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Análise de Autos de Infração – Responsabilidade tributária.

Contribuições Previdenciárias devidas pelas empresas.

• Incidentes sobre a remuneração paga, devida ou creditada a empregados e trabalhadores avulsos:

Contribuições descontadas dos segurados: 8, 9 ou 11%.


Contribuição da empresa: 20%
Contribuição da empresa para o GIILRAT: 1, 2 ou 3% x FAP.
Contribuição adicional para o GIILRAT: 6, 9 ou 12%.
Contribuição para outras entidades e fundos: 5,8 % *

Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

Art. 456. Observado o disposto no art. 486-B, o crédito tributário relativo às contribuições de que tratam os arts. 2º
e 3º da Lei nº 11.457, de 2007, será constituído:

I - pelo lançamento por homologação expressa ou tácita, mediante declaração do ARO, na forma do art. 340, ou
da GFIP, comunicando a existência de crédito tributário; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1477,
de 03 de julho de 2014)

II - pelo reconhecimento espontaneamente da obrigação tributária;

III - pelo lançamento de ofício.

Art. 460. São documentos de constituição do crédito tributário relativo às contribuições de que trata esta Instrução
Normativa:

I – A GFIP e a DCTFWeb a partir do mês de competência em que a entrega desta se tornar obrigatória, nos ter-
mos do art. 486-B; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1867, de 25 de janeiro de 2019)

II - Lançamento do Débito Confessado (LDC), é o documento por meio do qual o sujeito passivo confessa os débi-
tos que verifica;

III - Auto de Infração (AI), é o documento constitutivo de crédito, inclusive relativo à multa aplicada em decorrência
do descumprimento de obrigação acessória, lavrado por AFRFB e apurado mediante procedimento de fiscaliza-
ção;

IV - Notificação de Lançamento (NL), é o documento constitutivo de crédito expedido pelo órgão da Administração
Tributária;

V - Débito Confessado em GFIP (DCG), é o documento que registra o débito decorrente de divergência entre os
valores recolhidos em documento de arrecadação previdenciária e os declarados em GFIP; e

VI - (Revogado)

VII - Aviso para Regularização de Obra (ARO), emitido na forma prevista no art. 340, a partir das informações
prestadas na Declaração e Informação sobre Obra (DISO), é o documento por meio do qual o sujeito passivo con-
fessa os valores das contribuições oriundos da aferição indireta de obra de construção civil de sua responsabilida-
de.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL – CTN


Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim
entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação corres-
pondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e,
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL – CTN
SUJEITO PASSIVO

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pe-
cuniária.
Parágrafo único: O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa
de lei.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL – CTN

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabi-
lidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obri-
gação.

Art. 124. São solidariamente obrigadas:

I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

O QUE É INTERESSE COMUM?

O interesse comum é o interesse que une mais de uma pessoa em um grupo cujos integrantes façam parte de
um mesmo pólo de uma relação jurídica. É o que ocorre quando dois compradores adquirem o terreno de dois
vendedores. O grupo dos compradores possui o interesse comum de receber o bem e de pagar o preço. O grupo
dos vendedores possui o interesse comum de entregar o bem e receber o preço. Entre os dois grupos haverá
apenas o interesse coincidente de que a alienação ocorra.
Soraya Marina Barcelos - OS LIMITES DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA SOLIDÁRIA PREVISTA NO ART. 124 DO
CÓDIGO TRIBUTÁRIO
NACIONAL E O PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA

EXEMPLOS:

Mais de uma pessoa proprietária de um imóvel ou de um automóvel (IPTU, IPVA...);


Ganho de capital oriundo de alienação de imóvel que seja bem comum de um casal (IRPF);
Condôminos em relação às contribuições previdenciárias devidas pela realização de uma obra de cons-
trução civil.

A solidariedade irá decorrer da participação da realização do fato gerador porque a pessoa executou, por si mes-
ma, os fatos geradores da obrigação tributária, em concurso com outras.

Frise-se que o sujeito passivo será contribuinte em relação ao seu quinhão na participação do fato gerador
e será ao mesmo tempo responsável solidário pelo quinhão dos demais co-realizadores do fato gerador.

Para Hugo de Brito Machado:

As pessoas com interesse comum na situação que constitui fato gerador da obrigação de pagar um tributo são
solidariamente obrigadas a esse pagamento, mesmo que a lei específica do tributo não o diga. É uma norma
geral, aplicável a todos os tributos.

