAB
ESTIMATIVA ÇÃO ANUAL UNITÁRIO MANUTENÇÃO ANUAL
(MÉDICO* E/OU
EQUIPAMENTOS MÉDICOS HOSPI- DO VALOR
ENFERMEIRO
TALARES (EMH) E MATERIAIS UNITÁRIO
CARGA HORÁRIA
PERMANENTES (MP) (MODAL)
TOTAL ATÉ 40

ESTIMATIVA DO
R$

TOTAL - R$
TOTAL - R$

VALOR TOTAL - R$

VALOR MÍNIMO R$
HORAS)

VALOR MÁXIMO R$
UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

UNITÁRIO - R$
UNITÁRIO - R$

Amalgamador Odontológico 1 771,00 630,00 910,00 771,00 10% 77,10 77,10 10% 77,10 77,10

Aquecedor portatil de ambiente 1 85,00 100,00 180,00 85,00 10% 8,50 8,50 10% 8,50 8,50

Ar-condicionado 1 979,00 500,00 6.000,00 979,00 10% 97,90 97,90 10% 97,90 97,90

Armário 1 566,00 200,00 790,00 566,00 10% 56,60 56,60 5% 28,30 28,30

Armário vitrine 1 764,00 300,00 850,00 764,00 10% 76,40 76,40 5% 38,20 38,20

autoclave (odontologica) 1 4.829,00 1.600,00 7.000,00 4.829,00 10% 482,90 482,90 10% 482,90 482,90

Balde 1 66,00 40,00 330,00 66,00 10% 6,60 6,60 5% 3,30 3,30

Cadeira Odontológica Completa


2 7.704,00 5.500,00 10.100,00 15.408,00 10% 770,40 1540,80 10% 770,40 1.540,80
(equipo /sugador / refletor)
Cadeiras com capacidade
2 85,00 260,00 800,00 170,00 10% 8,50 17,00 5% 4,25 8,50
para até 170 kg

Compressor de ar 1 1.500,00 400,00 2.000,00 1.500,00 10% 150,00 150,00 10% 150,00 150,00

Compressor Odontológico 1 1.738,00 1.600,00 3.150,00 1.738,00 10% 173,80 173,80 10% 173,80 173,80

Computador 1 1.941,00 1.800,00 2.000,00 1.941,00 20% 388,20 388,20 10% 194,10 194,10

Instrumentais de aço inoxidável 1 8.000,00 8.000,00 12.000,00 8.000,00 10% 800,00 800,00 5% 400,00 400,00

Jato de Bicarbonato 1 950,00 400,00 1.200,00 950,00 10% 95,00 95,00 10% 95,00 95,00
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

continua

97
conclusão

98
AMBIENTE - CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

ESTIMATIVA DA DEPRECIAÇÃO ESTIMATIVA DA


1 ESF OU EAB
ANUAL UNITÁRIO MANUTENÇÃO ANUAL
EQUIPAMENTOS MÉDICOS (MÉDICO* E/OU ESTIMATIVA
HOSPITALARES (EMH) E ENFERMEIRO DO VALOR
MATERIAIS CARGA HORÁRIA UNITÁRIO
PERMANENTES (MP) TOTAL ATÉ 40 (MODAL) R$

ESTIMATIVA DO
TOTAL - R$
TOTAL - R$

VALOR TOTAL - R$

VALOR MÍNIMO R$
HORAS)

VALOR MÁXIMO R$
UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

UNITÁRIO - R$
UNITÁRIO - R$

Mesa auxiliar
1 662,00 120,00 700,00 662,00 10% 66,20 66,20 5% 33,10 33,10

Mesa de computador
1 284,00 150,00 500,00 284,00 10% 28,40 28,40 5% 14,20 14,20

Mesa de escritório
1 363,00 100,00 800,00 363,00 10% 36,30 36,30 5% 18,15 18,15

Mocho
2 437,00 100,00 500,00 874,00 10% 43,70 87,40 5% 21,85 43,70

Negatoscópio
1 270,00 200,00 6.100,00 270,00 10% 27,00 27,00 5% 13,50 13,50

No Break
1 1.082,00 265,00 2.000,00 1.082,00 20% 216,40 216,40 10% 108,20 108,20
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Polimerizador de resinas
2 950,00 700,00 1.200,00 1.900,00 10% 95,00 190,00 10% 95,00 190,00

Ultrassom
1 1.608,00 450,00 2.500,00 1.608,00 10% 160,80 160,80 10% 160,80 160,80

35.634,00 23.415,00 61.610,00 44.810,00 3.865,70 4.783,30 2.988,55 3.880,05

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013).
Tabela 44 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e MP
do ambiente Sala de Procedimento em UBS – Porte 1

AMBIENTE - SALA DE PROCEDIMENTO

1 ESF OU EAB ESTIMATIVA DA


ESTIMATIVA DA MANUTENÇÃO
(MÉDICO* DEPRECIAÇÃO ANUAL UNI-
EQUIPAMENTOS ESTIMATIVA ANUAL
E/OU TÁRIO
MÉDICOS DO VALOR
ENFERMEIRO
HOSPITALARES (EMH) UNITÁRIO
CARGA
E MATERIAIS (MODAL)

