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Pós graduação Citopatologia

Ginecológica

Alterações inflamatórias do trato


genital feminino

Prof. Dra. Cinara Zago da Silveira


Processo Inflamatório do TGF

Citologia:
- Reconhecimento de alterações inflamatórias
e infecciosas do TGF

Permite:
- Avaliar a intensidade da reação inflamatória
- Acompanhar a evolução da reação
inflamatória
- Determinar o agente da reação inflamatória
Processo Inflamatório do TGF

Resposta protetora dos tecidos às lesões causadas por


um agente agressor e é mediada por diversas
substâncias produzidas pelas células que se encontram
nas proximidades da lesão

Lesões celulares e teciduais distúrbios circulatórios


exsudato fenômenos proliferativos e reparativos

Mecanismos de defesa
 Barreira epitelial, muco, pH, microbiota, células
fagocitárias, leucócitos, linfócitos e reação
inflamatória
Processo Inflamatório do TGF
Processo Inflamatório do TGF
Tipos de Resposta Inflamatória

Quanto à persistência
 Processo inflamatório agudo
Evolução rápida, necrose tecidual, Lpmn

 Processo inflamatório subagudo


Dura mais tempo, necrose tecidual discreta, Lpmn,
histiócitos

 Processo inflamatório crônico


Longa duração, persistência do agente lesivo, não ocorre
cura completa da cicatriz, histiócitos, linfócitos
Processo Inflamatório do TGF

Tipos de Resposta Inflamatória

Quanto à intensidade
Leve / Moderada /Acentuada

Quanto à região envolvida


Vulvite, vaginite, cervicite, endocervicite, endometrite,
miometrite, ooforite, salpingite(Trompas)
Processo Inflamatório do TGF
Classificação dos processos inflamatórios
conforme a localização

Vulvovaginites ou cervicocolpites
 Erosivas
 Atrófica ou senil: crianças (inespecífica) e pós-
menopausa
 Causas: Candidíase, tricomoníase, aumento de
lactobacilos, produtos alergênicos, como calcinhas de
tecido sintético, amaciantes, papel higiênico colorido ou
perfumado, sabonetes perfumados, e também pelo hábito
diário, como o uso do chuveirinho como ducha vaginal.
 Corrimento
Processo Inflamatório do TGF

Classificação dos processos inflamatórios


conforme a localização

Ulcerativas
 Necrose e perda de tecido conjuntivo
 Herpes-vírus
 DD: neoplasia, sífilis e tuberculose
Processo Inflamatório do TGF
Processo Inflamatório do TGF
Conduta nas lesões ulceradas:
1.Anamnese e exame clínico: início, sintomas associados, lesões orais, uso
de medicamentos, vida sexual. Tipo de lesão (única ou múltipla), infecção
bacteriana associada, linfonodomegalia, presença concomitante de úlceras
orais.
2.Afastar herpes: iniciam com vesículas que se rompem em 2 a 3 dias e
produzem pequenas úlceras dolorosas. Sintomas locais de ardência,
irritação, adenopatia inguinal. Presença de sintomas sistêmicos incluindo
cefaléia, mialgia e mal-estar geral.
3.Raspado da lesão para bacterioscopia.
4.Cultura para pesquisa de fungos, bactérias, vírus
5.PCR para vírus de Epstein-Barr, citomegalovírus, herpes.
6.Sorologia para: sífilis, HIV, hepatite B e C, IgM e IgG para Epstein-Barr,
citomegalovírus (pode ser solicitado cultura de urina para pesquisa de
citomegalovírus).
7.Nos casos inconclusivos: histopatologia ou PCR.
Processo Inflamatório do TGF

Tratamento:

O tratamento visa aliviar os sintomas locais e tratar a infecção


associada.
•Tratamento especifico para agentes identificados.
•Anestésicos tópicos (xylocaina spray ou gel) cobrindo a área
com filme plástico por 20 a 30 minutos.
•Após banho, aplicação de pomada contendo óxido de zinco
para formar uma barreira protetora.
•Se infecção associada, proceder a antibioticoterapia.
•Analgésicos e antiiflamatórios e, em casos específicos,
corticoterapia local.
Processo Inflamatório do TGF

Cervicites ou endocervicites

 Causas: gonorreia, herpes, clamídia e infecções


bacterianas. Sensibilidade causada por determinados
produtos químicos, como os dos espermicidas das
camisinhas e até mesmo dos tampões vaginais.
 Mucorréia purulenta, dor após relação sexual
 Erosão e ulceração
 Lpmn, linfócitos, plasmócitos e macrófagos
 Reepitelização: hiperplasia de células de reserva
Processo Inflamatório do TGF

Os tipos de cervicites podem ser:

•Crônica - quando a inflamação não tem relação com


infecções, mas com trauma, produtos químicos e
alergênicos como: tampão, diafragma, látex de
preservativos, duchas vaginais, cremes etc.
•Aguda - quando a inflamação é causada por infecções
que são frequentemente assintomáticas. Conforme a
localização e disseminação da infecção, a mulher
apresenta sintomas característicos.
Processo Inflamatório do TGF

O diagnóstico de cervicite:

• Queixa da paciente quanto a corrimento vaginal,


sangramento, dor, dor na relação sexual e sintomas
urinários
• Exame físico, que avalia o colo com a saída de material
purulento, edema, sangramento fácil e dor ao examinar
• Realização exames específicos e culturas para a
pesquisa dos agentes causadores
Processo Inflamatório do TGF

Complicações possíveis:

Quando a infecção da cervicite avança, ela pode levar a


infecção do útero (endometrite), Doença Inflamatória
Pélvica Aguda (DIPA), abdome agudo infeccioso com
todos os seus riscos e consequências como: infertilidade,
risco de gravidez ectópica e dor pélvica crônica
Processo Inflamatório do TGF

Principais causas de inflamação

 Agentes físicos
Parto, cirurgias, trauma, crioterapia, laser, CAF, DIU,
radiação e corpos estranhos
 Agentes químicos
Dermatite de contato, contraceptivos vaginais e
espermicidas, antissépticos, preservativo, líquido
seminal, reações a drogas
 Agentes vivos
Fungos, bactérias, vírus, protozoários
Processo Inflamatório do TGF

