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Aula 02
Contabilidade Pública para Auditor do TCE/RJ
Sumário
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS ................................................................................................................. 3
RECEITA ORÇAMENTÁRIA ....................................................................................................................... 18
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS ........................................................................................................................................ 18
RECEITA ORÇAMENTÁRIA............................................................................................................................................ 19
INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS ............................................................................................................................. 20
CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA ...................................................................................... 23
EFETIVA X NÃO EFETIVA .............................................................................................................................................. 23
ORIGINÁRIAS X DERIVADAS ......................................................................................................................................... 24
CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA SEGUNDO O MCASP ................................................................................. 25
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA................................................................................................................... 25
CLASSIFICAÇÃO POR INDICADOR DE RESULTADO ............................................................................................................. 31
CLASSIFICAÇÃO POR FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS .................................................................................................. 31
PONTOS RELEVANTES SOBRE RECEITAS PÚBLICAS ........................................................................................................... 33
ESTÁGIOS DA RECEITA ........................................................................................................................... 35
PREVISÃO - PLANEJAMENTO ........................................................................................................................................ 35
A. LANÇAMENTO (EXECUÇÃO)..................................................................................................................................... 36
B. ARRECADAÇÃO (EXECUÇÃO) ................................................................................................................................... 37
C. RECOLHIMENTO (EXECUÇÃO) .................................................................................................................................. 37
CONTROLE E AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................ 37
REGIME DE CONTABILIZAÇÃO ................................................................................................................ 38
CONCEITO ................................................................................................................................................................ 38
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS REFERENTES À RECEITA ORÇAMENTÁRIA .............................................. 40
DEDUÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA ........................................................................................................................ 40
Restituição de tributos recebidos a maior ou indevidamente .................................................................................. 41
Renúncia de receitas ........................................................................................................................................... 43
Recursos cuja Tributação e Arrecadação Competem a um Ente da Federação, mas São Atribuídos a Outro(s) Ente(s)
.................................................................................................................................................................................... 45
IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE.......................................................................................................................... 46
TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS INTERGOVERNAMENTAIS ............................................................................................... 47
Registro das transferências.................................................................................................................................. 47
REMUNERAÇÃO DOS DEPÓSITOS BANCÁRIOS ................................................................................................................. 49
RECEITA ORÇAMENTÁRIA POR BAIXA DE DÍVIDA ATIVA INSCRITA ........................................................................................ 49
QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................................................... 51
LISTA DE QUESTÕES .............................................................................................................................. 92
GABARITO ............................................................................................................................................ 107
REFLEXÃO ............................................................................................................................................ 107
RESUMO DIRECIONADO ....................................................................................................................... 109
RESUMO DE PRINCÍPIOS ............................................................................................................................................ 109
RECEITAS PARA O MCASP ........................................................................................................................................ 110
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS VS INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS ................................................................................ 110
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS ............................................................................................................111
ESTÁGIOS DA RECEITA .............................................................................................................................................. 114
REGIME DE CONTABILIZAÇÃO..................................................................................................................................... 116
RESTITUIÇÕES DE TRIBUTOS RECEBIDOS A MAIOR OU INDEVIDAMENTE .............................................................................. 116
RENÚNCIA DE RECEITA ............................................................................................................................................... 117
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Olá, pessoal! Nesta e na próxima aula teórica veremos procedimentos contábeis orçamentários, que se
encontram na parte I do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público – MCASP. Isso quer dizer que
chegamos à parte da matéria que possui uma interseção com a disciplina de Administração Financeira e
Orçamentária – AFO. Ou seja, essas aulas podem ser duplamente úteis pra vocês!
Nesta aula veremos conceitos, classificações, regime de contabilização e estágios da receita orçamentária.
Princípios Orçamentários
Aspectos introdutórios
Pessoal, toda ciência costuma ser permeada de diretrizes e pressupostos básicos, ou seja, de princípios. Essa
parte inicial da Contabilidade Pública, que se aproxima bastante de Administração Financeira e Orçamentária –
AFO, não é diferente. Pelo contrário, há diversos princípios.
Mais coisas para decorar, professor?!?
Calma gente, antes de pensar negativamente, vamos lembrar que princípios de uma ciência formam as
diretrizes e proposições elementares, condicionando, assim, todos os conceitos subsequentes (Di Pietro, 2015).
Isso quer dizer que se os entendermos bem, teremos uma compreensão mais facilitada sobre os demais
assuntos, uma vez que o conhecimento das regras básicas estará solidamente incorporado.
A ideia por trás do orçamento público é a necessidade de fixar despesas e estimar receitas, uma vez que há
muitas demandas de gasto/investimento e escassez de recursos simultaneamente. Assim, surge a necessidade de
estabelecer prioridades para otimizar a alocação desses recursos. Exatamente como fazemos em nossas casas
consciente ou inconscientemente!
O que precisamos saber sobre a elaboração do orçamento público, é que todos os anos o Poder Executivo
elabora a proposta orçamentária, após consolidação da proposta dos demais Poderes, e envia para o Congresso
Nacional para análise, aprovação e posterior encaminhamento para sanção pelo Presidente da República.
Voltando aos princípios orçamentários, tenham em mente que eles são norteadores não apenas da
elaboração da proposta orçamentária anual, mas também de sua execução, controle e avaliação!
Entretanto, os princípios não possuem caráter absoluto, comportando diversas exceções, as quais são alvo
constante de cobrança em concursos públicos! Então, sem mais delongas, vamos agora estudar os tais princípios
orçamentários.
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Princípio da legalidade
Basicamente, o princípio da legalidade estabelece que o gestor público deve observar as normas legais
aplicáveis ao assunto em tela, nesse caso a execução financeira e orçamentária.
Nesse sentido, o orçamento anual é uma lei, a Lei Orçamentária Anual – LOA, apesar de ter conteúdo de
ato administrativo. O mesmo ocorre com as Diretrizes Orçamentárias – LDO e com o Plano Plurianual – PPA, e
eventuais alterações de todos esses normativos. Isso se encontra disciplinado na Constituição Federal, no art. 165.
Os normativos citados têm o poder de limitar a atuação do poder público, fazendo com que ele se atenha ao
disposto em lei, principalmente ao realizar despesas, garantindo, assim, que o interesse público se sobreponha à
eventual vontade pessoal dos gestores públicos.
Princípio da anualidade
É preciso um orçamento para cada ano, correto? Isso é o princípio da anualidade. Ele diz que o exercício
financeiro, período ao qual o orçamento público se refere, coincide com o ano civil (Lei nº 4320/1964, art. 34).
Contudo, há uma exceção! Os créditos especiais e extraordinários, os quais conceituaremos mais adiante,
abertos nos últimos QUATRO MESES do exercício, podem ser reabertos no exercício seguinte com seu saldo
remanescente (CF/1988, art. 167, §2º).
Por ora, é o bastante que você saiba que os créditos originalmente incluídos no orçamento anual
correspondem aos créditos ordinários e que qualquer alteração neles ao longo do exercício financeiro constitui
crédito adicional, sendo os créditos especiais e os extraordinários espécies do gênero crédito adicional.
Ok? Vamos ao próximo princípio.
Princípio da unidade/totalidade
Imagine que você e sua família tentassem fazer um orçamento e que cada integrante que recebe salário
fizesse seu próprio orçamento. Não daria certo, não é mesmo?
Visando evitar isso, o princípio da unidade/totalidade estabelece que o orçamento deve ser UNO dentro de
cada ente federativo, seja município, estado ou União, para cada exercício financeiro. Em outras palavras, para
cada exercício financeiro e cada ente federativo, só pode haver UM orçamento (CF/1988, art. 165 e Lei nº
4.320/1964, art. 2º).
Lei nº 4.320/1964:
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade,
universalidade e anualidade.
CF/1988
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria
do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público.
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À primeira vista isso parece óbvio, não é mesmo? Como poderia haver orçamentos paralelos dentro de um
mesmo ente federativo?
No entanto, esse princípio faz todo sentido se considerarmos que antes da Constituição de 1988 havia três
orçamentos (fiscal, monetário e das estatais), os quais não eram consolidados. Havia, portanto, uma situação
caótica do ponto de vista orçamentário.
Atualmente, como já mencionado, o orçamento é UNO. Todavia, a Carta Magna dispôs que a Lei
Orçamentária Anual contém:
• o Orçamento Fiscal;
• o Orçamento da Seguridade Social; e
• o Orçamento de Investimento.
Apesar disso, eles são consolidados e reunidos na Lei Orçamentária Anual – LOA, permitindo ao Ente uma
visão geral sobre o conjunto de suas finanças públicas.
Fique atento
Atenção! As bancas adoram cobrar a esse princípio! Não caia na “pegadinha” de que uma vez que há três
documentos formando a LOA, o orçamento deixa de ser o uno. O princípio da unidade/totalidade nos diz
que esses documentos são consolidados em uma única peça, a LOA.
(Cespe – DEPEN – 2015) O princípio orçamentário da unidade, que prescreve a formulação de um orçamento
único, não é observado pela Constituição Federal brasileira, que determina a existência dos orçamentos fiscal,
da seguridade social e de investimentos das estatais.
RESOLUÇÃO:
Dito e feito! A “pegadinha” clássica. Gente, a questão está errada, porque o orçamento anual (ou seja, a LOA)
é UNO, sendo formado por esses três documentos (orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos
das estatais). Ok?
Gabarito: ERRADO
Princípio da universalidade
Se você se dispusesse a fazer um orçamento familiar, não faria sentido deixar parte da remuneração e/ou das
despesas da família de fora, certo? Claro que a melhor maneira seria relacionar todas as receitas e despesas.
O princípio da universalidade traz justamente essa ideia, estabelecendo que o orçamento anual deve conter
todas as receitas e despesas que serão realizadas ao longo do exercício financeiro.
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A importância desse princípio está em que o Congresso Nacional, responsável pela aprovação do orçamento
anual e, portanto, pela autorização dos gastos, possa controlar eficazmente as finanças públicas. Esse princípio
está normatizado na Lei nº 4.320/1964, arts. 2º, 3º, e 4º. Vejamos:
Lei nº 4.320/1964:
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade
universalidade e anualidade.
A ideia é que esse princípio envolva o orçamento de todas as entidades do setor público, o que reforça o
controle do Congresso Nacional sobre o Executivo acerca da execução orçamentária e financeira.
No entanto, não enxerguem o orçamento como algo totalmente engessado. Ele é passível de alterações ao
longo do exercício, como veremos mais adiante.
Existem, inclusive, exceções a esse princípio trazidas pela doutrina e pela jurisprudência. Vejamos:
Cobrança de tributo instituído após a aprovação do orçamento e antes do início do exercício financeiro a
que ele e referir (Súmula STF 66).
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Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou
que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.
Gabarito: CERTO
Esse princípio também objetiva que o Congresso Nacional, representante do povo e responsável pela
aprovação da LOA, tome conhecimento correto dos valores do orçamento anual, propiciando um controle eficaz
das finanças públicas.
Lei nº 4.320/1964:
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer
deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no
orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.
RESOLUÇÃO:
Pessoal, essa questão está errada, por ser essa uma aplicação do princípio do orçamento bruto e não da
programação.
Princípio da exclusividade
O princípio da exclusividade estabelece que a lei orçamentária anual não tratará de matéria diversa ao
orçamento.
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Pode parecer estranho que algo tão óbvio precise ser normatizado, mas antigamente era comum que
diversas matérias estranhas ao orçamento fossem incluídas no projeto de lei orçamentária na esperança de que
fossem aprovadas rapidamente "pegando carona” no trâmite diferenciado que a lei orçamentária possui. Eram as
chamadas caudas orçamentárias ou orçamentos “rabilongos” (Feijó et al., 2013).
Esse princípio está normatizado na CF/1988, em seu art. 165, §8º: vamos ver:
Esse princípio costuma “chover” em prova. Vamos ver como ele costuma cair?
RESOLUÇÃO:
Gente, essa questão exigiu conhecimento acerca da exceção ao princípio da exclusividade. No entanto, ela
está errada justamente porque contraria o texto da exceção. Na verdade, a LOA abrange eventuais contratações
de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO). Vamos rever o dispositivo
constitucional que nos traz o princípio da exclusividade.
CF/1988, art. 165, § 8º: A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Gabarito: ERRADO
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Visando impedir situações desse tipo, o princípio da especificação veda a inclusão no orçamento anual de
créditos com valores globais, ou seja, genéricos/sem detalhamento.
A ideia por trás esse princípio é que o gasto público não pode estar sujeito à tamanha discricionariedade por
parte do gestor público. Ao contrário, é necessário que se conheçam as intenções do gestor ao fixar os gastos no
orçamento anual, facilitando o controle social e do Congresso Nacional sobre as finanças públicas.
O princípio da especificação encontra-se normatizado tanto na Lei nº 4.320/1964, quanto na CF/1988.
Vejamos:
Lei nº 4.320/1964:
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a
despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o
disposto no artigo 20 e seu parágrafo único.
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e
outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
Observação: atualmente, a LOA não traz detalhamento por elementos, mas por modalidade de aplicação
(desdobramento da despesa que veremos adiante). Esse entendimento é proveniente da Portaria
Interministerial nº 163/2001, art. 6º.
Reserva de contingência: dotação global para atender passivos contingentes e outras despesas
imprevistas.
Programas especiais de trabalho (Lei nº 4.320/1964, art. 20): programas classificados entre as Despesas
de Capital que, por sua natureza, não possam cumprir as normas gerais de execução da despesa, sendo
então custeados por dotações globais.
Agora vamos ver como esse assunto costuma ser exigido em prova:
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A) Periodicidade.
B) Unidade.
C) Universalidade.
D) Exclusividade.
E) Especificação.
RESOLUÇÃO:
A alternativa D) está errada. Na verdade, o princípio da exclusividade estabelece que o orçamento anual não
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
Por fim, a alternativa E) está certa. O princípio da especificação veda a concessão de créditos globais, ou
seja, genéricos, e ilimitados. Porém a Lei nº 4.320/1964 estabelece justamente a exceção mencionada no comando
da questão. Vejamos:
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu
parágrafo único. (princípio da especificação)
[...]
Art. 20, Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas
entre as Despesas de Capital. (exceção ao princípio da especificação).
Gabarito: LETRA E
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CF/1988:
Art. 167. São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto
da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades
da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem
como o disposto no § 4º deste artigo.
Note que o dispositivo que traz o princípio da não afetação de receitas de impostos traz consigo uma série
de exceções, as quais se referem a, por exemplo: Fundo de Participação dos Estados – FPE, Fundo de Participação
dos Municípios – FPM, Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, garantias de
antecipação de receitas orçamentárias etc.
Fique atento
Atenção para um detalhe importante! Que é objeto constante de cobrança em questões de concurso: o
princípio se aplica apenas a receita de impostos. Ou seja, não é válido para taxas e contribuições.
Vejamos como esse assunto é abordado em prova:
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RESOLUÇÃO:
A alternativa B) está errada, porque essa é a definição do princípio da legalidade. Mesmo assim não é a
definição mais adequada porque há como modificar a lei orçamentária anual.
A alternativa C) também está errada. Não há princípio orçamentário tratando dessa questão.
A alternativa D) está certa! O princípio da não afetação refere-se justamente às receitas de impostos.
A alternativa E) também está errada. Essa é uma decorrência dos princípios da universalidade e unidade.
Gabarito: LETRA D
Princípio do equilíbrio
A ideia desse princípio é bem simples. Ele preceitua que o orçamento anual, no momento de sua aprovação,
tenha equilíbrio entre suas receitas e despesas. Com isso, pretende-se deter um crescimento desordenado dos
gastos governamentais.
• Primeiro, porque o princípio não diz que o equilíbrio deve se manter ao longo da execução do
orçamento;
• Segundo, porque ele é seguido apenas formalmente, uma vez que o equilíbrio da proposta
orçamentária só pode ser mantido por meio de muitos empréstimos (operações de crédito), os quais
acabam por maquiar o “deficit” existente.