TOTAL - R$
HORÁRIA
PERMANENTES (MP) R$

VALOR MÍNIMO R$
TOTAL ATÉ

VALOR MÁXIMO R$
TOTAL - R$
TOTAL - R$

ESTIMATIVA DO VALOR
UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

UNITÁRIO - R$
UNITÁRIO - R$

40 HORAS)
Aquecedor Portátil
1 85,00 100,00 180,00 85,00 10% 8,50 8,50 10% 8,50 8,50
de Ambiente
Ar condicionado 1 979,00 500,00 6.000,00 979,00 10% 97,90 97,90 10% 97,90 97,90

Armário 2 566,00 200,00 790,00 1.132,00 10% 56,60 113,20 5% 28,30 56,60

Armário Vitrine 1 764,00 300,00 850,00 764,00 10% 76,40 76,40 5% 38,20 38,20
Balança
1 983,00 400,00 1.600,00 983,00 10% 98,30 98,30 10% 98,30 98,30
Antropometrica Adulto
Balança Antropometrica
1 983,00 400,00 1.600,00 983,00 10% 98,30 98,30 10% 98,30 98,30
Pediatrica
Balança capacidade
1 1.000,00 600,00 2.000,00 1.000,00 10% 100,00 100,00 10% 100,00 100,00
de 300 Kg
Central de nebulização 1 1.254,00 700,00 5.800,00 1.254,00 10% 125,40 125,40 5% 62,70 62,70
Cilindro de Gases
2 1.154,00 600,00 1.950,00 2.308,00 10% 115,40 230,80 5% 57,70 115,40
Medicinais
Desfibrilador Externo
1 5.500,00 4.000,00 7.000,00 5.500,00 10% 550,00 550,00 10% 550,00 550,00
Automático (DEA)
Eletrocardiógrafo 1 6.527,00 2.500,00 8.000,00 6.527,00 10% 652,70 652,70 10% 652,70 652,70

Esfigmomanômetro Adulto 2 160,00 40,00 160,00 320,00 10% 16,00 32,00 5% 8,00 16,00
Esfigmomanômetro
2 120,00 60,00 120,00 240,00 10% 12,00 24,00 5% 6,00 12,00
Pediatrico
Esfignomanômetro
1 240,00 90,00 240,00 240,00 10% 24,00 24,00 5% 12,00 12,00
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

p/ obeso

99
continua
conclusão

100
AMBIENTE - SALA DE PROCEDIMENTO

ESTIMATIVA DA
1 ESF OU EAB ESTIMATIVA DA MANUTENÇÃO
DEPRECIAÇÃO ANUAL UNI-
(MÉDICO* ANUAL
EQUIPAMENTOS ESTIMATIVA TÁRIO
E/OU
MÉDICOS DO VALOR
ENFERMEIRO
HOSPITALARES (EMH) UNITÁRIO
CARGA
E MATERIAIS (MODAL)

TOTAL - R$
HORÁRIA
PERMANENTES (MP) R$

VALOR MÍNIMO R$
TOTAL ATÉ

VALOR MÁXIMO R$
TOTAL - R$
TOTAL - R$

ESTIMATIVA DO VALOR
UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

UNITÁRIO - R$
UNITÁRIO - R$

40 HORAS)

Estetoscópio 2 96,00 25,00 200,00 192,00 10% 9,60 19,20 5% 4,80 9,60

Foco Refletor
2 269,00 200,00 600,00 538,00 10% 26,90 53,80 5% 13,45 26,90
Ambulatorial

Laringoscopio Adulto 2 726,00 300,00 2.000,00 1.452,00 10% 72,60 145,20 5% 36,30 72,60

Laringoscópio
2 726,00 300,00 2.000,00 1.452,00 10% 72,60 145,20 5% 36,30 72,60
pediátrico

Longarina 1 361,00 200,00 620,00 361,00 10% 36,10 36,10 5% 18,05 18,05
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Mesa de exames 1 496,00 250,00 2.000,00 496,00 10% 49,60 49,60 5% 24,80 24,80

Maca/Cama com
1 2.500,00 1.500,00 3.950,00 2.500,00 10% 250,00 250,00 5% 125,00 125,00
capacidade para até 300 kg

Nebulizador portátil 2 152,00 70,00 200,00 304,00 10% 15,20 30,40 10% 15,20 30,40

Oxímetro de Pulso 1 1.016,00 1.000,00 4.500,00 1.016,00 10% 101,60 101,60 10% 101,60 101,60

Reanimador Manual
2 198,00 80,00 300,00 396,00 10% 19,80 39,60 5% 9,90 19,80
Adulto (Ambu)
Reanimador Manual
2 198,00 80,00 300,00 396,00 10% 19,80 39,60 5% 9,90 19,80
Pediátrico (Ambu)

Suporte de soro 2 196,00 50,00 550,00 392,00 10% 19,60 39,20 5% 9,80 19,60

27.249,00 14.545,00 53.510,00 31.810,00 2.724,90 3.181,00 2.223,70 2.459,35

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.
Tabela 45 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e MP
do ambiente Sala de Vacina em UBS – Porte 1

