Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(P. Trabalho Ii) Atividade 27.03 - Matutino - Raique Lucas
(P. Trabalho Ii) Atividade 27.03 - Matutino - Raique Lucas
• O mandado de segurança
• ( ) não pode ser indeferido de plano em vista a obrigatoriedade do
recebimento das informações da autoridade coatora.
• ( ) é cabível em face de decisão judicial passível de correição.
• ( x ) não é cabível em face de decisão judicial transitada em julgado.
• ( ) não é cabível em face da tutela antecipada concedida antes da
sentença, independentemente do objeto da ação.
• ( ) não é cabível somente em face da tutela antecipada concedida antes
da sentença que defere reintegração no emprego.
• Natureza Jurídica;
Trata-se de ação de conhecimento que objetiva a declaração de nulidade de cláusulas
de contrato, acordo coletivo ou de convenção coletiva do trabalho. Tem conteúdo
declaratório como todas as demais ações – toda ação possui um conteúdo declaratório
- mas não se presta apenas a declarar a nulidade da cláusula; precisa gerar um efeito,
qual seja, impedir a aplicação nos contratos de trabalho, daquela cláusula declarada
nula. A cláusula inquinada de ilegal deve ser expungida do contrato individual, do
acordo coletivo ou da convenção coletiva de trabalho, não mais produzindo efeitos
entre as partes contratantes. Assume, assim, natureza constitutiva negativa ou
desconstitutiva. (MONTAL, 2016).
• Hipóteses de Cabimento;
A Ação Anulatória analisada é o remédio jurídico posto à disposição do Ministério
Público do Trabalho quando este verificar que a cláusula inserida em contrato, acordo
coletivo ou convenção coletiva violar:
- As liberdades individuais (direito à vida, à igualdade, à segurança, à intimidade, à vida
privada etc.) ou liberdades coletivas (direito de reunião para fins pacíficos, liberdade de
associação, liberdade de filiação ou desfiliação a sindicato);
- Os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores (artigo 444 CLT traça
parâmetros, cláusula inserida no contrato de trabalho que, por exemplo, fixe jornada
extraordinária fora das hipóteses legais).
• Competência;
Existe certa divergência na doutrina acerca da competência para julgar a Ação
Anulatória de Cláusulas Convencionais. A primeira posição é a de que a competência é
das Varas do Trabalho por que a lei não traz exceção ao versar sobre o tema. Em
contrapartida, a segunda posição reza que a competência é dos tribunais trabalhistas,
por ser questão coletiva. Contudo, a corrente predominante não entende desta forma,
pois é entendido que a ação anulatória seja ajuizada nos tribunais, sendo uma
competência originária destes, pelo fato de se tratar de questão coletiva, de aplicação a
sujeitos indeterminados, pois, como na hipótese da convenção coletiva, diria respeito a
toda categoria. Pelo fato da ação anulatória de convenção ou acordo coletivo ter
semelhanças com ações de dissídio coletivo, onde estas são propostas no tribunais,
acabaria por colocar a ação anulatória também como sendo proposta nos tribunais,
pois eles é que são competentes para analisar ações coletivas. De qualquer sorte,
sabe-se que é a Justiça do Trabalho competente para julgar a matéria e não a Justiça
Comum. (MONTAL, 2016).
• Legitimidade.
O artigo 83, inciso IV da Lei Complementar n. 75, de 20.05.1993 (LOMPU) estabelece
competir ao Ministério Público do Trabalho o exercício de atribuições junto aos órgãos
da Justiça do Trabalho, senão vejamos:
IV – propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula
de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as
liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais
indisponíveis dos trabalhadores.
Neste sentido, a legitimidade é do parquet, conforme explica o ilustre magistrado Ives
Gandra Filho (2003, p. 267):
A ação anulatória será proposta pelo Ministério Público do Trabalho
contra ambas as entidades convenentes – obreira e patronal -, pois
somente assim haverá litígio trabalhista passível e apreciação pela
Justiça do Trabalho, de vez que a ação estará sendo intentada contra
os patrões que efetuam o desconto (ainda que a favor do sindicato), na
defesa dos empregados que, nessa hipótese, têm interesse conflitante
com a entidade de classe.
REFERÊNCIAS
MARTINS FILHO, Ives Gandra. Processo Coletivo do Trabalho. 3. Ed. São Paulo:
LTR, 2003.
MONTAL, Zélia Maria Cardoso. A ação anulatória de cláusulas normativas: algumas
reflexões. REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO-UFU, v. 44, n. 1, 2016.
VIANA, Juvêncio Vasconcelos. Do processo cautelar. São Paulo: Dialética, 2014.