Além disso, a doutrina não é unânime acerca da sua previsão normativa. Parte dela afirma que o princípio do
equilíbrio não se encontra normatizado atualmente. Outra parte afirma que ele está normatizado na LRF, art. 4º,
inciso I, alínea a. Vejamos:
Vale mencionar que não é raro ver em questões de concurso uma associação do princípio do equilíbrio com
a chamada “Regra de Ouro” (CF/1988, art. 167, inciso III). Essa regra estabelece um equilíbrio entre as operações
de crédito e as despesas de capital e será melhor compreendida adiante neste, porém vamos enunciá-la aqui para
completar a explicação sobre o princípio do equilíbrio:
CF/1988:
Art. 167. São vedados:
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas
as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
Poder Legislativo por maioria absoluta;
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RESOLUÇÃO:
A alternativa A) está errada. O princípio do equilíbrio se aplica a todas as receitas e todas as despesas.
A alternativa E) está certa. O princípio do equilíbrio deve ser aferido no momento da aprovação do
orçamento.
Gabarito: LETRA E
Imagine que as receitas de um orçamento familiar fossem guardadas em diversos lugares: contas bancárias
diversas, cofre, gaveta, bolso, colchão... Isso tudo prejudicaria a contabilização de recursos disponíveis, bem como
o planejamento de gastos!
Justamente para evitar dificuldades similares na administração dos recursos públicos, o Princípio da Unidade
de Caixa ou Tesouraria estabelece que as receitas da UNIÃO devem ser recolhidas em Conta Única do Tesouro
Nacional, sendo vedada a fragmentação dos valores auferidos pela União em caixas especiais.
O fundamento desse princípio encontra-se no art. 56 da Lei nº 4.320/1964 e no art. 1º do Decreto Lei
93.872/86. Vejamos:
Lei nº 4.320/1964:
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de
tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
Decreto nº 93.872/1986:
Art. 1º A realização da receita e da despesa da União far-se-á por via bancária, em estrita observância ao
princípio de unidade de caixa.
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Vale dizer que a Conta Única do Tesouro fica no Banco Central – Bacen, mas é operacionalizada pelo Banco
do Brasil S/A. Ou seja, as ordens para movimentação dos recursos, processadas por meio do Sistema Integrado
de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI, são enviadas ao Banco do Brasil para serem cumpridas.
Os estados, DF e municípios também devem utilizar o mecanismo de conta única, tendo suas
disponibilidades financeiras depositadas e operacionalizadas por instituições financeiras controladas.
Fique atento
Segundo o art. 43 da LRF, os recursos de previdência ficarão em conta separada das disponibilidades
de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção
e prudência financeira.
Ou seja, é uma exceção ao princípio da unidade de caixa.
RESOLUÇÃO:
Na trave! Gente, o caixa único do Tesouro Nacional destina-se a efetivar o princípio orçamentário da
unidade DE CAIXA. Como o comando da questão se esqueceu disso, ela fica errada.
Gabarito: ERRADO
Essa é a ideia do princípio da proibição do estorno ou princípio do não estorno. Uma vez que o recurso
público é destinado para custear alguma despesa, e considerando que essa destinação foi aprovada pelo
Congresso Nacional, na forma da LOA, o gestor público não pode alterá-la sem autorização legislativa prévia.
Esse princípio veda a alteração de destinação, que pode ocorrer via transposição, remanejamento ou
transferência (conceitos cuja definição não vem ao caso em Contabilidade Pública), sem autorização legislativa
prévia.
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CF/1988:
Art. 167. São vedados:
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
A) pode ser realizada por decreto executivo sem a autorização legislativa, porém o remanejamento deve ter
a prévia autorização legislativa.
B) deve ter a prévia autorização legislativa, porém o remanejamento pode ser realizado por decreto
executivo sem a autorização legislativa.
C) e o remanejamento devem ter as suas prévias autorizações legislativas, porém a transferência pode ser
realizada por decreto executivo sem a autorização legislativa.
D) e o remanejamento, bem como a transferência, podem ser realizados por decreto executivo mesmo sem
a autorização legislativa.
E) e o remanejamento, bem como a transferência aberta por decreto executivo, devem ter a prévia
autorização legislativa.
RESOLUÇÃO:
Pessoal, para responder essa questão para sabermos o princípio da proibição do estorno. Vamos a ele:
CF/1988, Art. 167: São vedados:
Princípio da publicidade
Não faria sentido existir um orçamento anual se ele não fosse tornado público. Inclusive, como ele é aprovado
em forma de lei, a publicidade torna-se requisito para sua validade!
Além disso, o princípio da publicidade é um dos princípios fundamentais da Administração Pública (CF/1988,
art. 37).
Cumpre mencionar que a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal reforçou esse princípio, na medida em
que previu a publicação periódica de relatórios acerca da execução orçamentária e financeira, entre outros
assuntos correlatos.
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Possibilita e subsidia o controle social, uma vez que disponibiliza dados governamentais à sociedade. Esse
aspecto é, por vezes, tratado de forma apartada do princípio da publicidade como princípio da transparência.
Portanto, esteja preparado para a cobrança.
Princípio da clareza
Não faria sentido se orçamento familiar fosse incompreensível para boa parte de seus integrantes, certo? A
ideia do princípio da clareza é justamente impedir que situações assim ocorram.
Ele estabelece que a linguagem orçamentária deve ser clara e de fácil entendimento, de modo que as pessoas
comuns consigam compreender.
Logicamente, sua finalidade é facilitar o controle social do emprego dos recursos públicos.
O princípio do planejamento refere-se à obrigatoriedade de elaboração do Plano Plurianual – PPA, por meio
de lei, não sendo admitida sua formalização via Medida Provisória. Refere-se também à obrigatoriedade de
compatibilidade dos planos nacionais, regionais e setoriais com o PPA.
Esse entendimento foi reforçado com a edição da LRF, que prevê, em seu art. 1º que:
LRF:
Art. 1º, §1°: A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se
previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas [...].
Considerações gerais
A doutrina traz algumas classificações sobre os princípios orçamentários, tais como clássicos e
complementares, fundamentais e operacionais/funcionais, e substanciais.
Entretanto, tais classificações não costumam aparecer em prova, e quando aparecem, ao menos nas
questões dos últimos cinco anos, é necessário saber apenas o conceito e a aplicação dos princípios orçamentários
e não esses conceitos sobre classificação. Por essa razão essa classificação dos princípios foi suprimida.
Ufa! Depois de todos esses conceitos, vamos ver como eles costumam ser cobrados em prova e depois
seguiremos adiante!
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RESOLUÇÃO
A alternativa A) está errada, porque o princípio da discriminação veda a existência de créditos globais ou
ilimitados;
A alternativa B) está certa. Essa é justamente a definição do princípio da exclusividade trazida na CF/1988,
art. 165. §8º, tendo sido trazido sem suas exceções;
A alternativa C) está errada. O princípio da legalidade dispõe que o orçamento anual (LOA) e leis correlatas
(LDO e PPA) assumem forma de lei, devendo o gestor público se atentar para seus termos;
A alternativa D) também está errada. O princípio da não afetação de receita de impostos veda a vinculação
de receita de impostos. Todavia, devemos nos lembrar que existem diversas exceções;
Por fim, a alternativa E) está errada. O princípio da publicidade estabelece que a lei que aprova o orçamento
anual (LOA) deve ser publicada.
Gabarito: LETRA B
(Cespe – TCU – 2013) Acerca dos planos e orçamentos públicos, em particular no Brasil, julgue os itens
seguintes
As fundações educacionais públicas federais integram o orçamento da União, a exemplo das autarquias,
constituindo as instituições de ensino superior. Essa característica decorre da apl icação do princípio
orçamentário da universalidade.
RESOLUÇÃO:
Gente, as fundações públicas realmente integram o orçamento da União. Entretanto, isso não decorre do
princípio da universalidade. E sim do princípio da unidade/totalidade.
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto;
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III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
Por outro lado, o princípio da universalidade estabelece que o orçamento anual deve conter todas as
despesas e receitas.
Gabarito: ERRADA
Receita Orçamentária
Aspectos introdutórios
Pessoal, como vimos na aula inicial, há dois enfoques possíveis para a contabilização da receita (e, claro, para
a despesa): patrimonial e orçamentário.
Receita, sob o aspecto patrimonial, é aquela transação que resulta em aumento do Patrimônio Líquido da
entidade.
No entanto, sob o enfoque orçamentário, isso nem sempre ocorre. Para imaginar isso, basta lembrarmos
das operações de crédito, que são empréstimos contraídos pelo poder público, e das alienações de ativos. Esses
tipos de transações implicam uma troca: no primeiro, há a assunção de uma obrigação, que é pagar o empréstimo
futuramente, em troca de recursos financeiros e, no segundo, aliena-se um bem, por exemplo, um imóvel, em
troca de recurso financeiro. Em ambos os casos, não houve alteração do Patrimônio Líquido. Ainda assim, essas
transações constituem receitas orçamentárias!
De outro lado, existem receitas sobre o ponto de vista patrimonial, ou seja, que alteram o Patrimônio
Líquido, mas que não são receitas orçamentárias, como é o caso de doação de bens para o Estado.
Para solucionar esse aparente dilema, o MCASP traz outro conceito, mais amplo, chamado receita pública
(MCASP, 8ª ed., pag. 31). Vejamos:
Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se receitas
públicas, registradas como receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos
financeiros para o erário, ou ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas
compensatórias.
Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as receitas orçamentárias.
Com esse conceito, é possível separar as receitas orçamentárias dos ingressos extraorçamentários,
também chamados de receitas extraorçamentárias.
E quanto às receitas sob o enfoque patrimonial, aquelas que afetam o Patrimônio Líquido? Elas são
chamadas de Variações Patrimoniais Aumentativas. Vejamos o que o MCASP diz sobre elas (MCASP, 8ª ed., pag.
151):
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As variações patrimoniais aumentativas e diminutivas são transações que promovem alterações nos
elementos patrimoniais da entidade do setor público e que afetam o resultado. Essas variações
patrimoniais podem ser definidas como:
a. Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA): corresponde a aumentos na situação patrimonial líquida
da entidade não oriundos de contribuições dos proprietários; [...]
Para fins deste Manual, a receita sob o enfoque patrimonial será denominada de variação.
Para ficar fácil de lembrar e entender o que acabamos de estudar, vamos ver o esquema abaixo:
Receita orçamentária
(sentido estrito)
Receitas públicas
(enfoque orçamentário)
Receitas orçamentárias
+ ingressos
extraorçamentários
Receitas (sentido amplo)
Receita Orçamentária
Receita orçamentária é todo ingresso de recursos financeiros durante o exercício que é arrecadado,
inclusive aqueles provenientes de operações de crédito, exceto: os depósitos em caução, as fianças, operações de
crédito por antecipação de receita – ARO, emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e
passivo financeiros.
Fique atento
Uma boa ideia para entender e lembrar dessas exceções é pensarmos que os recursos de receita
orçamentária podem financiar despesas orçamentárias! Note que isso não é possível com as entradas
compensatórias no ativo e no passivo financeiros, pois elas serão devolvidas mais adiante.
Via de regra, as receitas orçamentárias estão previstas na Lei Orçamentária anual – LOA, por força do
princípio da universalidade, o qual já estudamos.
Mas mesmo que não esteja prevista, a receita que for arrecadada é considerada receita orçamentária, por
força do art. 57 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos:
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como receita
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de
operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.
Essa situação fica mais clara de entender se considerarmos o seguinte exemplo: imagine que o governo do
município Pipiripal previu na LOA arrecadar R$ 500,00 com IPTU, e tenha arrecadado R$ 700,00. Os R$ 200,00 não
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constavam na LOA, mas, como eles foram arrecadados, constituem receita orçamentária, que pode, portanto,
financiar despesas orçamentárias do município Pipiripal.
Outro exemplo bastante interessante e que nos será útil mais para frente é o seguinte: o cidadão
Jlandsglaidson, comprometido e engajado com o bem-estar dos brasileiros, resolveu fazer uma doação em
dinheiro para o governo. Essa doação será arrecadada? Sim! Portanto, constitui receita orçamentária mesmo
sem estar prevista na LOA. E se Jlandsglaidson resolvesse fazer uma doação de um bem (de sua casa, digamos)?
Primeiro, é preciso dizer que esse cidadão não parece muito esperto. Segundo, um bem não é uma disponibilidade
financeira, logo, a doação não será arrecadada, e não será uma receita orçamentária!
Segundo o MCASP, as receitas orçamentárias transitam pelo patrimônio público e constituem ingressos
que aumentam o saldo financeiro da instituição (MCASP, 8ª ed., pag. 32).
• são arrecadadas;
• transitam pelo patrimônio público;
• aumentam o saldo financeiro da instituição;
• são utilizadas para financiar despesas orçamentárias;
• em geral, constam da LOA (princípio da universalidade).
Ingressos extraorçamentários
Segundo o MCASP, ingressos extraorçamentários são recursos financeiros de caráter temporário, dos
quais o Estado atua como mero agente depositário.
Não integram a LOA, nem como receita e nem como despesa, quando são devolvidos. Assim, sua devolução
independe de autorização legislativa para ocorrer).
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Em geral, não possuem reflexos no Patrimônio Líquido da entidade, justamente por constituírem entradas
compensatórias no ativo e no passivo, ou seja, faz-se, simultaneamente, um registro no ativo e no passivo de igual
valor (essa dinâmica será melhor entendida nas aulas seguintes).
Mas cuidado! Como já vimos, há receitas orçamentárias que também não afetam o Patrimônio Líquido. Por
isso, é mais eficaz que você se atente para os exemplos de ingressos extraorçamentários dados e tente
memorizá-los. Eles são frequentemente exigidos em questões de concurso.
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− Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, com acréscimo de multas e juros de mora, no valor total de R$
198.500,00, sendo o valor principal do imposto R$ 190.000,00.
− operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, no valor de R$ 45.500,00.
− receita de aluguel de imóvel não prevista na lei orçamentária anual, no valor de R$ 15.500,00.
− leilão de bens móveis, no valor de R$ 19.000,00.
− caução, no valor de R$ 22.500,00, de empresa interessada em participar em licitação, para construção de obras
públicas.
Entre as informações controladas pela contabilidade apresentadas no Balanço Orçamentário encontra-se o(a):
A) 83.500,00;
B) 92.000,00.
C) 69.500,00.
D) 77.000,00.
E) 68.000,00.
RESOLUÇÃO:
Para resolver essa questão, basta classificar as receitas descritas em orçamentárias ou extraorçamentárias.
Sendo assim, vamos ver o resumo esquemático das receitas extraorçamentárias:
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Mas antes uma pergunta: por que classificar as receitas? O que se ganha com isso?
Imagine se cada ente da federação classificasse suas receitas de forma distinta. Seria uma bagunça e não
haveria como a contabilidade pública fornecer informações úteis acerca das contas contábeis que controlam a
execução orçamentária.
A Portaria Conjunta SOF/STN nº 02/2016, que aprova o MCASP, atribui a finalidade da classificação das
receitas (e despesas) à necessidade de proporcionar maior transparência sobre as contas públicas e uniformizar a
sua classificação.
Receita Orçamentária Efetiva é aquela que, no momento do ingresso do recurso financeiro, aumenta a
situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo aumentativo. Exemplos:
receitas tributárias, de aluguéis, serviços e industriais.
Receita Orçamentária Não Efetiva é aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento do
ingresso do recurso financeiro. Constitui fato contábil permutativo. Exemplos: operações de crédito e
alienação de bens.