AMBIENTE - SALA DE VACINA

ESTIMATIVA DA
1 ESF OU EAB ESTIMATIVA DA
DEPRECIAÇÃO ANUAL UNI-
EQUIPAMENTOS MÉDICOS (MÉDICO* E/OU ESTIMATIVA MANUTENÇÃO ANUAL
TÁRIO
HOSPITALARES (EMH) E ENFERMEIRO DO VALOR
MATERIAIS CARGA HORÁRIA UNITÁRIO
PERMANENTES (MP) TOTAL ATÉ (MODAL) R$

-%
-%

- R$
- R$

LOR TOTAL - R$

VALOR MÍNIMO R$
40 HORAS)

VALOR MÁXIMO R$
ESTIMATIVA DO VA-
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO

TOTAL - R$
TOTAL - R$

Ar-condicionado 1 979,00 500,00 6.000,00 979,00 10% 97,90 97,90 10% 97,90 97,90

Armário 1 566,00 200,00 790,00 566,00 10% 56,60 56,60 5% 28,30 28,30

Armário Vitrine 1 764,00 300,00 850,00 764,00 10% 76,40 76,40 5% 38,20 38,20

Arquivo 2 580,00 300,00 1.200,00 1.160,00 10% 58,00 116,00 5% 29,00 58,00

Balde 1 66,00 40,00 330,00 66,00 10% 6,60 6,60 5% 3,30 3,30

Cadeira 1 105,00 50,00 240,00 105,00 10% 10,50 10,50 5% 5,25 5,25

Computador Desktop (Básico) 1 1.941,00 1.800,00 2.000,00 1.941,00 20% 388,20 388,20 10% 194,10 194,10

Geladeira para Conservação


1 920,00 700,00 1.800,00 920,00 10% 92,00 92,00 10% 92,00 92,00
de Vacinas (1 Porta)

Impressora 1 800,00 600,00 15.000,00 800,00 20% 160,00 160,00 10% 80,00 80,00

Maca 1 2.500,00 1.500,00 3.950,00 2.500,00 10% 250,00 250,00 5% 125,00 125,00

Mesa de escritório 1 363,00 100,00 800,00 363,00 10% 36,30 36,30 5% 18,15 18,15

No Break 1 1.082,00 265,00 2.000,00 1.082,00 20% 216,40 216,40 10% 108,20 108,20

10.666,00 6.355,00 34.960,00 11.246,00 1.448,90 1.506,90 819,40 848,40


Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

101
Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.
Tabela 46 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e MP,

102
considerando o ambiente Sala de Curativo em UBS – Porte 1

AMBIENTE - SALA DE CURATIVO

1 ESF OU EAB ESTIMATIVA


ESTIMATIVA DA
(MÉDICO* ESTIMATIVA DADEPRECIAÇÃO
MANUTENÇÃO ANUAL
EQUIPAMENTOS MÉDICOS HOSPITA- E/OU DO VALOR ANUAL UNITÁRIO
LARES (EMH) E MATERIAIS PERMA- ENFERMEIRO UNITÁRIO
NENTES (MP) CARGA (MODAL)

-%
-%

- R$
- R$
- R$
- R$

ESTIMATIVA DO
HORÁRIA TOTAL R$
TOTAL
TOTAL

VALOR TOTAL - R$

VALOR MÍNIMO R$
VALOR MÁXIMO R$
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO

ATÉ 40 HORAS)
Ar-condicionado 1 979,00 500,00 6.000,00 979,00 10% 97,90 97,90 10% 97,90 97,90
Armário 2 566,00 200,00 790,00 1.132,00 10% 56,60 113,20 5% 28,30 56,60
Armário Vitrine 1 764,00 300,00 850,00 764,00 10% 76,40 76,40 5% 38,20 38,20
Balde 1 66,00 40,00 330,00 66,00 10% 6,60 6,60 5% 3,30 3,30
Biombo 1 307,00 200,00 1.300,00 307,00 10% 30,70 30,70 5% 15,35 15,35
Braçadeira para Injeção 2 195,00 80,00 230,00 390,00 10% 19,50 39,00 5% 9,75 19,50
Cadeira 1 105,00 50,00 240,00 105,00 10% 10,50 10,50 5% 5,25 5,25
Carro de Curativos 2 1.236,00 250,00 1.450,00 2.472,00 10% 123,60 247,20 5% 61,80 123,60
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Escada com 2 degraus 1 191,00 90,00 220,00 191,00 10% 19,10 19,10 5% 9,55 9,55
Esfigmomanometro pediatrico 1 120,00 60,00 120,00 120,00 10% 12,00 12,00 5% 6,00 6,00
Esfimomanometro 2 160,00 40,00 160,00 320,00 10% 16,00 32,00 5% 8,00 16,00
Estetoscópio 2 96,00 25,00 200,00 192,00 10% 9,60 19,20 5% 4,80 9,60
Foco Refletor Ambulatorial 1 269,00 200,00 600,00 269,00 10% 26,90 26,90 5% 13,45 13,45
Instrumentais em aço inoxidável 1 8.000,00 8.000,00 12.000,00 8.000,00 10% 800,00 800,00 5% 400,00 400,00
Maca 1 2.500,00 1.500,00 3.950,00 2.500,00 10% 250,00 250,00 5% 125,00 125,00
Mesa de escritório 1 363,00 100,00 800,00 363,00 10% 36,30 36,30 5% 18,15 18,15
Mesa de exames 2 496,00 250,00 2.000,00 992,00 10% 49,60 99,20 5% 24,80 49,60
Oxigênio (Cilindro de gases medicinais) 1 1.154,00 600,00 1.950,00 1.154,00 10% 115,40 115,40 5% 57,70 57,70
Reanimador Manual (ambu) 1 198,00 80,00 300,00 198,00 10% 19,80 19,80 5% 9,90 9,90
Suporte de Soro 2 196,00 50,00 550,00 392,00 10% 19,60 39,20 5% 9,80 19,60
17.961,00 12.615,00 34.040,00 20.906,00 1.796,10 2.090,60 947,00 1.094,25