Comentários ao Código Tributário Nacional: artigos 96 a 138. Vol. 2. São Paulo: Atlas, 2004.

O INTERESSE COMUM DEVE SER JURÍDICO

Interesse jurídico é aquele interesse – seja econômico ou moral – que deriva de uma relação jurídica de qual o
sujeito de direito seja parte integrante, e que interfira em sua esfera de direitos e deveres, e que o legitima a
postular em juízo em defesa do seu
interesse.

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O ART. 124, I E OS GRUPOS ECONÔMICOS

A Jurisprudência recente do STJ, assim como a do CARF, já reconhece que a participação de uma sociedade em
um grupo econômico, por si só, não é capaz de lhe imputar solidariedade tributária por fatos geradores praticados
por outra sociedade componente deste mesmo grupo.

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ISS. EXECUÇÃO FISCAL. LEGITIMIDADE PASSI-
VA. EMPRESAS PERTENCENTES AO MESMO CONGLOMERADO FINANCEIRO. SOLIDARIEDADE. INEXIS-
TÊNCIA. VIOLAÇÃO DO ART. 124, I, DO CTN. NÃO-OCORRÊNCIA. DESPROVIMENTO.

1. "Na responsabilidade solidária de que cuida o art. 124, I, do CTN, não basta o fato de as empresas pertencerem
ao mesmo grupo econômico, o que por si só, não tem o condão de provocar a solidariedade no pagamento de
tributo devido por uma das empresas"
(HARADA, Kiyoshi. "Responsabilidade tributária solidária por interesse comum na situação que constitua o fato
gerador").

2. Para se caracterizar responsabilidade solidária em matéria tributária entre duas empresas pertencentes ao
mesmo conglomerado financeiro, é imprescindível que ambas realizem conjuntamente a situação configura-
dora do fato gerador, sendo irrelevante a mera participação no resultado dos eventuais lucros auferidos pela
outra empresa coligada ou do mesmo grupo econômico.

3. Recurso especial desprovido.


STJ. REsp nº 834.044/RS.

Acórdão CARF nº 1401-001.785. 14/02/2017.


Processo nº 19515.722956/2013-17.

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 124, I, DO CTN. …Tal “interesse comum” deve ser jurídico e não
meramente econômico. Para que se configure o interesse jurídico comum é necessária a presença de interesse
direto, imediato, no fato gerador, que acontece quando as pessoas atuam em conjunto na situação que o constitui,
isto é, quando participam em conjunto da prática da hipótese de incidência. Essa participação comum na reali-
zação da hipótese de incidência pode ocorrer tanto de forma direta, quando as pessoas efetivamente pra-
ticam em conjunto o fato gerador, quanto indireta, em caso de confusão patrimonial e/ou quando dele se
beneficiam em razão de sonegação, fraude ou conluio.

O INTERESSE COMUM INDIRETO:

INTERESSE COMUM DIRETO: As empresas realizam concomitantemente fato descrito na norma de incidência.
Ex: as empresas prestam serviço conjuntamente; adquirem imóvel; ...
INTERESSE COMUM INDIRETO: surge a partir de situações onde se constate abuso da personalidade jurídica.
Ex: interposição de pessoas; simulação; confusão patrimonial...
IMPORTANTE: O ônus da prova quanto aos fatos que fizeram surgir a solidariedade é do fisco.

DECISÃO DO TRF1.

TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIO-


NAMENTO DA EXECUÇÃO PARA TERCEIROS. GRUPO ECONÔMICO E CONFUSÃO PATRIMONIAL. NÃO
COMPROVADOS. IMPOSSIBILIDADE.

1. É indevida a inclusão de terceiros supostamente integrantes de grupo econômico em execução fiscal proposta
contra pessoas jurídicas diversas, sem a devida comprovação da formação de grupo econômico e confusão
patrimonial.

2. "A inclusão da pessoa indicada no pólo passivo da execução significará a sujeição de seu patrimônio ao adim-
plemento dos créditos tributários sob execução, ou seja, é medida de extrema gravidade que deve estar cercada
de cuidados, sob pena de causar danos a terceiros não vinculados aos fatos geradores."
(AG 0024177-92.2002.4.01.0000-BA, r. Juiz Federal Alexandre Buck Medrado Sampaio, 1ª Turma Suplementar).