Tipos de inflamação nas diversas faixas etárias

 Recém-nascido

Estéril - Bacilos de Doederlein - acidez fisiológica

 Infância: Mucosa atrófica- Vulvovaginite inespecífica


(70%)
Trauma, vaginite bacteriana, gonorreia, vermes
intestinais, Herpes tipo II, doenças alérgicas, anomalias-
fístulas, Trichomonas vaginalis, Candida sp
Processo Inflamatório do TGF

 Infância:

Sintomas: corrimento tipicamente esverdeado, castanho


ou amarelado, como dor fétido e pH vaginal de 4,7 a 6,5.
Prurido, disúria, sensação de ardor ou queimação,
edema e eritema vulvar. As bactérias coliformes,
secundárias a contaminação fecal, estão associadas a
70% dos casos relatos
Processo Inflamatório do TGF

Tipos de inflamação nas diversas faixas etárias

 Idade reprodutiva
Vaginose bacteriana, gonorreia, Trichomonas vaginalis,
Candida sp, vírus, Chlamydia trachomatis, alergias,
outras DSTs sistêmicas (Diabetes)

 Menopausa
Hormonais, vaginite atrófica, infecções bacterianas
inespecíficas, irritações crônicas, Candida sp e
Trichomonas vaginalis
Processo Inflamatório do TGF

Fatores predisponentes da inflamação

 Gravidez
• Edema do colo e vagina, epitélio fino, ectrópio
• Acidez vaginal - Candida sp
• Neutrófilos aumentados - progesterona
• Pós-parto: traumatismo e atrofia
Processo Inflamatório do TGF

 Alterações hormonais e metabólicas proliferação intensa


das células da camada intermediária maior necessidade de
aporte sanguíneo vascularização superficial mais evidente
 Epitélio colunar apresenta hiperplasia e hipertrofia com
metaplasia.
 É comum a presença de ectopia com congestão e sangramento
fácil.
 No estroma ocorrem hipervascularização, edema e reação
decidual hipertrofia global do colo uterino com congestão ou
cianose.
 A zona de transformação é aumentada em extensão, com
vascularização superficial mais evidente, com vasos dilatados,
calibre e ramificações regulares
Processo Inflamatório do TGF

Fatores predisponentes da inflamação

 pH vaginal
• Bacilo de Döderlein - acidez
• Menstruação- Fungos

 DIU
• Endometrites ou endocervicites - Actynomices
• Células gigantes tipo corpo estranho
Processo Inflamatório do TGF

Fatores predisponentes da inflamação

 Traumatismos
• Relações sexuais, prolápso uterino, corpos estranhos,
substâncias cáusticas (higiene, abortivos)
• Biópsia, CAF, criocirurgia
• Erosão e ulceração
• Leucócitos, histiócitos e histiócitos gigantes, células
basais e reparativas
Processo Inflamatório do TGF
Fatores predisponentes da inflamação

 Atrofia epitelial
• Estrogênio: pré-puberdade, menopausa, lactação-
diminui espessura
• Pós-menopausa - ausência da camada superficial

 Irradiação
• Atrofia epitelial resistente ao estrogênio
• Ulceração e necrose
• Edema, danos vasculares, reparação

 Pequenas cirurgias
• Biópsia, eletro-cautério, criocirurgia
Processo Inflamatório do TGF
Fatores predisponentes da inflamação

 Anormalidades Congênitas e Adquiridas


• Obstáculos ao fluxo menstrual
• Fístulas – vagina-uretra-reto

 Alergias
• Cosméticos, bactérias e drogas- eosinófilos

 Neoplasias
• Neoplasma - corpo estranho
• Ulceração
• Células inflamatórias no esfregaço
CITOLOGIA DOS ESFREGAÇOS INFLAMATÓRIOS E
DEGENERATIVOS
Alterações celulares reativas associadas
com inflamação
Citologia dos Esfregaços
Inflamatórios e Degenerativos

 Alterações no fundo do esfregaço:

• Tipo e intensidade do exsudato

- Processos agudos- leucócitos polimorfonucleares


neutrófilos
- Processos crônicos- linfócitos, plasmócitos e
histiócitos (mono e multinuleares)
• Hemácias- atrofia
Alterações celulares reativas associadas
com inflamação
Citologia dos Esfregaços
Inflamatórios e Degenerativos

Alterações do esfregaço

 Alteração do padrão celular

• Mulheres na fase reprodutiva- processo inflamatório


severo- erosão e ulceração- predomínio de parabasais
Alterações celulares reativas associadas
com inflamação
Citologia dos Esfregaços Inflamatórios e
Degenerativos

Alterações do esfregaço
 Degeneração e necrose celular

• Citoplasma- vacuolização, halos perinucleares, anfofilia,


pseudoeosinofilia, limites citoplasmáticos mal definidos,
entre outros.
• Núcleo- tumefação ou retração, célula inchada ou
anuviada perda da demarcação bem definida das suas
bordas, perda dos detalhes de cromatina conferindo uma
aparência homogênea ao núcleo, hipo ou hipercromasia.
Alterações celulares reativas associadas
com inflamação
Citologia dos Esfregaços Inflamatórios e
Degenerativos

Alterações do esfregaço
 Degeneração e necrose celular

• Núcleo- Como sinais de necrose podem ser vistos:

 Cariorrexe: Dissolução e dispersão da cromatina e perda


dos limites nucleares
 Picnose: Retração nuclear, redução do volume nuclear,
condensação do DNA, núcleo hipercromático
 Cariólise: dissolução da cromatina pela DNAse, núcleo
sem coloração ou pouco corado
Alterações celulares reativas associadas
com inflamação

 Alterações inflamatórias epiteliais

 Núcleo

• Cariomegalia em células escamosas (1 a 2x)


• Bi e multinucleação
• Aumento dos nucléolos - endocervicais
• Marginação da cromatina
• Contorno nuclear: lisos e uniformes
• Núcleo vesicular e hipocromático (hipercromasia)
Alterações celulares reativas associadas
com inflamação
Citologia dos Esfregaços
Inflamatórios e Degenerativos

Alterações inflamatórias epiteliais


Células endocervicais
• Cariomegalia
• Tumefação e vacuolização citoplasmática
• Bi e multinucleação
• Eosinofilia