Veremos mais à frente o conceito de fato modificativo e permutativo. No mais, tranquilo, certo? Vejamos
esquematicamente:
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Originárias X Derivadas
Classifica-se, também, a receita pública quanto à forma de obtenção ou simplesmente quanto à
procedência do recurso em originária e derivada. Vejamos:
Receitas públicas originária são aquelas arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas
pela Administração Pública. Exemplos: rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita
de aluguel), de preços públicos, de prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou
agropecuários.
Receitas públicas derivada são receitas obtidas pelo poder público por meio da soberania estatal, ou seja,
de forma impositiva decorrente de dispositivos legais ou constitucionais. Exemplos: receitas tributárias.
Esquematicamente temos:
O MCASP ressalta que essa classificação possui uso acadêmico e não é normatizada, não sendo, portanto,
um classificador oficial da receita pelo poder público. No entanto, ela costuma ser cobrada em prova, como vamos
ver agora:
C) de contribuição de melhoria.
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RESOLUÇÃO:
Aqui, basta aplicarmos a definição de receitas derivadas. Vejamos o nosso resumo esquemático:
Note que apenas a alternativa C) traz uma opção da qual o Estado arrecada uma receita que deriva de sua
soberania, haja vista que “contribuição de melhoria” é uma espécie de tributo. Assim, essa alternativa está certa.
As alternativas A), B) e E) fazem menção a patrimônio do Estado, o qual ao ser alienado ou locado implica
uma receita referente à exploração de atividade econômica pela Administração Pública, logo receitas originárias.
A alternativa D) refere-se a uma despesa pública e não uma receita.
Gabarito: LETRA C
1º nível 4ºnível
2º nível 3º nível 5º nível
Categoria Desdobramentos para identificação de
Origem Espécie Tipo
econômica peculiaridades da receita
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Vale dizer que essa estrutura de codificação é recente, tendo sido instituída pela Portaria Interministerial
STN/SOF nº 05/2015, que alterou a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001. As referidas alterações
entraram em vigor na União já em 2016. Para os estados, municípios e DF essa estrutura começou a valer a partir
de 2018, incluindo a LOA aplicável em 2018 e elaborada em 2017.
Essa nova codificação visou estruturar os códigos de natureza de receita de forma a proporcionar extração
de informações imediatas com celeridade, simplicidade e transparência, dispensando o uso de eventuais
procedimentos paralelos para concatenar dados.
Complicou? Calma! Primeiramente vamos ver o significado de cada um desses níveis de detalhamento e
voltaremos a esses dois exemplos para “dissecá-los”, ok?
A Lei nº 4.320/1964 classificou as receitas em correntes e de capital, que são as duas categorias econômicas
da receita.
A definição dessas categorias é trazida pelo MCASP (Parte I, item 3.2.1.1), bem como pelo Manual da Receita
Pública. Vejamos:
São receitas correntes aquelas provenientes de: tributos; contribuições; exploração do patrimônio
estatal (Patrimoniais); exploração de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços);
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais
receitas que não se enquadram nos itens anteriores, nem no conceito de receita de capital (Outras Receitas
Correntes).
Receitas Orçamentárias de Capital são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as
disponibilidades financeiras do Estado, mas, em geral, não afetam o Patrimônio Líquido do setor público,
ou seja, são receitas não efetivas.
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Existem também as receitas de operações intraorçamentárias, que são aquelas realizadas entre órgãos e
demais entidades da Administração Pública do mesmo ente federativo e integrantes do orçamento fiscal e do
orçamento da seguridade social. Não representam novas entradas de recursos, mas apenas movimentações de
receita entre os órgãos. Nesse caso, o dígito “7” representa as receitas correntes intraorçamentárias e o “8”
representa as receitas de capital intraorçamentárias. Visam impedir dupla contagem.
Receitas correntes 1
Receitas de capital 2
Receitas correntes intraorçamentárias 7
Receitas de capital intraorçamentárias 8
Note que apesar de existirem 4 possíveis numerais, existem apenas 2 tipos de categorias econômicas:
correntes e de capital.
Segundo o MCASP e o Manual Técnico de Orçamento – MTO de 2018, a origem é o detalhamento das
categorias econômicas e serve para identificar a procedência das receitas no momento em que ingressam nos
cofres públicos. Vejamos:
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Essa é a parte que vocês perguntam: é importante para a prova saber todas essas classificações? E eu
respondo: COM CERTEZA! Isso despenca em concurso! Mas calma! Há um macete mnemônico para nos ajudar a
fixar:
Vamos ver agora como esse assunto tem sido cobrado em prova:
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RESOLUÇÃO:
Como podemos ver no nosso resumo esquemático, apenas a receita de operação de crédito não é receita
corrente.
Gabarito: LETRA A
A espécie é um detalhamento que visa especificar ainda mais a receita, permitindo qualificar com maior
detalhe seu fato gerador.
Exemplificando, temos as seguintes espécies dentro da Origem de receitas correntes de contribuições:
“Contribuições Sociais”, “Contribuições Econômicas”, “Contribuições para Entidades Privadas de Serviço Social e
de Formação Profissional” e “Contribuição para Custeio de Iluminação Pública.
Aqui não vale à pena relacionar com os dígitos, pois são muitos!
O tipo, correspondente ao último dígito na natureza de receita, tem a finalidade de identificar o tipo de
arrecadação a que se refere aquela natureza, sendo:
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Tipo
0 Natureza agregadora – quando se tratar de natureza de receita não valorizável ou agregadora)
1 Receita principal – quando se tratar da arrecadação principal da receita)
2 Multas e juros da receita principal
3 Dívida Ativa da receita principal
4 Multas e juros de mora da dívida ativa da receita principal
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Receitas financeiras (ou não primárias): são aquelas receitas que se relacionam com dívida. Exemplos:
operações de crédito, pagamento de juros e amortização, privatizações (embora não abranja todas as
receitas com alienação de bens).
Receitas primárias (ou não financeiras): aquelas que não se relacionam com dívida ou desmobilização.
Exemplos: tributárias, de contribuições, patrimoniais, de aluguéis, industriais.
Segundo o MCASP, esta classificação orçamentária da receita não tem caráter obrigatório para todos os
entes e foi instituída para a União com o objetivo de identificar quais são as receitas e as despesas que compõem
o Resultado Primário do Governo Federal, que é representado pela diferença entre as receitas primárias e as
despesas primárias. Em contrapartida, as receitas e despesas financeiras não são computadas nesse cálculo.
Vejamos esquematicamente:
Por sua vez, “fonte” nada mais é que um código numérico que, tal qual a natureza de receita, possui uma
lógica de formação regida por regras previamente estabelecidas.
Para a receita, o código indica a destinação dos recursos. E para a despesa, ele indica a origem dos recursos
que estão sendo utilizados. Segundo o MCASP, esse “mecanismo integrador possui um papel duplo no processo
orçamentário”.
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A fonte pode ser utilizada, por exemplo, para “carimbar” recursos de modo que eles só possam ser gastos
com alguma finalidade específica, digamos, na saúde. No entanto, a depender da fonte, pode ocorrer que o gestor
possua liberdade para alocar o recurso, atendendo a qualquer finalidade desde que previsto na LOA. Assim, temos
dois tipos de destinações:
Destinação ordinária: é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para
atender a quaisquer finalidades.
Ressalte-se que a criação de vinculações para as receitas deve ser pautada em mandamentos legais que
regulamentam a aplicação de recursos para funções essenciais ou para entes, órgãos, entidades e fundos.
Também é possível haver vinculação no caso de recursos obtidos com finalidade específica para contratos
de empréstimo e financiamentos, bem como para convênios.
Agora vejamos como o código é estruturado. Ele é composto por três dígitos:
9 Recursos condicionados
Os demais dígitos, 2º e 3º, tratam da especificação da fonte de recurso, então possuem uma grande
variedade e abrangência de assuntos. Vejamos alguns:
1º dígito 2º e 3º dígitos
Fonte
(grupo da fonte) (especificação da fonte)
A legislação possui mecanismos que resguardam a aplicação dos recursos vinculados aos objetos de sua
vinculação, como é o caso dos arts. 8º e 50, I, da LRF. Vejamos:
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Art.8º
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que
ocorrer o ingresso
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
observará as seguintes:
I – a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão,
fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada.
Por fim, vale mencionar que a metodologia de destinação de recursos interliga todo o processo-
orçamentário financeiro, facilitando a transparência no gasto público uma vez que controla as fontes de
financiamento de despesa, sejam vinculadas ou ordinárias. Isso porque, ao se identificar as fontes, é possível
verificar se os recursos antes arrecadados foram efetivamente aplicados nas destinações previstas na norma que
estabeleceu a vinculação.
Assim, pertencem a essa origem receitas com multas, indenizações, restituições, ressarcimentos e juros de
empréstimos e financiamentos concedidos.
Cabe ressaltar que, anteriormente à mudança na classificação por natureza de receita, a Dívida Ativa era
classificada como outras receitas correntes. No entanto, agora ela mantém a classificação original da receita
(digamos, tributária) e indica no tipo (último nível da classificação por natureza de receita) que é oriunda de Dívida
Ativa.
Outros exemplos dessa origem de receita são: Prêmios Prescritos de Concursos de Prognósticos, reversão
de garantias e depósitos abandonados (dinheiro e/ou objetos de valor).
Esse resultado superavitário é classificado como receita de capital, apesar de o termo “corrente” constar
do seu nome.
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De toda forma, o que nos interessa saber aqui é que a Lei nº 4.320/1964 dispõe expressamente que o
Superavit do Orçamento Corrente não constitui item de receita orçamentária (art. 11, §3º), o que não quer dizer
que é uma receita extraorçamentária também.
Vamos ver agora como esse assunto tem sido cobrado em prova:
RESOLUÇÃO:
Gabarito: CERTO
4 – Receita de Contribuições
Apenas os impostos, as taxas e as contribuições da melhoria estão incluídas no rol de receitas tributárias.
Assim, não se deixem cair na “pegadinha” clássica sobre as receitas de contribuições estarem incluídas na
origem receitas tributárias. Conforme vimos, as receitas com contribuições são uma origem à parte.
5 – Alienação de bens
Acerca das receitas com alienações de bens, é importante se atentar para o disposto no art. 44 da Lei de
Responsabilidade Fiscal que veda que os recursos auferidos com alienação de bens e direitos que integrem o
patrimônio público sejam utilizados para financiar despesas correntes, salvo as destinadas por lei aos regimes de
previdência social.
Essa regra, também chamada de REGRA DE PRATA, será vista detalhadamente quando tratarmos da Lei
de Responsabilidade Fiscal de forma específica.
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Por outro lado, a taxa decorre de lei e serve para custear serviços públicos essenciais à soberania do Estado,
sendo que a lei não autoriza que outros prestem alternativamente esses serviços, os quais são ainda específicos,
divisíveis, prestados ou colocados à disposição do contribuinte diretamente pelo Estado. São compulsórias e têm
sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária. O tema é regido pelas normas de direito público.
No mesmo sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu entendimento por meio da Súmula nº 545.
É um conceito raramente exigido em provas de Contabilidade pública, mas caso seja, vocês já estarão
preparados, certo?
Estágios da Receita
Segundo o MCASP, as etapas da receita orçamentária podem ser resumidas em:
Planejamento Execução
A. Lançamento
Previsão
B. Arrecadação
C. Recolhimento
Previsão - planejamento
A fase de previsão implica planejar e estimar a arrecadação das receitas orçamentárias que constarão na
proposta orçamentária, a qual, uma vez aprovada, se tornará a Lei Orçamentária Anual (LOA).
E como isso acontece? Na base do “chutômetro”?!?!
Na verdade, utiliza-se uma metodologia baseada em modelos matemáticos e estatísticos, bem como no
comportamento da arrecadação das receitas em exercícios anteriores, visando projetar/estimar a arrecadação do
próximo exercício.
Na elaboração da proposta orçamentária, a previsão da receita antecede a fixação da despesa, ou seja, de
posse da estimativa do montante de recursos que será arrecadada no próximo exercício, é possível planejar os
gastos que serão efetuados.
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A. Lançamento (Execução)
Segundo a Lei nº 4.320/1964, art. 53, o lançamento é o ato da repartição competente, que verifica a
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Já para o Código Tributário
Nacional, art. 142, no lançamento a entidade competente verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido e identifica a pessoa que
lhe é devedora (sujeito passivo). Após, realiza a formalização do crédito a receber (Lei nº 4.320/1964, art. 53).
Exemplificando, é nessa etapa que nós, contribuintes, nos tornamos “devedores” de IPTU e IPVA. Ou seja, o
poder público verifica a propriedade de imóvel ou veículo automotor por um contribuinte, fato gerador do IPVA e
do IPTU, respectivamente; calcula o montante devido aplicando uma alíquota a uma base de cálculo, valor venal
do veículo ou do imóvel; determina o sujeito passivo da obrigação tributária; e formaliza o crédito.
Vocês já devem ter percebido que o lançamento funciona bem para receitas tributárias e de contribuições.
Além disso, rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato também se sujeitam ao
lançamento (CTN, arts. 142 a 150 e Lei nº 4.320/1964, art. 52).
Entretanto, nem todas as receitas passam por este estágio, como é o caso das doações em dinheiro.
O lançamento pode ser realizado de três formas distintas a depender da receita em questão. São elas: de
ofício, misto ou por homologação. Vejamos caso a caso:
Lançamento de ofício: é aquele realizado pela autoridade fazendária sem a participação do contribuinte.
Ou seja, a entidade competente verifica a ocorrência do fato gerador, identifica o sujeito passivo da
obrigação, calcula os valores devidos e formaliza o crédito sem a participação do contribuinte. Exemplos:
IPTU e IPVA. Também chamados de tributos diretos.
Lançamento misto: é aquele lançamento no qual a autoridade fazendária realiza todas as etapas do
lançamento baseado nas informações fornecidas pelo contribuinte. Exemplos: Imposto de Transmissão
de Bens Imóveis (ITBI) e Imposto de Transmissão Causa Mortis (ITCD).
Lançamento por homologação: é aquele lançamento no qual o contribuinte é o responsável por verificar
a ocorrência do fato gerador, calcular o montante devido e efetuar o pagamento no prazo, cabendo ao
governo apenas um procedimento revisional. A homologação pode ser expressa. Exemplos: Imposto de
Renda, Imposto sobre Serviços, IPI, IPI, ICMS, PIS e COFINS, também chamados de tributos indiretos.
Esquematicamente, temos:
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B. Arrecadação (Execução)
Nesse estágio, ocorre a entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores. Isso
acontece por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras (bancos) autorizadas pelo ente.
Destacam-se aqui os termos do art. 35 da Lei nº 4.320/1964 no sentido de que pertencem ao exercício
financeiro as receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa para o ingresso das receitas
públicas, sob o enfoque orçamentário.
Entretanto, conforme visto na aula 01, lembre-se que isso ocorre apenas para fins de análise e
acompanhamento da execução do orçamento anual e desembolso financeiro. O regime de contabilização aplicado
ao setor público no âmbito da Contabilidade Pública, ou seja, sob o enfoque patrimonial, é o regime de
competência.
Note que, neste estágio, os recursos ainda não ingressaram nos cofres públicos, o que ocorrerá apenas na
próxima etapa.
C. Recolhimento (Execução)
Neste estágio, os recursos arrecadados finalmente são transferidos, ou simplesmente recolhidos, aos cofres
públicos em conta específica do Tesouro, observando o princípio da unidade de caixa, representado pelo controle
centralizado dos recursos arrecadados em cada ente da Federação.
Controle e avaliação
O controle e avaliação não consta como estágio da receita desde a 4ª edição do MCASP (aprovada em 2011),
se amoldando mais a uma etapa do processo de gestão orçamentária.
Lançamento: formalização do
crédito. De ofício, misto ou por
homologação.
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Previsão Lançamento
Recolhimento Arrecadação
A) recolhimento.
B) arrecadação.
C) lançamento.
D) previsão.