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.
Tabela 47 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e MP
do ambiente Sala de Reunião em UBS – Porte 1

AMBIENTE - SALA DE REUNIÃO / ACS

1 ESF OU EAB ESTIMATIVA DA


ESTIMATIVA DA
EQUIPAMENTOS (MÉDICO* DEPRECIAÇÃO ANUAL
MANUTENÇÃO ANUAL
MÉDICOS E/OU ESTIMATIVA DO UNITÁRIO
HOSPITALARES ENFERMEIRO VALOR UNITÁ-
(EMH) E CARGA RIO (MODAL)

TOTAL - R$
MATERIAIS HORÁRIA TOTAL R$

- R$
- R$

VALOR MÍNIMO R$
PERMANENTES (MP) ATÉ

VALOR MÁXIMO R$
UNITÁRIO
UNITÁRIO

TOTAL - R$
TOTAL - R$

ESTIMATIVA DO VALOR
UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

40 HORAS)
Ar-condicionado
1 979,00 500,00 6.000,00 979,00 10% 97,90 97,90 10% 97,90 97,90

Cadeira
12 105,00 50,00 240,00 1.260,00 10% 10,50 126,00 5% 5,25 63,00

Câmera Web
1 150,00 50,00 500,00 150,00 20% 30,00 30,00 10% 15,00 15,00
(Webcam)
Computador
1 1.941,00 1.800,00 2.000,00 1.941,00 20% 388,20 388,20 10% 194,10 194,10

Computador Portátil
1 2.901,00 1.800,00 3.000,00 2.901,00 20% 580,20 580,20 10% 290,10 290,10
(Notebook)
Mesa de Reunião
1 673,00 200,00 700,00 673,00 10% 67,30 67,30 5% 33,65 33,65

No Break
1 1.082,00 265,00 2.000,00 1.082,00 20% 216,40 216,40 10% 108,20 108,20

Projetor Multimídia
1 2.199,00 1.900,00 6.000,00 2.199,00 10% 219,90 219,90 10% 219,90 219,90

Retroprojetor
1 500,00 450,00 800,00 500,00 10% 50,00 50,00 10% 50,00 50,00

Tela de projeção
1 592,00 350,00 4.000,00 592,00 10% 59,20 59,20 5% 29,60 29,60

Televisão
1 1.425,00 690,00 2.400,00 1.425,00 10% 142,50 142,50 10% 142,50 142,50

12.547,00 8.055,00 27.640,00 13.702,00 1.862,10 1.977,60 1.186,20 1.243,95

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

103
Tabela 48 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e MP

104
do ambiente Copa/Cozinha em UBS – Porte 1

AMBIENTE - COPA / COZINHA

ESTIMATIVA DA ESTIMATIVA DA
1 ESF OU EAB
DEPRECIAÇÃO ANUAL UNITÁRIO MANUTENÇÃO ANUAL
EQUIPAMENTOS MÉDICOS (MÉDICO* E/OU ESTIMATIVA DO
HOSPITALARES (EMH) E ENFERMEIRO VALOR
MATERIAIS CARGA HORÁRIA UNITÁRIO

-%
-%

- R$
- R$

PERMANENTES (MP) TOTAL ATÉ (MODAL) R$

ESTIMATIVA DO
VALOR TOTAL - R$
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO

TOTAL - R$
TOTAL - R$

VALOR MÍNIMO R$
40 HORAS)

VALOR MÁXIMO R$
Armário 1 566,00 200,00 790,00 566,00 10% 56,60 56,60 5% 28,30 28,30

GELADEIRA / REFRIGERADOR 1 1.462,00 350,00 1.700,00 1.462,00 10% 146,20 146,20 10% 146,20 146,20

2.028,00 550,00 2.490,00 2.028,00 202,80 202,80 174,50 174,50

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.