3. Agravo regimental da União/exeqüente desprovido.

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POSICIONAMENTO DO CARF

ACÓRDÃO CARF nº 1102-001.086

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. INTERESSE COMUM. PESSOA FÍSICA. CONFUSÃO PATRIMONIAL.


Inexiste a responsabilidade solidária prevista no artigo 124, I, do CTN, quando não são carreados aos autos
elementos que consubstanciem a prova concreta de que a pessoa física apontada como responsável tributária
tenha se beneficiado de uma confusão patrimonial estabelecida com a empresa contribuinte capaz de caracterizar
o interesse comum.

E AS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS?

Lei nº 8.212, de 1991:

Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social
obedecem às seguintes normas:

IX - as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas
obrigações decorrentes desta Lei;
SERIA NECESSÁRIO DEMONSTRAR O INTERESSE COMUM, NESTA HIPÓTESE? (Art. 128 do CTN)

POSICIONAMENTO DO STF QUANTO AO ART. 124, II DO CTN.

O preceito do art. 124, II, no sentido de que são solidariamente obrigadas “as pessoas expressamente designadas
por lei”, não autoriza o legislador a criar novos casos de responsabilidade tributária sem a observância dos requisi-
tos exigidos pelo art. 128 do CTN, tampouco a desconsiderar as regras matrizes de responsabilidade de terceiros
estabelecidas em caráter geral pelos arts. 134 e 135 do mesmo diploma.
(RE nº 562276)

POSICIONAMENTO DOUTRINÁRIO:

Considerando que a disposição contida no art. 30 cria novo caso de responsabilidade tributária, é fácil concluir
que a norma é inconstitucional, vez que seu conteúdo não foi introduzido no ordenamento por lei complementar,
na forma exigida pelo art. 146, III, b, da Constituição Federal.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA E GRUPO ECONÔMICO DE FATO
Hélio Silvio Ourém Campos

POSICIONAMENTO DO STJ:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. ART. 30 DA LEI N. 8.212/1991 E ART. 124 DO CTN. GRUPO ECONÔMI-
CO. CONFUSÃO PATRIMONIAL. SÚMULA 7 DO STJ.

Esta Corte Superior entende que a responsabilidade solidária do art. 124 do CTN, c/c o art. 30 da Lei n.
8.212/1991 não decorre exclusivamente da demonstração da formação de grupo econômico, mas demanda a
comprovação de práticas comuns, prática conjunta do fato gerador ou, ainda, quando há confusão patrimonial.
Precedentes.
AgRg no AREsp 89618/PE. 23/06/2016.

GRUPOS ECONÔMICOS DE FATO:

ELEMENTOS DE PROVA MAIS COMUNS:

- Independência apenas formal das pessoas jurídicas. Na prática, a administração é exercida pelas mesmas
pessoas naturais;
- Quadro societário composto por parentes, ex-empregados do grupo ou pessoas ligadas;
- Atuação idêntica, similar ou complementar;
- Confusão patrimonial e financeira;
- Identidade de endereços, telefones, sites;
- Apresentação ao mercado como empresa única (compartilhamento da marca).

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DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA:

CARF. ACÓRDÃO Nº 2401004.578. 07/02/2017.

PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. SIMULAÇÃO. DESLOCAMENTO DO FATO GERADOR.


No caso de simulação, pelo princípio da verdade material, fica autorizado o deslocamento do fato gerador para o
real sujeito passivo da obrigação tributária (arts. 135 a 137 e 142 do CTN). Tal fato, não se confunde com des-
consideração da personalidade jurídica, procedimento que depende de autorização judicial.

ART. 116, PARÁGRAFO ÚNICO DO CTN:

O parágrafo único do artigo 116 do CTN não é auto-aplicável. Depende da edição da lei ordinária prevista na parte
final de sua redação, que disporá sobre procedimentos.

“O parágrafo único do art. 116, do Código Tributário Nacional, é ineficaz, por falta de densidade normativa sufici-
ente à sua aplicação, em virtude de não ter disciplinado a sequência de atos necessários para se desconsiderar o
ato ou negócio jurídico…”

Hamilton Dias de Souza e Hugo Funaro – A desconsideração da personalidade jurídica e a responsabilidade tribu-
tária de sócios e administradores. Revista Dialética – 137.

