Você está na página 1de 7

Licenciatura em Agricultura Biológica

Gravitropismo
UC: Fisiologia Vegetal

Ana Luiza 2022156187

Dmytro Sofiienko 2022121538

Francisca Lopes 2022158196

Gabriela Ferreira 2022137445


Introdução
No presente relatório o principal objetivo foi estudar crescimento da planta em resposta à
gravidade e a importância da extremidade radicular para a perceção do estímulo gravitrópico.

O gravitropismo e o seu mecanismo está relacionado com a redistribuição de auxina do lado


superior para o inferior do sistema caulinar ou da raiz, uma concentração mais alta de auxina
no lado inferior do sistema caulinar estimula a expansão celular mais rápida neste lado do
caule, resultando em uma curvatura para cima. A raiz é mais sensível a ação da auxina. Um
aumento da concentração hormonal da auxina no lado inferior inibe a expansão das células
resultando em uma curvatura para baixo ao mesmo tempo em que as células do lado de cima
estão em expansão mais rapidamente do que as do lado de baixo

Ao analisar a influencia do gravitropismo no crescimento das radiculas das cariopses de


milho (Zea mays L.), tendo em conta a presença/ausência de coifa bem como a
influencia do cubo de ágar de diferentes concentrações de ácido indol-3-acético é possível
observar a estrutura de revestimento conhecida por coifa na extremidade da raiz. O qual
primeiro deteta a gravidade e sinaliza uma resposta gravitropica. Quando a coifa é cortada
fora, a raiz perde o gravitropismo.

Os estatocistos, existentes na columela da coifa, são células especializadas em perceber


o sentido da gravidade, durante o gravitropismo da raiz. Enquanto que os estatólitos
(amiloplastos constituintes dos estatocistos) servem como os sensores gravíticos
presentes em regiões fotossensíveis. A presença desses estatólitos, faz com que haja diferente
distribuição das auxinas. Não altera nada, apenas provoca a curvatura no sentido descendente.

Materiais e Métodos
Materiais
cariopses de milho (Zea mays L.);
placa de esferovite forrada com
papel de filtro e gaze;
tina com água destilada esterilizada;
papel de alumínio;
IAA em agar;
alfinetes;
esguicho de água destilada.
Métodos

Etapa 1

1. Anteriormente foram colocadas numa tina com água, durante 24 horas, o número de
cariopses de milho necessárias para a execução da experiência. Foram depois
colocadas num tabuleiro forrado a gaze e papel de filtro, o qual foi humedecido e
colocado na estufa, a 22 ºC, durante três dias.
2. E também foram forradas placas retangulares de esferovite com papel de filtro e
cobertas com gaze.

Etapa 2
1. Colocámos o milho cuidadosamente sobre a placa de esferovite em posições
diferentes, fixando-o com auxílio de alfinetes no ponto mais distante da radícula. Para
cada posição colocámos o milho pela ordem a baixo indicada:
a. radícula na vertical, para cima;
b. radícula na vertical, para baixo;
c. radícula na vertical, para baixo, com a coifa
cortada;
d. radícula na horizontal;
e. radícula na horizontal, cubo de agar +0,0 mg/l;
f. radícula na horizontal, cubo de agar +5,0 mg/l;
g. radícula na horizontal, com a coifa cortada;
h. radícula na horizontal, com a coifa cortada, cubo de
agar +0,0 mg/l;
i. radícula na horizontal, com a coifa cortada, cubo de
agar +0,1 mg/l;
j. radícula na horizontal, com a coifa cortada, cubo de agar +5,0 mg/l.

O milho nas posições c, g, h, i, j, têm a coifa cortada para obtivermos este resultado tivemos
que cortar com ajuda de um bisturi e de um microscópio.
Etapa 3