Tabela 49 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e MP


Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

do ambiente Sala para Material de Limpeza/DML em UBS – Porte 1

AMBIENTE - SALA PARA MATERIAL DE LIMPEZA / DML

ESTIMATIVA DA ESTIMATIVA DA
1 ESF OU EAB
DEPRECIAÇÃO ANUAL UNITÁRIO MANUTENÇÃO ANUAL
EQUIPAMENTOS MÉDICOS (MÉDICO* E/OU ESTIMATIVA DO
HOSPITALARES (EMH) E ENFERMEIRO VALOR
MATERIAIS CARGA HORÁRIA UNITÁRIO
-%
-%

- R$
- R$

PERMANENTES (MP) TOTAL ATÉ (MODAL) R$


ESTIMATIVA DO
VALOR TOTAL - R$
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO

TOTAL - R$
TOTAL - R$

VALOR MÍNIMO R$
40 HORAS)
VALOR MÁXIMO R$

Armário 1 566,00 200,00 790,00 566,00 10% 56,60 56,60 5% 28,30 28,30

Suporte
1 392,00 80,00 450,00 392,00 10% 39,20 39,20 5% 19,60 19,60
de Hamper

958,00 280,00 1.240,00 958,00 95,80 95,80 47,90 47,90

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.
Tabela 50 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e MP
do ambiente Sala de Utilidades/Apoio à Esterilização em UBS – Porte 1

AMBIENTE - SALA DE UTILIDADES / APOIO À ESTERILIZAÇÃO

1 ESF OU EAB ESTIMATIVA DA DEPRECIAÇÃO ESTIMATIVA DA MANUTENÇÃO


EQUIPAMENTOS (MÉDICO* E/OU ANUAL UNITÁRIO ANUAL
ESTIMATIVA DO
MÉDICOS ENFERMEIRO
VALOR
HOSPITALARES (EMH) E CARGA
UNITÁRIO
MATERIAIS HORÁRIA
(MODAL) R$

- R$
- R$

LOR TOTAL - R$
PERMANENTES (MP) TOTAL ATÉ

VALOR MÍNIMO R$
UNITÁRIO
UNITÁRIO

VALOR MÁXIMO R$
ESTIMATIVA DO VA-
TOTAL - R$
TOTAL - R$

40 HORAS)

UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

Armário
1 566,00 200,00 790,00 566,00 10% 56,60 56,60 5% 28,30 28,30

Autoclave Horizontal
1 4.829,00 1.600,00 7.000,00 4.829,00 10% 482,90 482,90 10% 482,90 482,90
até 45L
Cadeira
1 105,00 50,00 240,00 105,00 10% 10,50 10,50 5% 5,25 5,25

Bancada Inox
1 1.500,00 1.250,00 3.000,00 1.500,00 10% 150,00 150,00 5% 75,00 75,00

7.000,00 3.100,00 11.030,00 7.000,00 700,00 700,00 591,45 591,45

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

105
Tabela 51 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e MP

106
do ambiente Farmácia em UBS – Porte 1, não contemplado na Portaria MS/GM nº 2.226/2009

AMBIENTE - FARMÁCIA

1 ESF OU EAB ESTIMATIVA DA ESTIMATIVA DA


EQUIPAMENTOS
(MÉDICO* E/OU ESTIMATIVA DEPRECIAÇÃO ANUAL UNITÁRIO MANUTENÇÃO ANUAL
MÉDICOS
ENFERMEIRO DO VALOR
HOSPITALARES
CARGA HORÁRIA UNITÁRIO
(EMH) E MATERIAIS

-%
-%

- R$
- R$

TOTAL ATÉ 40 (MODAL) R$

ESTIMATIVA DO
PERMANENTES (MP)

VALOR TOTAL - R$
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO
UNITÁRIO

VALOR MÍNIMO R$
HORAS)

TOTAL - R$
TOTAL - R$

VALOR MÁXIMO R$
Aquecedor Portatil
1 85,00 100,00 180,00 85,00 10% 8,50 8,50 10% 8,50 8,50
de Ambiente

Ar-condicionado 1 979,00 500,00 6.000,00 979,00 10% 97,90 97,90 10% 97,90 97,90

Armário 1 566,00 200,00 790,00 566,00 10% 56,60 56,60 5% 28,30 28,30

Armário Vitrine 1 764,00 300,00 800,00 764,00 10% 76,40 76,40 5% 38,20 38,20

Cadeira 1 105,00 50,00 240,00 105,00 10% 10,50 10,50 5% 5,25 5,25
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Computador Desktop
1 1.941,00 1.800,00 2.000,00 1.941,00 20% 388,20 388,20 10% 194,10 194,10
(básico)

Estante 4 300,00 50,00 380,00 1.200,00 10% 30,00 120,00 5% 15,00 60,00

Geladeira ou frigobar 1 1.462,00 350,00 1.700,00 1.462,00 10% 146,20 146,20 10% 146,20 146,20

Impressora Laser ou
1 800,00 600,00 15.000,00 800,00 20% 160,00 160,00 10% 80,00 80,00
Multifuncional
Leitor de código de
barras ( apenas sensor 1 288,00 300,00 1.800,00 288,00 20% 57,60 57,60 10% 28,80 28,80
digital)