RESOLUÇÃO:
Regime de Contabilização
Conceito
Acerca do regime de contabilização das receitas orçamentárias, a Lei nº 4.320/1964 dispõe que:
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Isso quer dizer que sob o enfoque orçamentário, o Setor Público reconhece a receita orçamentária do
exercício financeiro no momento da sua arrecadação. Isso também é de chamado de regime de caixa.
Entretanto, segundo o MCASP, a ótica implementada pela Lei nº 4.320/1964 não é suficiente para a correta
mensuração, avaliação e registro dos fatos contábeis do setor público. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público,
assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios de contabilidade.
Dessa forma, aplica-se o regime da competência em sua integralidade, ou seja, os efeitos das transações e
outros eventos sobre o patrimônio são reconhecidos quando ocorrem, independentemente de recebimento ou
pagamento. Nessa lógica, também não há exigência de que as receitas orçamentárias sejam efetivamente
arrecadadas para que haja o devido reconhecimento sob o ponto de vista patrimonial.
Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, deve haver o registro da variação
patrimonial aumentativa (VPA) em razão do fato gerador e de sua consequência para o patrimônio.
Todavia, o reconhecimento do crédito apresenta como principal dificuldade a determinação do momento de
ocorrência do fato gerador. No entanto, no âmbito da atividade tributária, pode-se utilizar o momento do
lançamento como referência para o seu reconhecimento, pois é por esse procedimento que:
a. Verifica-se a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente;
b. Determina-se a matéria tributável;
c. Calcula-se o montante do tributo devido; e
d. Identifica-se o sujeito passivo.
Ocorrido o fato gerador, pode-se proceder ao registro contábil do direito a receber em contrapartida de
variação patrimonial aumentativa, o que representa o registro da variação patrimonial aumentativa por
competência.
Esquematicamente, temos:
Base Base
Evento Critério Evento Critério
normativa normativa
A título exemplificativo, temos que, a legislação que regulamenta o Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana (IPTU) estabelece, de modo geral, que o fato gerador deste tributo ocorrerá no dia 1º de janeiro
de cada ano, momento em que é realizado o lançamento desse tributo.
Vamos ver como esse assunto foi exigido em prova:
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A) Previsão.
B) Arrecadação.
C) Lançamento.
D) Recolhimento.
RESOLUÇÃO:
Ou seja, vale o regime de caixa sob o enfoque orçamentário. Desse modo, o reconhecimento da receita
orçamentária ocorre na arrecadação, conforme menciona o artigo citado.
Gabarito: LETRA B
Igualmente, essas deduções podem ocorrer por retificação de valores lançados erroneamente ou ser
provocadas por repasses de recursos por ocasião de contratos ou convênios.
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Algumas dessas “diminuições” geram despesas orçamentárias e outras ocasionam anulação de parte da
receita reconhecida, as chamadas deduções da receita orçamentária, as quais devem ser adequadamente
contabilizadas a fim de que as informações sejam fidedignas e transparentes.
No âmbito da administração pública, a dedução de receita orçamentária é utilizada nas seguintes situações,
entre outras:
Na União, a restituição é tratada como dedução de receita. Se fosse registrada como despesa orçamentária,
a receita corrente líquida ficaria com um montante maior que o real, pois não seria deduzido o efeito dessa
“arrecadação indevida”.
Considerando o que a legislação estabelece sobre esse tema, devem ser adotados os seguintes
procedimentos para dedução de receitas em geral:
Caso 1: A restituição deverá ser registrada como dedução de receita (na mesma natureza), mesmo que a
arrecadação da receita e sua restituição ocorram em exercícios financeiros distintos.
Exemplo: Aqui, o Imposto de Renda sobre Pessoa Física – IRPF nos dá um exemplo clássico. Digamos que
um contribuinte declare seus rendimentos referentes ao ano-base 2017 em 2018. Caso o contribuinte faça
jus à restituição, essa será contabilizada em 2018, deduzindo-se do valor arrecadado em 2018 com essa
natureza de receita.
Caso 2: Caso a receita tenha sido extinta (ou seja, quando o fato gerador da receita não represente mais
uma situação que gere arrecadações para o ente), a dedução deve ser feita até o montante existente de
receita a anular. Além desse saldo, a restituição deve ser registrada como despesa.
Caso 1: se a restituição ocorrer no mesmo exercício em que foram recebidas transferências do convênio,
contrato ou congênere, deve-se contabilizar como dedução de receita orçamentária até o limite de valor
das transferências recebidas no exercício.
Caso 2: se o valor da restituição ultrapassar o valor das transferências recebidas no exercício, o montante
que ultrapassar esse valor deve ser registrado como despesa orçamentária.
Caso 3: se a restituição for feita em exercício em que não houve transferência do respectivo
convênio/contrato, deve ser contabilizada como despesa orçamentária.
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Vejamos esquematicamente os casos anteriores sobre receitas em geral e sobre saldos de contratos,
convênios e instrumentos congêneres:
Por fim, temos a retificação, que é um caso particular da restituição. Segundo o MCASP, a retificação
consiste em corrigir dados informados erroneamente pelos contribuintes, que geraram registros incorretos na
contabilidade do órgão.
No caso de lançamentos manuais em que ocorram erros de escrituração do ente não motivados por
informações incorretas dos contribuintes, a correção deve ser feita por meio de estorno e novo lançamento
correto.
Exemplo: identificação do contribuinte, tipo de receita etc. A correção desses dados deve ser feita mediante
registro de dedução de receita e, após isso, deve-se proceder ao lançamento correto.
Agora vamos ver como esse assunto tem caído em prova:
A) despesa extraorçamentária.
B) receita extraorçamentária.
D) despesa orçamentária.
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RESOLUÇÃO:
Como acabamos de ver, a restituição é, em regra, realizada por meio de dedução da receita orçamentária.
Gabarito: LETRA C
Renúncia de receitas
É comum no Brasil o surgimento de discursos e políticas públicas baseados em renúncias de receita, dado o
seu apelo de aliviar a alta carga tributária a que são submetidos os contribuintes. Assim, visando coibir o avanço
indiscriminado dessas renúncias, a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF trouxe, em seu art. 14, limites que devem
ser observados pelos entes públicos que decidirem pela concessão/ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária do qual decorra renúncia de receita.
Dentre os mecanismos estabelecidos pela LRF está a demonstração da estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, o atendimento da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a pelo menos uma das seguintes condições (note que apenas uma é suficiente e não as
duas de forma simultânea):
• Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei
orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de
diretrizes orçamentárias.
• estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado, por meio do aumento de
receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de
tributo ou contribuição.
Então ou se demonstra que a renúncia de receita não afetará as metas previstas ou se promove medidas de
aumento de receitas visando à compensação.
Note que essas medidas são taxativas! Isto é, qualquer outra medida adotada para compensar renúncia de
receita, tais como diminuição de despesas, aumento da fiscalização contra sonegação, tornará questão incorreta,
uma vez que não se encontram previstas na LRF.
A renúncia de receita ocorre sob diversas formas, tais como: isenção, anistia, subsídios e crédito
presumido. Vejamos essas formas de renúncia detalhadamente:
A isenção é a espécie mais usual de renúncia e define-se como a dispensa legal, pelo Estado, do débito
tributário devido. Neste caso, o montante da renúncia será considerado no momento da elaboração da
LOA, ou seja, a estimativa da receita orçamentária já contempla a renúncia e, portanto, não há registro
orçamentário ou patrimonial.
A anistia é o perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa aplicada pelo
sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a
concedeu. A anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança, em débito para com a Fazenda, cuja
incidência também já havia ocorrido. Neste caso, o controle é patrimonial por não envolver fluxo de caixa,
provocando a baixa de eventuais ativos já constituídos.
A remissão é o perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas na lei, tais como
valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito,
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inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não compensável com a quantia em
cobrança, probabilidade de não receber, erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, etc.
O crédito presumido é aquele que representa o montante do imposto cobrado na operação anterior e
objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se apropria
do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria. É o caso dos créditos referentes
a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações e prestações destinadas ao exterior.
Todavia, não é considerada renúncia de receita o crédito real ou tributário do ICMS previsto na legislação
instituidora do tributo.
Modificação de base de cálculo E/OU redução de alíquota que implique redução discriminada de
tributos ou contribuições. Podem ocorrer de forma isolada ou conjunta.
Destaque-se o fato de que o conceito de renúncia de receita da LRF é exemplificativo, abarcando, além dos
instrumentos mencionados acima, quaisquer “outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado”,
ou seja, para caracterizar renúncia de receita, é necessário que alguns contribuintes gozem do benefício fiscal e
outros não.
Esquematicamente temos:
Fique atento
Atenção! Não se considera renúncia de receita o cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao
dos respectivos custos de cobrança. Neste caso, o controle é patrimonial por não envolver fluxo de caixa,
provocando a baixa de eventuais ativos já constituídos.
Fique atento
Mais um detalhe importante! A LRF retira o caráter de renúncia de receita das alterações de alíquotas
dos seguintes impostos: de importação (II), de exportação (IE), sobre produtos industrializados (IPI) e
sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF),
conforme (LRF, art. 1, §3º e CF/1988, art. 153, I, II, III e IV). Ou seja, quando o governo promove a alteração
de alíquotas desses impostos, não é necessário adotar as medidas de compensação citadas anteriormente.
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Quanto ao registro da renúncia de receitas, esse poderá ser efetuado de diversas maneiras, sendo
contabilizado somente nos casos em que seja possível mensurar um valor confiável. Em geral, é utilizada a
metodologia da dedução de receita orçamentária para evidenciar as renúncias. Dessa forma, deve haver um
registro na natureza de receita orçamentária objeto da renúncia, em contrapartida a uma dedução de receita
(conta redutora de receita). Ressalta-se que, sob o ponto de vista patrimonial, havendo renúncia de receitas após
o registro do ativo pelo regime de competência, deve haver os registros patrimoniais dos valores renunciados.
Vejamos como esse assunto tem caído em prova:
RESOLUÇÃO:
Exatamente! No caso de Imposto de Importação (II), Importo de Exportação (IE), Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as medidas de compensação não são
necessárias.
Gabarito: Certo
Recursos cuja Tributação e Arrecadação Competem a um Ente da Federação, mas São Atribuídos a
Outro(s) Ente(s)
Tendo em vista que a União possui a competência de arrecadar a maior parte dos tributos e contribuições,
parte das receitas arrecadadas por ela é repassada aos estados, DF e municípios para amenizar eventuais
desigualdades regionais, bem como para promover o equilíbrio socioeconômico entre estados e municípios.
Um exemplo clássico desses repasses ocorre por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo
de Participação dos Municípios (FPM), ocasião em que a união reparte as receitas que arrecada com estados, DF e
municípios.
Esses e outros recursos cuja tributação e arrecadação competem a um ente da Federação, mas que serão
repassados a outro(s) ente(s), poderão ser contabilizados como dedução da receita ou como despesa, a depender
de como o ente arrecadador preveja a receita em sua Lei Orçamentária Anual (LOA). Vejamos os dois casos
possíveis:
Caso 1: se constar no orçamento do ente arrecadador apenas o valor da receita que lhe pertence: deverá
ser registrado o valor total arrecadado, incluindo os recursos de terceiros. Após isso, estes últimos serão
registrados como dedução da receita e será reconhecida uma obrigação para com o “beneficiário” desses
valores.
Exemplo: Suponha que a União tenha arrecadado R$ 1.000,00 a título de IRPF, sendo que desses R$ 200,00
são dos estados e DF e R$ 100,00 são dos municípios. Se a União relacionar apenas R$ 700,00 com receitas
de IRPF, então teríamos:
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Caso 2: se constar no orçamento do ente arrecadador o valor total da receita a ser arrecadada, incluindo
a parcela dos recursos a serem transferidos para outro(s) ente(s): o recebimento será integralmente
contabilizado como receita orçamentária e o repasse ao ente beneficiário será computado como despesa:
Exemplo: Suponha o exemplo anterior, mas com a União relacionando R$ 1.000,00 com receitas de IRPF.
Teríamos então:
A adoção desse procedimento está fundamentada no fato de que não há necessidade de aprovação
parlamentar para efetuar transferências de recursos a outros entes, que são obrigatórias por força da legislação.
As transferências constitucionais ou legais constituem valores que não são passíveis de alocação em
despesas pelo ente público arrecadador. Assim, não há desobediência ao princípio do orçamento bruto, segundo
o qual receitas e despesas devem ser incluídas no orçamento em sua totalidade, sem deduções.
Destaque-se que, em ambos os casos, o ente beneficiário deverá registrar o recebimento dos recursos como
receita.
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Essas transferências podem ser decorrentes de mandamento constitucional ou legal, como é o caso do
Fundo de Participação dos Estados e Municípios. Ou podem ser voluntárias, nos casos de cooperação, auxílio ou
assistência, como é o caso dos convênios. a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação,
a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou
os destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), como convênios em geral.
É importante destacar que, como seu próprio nome indica, essas transferências ocorrem entre esferas
distintas de governo, ou seja, entre entes federativos diferentes. Assim, elas não guardam relação, portanto, com
as operações intraorçamentárias ocorridas no âmbito do orçamento de cada ente.
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A) custos
B) dedução da receita
E) compensação
RESOLUÇÃO:
Gabarito: LETRA C
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O MCASP atenta para o fato de que o registro de receitas orçamentárias provenientes do recebimento de
créditos inscritos na Dívida Ativa deve ser discriminado em contas contábeis de acordo com a natureza
do crédito original. Também devem ser classificados em classificações específicas os recebimentos
referentes a multas, juros e outros encargos.
Tendo em vista que ainda veremos detalhadamente o Plano de Contas nas próximas aulas, optei por suprimir
os lançamentos contábeis para baixa por recebimento de créditos inscritos em Dívida Ativa. No entanto, eles
podem ser consultados no MCASP, Parte I, item 3.6.6.
Igualmente, dada a completa inexistência de questões de concurso sobre o assunto “Redutor Financeiro –
FPM”, optei por suprimir esse tópico do item “procedimentos contábeis referentes à receita orçamentária” com
vistas a deixar o material mais fluido e enxuto para você. Ele pode ser consultado no MCASP, Parte I, item 3.6.3.
Agora vamos destruir algumas questões!
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Questões Comentadas
1. (FCC – TRT-2ªRegião – 2018) Com relação às definições de receita pública, numere a coluna II de acordo
com sua correspondência com a coluna I.
Coluna I
1. Espécies da receita.
2. Origens da receita.
3. Receitas públicas derivadas.
4. Receitas públicas originárias.
Coluna II
( ) São aquelas arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela Administração
Pública.
( ) Decorrem de imposição constitucional ou legal.
( ) Vinculam-se à origem, permitindo qualificar com maior detalhe o fato gerador das receitas.
( ) São o detalhamento das Categorias Econômicas.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.
A) 4 – 3 – 2 – 1.
B) 1 – 2 – 4 – 3.
C) 4 – 3 – 1 – 2.
D) 3 – 4 – 1 – 2.
E) 3 – 4 – 2 – 1.
RESOLUÇÃO:
Uma das colunas fala em receitas originárias e derivadas. Então vamos lembrar do nosso esquema:
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E a espécie é o detalhamento seguinte ao da origem, que visa especificar ainda mais a receita, permitindo
qualificar com maior detalhe seu fato gerador.
Assim, a sequência correta é 4 – 3 – 1 – 2.
Gabarito: LETRA C
RESOLUÇÃO:
Nessa questão, basta lembrarmos do nosso mnemônico para origens da receita orçamentária:
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3. (FCC – TRT 15ª Região – 2018) Informações sobre receitas e despesas públicas da Prefeitura de Campinas
podem ser obtidas por recursos automatizados, incluindo as receitas correntes, que têm como exemplo:
RESOLUÇÃO:
Pessoal, notem como esse assunto é recorrente em diferentes bancas! Por isso vamos repisar nosso
mnemônico de novo e de novo:
Assim, podemos ver que a alternativa correta é a letra c), que contém as receitas patrimonial e agropecuária.