Núcleo:
• Cromocentros e nucléolos evidentes
• Picnose
Cariorrexe
Célula inchada ou anuviada

Cariólise Cariopcnose
Citoplasma com bordas apagadas
Alterações celulares reativas associadas
com inflamação

Artefatos que simulam degeneração

 Geleia lubrificante
 Grânulos de amido
 Pólen e células vegetais
 Má desidratação
 Secagem do esfregaço ao ar
 Corantes velhos ou muito usados
Alterações celulares reativas associadas
com inflamação
Cervicites Crônicas

Cervicite linfocítica (Folicular)

É uma forma rara de cervicite crônica que resulta na


formação de folículos linfoides maduros sob o epitélio do colo
do útero.
- Pós menopausa
- Chlamydia trachomatis
Cervicites Crônicas

Cervicite linfocítica (Folicular)

Critérios:
 População polimorfa de linfócitos com ou sem macrófagos
de corpo tingível. Os linfócitos são observados
aglomerados ou movimentando-se em faixas de muco
Cervicites Crônicas
Cervicite linfocítica (Folicular)
Cervicites Crônicas
Cervicite linfocítica (Folicular)
Cervicites Crônicas
Cervicite linfocítica (Folicular)
Cervicites Crônicas
Cervicite linfocítica (Folicular)
Cervicites Crônicas
Cervicite linfocítica (Folicular)
Cervicites Crônicas
Cervicite linfocítica (Folicular)
Cervicites Crônicas
Cervicite linfocítica (Folicular)
Cervicites Crônicas
Cervicite linfocítica (Folicular)
Cervicites Crônicas
Cervicites Crônicas
Alterações celulares benignas
Alterações Celulares Benignas

Atrofia com ou sem inflamação

• Fenômeno de envelhecimento normal associado à falta


de estímulo hormonal que faz com que o epitélio seja
constituído por células basais/ parabasais imaturas-
diminui espessura
• O padrão citológico atrófico é visto na infância, na pós-
menopausa, no pós-parto, na pós-ooforectomia, na pós-
irradiação e devido à ação de alguns medicamentos.
Alterações Celulares Benignas

Atrofia com ou sem inflamação

Na pós-menopausa os seguintes padrões citológicos


podem ser encontrados:

• Padrão de células intermediárias: padrão não cíclico de


células intermediárias. Ocorre geralmente na perimenopausa
e no início da menopausa.

• Padrão de células parabasais cianofílicas (padrão atrófico


típico), visto em qualquer fase da menopausa.
Alterações Celulares Benignas
Atrofia com ou sem inflamação

Na pós-menopausa os seguintes padrões citológicos


podem ser encontrados:

• Padrão de células parabasais eosinofílico: onde há


frequente pseudoparaqueratose (citoplasma orangeofílico
das células não se deve à produção de queratina, mas
decorre de um fenômeno degenerativo (necrose coagulativa).
É associado habitualmente aos estágios avançados da
menopausa.
Alterações Celulares Benignas
Atrofia com ou sem inflamação

Epitélio
afinado
Alterações Celulares Benignas

Atrofia com ou sem inflamação

Critérios

• Camadas planas e apenas células do tipo parabasal


com polaridade nuclear preservada e pouca
sobreposição nuclear
Alterações Celulares Benignas
Atrofia com ou sem inflamação

Camada única e plana de células do tipo parabasal


com polaridade nuclear preservada
Alterações Celulares Benignas
Atrofia com ou sem inflamação

Critérios
• Células tipo parabasal dispersas podem predominar
• Aumento nuclear generalizado com discreto aumento
da relação n/c
• Parabasais podem ter hipercromasia leve e núcleos
mais alongados
• Cromatina bem distribuída e contornos nucleares
regulares
• Autólise pode resultar na presença de núcleos nús
Alterações Celulares Benignas
Atrofia com ou sem inflamação

Critérios

• Exsudado inflamatório abundante e plano de fundo


granular basófilo, normalmente com microbiota escassa
(vaginite atrófica)
Alterações Celulares Benignas
Atrofia com ou sem inflamação
Alterações Proliferativas Benignas
Atrofia
Alterações Celulares Benignas

Atrofia com ou sem inflamação

Critérios

• Glóbulos azuis: condensações de material basofílico que


podem corresponder a muco espesso ou a células
parabasais degeneradas
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas

Atrofia com ou sem inflamação

Critérios

• Células parabasais degeneradas orangeofílicas ou


eosinofílicas com picnose nuclear devido a necrose
coagulativa (pseudoparaqueratose)
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas

Atrofia com ou sem inflamação

Critérios

• Histiócitos com variação de tamanho e forma com


múltiplos núcleos podem ser observados- em pós
menopausa e pós parto-associados a inflamação
crônica
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas

Atrofia com ou sem inflamação


Alterações Celulares Benignas
Atrofia com ou sem inflamação
Alterações Celulares Benignas
Atrofia com ou sem inflamação
Alterações Celulares Benignas
Atrofia com ou sem inflamação
Alterações Celulares Benignas
Atrofia com ou sem inflamação
Alterações Celulares Benignas

Alterações celulares reativas


associadas à radiação

Efeitos da radiação podem levar a características citológicas


que podem ser confundidas com condições neoplásicas ou pré-
neoplásicas
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas
associadas à radiação

Efeitos agudos da radiação:


Critérios:

 Tamanho da célula muito aumentado (citomegalia) sem


aumento da relação N/C
 Formas celulares bizarras podem ocorrer
 Anisocariose, com alguns grupos celulares com núcleos
maiores e de tamanho normal
 Binucleação e multinucleação são comuns
 Hipercromasia nuclear leve pode estar presente
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas
associadas à radiação
Critérios:

 Núcleos aumentados podem mostrar alterações


degenerativas, incluindo palidez nuclear, rugas ou
manchas da cromatina (condensada) e vacuolização
nuclear
 Nucléolos únicos e múltiplos proeminentes podem ser
vistos se reparo coexistir
 Coloração policromática e/ou vacuolização citoplasmática,
citoplasma e leucócitos polimorfonucleares
intracitoplasmáticos podem ser observados
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas
Nucléolos, neutrófilos
intracitoplasmáticos,
anisocariose

Policromatismo, citomegalia, multinucleação,


núcleos degenerados
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas
associadas à radiação