Mesa de escritório 1 363,00 100,00 800,00 363,00 10% 36,30 36,30 5% 18,15 18,15

No Break 1 1.082,00 265,00 2.000,00 1.082,00 20% 216,40 216,40 10% 108,20 108,20

8.735,00 4.615,00 31.690,00 9.635,00 1.284,60 1.374,60 768,60 813,60

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.
Tabela 52 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de EMH e
MP do ambiente Guarda de Materiais e Insumos em UBS – Porte 1, não contemplado na Portaria MS/
GM nº 2.226/2009

AMBIENTE - GUARDA DE MATERIAIS E INSUMOS

1 ESF OU EAB
ESTIMATIVA DA ESTIMATIVA DA
(MÉDICO*
EQUIPAMENTOS DEPRECIAÇÃO ANUAL UNITÁRIO MANUTENÇÃO ANUAL
E/OU ESTIMATIVA
MÉDICOS
ENFERMEIRO DO VALOR
HOSPITALARES (EMH)
CARGA UNITÁRIO
E MATERIAIS PERMA-

TOTAL - R$
HORÁRIA TOTAL (MODAL) R$

- R$
- R$

NENTES (MP)

VALOR MÍNIMO R$
ATÉ

VALOR MÁXIMO R$
UNITÁRIO
UNITÁRIO

TOTAL - R$
TOTAL - R$

ESTIMATIVA DO VALOR
UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

40 HORAS)
Estrado de plástico 1 100,00 75,00 200,00 100,00 10% 10,00 10,00 5% 5,00 5,00

Prateleira 1 150,00 80,00 300,00 150,00 10% 15,00 15,00 5% 7,50 7,50

250,00 155,00 500,00 250,00 25,00 25,00 12,50 12,50

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.

Tabela 53 – Estimativa de custos mínimos e máximos de aquisição, de depreciação e de manutenção de Unidades


Móveis para Transporte de Equipes (Veículo) – não contemplado na Portaria MS/GM nº 2.226/2009

AMBIENTE - UNIDADES MÓVEIS PARA TRANSPORTE DE EQUIPES

1 ESF OU EAB
ESTIMATIVA DA ESTIMATIVA DA
(MÉDICO*
EQUIPAMENTOS DEPRECIAÇÃO ANUAL UNITÁRIO MANUTENÇÃO ANUAL
E/OU ESTIMATIVA
MÉDICOS
ENFERMEIRO DO VALOR
HOSPITALARES (EMH)
CARGA UNITÁRIO
E MATERIAIS PERMA-
TOTAL - R$

HORÁRIA TOTAL (MODAL) R$


- R$
- R$

NENTES (MP)
ATÉ VALOR MÍNIMO R$
VALOR MÁXIMO R$
UNITÁRIO
UNITÁRIO

TOTAL - R$
TOTAL - R$

ESTIMATIVA DO VALOR
UNITÁRIO - %
UNITÁRIO - %

40 HORAS)
Veículo (5 lugares) 1 29.887,00 25.000,00 35.000,00 29.887,00 20% 5977,40 5977,40 10% 2.988,70 2.988,70

29.887,00 25.000,00 35.000,00 29.887,00 5.977,40 5.977,40 2.988,70 2.988,70

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em: 05/2013.
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

107
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

5.3 Resultados

A partir das estimativas dos valores de aquisição inicial (valores modais) foram
calculadas as estimativas totais da depreciação e da manutenção anual. O resultado indica
que, para montar uma UBS de Porte I, são necessários investimentos de R$ 258.445,00 para
aquisição de equipamentos e materiais permanentes. Em 2010 e 2011, esses itens sofreram
uma depreciação anual no valor total de R$ 32.506,60. Os custos anuais de manutenção
dos EMH e MP foram estimados em R$ 20.490,75. A Tabela 54 mostra os somatórios das
tabelas de nº 40 a 53.
Tabela 54 – Somatório das estimativas dos valores de aquisição, valores das estimativas
de depreciação e de manutenção anual total dos equipamentos e dos
materiais permanentes de UBS Porte I

Depreciação Anual Manutenção Anual


Fundamento

Valor Total de
Ambiente / Veículos Total
equipamentos
Alíquota Valor Total Alíquota Valor Total

Sala de recepção 19.845,00 10 e 20% 2.859,10 5 e 10% 1.478,50 4.337,60


Sala de Espera 13.466,00 10 e 20% 1677,70 5 e 10% 963,30 2.641,00
Consultório Indiferenciado e
52.902,00 10 e 20% 6.054,80 5 e 10% 3.894,30 9.949,10
Consultório Médico Odontológico
Consultorio Odontologico 44.810,00 10 e 20% 4.783,30 5 e 10% 3.880,05 8.663,80
Portaria 2.226/2009

Sala de Procedimento 31.810,00 10% 3.181,00 5 e 10% 2.459,35 5.640,35


Sala de Vacina 11.246,00 10 e 20% 1.506,90 5 e 10% 848,40 2.355,30
Sala de Curativo 20.906,00 10% 2.090,60 5 e 10% 1.094,25 3.184,85
Sala de Reunião / ACS 13.702,00 10 e 20% 1.977,60 5 e 10% 1.243,95 3.221,55
Copa / Cozinha 2.028,00 10% 202,80 5 e 10% 174,50 377,30
Sala para material de Limpeza / DML 958,00 10% 95,80 5% 47,90 143,70
Sala de utilidades / Apoio à esterilização 7.000,00 10% 700,00 5 e 10% 591,45 1.291,45
Subtotal 218.673,00 25.129,60 16.675,95 41.806,00
Farmácia 9.635,00 10 e 20% 1.374,60 5 e 10% 813,60 2.188,20
Manual DAB