Gabarito: LETRA C
4. (FGV – Prefeitura de Niterói-RJ – 2018) A Prefeitura de Vila Grande decide alugar uma edificação onde
funcionava uma escola municipal, agora desativada. Após o devido processo legal, o contrato é firmado com um
particular para a instalação de uma fábrica de roupas no local. Com base nas regras orçamentárias, a origem da
receita do aluguel será classificada como:
A) tributária.
B) de serviços.
C) industrial.
D) patrimonial.
E) de contribuição.
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RESOLUÇÃO:
Avaliando as alternativas e as origens de receitas, note que sequer precisamos saber a fundo as espécies,
detalhamento da origem, para responder a questão. Isso porque receita com aluguéis deriva de patrimônio, que,
por sua vez, refere-se à receita patrimonial.
Gabarito: LETRA D
5. (COPESE-UFT – Câmara de Palmas-TO – 2018) Na União, para o exercício de 2016, incluindo a elaboração
do Orçamento, entrou em vigor a nova estrutura de codificação das Naturezas de Receita, de forma a prover
melhorias na estrutura de formação dos códigos da classificação, aplicando lógica integralmente voltada para a
gestão das receitas orçamentárias. A nova codificação estrutura os códigos de forma a proporcionar extração de
informações imediatas, a fim de prover celeridade, simplicidade e transparência, sem a necessidade de qualquer
procedimento paralelo para concatenar dados. Ressalta-se que para os referidos entes, tal codificação é válida a
partir do exercício financeiro de 2018, inclusive no que se refere à elaboração do respectivo projeto de lei
orçamentária, que foi elaborado durante o exercício de 2017.
A) A estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com
aquelas dela originadas, e a associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 (oito) dígitos, cujas
posições ordinais passam a ter o seguinte significado: Categoria Econômica, Espécie, Origem,
Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita e Tipo.
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B) A estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com
aquelas dela originadas, e a associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 (oito) dígitos, cujas
posições ordinais passam a ter o seguinte significado: Natureza da Receita, Origem, Espécie,
Desdobramentos para identificação do fato gerador da receita e Alínea.
C) A estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com
aquelas dela originadas, e a associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 (oito) dígitos, cujas
posições ordinais passam a ter o seguinte significado: Categoria Econômica, Origem, Espécie,
Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita, e Tipo.
D) A estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com
aquelas dela originadas, e a associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 (oito) dígitos, cujas
posições ordinais passam a ter o seguinte significado: Categoria Econômica, Espécie, Origem,
Desdobramentos para identificação do fato gerador da receita, e Alínea.
RESOLUÇÃO:
Essa codificação foi alterada em 2016, vamos lembrar dela consultando o nosso esquema:
1º nível 4º nível
2º nível 3º nível 5º nível
Categoria Desdobramentos para identificação de
Origem Espécie Tipo
econômica peculiaridades da receita
Portanto, note que na classificação por natureza de receita são 5 níveis e 8 dígitos, cujas posições têm o
seguinte significado: categoria econômica, origem, espécie, desdobramentos para identificação de peculiaridades
da receita e tipo.
Gabarito: LETRA C
6. (Cespe – STJ – 2018) Conforme a classificação da receita orçamentária por indicador de resultado primário,
receitas financeiras são aquelas que não alteram o endividamento líquido do governo no exercício financeiro
correspondente.
RESOLUÇÃO:
Exato! Receitas financeiras, apesar de estarem relacionadas com dívidas (juros, empréstimos e
amortizações), não tem o condão de alterar o endividamento líquido do governo. Vamos ao nosso esquema:
Gabarito: CERTO
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7. (Cespe – CGM de João Pessoa-PB – 2018) Arrecadação de receita pública é o ato de transferir aos cofres
públicos os valores monetários entregues pelos contribuintes.
RESOLUÇÃO:
Na verdade, o comando da questão definiu o estágio do recolhimento. Arrecadação é o ato no qual ocorre
a entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores. Isso acontece por meio dos agentes
arrecadadores ou instituições financeiras (bancos) autorizadas pelo ente.
Vamos relembrar o nosso esquema:
Gabarito: ERRADO
RESOLUÇÃO:
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Gabarito: LETRA B
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9. (Cespe – STJ – 2018) A classificação orçamentária da receita por fonte de recursos é dividida em cinco
grupos, entre eles inclui-se o grupo de recursos condicionados.
RESOLUÇÃO:
9 Recursos condicionados
Ahá! Lá está o grupo que nos interessa, o grupo de recursos condicionados, o que torna a questão certa.
Gabarito: CERTO
10. (Funrio – CGE-RO – 2018) O estágio da receita que comprova que o contribuinte cumpriu sua obrigação
com o pagamento do tributo devido, embora o recurso ainda não esteja na conta corrente do tesouro público
é:
A) a previsão.
B) o recolhimento.
C) a liquidação.
D) o lançamento.
E) a arrecadação.
RESOLUÇÃO:
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Note então que o comando da questão descreve o estágio da arrecadação, quando ocorre a entrega dos
recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores. Isso acontece por meio dos agentes arrecadadores
ou instituições financeiras (bancos) autorizadas pelo ente.
Entretanto, neste estágio, os recursos ainda não ingressaram nas contas públicas, o que ocorrerá apenas na
próxima etapa com o recolhimento.
Gabarito: LETRA E
11. (Cespe – Iphan – 2018) Operação de transferência de recursos entre entes federativos não fere o princípio
do orçamento bruto. Nesse caso, os recursos deverão ser incluídos como despesa no orçamento do ente que
transfere e, como receita, no orçamento daquele que os receber.
RESOLUÇÃO:
É isso aí! Uma vez que o ente transferidor relaciona a transferência como despesa e o ente recebedor como
receita, tudo certo!
Note que se a questão mencionar que os recursos que foram transferidos não constaram originalmente do
orçamento do ente transferidor, a transferência seria registrada como dedução de receita e não como despesa.
Fique ligado!
Gabarito: CERTO
12. (Cespe – IFF – 2018) O ingresso de determinado recurso é definido como receita agropecuária na
classificação da receita pública por
A) categoria econômica.
B) origem.
C) espécie.
D) rubrica.
E) alínea.
RESOLUÇÃO:
Nessa questão, basta lembrarmos do nosso mnemônico para origens da receita orçamentária:
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Note que a questão continha algumas alternativas relacionadas aos antigos níveis de classificação por
natureza da receita (“rubrica” e “alínea”), que não são mais utilizados.
Gabarito: LETRA B
RESOLUÇÃO:
Ora, sabemos que nem todos os ingressos de recursos são receitas orçamentárias, não é mesmo? Existem
também os ingressos extraorçamentários, que são entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros, tais
como cauções, fianças, depósitos judiciais. Logo, essa questão está errada.
Gabarito: ERRADO
14. (Cespe – TCE/PE – 2017) De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP),
é do escopo da contabilidade prover as informações relativas à administração patrimonial, financeira e
orçamentária necessárias para que sejam conhecidos adequadamente a composição patrimonial e os resultados
econômicos e financeiros das entidades públicas. Nesse contexto, julgue o item subsequente.
É correto utilizar o momento do lançamento para determinar a data da ocorrência do fato gerador no âmbito
de uma atividade tributária.
RESOLUÇÃO:
Gente, o estágio do lançamento da receita, é justamente quando são realizados os procedimentos de:
Gabarito: CERTO
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15. (Cespe – TRE-TO – 2017) A receita pública passa por diversos estágios desde seu planejamento até o seu
ingresso nos cofres públicos. Ao longo desse processo, ocorre a constituição do crédito tributário, que se dá no
estágio de
A) planejamento.
B) previsão.
C) lançamento.
D) arrecadação.
E) recolhimento.
RESOLUÇÃO:
Além disso, segundo a Lei nº 4.320/1964, art. 53, o lançamento é o ato da repartição competente, que
verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Já para o Código
Tributário Nacional, art. 142, no lançamento a entidade competente verifica a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido e identifica a
pessoa que lhe é devedora (sujeito passivo). Após, realiza a formalização do crédito a receber (Lei nº 4.320/1964,
art. 53).
Gabarito: LETRA C
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RESOLUÇÃO:
A alternativa B) está errada, porque o “planejamento das receitas que constarão na proposta orçamentária”
é algo que ocorre apenas no estágio da previsão.
A alternativa C) está errada, porque “comportamento da série histórica de arrecadação” é um item específico
da metodologia de projeção de receitas utilizada apenas na etapa de previsão.
A alternativa D) está errada, porque nem todas as receitas passam pela etapa de previsão e de lançamento.
Exemplo disso são as receitas com doações em dinheiro.
A alternativa E) está errada, porque os estágios da receita orçamentária são: previsão, lançamento,
arrecadação e recolhimento.
Gabarito: LETRA A
17. (Cespe – TCE/PB – 2017) No estágio da previsão da receita orçamentária, é verificada a procedência do
crédito fiscal.
RESOLUÇÃO:
Pessoal, o estágio da previsão compreende planejar e estimar a arrecadação das receitas orçamentárias que
constarão na proposta orçamentária utilizando metodologias de previsão usualmente adotadas.
É no lançamento que a repartição competente verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é
devedora e inscreve o débito desta (Lei nº 4.320/1964, art. 53).
Gabarito: ERRADO
18. (Cespe – TRF-1ª Região – 2017) A etapa em que determinado banco privado transfere à conta específica do
Tesouro os valores pagos pelos contribuintes referentes a certo tributo federal corresponde ao estágio de
arrecadação da receita pública.
RESOLUÇÃO:
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Com isso, vemos que a questão descreveu o que ocorre no estágio do recolhimento. Neste estágio, os
recursos arrecadados finalmente são transferidos, ou simplesmente recolhidos, aos cofres públicos em conta
específica do Tesouro, observando o princípio da unidade de caixa, representado pelo controle centralizado dos
recursos arrecadados em cada ente da Federação.
Gabarito: ERRADO
19. (FCC – DPE/RS – 2017) Em março de 2017, a Defensoria Pública de um determinado Estado caracterizou-se
como beneficiária e a União como transferidora de R$ 990.000,00 que foram classificados com o código 1 quanto
ao primeiro dígito da classificação da receita orçamentária por natureza. Assim, o recurso recebido pela Defensoria
Pública, no que se refere à origem e à espécie da receita, classifica-se, respectivamente, como
Primeiramente, vamos ao conceito de transferências inter e intragovernamentais (MCASP 8ª ed., pg. 464):
Transferência INTERgovernamental = transferências de recursos entre entes da Federação distintos. (Nesse
caso, entre Defensoria Pública e União).
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Receitas corrente 1
Receitas de capital 2
Receitas corrente
7
intraorçamentárias
Receitas corrente
8
intraorçamentárias
Gabarito: LETRA B
20. (Cespe – TCE-PE – 2017) A classificação da receita orçamentária é de utilização obrigatória por todos os
entes da Federação.
RESOLUÇÃO:
Gabarito: CERTO
21. (Cespe – SEDF – 2017) No tocante à conceituação e à classificação da receita pública, as receitas tributária e
patrimonial são classificadas como receitas de capital.
RESOLUÇÃO:
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Agora, é fácil ver que receitas tributária e patrimonial são receitas correntes e não de capital.
Gabarito: ERRADO
22. (Cespe – TCE-PR – 2016) O lançamento tributário, um dos estágios da receita pública, compreende os
procedimentos de determinação da matéria tributável, cálculo do imposto, identificação do sujeito passivo e
notificação.
RESOLUÇÃO:
Pessoal, segundo a Lei nº 4.320/1964, art. 53, o lançamento é o ato da repartição competente, que verifica
a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Já para o Código Tributário
Nacional, art. 142, no lançamento a entidade competente verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido e identifica a pessoa que
lhe é devedora (sujeito passivo).
Gabarito: CERTO
23. (Cespe – TCE-PR – 2016) Considere que determinado estado receba compensação financeira pela
exploração de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica em seu território. Nessa situação
hipotética, em sua contabilidade, o estado deverá lançar as receitas da compensação financeira como
A) Receita de contribuição
B) Transferências correntes.
C) Outras receitas correntes.
D) Receita patrimonial.
E) Receita industrial.
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RESOLUÇÃO:
A primeira é ter certa familiaridade com o ementário de receitas públicas ou com a tabela de origens de
receita e saber que receita de compensação financeira é espécie da origem receita patrimonial.
A segunda, é pensar logicamente: recursos hídricos são bens (no caso da União). Logo, receitas
orçamentárias oriundas da sua exploração são patrimoniais. A própria definição de receita patrimonial segundo o
MCASP nos diz que (8ª ed., pg 42):
São receitas provenientes da fruição do patrimônio de ente público, como por exemplo, bens mobiliários e
imobiliários ou, ainda, bens intangíveis e participações societárias. São classificadas no orçamento como
receitas correntes e de natureza patrimonial.
No entanto... há uma grande polêmica em torno desse item, pois a banca deu como gabarito a alternativa
c). Ainda assim, mantemos a posição de que a resposta certa para essa questão é a alternativa D).
Gabarito: LETRA D
24. (Cespe – TCE-SC – 2016) O grupo de destinação de recursos divide a receita pública entre os recursos
originários do Tesouro Nacional e os originários de outras fontes, fornecendo também a indicação sobre o
exercício em que esses recursos foram arrecadados.
RESOLUÇÃO:
Exato, gente! De acordo com nossa tabela de grupo por fontes de recurso:
9 Recursos condicionados
Gabarito: CERTO
25. (Cespe – TRT-8ªRegião – 2016) Os valores estabelecidos para a efetivação das despesas autorizadas
deverão ser proporcionais aos valores previstos para a arrecadação das receitas. Essa afirmativa faz referência
ao princípio orçamentário do(a)
A) equilíbrio.
B) exclusividade.
C) orçamento bruto.
D) proibição do estorno.
E) programação.
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RESOLUÇÃO:
A alternativa B) está errada. O princípio da exclusividade estabelece que a proposta orçamentária deve tratar
apenas de previsão de receitas e fixação de despesas.
A alternativa C) está errada. O princípio do orçamento bruto estabelece que todas as receitas e despesas
constarão da LOA pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Gabarito: LETRA A
26. (Cespe – TRT-8ªRegião – 2016) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a lei orçamentária anual
deve compreender o orçamento fiscal, o qual conterá receitas e despesas referentes a todas as entidades da
administração direta e indireta; o orçamento de investimento das empresas estatais; e o orçamento da
seguridade social. Esse mandamento constitucional relaciona-se aos princípios orçamentários da
A) uniformidade e da unidade.
B) universalidade e da especificação.
C) universalidade e unidade.
D) unidade e da especificação.
E) universalidade e da programação.
RESOLUÇÃO:
O comando da questão menciona que o orçamento deve compreender o universo de receitas e despesas, o
que se relaciona com o princípio da universalidade.
Além disso, a questão menciona que a LOA deve abranger o orçamento fiscal, da seguridade social e de
investimento das estatais. Essa é justamente a ideia do princípio da unidade.
Gabarito: LETRA C
27. (Cespe – TCE-SC – 2016) Acerca do direito financeiro na Constituição Federal de 1988 e dos princípios
orçamentários, julgue o seguinte item. Apesar de os entes federados serem obrigados a elaborar um orçamento
fiscal, um orçamento de investimento das empresas estatais e um orçamento da seguridade social, é correto
afirmar que vigora no Brasil o princípio da unidade orçamentária.
RESOLUÇÃO:
Correto. Essa é justamente a ideia do princípio da unidade, principalmente tendo em vista o disposto na
Constituição Federal de 1988 no art. 165:
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28. (Cespe – DPU – 2016) De acordo com o princípio da universalidade orçamentária, cada unidade
orçamentária deve possuir apenas um orçamento.
RESOLUÇÃO:
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.
