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Introdução

A história do sexo é circunscrita sobre suas variações de repressão ao longo do século e


nessa ha bases muito mais profundas enraizadas no poder e no meio como vivem cada
sociedade, assim o sexo não é apenas um ato de reprodução ou satisfação dos seus
desejos, mais também um ato social.
O sexo é uma ação tão antiga e necessária que pode parecer com um simples ato de
procriação animal, porém o sexo se constitui para o ser humano em uma ação social que
envolve socialização, poder e prazer, e onde está a procriação? Dependendo da
sociedade e de como esses três irão relacionar-se: ela será uma obrigação, uma
afirmação de poder ou um resultado de uma relação de prazer.
Na era grega houve um desprendimento enorme sobre o sexo, em uma sociedade
arreigada pela guerra e prazeres humanos, o sexo era algo natural, após disso a
revolução cristã baseou-se na exploração no auge de seu poder e a relação que temos
disso com o pudor de qualquer desejo sexual, se não para procriação; na transladação do
medieval até a era moderna houve regulação do poder, logo ao fim do século XV
estava-se colocando os pés para fora da caverna , porém com a crescente revolução
industrial, aonde o tempo é curto e o trabalho é muito, precisaram dosar o que seria
aceitável para nossa sociedade; e de novo nos revestimos desse véu de hipocrisia e
castidade, porém agora com mais aberturas, dando uma noção fina de liberdade para
conter as massas.
É importante lembrar que independente da época a mulher, num contexto social, não
teve liberdade sexual como o homem e ao longo dos anos precisou ser moldada desde a
infância, para assim, exercer seu papel de subalternidade dentro da sociedade.
Atualmente, beiramos o que pode-se considerar de “igualdade de gênero”, porém isso
está longe de ser uma realidade social.

1. Poder e sociedade:
Ao longo do que já foi discutido, ficou bem claro que a uma relação forte entre
sexo e poder, com raízes profundas, nesse texto continuaremos a discutir o sexo como
ato social, mais do que isso, sua afirmação de poder.
O poder se perpetua durante séculos de existência humana, e apesar de mudar de
acordo com a sociedade e o tempo, uma coisa muito clara é a perpetuação do poder nas
mãos masculinas. A sociedade é a principal influência para esse resultado, em maior ou
em menor grau na divisão de tarefas a mulher termina sempre no papel de
subalternizada, como consequência a uma naturalização no abuso do poder.
O abuso de poder ocorre pelo fato da maioria das sociedades terem processos de
organizações desigualitárias. A maioria das sociedades humanas esquematiza ao
extremo o indivíduo, fragmentando e polindo sua forma de pensar e agir o que será uma
maneira deste ser resumido a uma definição (nesse caso: homem e mulher) e aos casos
de controle não existe uma dosagem para o poder, tão delimitado, para o dominante, o
que faz que seu dominado tenha menos controle a sua volta e até a ele mesmo.
“Há casos nos quais as estruturas de dominação influenciam não só as opções ou
variações do uso linguístico ou do discurso, mas também os sistemas semióticos ou
discursivos como um todo, os gêneros e outras práticas sociais. ”
Um discurso é manipulável, o que quer dizer que para aquele quem fala irá falar
para alguém então a metodologia mudara e o jeito com manifesta seus ideais também. O
discurso influenciara de forma direta, mas para que seja de forma efetiva precisa está
dentro de um contexto que comporte esse pensamento. O discurso pode formar ideias
que se normatizam e viram regras definitivas.

2. Análise do filme “Cinquenta tons de cinza”:


Como citamos aqui anteriormente, o sexo é uma ação social, sendo assim, utilizando
dos métodos de análise do discurso de Teun Dijk examinaremos o filme “Cinquenta
tons de cinza” como uma metáfora da vida real e suas relações sociais de forma
histórica, psicológica e discursiva.
A primeira informação que temos do filme são os da protagonista, percebe-se
alguém sem muitas ambições e totalmente influenciável pela sua amiga Katy, após
conhecemos o protagonista, muito importante ressaltar que tudo se passa do ponto
de vista da protagonista, e a visão que temos deste é o oposto dela, uma pessoa
firme, imponente e dominante.
Transcorre o filme e inicia-se o trama amoroso entre eles, o primeiro empecilho para
ficarem juntos é o jeito de Anastácia, ao que parece ela é fora dos padrões que
Cristian tem por parceira sexual, porém isso todo não impede de lhe dar presentes
caros e segui-la de maneira contundente.
Ao saber que Ana era virgem, ele se desprende do que considerava importante e a
inicia na sua vida sexual, persuasão para assinar um contrato e discurso de
dominante e dominador

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