Guarda de Materiais e insumos 250,00 10% 25,00 5 e 10% 12,50 37,5


Veiculos 29.887,00 20% 5.977,40 5 e 10% 2.988,70 4.483,05
Subtotal 39.772,00 7.377,00 3.814,80 6.708,75
258.445,00 32.506,60 20.490,75 48.514,75

Fonte: Elaborada pela autora com base na Portaria MS/GM nº 2.226/2009 e Programa Procot/MS. Acesso em:
05/2013.

De acordo com a Portaria MS/GM n° 2.226 e o Manual de Estrutura Física das Unidades
Básicas de Saúde, os valores totais de equipamentos são R$ 218.673,00 e R$ 39.772,00,
respectivamente. Os valores estimados para depreciação anual são de R$ 25.129,60 e

108
Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimento em Saúde

R$ 7.377,00; e para manutenção de R$ 16.675,95 e R$ 3.814,80, com base em dados dos


anos de 2010 e 2011 – Tabela 55.
Tabela 55 – Somatório dos valores estimados de aquisição dos equipamentos e dos
materiais permanentes e o custo anual de depreciação e de manutenção

Valor Total de Depreciação Manutenção


Instrumento
Equipamentos Anual Anual
Portaria MS/GM nº 2.226 R$ 218.673,00 R$ 25.129,60 R$ 16.675,95
Manual de Estrutura Física das UBS R$ 39.772,00 R$ 7.377,00 R$ 3.814,80
TOTAL R$ 258.445,00 R$ 32.506,60 R$ 20.490,75
Fonte: Elaborada pela autora.

Como as estimativas consideraram os valores de aquisição inicial, os valores totais


de equipamentos foram previstos em R$ 258.445,00. Para a depreciação e a manutenção,
foram estimados gastos de R$ 7.377,00 e R$ 20.490,75, respectivamente – Tabela 55.

Em síntese, o estudo observou que para equipar uma UBS nos anos de 2010 e 2011
seria necessário investimento mínimo de R$ 258.445,00. Ainda, observou-se que os bens
adquiridos apresentam uma depreciação anual estimada em 12,58% do custo total, bem
como um custo de manutenção estimado em 7,93% (por ano).

5.4 Conclusão

O presente Estudo de Custos de Equipamentos Médicos Hospitalares em Atenção


Básica foi realizado no âmbito do projeto “Necessidade de Financiamento da Atenção
Básica”, e teve como referencial de objeto a Portaria MS/GM n° 2.226 e o Manual de
Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde.

O estudo em questão considerou os custos de aquisição, de depreciação e de


manutenção dos Equipamentos Médico Hospitalares (EMH) e Materiais Permanentes (MP)
necessários para a programação da implantação de uma estrutura mínima de Unidade
Básica de Saúde (UBS), com base nos anos de 2010 e 2011.

Devido à carência de estudos disponíveis na literatura que tratem de assuntos sobre


custos de depreciação e de manutenção de EMH e MP, este trabalho foi realizado com base
no desenvolvimento de memoriais de cálculos baseados em bancos de dados do Ministério
da Saúde, além de normas e estudos para estimar os custos de aquisição, de depreciação e
de manutenção anual, de acordo com o escopo do projeto e também considerando o que
foi preconizado pela Política Nacional de Atenção Básica (Pnab) e a Relação Nacional de
Ações e Serviços de Saúde (Renases).

109
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

Uma das limitações identificadas neste estudo reside no fato de que as estimativas
de valores de aquisição utilizadas foram baseadas em especificações técnicas predefinidas
nos banco de dados utilizados como referência. Nesse caso, é preciso considerar que as
diferenças de porte, configuração, acessórios e tecnologia embarcada podem refletir em
variações significativas nos preços dos equipamentos médico-hospitalares.

Não obstante, os resultados encontrados neste estudo, com ênfase para as planilhas
de referência produzidas, representam um conjunto de estimativas de custos que se espera
poder servir de subsídio para planejamento de investimentos futuros em Unidades Básicas
de Saúde.

110
Posfácio

Atualmente, a gestão de tecnologias na área da Saúde é um desafio para os


gestores, tanto devido à complexidade dos processos (avaliação de tecnologias, gestão da
manutenção, gestão de resíduos etc.), quanto aos custos para manter essas tecnologias
acessíveis e seguras aos usuários. Cerca de 600 milhões de reais têm sido alocados
anualmente para instituições públicas e privadas vinculadas ao Sistema Único de Saúde
(SUS) para a aquisição de equipamentos e materiais permanentes (BRASIL, 2013).