Gabarito: ERRADO
29. (FCC – PGE-MT – 2016) As categorias econômicas da Receita Pública são: Corrente e de Capital. Ambas as
categorias econômicas são subclassificadas conforme a origem do recurso público. São exemplos de Receitas
Correntes, nos termos da Lei nº 4.320/64, como subclassificações desta:
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A alternativa D) está errada, pois receita de transferência de capital é receita de capital obviamente.
Gabarito: LETRA C
30. (FCC – TRF-3ª Região – 2016) No que se refere às receitas públicas, a Lei nº 4.320/1964 estabelece que
C) o superavit do orçamento corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas
correntes não constitui item de receita orçamentária.
E) a receita advinda de tributo tem seu produto destinado a custear apenas atividades gerais.
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RESOLUÇÃO:
A alternativa A) está errada. Primeiro porque receita é origem de categoria econômica e não espécie.
Segundo porque receita não tributária não é detalhamento de nenhum nível da classificação por natureza de
receita.
A alternativa B) está errada. Elas são origens de receitas correntes. Para ver isso basta consultarmos nosso
mnemônico de origens de receita orçamentária:
A alternativa C) está certa. O Superavit do Orçamento Corrente é, nada mais, que a diferença positiva
entre o total da arrecadação de receitas correntes e o total da execução das despesas correntes no exercício. Ele é
uma receita de capital. No entanto, a Lei nº 4.320/1964, estabelece expressamente que ele não constituirá item
de receita orçamentária (isso visa evitar dupla contagem). Vejamos:
Art. 11, § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição
de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do
Orçamento Corrente.
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31. (Cespe – TRE-GO – 2015) De acordo com o princípio do orçamento bruto, o montante total de despesas
orçamentárias deve ser igual ao montante total de receitas orçamentárias.
RESOLUÇÃO:
Para resolver essa questão, basta lembrarmos o conceito do princípio do orçamento bruto, conforme
disposto na Lei nº 4.320/1964:
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Gabarito: ERRADO
32. (Cespe – MPU – 2015) De acordo com o princípio da exclusividade, é vedado ao Poder Executivo incluir na
lei orçamentária anual (LOA) autorização para contratação de operação de crédito.
RESOLUÇÃO:
Como sabemos, os princípios orçamentários possuem exceções. E essa é justamente uma das exceções ao
princípio da exclusividade. Vamos ver como ele se encontra disciplinado:
CF/1988, art. 165:
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Gabarito: ERRADO
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A) 600,00.
B) 500,00.
C) 920,00.
D) 750,00.
E) 650,00.
RESOLUÇÃO:
Primeiramente, precisamos identificar as transações que são receitas orçamentárias. São elas:
Agora, vamos recorrer ao nosso esquema mnemônico para identificar as receitas correntes:
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Por fim, o montante de receitas correntes é 750,00, o que torna a alternativa D) correta.
Gabarito: LETRA D
34. (ESAF – MPOG – 2015) A principal característica que diferencia receitas correntes de receitas de capital é:
E) ambas têm o poder de aumentar a disponibilidade financeira do Estado, porém, as receitas de capital,
na sua maioria, não provocam efeitos sobre o patrimônio líquido.
RESOLUÇÃO:
A alternativa A) está errada, pois receitas correntes e de capital podem financiar despesas correntes e de
capital, devendo apenas se atentar para o atendimento à Regra de Ouro (veremos mais adiante).
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A alternativa C) está errada, pois receita tributária é origem de receita corrente apenas, e não de capital.
A alternativa D) está errada, pois ambas aumentam a disponibilidade do ente estatal independentemente
de condição em relação à destinação.
A alternativa E) está certa. Ambas aumentam as disponibilidades do ente (pois são receitas orçamentárias).
Todavia, em sua maioria, receitas de capital são não efetivas, não afetando, portanto, o patrimônio líquido. A
exceção são as transferências de capital.
Gabarito: LETRA E
35. (FCC – MPE/PB – 2015) O orçamentista de uma Prefeitura do Estado da Paraíba recebeu orientação para
consignar no orçamento dotação para programa especial de trabalho que, por sua natureza, não poderia cumprir-
se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa. Assim, esse programa foi consignado em dotação
global, classificado como despesa de capital. Esse fato representou uma exceção legal ao princípio orçamentário
da
A) clareza.
B) especificação.
C) exclusividade.
D) não-vinculação.
E) universalidade.
RESOLUÇÃO:
Pessoal, como sabemos os princípios orçamentários possuem diversas exceções.
Nesse caso, trata-se de uma exceção ao princípio da especificação. Vejamos o que dispõe a Lei nº 4.320/1964
sobre o princípio e sua exceção:
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Princípio da especificação
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu
parágrafo único.
Art. 20, Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais,
classificadas entre as Despesas de Capital.
Gabarito: LETRA B
36. (Funiversa – Secretaria da Criança-DF – 2015) O mecanismo orçamentário criado para assegurar
que receitas vinculadas por lei à finalidade específica sejam exclusivamente aplicadas em programas e ações que
visem à consecução de despesas ou políticas públicas associadas a esse objetivo legal é denominado
A) identificador de resultado primário.
B) esfera orçamentária.
C) classificação por fonte de recursos.
D) lançamento da receita.
E) categoria econômica
RESOLUÇÃO:
Gabarito: LETRA C
37. (FCC – TRT 3ª Região – 2015) Um analista do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região – TRT-3ª Região,
ao elaborar a peça orçamentária do órgão, teve cuidado com os seguintes aspectos:
Esses aspectos são importantes porque atendem, respectivamente, aos princípios orçamentários da
A) exclusividade e universalidade.
B) não-afetação e universalidade.
C) exclusividade e unidade.
D) especificação e unidade.
E) especificação e equilíbrio.
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RESOLUÇÃO:
Note que no item I, o comando trouxe a expressão “somente assuntos pertinentes”. Isso está relacionado
com a ideia do princípio da exclusividade. Vamos rever seu texto legal:
CF/1988, art. 165, §8º: A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Já o item II, traz a ideia de que o orçamento anual deve conter o universo de todas as receitas previstas e
despesas fixadas. Ora, isso é justamente a ideia do princípio da universalidade, contido na Lei nº 4.320/1964:
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em
lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração
centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.
Gabarito: LETRA A
38. (Cespe – Antaq – 2014) Uma empresa operou com embarcação própria sem as condições técnicas
operacionais necessárias, razão por que foi autuada pela ANTAQ, devendo pagar multa de R$ 50 mil.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes, com base nos princípios orçamentários
e na receita e despesa públicas.
Em razão do princípio da universalidade, o valor recebido referente à multa aplicada pela ANTAQ somente
será registrado como receita do exercício corrente se houver previsão dessa multa na lei orçamentária anual.
RESOLUÇÃO:
Apesar de o princípio da universalidade estabelecer que a LOA deve compreender todas as receitas previstas
para o exercício, para uma receita ser considerada orçamentária, basta que ela seja arrecadada no exercício. Ou
seja, estar contida na LOA não é condição necessária. É isso que nos diz o art. 57 da Lei nº 4.320/1964:
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como receita
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de
crédito, ainda que não previstas no Orçamento.
Outro exemplo clássico de receita orçamentária não prevista na LOA são as doações em dinheiro.
Gabarito: ERRADO
39. (Cespe – Antaq – 2014) O princípio da anualidade orçamentária determina que o orçamento de cada um dos
entes da Federação deve ser elaborado e encaminhado ao Poder Legislativo no ano anterior ao da sua execução.
RESOLUÇÃO:
Pessoal, princípios orçamentários são conceitos que precisam estar no sangue!
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A questão está errada, porque o princípio da anualidade diz que o exercício financeiro, isto é, o período de
vigência do orçamento anual (LOA), coincide com o ano civil!
Lei nº 4.320/1964, art. 34: O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Gabarito: ERRADO
40. (Cespe – Antaq – 2014) Uma empresa operou com embarcação própria sem as condições técnicas
operacionais necessárias, razão por que foi autuada pela ANTAQ, devendo pagar multa de R$ 50 mil.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes, com base nos princípios orçamentários
e na receita e despesa públicas.
Em razão do princípio da universalidade, o valor recebido referente à multa aplicada pela ANTAQ somente
será registrado como receita do exercício corrente se houver previsão dessa multa na lei orçamentária anual.
RESOLUÇÃO
Gente, apesar de o princípio da universalidade estabelecer que o orçamento anual deve compreender todas
as receitas previstas para o exercício, basta que o ingresso de recursos na questão seja arrecadado para que seja
considerado uma receita orçamentária.
De fato, é isso que a Lei nº 4.320/1964 nos traz:
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como receita
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de
crédito, ainda que não previstas no Orçamento.
Gabarito: ERRADO
41. (FCC – ALEPE – 2014) Na Lei Orçamentária Anual de um ente federado, são receitas classificadas como
Receitas Patrimoniais aquelas oriundas de
RESOLUÇÃO:
Vejamos a definição de receitas patrimoniais segundo o MTO, 2018 (pg. 20):
Receita Patrimonial: são provenientes da fruição de patrimônio pertencente ao ente público, tais como as
decorrentes de aluguéis, dividendos, compensações financeiras/royalties, concessões, entre outras.
Agora vejamos algumas receitas patrimoniais segundo a classificação por natureza (MTO 2018, pgs.
108/109):
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Isso já é o bastante para escolhermos a alternativa B) como certa. No começo, isso pode parecer complicado,
mas conforme se adquire experiências em questões como esta, passa a se tornar intuitivo. Além disso:
A alternativa A) está errada, pois impostos são receitas tributárias e não patrimoniais.
A alternativa C) está errada, pois taxas de serviços públicos são receitas tributárias e não patrimoniais.
A alternativa D) está errada, pois alienação de bens imóveis é receita de alienação de bens e não
patrimonial. Além disso, receitas de serviços hospitalares são receitas de serviços e não patrimoniais.
A alternativa E) está errada, pois juros de mora pelo recebimento em atraso de tributos são classificadas
como outras receitas correntes e não patrimoniais.
Gabarito: LETRA B
42. (FUNCEFET – Prefeitura de Vila Velha-ES – 2014) A classificação das receitas por fontes de recursos decorre
da necessidade de melhor acompanhamento e controle do grande número de vinculações existentes entre
receitas e despesas. A classificação por fontes de recursos é dividida em cinco grupos, não faz parte desses grupos
a alternativa:
A) Recursos Vinculados.
B) Recursos de outras fontes – Exercício Corrente e Anteriores.
C) Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores.
D) Recursos Condicionados.
E) Recursos do Tesouro – Exercício Corrente.
RESOLUÇÃO:
Aqui basta lembrarmos do nosso esquema para classificação de receita por fonte/destinação de recursos e
identificarmos os grupos existentes:
9 Recursos condicionados
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A alternativa A) trouxe um candidato a grupo que não está contido na tabela acima. As demais alternativas
estão na tabela (note que a alternativa b) traz dois grupos simultaneamente).
Gabarito: LETRA A
43. (Cespe – Cade – 2014) A classificação da receita por identificador de resultado divide as receitas públicas
entre aquelas relacionadas com o resultado fiscal e as relacionadas com o resultado operacional.
RESOLUÇÃO:
Erradíssimo! Essa classificação divide as receitas em financeiras (ou não primárias) e primárias (ou não
financeiras).
Gabarito: ERRADO
44. (Cespe – ICMBio – 2014) Algumas receitas orçamentárias podem não passar, antes do seu recolhimento,
pela etapa de lançamento.
RESOLUÇÃO:
Exatamente, nem todas as receitas passam por este estágio, como é o caso das doações em dinheiro. Para
ser receita orçamentária, basta que a receita seja arrecadada, como prevê a Lei nº 4.320/1964, art. 57.
Gabarito: CERTO
45. (Cespe – Câmara dos Deputados – 2014) Julgue o seguinte item, referente à LRF – Lei Complementar n.º
101/2000. São formas de renúncia fiscal: anistia, remissão, subsídio, crédito presumido e concessão de isenção em
caráter não geral.
RESOLUÇÃO:
Pessoal, basta recorrermos ao nosso esquema de renúncias de receitas para ver que a questão está certa.
Vamos ver:
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Destaque para a “isenção de caráter não geral” encaixa-se justamente em “outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado”. O que é possível uma vez que esse rol é exemplificativo.
Gabarito: CERTO
46. (FCC – TRF-4ª Região – 2014) No primeiro bimestre de 2014, determinada entidade do setor público
contratou operações de crédito por antecipação de receita orçamentária, no valor de R$ 450.000. Nos termos da
Lei Federal nº 4.320/64, a operação refere-se a uma
A) receita de capital.
B) dívida ativa.
C) receita corrente.
D) variação patrimonial quantitativa.
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RESOLUÇÃO:
Que questão venenosa! Pessoal, apesar de o ingresso de recursos em questão seja uma operação de crédito,
ela é realizada por Antecipação de Receitas Orçamentárias – ARO! Isso implica que NÃO se trata de receita
orçamentária, mas de ingresso extraorçamentário.
Decorrência de ser um ingresso extraorçamentário é que ele constitui uma entrada compensatória no ativo
e passivo financeiros.
Gabarito: LETRA E
47. (Cespe – Polícia Federal – 2014) De acordo com o princípio da unidade, ou da totalidade orçamentária, todos
os entes federados devem reunir seus diferentes orçamentos em uma única lei orçamentária, que consolidará
todas as receitas e despesas públicas do Estado.
RESOLUÇÃO:
Errado. O princípio da unidade/totalidade tem a ver com manter o orçamento uno dentro do próprio ente
federativo e não com reunir as peças orçamentárias de diversos entes federados.
Gabarito: ERRADO
48. (FCC – TRT 2ª Região – 2014) A inclusão de dispositivos que autorizam a criação de cargos públicos na Lei
Orçamentária Anual é vedada porque fere o princípio orçamentário
A) da universalidade.
B) do orçamento bruto.
C) da publicidade.
D) da exclusividade.
E) da unidade.
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RESOLUÇÃO:
Lembram-se das caudas orçamentárias e dos orçamentos “rabilongos”? A ideia do princípio da exclusividade
é justamente impedir esse tipo de coisa. O orçamento é para cuidar da previsão de receitas e fixação de despesas:
Vejamos o dispositivo constitucional que o prevê (CF/1988, art., 165):
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Portanto, uma vez que matéria relativa à criação de cargos não é matéria orçamentária (em que pese a LOA
deva dispor para isso, se for o caso) e nem se insere nas exceções ao Art. 165, §8º, transcrito acima, tem-se que
feriria o princípio da exclusividade caso fosse incluída na LOA.
Gabarito: LETRA D
49. (Cespe – Câmara dos Deputados – 2014) O princípio da especialização contribui para o trabalho fiscalizador
dos parlamentos sobre as finanças executivas.
RESOLUÇÃO:
Perfeito, gente! A ideia é que por meio da aplicação do princípio da especificação, evitem-se ações genéricas,
com excessiva discricionariedade flexibilidade. Desse modo, a função de acompanhamento e controle do gasto
público, desenvolvida pelo parlamento com auxílio dos Tribunais de Contas, é facilitada.
Gabarito: CERTO
50. (FEPESE – MPE-SC – 2014) As receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial,
de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes são denominadas:
A) Receitas correntes.
B) Receitas de capital.
C) Receitas originárias.
D) Receitas derivadas.
E) Receitas efetivas.
RESOLUÇÃO:
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Como podemos ver, as origens mencionadas pela questão referem-se às Receitas correntes.
Gabarito: LETRA A
51. (Cespe – MPU – 2013) O superavit do orçamento corrente, dado pela diferença entre receitas e despesas
correntes, é classificado na categoria econômica de receita de capital.
RESOLUÇÃO:
Gente, o Superavit do Orçamento Corrente é, nada mais, que a diferença positiva entre o total da
arrecadação de receitas correntes e o total da execução das despesas correntes no exercício. Ele é uma receita de
capital. Vejamos:
Art. 11, § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição
de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do
Orçamento Corrente.
