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A LINGUAGEM DA LEI
2. POSIÇÃO DA CLT
A CLT não define salário, ao contrário das leis de outros países. Indica
apenas os seus componentes e fixa regras de seu pagamento e de sua proteção (arts. 457 e
seguintes).
SALÁRIO POR TEMPO: Salário por tempo é aquele pago em função do tempo no qual o
trabalho foi prestado ou o empregado permaneceu à disposição do empregador, ou seja, a
hora, o dia, a semana, a quinzena e o mês. O tempo atua também não apenas como critério
para o cálculo, mas para a entrega do dinheiro. Desse modo, mensalista é aquele que recebe o
salário uma vez por mês, como quinzenalista é aquele que recebe a cada quinzena, diferente
deste critério está o horista, que funciona apenas como unidade de cálculo. O horista recebe
os salários por mês, por quinzena etc. O número de horas é utilizado como base para apurar o
valor da remuneração.
SALÁRIO POR PRODUÇÃO: Esse tipo de salário é aquele calculado com base no número
de unidades produzidas pelo empregado. Cada unidade é retribuída com um valor fixado pelo
empregador antecipadamente. Esse valor é a tarefa. O pagamento semanal, quinzenal ou
mensal é efetuado calculando-se o total das unidades multiplicado pela tarifa unitária.
SALÁRIO POR TAREFA: É aquele pago com base na produção do empregado, mas pela
economia de tempo há uma vantagem. O empregado ganha um acréscimo no preço da tarefa,
ou é dispensado, quando cumpre as tarefas do dia, do restante da jornada.
4. MEIOS DE PAGAMENTO DE SALÁRIO
PAGAMENTO EM DINHEIRO: O salário deve ser pago em dinheiro. Essa é a forma normal.
A CLT exige o pagamento em moeda corrente do País (art. 463) e considera não efetuado o
pagamento em moeda estrangeira (art. 463, parágrafo único). A moeda estrangeira pode, no
entanto, servir de base de cálculo para conversão, no ato de pagamento, em moeda nacional.
Essa lei defende a circulação da moeda nacional.
Trata-se de dois aspectos, o valor mínimo que pode ser pago de salário
e os reajustes periódicos que sofrerá para a sua atualização diante da inflação e, também a sua
valorização e aumento real.
6) - A indicação das necessidades vitais do trabalhador e de sua família, que devem ser
consideradas no seu cálculo e que são a moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social.
PISO SALARIAL - O piso salarial é o valor mínimo que pode ser pago em uma categoria
profissional ou a determinadas profissões numa categoria profissional. A categoria
profissional é formada por empregados de diversas funções em um setor comum de atividade
econômica. O piso expressa-se como um acréscimo sobre o salário mínimo. É fixado por
sentença normativa a convenção coletiva. O governo, em 1987, propôs a sua desvinculação do
mínimo.
SALÁRIO DA FUNÇÃO: Salário da função é aquele garantido por sentença normativa como
mínimo que pode ser pago a um empregado admitido para ocupar vaga aberta por outro
empregado despedido sem justa causa. Como a dispensa sem justa causa gera a presunção de
despensa obstativa da aplicação dos reajustamentos salariais coletivos, garante-se ao novo
empregador o valor que o empregador pagava na função, tomando-se por base o menor
salário da função (Instrução nr. 1 do TST).
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO: Este, é uma gratificação compulsória por força da lei, tem
natureza salarial e é também denominada gratificação natalina. Foi criado no Brasil, pela Lei
nr. 4.090, de 1962, como um pagamento a ser efetuado no mês de dezembro e no valor de
uma remuneração. Para o empregado que não trabalhou todo o ano, o seu valor é proporcional
aos meses de serviço, na ordem de 1/12 por mês, considerando-se a fração igual ou superior a
15 dias como mês inteiro, desprezando-se a fração menor. Em 1965, a Lei nr. 4.749
desdobrou em dois os pagamentos. A primeira metade é paga entre os meses de fevereiro ou
novembro ou, se o empregado quiser, por ocasião de suas férias. A segunda metade é paga
até 20 de dezembro.
GORJETAS: É usada para exprimir a figura consistente na entrega de dinheiro, pelo cliente
de uma empresa, ao empregado desta que o serviu, como testemunho da satisfação pelo
tratamento recebido. As gorjetas no Brasil, não podem ser aproveitadas pelo empregador para
complementação do salário mínimo e integram a remuneração para todos os fins, em especial
indenização, férias etc (CLT, art. 457). Os sindicatos dispõe de tabelas estimativas das médias
de gorjetas, bom base nas quais são efetuados os cálculos pelas empresas.
8. EQUIPARAÇÃO SALARIAL
b) - na mesma localidade;