Núcleos
aumentados/
citoplasma
policromático
vacuolado/
hipercromasia
leve/nucléolos/
multinucleação
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas
associadas à radiação

Alterações crônicas induzidas pela radiação:

 Citomegalia
 Cariomegalia
 Ausência de alterações da relação N/C
 Hipercromasia leve
 Invasão neutrofílica do citoplasma (Engolfamento)
 Coloração citoplasmática policromática persistente
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas

Manifestações Citológicas de Câncer Cervical


Persistente ou Recorrente após Irradiação

‒ Descamação de algumas células cancerosas pouco ou


não afetadas
‒ Tumores que não respondem à irradiação
‒ Células displásicas ou CIS após radioterapia é mau
prognóstico
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas
Alterações Celulares Benignas

Alterações celulares reativas


associadas ao DIU

Os grupos de células glandulares reativas ocasionalmente


observados devido ao uso do DIU podem representar células
colunares endometriais e endocervicais esfoliadas como
resultado de irritação crônica
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas
associadas ao DIU

Critérios:

 Células glandulares isoladas ou em aglomerados (5-15), em


plano de fundo limpo
 Quantidade de citoplasma varia, grandes vacúolos podem
deslocar o núcleo- Aparência anel de sinete
 Podem estar presentes células epiteliais únicas ocasionais
com tamanho de núcleo maior e relação N/C alta... DD (HSIL
e ASC-H)
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas
associadas ao DIU

Critérios:

 Degeneração nuclear com aparência de cromatina enrugada


podem estar presentes
 Os nucléolos podem ser proeminentes
 Actinomyces podem estar presentes em até 25% dos casos
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas
associadas ao DIU

Células
glandulares
com
vacúolos
deslocando
os núcleos
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas
associadas ao DIU

Meio líquido:
Grupos mais
apertados,
mesmas
características
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas associadas ao DIU

Mimetizam
HSIL
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas associadas ao DIU
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas associadas ao DIU
Alterações Celulares Benignas
Alterações celulares reativas relacionadas à
gravidez

Alterações em células epiteliais e não epiteliais- DD com


anormalidades neoplásicas

Alterações hormonais: Estimulação hormonal alterada


maturação incompleta do epitélio escamoso intermediárias
 Células naviculares- Intermediária com glicogênio
proeminente
Secreção de progesterona prolongada-naviculares com
bordas espessadas e podem formar aglomerados densos
Alterações Celulares Benignas
Naviculares
Alterações Celulares Benignas

Reação de Arias-Stella

Processo benigno que envolve células epiteliais glandulares


(endocervical ou endometrial) e é encontrada em associação
com a gravidez ou em não grávidas estimuladas hormonalmente

Critérios:
 Células glandulares isoladas ou em aglomerados
 O citoplasma com quantidade variável e pode ser vacuolado
 A relação N/C é variável, mas com frequência alta
Alterações Celulares Benignas

Reação de Arias-Stella

Critérios:

 Núcleos grandes, hipercromáticos com irregularidade no


contorno e cromatina variando de granular a borrada
 Múltiplos nucléolos proeminentes
 O plano de fundo é geralmente inflamatório, muitas vezes
com leucofagocitose
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações proliferativas benignas nos
Processos inflamatórios crônicos

Exsudato inflamatório
Alterações morfológicas teciduais- estímulos externos
- Hiperceratose
- Epitélio estratificado
- Paraceratose
Escamoso
- Acantose

- Epitélio colunar - Hiperplasia de células de


Reserva
- Metaplasia escamosa
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações proliferativas benignas nos
Processos inflamatórios crônicos

Exsudato inflamatório
Alterações morfológicas teciduais

- Epitélio escamoso / - Reparo


colunar / metaplásico
Alterações Proliferativas Benignas
Epitélio escamoso (Hiperdiferenciação)
Acantose - protetora
Hiperplasia de células basais aumento da
espessura
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações Proliferativas Benignas
Epitélio escamoso (Hiperdiferenciação)

Leucoplasia e Hiperceratose -protetora

Processo anormal de maturação, no qual há


adição ao epitélio não-queratinizado de uma
camada de queratina
- Trauma crônico, prolapso uterino, cauterização,
HPV, NIC, biópsia
Alterações Proliferativas Benignas

Epitélio escamoso (Hiperdiferenciação)

Leucoplasia e Hiperceratose

Critérios
- Macroscopia: áreas brancas bem delimitadas
- Escamas córneas: células superficiais
hipermaduras, anucleadas e orangeoifílicas
Alterações Proliferativas Benignas

Epitélio escamoso (Hiperdiferenciação)


Leucoplasia e Hiperceratose
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações Proliferativas Benignas
Leucoplasia e Hiperceratose
Alterações Proliferativas Benignas
Epitélio escamoso (Hiperdiferenciação)

Paraceratose - protetora

- Queratinização anormal do epitélio escamoso da vagina


e colo onde ocorre a retenção de núcleos na camada
córnea, caracterizando um processo incompleto de
queratinização das células superficiais do epitélio

- Inflamação ou HPV
Alterações Proliferativas Benignas
Epitélio escamoso (Hiperdiferenciação)

Paraceratose

Critérios:

- Células escamosas superficiais em miniatura com


citoplasma denso orangeofílico (laranja) ou eosinofílico
- Isoladas, camadas, formações concêntricas
- Formato redondo, oval, poligonal ou fusiforme
- Núcleos picnóticos, condensados e hipercromáticos
Alterações Proliferativas Benignas
Paraceratose
Alterações Proliferativas Benignas
Paraceratose
Alterações Proliferativas Benignas
Paraceratose
Alterações Proliferativas Benignas
Epitélio endocervical (Hiperplasia de células
de reserva)
Metaplasia escamosa
‒ Substituição do epitélio glandular pelo escamoso em vários
graus de maturação (indiferenciadas- diferenciadas)
‒ Zona de transformação
 Tipos:
• Metaplasia escamosa imatura
• Metaplasia escamosa matura
 Fisiológico – irritação crônica, pólipo, ectópio, inflamação
persistente, mudanças endócrinas, anticoncepcionais
Alterações Proliferativas Benignas
Proteção
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações Proliferativas Benignas
EPITÉLIO ENDOCERVICAL (HIPERPLASIA DE CÉLULAS
DE RESERVA)
Metaplasia escamosa imatura:
• Agrupadas
• Arredondadas ou poliédricas
• Núcleos grandes

Metaplasia escamosa matura


• Isoladas ou agrupadas, bordas distintas
• Arredondadas ou poliédricas
• Citoplasma denso
• Projeções citoplasmáticas
• Núcleos pequenos, arredondados, centrais, tamanho
uniforme e cromatina granular
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações Proliferativas Benignas
Alterações Proliferativas Benignas
METAPLASIA TUBÁRIA

Fenômeno metaplásico em que o epitélio endocervical ou


endometrial é substituído por células ciliadas, intercalares
(secretoras não ciliadas) e caliciformes como as observadas
na tuba uterina normal.