Segundo dados do CNES, existem no País atualmente 77.627 EAS em funcionamento


na rede pública de saúde. Entretanto, não basta dispor de recursos suficientes para as
construções de estabelecimentos assistenciais de saúde, se não forem adotados cuidados
para garantir a sustentabilidade, a humanização e a manutenção desses espaços físicos.
Dessa forma, as unidades do SUS devem ser projetadas visando ao conforto, à qualidade e
à flexibilidade, considerando os aspectos ambientais, funcionais, construtivos e estéticos,
no intuito de oferecer um atendimento de qualidade aos usuários, à medida que seja
possível o desempenho adequado das atividades assistenciais desenvolvidas nos espaços
em saúde.

Na última década, estudos evidenciavam que aproximadamente 85% dos


equipamentos biomédicos do País funcionam fora das exigências mínimas dos fabricantes;
30% dos equipamentos estão sucateados devido a compras mal realizadas; 96% dos
equipamentos nunca sofreram manutenções preventivas; e apenas 2% dos hospitais
brasileiros possuem um setor de Engenharia Biomédica (SEBBE; ZÂNGARO, 2005).
Atualmente, não parece haver evidências de que esta situação seja tão diferente.

Assim, a fragilidade da gestão de equipamentos médico-hospitalares é uma questão


que deve tornar-se um dos focos estratégicos do Ministério da Saúde. Não obstante, ainda
de forma incipiente, esse Ministério vem desenvolvendo ferramentas para diagnosticar e
qualificar o investimento realizado em EMH. Os estudos apresentados nesta obra trazem
algumas metodologias que são colocados à disposição de gestores e profissionais de saúde.

A alocação adequada de equipamentos, o cuidado com o seu descarte após sua vida
útil, bem como os gastos com infraestrutura (água, energia elétrica) e manutenção são fatores
fundamentais a serem considerados no planejamento estratégico de unidades de saúde.

Dessa forma, espera-se que os estudos apresentados nesta publicação colaborem


com a disseminação da cultura de gestão de tecnologias em saúde e que os resultados
reflitam na melhoria dos serviços ofertados aos usuários da rede pública de saúde.

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121
Anexos

Anexo A – Resultados obtidos na análise documental

Tabela 3 – Resultado da análise documental de Manuais de Usuário de EMH cadastrado


no Banco de Dados de Produtos para a Saúde da Anvisa

Indica forma Indica descarte Indica descarte do Indica as


Equipamento Origem de descarte de peças e equipamento após normativas
de resíduos?* acessórios? sua vida útil? vigentes?
China Sim Não Sim Sim
Analisador Bioquímico Holanda Não Não Não Não
China Não Sim Não Não
Japão Sim Sim Sim Não
Aparelho de
Suécia Não Sim Não Não
Hemodiálise
França Não Sim Sim Não
Brasil Sim Sim Sim Não
Aparelho de Raios-X Alemanha Não Sim Sim Não
Japão Não Não Não Não
Brasil Não Sim Sim Não
Aspirador Cirúrgico Brasil Sim Não Não Sim
Brasil Não Não Não Não
Brasil Não se aplica Sim Sim Não
Bisturi Elétrico Brasil Não se aplica Não Não Não
Alemanha Não se aplica Sim Sim Não
Brasil Não se aplica Sim Sim Sim
Bomba de Infusão
França Não se aplica Não Sim Não
Volumétrica
Brasil Não se aplica Sim Sim Não
Brasil Não se aplica Sim Sim Não
Fototerapia Brasil Não se aplica Sim Não Não
EUA Não se aplica Sim Sim Não
Brasil Não se aplica Sim Sim Não
Incubadora Neonatal EUA Não se aplica Não Não Não
Argentina Não se aplica Não Não Não
continua

123
Ministério da Saúde / Organização Pan-Americana da Saúde

conclusão
Indica forma Indica descarte Indica descarte do Indica as
Equipamento Origem de descarte de peças e equipamento após normativas
de resíduos?* acessórios? sua vida útil? vigentes?
Alemanha Não se aplica Sim Sim Não
Monitor
Brasil Não se aplica Sim Não Não
Multiparâmetros
EUA Não se aplica Sim Sim Não
EUA Não Não Não Não
Osmose Reversa Argentina Não Não Não Não
Brasil Não Não Não Não
EUA Não Não Não Sim
Processadora
Alemanha Sim Não Sim Não
Radiológica
Brasil Sim Não Sim Não
Alemanha Não Não Não Não
Termodesinfectora Itália Não Não Não Não
Brasil Sim Não Sim Não
Brasil Sim Sim Sim Não
Ventilador Pulmonar Suíça Não Sim Não Não
Suécia Não Não Não Não
Japão Não Não Não Não
Videoendoscópio Alemanha Não Não Não Não
Alemanha Não Sim Sim Sim
*Resíduos químicos e biológicos.

124
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE
ISBN 978-85-334-2220-9

Ferramentas para Diagnóstico e Qualificação de Investimentos em Saúde


9 788533 422209

Série ECOS
Série ECOS
Economia da Saúde para
a Gestão do SUS

Ferramentas
para Diagnóstico
e Qualificação de
Investimentos em Saúde


Série ECOS •
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
Eixo 1

Eixo 1
www.saude.gov.br/bvs

Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde


www.saude.gov.br/bvs

Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
V. 4
www.saude.gov.br/bvs

Volume
Brasília – DF
2015

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