Gabarito: CERTO
52. (FCC – DPE-RS – 2013) Considere as seguintes operações realizadas por determinada entidade pública
durante o exercício de 2012:
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RESOLUÇÃO:
Primeiramente, precisamos identificar as transações que são receitas orçamentárias. São elas:
Receita de multas diversas 300
Receita de impostos 200
Receita de serviços prestados 300
Receita de alienação de bens imóveis 600
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Note que os demais lançamentos não são receitas orçamentárias. Calma! É normal que a essa altura você
não tenha compreendido todos, isso ficará mais claro nas próximas aulas. Todavia, destaque para o recebimento
em doação de duas ambulâncias, que, apesar de ser receita sob o enfoque patrimonial, alterando o patrimônio
líquido, não é arrecadada. Logo não é receita orçamentária.
Agora basta identificar quais das receitas acima possuem impacto no patrimônio líquido no momento do
ingresso financeiro e quais não possuem. Vamos nos lembrar do esquema sobre receitas efetivas e não efetivas:
Assim, temos:
Receitas efetivas
Receita de multas diversas 300
Receita de impostos 200
Receita de serviços 300
prestados
Total 800
No que não nessas receitas, não há um aumento simultâneo do passivo e nem um decréscimo simultâneo do
ativo. Logo, elas alteram positivamente o patrimônio líquido, sendo, portanto, efetivas!
Nesse caso, note que quando há o ingresso do recurso financeiro, há um decréscimo simultâneo do ativo
provocado pela alienação dos bens imóveis. Logo, essa receita orçamentária é não efetiva.
Logo, a alternativa certa é a B).
Gabarito: LETRA B
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53. (Cespe – Ancine – 2013) São critérios para a classificação da receita orçamentária a sua natureza e a
fonte/destinação dos recursos.
RESOLUÇÃO:
Perfeito. Segundo o MCASP, as receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes critérios:
a. Natureza;
b. Fonte/Destinação de Recursos e
c. Indicador de Resultado Primário.
Gabarito: CERTO
54. (FCC – DPE-RS – 2013) O município de Águas Mornas do Centro Oeste, no exercício de 2012, arrecadou
receitas pela prestação de serviços, as quais não foram previstas na lei orçamentária do referido exercício. De
acordo com a Lei Federal no 4.320/64 tais receitas serão classificadas como
A) extraorçamentária.
B) intraorçamentária.
C) orçamentária.
Pessoal, para uma receita ser considerada como orçamentária, basta que ela seja arrecadada no exercício,
ou seja, estar contida na LOA não é condição necessária. É isso que nos diz o art. 57 da Lei nº 4.320/1964:
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como receita
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de
crédito, ainda que não previstas no Orçamento.
Inclusive, outro exemplo clássico de receita orçamentária não prevista na LOA são as doações em dinheiro.
Gabarito: LETRA C
55. (FCC – DPE/RS – 2013) Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir
racionalidade, eficiência e transparência aos processos de elaboração, execução e controle do orçamento público.
Nestas condições, o princípio orçamentário, o qual estabelece que a Lei Orçamentária Anual − LOA de cada ente
federado deverá conter todas as receitas e as despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações
instituídas e mantidas pelo poder público é denominado de
A) exclusividade.
B) legalidade.
C) anualidade.
D) universalidade.
E) totalidade.
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RESOLUÇÃO:
Para responder essa questão basta sabermos a definição do princípio da universalidade, contido na Lei º
4.320/1964, arts. 3º e 4º:
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em
lei. [...]
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração
centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.
56. (Cespe – CNJ – 2013) Caso uma prefeitura crie, por meio da vinculação de receitas de impostos, uma garantia
de recursos para a colocação de asfalto em todas as vias municipais, ela violará o princípio da não afetação de
receitas.
RESOLUÇÃO:
Perfeito! Salvo as exceções que constam na CF/1988, art. 167, V, sobre o princípio da não afetação de
receitas (que são muitas), a vinculação da receita de impostos é vedada.
Por óbvio, a vinculação de que trata a questão não é uma das exceções aceitas. Vejamos o texto
constitucional:
Art. 167. São vedados: [...]
Gabarito: CERTO
57. (Cespe – Seger/ES – 2013 - adaptada) Assinale a opção correta em relação aos princípios orçamentários.
A) A LOA está em desacordo com o princípio da totalidade, uma vez que é editada anualmente por meio
de três orçamentos distintos: o fiscal, o da seguridade social e o de investimento.
C) Em consonância com o princípio da não vinculação, as receitas de contribuições sociais devem ser
recolhidas à conta única do Tesouro Nacional e utilizadas para o pagamento de quaisquer despesas
públicas.
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D) Em conformidade com o princípio da exclusividade, a Lei Orçamentária Anual (LOA) não poderá conter
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, ressalvando-se dessa proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito.
A alternativa A) está errada, pois o princípio da totalidade/unidade prevê que o orçamento deve ser uno,
compreendendo os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais. Esse tema possui
inclusive previsão constitucional:
CF/1988, art. 165, § 5º. A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público.
A alternativa B) está errada. O princípio da anualidade/periodicidade prevê simplesmente que o exercício
financeiro deve coincidir com o ano civil.
A alternativa C) está errada, pois o princípio da não afetação refere-se a receitas de impostos. Outros tipos
de receitas, como é o caso das receitas de contribuição, podem ter prévia vinculação.
A alternativa D) está certa. Esse é exatamente o texto do princípio da exclusividade constante na CF/1988,
art. 165. Vejamos:
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
A alternativa E) também está errada, pois o princípio da clareza estabelece que o orçamento público anual
deve apresentar linguagem de fácil entendimento para que a pessoa comum possa compreendê-lo.
Gabarito: LETRA D
58. (FCC – TRF-15ª Região – 2013) O orçamento do TRT da 15ª Região previu dotações globais para custear
programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não podem ser cumpridas subordinadamente às normas
gerais da execução da despesa. Esse fato representa exceção ao princípio orçamentário da
A) periodicidade.
B) unidade.
C) universalidade.
D) exclusividade.
E) especificação.
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RESOLUÇÃO:
Nesse caso, trata-se de uma exceção ao princípio da especificação. Vejamos o que dispõe a Lei nº 4.320/1964
sobre o princípio e sua exceção:
Princípio da especificação
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu
parágrafo único.
Art. 20, Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais,
classificadas entre as Despesas de Capital.
Gabarito: LETRA E
RESOLUÇÃO:
Pessoal, o princípio da unidade também é conhecido como princípio da totalidade. E ele prevê que o
orçamento deve ser uno dentro de cada ente federativo.
Gabarito: LETRA D
60. (FCC – TJ/PE – 2012) O mecanismo denominado Destinação de Recursos ou Fonte de Recursos classifica,
respectivamente, as receitas orçamentárias em
A) correntes e de capital.
B) aplicação direta e transferências a terceiros.
C) vinculadas e ordinárias.
D) tributárias e de capital.
E) operacionais e não operacionais.
RESOLUÇÃO:
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61. (Cespe – MPU – 2010) O produto da arrecadação de uma única receita orçamentária pode ser subdividido
em mais de uma fonte de recursos.
RESOLUÇÃO:
Pessoal, não existe vedação a que o produto de uma receita orçamentária seja subdivido em diversas fontes
de recursos. E, de fato, é isso o que ocorre com diversas receitas!
Gabarito: CERTO
62. (Cespe – MPU – 2010) Considerando que o processo orçamentário deve obedecer a um conjunto de
princípios consagrados na doutrina especializada, julgue os itens seguintes.
Pessoal, de fato o princípio da especificação, que estabelece a vedação de dotações globais, consta na Lei nº
4.320/1964, art. 5º, não estando, portanto, na Constituição Federal de 1988. Assim, a questão está certa.
No entanto, destaque-se o fato de que alguns doutrinadores entendem que a vedação constitucional a
créditos ilimitados (art. 167, VII) também integra o escopo do princípio da especificação.
Gabarito: CERTO
63. (FGV – Detran/RN – 2010) As receitas obtidas com cauções, fianças e consignações são:
A) Receitas de capital.
B) Receitas correntes.
C) Receitas extraorçamentárias.
D) Receitas orçamentárias.
E) Receitas tributárias.
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RESOLUÇÃO:
Para responder essa questão, basta lembrar dos exemplos de ingressos extraorçamentários:
Gabarito: LETRA C
64. (Cespe – TRE-MA – 2009) O código de natureza de receita busca classificar a receita identificando a
origem do recurso segundo seu fato gerador, sendo desmembrado em níveis. A subdivisão das categorias
econômicas é representa pela
A) fonte.
B) espécie.
C) subfonte.
D) rubrica.
E) origem.
RESOLUÇÃO:
Vamos ao nosso resumo sobre codificação da classificação de natureza da receita:
1º nível 4º nível
2º nível 3º nível 5º nível
Categoria Desdobramentos para identificação de
Origem Espécie Tipo
econômica peculiaridades da receita
Pessoal, essa questão é anterior à mudança da codificação da classificação por natureza da receita. No
entanto, os primeiros três níveis da codificação permaneceram inalterados.
Gabarito: LETRA E
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65. (Cespe – MTE – 2008) A estimativa de arrecadação pode ser efetuada para o conjunto das receitas, desde
que utilizados os mesmos parâmetros para cada tipo de receita. Mesmo para as despesas financeiras por fontes
específicas, a eventual insuficiência de recursos de determinada fonte pode ser suprida ou compensada mediante
transferência de recursos de uma fonte para outra.
RESOLUÇÃO:
O que a questão propõe contraria o princípio da proibição do estorno. Vejamos:
CF/1988, Art. 167. São vedados:
Gabarito: ERRADO
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Lista de questões
1. (FCC – TRT-2ªRegião – 2018) Com relação às definições de receita pública, numere a coluna II de acordo
com sua correspondência com a coluna I.
Coluna I
1. Espécies da receita.
2. Origens da receita.
3. Receitas públicas derivadas.
4. Receitas públicas originárias.
Coluna II
( ) São aquelas arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela Administração
Pública.
( ) Decorrem de imposição constitucional ou legal.
( ) Vinculam-se à origem, permitindo qualificar com maior detalhe o fato gerador das receitas.
( ) São o detalhamento das Categorias Econômicas.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.
a) 4 – 3 – 2 – 1.
b) 1 – 2 – 4 – 3.
c) 4 – 3 – 1 – 2.
d) 3 – 4 – 1 – 2.
e) 3 – 4 – 2 – 1.
3. (FCC – TRT 15ª Região – 2018) Informações sobre receitas e despesas públicas da Prefeitura de Campinas
podem ser obtidas por recursos automatizados, incluindo as receitas correntes, que têm como exemplo:
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4. (FGV – Prefeitura de Niterói-RJ – 2018) A Prefeitura de Vila Grande decide alugar uma edificação onde
funcionava uma escola municipal, agora desativada. Após o devido processo legal, o contrato é firmado com um
particular para a instalação de uma fábrica de roupas no local. Com base nas regras orçamentárias, a origem da
receita do aluguel será classificada como:
a) tributária.
b) de serviços.
c) industrial.
d) patrimonial.
e) de contribuição.
5. (COPESE-UFT – Câmara de Palmas-TO – 2018) Na União, para o exercício de 2016, incluindo a elaboração
do Orçamento, entrou em vigor a nova estrutura de codificação das Naturezas de Receita, de forma a prover
melhorias na estrutura de formação dos códigos da classificação, aplicando lógica integralmente voltada para a
gestão das receitas orçamentárias. A nova codificação estrutura os códigos de forma a proporcionar extração de
informações imediatas, a fim de prover celeridade, simplicidade e transparência, sem a necessidade de qualquer
procedimento paralelo para concatenar dados. Ressalta-se que para os referidos entes, tal codificação é válida a
partir do exercício financeiro de 2018, inclusive no que se refere à elaboração do respectivo projeto de lei
orçamentária, que foi elaborado durante o exercício de 2017.
a) A estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com
aquelas dela originadas, e a associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 (oito) dígitos, cujas
posições ordinais passam a ter o seguinte significado: Categoria Econômica, Espécie, Origem,
Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita e Tipo.
b) A estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com
aquelas dela originadas, e a associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 (oito) dígitos, cujas
posições ordinais passam a ter o seguinte significado: Natureza da Receita, Origem, Espécie,
Desdobramentos para identificação do fato gerador da receita e Alínea.
c) A estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com
aquelas dela originadas, e a associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 (oito) dígitos, cujas
posições ordinais passam a ter o seguinte significado: Categoria Econômica, Origem, Espécie,
Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita, e Tipo.
d) A estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com
aquelas dela originadas, e a associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 (oito) dígitos, cujas
posições ordinais passam a ter o seguinte significado: Categoria Econômica, Espécie, Origem,
Desdobramentos para identificação do fato gerador da receita, e Alínea.
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6. (Cespe – STJ – 2018) Conforme a classificação da receita orçamentária por indicador de resultado primário,
receitas financeiras são aquelas que não alteram o endividamento líquido do governo no exercício financeiro
correspondente.
7. (Cespe – CGM de João Pessoa-PB – 2018) Arrecadação de receita pública é o ato de transferir aos cofres
públicos os valores monetários entregues pelos contribuintes.
a) da uniformidade.
b) da exclusividade.
c) do orçamento bruto.
d) da programação.
e) da participação.
9. (Cespe – STJ – 2018) A classificação orçamentária da receita por fonte de recursos é dividida em cinco
grupos, entre eles inclui-se o grupo de recursos condicionados.
10. (Funrio – CGE-RO – 2018) O estágio da receita que comprova que o contribuinte cumpriu sua obrigação
com o pagamento do tributo devido, embora o recurso ainda não esteja na conta corrente do tesouro público
é:
a) a previsão.
b) o recolhimento.
c) a liquidação.
d) o lançamento.
e) a arrecadação.
11. (Cespe – Iphan – 2018) Operação de transferência de recursos entre entes federativos não fere o princípio
do orçamento bruto. Nesse caso, os recursos deverão ser incluídos como despesa no orçamento do ente que
transfere e, como receita, no orçamento daquele que os receber.
12. (Cespe – IFF – 2018) O ingresso de determinado recurso é definido como receita agropecuária na
classificação da receita pública por
a) categoria econômica.
b) origem.
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c) espécie.
d) rubrica.
e) alínea.
14. (Cespe – TCE/PE – 2017) De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP),
é do escopo da contabilidade prover as informações relativas à administração patrimonial, financeira e
orçamentária necessárias para que sejam conhecidos adequadamente a composição patrimonial e os resultados
econômicos e financeiros das entidades públicas. Nesse contexto, julgue o item subsequente.
É correto utilizar o momento do lançamento para determinar a data da ocorrência do fato gerador no âmbito
de uma atividade tributária.
15. (Cespe – TRE-TO – 2017) A receita pública passa por diversos estágios desde seu planejamento até o seu
ingresso nos cofres públicos. Ao longo desse processo, ocorre a constituição do crédito tributário, que se dá no
estágio de
a) planejamento.
b) previsão.
c) lançamento.
d) arrecadação.
e) recolhimento.
17. (Cespe – TCE/PB – 2017) No estágio da previsão da receita orçamentária, é verificada a procedência do
crédito fiscal.
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18. (Cespe – TRF-1ª Região – 2017) A etapa em que determinado banco privado transfere à conta específica do
Tesouro os valores pagos pelos contribuintes referentes a certo tributo federal corresponde ao estágio de
arrecadação da receita pública.
19. (FCC – DPE/RS – 2017) Em março de 2017, a Defensoria Pública de um determinado Estado caracterizou-se
como beneficiária e a União como transferidora de R$ 990.000,00 que foram classificados com o código 1 quanto
ao primeiro dígito da classificação da receita orçamentária por natureza. Assim, o recurso recebido pela Defensoria
Pública, no que se refere à origem e à espécie da receita, classifica-se, respectivamente, como
a) transferências correntes; transferências intragovernamentais.