Endocervical
• Não relacionada a manifestações clínicas ou morfológicas
• DD com Adenocarcinoma in situ
Endometrial
• Estados hiperestrogênicos, endometriose cervical, adenose
vaginal e DIU
Alterações Proliferativas Benignas
METAPLASIA TUBÁRIA

Critérios
• Células glandulares ciliadas em grupos pequenos ou
grupamentos pseudoestratificados aglomerados,
Alterações Proliferativas Benignas
METAPLASIA TUBÁRIA

Critérios

• Núcleos redondos ou ovais e podem ser aumentado,


pleomórficos e muitas vezes hipercromáticos
• Cromatina distribuída uniformemente e os nucléolos
geralmente não são vistos
• Relação núcleo citoplasmática pode ser alta
• Citoplasma pode apresentar vacúolos discretos ou alteração
de células caliciformes
Alterações Proliferativas Benignas
METAPLASIA TUBÁRIA
Alterações Proliferativas Benignas

METAPLASIA TUBÁRIA

Critérios

• Presença de cílios e/ou barra terminal é característica, mas


células ciliadas únicas não são suficientes para designação
• Deve haver presença de mitoses
Alterações Proliferativas Benignas
METAPLASIA TUBÁRIA
Alterações Proliferativas Benignas
METAPLASIA TUBÁRIA
Alterações Proliferativas Benignas
METAPLASIA TUBÁRIA
Alterações Proliferativas Benignas
METAPLASIA TUBÁRIA
Alterações Proliferativas Benignas
HIPERPLASIA MICROGLANDULAR

Proliferação de pequenas glândulas endocervicais

• Lesão polipóide e mimetiza o pólipo endocervical


• Contraceptivos com progesterona, gestação e pós-
menopausa

Critérios
• Células glandulares pequenas e de aspecto
degenerado
• Coloração eosinofílica
Alterações Proliferativas Benignas
HIPERPLASIA MICROGLANDULAR
Alterações Proliferativas Benignas
HIPERPLASIA MICROGLANDULAR
Alterações Proliferativas Benignas
HIPERPLASIA MICROGLANDULAR
Alterações Proliferativas Benignas
REPARO

Alterações celulares reativas/Reparadoras

Alterações celulares reativas que refletem o rápido


crescimento e acelerada síntese de proteínas, associadas à
inflamação, trauma físico ou químico (biópsias, cauterização,
criocirurgia, radioterapia, histerectomia, CAF) , radiação,
irritação por DIU ou causas não específicas. Processo de
renovação celular.

 Epitélio escamoso (mais raro), metaplásico ou endocervical


Alterações Proliferativas Benignas
REPARO
Alterações Proliferativas Benignas
REPARO

Critérios:
 Reparo típico:

• “Fundo” inflamatório.
• Agrupamentos de células com citoplasma abundante, de
coloração variável, delicado, às vezes com prolongamentos,
com limites geralmente bem definidos. Células isoladas são
raras.
• Citoplasma pode ter policromasia, vacuolização ou halos
perinucleares
Alterações Proliferativas Benignas
REPARO

Critérios:
 Reparo típico:

• Núcleos volumosos, redondos ou ovais, únicos ou


múltiplos, com bordas regulares, em geral, não sobrepostos.
Podem parecer vesiculares e hipocromáticos
• Hipercromasia leve pode estar presente
• Cromatina finamente granular e bem distribuída
• Nucléolo proeminente, único ou múltiplo, redondo a oval
podem estar presentes
• Mitoses típicas às vezes.
Alterações Proliferativas Benignas
REPARO

Critérios

• Reparo atípico: anisocariose, anisocromatismo, variação


na forma nuclear, contorno nuclear irregular
• DD com carcinoma e adenocarcinoma (cariomegalia e
nucléolo)
• Os principais pontos favorecem reparação:
 Ausência de diátese tumoral / Células isoladas raras ou
ausentes /Relação núcleo-citoplasmática baixa/ Bordas
nucleares lisas.
Alterações Proliferativas Benignas
REPARO
Alterações Proliferativas Benignas
REPARO
Alterações Proliferativas Benignas
REPARO
Alterações Proliferativas Benignas
REPARO
Alterações Proliferativas Benignas
REPARO
Formas Específicas de Inflamação
Formas Específicas de Inflamação

Microbiota cérvico vaginal normal

• 90% - Lactobacillus acidophilus


• Bacilos de Döederlein (L. jensenii, gasseri,
acidophilus, fermentum, etc.)
• Bastonetes G+, aeróbios

• Fragmentos citoplasmáticos e núcleos desnudos


• Fase lútea, gravidez e peri menopausa
Formas Específicas de Inflamação

Microbiota cérvico vaginal normal


Formas Específicas de Inflamação
Formas Específicas de Inflamação

Microbiota bacteriana mista

• Epitélio vaginal atrófico (CPb)


• Pré-menarca, pós-parto e menopausa
• Staphylococcus sp, Streptococcus sp,
Corynebacterium sp, Enterococcus, cocos e
bacilos anaeróbios
• Esfregaço citológico: cocos e bacilos
• Ausência de manifestações clínicas e
inflamatórias
Formas Específicas de Inflamação
Formas Específicas de Inflamação

Agentes Bacterianos Aeróbios

Vaginose citolítica
• ↑ Lactobacilos (Bacilo de Doëderlein)
• Progesterona
• Ausência de inflamação
• Citólise intensa
• Sinais e Sintomas: (caráter cíclico - fase lútea)-
• Prurido, ardor, leucorréia branca-leitosa e bolhosa, pH <
4,5
• Tratamento: Duchas vaginais com bicarbonato de sódio /
Dieta pobre em carboidratos
Formas Específicas de Inflamação