ART. 167 e 168 do CC. SIMULAÇÃO:

“... sendo hipótese de nulidade do negócio jurídico, este, desde a sua celebração, está viciado e não produzirá os
efeitos que lhe são próprios. Assim, o fisco pode se recusar a aceitar os efeitos tributários pretendidos pelo contri-
buinte sem precisar, para tanto, ingressar com nenhuma ação específica para decretar a nulidade do negócio.

Se todo interessado pode invocar a nulidade (art. 168) qualquer interessado pode se comportar no relaci-
onamento direto perante a parte interessada realizando a conduta coerente com o seu entendimento de
que o negócio é nulo por simulado.”

GRECO, Marco Aurélio. Planejamento tributário.3ª edição – São Paulo: Dialética, 2011. (Página 282)

ART. 149, VII, PARÁGRAFO ÚNICO DO CTN:

O Código Tributário Nacional – CTN tratou do tema no inciso VII do art. 149, assim dispondo:
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
...
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simu-
lação;

SÚMULA CARF 76:

Súmula CARF nº 76: Na determinação dos valores a serem lançados de ofício para cada tributo, após a exclusão
do Simples, devem ser deduzidos eventuais recolhimentos da mesma natureza efetuados nessa sistemática, ob-
servando-se os percentuais previstos em lei sobre o montante pago de forma unificada.
QUESTÃO: sendo o lançamento efetuado em nome da empresa X, devem ser abatidos os valores anteriormente
recolhidos ao SIMPLES pela empresa Y?

Multa de Mora:

Lei nº 9.430/1996.

Art. 61. Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da
Receita Federal, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 1997, não pagos nos prazos previs-
tos na legislação específica, serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos
por cento, por dia de atraso.

§ 1º A multa de que trata este artigo será calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do
prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento.

§ 2º O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento.

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A aplicabilidade destes dispositivos às contribuições previdenciárias é determinada pelo art. 35 da Lei nº 8.212, de
1991.

Multa de Ofício:

Lei nº 8.212/1991. Art. 35-A. Nos casos de lançamento de ofício relativos às contribuições referidas no art. 35
desta Lei, aplica-se o disposto no art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: (Redação dada pela Lei nº
11.488, de 2007)

I - de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de
falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata; (Redação dada
pela Lei nº 11.488, de 2007)

Multa de Ofício qualificada:

§ 1o O percentual de multa de que trata o inciso I do caput deste artigo será duplicado nos casos previstos
nos arts. 71, 72 e 73 da Lei no 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades
administrativas ou criminais cabíveis.
Art . 71. Sonegação é tôda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, o co-
nhecimento por parte da autoridade fazendária:

I - da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou circunstâncias materiais;

II - das condições pessoais de contribuinte, suscetíveis de afetar a obrigação tributária principal ou o crédito tribu-
tário correspondente.

Art . 72. Fraude é tôda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência
do fato gerador da obrigação tributária principal, ou a excluir ou modificar as suas características essenciais, de
modo a reduzir o montante do impôsto devido a evitar ou diferir o seu pagamento.

Art . 73. Conluio é o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas, visando qualquer dos efeitos
referidos nos arts. 71 e 72.

Multa de Ofício agravada:

§ 2º Os percentuais de multa a que se referem o inciso I do caput e o § 1º deste artigo serão aumentados de me-
tade, nos casos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para:
I - prestar esclarecimentos;
II - apresentar os arquivos ou sistemas de que tratam os art. 11 a 13 da Lei nº 8.218, de 1991.
III - apresentar a documentação técnica de que trata o art. 38 desta Lei.

Redução das multas:

De acordo com o art. 6o da Lei no 8.218/1990, ao sujeito passivo que, notificado, efetuar o pagamento, a compen-
sação ou o parcelamento das contribuições previdenciárias, das contribuições instituídas a título de substituição e
das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, será concedido redução da
multa de lançamento de ofício nos seguintes percentuais:

• 50% (cinquenta por cento), se for efetuado o pagamento ou a compensação no prazo de trinta dias, contado da
data em que o sujeito passivo foi notificado do lançamento;

• 40% (quarenta por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de trinta dias, contado da
data em que foi notificado do lançamento;

• 30% (trinta por cento), se for efetuado o pagamento ou a compensação no prazo de trinta dias, contado da
data em que o sujeito passivo foi notificado da decisão administrativa de primeira instância;

• 20% (vinte por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de trinta dias, contado da data
em que foi notificado da decisão administrativa de primeira instância. .

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