20. (Cespe – TCE-PE – 2017) A classificação da receita orçamentária é de utilização obrigatória por todos os
entes da Federação.
21. (Cespe – SEDF – 2017) No tocante à conceituação e à classificação da receita pública, as receitas tributária e
patrimonial são classificadas como receitas de capital.
22. (Cespe – TCE-PR – 2016) O lançamento tributário, um dos estágios da receita pública, compreende os
procedimentos de determinação da matéria tributável, cálculo do imposto, identificação do sujeito passivo e
notificação.
23. (Cespe – TCE-PR – 2016) Considere que determinado estado receba compensação financeira pela
exploração de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica em seu território. Nessa situação
hipotética, em sua contabilidade, o estado deverá lançar as receitas da compensação financeira como
a) Receita de contribuição
b) Transferências correntes.
e) Receita industrial.
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24. (Cespe – TCE-SC – 2016) O grupo de destinação de recursos divide a receita pública entre os recursos
originários do Tesouro Nacional e os originários de outras fontes, fornecendo também a indicação sobre o
exercício em que esses recursos foram arrecadados.
25. (Cespe – TRT-8ªRegião – 2016) Os valores estabelecidos para a efetivação das despesas autorizadas
deverão ser proporcionais aos valores previstos para a arrecadação das receitas. Essa afirmativa faz referência
ao princípio orçamentário do(a)
a) equilíbrio.
b) exclusividade.
c) orçamento bruto.
d) proibição do estorno.
e) programação.
26. (Cespe – TRT-8ªRegião – 2016) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a lei orçamentária anual
deve compreender o orçamento fiscal, o qual conterá receitas e despesas referentes a todas as entidades da
administração direta e indireta; o orçamento de investimento das empresas estatais; e o orçame nto da
seguridade social. Esse mandamento constitucional relaciona-se aos princípios orçamentários da
a) uniformidade e da unidade.
b) universalidade e da especificação.
c) universalidade e unidade.
d) unidade e da especificação.
e) universalidade e da programação.
27. (Cespe – TCE-SC – 2016) Acerca do direito financeiro na Constituição Federal de 1988 e dos princípios
orçamentários, julgue o seguinte item. Apesar de os entes federados serem obrigados a elaborar um orçamento
fiscal, um orçamento de investimento das empresas estatais e um orçamento da seguridade social, é correto
afirmar que vigora no Brasil o princípio da unidade orçamentária.
28. (Cespe – DPU – 2016) De acordo com o princípio da universalidade orçamentária, cada unidade
orçamentária deve possuir apenas um orçamento.
29. (FCC – PGE-MT – 2016) As categorias econômicas da Receita Pública são: Corrente e de Capital. Ambas as
categorias econômicas são subclassificadas conforme a origem do recurso público. São exemplos de Receitas
Correntes, nos termos da Lei nº 4.320/64, como subclassificações desta:
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30. (FCC – TRF-3ª Região – 2016) No que se refere às receitas públicas, a Lei nº 4.320/1964 estabelece que
c) o superavit do orçamento corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas
correntes não constitui item de receita orçamentária.
31. (Cespe – TRE-GO – 2015) De acordo com o princípio do orçamento bruto, o montante total de despesas
orçamentárias deve ser igual ao montante total de receitas orçamentárias.
32. (Cespe – MPU – 2015) De acordo com o princípio da exclusividade, é vedado ao Poder Executivo incluir na
lei orçamentária anual (LOA) autorização para contratação de operação de crédito.
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a) 600,00.
b) 500,00.
c) 920,00.
d) 750,00.
e) 650,00.
34. (ESAF – MPOG – 2015) A principal característica que diferencia receitas correntes de receitas de capital é:
35. (FCC – MPE/PB – 2015) O orçamentista de uma Prefeitura do Estado da Paraíba recebeu orientação para
consignar no orçamento dotação para programa especial de trabalho que, por sua natureza, não poderia cumprir-
se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa. Assim, esse programa foi consignado em dotação
global, classificado como despesa de capital. Esse fato representou uma exceção legal ao princípio orçamentário
da
a) clareza.
b) especificação.
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c) exclusividade.
d) não-vinculação.
e) universalidade.
36. (Funiversa – Secretaria da Criança-DF – 2015) O mecanismo orçamentário criado para assegurar
que receitas vinculadas por lei à finalidade específica sejam exclusivamente aplicadas em programas e ações que
visem à consecução de despesas ou políticas públicas associadas a esse objetivo legal é denominado
d) lançamento da receita.
e) categoria econômica
37. (FCC – TRT 3ª Região – 2015) Um analista do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região – TRT-3ª Região,
ao elaborar a peça orçamentária do órgão, teve cuidado com os seguintes aspectos:
Esses aspectos são importantes porque atendem, respectivamente, aos princípios orçamentários da
a) exclusividade e universalidade.
b) não-afetação e universalidade.
c) exclusividade e unidade.
d) especificação e unidade.
e) especificação e equilíbrio.
38. (Cespe – Antaq – 2014) Uma empresa operou com embarcação própria sem as condições técnicas
operacionais necessárias, razão por que foi autuada pela ANTAQ, devendo pagar multa de R$ 50 mil.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes, com base nos princípios orçamentários
e na receita e despesa públicas.
Em razão do princípio da universalidade, o valor recebido referente à multa aplicada pela ANTAQ somente
será registrado como receita do exercício corrente se houver previsão dessa multa na lei orçamentária anual.
39. (Cespe – Antaq – 2014) O princípio da anualidade orçamentária determina que o orçamento de cada um dos
entes da Federação deve ser elaborado e encaminhado ao Poder Legislativo no ano anterior ao da sua execução.
40. (Cespe – Antaq – 2014) Uma empresa operou com embarcação própria sem as condições técnicas
operacionais necessárias, razão por que foi autuada pela ANTAQ, devendo pagar multa de R$ 50 mil.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes, com base nos princípios orçamentários
e na receita e despesa públicas.
Em razão do princípio da universalidade, o valor recebido referente à multa aplicada pela ANTAQ somente
será registrado como receita do exercício corrente se houver previsão dessa multa na lei orçamentária anual.
41. (FCC – ALEPE – 2014) Na Lei Orçamentária Anual de um ente federado, são receitas classificadas como
Receitas Patrimoniais aquelas oriundas de
42. (FUNCEFET – Prefeitura de Vila Velha-ES – 2014) A classificação das receitas por fontes de recursos decorre
da necessidade de melhor acompanhamento e controle do grande número de vinculações existentes entre
receitas e despesas. A classificação por fontes de recursos é dividida em cinco grupos, não faz parte desses grupos
a alternativa:
a) Recursos Vinculados.
d) Recursos Condicionados.
43. (Cespe – Cade – 2014) A classificação da receita por identificador de resultado divide as receitas públicas
entre aquelas relacionadas com o resultado fiscal e as relacionadas com o resultado operacional.
44. (Cespe – ICMBio – 2014) Algumas receitas orçamentárias podem não passar, antes do seu recolhimento,
pela etapa de lançamento.
45. (Cespe – Câmara dos Deputados – 2014) Julgue o seguinte item, referente à LRF – Lei Complementar n.º
101/2000. São formas de renúncia fiscal: anistia, remissão, subsídio, crédito presumido e concessão de isenção em
caráter não geral.
46. (FCC – TRF-4ª Região – 2014) No primeiro bimestre de 2014, determinada entidade do setor público
contratou operações de crédito por antecipação de receita orçamentária, no valor de R$ 450.000. Nos termos da
Lei Federal nº 4.320/64, a operação refere-se a uma
a) receita de capital.
b) dívida ativa.
c) receita corrente.
47. (Cespe – Polícia Federal – 2014) De acordo com o princípio da unidade, ou da totalidade orçamentária, todos
os entes federados devem reunir seus diferentes orçamentos em uma única lei orçamentária, que consolidará
todas as receitas e despesas públicas do Estado.
48. (FCC – TRT 2ª Região – 2014) A inclusão de dispositivos que autorizam a criação de cargos públicos na Lei
Orçamentária Anual é vedada porque fere o princípio orçamentário
a) da universalidade.
b) do orçamento bruto.
c) da publicidade.
d) da exclusividade.
e) da unidade.
49. (Cespe – Câmara dos Deputados – 2014) O princípio da especialização contribui para o trabalho fiscalizador
dos parlamentos sobre as finanças executivas.
50. (FEPESE – MPE-SC – 2014) As receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial,
de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes são denominadas:
a) Receitas correntes.
b) Receitas de capital.
c) Receitas originárias.
d) Receitas derivadas.
e) Receitas efetivas.
51. (Cespe – MPU – 2013) O superavit do orçamento corrente, dado pela diferença entre receitas e despesas
correntes, é classificado na categoria econômica de receita de capital.
52. (FCC – DPE-RS – 2013) Considere as seguintes operações realizadas por determinada entidade pública
durante o exercício de 2012:
a) 1.250 e 700.
b) 800 e 600.
c) 980 e 720.
d) 450 e 150.
e) 500 e 700.
53. (Cespe – Ancine – 2013) São critérios para a classificação da receita orçamentária a sua natureza e a
fonte/destinação dos recursos.
54. (FCC – DPE-RS – 2013) O município de Águas Mornas do Centro Oeste, no exercício de 2012, arrecadou
receitas pela prestação de serviços, as quais não foram previstas na lei orçamentária do referido exercício. De
acordo com a Lei Federal no 4.320/64 tais receitas serão classificadas como
a) extraorçamentária.
b) intraorçamentária.
c) orçamentária.
e) receitas a classificar.
55. (FCC – DPE/RS – 2013) Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir
racionalidade, eficiência e transparência aos processos de elaboração, execução e controle do orçamento público.
Nestas condições, o princípio orçamentário, o qual estabelece que a Lei Orçamentária Anual − LOA de cada ente
federado deverá conter todas as receitas e as despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações
instituídas e mantidas pelo poder público é denominado de
a) exclusividade.
b) legalidade.
c) anualidade.
d) universalidade.
e) totalidade.
56. (Cespe – CNJ – 2013) Caso uma prefeitura crie, por meio da vinculação de receitas de impostos, uma garantia
de recursos para a colocação de asfalto em todas as vias municipais, ela violará o princípio da não afetação de
receitas.
57. (Cespe – Seger/ES – 2013 - adaptada) Assinale a opção correta em relação aos princípios orçamentários.
a) A LOA está em desacordo com o princípio da totalidade, uma vez que é editada anualmente por meio
de três orçamentos distintos: o fiscal, o da seguridade social e o de investimento.
d) Em conformidade com o princípio da exclusividade, a Lei Orçamentária Anual (LOA) não poderá conter
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, ressalvando-se dessa proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito.
58. (FCC – TRF-15ª Região – 2013) O orçamento do TRT da 15ª Região previu dotações globais para custear
programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não podem ser cumpridas subordinadamente às normas
gerais da execução da despesa. Esse fato representa exceção ao princípio orçamentário da
a) periodicidade.
b) unidade.
c) universalidade.
d) exclusividade.
e) especificação.
60. (FCC – TJ/PE – 2012) O mecanismo denominado Destinação de Recursos ou Fonte de Recursos classifica,
respectivamente, as receitas orçamentárias em
a) correntes e de capital.
b) aplicação direta e transferências a terceiros.
c) vinculadas e ordinárias.
d) tributárias e de capital.
e) operacionais e não operacionais.
61. (Cespe – MPU – 2010) O produto da arrecadação de uma única receita orçamentária pode ser subdividido
em mais de uma fonte de recursos.
62. (Cespe – MPU – 2010) Considerando que o processo orçamentário deve obedecer a um conjunto de
princípios consagrados na doutrina especializada, julgue os itens seguintes.
O princípio orçamentário da especificação ou especialização não está explicitado no texto da CF.
63. (FGV – Detran/RN – 2010) As receitas obtidas com cauções, fianças e consignações são:
a) Receitas de capital.
b) Receitas correntes.
c) Receitas extraorçamentárias.
d) Receitas orçamentárias.
e) Receitas tributárias.
64. (Cespe – TRE-MA – 2009) O código de natureza de receita busca classificar a receita identificando a
origem do recurso segundo seu fato gerador, sendo desmembrado em níveis. A subdivisão das categorias
econômicas é representa pela
a) fonte.
b) espécie.
c) subfonte.
d) rubrica.
e) origem.
65. (Cespe – MTE – 2008) A estimativa de arrecadação pode ser efetuada para o conjunto das receitas, desde
que utilizados os mesmos parâmetros para cada tipo de receita. Mesmo para as despesas financeiras por fontes
específicas, a eventual insuficiência de recursos de determinada fonte pode ser suprida ou compensada mediante
transferência de recursos de uma fonte para outra.
Gabarito
1. Letra C 23. Letra D 45. Certo
2. Letra D 24. Certo 46. Letra E
3. Letra C 25. Letra A 47. Errado
4. Letra D 26. Letra C 48. Letra D
5. Letra C 27. Certo 49. Certo
6. Certo 28. Errado 50. Letra A
7. Errado 29. Letra C 51. Certo
8. Letra B 30. Letra C 52. Letra B
9. Certo 31. Errado 53. Certo
32. Errado 54. Letra C
10. Letra E
33. Letra D 55. Letra D
11. Certo
34. Letra E 56. Certo
12. Letra B
35. Letra B 57. Letra
13. Errado
36. Letra C 58. Letra E
14. Certo
37. Letra A 59. Letra D
15. Letra C
38. Errado 60. Letra C
16. Letra A 61. Certo
39. Errado
17. Errado 62. Certo
40. Errado
18. Errado 63. Letra C
41. Letra B
19. Letra B 64. Letra E
42. Letra A
20. Certo 65. Errado
43. Errado
21. Errado
44. Certo
22. Certo
Reflexão
RESUMO DIRECIONADO
Resumo de princípios
Princípio Conceito
O orçamento anual é uma lei, a Lei Orçamentária Anual – LOA. O mesmo
legalidade
ocorre com LDO e PPA.
Orçamento deve ser UNO dentro de cada ente federativo. Apesar disso,
unidade/totalidade
compreende os orçamentos fiscais, da seguridade social e investimentos.
Para que o orçamento anual possua validade, a lei que o aprova, a LOA, deve
publicidade
ser publicada.
1º nível 4º nível
2º nível 3º nível 5º nível
Categoria Desdobramentos para identifi-
Origem Espécie Tipo
econômica cação de peculiaridades da receita
Origem
Tipo
9 Recursos condicionados
1º dígito 2º e 3º dígitos
Fonte
(grupo da fonte) (especificação da fonte)
Estágios da receita
Planejamento Previsão
A. Lançamento
Execução B. Arrecadação
C. Recolhimento
Lançamento: formalização do
crédito. De ofício, misto ou por
homologação.
Arrecadação: entrega dos recursos
a instituições financeiras
Previsão Lançamento
Recolhimento Arrecadação
Regime de contabilização
Contas de Natureza de Informação
Contas de Natureza de Informação Patrimonial
Orçamentária
Evento Critério Base normativa Evento Critério Base normativa
NBC TSP –
Receita Lei nº 4.320/1964, Variação Patrimonial
Arrecadação Competência Estrutura
orçamentária art. 35 Aumentativa
Conceitual
No âmbito da atividade tributária, pode-se utilizar o momento do lançamento como referência para o
reconhecimento do fato gerador que afeta o patrimônio, pois é por esse procedimento que:
a. Verifica-se a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente;
b. Determina-se a matéria tributável;
c. Calcula-se o montante do tributo devido; e
d. Identifica-se o sujeito passivo.
Ocorrido o fato gerador, pode-se proceder ao registro contábil do direito a receber em contrapartida de
variação patrimonial aumentativa, o que representa o registro da variação patrimonial aumentativa por
competência.
Renúncia de receita