Agentes Bacterianos Aeróbios


Formas Específicas de Inflamação
Bacilos Difiteróides

• G+, extremidades espessadas (palito de fósforo)


• Microbiota normal na pré-puberdade e pós-
menopausa
• 1,2% de colpites especificas
• Patogenicidade pouco conhecida
• Corrimentos inespecíficos
• Tratamento: tetraciclinas
Formas Específicas de Inflamação
Bacilos Difiteróides
Formas Específicas de Inflamação
Coliformes

• Escherichia coli, Klebsiella, Proteus, Aerobacter


• Bacilos curtos, G -
• Clínica: leucorréia amarelada com moderado odor
• Associada à Candida sp

Aspectos Citológicos
• Difícil pela coloração de Papanicolaou (cultura)
• Bacilos curtos
Formas Específicas de Inflamação
Coliformes
Formas Específicas de Inflamação
Agentes bacterianos aeróbios e anaeróbios

Microbiota cocóide
Cocos Aeróbios
• Ausência de leucorréia
• Staphilococcus, Streptococcus
- Vaginas sadias
• Gonococcus:
- Neisseria Gonorrhoeae
- Purulento, uretra e vagina, diplococos, DST
Cocos Anaeróbios
• Peptococos, peptoestreptococos, peptoestafilococos
- Leucorréias profusas com odor fétido (KOH)
• Papanicolaou: não específico – cocos e diplococos
• Coloração de Gram e cultura
Formas Específicas de Inflamação
Agentes bacterianos aeróbios e anaeróbios
Formas Específicas de Inflamação
Agentes bacterianos anaeróbios

Vaginose bacteriana

Conceito: Lactobacillus x bactérias anaeróbias


• Vaginites inespecíficas
• Microbiologia
- Gardnerella vaginalis, Mobiluncus sp, Bacterioides
sp, Micoplasma hominis, Eggerthella sp, Atopobium
vaginae, Megasphaera sp, Leptotrichia sp
Formas Específicas de Inflamação
Agentes bacterianos anaeróbios

• Predispõe: Infecção por HPV, HSV-1, HIV,


Candida sp, Neisseria gonorrhoeae,
Trichomonas vaginalis

• Sequelas
- Agudas (corrimento, odor)
- DIP (abcessos)
- Complicações na gravidez , pós-parto e pós-
aborto (endometrite)
- Pós-histerectomia
- Infecção do TU
- VB e Câncer: aminas
Formas Específicas de Inflamação

Agentes bacterianos anaeróbios

• Clínica: Corrimento vaginal homogêneo, fluido,


amarelado ou acinzentado, ausência de prurido ou
sintomas urinários , ausência de inflamação, Ph
vaginal: >4,8
• Idade reprodutiva: (influencia hormonal)
Formas Específicas de Inflamação
Agentes bacterianos anaeróbios
Formas Específicas de Inflamação
Agentes bacterianos anaeróbios

Fatores Predisponentes

• Fatores gerais
-Vários parceiros sexuais, DST ,antibióticos,
contraceptivos orais, DIU, hábitos de higiene
• Fatores intrínsecos
- Aumento de substratos, elevação do pH, perda do efeito
protetor contra bactérias não acidófilas, inibição da
resposta imune humoral e quimiotaxia dos neutrófilos
(succinato desidrogenase)
Formas Específicas de Inflamação

Vaginose bacteriana- Agentes

Gardnerella vaginalis - anaeróbio facultativo

- Bacilo curto ou cocobacilo, G variável, pleomórfico,


imóvel
- Microbiota vaginal normal - aumentado na VB
- Succinato e acetato
- Aminas: putrescina, cadaverina e trimetilamina
- Corrimento e odor fétido
Formas Específicas de Inflamação
Vaginose bacteriana- Agentes

Mobiluncus sp - anaeróbios estritos


• Bacilos curvos (vírgula), G variáveis, móveis
• Mobiluncus curtisii
- Curto, 1,7μm, G variável
- Resistente ao metronidazol (penicilina)
• Mobiluncus mulieris
- Longo, 2,9μm, G-
- Sensível ao metronidazol
• Presente apenas na VB
• Succinato, fumarato e acetato
• Aminas:
- Não produz: putrescina e cadaverina
- Produz: trimetilamina: corrimento e odor fétido
Formas Específicas de Inflamação
Vaginose bacteriana

Métodos de Diagnóstico - Clínico

• Exame a fresco: Células indicadoras (clue cell)


ou células vírgula (comma cell)
• pH > 4,5
• Odor de peixe podre - KOH a 10%
• Corrimento vaginal abundante, homogêneo
acinzentado
Formas Específicas de Inflamação

Vaginose bacteriana

Métodos de Diagnóstico - Laboratorial

• Exame a fresco: clue cell ou comma cell


• Coloração de Gram (-): G. vaginalis e Mobiluncus sp
• Coloração de Papanicolaou
• Cultura
Formas Específicas de Inflamação

Vaginose bacteriana

 Critérios citológicos

• Cocobacilos (fundo arenoso/enevoado)


• Ausência ou escassez de lactobacilos, leucócitos
• Células superficias (cariopcnose)
• Colonização do citoplasma da células epiteliais
• Clue cells (células indicadoras)
• Comma cells (células vírgula)
Formas Específicas de Inflamação
Vaginose bacteriana
Formas Específicas de Inflamação
Vaginose bacteriana
Formas Específicas de Inflamação
Vaginose bacteriana
Formas Específicas de Inflamação
Vaginose bacteriana
Tratamento

• Metronidazol
- 500 mg, via oral, 12/12 h
- Gel - 0,75%, aplicação vaginal 1xdia/5 dias
• Clindamicina
- Creme a 2%, aplicação vaginal 1xdia/7 dias
• Gestantes
- Metronidazol 250 mg, de 8/8 h, por 7 dias
- Clindamicina 300 mg, via oral, 12/12 h, por 7 dias
• Associada ao Mobiluncus curtisii
- Metronidazol 500 mg, via oral, 8/8 horas
- Ampicilina 500mg, via oral, 8/8 horas
Formas Específicas de Inflamação
Actinomyces sp (A. israeli e A. naeslundii)

