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Goiânia - GO
2018
Edivan de Souza Lima
Goiânia - GO
2018
RESUMO
A Encefalomielite Equina do Leste é uma zoonose viral popularmente conhecida como Roda,
com transmissão através da picada de insetos hematófagos infectados pelo agente Eastern
equine encephalitis vírus (EEEV). É uma doença epidêmica sazonal sem tratamento e um
importante caso de saúde pública, com necessidades de proteção e profilaxia pela vigilância
pública, o qual requer notificação imediata de qualquer caso suspeito ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os equinos e os homens são hospedeiros
acidentais e não contribuem para manutenção desse vírus, enquanto que as aves silvestres não
desenvolvem viremia e colaboram para a disseminação do EEEV, tornando-se depósitos
naturais do vírus. O diagnóstico laboratorial é realizado através de ensaios imunológicos, com
atuação do profissional Biomédico, e a prevenção ocorre através de vacinação.
Palavras-chave: Encefalomielite. Equino. Vírus. Diagnóstico.
ABSTRACT
Introdução.................................................................................................................................6
Agente Etiológico......................................................................................................................6
Vias de Transmissão.................................................................................................................7
Epidemiologia............................................................................................................................8
Sintomatologia.........................................................................................................................11
Área de Atuação do Biomédico..............................................................................................11
Diagnóstico...............................................................................................................................12
1.1. Imunofluorescência indireta....................................................................................12
1.2. Imunofluorescência direta.......................................................................................12
1.3. Teste de hemaglutinação indireta – HAI................................................................12
1.4. Técnica molecular....................................................................................................13
Conclusão.................................................................................................................................13
Referências:.............................................................................................................................14
Introdução
Agente Etiológico
6
silvestres não manifestam essa doença depois de infectadas, e se tornam grandes
reservatórios do EEEV, por possuírem capacidade de migração, facilitando a disseminação
desse agente para diversas regiões da América do Sul7.
Vias de Transmissão
7
Os equinos e os homens são hospedeiros fortuitos e não contribuem para manutenção
desses arbovírus, assim como outros mamíferos acometidos acidentalmente, pois não
atingem um pico viral auto-suficiente para se comportarem como hospedeiros primários,
ou seja, sendo considerados hospedeiros finais dessa zoonose, conforme Casseb e
colaboradores6 (figura 1).
Figura 1: Ciclo silvestre que por ventura pode atingir equídeos e humanos.
Epidemiologia
O Brasil é um país que possui uma grande extensão territorial com predomínio de
clima tropical, e segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 12, pode se
dividir o país em nove biomas principais: Mata Atlântica, Campos, Cerrado, Mata de
Araucária, Mata de Cocais, Pantanal, Floresta Amazônica, Zonas Litorâneas e Caatinga. O
que faz um país rico em fauna e flora, e um local de disseminação das arboviroses.
Os arbovírus vêm se tornando uma grande ameaça em virtude das abruptas mudanças
climáticas, colonização, migração populacional, desmatamento e a falta de saneamento
básico que acentua o favorecimento para o aumento desses vetores e a difusão viral4.
8
A migração sazonal de aves silvestres é um dos principais fatores que contribui para
a disseminação do EEEV, por não desenvolverem viremia, tornando-se depósitos naturais
do vírus. Possuindo uma vasta extensão territorial, o Brasil possui um grande roteiro
migratório e habitat para essas aves, o que levou a Iversson e colaboradores 13 a fazerem
algumas pesquisas em aves e equinos na região do pantanal, sendo detectados anticorpos
para o EEEV e indícios de infecções recentes nos equinos.
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0
2006-MS 2006-PR 2009-PB 2009-PA 2012-RJ
_________________________________________________________________
Figura 2: Casos e focos registrados nos estados brasileiros nos anos de 2006 a 2012 (Fonte:
http://indicadores.agricultura.gov.br/saudeanimal/index.htm).
Tabela 1. Levantamento de focos, casos, mortes e medidas de controle no Brasil nos anos de 2009,
2012 e 2017
Qf: Precauções de fronteira; Gsu: Vigilância de rotina; Qi: Restrição de movimento no interior do país; V:
Vacinação oficial; ...: Nenhuma informação. Copyright © Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Tabela 2. Casos e óbitos por Encefalomielite Equina do Leste nos Estados Unidos, Panamá e
Canadá nos anos de 2015 a 2017
EUA 5 3
2015
Panamá + .. + ..
Canadá +.. +..
2016
EUA 6 2
Panamá 3 0
EUA 5 2
2017 15 0
Panamá
+ ..: Doença presente, mas sem dados quantitativos. Copyright © Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE).
10
mortes em humanos na America do Sul, com um caso no estado da Bahia (2016 apud
Alice, 1956) e outro em Trinidad (2016 apud Corniou e colaboradores,1972).
Sintomatologia
11
para animais de pequeno e grande porte, visando a prevenção, prognóstico e recuperação
da saúde animal19.
Diagnóstico
Conclusão
13
Referências:
14
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=&t=o-que-e.
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