1. Colocámos a placa numa tina alta com água destilada esterilizada (de modo a que
aquela fique na vertical) e identificámos a placa com ajuda de um papel preso com um
alfinete e escrevemos o número do grupo que fazemos parte.
2. Humedecemos toda a placa com água destilada.
3. Certificámos de que todos os grãos ficaram presos e que a placa ficou numa posição tal
que forme um plano ligeiramente oblíquo com a vertical, para que as radículas
cresçam encostando-se à placa.
4. Elaborámos uma tabela onde registámos o comprimento de cada radícula, o seu
formato e orientação das cariopses a que foram aplicados os diferentes tratamentos.
5. Tapámos a tina, com papel de alumínio, para evitar a evaporação.
Colocámos a
placa numa
Registro do tina alta com
Etapa 4
Tabela para registrar o comprimento, formato água destilada
comprimento, formato e e orientação das esterilizada. Tapámos a tina, com
Medição das cariopses.
orientação das cariopses. cariopses. papel de alumínio.
Após 72 horas, fomos
observar e anotámos as alterações no formato e direção de crescimento da radícula, bem
como os comprimentos de cada radícula. Tomámos nota também de outras observações que
julgamos que sejam interessantes para escrevermos como resultado do que obtivemos na
experiência.

Resultado
O resultado que obtivemos depois das 72 horas foi o seguinte:

1. A radícula que pusemos na vertical, para cima, aumentou 0,8 e não curvou
como devia ter curvado porque foi mal escolhida porque a mesma apresentou
uma elevada taxa de bolor comparada com as outras sementes por isso a
semente já devia estar estragada;
2. A radícula que pusemos na vertical, para baixo, aumentou 4,6 cm;
3. A radícula na vertical, para baixo, com a coifa cortada aumentou só 0,5 cm
porque como não tinha nem a coifa nem o agar não teve nada que lhe desse a
orientação que a semente precisa;
4. A radícula na horizontal, curvou para baixo e aumentou 2,9 cm;
5. A radícula na horizontal, cubo de agar +0,0 mg/l, curvou para baixo e
aumentou 4,3 cm;
6. A radícula na horizontal, cubo de agar +5,0 mg/l, curvou para baixo e
aumentou só 1,3 porque de certeza que escolhemos a semente mal porque
como tem uma maior quantidade do agar que a semente na alínea 5, devia
aumentar mais;
7. A radícula na horizontal, com a coifa cortada, aumentou 0,9 cm e não curvou
porque não tem nada que lhe dê orientação nem artificial por agar e nem
natural pela coifa;
8. A radícula na horizontal, com a coifa cortada, cubo de agar +0,0 mg/l curvou
pra baixo como já prevíamos e aumentou 2,2 cm;
9. A radícula na horizontal, com a coifa cortada, cubo de agar +0,1 mg/l devia
curvar para baixo, mas não curvou e aumentou só 0,5 porque cortamos
demais não cortamos só a coifa, mas também cortamos o meristema por isso é
que não curvou mesmo tendo o agar como forma de orientação artificial;
10. A radícula na horizontal, com a coifa cortada, cubo de agar +5,0 mg/l mas não
curvou e aumentou só 1,0 cm porque cortamos demais não cortamos só a
coifa mas também cortamos o meristema por isso é que não curvou mesmo
tendo o agar como forma de orientação artificial.

Conclusão
A partir desta experiência foi possível observar e comprovar, com clareza, quais são os efeitos
da gravidade na resposta de crescimento da raiz, mais propriamente a relação do
gravitropismo com a coifa.

A coifa presente na raiz, acaba por funcionar como uma bussola, guiando o crescimento das
raízes em sentido favorável à gravidade (gravitropismo positivo), entretanto, a partir do
momento em que a coifa é cortada, a raiz “perde” o sentido de orientação apresentando
então o crescimento linear em relação à posição que foi previamente direcionada.

Concluímos com a ajuda da experiência que o agar faz o mesmo trabalho que a coifa sendo
assim ´se houver algum acidente e a coifa de uma semente for cortada acidentalmente
podemos revolver isso utilizando o agar que vai fazer com que induza a curvatura da raiz e
assim não temos que mandar aquela semente para o lixo porque sobrevive na mesma.

Bibliografia
Documentos disponibilizados pelo professor(PowerPoint e protocolo)

Cerqueira, D.; Osório, F.; Bilro, A. L.; Almeida, T. (2018/2019). Fisiologia vegetal Gravitropismo.
[Consultado em 05.04.2023]. Disponível em https://www.studocu.com/pt/document/instituto-
politecnico-de-coimbra/fisiologia-vegetal/relatorio-fisiologia-gravitropismo/8494193
Raven, P. H.; Eichhorn, S. E.; Evert, R. F. (2014). Biologia vegetal. [Consultado em 05.04.2023].
Disponível em https://www.infoescola.com/biologia/gravitropismo/

Você também pode gostar