 Desenvolvimento paralelo aos fungos e bactérias


 Bactérias filamentosas (bacilos ramificadas), G+
 Microbiota da cavidade oral, orofaringe e TGI
 Não fazem parte da microbiota
 Infecções ascendentes
- Usuárias de DIU - DIP (abscesso pélvico), esterilidade,
morte
-Tampões vaginais
-Gazes cirúrgicos
 Sintomas: corrimento amarelado, leitoso e fétido
 Internações hospitalares com suspeita de DIP ‒
40% usam DIU
Formas Específicas de Inflamação
Actinomyces sp (A. israeli e A. naeslundii)

Critérios citológicos

• Bacilos ramificados em agregados enovelados


com leucócitos e histiócitos
• Bolas de algodão” ou “ouriço do mar”
• Leucócitos aderidos às colônias
• Associado à inflamação
- Aguda: Lpmn
- Crônica: histiócitos
Formas Específicas de Inflamação
Actinomyces sp (A. israeli e A. naeslundii)
Formas Específicas de Inflamação
Actinomyces sp (A. israeli e A. naeslundii)
Formas Específicas de Inflamação

Fusobacterium sp

• Bacilos G-
• Bacilos longos e finos (menores que L. vaginalis)
• Boca, trato genital, gastrointestinal e respiratório
• Infecção (rara)
• Leucorréia amarelo-esbranquiçada, fluida, pouco odor
e não pruriginosa
• Associação com Candida sp (20%)
• Tratamento: Metronidazol
Formas Específicas de Inflamação

Fusobacterium sp
Formas Específicas de Inflamação

Leptothrix sp

Critérios:

• Bacilos G- filamentosos longos e finos


• Fio de cabelo ou letras S, C, U
• Boca: L. bucalis
• Vagina sem inflamação
• Associação a T . vaginalis (60 a 95%)- leucorréia
• Coram-se de negro pelo Papanicolaou
• Tratamento: Metronidazol e tetraciclina
Formas Específicas de Inflamação

Leptothrix sp
Formas Específicas de Inflamação
Leptothrix sp
Formas Específicas de Inflamação
Leptothrix sp
Formas Específicas de Inflamação
Leptothrix sp
Formas Específicas de Inflamação
Chlamydia trachomatis

• Parasita intracelular obrigatório


• IST
- Ordem: Chalmydiales
- Família: Chlamydiacea
- Gênero: Chlamydia
- Espécie: trachomatis
• Proteína com variação antigênica
- Define os 18 sorotipos existentes (A a L)
Formas Específicas de Inflamação
Chlamydia trachomatis
Ciclo Celular
• Corpúsculo elementar (CE)- forma extracelular e
infectante
• Corpúsculos reticulares (CR)- forma intracelular e não
infectante, metabolicamente ativos com produz RNA
• 36 horas - liberação de novos CE
Formas Específicas de Inflamação

Chlamydia trachomatis

Doenças associadas
• Tracoma
• Linfogranuloma venéreo
• Uretrites e cervicites
• Conjuntivite
• Epidimite, endometrite, salpingite, DIP
• Infertilidade tubária ou gravidez ectópica
• Recém-natos: infecção oftálmicas, trato respiratório e
prematuridade
• Cervicite folicular
Formas Específicas de Inflamação

Chlamydia trachomatis
Formas Específicas de Inflamação

Chlamydia trachomatis
Formas Específicas de Inflamação

Chlamydia trachomatis

Sintomas
A infecção pode ser assintomática ou causar sintomas
inespecíficos

• Disúria, secreção uretral clara ou esbranquiçada


• Secreção vaginal mucopurulenta
• Sangramento uterino irregular
• Sangramento pós-coito
• Dor abdominal ‒ Desconforto pélvico
Formas Específicas de Inflamação

Chlamydia trachomatis

Critérios citológicos
• Vacúolos intracitoplasmáticos com inclusões
eosinofílicas – podem ser vistos tb na radioterapia
- Células endocervicais e metaplásicas
• Infiltrado leucocitário
• Células metaplásicas em “mordedura de traça”
• Cariomegalia, citomegalia, multinucleação e
hipercromasia discreta – DD lesão neoplásica
Formas Específicas de Inflamação

Chlamydia trachomatis
Formas Específicas de Inflamação

Chlamydia trachomatis
Formas Específicas de Inflamação

Chlamydia trachomatis
Formas Específicas de Inflamação

Chlamydia trachomatis
Formas Específicas de Inflamação

Chlamydia trachomatis

Diagnóstico

• Citológico: baixa sensibilidade e especificidade


– Raramente produz alterações citológicas
– Vacúolos são inespecíficos
• Diagnóstico conclusivo:
‒ Métodos específicos: cultura, IFD, ELISA ou PCR
Formas Específicas de Inflamação
Fungos- Candidíase vulvovaginal

• Comensal: vagina – TGI – TR


• Fungos oportunistas
• Candida sp (80-90%):
• C. albicans (80-90%), C. glabrata (18%)
• C.tropicalis, krusei, parapsilosis, pseudotropicalis, lusitania
• Sintomas:
- prurido, ardor, dispareunia, disúria, secreção branca
grumosa
-Edema e hiperemia de vulva e vagina
-Placas esbranquiçadas no colo e vagina
-Fase pré-menstrual

BOATO et al., 2007; RICHTER et al., 2005; VERMITSKY et al., 2008


Formas Específicas de Inflamação

Fungos- Candidíase vulvovaginal

• Transmissão: autoinoculação
• Epitélio escamoso: proteases e hidrolases
• Epidemiologia ‒CVV – 25% ‒75% da mulheres ‒Novos
surtos: 50% da mulheres ‒Recorrente: 5% (imunidade
local)
• Fatores predisponentes
Imunossuprimidos, diabetes melito, gestação, pH vaginal,
oferta de glicogênio, corticóides, antibióticos, menacme,
obesidade

BOATO et al., 2007; RICHTER et al., 2005; VERMITSKY et al., 2008


Formas Específicas de Inflamação

Fungos- Candidíase vulvovaginal

• Candida albicans
- Fungo patogênico que mais produz quadros
infecciosos na vulva e vagina, e menos no colo
- dimorfismo
- Assintomáticos ( e sem associação com secreção
espessa e esbranquiçada) e sintomáticos
- Formas infectantes

• Candida glabrata
- Forma infectante
Formas Específicas de Inflamação

Fungos- Candidíase vulvovaginal

Critérios
• Alterações celulares inflamatórias
• Células intermediárias
• Citoplasma: Vacúolos, pseudoeosinofilia, halos
perinucleares, apagamento das bordas ,células Pb
• Núcleo: Cariomegalia, marginação da cromatina,
hipercromatismo discreto, irregularidade membrana
nuclear, degeneração, leucócitos fragmentado
Formas Específicas de Inflamação

Fungos- Candidíase vulvovaginal

• Critérios
• Pseudo-hifas ou leveduras com ou sem brotamentos
• Coloração eosinofílica forte
• Halo claro peri levedura
• Células intermediárias
• Grupamento axiais com células epiteliais
• Microbiota
Formas Específicas de Inflamação

Fungos- Candidíase vulvovaginal


Formas Específicas de Inflamação

Fungos- Candidíase vulvovaginal


Formas Específicas de Inflamação

Fungos- Candidíase vulvovaginal


Formas Específicas de Inflamação
Fungos- Candidíase vulvovaginal
Formas Específicas de Inflamação
Fungos- Candidíase vulvovaginal
Formas Específicas de Inflamação

Fungos- Candidíase vulvovaginal

Tratamento
• Tópico ou sistêmico
• CVV recorrente, imunocomprometidos, Candida não
albicans: sistêmico
- Ácido bórico 3% óvulo ou Nistatina creme 14 dias
• Gestantes:
- Miconazol, terconazol, clotrimazol tópico 7 dias
Formas Específicas de Inflamação

Fungos- Candidíase vulvovaginal


Formas Específicas de Inflamação

Trichomonas vaginalis

• Protozoário
- Anaeróbio facultativo, flagelado
-Trofozoíto: oval ou piriforme e excêntrico
• pH vaginal 5,5 a 6,0
• Via de contaminação: IST (fômites, água)
- Secreção vaginal 48hs
- Urina 3hs
- Sêmem 6hs
- Toalhas 24hs
• 30 anos - 20 a 25%- assintomáticas
• Ruptura de membrana, parto prematuro, baixo peso ao
nascer, DIP, facilita a infecção por HIV
Formas Específicas de Inflamação

Trichomonas vaginalis

• Epitélio escamoso: aderência


• Vagina, canal cervical, cavidade uterina, uretra e bexiga
• Sinais e sintomas:
- Erosão, vascularização, hiperemia, edema, pontos
hemorrágicos
- Secreção vaginal abundante, purulenta, amarelada-
esverdeada, fétida, bolhosa, pruriginosa
- Dispareunia, disúria
• Diagnóstico laboratorial: pH vaginal/ a fresco, cultura,
giemsa, DNA, Papanicolaou
Formas Específicas de Inflamação

Trichomonas vaginalis
Formas Específicas de Inflamação

Trichomonas vaginalis

Critérios citológicos:
• Microbiota anaeróbia – VB e Leptothrix sp
• Menopausa: sérias atipias – amadurecimento
• Mulheres jovens: CB - erosão e necrose (dd neoplasia)
• Citoplasma: apagamento de bordas, halo perinuclear,
anfofilia, pseudoeosinofilia, fragmentado
• Núcleo: cromatina grosseira, hipercromasia, binucleação,
cariomegalia
• Visualização do parasita: oval ou piriforme, cianófilo, núcleo
pálido e excêntrico, banquete
• Leucocitose
Formas Específicas de Inflamação
Trichomonas vaginalis
Formas Específicas de Inflamação
Trichomonas vaginalis
Formas Específicas de Inflamação
Trichomonas vaginalis

Tratamento:
• Abstinência sexual – Tratar também o parceiro sexual
• Metronidazol
- Oral: 2g dose única
- Tópico: menos eficiente
• Gravidez:
- Primeiro trimestre: Clotrimazol tópico (alivio sintomas)
- Metronidazol
Formas Específicas de Inflamação
Herpes vírus simples

• Vírus DNA
• Afinidade dermatotrópica
• Tipo 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2)
• HSV-1 – vulvovaginite 10-20%
- Lábios, face
- Assintomático
- Acs em 90% da população
• HSV-2
- Região genital – 90%
-Transmissão sexual, orogenital, ocupacional
- Infecção infectante 10-12d
Formas Específicas de Inflamação
Herpes vírus simples

• Tipos de infecção
- Produtiva: céls epiteliais
- Latente: migra para as terminações nervosas
• Replicação viral: lise celular
• Período de incubação: 1-26 dias
• Quadro clínico
- Lesões cutâneas em 2-7 dias- vesiculares úlceras
- 10-15 dias há cura da lesão
Formas Específicas de Inflamação
Herpes vírus simples

• Mulher vulva, vagina, cérvice, períneo, face interna


da coxa
• Homem Glande, copo do pênis
• Crianças estomatite
Formas Específicas de Inflamação
Herpes vírus simples
Formas Específicas de Inflamação
Formas Específicas de Inflamação
Herpes vírus simples

• Diagnóstico: Cultura de tecidos, papanicolaou, sorologia,


DNA

• Diagnóstico Citológico
 Alterações citopáticas em células imaturas- Pb,
endocervicais, metaplásicas
 Multinucleação com amoldamento nuclear e
marginação da cromatina (vidro fosco) e inclusão
intranuclear
 Restos celulares, histiócitos e leucócitos
Formas Específicas de Inflamação
Herpes vírus simples
Formas Específicas de Inflamação
Formas Específicas de Inflamação
Formas Específicas de Inflamação
Formas Específicas de Inflamação
Formas Específicas de Inflamação
Herpes vírus simples

Associação com Câncer Cervical

• 91% de pacientes com câncer cervical apresentam acs


específicos para o vírus
• Jones (1995) - HSV-2 participa como co-fator na
progressão da NIC para carcinoma cervical, induzindo
lesões do DNA nas céls epiteliais latentemente
infectadas com HPV
• 2 a 3 o risco de carcinoma escamoso
• Tratamento: Não existe tratamento específico
- Acyclovir tópico ou oral – 10-14 dias
- Melhorar as condições imunológica
Obrigada!

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